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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS BAIXADA SANTISTA PRISCILLA MARIA DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS BAIXADA SANTISTA

PRISCILLA MARIA DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS

LAZER X ENVELHECIMENTO:

A PERCEPÇÃO DE IDOSOS QUE FREQUENTAM OS CENTROS DE CONVIVÊNCIA EM SANTOS

SANTOS

2018

(2)

PRISCILLA MARIA DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS

LAZER X ENVELHECIMENTO:

A PERCEPÇÃO DE IDOSOS QUE FREQUENTAM OS CENTROS DE CONVIVÊNCIA EM SANTOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Paulo -

Campus Baixada Santista

Orientadora: Profª. Drª Emanuela Bezerra Torres Mattos

(3)

Dedico este trabalho ao meu avô Firmino (in memorian), que sempre se orgulhou e acreditou em meu sucesso. Com muito amor e saudade.

(4)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à minha família, especialmente meus pais e minha avó, por todo apoio desde o início da escolha desta profissão, por toda ajuda durante a graduação e principalmente por todo amor e carinho que me proporcionaram durante toda minha vida.

Aos meus professores e mestres por todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos até chegar na graduação. Aos professores do curso de Terapia Ocupacional, por me ensinarem o quanto esta profissão é maravilhosa e repleta de possibilidades, especialmente à Profª Drª Emanuela Bezerra Torres Mattos, por me apresentar a atuação na T.O. na Saúde do Idoso, pela orientação deste projeto, pelos artigos traduzidos e por todas as trocas que me foram proporcionadas.

Agradeço as minhas amigas Dayane e Bárbara, por trilharem comigo esta caminhada que foi nossa graduação, com vocês os meus dias na Unifesp foram mais iluminados e eu sou grata por cada momento que estive junto de vocês.

Aos meus amigos de fora da Unifesp, mas que também sempre estiveram comigo, Hingrid, Gabriel, Rafaela e Felipe, obrigada por sempre acreditarem em mim. E um agradecimento especial à Gabriela, a melhor estatística que eu conheço.

Agradeço à Turma de Terapia Ocupacional 10, por todos os momentos em sala de aula que ficarão guardados em minha memória, foi maravilhoso partilhar tantas experiências com vocês!

E agradeço sobretudo aos idosos que concederam as entrevistas, sem vocês este projeto não seria possível.

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento é compreendido por ser um processo natural, caracterizado por mudanças físicas, psicológicas, cognitivas e sociais que é vivenciado por cada indivíduo de forma singular. Muitas vezes, algumas limitações acompanham esta fase da vida, porém existem outras formas de perceber e vivenciar o envelhecimento de forma ativa. Objetivo: Conhecer a percepção de idosos que frequentam os centros de convivência, sobre o lazer no cotidiano durante a velhice. Método: Participaram da pesquisa 37 idosos de dois Centros de Convivência (Ceconv) no município de Santos, sendo 18 do Ceconv 1, localizado no bairro da Encruzilhada e 19 do Ceconv 2, localizado no bairro do José Menino. Os dois Ceconv selecionados estão localizados em regiões de diferentes níveis sociais e econômicos. Foi realizada uma pesquisa quanti- qualitativa a partir de questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas com o objetivo de identificar dados sociodemográficos dos idosos, e outras informações relacionadas ao lazer, como por exemplo: “O que o/a senhor/a entende como lazer?”, “Você acha que você tem momentos de lazer incluídos em sua rotina?”, “Você acha que o lazer contribui para a saúde?”. O trabalho foi submetido ao Coordenadoria de Formação e Educação Continuada (Coform) e ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Campus Baixada Santista. Dentre os critérios de inclusão foram:-ter acima de 60 anos; -frequentar o Centro de Convivência no mínimo 6 meses; e - aceitar colaborar com a pesquisa. Os critérios de exclusão foram ter idade inferior a 60 anos e frequentar o Ceconv há menos de seis meses. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Office Excel para a análise descritiva dos dados coletados.

Resultados: A idade dos participantes variou entre 60 a 90 anos, sendo 92% do gênero feminino, no estado civil, mais da metade (54%) eram viúvas e todas mulheres. 27% deles tinham até o primário equivalente ao 1º ao 4º ano do ensino fundamental, 38% recebiam de 1 a 3 salários mínimos e a atividade mais praticada nesses espaços foi a atividade física com 62%. A análise das questões abertas fez emergir três categorias temáticas analisadas a partir da proposta de Minayo (2014) sendo: 1º. lazer como uma atividade essencial a qualidade de vida, 2º. lazer como fonte de pertencimento social, e 3º. lazer como recurso para atingir a saúde. Considerações Finais: Apesar das características socioeconômicas, todos os indivíduos que vivenciam a fase da velhice percebem o impacto positivo do lazer em suas vidas, sendo assim, importante ressaltar a necessidade de investimentos em dispositivos de lazer de fácil acesso a população.

Palavras-chaves: Lazer; Envelhecimento; Centro de Convivência; Terapia Ocupacional.

