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Tumbalacatumba: criação coreográfica na educação infantil em um relato de experiência.

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIËNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE ARTES

CURSO DE LICENCIATURA EM DANÇA

Ravênia Luiza Lopes de Souza Lima

TUMBALACATUMBA: CRIAÇÃO COREGRÁFICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

NATAL/RN 2018

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Ravênia Luiza Lopes de Souza Lima

TUMBALACATUMBA: CRIAÇÃO COREGRÁFICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de Licenciado em Dança.

Orientador: Dr. Marcilio de Souza Vieira

NATAL/RN 2018

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Ravênia Luiza Lopes de Souza Lima

TUMBALACATUMBA: CRIAÇÃO COREGRÁFICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Defesa de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em ___/___/2018

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________ Dr. Marcílio de Souza Vieira (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

_______________________________________________________

Dr.ª Larissa Kelly de Oliveira (Examinador) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

_______________________________________________________

Ms.ª Renata Celina Morais Otelo (Examinador) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

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RESUMO

Este trabalho visa discutir junto com a literatura a criação coreográfica na Educação Infantil dentro da escola formal, como se dá esse processo em suas mais variadas formas e como o profissional professor de dança é de fundamental importância dentro do processo. Para contrapor os desafios relacionados a criação coreográfica na educação infantil, irei relatar o processo de criação coreográfica vivenciado durante o estagio supervisionado obrigatório II no Núcleo de Educação e Infância Nei/Cap UFRN com crianças de 03 a 04 anos correspondente a turma II matutino a partir do tema de pesquisa “Corpo Humano”, relacionando a sua importância no processo de formação, autonomia e conhecimento de dança dos alunos pertencentes ao processo. Trazemos alguns autores que discutem o ensino da dança na escola, como Marques (2003), Strazzacappa (2001) bem como as contribuições de Laban (1978,1990). Pode-se concluir que a dança e a criação de movimentos vivenciado por crianças, cria possibilidades de perceber o corpo, experimentar movimentos e expandir habilidades fortalecendo-as como seres criativos onde elas sejam participantes ativas do compor e experimentar a sua própria dança. Para a criança da educação infantil, protagonizar o seu criar e fazer dança é sem dúvidas mais enriquecedor do que a reprodução de movimentos para apresentar uma coreografia em datas comemorativas.

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ABSTRACT

This work aims to discuss alongside with literature the choreographic creation in preschool education within the formal school, how this process occurs in its most varied forms and how the professional dance teacher is of fundamental importance within the process. In order to counter the challenges that relate to the choreographic creation in preschool education, I will report the process of choreographic creation lived during the obligatory supervised internship II in the

Núcleo de Educação e Infância Nei/Cap UFRN with 3 to 4 year-old children,

corresponding to the morning class II, from the research theme “Human Body”, relating its importance in the process of formation, autonomy and dance knowledge of the students that took part in the process. Bringing some authors who discuss the teaching of dance in school, such as Marques (2003), Strazzacappa (2001), as well as contributions from Laban (1978, 1990), it can be concluded that the dance and the creation of movements lived by children create possibilities of perception of the body, experimenting movements and expanding habilities, strengthening them as creative beings where they can be active participants of the composition and experimentation of their own dance. For a preschool child, the creation of dance is, without a doubt, more enrichening then the reproduction of movements to present a choreography in commemorative dates.

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LISTA DE IMAGEM

Imagem 1: Aula de dança ...22

Imagem 2: Aula de dança ...25

Imagem 3: Ensaio na quadra ...29

Imagem 4: Pintura dos ossos ...30

Imagem 5: Apresentação Final ...30

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...9 2 LABAN E A EXPLORAÇÃO DO CORPO MOVIMENTO...14

3 COMPREENDER O NÚCLEO DE ENSINO DA INFÂNCIA

(NEI/CAP/UFRN ...16

4 O CORPO DANÇANTE DA TURMA II: “QUE CORPO É ESSE QUE DANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL? ...19 5 VEM DANÇAR COM A GENTE E TUMBALACATUMBA ...26

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1 INTRODUÇÃO

A organização escolar é um espaço na qual as aprendizagens são variadas, um espaço onde as práticas relacionais são consideradas fonte de reconstrução e construção dentro do processo de solidificação e distribuição de conhecimento, isto posto, seria indicado que pudessem ser abundantes e significativas para as crianças. O estudo de Caetano e Caetano (2016, p. 103) aponta esse tópico quando garante que a criança é “[...] um ser em desenvolvimento, que será constituído a partir de sua relação com o meio em que vive e com as instituições as quais frequenta”.

Para que as crianças possam se desenvolver de forma ampla e integralmente, família e escola necessitam de orientações sobre os vários aspectos relacionados aos processos de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da infância (MEDINA, 2017, p. 269). A Cognição desempenha os processos de informações com o objetivo de perceber, integrar, compreender e responder eficientemente aos estímulos do ambiente, provocando o indivíduo a pensar e ponderar como cumprir uma tarefa ou uma atividade social. É sabido também que todo esse desenvolvimento depende de outras funções, como a linguagem, a coordenação motora e o apoio afetivo/emocional recebido no meio social da criança.

O trabalho visa discutir junto com a literatura a criação coreográfica na educação infantil dentro da escola formal, como se dá esse processo em suas mais variadas formas e como o profissional professor de dança é de fundamental importância dentro do processo. Para contrapor os desafios relacionados a criação coreográfica na educação infantil, irei relatar o processo de criação coreográfico vivenciado durante os estagio supervisionado obrigatório II no Núcleo de Educação e Infância Nei/Cap UFRN na turma II matutino, e destacar sua importância no processo de formação, autonomia e conhecimento de dança dos alunos pertencentes ao processo.

Vivenciar uma nova forma de se criar e compor é o que mais me encantou na escolha da pesquisa, vivenciar algo diferente do que se praticou durante a

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época da infância na escola, e as apresentações dançadas durante esse período.

