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Estudo do comportamento reológicoe da microestrutura de emulsões alimentares água/óleo.

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(1)

Estudo do comportamento reológico

e da microestrutura de emulsões

alimentares água/óleo

M. Gabriela Basto de Lima

M. Gabriela Basto de Lima

Ant

Ant

ó

ó

nio Correia Diogo

nio Correia Diogo

Ana Cristina Agulheiro Santos

Ana Cristina Agulheiro Santos

XVIII Encontro

(2)

INTRODUÇÃO

As emulsões a/o, neste caso margarinas, são

sistemas multifásicos complexos, constituídos

por uma fase líquida dispersa (aquosa), uma

fase líquida contínua (lipídica) onde estão

embebidos cristais de gordura cuja função é

estabilizar a fase dispersa.

(3)

INTRODUÇÃO



O teor lipídico e emulsionante têm efeitos directos nas

propriedades reológicas.



O mimetismo lipídico destas emulsões envolve o controlo de

mecanismos a nível microscópico no que diz respeito ao

controlo da cristalização de gorduras.



Influenciando fortemente a microestrutura e as propriedades

reológicas da emulsão.



Sugerindo que a microscopia óptica e a reologia podem ser

utilizadas no seguimento e controlo dos processos de

formação e estabilização de emulsões.

(4)

MICROSCOPIA ÓPTICA

Objectivos:



Observar, fotografar e filmar as emulsões.



Comprovar, ou não, se as diferentes formulações das

emulsões, apresentavam microestruturas diferentes.



Determinar a composição das fases de cada emulsão

utilizando um programa de tratamento de imagem .



Determinar o tamanho médio de gota e a distribuição

do tamanho de gota.

(5)

ENSAIOS REOLÓGICOS



Equações constitutivas: relacionam tensão, deformação, velocidade

de deformação e tempo.



Os materiais são caracterizados por funções materiais em vez de

constantes materiais.



Ex. O módulo de Young já não é uma constante material: é uma função

material que depende da frequência, etc.



Viscoelasticidade linear: as funções materiais são independentes do

valor da deformação.



Ex. O módulo de Young é independente do valor da deformação



Nos sólidos e líquidos viscoelásticos, as funções materiais são

(6)

Regime transitório: dependência explícita do tempo.



Na relaxação de tensões mede-se a resposta do material a

um degrau de deformação: aplica-se uma deformação

constante no instante t = 0 e mede-se a evolução da tensão



(t).



Observa-se a evolução temporal das seguintes funções

materiais:

G(t) (módulo de relaxação) = tensão em t/ deformação

ηηηη

(t) =

∫∫∫∫

G(t).dt (viscosidade dependente do tempo) Pa.s

(7)

Regime transitório

Resposta a um degrau de deformação

( )

( )

( )

( )

( )

0 t 0 0 0 0

.

t

G

ds

s

dG

ds.

.

.

0

G

t

0

t

se

0

0

t

se

t

σ

=

γ

+

γ

=

γ

<

>

γ

=

γ

Módulo de Relaxação

( ) ( )

0

t

t

G

γ

σ

=

Viscosidade dep. tempo

( )

=

η

t 0

G(t).dt

t

ENSAIOS REOLÓGICOS

(8)

Regime transitório

Resposta a um degrau de tensão

( )

( ) ( )

( ) ( )

0 t 0 0 0 0

.

t

J

ds

s

dJ

ds.

.

.

0

J

t

0

t

se

0

0

t

se

t

γ

=

σ

+

σ

=

σ

<

>

σ

=

σ

Susceptibilidade Mecânica

dependente do tempo

( ) ( )

0

t

t

J

σ

γ

=

ENSAIOS REOLÓGICOS

(9)

Regime Dinâmico



Ensaios dinâmicos: aplica-se uma deformação sinusoidal e mede-se a

tensão. No caso de VEL as funções materiais são independentes da

amplitude da deformação.



Observa-se a evolução de funções materiais (reológicas) em função

da frequência

ω

ω

ω

ω

(rad s

-1

) :

G’ (módulo elástico – storage modulus) (Pa)

G” (módulo viscoso/dissipativo – loss modulus) (Pa)

ηηηη

* (viscosidade complexa) em Pa.s

(10)

Regime Dinâmico

deformações oscilatórias de pequena amplitude

Módulo complexo e Viscosidade complexa

( )

t'

=

γ

0

exp

( )

i

ω

t'

γ

( )

( ) ( )

( )

( )

( )

2 1 2 2 2

G'

'

*

G"

G'

*

G

t

t

σ

G

i

G

*

G

t

*

G

t

ω

+

η

=

η

+

=

γ

=

′′

+

=

γ

ω

=

σ

ENSAIOS REOLÓGICOS

(11)

Regime Dinâmico

Princípio de sobreposição de Boltzman

Tensão sinusoidal

( )

t'

exp

( )

i

t'

0

ω

σ

=

σ

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

∞ ∞

ω

ω

=

ω

η

ω

=

γ

σ

=

ω

γ

σ

=

ω

=

ω

η

0 0

s)

p(-i

ds.G(s).ex

.

i

.

i

t

t

G

t

t

s)

p(-i

ds.G(s).ex

&

&

Viscosidade complexa e Módulo dinâmico

ENSAIOS REOLÓGICOS

(12)

ENSAIOS REOLÓGICOS

Regime Dinâmico

M

M

ó

ó

dulo dinâmico

dulo dinâmico

( )

( )

( )

( )

( )

0 g d

J

ds.J(s).exp(-i s)

σ

1

J

J

J

i .

