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DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA I - DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA OU NECESSIDADE PÚBLICA:

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DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA

I - DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA OU NECESSIDADE PÚBLICA:

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941.

Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o A desapropriação por utilidade pública regular-se-á por esta lei, em todo o território nacional.

Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser

desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.

§ 1o A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará necessária, quando de sua utilização resultar prejuizo patrimonial do proprietário do solo.

§ 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.

§ 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e emprêsas cujo funcionamento dependa de autorização do Govêrno Federal e se subordine à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da República. (Incluído pelo Decreto-lei nº 856, de 1969)

Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de carater público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.

Art. 4o A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem

extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as indispensaveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda.

Parágrafo único. Quando a desapropriação destinar-se à urbanização ou à

reurbanização realizada mediante concessão ou parceria público-privada, o edital de licitação poderá prever que a receita decorrente da revenda ou utilização imobiliária integre projeto associado por conta e risco do concessionário, garantido ao poder concedente no mínimo o ressarcimento dos desembolsos com indenizações, quando estas ficarem sob sua responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pública:

a) a segurança nacional;

b) a defesa do Estado;

c) o socorro público em caso de calamidade;

d) a salubridade pública;

e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;

f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;

g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saude, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;

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h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;

i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a

execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou

ampliação de distritos industriais; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;

k) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza;

l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico;

m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;

n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;

o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;

p) os demais casos previstos por leis especiais.

§ 1º - A construção ou ampliação de distritos industriais, de que trata a alínea i do caput deste artigo, inclui o loteamento das áreas necessárias à instalação de indústrias e atividades correlatas, bem como a revenda ou locação dos respectivos lotes a empresas previamente qualificadas (Incluído pela Lei nº 6.602, de 1978)

§ 2º - A efetivação da desapropriação para fins de criação ou ampliação de distritos industriais depende de aprovação, prévia e expressa, pelo Poder Público competente, do respectivo projeto de implantação". (Incluído pela Lei nº 6.602, de 1978)

§ 3o Ao imóvel desapropriado para implantação de parcelamento popular, destinado às classes de menor renda, não se dará outra utilização nem haverá retrocessão.

(Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999)

Art. 6o A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito.

Art. 7o Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial.

Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabe indenização por perdas e danos, sem prejuizo da ação penal.

Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.

Art. 9o Ao Poder Judiciário é vedado, no processo de desapropriação, decidir se se verificam ou não os casos de utilidade pública.

Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará. (Vide Decreto-lei nº 9.282, de 1946) Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração.

Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

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II - DESAPROPRIAÇÃO SANÇÃO:

1 - DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL URBANO:

Lei 10.257/2001

Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.

Do IPTU progressivo no tempo

Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.

§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o.

§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo.

Da desapropriação com pagamento em títulos

Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.

§ 1o Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.

§ 2o O valor real da indenização:

I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o § 2o do art. 5o desta Lei;

II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

§ 3o Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos.

§ 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

§ 5o O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.

§ 6o Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do § 5o as mesmas

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obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5o desta Lei.

2 - DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA:

LEI Nº 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.

Dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal.

Art. 1º Esta lei regulamenta e disciplina disposições relativas à reforma agrária, previstas no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal.

Art. 2º A propriedade rural que não cumprir a função social prevista no art. 9º é passível de desapropriação, nos termos desta lei, respeitados os dispositivos constitucionais. (Regulamento)

§ 1º Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social.

§ 2o Para os fins deste artigo, fica a União, através do órgão federal competente, autorizada a ingressar no imóvel de propriedade particular para levantamento de dados e informações, mediante (prévia comunicação escrita) ao proprietário, preposto ou seu representante. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 3o Na ausência do proprietário, do preposto ou do representante, a comunicação será feita mediante (edital), a ser publicado, por três vezes consecutivas, em jornal de grande circulação na capital do Estado de localização do imóvel. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 4o Não será considerada, para os fins desta Lei, qualquer modificação, quanto - ao domínio,