Santos, Lucarevski e Silva (2005) vão dizer que o ensino da dança nas escolas favorece a formação do desenvolvimento das crianças para que elas possam vivenciá-la em seu corpo e se relacionar com o espaço de forma livre com expressão por meio da comunicação corporal. Ainda de acordo com Strazzacappa (2001, p.74) sobre a dança:

A dança como possibilidade de educação torna-se possível porque o indivíduo reage ao mundo através de seu corpo, e especificamente através do movimento corporal, onde é este que possibilita às pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidos.

Nesse sentido, é fundamental propiciar as crianças momentos em sala de aula onde possam vivenciar em seus pequenos corpos as mais diversas formas de prática, ação e criação em dança nas quais elas possam se identificar. Desse modo, a prática da dança voltada para a autonomia e criação é pensada juntamente com o fazer artístico aliada a área do conhecimento dessa linguagem da arte. Nesses temos, se faz necessário a palavra de Viera:

Vivenciar e experimentar a dança no contexto escolar, no nosso ponto de vista, significa que a partir das possibilidades que forem dadas aos alunos para dançarem e se sentirem dançando, eles terão oportunidades de se descobrirem corpos em movimento, onde poderão se deparar com as facilidades, barreiras e desafios a serem transpostos e até vencidos (VIERA, 2007, p.114).

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2010) evidenciam a natureza lúdica de jogos, brincadeiras e a dança como manifestação artística e cultural para que as crianças tenham o domínio da linguagem simbólica e do universo sensível. Assim, a dança pode ser trabalhada dentro de princípios estéticos da sensibilidade, valorizando o ato de criar.

É nitidamente perceptível que “aquilo que as crianças mais gostam de fazer é experimentar novas sensações, novas experiências, mexer, tocar, rolar, pular, fuxicar, demonstrando o contato consigo, com os afetos e com os signos pertencentes ao contexto cultural” (SAYÃO, 2002, p. 61). E a partir dessas experiências dentro da sala de dança é que as crianças iniciam sua familiaridade

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com a construção da autonomia, criação das relações interpessoais com os demais colegas de sala, elementos esses ligados a participação da criação de movimentos.

Como ponto de partida, para ampliar o olhar na criação em dança para além da criação de coreografia sendo o objetivo a conclusão de um produto, temos como foco o processo que ocorra de forma lúdica, aliada a um eixo temático de estudo com a turma, fundamentada em estudos práticos de movimentações nas aulas de dança em que todos possam investigar, e que no final todas cresçam e juntos apresentem a composição da melhor forma possível. Temos a improvisação como ferramenta a ser utilizada para que as crianças sejam estimuladas a criar de acordo com a sua vontade e possibilidade. Conforme Saraiva-Kunz (1994, p.167), a dança-improvisação como alternativa no contexto escolar:

Permitirá, no mínimo, que os indivíduos CRIEM FORMAS DE SE MOVIMENTAR (na verdade, novas combinações) ou resgatem em outro espaço, sob outro estímulo, as formas do se movimentar próprio e do cotidiano, dando-lhes outra dimensão através da reflexão e validação pedagógica das possibilidades individuais.

Convém ressaltar, segundo Saraiva (2003, 2009), que os procedimentos que envolvem os processos criativos devam ser enfatizados na iniciação com a dança, porque tanto auxiliam a despertar os sentidos, quanto refinam a percepção dos sujeitos. A partir disso, nessas concepções, e em consonância com os estudos de Marques (2012), poderemos singularizar um planejamento que alcance tanto o ensino de elementos das técnicas específicas da dança, quanto o desenvolvimento de práticas que envolvam a pesquisa e a investigação de novos movimentos. Ressaltando que lidar com técnicas específicas da dança, não significa a realização do trabalho com a repetição de movimento, pode haver uma flexibilidade ao longo do processo de aprendizagem, onde os alunos sejam capazes de encontrar seu estilo na experimentação, bem como serem possibilitados a reelaborar as movimentações aprendidas.

Uma das demandas mais habituais em relação ao emprego da dança na escola é o de coreografias prontas, a fim de obedecer um calendário de datas comemorativas. Em sua grande maioria a criança não participa do processo de

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construção/criação coreográfica causando desinteresse e falta de motivação nas aulas de dança.

Proporcionar momentos de construção aula a aula é o que nos fundamenta para a solidificação do profissional professor de dança dentro das escolas de ensino formal, valorizando cada momento em que a dança é reconhecida como linguagem específica. Assim, a criação em dança/coreografia na escola é considerada neste trabalho como um procedimento de manifestação artística pedagógica, portanto a partir da criação de movimentos podemos expressar os mais diversos sentimentos e sensações.

O processo de criação em dança na educação infantil perpassa envolvimento, afeto, opinião e consciência por parte dos alunos. De tal modo, a comunicação da criança pode acontecer por meio da dança, encaminhando sua própria capacidade de ser compreendido e de compreender.

Neste artigo, o objetivo é relatar como se desenvolveu o processo de composição em dança na perspectiva do tema de pesquisa ocorrida no âmbito do Núcleo de Educação da Infância (NEI), destacada como a escola de aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) existente há 39 anos na coletividade universitária e posteriormente aberta a comunidade em geral. Destacamos o NEI como uma escola onde a dança é considerada uma disciplina da estrutura curricular dos alunos, bem como o seu ensino é reconhecido por sua excelente relação de ensino e aprendizagem.

O estudo se caracteriza como qualitativo descritivo onde os dados foram obtidos a partir da vivência no estágio, compreendendo o dia a dia da turma e o acompanhamento do processo de criação/composição coreográfica na aula de dança por meio de anotações no diário de campo. Buscou-se compreender como realizar uma criação coreográfica em que as crianças fossem envolvidas no processo, para que assim elas realmente fizessem parte da construção das ideias bem como as suas sugestões fossem incorporadas, fazendo com que cada criança seja responsável pela criação final apresentada, com o intuito de dividir os processos mais significativos vivenciados na escola para que sejam replicados e aperfeiçoados de acordo com a realidade de cada escola.

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A escola NEI foi criada, inicialmente, com a característica de uma creche, para dá suporte aos alunos, professores e funcionários da UFRN. Nos dias atuais é vinculado ao Centro de Educação atendendo da Educação Infantil, bem como o Ensino Fundamental I (anos iniciais, do 1º ao 3º ano).