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ABSTRACT

Introduction: Aging is understood to be a natural process, characterized by physical, psychological, cognitive and social changes that are experienced by each individual in a unique way. Often, some limitations accompany this phase of life, but there are other ways of perceiving and experiencing aging in an active way. Objective: To know the perception of the elderly who attend the centers of coexistence, about leisure in daily life during old age. Method:A total of 37 elderly people from two Coexistence Centers (Ceconv) in the city of Santos, 18 from Ceconv 1, located in the neighborhood of Encruzilhada and 19 from Ceconv 2, located in the neighborhood of José Menino, participated in the study. The two Ceconv are portrayed in various social and economic regions. A quantitative survey was carried out from a semi-structured question with open and closed questions with the objective of identifying sociodemographic data of the elderly, and other information related to leisure, such as: "What you understand as leisure?", “Do you think you have leisure moments included in your routine?”, " Do you think leisure contributes to health?". The work was submitted to the Coordination of Training and Continuing Education (Coform) and to the Ethics and Research Committee of the Federal University of São Paulo (UNIFESP) - Campus Baixada Santista. Among the criteria of presentation were: -to be above 60 years; -o attend the Center of Coexistence in the Minimum of 6 months; and -accept collaborate with the research. Exclusion criteria were less than 60 years of age and to be followed throughout the six-month period. The data was tabulated in a Microsoft Office Excel spreadsheet for an analysis of collected data. Results:The participants' age ranged from 60 to 90 years, with 92% of the female gender, in civil status, more than half (54%) were widows and all women. 27%

received the first year of elementary school, 38% received a minimum wage and a room with physical activities were 62%. The media analysis was carried out with the objective of evaluating Minayo's (2014) proposal, being them: 1º. leisure as an essential activity the quality of life, 2º.

leisure as a source of social belonging, and 3º. leisure as a resource to achieve health. Final Thoughts: Despite the socioeconomic characteristics, all the individuals that experience a stage of old age perceive the positive impact of the leisure in their lives, being therefore important to emphasize the necessity of investments in leisure devices with easy access to the population.

Keywords: Leisure; Eldery; Center of Coexistence; Occupational Therapy.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO... 8

MÉTODO... 10

RESULTADOS E DISCUSSÃO... 11

Resultados quantitativos... 16

1. O lazer como uma atividade essencial a qualidade de vida... 16

2. Lazer como fonte de pertencimento social... 19

3. Lazer como recurso para atingir a saúde... 21

CONSIDERAÇÕES FINAIS... 22

REFERÊNCIAS... 23

ANEXOS... 27

ANEXO A... 27

ANEXO B... 31

ANEXO C... 33

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. % dos entrevistados X Ceconv que frequentam ... 11

Gráfico 2. Faixa etária dos entrevistados ... 12

Gráfico 3. Estado civil dos entrevistados ... 13

Gráfico 4. Renda dos entrevistados do Ceconv 1 ... 14

Gráfico 5. Renda dos entrevistados do Ceconv 2 ... 14

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Atividades de lazer realizadas pelos idosos que frequentam o Ceconv ... 18

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I. INTRODUÇÃO

As modificações demográficas apontam um número crescente de indivíduos idosos no Brasil e no mundo. “Este fato, evidenciado nos censos e projeções estatísticas, tem desdobramentos na área social, econômica, política, nos sistemas de valores e nos arranjos familiares” (ALMEIDA et al., 2011). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é considerado idoso a pessoa com mais de 65 anos em países desenvolvidos e 60 anos ou mais para indivíduos que vivem em países em desenvolvimento, como o Brasil (2002).

Envelhecimento é um processo natural caracterizado por mudanças físicas, psicológicas, cognitivas e sociais que é vivenciado por cada sujeito de forma particular (MENDES et al., 2005).

O processo de envelhecimento é inevitável e várias teorias sobre este processo são produzidas por muitos ao longo dos anos. De acordo com Ferreira et al. (2012) e Sato et al.

(2014) o envelhecimento pode ser definido por um processo singular que engloba todos os aspectos de vida do indivíduo, como nível socioeconômico, escolaridade, estilo de vida e relações sociais que vão favorecer transformações morfológicas, funcionais, bioquímicas, psicológicas e cognitivas.

A velhice deve ser vista de forma heterogênea, sendo que muitas vezes nossa sociedade a rotula como um período de incapacidades, perdas, doenças, solidão e dependências funcionais e financeira (ALMEIDA et al., 2011). Porém existem outras formas de perceber e vivenciar o envelhecimento.

A OMS define que o envelhecimento ativo é:

“O processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar qualidade de vida na medida que as pessoas ficam mais velhas” (p.12, 2002).

Os quatro pilares do envelhecimento ativo são saúde, aprendizagem ao longo da vida, participação e segurança/proteção. Esses pilares foram pensados para promover a saúde da população e reduzir a desigualdade (ILB, 2015).

Dentro destes quatro pilares a aprendizagem ao longo da vida é o que sustenta todos os outros, uma vez que obter informação é necessário para a promoção de saúde, participação e segurança/proteção. O lazer é uma das formas de se adquirir conhecimento informal ou experiencial, portanto é uma ferramenta importante para manter a saúde e a participação social

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(ILC, 2015).

