• Nenhum resultado encontrado

Um modelo de formação continuada para professores e professoras de escolas do campo

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Um modelo de formação continuada para professores e professoras de escolas do campo"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

49

Um modelo de formação continuada para professores e professoras de escolas do campo

A model of in-service teacher training in schools field

Recibido: enero/2016 Publicado: mayo/2016

Autoras

Profa. Dra. Iranete Maria da Silva Lima

Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (CAA/UFPE) Brasil.

Coordenadora do NUPEFEC/UFPE iranetelima@yahoo.com.br

Profa. Dra. Cinthya Torres Melo

Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (CAA/UFPE) Brasil.

Coordenadora da Licenciatura em Pedagogia e membro do NUPEFEC/UFPE cinthyatorresmelo@gmail.com

(2)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

50 Resumo

Este artigo apresenta um modelo de formação continuada para professores de Escolas Multisseriadas do campo, no quadro do Programa Escola da Terra. O objetivo é descrever o modo pelo qual se busca constituir a integração de saberes dos povos camponeses com os conhecimentos das áreas específicas trabalhadas nas escolas do campo e com as suas atividades produtivas. Para tanto, as formações são realizadas em Alternância Pedagógica que conjuga tempos na universidade e tempos na comunidade, culminando com a elaboração e o desenvolvimento de projetos de intervenção social e pedagógica.

Palavras-Chave: Educação do Campo, Formação Continuada, Alternância Pedagógica, Integração de Saberes.

Abstract

This paper presents an in-service teacher training model for multi-grade schools from countryside within a Program called "Escola da Terra". It aims is to describe the way in which knowledge of the peasants people and those from specific areas explored at countryside schools and those from their productive activities are integrated. Thus, training meetings held in Pedagogical switching, combining time at university and times in the community and culminating within preparation and development of Projects of social and educational interventions.

Keywords: Field Education, In-service teacher, Pedagogical switching, Integration of Knowledge.

(3)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

51

Introdução

O trabalho de formação para professores na perspectiva da Educação do Campo tem se afirmado nos projetos e programas desenvolvidos no Núcleo de Pesquisa, Formação e Extensão em Educação do Campo, da Universidade Federal de Pernambuco (NUPEFEC/UFPE), sediado no Centro Acadêmico do Agreste, na cidade de Caruaru em Pernambuco - Brasil. O Núcleo tem a Educação do Campo como principal eixo de trabalho e se configura como um espaço de construção, reflexão, debate, realização e divulgação de resultados de pesquisas. O NUPEFEC integra as ações da UFPE que, enquanto universidade pública, exerce sua função de atender as demandas sociais e de democratizar o conhecimento, observando, sobretudo, o protagonismo dos povos do campo. De fato, como acentuam Lima e Franco. (2014, p. 363)

Demonstrando sensibilidade e interesse por este campo de disputa, de poder, de formação humana e de pesquisa, na última década as universidades brasileiras se unem à luta dos movimentos sociais para reivindicar uma política de educação do/para o campo e vislumbrar caminhos para que a mesma se concretize. (Lima & Lima, 2014, p. 363)

Deste modo, a UFPE, enquanto instituição formadora, busca formar o(a) professor(a) de forma holística, permitindo-lhe (re)pensar a prática docente no sentido de intervir na realidade do campesinato, a partir do reconhecimento dos saberes, da cultura e da história dos povos do campo.

O NUPEFEC desenvolve ações de formação continuada que contemplam a Educação do Campo, em articulação com a Agroecologia e a Agricultura Familiar e outros

(4)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

52 conceitos correlatos, visando contribuir para o desenvolvimento regional e a formação humana. Para tanto, as atividades realizadas buscam articular o ensino, a pesquisa e a extensão de maneira indissociável (Severino, 2009), e avançam na direção de integrar saberes acadêmicos, populares, técnicos, profissionais e a experiência de cada sujeito, em consonância com os princípios da Educação do Campo. Vale salientar também que as formações continuadas implementadas pelo núcleo se pautam no acúmulo das experiências construídas pela equipe formadora na última década.

Dentre as ações já desenvolvidas destacam-se três que apresentamos, a seguir, em linhas gerais.