Avançaremos no decorrer do artigo e relatarei as experiências vivenciadas no NEI-CAp/UFRN juntamente com a turma II do ano 2017 enquanto Estágio Supervisionado Obrigatório na referida escola. O estágio ocorreu durante o segundo semestre de 2017, dentro dos critérios de aprovação que são exigidas pelo NEI-CAp/UFRN, deu início com a turma II do turno matutino da educação infantil, composta por 22 alunos, os quais 9 eram meninos e 13 meninas com faixa etária entre três e quatro anos de idade, com o tema de pesquisa “Corpo Humano” sendo estudado nas aulas de dança elementos de Laban, improvisação e psicomotricidade, tendo as professoras de sala Estephania Oliveira Maia Batalha e Antônia Vâniza Silva Gomes.

As aulas de dança da turma II foram realizadas especificamente na sala de aula e, realizamos esta escolha tendo em vista a experiência com a turma no início de 2017 onde as aulas ocorriam na sala específica de dança, mas por ela se tratar de uma sala muito ampla, a turma possuía dificuldade em se concentrar e se estabelecer dentro do espaço.

Nesse prisma, conforme já destacado, o NEI-CAp/UFRN oferece aos seus alunos a disciplina dança como componente curricular obrigatório, a partir da educação infantil e ensino fundamental anos iniciais, do 1º ao 3º ano, tendo em vista que o ensino acontece por meio do campo de experimentação no ensino, além da extensão e pesquisa. Trabalhamos com a ação pedagógica via temas geradores, instituídos pelo ilustre educador Paulo Freire, temas esses que são definidos de acordo com o interesse da turma. Os temas geradores são conhecidos como tema de pesquisa que são desenvolvidos no NEI-CAp/UFRN (NEI UFRN, 2014).

O trabalho se encontra num primeiro momento a levantar a bibliografia dos principais conceitos que envolvem o tema apresentado, abordando a dança e a educação dentro da criação coreográfica na escola formal. No segundo momento caracterizamos o trabalho dentro da metodologia e a descrição das

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atividades desenvolvidas e vivenciadas no estágio supervisionado, ocorrido na citada escola.

2 LABAN E A EXPLORAÇÃO DO CORPO MOVIMENTO

Rudolf Von Laban (1870-1958) é nome consagrado quando se estuda o movimento, foi um dos primeiros a perceber a profundidade, estrutura e o conteúdo dessas movimentações destacando os componentes essenciais do movimento do corpo, quais sejam: tempo, espaço, peso e fluência e dando condições para a criação da linguagem da dança como forma de comunicação a partir da categoria Esforço e o uso do Espaço.

Seus estudos permitem o corpo ser pensado como uma estrutura completa, em que as suas outras estruturas se comunicam por meio do movimento de transformação contínua, o corpo é inserido em constante processo de criação, adaptação e, sobretudo transformação. Segundo Laban (1978, p. 48, 49):

A extraordinária estrutura do corpo, bem como as surpreendentes ações que é capaz de executar, são alguns dos milagres da existência. Cada fase do movimento, cada mínima transferência de peso, cada simples gesto de qualquer parte do corpo revela um aspecto de nossa vida interior. Cada um dos movimentos se origina de uma excitação interna dos nervos, provocada tanto por uma impressão sensorial imediata quanto por uma complexa cadeia de impressões sensoriais previamente experimentadas e adquiridas na memória. Essa excitação tem por resultado o esforço interno, voluntário ou involuntário, ou impulso para o movimento.

Parece conveniente dizer que o estudo do movimento pensado por Laban sempre deixou à vista a atenção dispensada de se usar a dança como elemento para o desenvolvimento de habilidades humanas, de expressão e criatividade. Debruçou-se diante a criação dos estudos da Coreologia e suas estruturas, nos levando ao entendimento corporal e intelectual das disposições existentes nas variadas demonstrações de criatividade em dança, sendo considerado um dos grandes colaboradores na construção da esfera dança e educação, trilhando novas possibilidades do processo criativo em dança. Para Maletic, (1987, p. 10).

Desenvolvida por Laban ao longo de toda a sua vida, a coreologia foi criando uma estrutura conceptual própria, integrando atualmente as

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teorias das estruturas espaciais (Spatial Harmony, Choreutics), as teorias das dinâmicas do movimento (Eukinetics e Effort), e a área mundialmente mais conhecida e empregue, a da análise e notação do movimento (Labanotation ou Kinetography Laban).

Para Laban (1990) a criança tem o ímpeto natural de empreender movimentos semelhantes aos da dança. É importante ter em mente que compete a escola para com as crianças, conduzi-las a alcançar consciência dos princípios do movimento, mantendo sua espontaneidade e desenvolvendo a expressão criativa.

Segundo o dicionário do Aurélio de Português (2018) movimento tem por significado: Pôr-se em movimento, dar ou ganhar movimento, mudar(-se) de lugar, executar movimentos, desencadear, promover, suscitar, provocar ou ter determinada emoção. Dentro da dança destaco a exploração das movimentações nos levando as práticas da experimentação e consequentemente ao aprofundamento em pesquisa proporcionando aos alunos uma prática afetiva, abrindo novos olhares para as mais diversas possibilidades de criação.

O Sistema Laban indica possibilidades múltiplas do movimento no processo educativo, ofertando uma movimentação menos restrita, mais criativa e de acordo com o desenvolvimento integral da pessoa.

O movimento [...] revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado, ou da busca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move. (LABAN,1978, p.20-21)

Com base no ensino da dança, fica claro que os estudos de Laban conquistaram novos rumos, abrindo um novo conhecimento sobre a dança na educação, corpos dançantes e expressivos, levando reconhecimento dos conteúdos da dança dentro do ensino formal como área do conhecimento. O progresso desse âmbito na educação formal é um procedimento recorrente de vários fatores ligados à cultura, à época histórica e à própria educação, que descerra um ambiente para a educação do sensível.