Dumazedier (2008) relaciona o lazer a uma necessidade das sociedades modernas e o define como um espaço gerador de novos valores, sociabilidades e de enriquecimento cultural.

Reforça o conceito de tempo livre e a necessidade de que sua utilização seja feita por livre escolha a fim de proporcionar momentos de distração, satisfação, prazer e qualidade de vida. A velhice por ser um momento com mais tempo livre retoma seu significado nas atividades de lazer que vários idosos realizam e por esse motivo essas atividades são importantes para um envelhecimento ativo.

Os centros de convivência (Ceconv) para a terceira idade são um dos dispositivos públicos de promoção de lazer, que atendem a população idosa. Neste espaço são desenvolvidas ações de atenção ao idoso com o objetivo de elevar a qualidade de vida, promover a participação, convivência social, cidadania e a integração intergeracional. As atividades no Ceconv consistem em contribuir para a autonomia, envelhecimento ativo e saudável e prevenir o isolamento social (BRASIL, 2001).

O profissional de terapia ocupacional irá olhar para a ocupação humana e afirmar que toda a atividade tem um sentido e uma função na vida de uma pessoa, inclusive o lazer (MARTINELLI, 2011). A Terapia Ocupacional enquanto profissão que valoriza as ocupações e os grupos de atividades, o estudo do lazer no processo de envelhecimento ativo é de extrema importância para compreender as diversas possibilidades de atividades inseridas no rol do lazer e como elas podem contribuir para a saúde dos idosos. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo conhecer o impacto do lazer no cotidiano, na perspectiva de idosos que frequentam os centros de convivência em Santos.

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II. MÉTODO

A presente pesquisa foi realizada em parceria com a Prefeitura Municipal de Santos por meio dos Centro de Convivência (Ceconv). Assim, após a submissão e autorização da Coordenadoria de Formação e Educação Continuada (Coform) foram selecionados dois desses Ceconv a partir de critérios de localização.

O trabalho também foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Campus Baixada Santista sob o parecer Nº 2.580.499 (ANEXO A). Após aprovação foi realizado contato com os Centros de Convivência para apresentação dos objetivos da pesquisa, dos princípios éticos de sigilo dos referidos centros de convivência nos quais foram aplicados o questionário.

Foram abordados idosos que frequentam os dois centros de convivência selecionados localizados em regiões de diferentes níveis sociais e econômicos, sendo um no bairro do José Menino (Ceconv 1) e o outro no bairro da Encruzilhada (Ceconv 2). Foi realizada uma pesquisa quanti-qualitativa a partir de questionário semiestruturado com questões de múltiplas escolhas e algumas perguntas abertas com o objetivo de identificar dados sociodemográficos dos idosos, além de outras informações relacionadas ao lazer, como por exemplo: “O que o/a senhor/a entende como lazer?”, “Você acha que tem momentos de lazer incluídos em sua rotina?”, “Você acha que o lazer contribui para a saúde?” (ANEXO B).

Todos os idosos foram esclarecidos em relação aos objetivos do estudo, bem como, os princípios éticos por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO C).

Os critérios de inclusão foram: 1. ter acima de 60 anos; 2. frequentar o Centro de Convivência no mínimo 6 meses; e 3. aceitar colaborar com a pesquisa. Dentre os critérios de exclusão foram: 1.

ter menos que 60 anos e 2. frequentar o Ceconv menos de 6 meses. Os dados sócio demográficos foram tabulados em planilha do Microsoft Office Excel para a análise descritiva dos dados coletados. As questões abertas foram analisadas a partir da análise temática proposta por Minayo (2014) que propõe os seguintes passos: 1.Pré Análise - articulação dos objetivos iniciais com o processo de pesquisa, para potencializar o resultado final; 2.Exploração do Material - delimitação dos conteúdos eminentes e da ordem em que serão abordados; e 3.Tratamento dos Resultados Obtidos e Interpretação - inter relação entre resultados colhidos e materiais teóricos previamente selecionados e/ou notado pela análise que emergiram categorias temáticas discutidas abaixo.

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III. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Colaboraram com as entrevistas um total de quarenta (40) idosos, sendo que três (3) deles não estavam inseridos nos critérios de inclusão para a idade mínima e tempo de participação nas atividades do Ceconv. Assim a mostra contou com trinta e sete idosos (37), sendo dezoito (18) do Ceconv 1 e dezenove (19) do Ceconv 2. O Centros de Convivência são vinculados à Secretaria de Assistência Social (Seas).

Enquanto Ceconv 1 oferece atividades que são inseridas em três eixos propostos pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para crescimento e estabelecimento de vínculos:

convivência social, autonomia e protagonismo, e envelhecimento saudável. As atividades são ministradas principalmente por professores voluntários e dentre elas estão inseridas: corte e costura, artesanato e reciclagem, crochê, vagonite, pintura em tela, pintura em tecido, bordado em fitas, dança alternativa, ballet, dança de salão acadêmica, teatro, percussão, ginástica geriátrica, alongamento, tai chi chuan, yoga, inglês, oficina cantores do rádio, oficina celular, oficina do brincar, oficina do saber, oficina de baile e oficina contos e causos. No Ceconv 2, as atividades ofertadas têm o olhar para os eixos propostos pelo SUAS, mas de forma geral. São estas:

ginástica, alongamento, pilates, dança de salão, dança cigana, dança sênior, atividade rítmica, ginástica geriátrica, coral, violão, tricô, crochê, pintura em tela, pintura em tecido, hardange, inglês, francês, espanhol, italiano, reiki, meditação, yoga, auriculoterapia e massagem.