- à dimensão e

- às condições de uso do imóvel, introduzida ou ocorrida até seis meses

após a data da comunicação para levantamento de dados e informações de que tratam os §§ 2o e 3o. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 5o No caso de fiscalização decorrente do exercício de poder de polícia, será dispensada a comunicação de que tratam os §§ 2o e 3o. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 6o O imóvel rural de domínio (público ou particular) objeto de esbulho possessório ou invasão motivada por conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo

- não será vistoriado, avaliado ou desapropriado - nos dois anos seguintes à sua desocupação,

- ou no dobro desse prazo (4anos) , em caso de reincidência;

- e deverá ser apurada a responsabilidade civil e administrativa

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de quem concorra com qualquer ato omissivo ou comissivo que propicie o

descumprimento dessas vedações. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 7o Será excluído do Programa de Reforma Agrária do Governo Federal - quem, já estando beneficiado com lote em Projeto de Assentamento, ou - sendo pretendente desse benefício na condição de inscrito em processo de cadastramento e seleção de candidatos ao acesso à terra,

- for efetivamente identificado como participante direto ou indireto em conflito fundiário que se caracterize por invasão ou esbulho de imóvel rural de domínio público ou privado em fase de processo administrativo de vistoria ou avaliação para fins de reforma agrária, ou

- que esteja sendo objeto de processo judicial de desapropriação em vias de imissão de posse ao ente expropriante; e bem assim

- quem for efetivamente identificado como participante de invasão de prédio público, de atos de ameaça, seqüestro ou manutenção de servidores públicos e outros cidadãos em cárcere privado, ou

- de quaisquer outros atos de violência real ou pessoal praticados em tais situações.

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 8o A entidade, a organização, a pessoa jurídica, o movimento ou a sociedade de fato que,

- de qualquer forma, direta ou indiretamente, auxiliar, colaborar, incentivar, incitar, induzir ou participar de invasão

de imóveis rurais ou de bens públicos, ou

em conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo,

não receberá, a qualquer título, recursos públicos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 9o Se, na hipótese do § 8o, a transferência ou repasse dos recursos públicos - já tiverem sido autorizados,

- assistirá ao Poder Público o direito de retenção, bem assim

o de rescisão do contrato, convênio ou instrumento similar. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

Art. 2o-A. Na hipótese de fraude ou simulação de esbulho ou invasão, - por parte do proprietário ou legítimo possuidor do imóvel,

para os fins dos §§ 6o e 7o do art. 2o,

- o órgão executor do Programa Nacional de Reforma Agrária aplicará

pena administrativa de R$ 55.000,00 (cinqüenta e cinco mil reais) a R$ 535.000,00 (quinhentos e trinta e cinco mil reais) e

o cancelamento do cadastro do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural, sem prejuízo das demais sanções penais e civis cabíveis. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

Parágrafo único. Os valores a que se refere este artigo

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- serão atualizados, a partir de maio de 2000, no dia 1o de janeiro de cada ano,

com base na variação acumulada do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas, no respectivo período. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

Art. 3º (Vetado)

Art. 4º Para os efeitos desta lei, conceituam-se:

I - Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial;

II - Pequena Propriedade - o imóvel rural:

a) de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais;

b) (Vetado) c) (Vetado)

III - Média Propriedade - o imóvel rural:

a) de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais;

b) (Vetado)

Parágrafo único. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária a pequena e a média propriedade rural, desde que o seu proprietário não possua outra propriedade rural.

Art. 5º A desapropriação por interesse social, aplicável ao imóvel rural que não cumpra sua função social, importa prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária.

§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor ação de desapropriação.

§ 3º Os títulos da dívida agrária, que conterão cláusula assecuratória de preservação de seu valor real,

- serão resgatáveis a partir

do segundo ano de sua emissão, em percentual proporcional ao prazo, observados os seguintes critérios:

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RESGATE PROPORCIONAL DAS TDAS DE ACORDO COM O TAMANHO DO IMÓVEL EM MF:

I - do segundo ao décimo quinto ano, 2 - 15 quando emitidos para indenização de imóvel

com área de até 70 setenta módulos fiscais; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

II - do segundo ao décimo oitavo ano, 2 - 18 quando emitidos para indenização de imóvel

com área acima de 70 setenta e até 150 cento e cinqüenta módulos fiscais; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

