TIAGORAFAEL
ONZI
ESPLENECTOMIA
VÍDEO-LAPAROSCÓPICA
CM
ESL/
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para 8
conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLQRIANÓPOLIS
aESPLENECTOMIA
VÍDEO-LAPAROSCÓPICA
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador de curso: Prof. Edson José Cardoso
Orientador: Prof. Celso Luís Empinotti
FLQRIANÓPOLIS
AGRADECIMENTOS
Agradeço
aminha
mãe
por todoo
amor,exemplo
e dedicação recebidos nestes anos, e porpoder
estar agora, concluindo maisuma
etapa deminha
vida,bem
como
ameus
irmãos pelo carinho e apoio.Agradeço
aminha namorada
Danielle pelo amor, amizade, cumplicidade ecompreensão
em
todos os anos que estamos juntos.Agradeço
ao Dr. Celso Empinotti e ao Dr. Ricardo Baratieri pelaamizade
e por todo o ensinamento,exemplo
profissional e pessoal nestes anos de convivência.Homenagem
também,
ameu
grandeamigo
de faculdadeHumberto
pelaamizade, alegria e colaboração, e a todos outros
amigos
pelosmomentos
felizes etambém
de dificuldades vividos juntos e que serão parasempre
lembrados.Obrigado
a todos queme
auxiliaram nos anosde
faculdade e aosque
dellntrodução ... ._ 1 2.0bjetivo ... _. 4
3.Método
... ._ 5 4.Resultados ... .. 12 5..Discussão...,. , ..,.,.-,,..,.,..,,,..V.a...¶. , ..- - ,,...._...,fi,-.W.-....__,..._.-.w _ _ 19 6.Conclusão ... .. 27 7-.Referências ‹ ... ._28
Normas
adotadas ... .. 33Resumo.
, - _ ,,...,..-".,...-m--..,....m,¢,--.----,f,...-...W-wW,M--,34
Summaly
... .. 351.
INTRODUÇÃO
O
baço
é omaior
órgão vascular linfáticodo
corpohumano,
tendo importante papelna
resposta celular ehumoral
contra as infecções e inflamações,bem
como
na
filtração de células envelhecidas, antígenos e de rnicroorganismos. Eleconstitui
um
pool de reservas de plaquetas, eem
algmnas situações, toma-seum
sítio hematopoiético.
Pode
variarem
tamanho
eforma
mas, geralmente, possui cerca de 12cm
decomprimento
por 7cm
de largura,pesando
em
média
150gramas.
Recebe
importante suprimento sangüíneoque
é fornecido pela artériaesplênica,
com
fluxo
de até300 ml/min.”
A
esplenectomia éum
procedimento cirúrgico necessário para grande variedade de doenças hematológicas e,dependendo
destas,pode
sereventualmente utilizado para diagnóstico, estadiamento e,
na
maioria das vezes,de
forma
terapêutica. Tal procedimentopode
ser realizado através de laparotomia, apresentandopequeno
risco cirúrgico,mas
que
requertempo
de hospitalização prolongado, variando de 3 a 7 dias, analgesia pós-operatória etempo
maior para recuperação plena.3Um
dado
relevante para a realizaçãoda
cirurgia convencional (laparotornia) éque
os pacientesque
têm
problemas clínicos concomitantes, taiscomo,
neutropenia e trombocitopenia,
podem
elevar os riscosdo
procedimento já que, émaior o
risco de infecções cirúrgicas e de perda sangüínea.34A
esplenectomia por laparotomia apresenta diversas complicações pós-operatórias, incluindoatelectasias, pneumonias, abcessos subfrênicos,
hémias
incisionais, infecção deferida cirúrgica e hemorragias.5'6
O
adventoda
colecistectomia vídeo-laparoscópica7na década
de 80,que
tempo
de hospitalização,menor
dor pós-operatória, reduçãodo
íleo pós-cirúrgico,
menores
taxas de infecção, dieta oral precoce,retomo
às atividadesmais rapidamente e
melhor
resultado estético) permitiuque
outros procedimentosfossem
realizados, sendo, inicialmente,o
tratamentoda doença do refluxo
gastro-esofageano padronizados, e a seguir, outras cirurgias mais avançadas,
como
as hemioplastias, esplenectomias, adrenalectomias, colectomias, entre outras.9O
aperfeiçoamento técnico dos cirurgiões e as inovações tecnológicas,tomou
possível a realização destas novas e mais avançadas cirurgias vídeo-
laparoscópicas.3°1°
Sendo
assim, a esplenectomia laparoscópica teve inícioem
199111 mas, devido às dificuldades técnicas e a ausência de material adequado,
demorou
a setomar
procedimento de rotina,mesmo
nos serviços de cirurgialaparoscópica mais avançados.