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16 3 COMPREENDER O NÚCLEO DE ENSINO DA INFÂNCIA (NEI/CAP/UFRN)

O NEI CAp/UFRN – Núcleo de Educação da Infância se encontra no Campus universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no bairro de Lagoa Nova CEP 59072-970 s/n Natal-RN. O NEI foi instituído em 1979 como Unidade Suplementar, com o objetivo de atender crianças a partir de 06 meses de idade para dá suporte à comunidade universitária feminina – funcionárias, alunas e professoras da UFRN. Sobre a escola:

O Núcleo de Educação da Infância – NEI/CAp-UFRN parte do pressuposto de que a formação, aprendizado e desenvolvimento da criança no contexto escolar e social vincula-se ao papel político e pedagógico assumido pela instituição como mediadora-dinamizadora das relações entre as experiências e conhecimentos da criança e os conhecimentos acumulados socialmente pela humanidade; e da participação e apoio da família na gestão política e pedagógica da escola. Para assumir este papel, define um conjunto de princípios teóricos a partir dos quais são estruturadas as atividades curriculares. Em seus 34 anos de existência construiu uma educação de qualidade, ampliou a oferta de ensino para a educação básica, com a implementação do Ensino Fundamental no ano de 2010; iniciou o seu percurso na Pesquisa, e na Extensão investido em ações de formação docente (Cursos de Aperfeiçoamento, Cursos de Especialização e organização de Seminários e Encontros de Educação).

Os alunos matriculados na instituição são divididos em suas respectivas salas de acordo com a sua idade. Realizam diariamente em conjunto com os professores, auxiliares e estagiários a rotina da turma que se organiza da seguinte maneira: roda inicial, aula (aula de música, dança) ou atividade (tema de pesquisa), lanche, parque, hora da história (ciranda), aula (aula de música, dança) ou atividade (tema de pesquisa), agenda e roda final. É preciso ressaltar que a rotina citada anteriormente é a realizada na educação infantil.

A escola possui áreas de uso comum para os alunos como também, salas específicas para a realização de determinada atividade da rotina. A exemplo do solário, quadra e parque, bem como, o auditório, sala de multimídia e dança, biblioteca, cozinha experimental e sala de atendimento pedagógico.

Os professores e estagiários participantes do NEI possuem iniciativas para fazer com que os alunos realizem uma reflexão ligada a sociedade, instigando-os com questionamentos e problematizações levando as crianças a um envolvimento real nas aulas. Diante do exposto:

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A ação pedagógica se dá via Tema de Pesquisa que articula três eixos: o contexto sociocultural, a estrutura dos conhecimentos de área e os processos de construção de conhecimentos nas crianças. Cada um desses eixos utilizados articula-se em uma metodologia de trabalho, que tem como base os conhecimentos já produzidos em diferentes perspectivas, o que traz à tona uma reflexão sobre os limites e possibilidades para os conteúdos das diversas áreas na educação infantil.) (NEI Cap/URFN, [2018]).

Dando continuidade na proposta apresentada no NEI o tema de pesquisa é praticado para viabilizar a proposta interdisciplinar articulando o conhecimento das áreas de conteúdo, o contexto social das crianças, suas indagações atuais, como também aspectos ligados à aprendizagem. Pensando nisso, o estudo do Tema de Pesquisa é dividido em três etapas: Primeira etapa é o estudo da Realidade (ER), que irá investigar das crianças todos os conhecimentos prévios sobre o tema. Segunda etapa, é o momento da Organização do Conhecimento (OC), nesta, os educadores irão recolher todos os conhecimentos e programar todas as aulas/atividades. Por último, a terceira etapa é o ponto de Aplicação do Conhecimento (AC), aqui o professor, em conjunto com os alunos, irão responder todas as dúvidas que foram apontadas durante o Estudo da Realidade.

Pode-se dizer que o tema de pesquisa adotado pelo NEI como recurso metodológico, é uma estratégia importante para unir os mais diversos conhecimentos das áreas em sua amplitude de disciplinas. Na obra Pedagogia do Oprimido (FREIRE, 2009), é exposto os temas geradores como ferramenta que permite ao aluno vivenciar sua realidade, causando uma reflexão mais profunda acerca do assunto.

Ao se trabalhar o tema de pesquisa nas aulas de dança na Educação Infantil, estamos reforçando a exploração e vivencia através do registro corporal das crianças, realizando uma aprendizagem que utiliza outros mecanismos de assimilação. Com base no estudo de Lima (2009) em sua dissertação, descreve o processo em dança sobre a aprendizagem da Ciranda:

Iniciamos a pesquisa assistindo a um vídeo sobre a dança, atividade a que chamamos de apreciação. Logo após, os alunos falaram do que haviam percebido e, no dia seguinte, trouxemos um livro e lemos para o grupo a história de ‘Ciranda da Lia’. Para finalizar, organizamos os passos de dança, demonstrando e realizando com as crianças os movimentos da ciranda. Ensaiamos por alguns dias, o que culminou com uma apresentação na abertura do encontro de educação infantil,

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18 realizado por nossa escola em 2002. Nesse dia, antes de iniciar a apresentação, uma das crianças narrou para os congressistas a história da Ciranda: a origem, o espaço onde era realizada, o figurino característico, quem e o que era dançado, ou seja, todos os sentidos dessa dança. (LIMA, 2009, p-13)

O compromisso com a linguagem dança que o NEI CAp/UFRN desempenha no seu currículo é o que mais fascina os estagiários a quererem vivenciar esse processo de perto, com esse objetivo solicitei por meio da carta de ‘apresentação’ junto a coordenação pedagógica da instituição para a realização do estágio supervisionado II, disciplina obrigatória para os discentes do curso de licenciatura em Dança. Outro elemento importante que nos fazem aproximarmos do NEI CAp/UFRN são as excelentes referências que os nossos professores de graduação nos passam, encharcando-nos de motivação para a realização de uma experiência prática de docência, aplicando o conteúdo teórico estudado em sala de aula dentro de uma instituição tão rica em vivência, causando em nós um despertar para a pesquisa, a partir de reflexões e experiências iniciadas durante o estágio.

O Estágio Supervisionado Obrigatório foi realizado na turma II da educação infantil do NEI CAp/UFRN por meio da contemplação das aulas e da coparticipação sobre a supervisão inicial do professor Charles Sales que por motivos de saúde, não pode acompanhar todo o processo e consequentemente a apresentação final. Sendo assim, a supervisão no decorrer do estágio ficou a cargo das professoras de sala Estephania Oliveira Maia Batalha e Antônia Vâniza Silva Gomes.