III - do segundo ao vigésimo ano, 2 - 20 quando emitidos para indenização de imóvel com área superior a 150 cento e cinqüenta módulos fiscais. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

PAGAMENTO DE TDAS DE FORMA ESCALONADA DE ACORDO COM O TAMANHO DO IMÓVEL EM HA POR COMPRA OU ACORDO

§ 4o No caso de aquisição

- por compra e venda de imóveis rurais destinados à implantação de projetos

integrantes do Programa Nacional de Reforma Agrária, nos termos desta Lei e da Lei no 4.504, de 30 de novembro de 1964, e

- os decorrentes de acordo judicial, em audiência de conciliação,

com o objetivo de fixar a prévia e justa indenização, a ser celebrado com a União, bem como com os entes federados,

- o pagamento será efetuado de forma escalonada em Títulos da Dívida Agrária - TDA, resgatáveis em parcelas anuais, iguais e sucessivas,

a partir do segundo ano de sua emissão, observadas as seguintes condições:

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) Até 3.000 ha - 5 anos

I - imóveis com área de até três mil hectares, no prazo de cinco anos; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

+ 3.000 há (escalonda)

II - imóveis com área superior a três mil hectares: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

3.000 ha - 5 anos

a) o valor relativo aos primeiros três mil hectares, no prazo de cinco anos; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

+ 3.000 a 10.000 ha - 10 anos

b) o valor relativo à área superior a três mil e até dez mil hectares, em dez anos;

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) + 10.000 a 15.000 ha - 15 anos

c) o valor relativo à área superior a dez mil hectares até quinze mil hectares, em

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quinze anos; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

+ 15.000 ha – 20 anos

d) o valor da área que exceder quinze mil hectares, em vinte anos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

REDUÇÃO DOS PRAZOS DO ESCALONAMENTO - BENFEITORIAS INTEGRAIS EM TDAS

+ 10 anos - redução de 5 anos

§ 5o Os prazos previstos no § 4o, quando iguais ou superiores a dez anos, poderão ser reduzidos em cinco anos,

- desde que o proprietário concorde em receber o pagamento do valor das benfeitorias úteis e necessárias integralmente em TDA. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183- 56, de 2001)

§ 6o Aceito pelo proprietário o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias em TDA, os prazos de resgates dos respectivos títulos serão fixados mantendo-se a mesma proporcionalidade estabelecida para aqueles relativos ao valor da terra e suas acessões naturais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

Art. 6º Considera-se propriedade produtiva

- aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente.

GUT - + 80%

§ 1º O grau de utilização da terra, para efeito do caput deste artigo, deverá ser igual ou superior a 80% (oitenta por cento), calculado pela relação percentual entre

a área efetivamente utilizada e a área aproveitável total do imóvel.

GEE - = ou + 100%

§ 2º O grau de eficiência na exploração da terra deverá ser igual ou superior a 100%

(cem por cento), e será obtido de acordo com a seguinte sistemática:

VEGETAIS

I - para os produtos vegetais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos respectivos

índices de rendimento estabelecidos pelo órgão competente do Poder Executivo, para (cada Microrregião Homogênea);

PECUÁRIA

II - para a exploração pecuária, divide-se o número total de Unidades Animais (UA) do rebanho,

pelo índice de lotação estabelecido pelo órgão competente do Poder Executivo, para (cada Microrregião Homogênea);

VEGATAIS + PECUÁRIA

III - a soma dos resultados obtidos na forma dos incisos I e II deste artigo, dividida pela área efetivamente utilizada

e multiplicada por 100 (cem),

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determina o grau de eficiência na exploração.

CONCRETIZAÇÃO GUT ou GEE

§ 3º Considera-se efetivamente utilizadas:

I - as (áreas plantadas) com produtos vegetais;

II - as áreas de (pastagens) nativas e plantadas, observado o índice de lotação por zona de pecuária, fixado pelo Poder Executivo;

III - as áreas de exploração (extrativa) vegetal ou florestal, observados os índices de rendimento estabelecidos pelo órgão competente do Poder Executivo, para cada Microrregião Homogênea, e a legislação ambiental;

IV - as áreas de exploração de (florestas nativas), de acordo com plano de exploração e nas condições estabelecidas pelo órgão federal competente

V - as áreas sob processos técnicos de formação ou recuperação de (pastagens ou de culturas permanentes), tecnicamente conduzidas e devidamente comprovadas,

mediante documentação e Anotação de Responsabilidade Técnica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 4º No caso de (consórcio ou intercalação de culturas), considera-se efetivamente utilizada a área total do consórcio ou intercalação.