Devido
a melhoria dos equipamentos eo
aperfeiçoamento dos cirurgiões, ela passou a ser realizada e divulgada
na
literatura específica, mais freqüentemente.3*1°
O
grande ecomplexo
suprimento sangüíneodo baço combinado
com
a esplenomegalia e trombocitopenia,comuns
nas doenças hematológicas,tem
feitodesta cirurgia
um
procedimentoque
apresenta grande risco de sangramento.”Também,
a intima relaçãodo baço
com
órgãos vizinhoscomo
o
cólon, pâncreas eo
estômago,determinam
maioraumento da
dificuldade técnicana
realização porvídeo-cirurgia.”
As
principais indicações de esplenectomia vídeo-laparoscópica são asmesmas
que
para a laparotomia,14`l5 sendo a principal e mais importante delas a púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).1°*l6`2° Outras indicações fieqüentessão: esferocitose hereditária,
anemia
hemolítica auto-irnune,anemia
sideroblástica, púrpura trombocitopênica trombótica,
PTI
associada àAIDS,
hiperesplenismo secundário,
doença
de Gaucher, linfoma deHodgkin
e linfoma3
Existem
contra-indicações relativas à esplenectomia video-laparoscópica por proporcionarem elevado risco cirúrgico, taiscomo:
pacientescom
esplenomegalias severas, trauma, abcessos esplênicos, aneurisma de artériaesplênica e tumores malignosf sendo esta última já discutida por alguns autores que
recomendam
a sua realização pelométodo
laparoscópico pornão
apresentarem resultados diferentes dos
que foram
apresentados pelas doenças2.
OBJETIVO
O
objetivo deste trabalho é apresentar os resultados iniciais destanova
técnica cirúrgica, a esplenectomia video-laparoscópica, e compará-los
com
a5
3.
MÉTODO
GRUPO
DE ESTUDO
Este é
um
estudo retrospectivo, descritivo clínico, transversal,onde foram
analisados os pacientes submetidos à esplenectomia vídeo-laparoscópica,
no
Hospital de Caridade,na
cidade de Florianópolis e Hospital Regional deSão
José,
na
cidade deSão
José,no
estado de Santa Catarina,no
periodo dedezembro
de1996
adezembro
1997.Foram
realizados seis procedimentos cirúrgicos, sendo cincono
Hospital de Caridade eum
no
Hospital Regional deSão
José,em
pacientes deambos
ossexos,
sem
distinção de idade,com
diversas indicações,que
jáhaviam
sido tratados clinicamente .Foram
observados os dados referentes ao sexo e idadedo
paciente, as indicações para a cirurgia,tempo
cirúrgico, perda sangüínea, transfusão trans-operatório e pós-operatória, presença de baços acessórios,
tamanho do
baço, período de recuperação e hospitalização,contagem
de plaquetas pré-operatório epós-operatória, hematócrito pré-operatório e pós-operatório, doenças associadas
e complicações pós-operatórias.
TÉCNICA
QPERATÓRIA
Os
pacientescom
PTI
foram
preparados mediante a administração dequatro dias que antecederam a cirurgia).
Todos
os pacientesreceberam
imunização pré-operatória, nas duas
semanas
anteriores,com
vacinação antipneumocócica,mesmo
nos pacientes mais idosos.Foi reservado concentrado de hemácias e de plaquetas para que a reposição,
se necessário, fosse efetuada.