A 'Formação continuada para educadores e educadoras do Programa ProJovem Campo - Saberes da Terra‟ (Brasil, 2008) foi financiada pela „Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI)‟, pelo „Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)‟ e pela „Secretaria de Educação de Pernambuco (SE/PE)‟. Realizada nos estados de Pernambuco e Alagoas entre 2008 e 2012, esta formação atendeu 950 educadores (as) do campo. O referido programa, realizado na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), visa a elevação da escolaridade de pessoas jovens e adultas com qualificação profissional. Os princípios norteadores e estruturantes da formação, bem como os principais desafios enfrentados foram publicados por Lima e Franco (2014).

O „Curso de Aperfeiçoamento em Educação do Campo–CAEC‟ aconteceu entre 2012 e 2013 para 200 educadores (as) e gestores(as) de escolas do campo; técnicos(as) e coordenadores(as) territoriais e regionais; e representantes de movimentos sociais de 74 municípios de Pernambuco. O curso teve por finalidade aprofundar a discussão sobre os fundamentos da Educação do Campo, Agroecologia e Agricultura Familiar, bem como das áreas de conhecimento trabalhadas nos anos inicias do Ensino Fundamental. O curso foi uma iniciativa da UFPE, realizado em parceria com a SECADI, FNDE e SE/PE, independentemente de programas e projetos governamentais. Inovou no fato de não exigir a formação no ensino superior como pré- requisito, atendo-se ao fato de o cursista atuar nas escolas do campo. A descrição de

(5)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

53 como a formação, a extensão e a pesquisa são contempladas nesta formação encontra- se em Lima et al (2014).

A „Formação continuada para professores e professoras que atuam em Escolas Multisseriadas e Quilombolas do Campo‟ está atualmente em andamento. A primeira etapa, recentemente concluída, foi oferecida a 480 professores (as) de 13 municípios de Pernambuco. A etapa atual destina-se a 480 professores (as) de 25 municípios e tem previsão de conclusão em 2016. A ação integra o „Programa Escola da Terra‟

instituída pelo Ministério de Educação (MEC) por meio da Portaria No. º 579 de 02/07/2013 (Brasil, 2013). Conforme explicitado no seu Artigo 2º, o programa objetiva:

1. Promover a formação continuada de professores para que atendam às necessidades específicas de funcionamento das escolas do campo e daquelas localizadas em comunidades quilombolas; e II - oferecer recursos didáticos e pedagógicos que atendam às especificidades formativas das populações do campo e quilombolas.

Em grande parte, as escolas do campo são multisseriadas e unidocentes e estão localizadas nas regiões norte e nordeste do Brasil, como argumentam Teruya et. al.

(2013) em um estudo sobre as classes multisseriadas no Estado do Acre. A precariedade a qual foi submetida muitas dessas escolas torna a necessidade de formação continuada ainda mais imperativa. Ela coloca em evidencia a fragilidade do modelo de ensino vigente que, por princípio, concebe o(a) aluno(a) como sujeito universal, desconsiderando sua história e cultura. Ora, se o direito à educação é universal e ao mesmo tempo inclusiva, ela deve levar em conta as especificidades de cada sujeito e de cada realidade. Assim, o rompimento com este modelo requer do (a) professor (a) uma formação ampla que, além do domínio dos conteúdos e conceitos intrínsecos à cada área de conhecimento, contemple as características do campesinato expressas pelas atividades produtivas e pelos modos de vida que caracterizam a comunidade do lugar.

(6)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

54 Para descrever o modelo de formação continuada adotado pelo NUPEFEC tomamos por base dois elementos invariantes entre as experiências de formação supracitadas que são: a Integração de Saberes e a Alternância Pedagógica.

Organização das práticas pedagógicas formativas

Em consonância com os princípios da Educação do Campo, a integração de saberes resulta do protagonismo dos sujeitos que constituem o processo educativo:

professores(as), alunos(as), pais e comunidade escolar. Nesta perspectiva pedagógica são consideradas as vivências e as experiências dos sujeitos como elementos que perpassam os currículos das escolas do campo e que contribuem para a transformação social e emancipação humana. O direito à terra e à preservação do meio ambiente; à soberania alimentar, que por meio da agricultura familiar produz de maneira saudável frutas, legumes, hortaliças e grãos; à criação e o manejo de animais; e às questões sociais, históricas, culturais, políticas, econômicas, geográficas, científicas e tecnológicas (FETAEMG, 2011) são aspectos contemplados nas formações.