γ ω

ω =

ω =

ω

ω =

+

+

ω

ω η

Susceptibilidade dinâmica

( ) ( )

ω

=

J

ω

1

G

(13)

No caso de uma distribuição mono-dispersa do

tamanho de gota:

MODELO DE PALIERNE

onde

G*

I

- módulo das inclusões que pode ser constante e

real.

G*

M

= i

ωη

ωη

ωη

ωη

módulo da matriz.

(

)

* M * I * M * I I I 2 3 * M

3G

2G

G

G

2

M

onde

M

-1

M

1

G

*

G

+

Φ

=

+

=

(14)

MATERIAL E MÉTODOS

Fase Lipídica - FL



Fat Blend.



Emulsionantes:

Mono- e di-acilgliceróis

saturados, e insaturados.



Lecitina (nativa e hidrolisada).



Corante

ββββ

-caroteno.



Aromatizante.



Antioxidantes: Tocoferóis.



Vitaminas lipossolúveis: A, E

e D3.

Fase Aquosa – FA



Água.



Proteína:

Soro de leite e leite em

pó na solução mãe da fase aquosa,

leitelho.



Sal.



Conservantes:

solução de sorbato

de potássio (sais de ácido sórbico).



Regulador de acidez pH 4 – 5,5:

ácido cítrico e sais, sais de EDTA.



Espessantes:

amido de milho e

amido de milho modificado.



Mistura de vitaminas:

B6, B11 e

B12 e ácido fólico.

São 5 emulsões a/o cujos constituintes base são:

(15)

Microscopia Óptica



Microscópio

óptico

de

luz

polarizada,

modelo

Nikon

Optiphot-2-Pol.



Câmara digital Moticam 2000.

MATERIAL E MÉTODOS

Ensaios Reológicos



Espectrómetro

mecânico

RMS-800 Rheometrics.



Geometria:

pratos paralelos

(50 mm) rugosos.

(16)

Os regimes de escoamento dos ensaios reológicos foram:

γγγγ

0

= 2 %

0,01 <

ω

ω

ω

ω

< 100 rad s

-1



Regime dinâmico:

Varrimento de frequência

Dynamic frequency sweep.

Temperatura ambiente.



Regime transitório:

Relaxação de tensões

Stress relaxation experiment

Temperatura ambiente.

γγγγ

0

= 2 %

(17)

RESULTADOS EXPERIMENTAIS E

TRATAMENTO DE RESULTADOS



Utilização do programa de

tratamento de imagem Motic Images Plus

(versão 2.0 ML)

e tratamento estatístico ANOVA teste post hoc HSD N

Unequal e distribuição Log-Normal, para determinar:

Composição das fases aquosa e lipídica das 5 emulsões;

Tamanho de gota;

Distribuição de tamanho de gota.



Cálculo das

funções materiais J(t) e

ηηηη

*(

ω

ω

ω

ω

)

através dos resultados dos

ensaios de relaxação comparando com os resultados experimentais dos

ensaios dinâmicos.

(18)

FOTOGRAFIA DA EMULSÃO A

referência

(19)
(20)
(21)
(22)
(23)

COMPOSIÇÃO DAS FASES

Emulsões

a/o

Fase aquosa (%)

Fase lipídica (%)

Teórica

M

±±±±

DP

Teórica

M

±±±±

DP

A

referência

41

40,65

2,20

59

59,35

2,20

B

35

44,03

1,27

65

55,97

1,27

C

63

60,75

1,12

37

39,25

1,12

D

30

33,70

2,25

70

66,30

2,26

E

34

36,47

1,31

66

63,53

1,31

(24)

Emulsões a/o

N

Diâmetro de gota/

µµµµ

m

Média

±±±±

DP

A

1263

1,19

a

0,93

B

1333

1,04

c

0,62

C

1880

1,09

b

0,74

D

1794

1,15

a

0,72

E

1490

1,17

a

0,81

DIÂMETRO MÉDIO DE GOTA

(25)
(26)
(27)
(28)
(29)
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)

ηηηη

*(

ω

ω

ω

ω

) ensaio dinâmico versus |

ηηηη

(i

ω

ω

ω

ω

)| calculada

EMULSÃO C 1,0E+00 1,0E+01 1,0E+02 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+06 1,0E+07 1,0E+08

1,0E-03 1,0E-02 1,0E-01 1,0E+00 1,0E+01 1,0E+02 1,0E+03

ω ωω ω/rad.s-1 ηηηη * /P a .s |η(ιω)| η∗(ω)

(38)
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)

CONSIDERAÇÕES FINAIS



No caso dos resultados de tratamento de imagem verifica-se que há três

emulsões com tamanho médio de gota semelhante (A, D e E) e as outras

duas (B e C) são significativamente diferentes, tendo sido possível

determinar as composições globais das fases aquosa e lipídica com

valores muito próximos do esperado.



Verifica-se que o escoamento altera a microestrutura da emulsão de

água/óleo.



Essas modificações são quantificadas em função das condições de

escoamento consideradas e comparadas com as funções materiais

reológicas medidas experimentalmente num espectrómetro mecânico

Rheometrics RMS-800.



Os resultados experimentais obtidos foram comparados com os

modelos matemáticos preditivos, verificando-se uma boa aproximação

com os resultados experimentais.

(46)

REFERÊNCIAS

[1]

McClements, D., Critical Reviews in Food Science

and Nutrition, 47 (2007) 611–649.

[2]

Ozge Sakiyan et al., Eur. Food Technol. 219 (2004)

635-8.

[3]

Bower et al., Rheol Acta, 38 (1999) 145-159.

[4]

Palierne, J.F., Rheol Acta, 29 (1990) 204-214.

[5]

Pal, R., Current Opinion in Colloid & Interface

(47)

Obrigada pela vossa aten

Referências

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