Em
nenhum
dos pacientes foi realizadaembolização pré-operatória
da
artéria esplênica.A
cirurgia foi realizada sob anestesia geral.O
paciente foi posicionadona
mesa
cirúrgicaem
decúbito lateral direito acentuadoem
Trendelenburg invertido, sendo seu braço esquerdo abduzido e colocadoem
suporte sob a cabeça.As
pernasforam
semi-fletidas e acolchoadas. Foi realizadasondagem
naso-gástricaem
todos os pacientes.O
cirurgião posicionou-se ao lado direitodo
pacientecom
assistente de
câmera
a sua direita e, se necessário,um
primeiro auxiliar que foi posicionado ao lado esquerdodo
paciente.A
instrurnentadoraficou
ao ladodo
cirurgião.
O
monitor foi colocadono
lado esquerdo superior, ao ladoda
cabeçeira.
Foi feita urna
punção
em
região subcostal esquerda,em
linha axilarmédia
com
agulha de Verres poronde
foi criadoo
pneumoperitôneo.Sendo
o paciente previamente submetido a laparotomia, a realizaçãodo
pneumoperitônio foi feitasob visão direta.
Após,
foi iniciada a colocação dos trocartes, sendoo
primeiro de 10mm
colocadona
linha axilarmédia
esquerda subcostal poronde
foiintroduzida a óptica de 30° e feita a inspeção
da
cavidade abdominal.A
seguir,foram
introduzidos os outros trocartes,em
número
de dois, sob visão diretana
cavidade abdominal, sendo estes posicionadosem
linha axilarmédia
esquerda, abaixodo
primeiro trocarte eem
linha axilar anterior esquerda subcostal,respectivamente, todos de 10
mm.
Existem certas situações de variações destas posiçõesdependendo do tamanho do baço
eda
constituição fisicado
paciente.7
A
operação foi iniciada lateralmente aobaço
com
a mobilizaçãoda flexura
esplênica
do
cólon. Para facilitar este procedimento é possível a utilização deum
quarto trocarteem
flanco
esquerdo, entre a crista ilíaca e adécima
segimdacostela
em
linha axilar posterior.A
região lateral continuou sendo abordada dissecando-seo
ligamento esplenorenal e esplenofiênico (Figura 1).Figura 1- Dissecção do baço no ligamento esplenofrênico.
Após
foi abordadoo
pólo inferior,no
ligamento esplenocólico, sendorealizada a ligadura de vasos facilitando
a
elevação anterior e medialdo
baço. Prosseguiu-se a dissecção atravésdo
polo inferior.Com
a ligadura dos vasos observou-seuma
mudança
da
coloraçãodo baço que tomou-se
isquêrnico.A
dissecção prosseguiuo
mais cefalicamente possível. Elevou-se o pólo inferiordo baço
expondo-seo
pedículo esplênico.A
cauda
do
pâncreas foiafastada cuidadosamente e iniciou-se a dissecção individual dos vasos hilares
com
seuclampeamento
e secção (Figura 2).Devido
a anatomia vascularda
região antes de abordar os vasos esplênicos
foram
clipados diversosramos
secundários.
A
artéria e veia esplênicaforam
expostas e clipadas duplamenteintracorpóreos (Figuras 3,4).
Nesta
sériede
pacientesnão foram
utilizados staplers endovasculares por preferênciado
cirurgião.Figura 2 - Dissecção do hilo esplênico
com
a colocação de clip metálicoem
ramossecundários.
Figura 3- Dissecção do hilo esplênico
com
ligadura da artéria esplênica.Após,
seguiu-se a dissecção cefalicamente,abordando o
ligamentogastroesplênico, dissecando e ligando-se os vasos curtos.
Podendo,
ainda, restarinserções posteriores estas
foram
seccionadascom
a tesoura eo baço
foi9
Figura 4 - Realização de ponto intracorpóreo para ligadura da artéria esplênica junto ao hilo
esplênico.