Durante o estágio acompanhamos o desenvolvimento da criação de duas composições para o encerramento do tema de pesquisa “Corpo Humano” estudado pela turma, bem como a realização das aulas de dança em torno do tema estudado. Fizemos o uso de elementos da psicomotricidade para relacionar com estruturas cerebrais básicas e as demais organizações corporais, tomamos como base os estudos do equilíbrio e a competência de estabilizar-se sobre uma base reduzida de sustentação do corpo fazendo o uso adequada de ações musculares, estático ou móvel, mas especificamente o uso do equilíbrio dinâmico e equilíbrio estático. Utilizamos os conteúdos de dança como o uso do espaço em seus diferentes níveis espaciais que fazem parte dos estudos de

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Laban. Segundo Lobo (2002) o estudo do movimento no espaço, utilizando o corpo humano em uma ação claramente perceptível, como do corpo aparentemente parado é caracterizado pelo estudo da corêutica. A Kinesfera, que emprega o uso dos diferentes níveis, pelas tensões espaciais, pelas progressões, pelas formas, pelas projeções, pelas dimensões, pelos planos, pelas direções, pelo volume e escala de movimentos. Vale ressaltar que a turma II já vivenciava os estudos de Laban de forma lúdica desde o semestre anterior, tornando-se realidade para as crianças as vivencias em aulas com conceitos estruturais do universo da Dança, oportunizando-as fundamentos para o despertar.

De acordo com Vianna (2008, p.77):

A primeira coisa que um professor precisa fazer é dar um corpo ao aluno. Mas como é possível dar um corpo a alguém? Todos sabemos que o corpo existe, mas sabemos intelectualmente. Só nos lembramos dele quando surge algum problema, alguma dor, alguma febre. Para acordar esse corpo é preciso desestruturar, fazer que a pessoa sinta e descubra a existência desse corpo. Somente aí é possível criar um código pessoal, não mais aquele código que me deram quando nasci e que venho repetindo desde então.

Demos continuidade as aulas incitando-os criativamente para que a turma criasse uma atmosfera de envolvimento total, em que todos puderam opinar na escolha da música, cenário, figurino e maquiagem sempre contextualizando e situando a dança dentro do processo no qual a turma estava mergulhada.

4 O CORPO DANÇANTE DA TURMA II: “QUE CORPO É ESSE QUE DANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

Ao iniciar um tema de pesquisa no NEI CAp/UFRN a sala é convidada para a roda de conversa inicial, expondo o que sabem sobre o novo tema que será estudado, sendo questionados sobre dois aspectos: 1) “o que sabemos” ideias iniciais explanadas pelos alunos e 2) “o que queremos saber” para que se possa surgir o primeiro fio condutor de interesse sobre o tema. Tudo ocorreu afim de promover um processo permeado de diálogos e mediações, uma construção feita por vários corpos.

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O quadro abaixo foi desenvolvido a partir dos questionamentos da turma II e exposto em formato de cartaz em sala de aula para que os questionamentos fossem retomados sempre que necessário dentro das rodas de conversas, bem como durante as atividades desenvolvidas pela sala ao decorrer do tema estudado.

TEMA DE PESQUISA “O corpo humano por dentro”

Ideias iniciais: O que queremos saber?

Tem ossos e carne; Tem bactérias; Tem estômago; Tem a cabeça e pé, Dar do de barriga;

O que tem dentro do nosso corpo? O que são bactérias?

Como as bactérias entram no nosso corpo?

O que o coração faz?

As aulas de dança da turma II, do turno matutino, foram realizadas às segundas-feiras das 8:30 às 9:00min sendo acompanhada pelas demais atividades e rotina da turma. Por se tratar de uma turma acompanhada no estágio anterior já era de conhecimento a rotina das aulas e a familiaridade com as crianças, a metodologia e didática aplicadas, por isso, o envolvimento com a turma se deu de imediato com a coparticipação das atividades nas aulas de dança.

Na primeira aula de dança, durante a roda inicial, as crianças foram questionadas a responder o que tinham descoberto durante a semana sobre o “corpo humano”. Algumas crianças começaram a responder os questionamentos abordando o crânio e algumas de suas estruturas, o fascínio pelo cérebro era comum em toda a turma. Em seguida, elas foram questionadas a responder, “Que parte do corpo humano é responsável pelo equilíbrio?”, uma menina prontamente respondeu “O cerebelo”.

Partimos para o momento prático no qual a aula foi aplicada dentro dos estudos de psicomotricidade, utilizando o conteúdo do equilíbrio e sua capacidade de manter-se em estabilidade em superfícies reduzidas utilizando o

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corpo como ferramenta ativa para a realização da atividade. Alves (2008, p.15) aprova que “a psicomotricidade envolve toda a ação realizada pelo indivíduo, que represente suas necessidades e permitem sua relação com os demais. É a integração psiquismo-motricidade”. No decorrer da aula as crianças foram incentivadas a participar de um pequeno circuito em que eram desafiadas a trabalhar o seu equilíbrio andando sobre pequenas marcações circulares e em pequenas cordas espalhadas pelo chão da sala, afim de controlar seus movimentos por meio do equilíbrio imprimido.

Nesse sentido para Neves (2014, p.770):

A Psicomotricidade refere-se a uma análise do homem nas suas relações com seu corpo, em movimentos organizados e em função de suas vivências, linguagens e o meio físico. Caracteriza-se como uma manifestação corporal por meio de concretização de gestos constituídos e coordenados por ações do cérebro, através da utilização psíquica e mental do indivíduo. Além disso, destaco uma relação existente entre o estudo da motricidade e a mente do ser humano, ou seja, uma interação entre o pensamento e a movimentação do homem, efetuada pelos músculos, a partir do sistema nervoso.

Para Nanni (1998, p. 168) “Ao controlar seus movimentos, passos e gestos, é o ser humano, com seu corpo capaz de exprimir e transmitir ao público receptor, seus anseios, tensões e sentimentos pela linguagem corporal da dança”. A partir dessas práticas e experimentações as crianças são estimuladas a sentir seu corpo em nível muscular e ósseo, utilizando suas estruturas cerebrais bem como a sua comunicação corporal.