Dica: consórcio de culturas: é uma técnica agrícola de conservação que visa um melhor aproveitamento a longo prazo do solo. As espécies escolhidas proporcionam entre si vantagens recíprocas, quando o seu crescimento se efetua simultaneamente na mesma área agrícola, quando o agricultor utiliza uma mesma área de plantio com duas ou mais culturas.

Dica: plantação intercalada há várias culturas (rotação de culturas), como o arroz, o milho e o feijão, durante 3 anos.

§ 5º No caso de mais de um cultivo no ano, com um ou mais produtos, no mesmo espaço, considera-se efetivamente utilizada (a maior área usada) no ano considerado.

§ 6º Para os produtos que não tenham índices de rendimentos fixados, adotar-se-á a (área utilizada com esses produtos), com resultado do cálculo previsto no inciso I do § 2º deste artigo.

CAUSAS DE EXCLUSÃO DA IMPRODUTIVIDADE

§ 7º Não perderá a qualificação de propriedade produtiva o imóvel que, por razões de - força maior,

- caso fortuito ou

- de renovação de pastagens tecnicamente conduzida, devidamente comprovados pelo órgão competente,

Que deixar de apresentar, no ano respectivo, os graus de eficiência na exploração, exigidos para a espécie.

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§ 8º São garantidos os (incentivos fiscais) referentes ao Imposto Territorial Rural relacionados com os graus de utilização e de eficiência na exploração, conforme o disposto no art. 49 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964.

Dica: O ITR permite a progressividade de alíquotas (variam de 0,03% até 20% em função da área do imóvel e do grau de utilização), ainda garante 90% de desconto (incentivo) na sua arrecadação, sendo 45% pelo grau de utilização da terra (GUT) e 45% pelo grau de eficiência na exploração (GEE) – isso sem contar a imunidade instituída pela Constituição Federal em relação a pequenas glebas rurais (50 ha no nordeste) exploradas pelo proprietário que não possua outro imóvel, nos termos da lei (art. 153, § 4º, II da CF).

Art. 7º Não será passível de desapropriação, para fins de reforma agrária, o imóvel que comprove estar sendo (objeto de implantação de projeto técnico) que atenda aos seguintes requisitos:

I - seja elaborado por (profissional legalmente habilitado e identificado);

II - esteja (cumprindo o cronograma físico-financeiro) originalmente previsto, não admitidas prorrogações dos prazos;

III - preveja que, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da área total aproveitável do imóvel seja (efetivamente utilizada) em,

- no máximo, 3 (três) anos para as (culturas anuais) e - 5 (cinco) anos para as (culturas permanentes);

IV - haja sido (aprovado) pelo órgão federal competente, na forma estabelecida em regulamento,

- no mínimo 06 seis meses

antes da (comunicação) de que tratam os §§ 2o e 3o do art. 2o. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

Parágrafo único. Os prazos previstos no inciso III deste artigo (3 ou 5 anos) poderão ser prorrogados em até 50% (cinqüenta por cento), desde que

- o projeto receba, anualmente, a aprovação do órgão competente para fiscalização e - tenha sua implantação iniciada no prazo de 6 (seis) meses, contado de sua

aprovação.

FATO SIMILAR A APROVEITAMENTO RACIONAL E ADEQUADA

Art. 8º Ter-se-á como (racional e adequado) o aproveitamento de imóvel rural, - quando esteja oficialmente destinado

à execução de (atividades de pesquisa e experimentação) que objetivem

o avanço tecnológico da agricultura.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo - só serão consideradas as propriedades

que tenham destinados às atividades de pesquisa,

no mínimo, 80% (oitenta por cento) da área total aproveitável do imóvel,

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