Colocou-se
uma
bolsa de polipropileno (Lap Sac)no
interiorda
cavidadeonde
foi colocadoo baço
(Figura 5).Se
a análise anatomopatológicada peça não
for necessária ele é fraturado
manualmente
através demanobra
digital, apóstração
da
bolsa atravésda
incisão umbilical (Figura 6).Deve-se
tero
cuidadode
não
liberarpedaços do baço no
interiorda
cavidade, paranão
ocorrer esplenose. Foi feita, então, a revisão cuidadosada
hemostasia.Figura 5 - Colocação do baço, após sua total liberação, no saco de polipropileno (Lap Sac)
Foi desfeito
o
pneumoperitôneo eforam
retirados os trocartes sob visãodireta.
A
fáscia foi suturada e a pele fechadacom
pontos simples, limpa e protegidascom
curativos. Aplicou-se a injeção de marcaína0,25%
com
vasoconstrictor , diluída
em
água destilada, nos locais dos trocartes para alívioda
dor pós-operatória.
Figura 6 - Baço reconstituído após ter sido fraturado
com
manobras digitaisem
três pedaços e retirada da cavidade pela incisão do trocarte de 10mm.
Os
pacientesreceberam
analgesia parenteral até iniciarem a ingesta via oral, aqual se
deu
oito horas após a cirurgia.A
intensidadeda
dor varioumas
não
exigiumais
do que
três diasde
analgésicos.A
dieta foi iniciadacom
líquidos,no
mesmo
dia
da
cirurgia, e progrediude
acordocom
a tolerânciado
paciente.Os
pacientesque
não
apresentaram complicaçãoalguma receberam
alta após iniciarem ingesta via oral e a dor foi controlada.Nos
dois primeiros pacientes operados optou-se pela ligadura perdidada
artéria esplênica sobre
o
pâncreas,no
inícioda
cirurgia (Figuras 7,8).Após
estesll
Figura 7 - Realização da ligadura perdida da artéria esplênica sobre o pâncreas
com
0afastamento do estômago.
Figura 8 - Colocação de clip metálico na artéria esplênica para a sua ligadura perdida sobre o
4.
RESULTADOS
No
período analisado, seis pacientesforam
submetidos a esplenectomia vídeo-laparoscópica e esta foi completadacom
sucessoem
todos eles (100%). Destes, trêsforam do
sexo masculino (50%), e trêsdo
sexo feminino (50%), a idademédia
dos pacientes foi de 38,3 anos (variando dos 8 aos 65 anos) (TabelaI).
Tabela I - Dados demográficos dos pacientes submetidos a esplenectomia vídeo-
laparoscópica.
Dados
demográficos
n°Sexo
Masculino 3(50%)
Feminino 3(50%)
Idade (anos)Média
38,3 Variação 8-65As
indicações para a cirurgia foram: três púipuras trombocitopênicasidiopáticas (50%),
uma
esferocitose hereditária ( 16,66%),uma
anemia
hemolítica auto-imune (16,66%) euma
anemia
sideroblástica (16,66%) (Tabela II) (Figuras13
Tabela II - Indicações para a esplenectomia video-laparoscópica.
Indicações n°
Púrpura trombocitopênica idiopática 3
(50%)
Anemia
hemolítica auto-imune 1(16,66%)
Esferocitoose hereditária 1
(16,66%)
Anemia
sideroblástica 1(16,66%)
:oral ó
(100%)
Figura 9 - Baço de
um
pacientecom
púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).O
tempo
cirúrgicomédio
foide
153,33min
(120 - 180 min), sendoque
duascirurgias tiveram
tempo
prolongado por terem sido realizados procedimentosconcomitantes;
em
um
paciente foi realizada colecistectomia video-laparoscópica eem
outro colecistectomia video-laparoscópica e hernioplastia umbilical.A
perda sangüíneamédia
estimada foi de250 ml
(100-550 ml), sendoque
nenhum
auto-imune, recebeu transfusão pós-operatória de
2U
de concentrado de hemáciasno
3° diade
pós-operatório. (Tabela III).Figura 10 - Baço de
um
pacientecom
esferocitose hereditária.Figura ll - Baço de
um
pacientecom
anemia hemolítica auto-imune.O
tamanho do baço
dos pacientes avaliados previamente à cirurgia, porultrassonografia, variou de 8,5
cm
até 16,5cm
(tamanho
normal a15
saco de polipropileno, após ser fiaturado
com
manobra
digital eem
um
optou-se devido ao seutamanho
de 16,5cm
e sangramento maiorno
finaldo
procedimento, por retirá-lo
da
cavidade abdominal através deuma
incisãoem
fossa ilíaca esquerda, transversal, de
4cm
de comprimento.Apenas
em
mn
paciente (16,66%),
com
PTI, foi encontradobaço
acessório, estando omesmo
localizado junto ao hilo esplênico que foi facihnente retiradocom
a peçacin'u'gica. (Tabela III).