A „Alternância Pedagógica‟ (GIMONET, 2007) é a metodologia adotada nas formações, haja vista que se constitui em uma ferramenta essencial para a Educação do Campo.

Caracterizada por alternar tempos formativos na universidade e na comunidade, ela pressupõe na sua essência o diálogo entre os saberes escolares e os saberes da realidade das comunidades atendidas. O currículo é pensado.

[...] como um instrumento de luta, uma forma de contrapor-se à fragmentação do trabalho pedagógico e sua rotina, à dependência e aos seus efeitos negativos do poder autoritário e centralizador dos órgãos administrativos, levando-se em consideração os princípios democráticos, participativos, amplos, motivadores, criativos e eficientes (Fonseca & Medeiros, 2006, p. 111).

(7)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

55 Os tempos universidade são vivenciados por meio de diversos componentes formativos, dentre eles, rodas de diálogos, palestras, seminários temáticos, jornadas didático- pedagógicas das áreas de conhecimento, partilha de saberes, júri simulado e peças teatrais. Os conceitos e conteúdos das diversas áreas são retomados e discutidos nas Jornadas didático-pedagógicas, com a finalidade de fazer emergir aspectos que favoreçam a integração com as realidades do campo.

No tempo comunidade, o(a) professor em formação busca vivenciar na sala de aula os conhecimentos revisitados e construídos nos tempos universidade e na sua experiência com o ensino. Esse tempo formativo é caracterizado, também, pelo acompanhamento pedagógico realizado in locus pela equipe formadora, e pela elaboração e desenvolvimento dos projetos de intervenção social e pedagógica pelos (as) professores(as) cursistas com a orientação da equipe formadora.

Completa-se assim o ciclo de saberes. A vivência deste ciclo privilegia os princípios da Educação do Campo ressignificando o papel da escola, enquanto instituição formadora dos povos do campo, articulada ao projeto de emancipação humana e de valorização dos diferentes saberes no processo educativo.

Uma característica das formações continuadas realizadas pelo NUPEFEC são os encontros de formação da equipe formadora com o objetivo de formação, planejamento e avaliação das etapas já realizadas. A próxima seção deste artigo é dedicada a apresentação desta atividade.

A formação de formadores (as)

Nas formações de formadores (as) discute-se o entrelaçamento da integração de saberes nos tempos formativos, que são resinificados a cada encontro, buscando-se sempre estabelecer relações entre os conhecimentos trabalhados nas formações com os(as) cursistas, a organização das escolas e das comunidades camponesas com

(8)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

56 referência aos seus territórios, às atividades produtivas, famílias, lutas dos movimentos sociais e a outros elementos constitutivos já elencados.

Os formadores se apoiam em estratégias diferenciadas para refletir sobre o ensino e as atividades trabalhadas na sala de aula, tendo, porém, a pesquisa como principal princípio de convergência entre elas. A pesquisa permite conhecer, discutir e refletir as problematizações inerentes a cada realidade camponesa.

A escolha dos conteúdos e conceitos das áreas de conhecimento, a exemplo da Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Agroecologia, parte do que é proposto nos parâmetros curriculares nacionais, matrizes de referência e descritores para o ensino destas áreas nas escolas. É fato que as orientações contidas nestes documentos facilitam a referida escolha. No entanto, a hierárquica e a lógica em que os conteúdos são apresentados não são seguidas pela equipe formadora quando avalia que elas refletem um ensino estritamente conteudista e universal.

Com efeito, um ensino construído na perspectiva da emancipação humana prevê a escolha de conteúdos escolares de acordo com a necessidade dos sujeitos da aprendizagem. Nesta direção, o planejamento do professor fica livre para configurar-se em eixos temáticos que contemplem as realidades dos territórios, dos modos de vida, da cultura, da histórica, da política e da econômica da comunidade. Estes elementos são estruturantes da Educação do Campo e orientam a integração das áreas de conhecimento de modo a tornar o ensino significativo para os sujeitos educativos das escolas do campo.

Vale enfatizar, porém, que não se trata de relegar os saberes universais a um plano secundário pois, como afirmam Lima e Lima (2013, p. 5), a Educação do Campo admite

“a complementaridade dos binômios campo/cidade, rural/urbano, local/universal e democrático/afirmativo”. Assim, há sempre a preocupação da equipe formadora em preparar atividades didáticas no intuito de colocar em prática a integração entre os diversos saberes e voltadas para o fortalecimento do trabalho e da vida no campo.