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Imagem 1: Aula de dança. Fonte: Arquivo da pesquisadora.

A imagem acima se deu no momento da atividade prática da aula de dança, onde os alunos puderam colocar em prática alguns dos princípios da psicomotricidade, dentre eles o uso do equilíbrio mediante do que foi exposto acima.

Na aula seguinte, através da roda inicial contextualizamos e resgatamos os novos conhecimentos discutidos durante a semana, da dança e a relação com o corpo humano. Dessa vez o assunto mais comentado pelas crianças foi sobre os ossos e como o nosso esqueleto possui a função de sustentar o nosso corpo, principalmente quando nos movimentamos na aula de dança, discutimos em especial o maior osso do corpo humano, o fêmur.

Durante a mesma aula reaplicamos o circuito de cordas com o objetivo de que as crianças realizassem o mesmo, mas agora, pensando no sistema esquelético e quais são os líquidos sinoviais e sua importância para que o corpo possa se movimentar a partir das junções dos ossos, para isso Farhi (2000, p.56) destaca que nossos corpos são constituídos de sistemas, cada um deles com sua função específica, qualidade expressiva, e consciência associada. Pedimos para que as crianças sentissem quais ossos estavam sendo utilizados para poder se equilibrar e realizar o percurso com sucesso, como esperado, elas relataram sentir o fêmur como parte integrante da coxa, os ossos dos pés

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também foram citados, bem como os braços e pernas, citando os líquidos sinoviais como importantes para que as junções dos ossos pudessem se movimentar de forma macia e sem dor.

No que tange o emprego das qualidades dos movimentos, são as nuances que diferem e qualificam os movimentos a partir dos esforços empregados. Um movimento executado com um peso mais firme tem o intuito de caracterizar algo de mais impacto, pressão e peso, bem como seu espaço pode se caracterizar como direto ao realizar o trajeto e logo depois essa intencionalidade pode ser modificada sem que haja uma regra de utilização. Nas palavras de Rudolf Laban: “[...] a função interior que dá origem a tal movimento.” (LABAN, 1978, p. 51) Quando uma criança visualiza a ideia de uma caveira e se propõe a se movimentar como uma, o emprego dessa qualidade ao se movimentar pode variar de criança para criança, caracterizando a singularidade de cada indivíduo.

Para Laban (1978, 1990), o movimento deve ser considerado como fruto de uma ação de resistência ou suavidade em relação aos aspectos de fluxo, peso, espaço e tempo. Pesquisar/descobrir o espaço, experimentar os tempos, perceber o peso, o ritmo, a qualidade de movimento através da ação de dançar.

As ideias de Laban oportunizam os corpos considerando-os como únicos onde as partes diluem-se integrando o movimento de forma contínua, consentindo a integração e desenvolvendo-se a partir de paradoxos e contrastes, e não mais como um corpo a ser treinado de forma doutrinada.

A Educação Infantil é cercada por momentos lúdicos e ilustrativos, a criança, nos anos iniciais de sua vida, estabelece trocas afetivas, sociais, motoras e cognitivas no ambiente vivente. Para a turma II não seria diferente, sempre que se estuda um tema de pesquisa as professoras de sala e professor de dança levam músicas que integram e somam ao tema de pesquisa que está sendo estudado pela turma para que essas relações se fortaleçam.

A música, na educação infantil mantém forte ligação com o brincar. Em algumas línguas, como no inglês (to play) e no francês (jouer), por exemplo, usa-se o mesmo verbo para indicar tanto as ações de brincar quanto as de tocar música. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Jogos e brinquedos musicais são transmitidos por tradição oral, persistindo nas sociedades urbanas nas quais a força da cultura de massas é muito intensa, pois é fonte de vivências e desenvolvimento expressivo musical. (BRASIL, 1998, p. 71).

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Com o tema “Corpo Humano”, uma das músicas utilizadas durante a aula de dança e que posteriormente foi escolhida pela turma para ser utilizada na apresentação final do tema de pesquisa foi a das caveiras “tumbalacatumba1

Galinha pintadinha e a música “Vem dançar com a gente”2 da Palavra Cantada,

a partir desse momento a turma começou a materializar a ideia da criação coreográfica. Trazendo as palavras de Lobo e Navas (2008) a composição coreográfica é a dança produzida e organizada no tempo e espaço, que se pode nomear de coreografia. E a coreografia é uma forma de expressar o caráter enigmático da dança, é ainda “(...)um conjunto de movimentos, que suscitam possibilidades de sentido que justificam sua efetuação” (ALVES, 2007, p. 03). Durante a execução da música o professor orientou a turma a explorar os níveis espaciais, níveis esses que são possíveis, utilizando a movimentação do corpo nos espaços acima da cabeça, na altura da cintura ou abaixo dela (alto, médio e baixo) com estímulos de perguntas: “como uma caveira dança perto do chão?”, “como uma caveira dança esticando os ossos dos braços?” e todas as crianças deram início as suas movimentações e a criar o seu corpo dançante. Aproximando das considerações apresentadas por Laban (1990) sobre a análise do movimento e como devemos apresentar essas possibilidades: Que parte do corpo se move? Como o corpo se move? Onde o corpo se move? Com o que ou quem o corpo move?

Como estagiária eu indagava a turma “Como os ossos da caveira dançam?” e assim a turma começou a utilizar a sua criatividade e seu repertório corporal para elaborar a criação de sua “caveira para a apresentação”. Seguindo os ensinamentos de Laban como futura professora, sigo aprendendo a cada aula e moldando a educadora que busco ser. Para ele:

O professor também pode aprender a equilibrar os esforços de acordo com as necessidades da classe, desenvolvendo firmeza e exercendo controle só quando seja necessário, enquanto que as crianças se sentem em liberdade para experimentar, a seu modo, as combinações de esforços com o que aumentam a experiência deste último. (LABAN, 1990, p.100).

1 Cd Galinha Pintadinha 4. Autor original: Vovó Mafalda. Regravado por Bromelia produções. 2 Cd Vem Dançar com a gente 2012. Palavra Cantada por Sandra Régia e Paulo Tatit.