Tabela 111 - Dados referentes à esplenectomia vídeo-laparoscópica.
nO
Tempo
cirúrgico (min) 153,33Tamanho
do baço
(cm) 8,5 - 16,5Baço
acessório 1 (16,66%)Transfusão trans-operatória -
Complicaçoes
1Conversões
-Em
todos os pacientes otempo
decorrido para o inícioda
ingesta oral,inicialmente líquida e posteriormente sólida, foi de 8 horas.
O
período de hospitalizacão foi,em
média, de98
horas (36-192 h), sendo que foi maior nospacientes procedentes de outras cidades, por precaução.
Um
dos pacientes foireinternado após oito dias
da
alta hospitalar por apresentaruma
complicação pós-operatória, sendo esta
um
hematoma
subfiênico à esquerda (Figura 12),medindo
na
ultrassonografia realizada 12,5cm X
6,8cm X
6,6cm
(volume de 426,8 ml) o qual foi tratadocom
drenagem
percutânea (Figura 13).Na
culturada
secreçãoapresentou colonização por Staphylococcus aureus, tratado
com
a administração de Vancomicina.Não
houve
mortalidadena
série apresentada.Figura 12- Ultrassonografia mostrando
uma
coleção líquida infra-diafragmática esquerdacom
debris
em
seu interior, medindo 12,5cm
x 6,8cm
x 6,6 cm, referindo-se aum
hematoma subfiênico, complicação pós-operatória de paciente operado por anemia sideroblástica.Figura 13 - Ultrassonografia mostrando diminuição da coleção líquida localizada
em
lojaesplênica, medindo 9,6
cm
x 4,7cm
x 4,7 cm, após ter sido realizado drenagem percutânea.Os
pacientescom
púrpura trombocitopênica idiopática apresentaramcontagem
de plaquetas pré-operatória,em
média, de 24.600/ml (17.000- 30.000/ml) e,em
um
pós-operatório imediato, apresentaramcontagem
deplaquetas,
em
média, de 79.300/ml (68.000-88.000/ml), sendo que duassemanas
após a cirurgia a
contagem
de plaquetas passou,em
média, para 385.300/ml (300.000-456.000/ml )(Gráfico
l).17 500-/'/* Plaquctas x 10°/ml Pré-operatório
I
Pós-operató rio(imediato)I
Pós-operatório(2 semanas)PTI1 PTI2 PTI3 `
Gráfico l- Contagem de plaquetas dos pacientes submetidos a esplenectomia vídeo- laparoscópica
com
diagnóstico de Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI).Nos
pacientesque
tiveram indicação cirúrgica poranemia
hemolítica auto-imune, esferocitose hereditária e
anemia
sideroblásticao
hematócrito pré-operatório foi,
em
média,26%
(24-28%).No
pós-operatório imediato esteelevou-se para
28,66%,
em
média
(28-29%), e apósuma
semana, tais pacientes tinham,em
média,33%
(32-34%)
de hematócrito(Gráfico
2)Foi encontrado dois pacientes
(33,33%)
com
doenças concomitantes,colecistite crônica calculosa
em
ambos;
eem
um
desteshémia
umbilical, eno
outro diabetes mellitusnão
insulino-dependente(DMNID)
(Tabela IV).Apenas
um
paciente apresentou complicação pós-operatória (16,66%), tendoTabela
IV
- Doenças associadas aos pacientes submetidos à esplenectomia vídeo-laparoscópica
Doença
hematológicaDoença
associadaEsferocitose hereditária colelitíase
+
hémia
umbilical Púrpura trombocitopênica idiopática colelitíase+
DMNIDU)
(l)Diabetes mellitus não insulino-dependente¡ Hcmatócrit0(%) 1 4 1 EPré-operatório IPós-operatório Í Í í (imediato)
Anemia Esferocitose Anemia
|
Iâowuänmno
hemolítica hereditária sideroblásticaGráfico 2 - Valor de hematóciito dos pacientes submetidos a esplenectomia video-
laparoscópica pelas indicações de anemia hemolítica, esferocitose hereditária e anemia
19
5.