(9)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

57 Um aspecto que permeia as discussões e os planejamentos dos(as) formadores(as) é o acompanhamento pedagógico que é realizado no tempo comunidade, ao qual já nos referimos, que se constitui em momentos de orientação, observação e implementação das atividades didáticas na escola e em outros espaços da comunidade. Ele permite, também, que os formadores (re)avaliem seus planejamentos para os tempos universidade posteriores, materializando os ciclos de saberes da formação continuada.

A consolidação de saberes nas ações de culminância

A consolidação e a integração dos saberes dão-se em uma relação direta com o processo de formação humana dos sujeitos do campo e com suas relações de trabalho e produção no campo. Ações pedagógicas de culminância dos saberes são propostas no término de cada ação de formação continuada, envolvendo os professores (as), alunos (as), os pais e a comunidade. Elas servem não apenas para fechar a proposta de estudo em torno de uma problematização escolhida pela comunidade escolar, mas como meio de validar a vivência dos princípios da Educação do Campo que são necessários ao ensino nas escolas do campo.

Para tratar de uma problemática ligada ao consumo de água, por exemplo, pode-se pensar em formas de irrigação agroecológica, em reaproveitamento e filtragem de água, em construção de cisternas, em uso consciente da água na escola e na comunidade para minimizar a escassez, enfim, pode-se pensar em diversas ações para serem realizadas na casa, na escola e na comunidade em torno da problematização levantada e vivenciada pela comunidade escolar, buscando nela intervir.

Ações como a descrita neste exemplo são materializadas nos projetos de intervenção social e pedagógicos elaborados e desenvolvidos pelos (as) professores (as) cursistas, com a participação efetiva dos (as) alunos (as) e da comunidade nas quais as escolas estão inseridas. Uma das principais orientações da formação continuada é que as problematizações contempladas nos projetos sejam escolhidas pelos sujeitos educativos e que estejam articuladas aos „Projetos Políticos Pedagógicos‟ das escolas (PPP), sendo a Educação do Campo o principal eixo articulador. Dentre as

(10)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

58 problematizações já trabalhadas sobressaem as seguintes temáticas: valorização da escrita e da leitura no campo; cotidiano nas escolas multisseriadas do campo; resgate da identidade e da cultura dos povos do campo; a agricultura familiar; uso de agrotóxicos e preservação do meio ambiente; com destaque para a terra e a água.

As culminâncias se materializam em seminários que são realizados nas escolas do campo ou em outros espaços formativos, e na universidade. Nelas, as temáticas vivenciadas e os conhecimentos construídos devem estar visivelmente presentes nos projetos desenvolvidos. Assim, tudo o que é vivenciado na formação continuada retorna para a escola, em um trabalho de consolidação e integração de saberes. O desenvolvimento dos projetos se constitui, assim, no principal instrumento de avaliação da aprendizagem utilizado nas formações. Porém, para além deles são utilizados outros instrumentos como, as pesquisas de campo, atividades prático-pedagógicas, apresentações orais e de relatórios escritos, elaboração e utilização de material didático-pedagógico.

Conclusões

A Integração de Saberes e a Alternância Pedagógica são instrumentos fundamentais para a formação continuada de professores que atuam em escola do campo, dada as suas especificidades. Porém, as experiências realizadas no NUPEFEC mostram que vivenciar estes instrumentos na prática ainda representa um grande desafio tanto para a equipe formadora quanto para professores (as) cursistas. A formação inicial destes profissionais realizada, em geral, sob a égide da organização disciplinar é uma das razões que podem justificar as dificuldades enfrentadas.

De fato, a realização da formação do professor que atua no campo desafia a todos a estudar com profundidade os princípios e fundamentos da Educação do Campo que entretêm uma relação dialógica com a questão da terra, da cultura, das lutas dos camponeses e camponesas e com as políticas públicas.

(11)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

59 Formar professores sem observar tais princípios significa incorrer no erro de tentar

„adaptar‟ o modelo de ensino universal e urbano às escolas do campo. Este modelo de ensino adotado pela Educação Rural ignora que o homem, a mulher, o jovem e as crianças do campo são sujeitos de direito e produtores de saberes e de cultura. A ruptura com tal modelo de ensino passa seguramente pelos processos de formação do (a) professor (a), tanto inicial quanto continuada, e neles as universidades exercem papel primordial.