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A imagem abaixo descreve um dos momentos do processo de criação de movimento da turma II, onde eles se movimentavam como caveiras dentro de suas tumbas pouco antes de começarem a sair das mesmas, nesse momento as crianças se posicionam no espaço e fazem um movimento de contração com o corpo diminuindo sua amplitude corporal, e percebe-se que cada criança tem a liberdade de se posicionar da maneira como a sua caveira gostaria de se expressar.

Imagem 2: aula de dança. Fonte: Arquivo da pesquisadora.

Destaco em especial a capacidade que a turma II tem de dramatizar o contexto sonoro das músicas e criar a sua própria carga corporal e emocional, empregando personalidade na criação dos movimentos. A música pode ir além dos estímulos sonoros, “[...] a música não é só uma técnica de compor sons (e silêncios), mas um meio de refletir e de abrir a cabeça do ouvinte para o mundo. [...]”. (CAGE, 1985, p. 5). Sendo assim, as crianças mergulharam do mundo das caveiras e seus ossos e passaram a tratar com naturalidade e empolgação, perdendo qualquer receio sobre o universo que cerca a palavra “caveira”.

A partir desse momento pude perceber que o foco da aula de dança estava dominado pela “caveira” e a dança que elas estavam criando, o fascínio das crianças pelos ossos representando o corpo humano já estava dominando

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a turma. Como parte do processo, realizamos um momento de roda para decidir de fato, quais músicas elas gostariam de utilizar para a apresentação final do tema de pesquisa, a turma não teve dúvidas, elas queriam dançar as duas músicas e não somente uma. Então por meio de uma votação as crianças optaram democraticamente por dançar as duas músicas: caveiras “tumbalacatumba” Galinha pintadinha e a música “Vem dançar com a gente” da Palavra Cantada.

5 VEM DANÇAR COM A GENTE E TUMBALACATUMBA

Na introdução da música, eles associaram os movimentos como se estivessem saindo das tumbas embaixo da terra, com movimentações de braços e mãos saindo das profundezas e acordando no mundo real como caveiras. Sobre essa atitude Strazzacappa nos orienta, “A dança no espaço escolar busca o desenvolvimento não apenas das capacidades motoras das crianças e adolescentes, como de suas capacidades imaginativas e criativas” (STRAZZACAPPA, 2001 p. 71). Para dramatizar a imagem da caveira, a turma decidiu que elas iniciariam a dança dentro de caixas de papelão para simular que cada caveira tinha a sua própria tumba. Marques (2003) destaca a importância de existirem processos criativos no ensino, pois a criação é parte fundamental da formação humana pois a aprendizagem no contexto escolar enfatiza ainda a repetição em relação a criação.

Avançando na construção da nossa reflexão sobre dança, criança e criação dentro do estágio, destaco a presença do corpo infantil como disposto e por muitas vezes uma ‘caixa de surpresa’. Saber que ele está aberto, sensível e verdadeiro é o que faz a dança e educação alcançar as formas expressivas e de criatividade nas aulas de dança, mostrando a possibilidade de criação de cada aluno. Para isso, ressaltamos que a criança e a dança e a concretude desse ciclo só ocorre quando, o corpo explora o movimento expressivo de si, concluindo o aprendizado corporal. Laban (1990, p. 18) nos mostra como ele divide essa missão entre escola, dança e criança:

A primeira tarefa da escola é cultivar e concentrar os impulsos naturais de expressão das crianças e fazê-las com que tomem consciência de alguns princípios que governam o movimento. A segunda tarefa, não

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menos importante, é preservar a espontaneidade do movimento e mantê-la viva até a idade de deixar a escola e, no futuro, na vida adulta. Uma terceira tarefa é fomentar a expressão artística no âmbito da arte primária do movimento, onde se devem seguir dois objetivos: um é aguçar a expressão criativa das crianças, representando danças adequadas aos seus dons naturais e ao grau do seu desenvolvimento; o outro é cultivar a capacidade de tomar parte na unidade superior das danças coletivas dirigidas pelo educador.

Tais noções retratadas por Laban, se entrelaçam no caminho percorrido durante a minha graduação, e os ensinamentos estudados durante as disciplinas de Coreologia, Dança para criança, Metodologia do ensino da dança e Dança e educação, apresentando-me o fazer dança na realidade escolar formal, me aproximando da realidade criativa e expressiva que permeia o movimento do corpo atuando no processo educacional da dança.

Convém ressaltar que decidido pelos alunos em uma conversa, eles seriam caveiras dançantes. De acordo com faixa etária da turma, entre três e quatro anos, as mesmas já compreendiam bastante sobre a música e o significado das palavras, então alguns movimentos eles relacionavam a ação do gesto em ligação com a palavra.

Dando continuidade à dança a turma passou a criar a sua própria caveira, cada aluno começou a empregar a sua particularidade e criatividade para compor sua caveira, alguns alunos faziam caretas para tentar nos assustar durante a dança fazendo com que eles usassem e explorassem o espaço da sala o máximo possível, outros utilizavam a corpo como se fossem só ossos se equilibrando em outros ossos, dando a intenção de serem compostos apenas de ossos. Em outros momentos eles desenvolviam algum de tipo de interação com os outros colegas dançantes construindo uma relação ao se movimentar, principalmente no ápice dos refrãos onde a felicidade de estar dançando era visível em todas as crianças. Dessa forma Marques, Surdi, Kunz e Costa (2014, p. 175) nos fazem refletir sobre a individualidade do processo de cada aluno:

Assim, enfatizamos a importância da exploração dos movimentos próprios dos sujeitos, permitindo que eles sejam eles mesmos nas suas construções artísticas. Essas práticas estariam essencialmente voltadas para o “fazer”, pesquisar, experimentar, improvisar, estimulando a sensibilidade, o prazer, o desejo de sentir novas sensações corporais. Essa educação estética alia-se ao compromisso de não aceitar que apenas as reproduções de modelos de danças expostas pela mídia, ou padrões de movimentos específicos das

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28 técnicas se façam presentes no contexto escolar. Nessas condições, podemos contribuir para uma educação mais consciente, voltada para a construção da educação, construção da cultura e construção de novas e significativas relações humanas, lembrando que a dança é parte do universo cultural e que pode e deve ser construída e resignificada nas experiências pessoais de cada ser.