DISCUSSÃO
O
adventoda
colecistectomia vídeo-laparoscópica,7 determinouo
início etambém
o rápido progressoda
cirurgiaminimamente
invasiva, estimulada eimpulsionada por todos seus beneficios.3=7`8=13°25
Algumas
cirurgiasforam
rapidamente padronizadas
com
esta técnica,como
a colecistectomia vídeo-laparoscópica,7 e o tratamento
da doença do refluxo
gastro-esofageano.8 Outros procedimentos mais avançadosforam
adicionados ao arsenal de procedimentosposssíveis, e
têm
sido realizados rotineiramente por determinarem os beneficiosda
cirurgiaminimamente
invasiva.3°1°A
esplenectomia vídeo-laparoscópica, assimcomo
a colecistectomia, teveum
forte apelo pela utilização desta técnica, pois são apenas retirados os órgãos,não
sendo necessário ressecçõescom
reconstiuções,como
nas colectomias egastrectomias. 1336
Diversos relatos indicam ser a
PTI
a principal indicação para a esplenectomiavídeo-laparoscópica,1°”184° vez que a
mesma
não
modifica
otamanho do
baço.No
presente estudo ela foi responsável por50%
das indicações para a realizaçãodo
procedimento.As
outras indicações encontradasforam
asmesmas
que as habitualmente relatadasna
literatL1ra.3°12*21*27`28 Outra indicação relatadana
literatura, mais recentemente, é a realização de esplenectomia vídeo- laparoscópica para
o
tratamento de doenças hematológicas malignascomo
o linfomaHodgkin
enão-Hodgkin
e a leucemia linfocítica crônica,quando
apresentam hiperesplenismo
ou
esplenomegalia severa. Elatem
demostradomenores
taxas de sangramento e outras complicações que a cirurgiaconvencional.”
Na
presente sérienenhuma
cirurgia foi realizada pordoença
Existem certos pontos importantes
na
realização deste procedimentoque
geram
posições contráriasna
literatura,como
a ligadura dos vasos esplênicos.O
tipo de vascularização vai influenciar
na
técnica deabordagem do
hiloesplênico29'33 pois, tendo
um
padrão vasculardo
tipo magistralonde
a artériaesplênica bifurca-se jrmto ao órgão
em
2 a4
ramos, certos autores”3>19°25=27`28*33`3638 indicam
o
uso destapler endovascular (Endo-GLÂ), enquanto que, se existir
um
padrão distributivoem
que a artéria esplênica se dividaem
4 a 6ramos
antesde aproxirnar-se
da
superficie hilar, tem-se indicadoo
uso de clips e ligadurasindividuais.21`22
Nos
pacientes relatadosnão
se utilizou stapler endovasculares por haver concordânciacom
os que relatamque
este procedimento traz maiscomplicações,
como
hemorragias pornão
seccionar e ocluir seguramente os vasos esplênicosou
mesmo
causar lesõesna cauda do
pâncreas.21`22°37=39““ Paraque
istonão
ocorra é necessário criar janelascom
tamanho adequado
nos ligamentos, afim
de permitir a perfeita visualizaçãoda
anatomia e colocação segurado
stapler.O
tipo de ligadura utilizado nos pacientes desta série foidissecção individual dos vasos
com
o
uso de clips e/ou pontos intra-corpóreos.Ainda, para minimizar a possibilidade de sangramento,
tem
sido relatado”o
uso de dissecção
com
aparelhos ultra-sônicos,o que
a facilitaria.Não
foiutilizado este
método
pornão
se dispordo
aparelho,além
denão
se acreditarque
o
mesmo
seja fundamental para o sucessodo
procedimento, considerando-seainda seu elevado custo,
sempre
um
importante limitadordo método
vídeo-laparoscópico. .