Somente dessa maneira, a população camponesa poderá ter acesso a uma educação de qualidade socialmente referenciada, na qual as suas especificidades e diversidades são rigorosamente observadas e vivenciadas. Em suma, as ações de formação de professores construídas nesta perspectiva propiciam um ensino que favorece, de fato, a aprendizagem.

Referências

Brasil (2013). Ministério de Educação. Portaria No. 579, 2 de julho de 2013. Escola da Terra.

Brasil (2008). Projeto Base-Programa Nacional de Educação de Jovens Integrada com Qualificação Social e Profissional para Agricultores (as) Familiares. Brasília:

Ministério da Educação-Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidad-Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica.

Educação do Campo: rompendo cercas, construindo caminhos... (2 Ministerio de Educación Superior a. ed.). (2011). Minas Gerais, MG. FETAEMG. Recuperado de http://www.fetaemg.org.br/wp-content/uploads/2011/07/educacao-do-campo- 2-edicao.pdf .

Fonseca, A. M., M. O. Medeiroszz (2006). Currículo em Alternância: uma nova perspectiva para a Educação do Campo. (2006). En João Batista Pereira Queiroz

(12)

Ministerio de Educación Superior Calle 23 No. 667 esq. a E. Vedado, Cuba, 10 400

revistacongreso@mes.gob.cu

60 et al. (Orgs.). Pedagogia da Alternância: construindo a Educação do Campo.

Goiânia: Ed. da UCG; Brasília: Ed. Universa.

Gimonet, J. C. (2007). Praticar e compreender a Pedagogia da Alternância dos CEFFAs. Petrópolis-RJ: Vozes, Paris: AIMF.

Lima, I. M. S., Franco, M. J. N. (2014). Um olhar sobre a formação continuada de educadores/as de o Programa ProJovem Campo Saberes da Terra em Pernambuco. Em: I. M. S. Lima; M. J. F. Lima; K. S. Cunha. (Org.). Reflexões e ações sobre educação, estado e diversidade, 4, 359-375. 2 a. ed. Recife: Editora Universitária da UFPE.

Lima, I. M. S., C. X. Carvalho, M. J. N. Franco (2014). A extensão e a pesquisa nos contextos da educação do campo, da agroecologia e da agricultura familiar. En Wellington Pinheiro dos Santos; Jowania Rosas de Melo; Maria Christina de Medeiros Nunes; Edilson Fernandes de Souza. (Orgs.). Extensão Universitária (Série Cadernos de Extensão), 3, 160-168. Recife: Proext UFPE; Ed.

Universitária da UFPE.

Severino, A. J. (2009). Expansão do Ensino Superior: contextos, desafios, possibilidades, 14 (2), jul., 253-266. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP.

Teruya, T. K.; Walker, M. R.; Nicácio, M. de L.; Pinheiro, Ma. J. M. (2013). Classes multisseriadas no Acre, 94 (237), 564-584 mai/ago. Revista Brasileira de Estudos. Pedagógicos (online). Brasília.

Referências

Documentos relacionados

Ainda sobre o faturamento, observa-se que clientes com maior nível de faturamento possuem uma média menor em relação ao nível de investimento no relacionamento, revelando

In general, the results of the present study demonstrated that the addition to the extender Gent-EG of glutamine or taurine at 60 mM significantly improved

visam o ensino de habilidades de compreensão e de produção de textos orais e escritos e o desenvolvimento da competência comunicativa, na proposta curricular da instituição

Ressaltando-se os limites das informações contidas na Tabela 2, já explicitados em relação à Tabela 1, algumas colocações podem ser feitas. Informava-se que eram menores ou que

No capítulo dois analiso as ações de formação docente promovidas pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED/BH), tendo como

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar

Multiplayer Online Battle Arena (MOBA) são jogos competitivos, nos quais a vitória depende do trabalho em equipe entre os jogadores. O comportamento tóxico atrapalha a comunicação

Um processo de gerenciamento estratégico de custos e planejamento de lucros desenvolvido na fase de projeto de novos produtos (ou produtos reprojetados), que se