Gráfico 1. Porcentagem dos entrevistados x Ceconv que frequentam

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A idade dos participantes variou entre 60 a 90 anos. No gráfico abaixo as idades são apresentadas por faixas etárias.

Gráfico 2. Faixa etária dos entrevistados

Gráfico 2. Faixa etária dos entrevistados

Dos 37 entrevistados 35 são do gênero feminino (92%) e apenas 3 do masculino (8%). A maior participação de mulheres nos espaços de lazer pode se dar por vários motivos. Segundo o IBGE (2010), na população como um todo o número de mulheres é mais elevado do que de homens, principalmente por diferenças de mortalidade que existem entre os gêneros, ou seja, a expectativa de vida entre as mulheres é mais alta. Culturalmente, as mulheres procuram os serviços de saúde com mais frequência que homens, o que na velhice faz com que as idosas permaneçam ativas por mais tempo e possam praticar e/ou buscar mais as atividades de lazer (GOMES, 2007).

Jaumot-Pascual et al. (2018) pesquisaram sobre “Diferenças de gênero e atividades de lazer significativas para idosos”. Os resultados apontaram que aposentadoria e viuvez são os principais determinantes das atividades de lazer independente do gênero. Porém, nesse estudo enquanto as mulheres idosas iniciaram mais atividades de lazer que nunca realizadas antes (fossem elas significativas ou não) após momentos de transições da vida, os homens tendem a continuar com prática de atividades que desempenharam ao longo da vida.

Nosso estudo corrobora com os achados descritos acima ao apontar alta taxa de viúvos em relação aos demais estados civis. Soma-se a isso, o fato de que o total de viúvos apresentados no gráfico são todos do gênero feminino.

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Gráfico 3. Estado civil dos entrevistados

Gráfico 3. Estado civil dos entrevistados

Estudo realizado por Cha (2018) identificou que idosos casados investem um maior tempo em atividades de lazer realizadas em espaços fechados e/ou internos, como por exemplo:

utilização de mídias, enquanto para idosos viúvos, as atividades externas foram mais procuradas.

Quanto à escolaridade, a maioria dos idosos (27%) estudaram até o primário equivalente ao 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental, 22% estudaram até o ginásio ou 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, 24% estudaram até o 2º grau ou ensino médio, 22% fizeram ensino superior e 5%

fizeram algum tipo de especialização (pós-graduação, mestrado, doutorado, entre outras).

Em relação a renda mensal, 5% afirmaram não ter renda nenhuma, sendo que estes contavam com a ajuda dos familiares ou de “bicos” para financiar as despesas, 30% recebiam até um salário mínimo (R$937,00), 38% De 1 a 3 salários mínimos (R$937,00 A R$2.811,00) e 27%

acima de 3 salários mínimos (R$2.811,00). Ao comparar as rendas dos frequentadores dos Ceconv separadamente, podemos notar pequenas singularidades entre um e outro, que pode ser devido a localidade em que as unidades estão inseridas. No Ceconv 1, localizado no bairro da

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Gráfico 4. Renda dos entrevistados do Ceconv 1

Gráfico 4. Renda dos entrevistados do Ceconv 1

Gráfico 5. Renda dos entrevistados do Ceconv 2

Gráfico 5. Renda dos entrevistados do Ceconv 2

Nossos achados corroboram com estudos os quais apontam que os dispositivos de lazer são menos acessados por pessoas com poder aquisitivo mais baixo. Oliveira et al. (2015) chamam atenção ao fato de que para a pessoa idosa, a disponibilidade para o lazer coincide com a fase da aposentadoria. Ainda assim, muitos idosos são privados dessa ocupação pela renda insuficiente

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que os obriga a um maior desinvestimento em atividades de lazer ou pela ausência de uma agregação à cultura do lazer ao longo da vida.

Enquanto o Ceconv 1 fica no bairro da Encruzilhada, próximo ao bairro do Boqueirão, Ceconv 2 fica próximo aos bairros do José Menino e Marapé. Fato que desperta atenção é que alguns dos idosos entrevistados vinham de bairros distantes para participar das atividades nesses Ceconv, sendo que haviam outras possibilidades de lazer em suas regiões. Quando questionados sobre a possibilidade de frequentar outras atividades oferecidas próximas a região de sua residência, a maioria respondeu que frequentava aquele centro de convivência há muito tempo, gostavam das atividades, dos profissionais, mas principalmente dos amigos que haviam feito, ou seja, o lazer proporcionou a criação de laços, o que é de extrema importância nesta fase da vida diante das perdas comuns e da aposentadoria que acaba gerando isolamento social e solidão.