Para criar um ambiente de livre expressão e criação, optamos por não direcionar nenhuma movimentação ou técnica para que os alunos tentassem reproduzir, em vez disso, decidimos que as crianças nos dissessem como a sua caveira estava dançando e se movimentando a partir de todas as aulas e conversas que tivemos sobre o corpo humano. De acordo com Conforme Isabel Marques sobre a dança criativa nas aulas de dança:

Acredito que esta nomenclatura tenha surgido em oposição àquela dança, ou aula de dança, na qual o aluno deve aprender movimentos codificados e rígidos, sem qualquer interferência pessoal no que diz respeito à criação do passo ou do movimento executado. Focalizando mais de perto as aulas de “dança criativa”, pude notar que nelas os alunos têm a oportunidade de experimentar, explorar, expandir, representar, e colocar o seu eu no processo de configuração de gestos e movimentos (MARQUES, 2003, p. 139).

Para compor o personagem da caveira a turma sugeriu duas ideias durante a roda final da aula de dança, a primeira ideia foi sugerida a partir do questionamento: “Como poderíamos ficar mais parecidos com as caveiras?” “Pintar ossos?” a professora da sala perguntou. Então a ideia da tinta branca surgiu para contornar alguns ossos do corpo, dando a imagem de caveira que as crianças tanto queriam com o objetivo de assustar seus pais no dia da apresentação. Para que os ossos fossem expostos com o uso da tinta durante a dança, optamos pelo uso da roupa de banho, meninas usando biquíni e meninos usando sunga.

Ressalto uma pequena decisão que foi utilizada com a turma II, não impusemos nenhuma orientação em relação a utilização de uma frente única do espaço, eles poderiam circular livremente pelo espaço escolhendo em qual direção gostariam de se movimentar.

A imagem abaixo apresenta um dos momentos antes da apresentação da composição final, ela exibe os alunos da turma II na quadra menor do

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NEICAp/UFRN com o intuito que as crianças utilizassem as caixas de papelão, tendo em vista que a sala de aula não dispõe de espaço suficiente.

Imagem 3: Ensaio na quadra. Fonte: Arquivo da pesquisadora

Assim sendo, prontamente após as aulas de dança e das atividades desenvolvidas em sala abarcando as contribuições das crianças, professores, auxiliares e estagiária estruturamos uma pequena ordem para o dia da apresentação da composição:

10 Momento: Organização da pintura corporal e organização do espaço

para a apresentação;

20 Momento: Apresentação da composição intitulada “Vem dançar com a

gente”, as caveiras iniciam a dança dentro das caixas de papelão, com o intuito de causar surpresa na plateia.

30Momento: Apresentação da composição “tumbalacatumba”, as caveiras

dançam e interagem com os demais.

Na imagem acima e na que segue, se passa a preparação para a apresentação e o momento real da apresentação para os pais e responsáveis. Na imagem 4 podemos observar a professora Vaniza pintando com tinta branca uma das alunas da turma II com o objetivo de caracterizar e expor alguns formatos de ossos do corpo humano.

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Imagem 4: Pintura dos ossos. Fonte: Arquivo da pesquisadora.

Imagem 5: Apresentação final. Fonte: Arquivo pesquisadora.

A imagem 5 é caracterizado pelo momento da apresentação final do tema de pesquisa, com a presença dos pais, alunos, professores, estagiários e coordenadores.

A imagem a seguir foi registrada na aula seguinte a semana da apresentação final do tema de pesquisa, ainda dentro do processo do ensino da dança. Os alunos foram convidados a apreciar a apresentação realizada por eles

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na sala multimídia, o vídeo da apresentação foi exposto no data show onde todas as crianças foram convidadas a assistir.

Imagem 6: Apreciação do vídeo da apresentação final. Fonte: Arquivo da pesquisadora.

Cabe ressaltar que a turma II foi responsável pela criação de suas movimentações e da construção de suas caveiras dançantes dentro do estudo do tema de pesquisa “Corpo Humano”, desenvolvido dentro NEI CAp/UFRN através das aulas de dança e das atividades desenvolvidas em sala de aula.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi vivenciado no Estágio Supervisionado Obrigatório, podemos expor que o presente trabalho foi guiado a partir do ensino da dança na escola, pautado nos ensinamentos de Laban, dentro de exploração do corpo e movimento da criança para a composição coreográfica, por meio do tema de pesquisa estudado pela turma. O trabalhou abarcou a livre expressão do corpo

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e movimento das crianças da turma II dando-lhes liberdade e autonomia dentro do processo, onde foi possível concretizar momentos de aprendizagem e conjunto com a dança.

Pode-se concluir que a dança e a criação de movimentos vivenciado por crianças, cria possibilidades de perceber o corpo, experimentar movimentos e expandir habilidades fortalecendo-as como seres criativos onde elas sejam participantes ativas do compor e experimentar a sua própria dança. Para a criança da educação infantil, protagonizar o seu criar e fazer dança é sem dúvidas mais enriquecedor do que a reprodução de movimentos para apresentar uma coreografia em datas comemorativas.

Neste escrito, aspiramos, que a dança voltada para a educação infantil seja pensada para o direcionamento da efetivação do conhecimento dentro da educação, perpassando por espaços onde elas possam desenvolver todas as características de experimentar, descobrir, desenvolver e relacionar inerentes à infância.

Desta forma, o estágio supervisionado obrigatório realizado no Núcleo de Educação da Infância – NEI-CAp/UFRN, proporcionou-me suporte para vivenciar e aplicar o ensino da dança na escola, sendo ela uma escola de referência para os alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que desejarem realizar seus estágios na mesma.

Como foi visto, podemos contemplar que o ensino e aprendizagem da dança no NEI-CAp/UFRN não se aplica exclusivamente para a cópia de passos e movimentações com o objetivo de uma apresentação final, mas sim através de um estudo estruturado e contextualizado onde as crianças participantes do processo sejam parte fundamental para a solidificação do conhecimento, expondo suas inspirações e abstrações sobre os temas estudados aplicados na dança.

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Referências

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