A partir da abordagem qualitativa por meio da análise temática proposta por Minayo (2014) a análise das questões abertas fez emergir três categorias temáticas: 1º. Lazer como uma atividade essencial na vida, 2º. Lazer como fonte de pertencimento social, e 3º. Lazer como recurso para atingir a saúde.

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1. O lazer como uma atividade essencial a qualidade de vida

Ao contrário do tempo necessário dedicado às atividades de rotina ou de trabalho, a quantidade de horas e o tipo de atividade de lazer não são predeterminadas e podem variar de acordo com características de cada indivíduo. A qualidade de vida (QoL) de pessoas idosas pode variar consideravelmente dependendo de como eles usam o seu tempo de lazer. As atividades de lazer podem influenciar a saúde através de mecanismos biopsicossociais complexos e interconectados tornando-se um meio para equilibrar o ritmo da vida. Pode ser usado como um meio para aliviar o sofrimento psicológico comum na velhice. Estudos publicados descrevem alguns dos benefícios da participação em atividades de lazer, como; melhorar o estado de saúde, reduzir a solidão, aumentar a satisfação com a vida e promover o bem-estar psicológico (SAJIN et al., 2016; BLACE, 2012; LU, 2011; NILSSON; FISHER, 2006; DIENER et al., 1999). Esses benefícios consequentemente melhoram a qualidade de vida.

Pesquisadores constataram que idosos que participam ativamente de atividades de lazer têm menos chance de desenvolver estresse e sintomas depressivos (ISSO-AHOLA; PARK, 1996;

LU, 2011; DERGANCE et al., 2003).

São diversas as definições de lazer. O documento de Estrutura e Prática da Terapia Ocupacional: domínio e processo traz a definição de lazer como:

“Atividade não obrigatória que é intrinsecamente motivada e realizada durante o tempo livre, ou seja, o tempo não comprometido com ocupações obrigatórias, tais como trabalho, autocuidado ou sono” (AOTA, 2015).

O lazer pode ter um duplo objetivo, educativo como forma de desenvolvimento pessoal e social, além do descanso e divertimento (MARCELLINO, 2008). Enquanto os adultos utilizam seu tempo de lazer com foco a restaurar a saúde mental e combater a fadiga corporal, idosos buscam participar dessas atividades com o objetivo de combater a solidão que resulta da perda de papéis e contribuir para uma vida com índices mais altos de satisfação e felicidade na medida em que melhoram a autoestima e o senso de autorrealização (CHA, 2018).

Idosos participantes do nosso estudo expressaram em seus relatos o que o lazer significa em suas vidas. Segundo eles:

“As atividades de lazer me ajudam a viver.” (I3/ 78 anos)

“Se não fosse o lazer não estaria mais aqui. Me sinto feliz quando estou fazendo o que gosto.” (I30/ 84 anos)

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“O lazer é viver, por isso já estou nos 84.” (I36/ 84 anos)

É possível perceber a importância que os idosos atribuem ao lazer. Falam de lazer não como algo que realizam no tempo livre, mas como algo essencial que gera bem-estar a partir das emoções, sensações e vinculações.

Como Marcellino (1987), o lazer é desenvolvido no tempo disponível, desprendido das outras ocupações, por assim dizer podemos afirmar que as atividades de lazer distraem os indivíduos e são usadas para fugir da rotina conforme referem os idosos a seguir:

“Lazer é tudo o que sai da rotina. É tudo de bom” (I13/ 90 anos)

“Distração, ocupação de tempo em boas coisas úteis, agradáveis, que fazem bem para mente e para o espírito” (I15/82 anos)

As diversas formas de usufruto do lazer, não necessitam unicamente de locais especiais, distantes dos próprios lares, mas sim, da essência que cada vivência pode ter para cada um (MORI; SILVA, 2008).

Pesquisadores da Coreia do Sul fizeram estudo com o objetivo investigar a correlação entre o tempo disponível para realizar atividades de lazer e o nível de satisfação com a vida de idosos saudáveis. Identificaram que há diferenças nas atividades de lazer quando relacionadas ao gênero, nível educacional, estado civil, atividades econômicas, área de residência, atividades realizadas ao ar livre e em espaços fechados, uso da internet e outras atividades de lazer (CHA, 2018).

A partir do mapeamento das atividades realizadas pelos idosos participantes das atividades nos Ceconv apresentamos a tabela a seguir.

Tabela 1. Atividades de lazer realizadas pelos idosos que frequentam o Ceconv

Atividades Realiza Não realiza

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Passeios (viagens, excursões) 9 (24%) 28 (76%) Outros (assistir TV, ouvir rádio, ficar com os netos) 9 (24%) 28 (76%) Intelectuais (línguas, UATI, palestras, palavras cruzadas, etc) 8 (22%) 29 (78%)

Lúdicas (oficinas, dinâmicas.) 6 (16%) 31 (84%)

Religiosas/espirituais (missas, cultos e etc) 3 (8%) 34 (92%)

Tabela 1. Atividades de lazer realizadas pelos idosos que frequentam o Ceconv

Em relação às atividades de lazer que os idosos realizavam, as atividades físicas foram as mais frequentes, tais como: caminhada, ginástica, alongamento, entre outras, seguida da participação em bailes, como: diversas danças ou eventos relacionados. Essas atividades são de extrema importância para os idosos, na prevenção de quedas e incapacidade funcional (CASTRO;

CARREIRA, 2015).

As atividades manuais, como pintura, desenho e tricô, também aparecem com bastante frequência. Por terem mecanismos que se assemelham às atividades laborais, elas podem ter um efeito protetor na perda funcional em idosos, envolvendo estímulos compensatórios da rede de apoio social (CASTRO; CARREIRA, 2015).

Paggi, Jopp, Hertzog (2016) apontam que as atividades de lazer são um elo fundamental entre a saúde física e o bem-estar. Pressman et al. (2009), descobriram que o bem-estar está positivamente associado à participação de atividades de lazer agradáveis (por exemplo, passar um tempo sozinho, socializar com outros e hobbies), destacando a importância de vários tipos de atividades de lazer ao longo da vida adulta.

Estudo realizado para investigar a relação entre as atividades de lazer e a idade destacou a importância de que essas atividades sejam desenvolvidas ao longo da vida com o objetivo de manter e/ou melhorar o bem-estar. Os pesquisadores apontam que o avanço da idade pode comprometer a saúde física e limitar a participação de idosos em diversos tipos de atividades, dessa forma, é fundamental que haja uma grande variedade de atividades disponíveis independentemente da habilidade (PAGGI; JOPP; HERTZOG, 2016).

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2. Lazer como fonte de pertencimento social

A velhice tem se tornado a fase mais longa da vida na qual o indivíduo vivencia uma série de perdas. A aproximação da aposentadoria, perda do papel de trabalho no qual vínculos foram estabelecidos, perda de amigos e familiares a qual desperta uma maior consciência sobre a finitude da vida, viuvez, maior suscetibilidade a problemas de saúde que podem interferir no desempenho funcional e acarretar dependência e perda da autonomia que costumam ser fantasmas a rondar o universo do idoso.

Desta forma, quando o lazer facilita a interação com outras pessoas independentemente do nível social, econômico e cultural, reativa o senso de pertencimento e gera prazer (COSTA et al., 2017).

As atividades de lazer além de ter uma forte conexão com o relacionamento social, favorece a construção de relacionamentos significativos (CHEUNG et al., 2009; DERGANCE et al., 2003; RUDMAN et al., 1997).

Newall et al. (2009) chama atenção ao fato de que um maior engajamento social leva à redução da solidão entre os idosos e diminui taxas de mortalidade.

I1 descreve que compartilha com outros idosos, que vivem uma condição do isolamento, a possibilidade de pertencer: “Aqui (Ceconv) me distrai, faço mais amigos, quando conheço alguém que precisa eu sempre chamo para cá fazer atividades” (69 anos). O relato da I10 proporciona a crença de que quando não se está só, a dor diminui: “Recomendação médica, se não fosse a hidroterapia eu não me aguentava de dor, e ainda faço amizade, me distraio, porque senão fico muito tempo sozinha” (81 anos).

Muitos dos idosos participantes relataram passar a maior parte do tempo sozinhos e/ou solitários. Participar das atividades no Centro de Convivência foi apontado como uma forma de conhecer novas pessoas, fazer laços e combater a solidão.

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individual. Por exemplo, o envolvimento social durante uma atividade de lazer pode trazer benefícios psicológicos para o indivíduo. Quando essa atividade é realizada em grupo ou requer engajamento social, ela criará um relacionamento mútuo e um senso de pertencimento um ao outro.

Pesquisadores identificam que atividade social pode desenvolver novas relações (RUDMAN et al., 1997; DERGANCE et al., 2003) e que um maior engajamento social levará a redução a solidão entre os idosos (NEWALL et al., 2009).

O Centro de Convivência tem como um de seus objetivos promover o engajamento social dos idosos que o frequentam, desta forma desenvolvendo novos vínculos e reduzindo a solidão, o que reforça tanto as falas dos idosos quanto às pesquisas demonstradas acima.

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3. Lazer como recurso para atingir a saúde

Pesquisa desenvolvida com idosos em uma comunidade no Malaya apontou que o maior nível de participação em atividades de lazer, especialmente em atividades sociais e cognitivas pode melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Esta pesquisa foi corroborada por Blace (2012) que concluiu que a atividade funcional, a participação em atividades e a satisfação com a vida estão inter-relacionadas. Paggi, Jopp e Hertzog (2016) afirmam que a participação nas atividades de lazer está relacionada a diversos elementos do envelhecimento bem-sucedido, incluindo saúde física e bem-estar.

Estudiosos examinaram a relação entre a participação em atividades de lazer e a demência e comprometimento cognitivo. Wang et al. (2002) e Verghese et al. (2003) afirmou que o risco de demência pode ser reduzido com a frequência de participação em atividades de lazer. Em 2006, outro estudo mais amplo descobriu que as atividades cognitivas podem ajudar a diminuir o risco de comprometimento cognitivo. Verghese et al. (2009) constataram que o envolvimento em atividades cognitivas tem relação com a redução do risco de acidente vascular em idosos com ou sem demência. Segundo Cheung et al. (2009) a atividade de lazer é um aspecto importante e essencial de cada pessoa independente da idade.

Corroborando com as pesquisas, ao responderem à pergunta “Você acha que o lazer contribui para a saúde?”, todos os idosos participantes responderam “Sim”. Dessa forma, as contribuições do lazer para a promoção da saúde são perceptíveis também para quem está praticando.

(23)

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mudanças demográficas globais farão com que o número de idosos aumente significativamente. Dessa forma é de extrema importância investigar como os idosos realizam suas atividades de lazer e como melhorar a participação ativa em atividades significativas visto que estudos apontam que essas atividades melhoram o bem-estar e a qualidade de vida desses indivíduos.

Apesar das características socioeconômicas influenciar no acesso de idosos aos dispositivos de lazer, todos os indivíduos que vivenciam a fase da velhice percebem o impacto positivo do lazer em suas vidas.

Assim, é importante ressaltar a necessidade de investimentos nos já existentes e criação de novos dispositivos de lazer de fácil acesso a população e que contemplem diversas atividades para que possam alcançar um número significativo de idosos, visto que nessa fase da vida há uma relação direta entre atividades de lazer e qualidade de vida, participação social, autonomia e prevenção de comorbidades comuns ao envelhecimento.

Na qualidade de profissional que atua na interface com a saúde e aspectos sociais, a atuação do terapeuta ocupacional se faz necessária na composição de equipes multidisciplinares para que juntos considerem os diferentes tipos de atividades, uma vez que os comprometimentos de saúde, principalmente em relação a saúde física, ao longo do processo de envelhecimento pode permitir ou limitar a participação nessas atividades de maneiras diferentes.

(24)

V. REFERÊNCIAS

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percepção de si e de sua qualidade de vida. Kairós. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Saúde. v. 13, n. 2, mar. 2011.

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RUTHIG, J. C., Causal beliefs, social participation, and loneliness among older adults: A longitudinal study. Journal of Social and Personal Relationships, v. 26, n. 2-3, p. 273-290, 2009 SAJIN, N. B, DAHLAN, A., IBRAHIM, S. A. S. Quality of Life and Leisure Participation Amongst Malay Older People in The Institution, AMER International Conference on Quality of Life, v. 234, p. 83-9, 2016

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SILVERSTEIN, M., & PARKER, M. G., Leisure activities and quality of life among the oldest old in Sweden. Research on aging, v. 24, n. 5, p. 528-547, 2002

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(28)

ANEXO A

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: Lazer x Envelhecimento: a percepção de idosos que frequentam os centros de convivência em Santos

Pesquisador: EMANUELA BEZERRA TORRES MATTOS Área Temática:

Versão: 1

CAAE: 84085318.1.0000.5505

Instituição Proponente: Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP/EPM Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 2.580.499

Apresentação do Projeto:

Projeto CEP/UNIFESP n:0207/2018

O envelhecimento é compreendido por ser um processo natural e caracterizado por mudanças físicas, psicológicas, cognitivas e sociais que é vivenciado por cada indivíduo de forma singular.

Muitas vezes as incapacidades acometem esta fase da vida, porém existem outras formas de perceber e vivenciar o envelhecimento de forma ativa. Objetivo: Conhecer o impacto do lazer sobre a saúde na perspectiva de idosos que frequentam os centros de convivência. Resultados Esperados A partir dos resultados surge a possibilidade de divulgar os dados obtidos instigando a disseminação de informações relacionadas a esse campo de prática da terapia ocupacional Objetivo da Pesquisa:

-HIPÓTESE: Idosos com maior poder aquisitivo tem maior acesso ao lazer.

- OBJETIVO PRIMÁRIO: O objetivo conhecer o impacto do lazer sobre a saúde na perspectiva de idosos que frequentam os centros de convivência em Santos.

-OBJETIVO SECUNDÁRIO: Investigar o impacto do lazer na qualidade de vida dos

idosos;Compreender como o lazer auxilia no envelhecimento ativo;Identificar as diferentes

(29)

Página 01 de

saudável.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Em relação aos riscos e benefícios, o pesquisador declara:

-RISCOS: Não oferece nenhum risco.

-BENEFÍCIOS: Os resultados pode colaborar para a criação de estratégias que facilitem o acesso as atividades de lazer para idosos de qualquer nível social e econômico na cidade de Santos

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Trata-se de Trabalho de conclusão de curso, da aluna PRISCILLA MARIA DA CONCEIÇÃO DOS

SANTOS, apresentado ao Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista. Orientador: Profa. Dra. de EMANUELA BEZERRA TORRES MATTOS. Projeto vinculado ao Departamento de Saúde Educação e Sociedade, Campus Baixada Santista, UNIFESP.

TIPO DE ESTUDO: Estudo quantitativo por meio de questionário semi estruturado

LOCAL: Centros de convivência: Cecon Vida Nova localizado próxima à orla e Cecon Isabel Garcia na região dos morros. Os dois centros de convivência selecionados estão localizados em regiões de diferentes níveis sociais e econômicos.

PARTICIPANTES: Participarão da pesquisa dez (10) idosos de cada um dos Centros de Convivência sendo um total de 20 idosos.

-Critério de Inclusão: Ter acima de 60 anos;Frequentar o Centro de Convivência no mínimo 6 meses;Aceitar colaborar com a pesquisa;

-Critério de Exclusão: Os critérios de exclusão são todos aqueles que não atenderem aos critérios acima descritos.

PROCEDIMENTOS:

Será realizada uma pesquisa quantitativa a partir de questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas com o objetivo de identificar dados sociodemográficos dos idosos, e outras informações relacionadas ao lazer, como por exemplo: “O que o/a senhor/a entende como lazer?”, “Você acha que você tem momentos de lazer incluídos em sua rotina?”,

“se SIM, quais são as atividades de lazer que o/a senhor/a costuma realizar?”, “Se Não, quais as atividades de lazer que você gostaria de ter?”, “Você acha que o lazer contribui para a saúde?”.

-O trabalho será submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Campus Baixada Santista.

Página 02 de

(30)

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

1- Foram apresentados os principais documentos: folha de rosto; projeto completo; cópia do cadastro CEP/UNIFESP, orçamento financeiro e cronograma apresentados adequadamente. 2- TCLE a ser aplicado aos participantes

Recomendações:

Nada consta

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Sem inadequações

Considerações Finais a critério do CEP:

O CEP informa que a partir desta data de aprovação, é necessário o envio de relatórios parciais (semestralmente), e o relatório final, quando do término do estudo.

Lembramos que é de responsabilidade do pesquisador assegurar que o local onde a pesquisa será realizada ofereça condições plenas de funcionamento garantindo assim a segurança e o bem estar dos participantes da pesquisa e de quaisquer outros envolvidos .

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicas do Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P ROJETO_1076057.pdf

27/02/2018 12:26:45

Aceito Projeto Detalhado

/

Brochura Investigador

Lazer_e_envelhecimento.pdf 27/02/2018 12:24:52

EMANUELA BEZERRA TORRES MATTOS

Aceito

Outros Form_do_cadastro_cep_emanuela.pdf 26/02/2018 21:42:15

EMANUELA BEZERRA TORRES MATTOS

Aceito

TCLE / Termos de Assentimento / Justificativa de Ausência

TCLE.docx 26/02/2018

20:53:04

EMANUELA BEZERRA TORRES MATTOS

Aceito

Folha de Rosto Form_da_plataforma_brasil_emanuela.p 26/02/2018 EMANUELA Aceito

(31)

SAO PAULO, 04 de Abril de 2018

Assinado por:

Miguel Roberto Jorge (Coordenador)

Página 04 de

(32)

ANEXO B

“Lazer x Envelhecimento: A percepção de idosos que frequentam os centros de convivência em Santos”

Discente: Priscilla Maria da Conceição dos Santos Orientadora: Profª Drª Emanuela Bezerra Torres Mattos

QUESTIONÁRIO

Data do preenchimento:

Dados sociodemográficos:

Nome:

Idade:

Gênero: Masculino ( ) Feminino ( )

Estado Civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) ( ) Local de residência (bairro de Santos):

Frequenta: Ceconv Vida Nova ( ) Ceconv Isabel Garcia ( ) Escolaridade:

● Do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental (antigo primário) ( )

● Do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental (antigo ginásio) ( )

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● De 6 a 9 salários mínimos (R$ 5,622,00 a R$ 8.433,00) ( )

● De 9 a 12 salários mínimos (R$ 8.433,00 a R$ 11.244,00) ( )

● De 12 a 15 salários mínimos (R$ 11.244,00 a R$ 14.055,00) ( )

● Mais de 15 salários mínimos (mais de R$ 14.055,00) ( ) Perguntas abertas:

O que o/a senhor/a entende como lazer?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Você acha que você tem momentos de lazer incluídos em sua rotina? ( ) Sim ( ) Não Se SIM, quais são as atividades de lazer que o/a senhor/a costuma realizar?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Se NÃO, quais as atividades de lazer que você gostaria de ter?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Você acha que o lazer contribui para a saúde?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

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ANEXO C

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Prezado(a) Senhor(a)

Você está sendo convidado(a) para participar de uma pesquisa intitulada: "Lazer x Envelhecimento: a percepção de idosos que frequentam os centros de convivência em Santos", que está sendo desenvolvida pela discente Priscilla Maria da Conceição dos Santos., do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, sob a orientação da Profª Drª Emanuela Bezerra Torres Mattos, também da mesma universidade.

Este questionário tem como objetivo conhecer o impacto do lazer sobre a saúde na perspectiva de idosos que frequentam os centros de convivência. O tempo de preenchimento é curto (15-20 minutos).

Solicitamos sua colaboração para o levantamento de dados, como também sua autorização para apresentar os resultados desse estudo em eventos científicos da área da saúde. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em sigilo absoluto. Informamos que esta pesquisa não oferece riscos.

Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o(a) senhor(a) não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo pesquisador(a). Caso decida não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano.

Contato para eventuais dúvidas:

emanuelabtm@gmail.com (orientadora responsável pela pesquisa)

Referências

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