Outros autores6=33=4°'43 relatam o uso de embolização pré-operatória
da
artériaesplênica.
São
colocadas micromolas de 3 a 5mrn
ou fiagmentos
de esponja degelatina absorvível proximahnente
na
artéria esplênica e outras distahnenteem
cadaramo
arterial esplênico (técnicada
dupla embolização), procurando preservar os vasosda cauda
do
pâncreas. Ela é realizada inserindo-seum
cateter21
~
em
regiao inguinal direita eavançando
até artéria esplênica realizando a embolização de80%
do
baço.O
plano de dissecção é, portanto, entre os locaisde embolização distal e proximal. Diversos autores12`13°21*24°4446 contestam o seu uso por este proporcionar algumas complicações
como,
dor severa, embolizaçãopara outros locais causando zonas de infartos
em
outros órgãos, fonnação de pseudo-aneurisma, reação alérgica pelo contraste utilizado,não
demostrandomenor
sangramentodo que
os quenão
a utilizam.Nesta
sérienão
foi utilizada a embolização pelasmesmas
razõesque
as apresentadas parao
usodo
aparelhoultra-sônico de dissecção, isto é, custos elevados e
não
oferecer grandevantagem,
além
dos maiores riscos, fatoresque
não
justificariam o seu uso.A
ligadura perdidada
artéria esplênica sobreo
corpodo
pâncreas foi relatadana
literatura,3°°39 epropunha
queno
inícioda
cirurgia fosse abordadoo
pâncreas, dissecando-se sobre ele a artéria esplênica e fazendo sua ligaduracom
clipso que
diminuiria
o
risco de hemorragia severa,além
deo tamanho do
orgãonos casos de grandes esplenomegalias.
Tendo
em
vista oaumento do tempo
cirúrgico e risco acrescido pelomanuseio da
região, esta técnica deixou de ser utilizada.”Na
presente série este procedimento foi utilizado nos dois primeiroscasos, e
não
se observando os beneficios propostos, foiabandonada
nos demais.Alguns
autores41°47 relatam a experiênciacom
a realização de esplenectomiavídeo-laparoscópica assistida,
ou
seja,além do
vídeo-laparoscópio é feitauma
incisão
em
região infra-umbilical, poronde
entrauma
dasmãos
do
cirurgiãona
cavidade para auxiliar
na
dissecção e exposiçãodo
baço. Estaopção tem
seulugar
quando
existeuma
esplenomegalia severa.Mas,
com
o
aumento da
experência dos cirurgiões e as inovações tecnológicas, ela
não demonstrou
agrande utilidade esperada e
tem
sidopouco
utilizada e relatada.A
exposiçãodo baço tem
importante papelno
sucessoda
cirurgia ena
diminuiçãodo
sangramento, sendo a posiçãodo
paciente importante para que istoseja possível.
Algims
autores3°“`12*22=43*45 preferem a posição de litotorniaem
~
decúbito dorsal,
onde
o cirurgiao opera entre as pernasdo
paciente, outros,porém,
optam
pela posiçãoem
decúbito lateral direitoem
60°.18=3°›4“2Há
ainda,urna terceira
opção na
qualo
acesso é lateralcom
o pacienteem
decúbito lateraldireito, a quase 90°,
com
o braço esquerdo elevado e ligeira hiperextensãodo
~
paciente
com
o
cirurgiao posicionando sedo
lado direitoda
mesa
cirúrgica.1°=13”21*24`26*31=37`39=46
O
acesso lateral oferece várias vantagens, entre elasuma
exposição melhorcom
dissecção mais fácil emenor
invasão, proporcionandoum
menor
sangramento.Além
disso, se necessário,proporcionará
melhor
acesso para a laparotomia.1°*13”24*46Todos
os pacientes operados nesta sérieforam
submetidos a este tipo de acesso,ou
seja, decúbitolateral direito a quase 90° graus.
A
esplenomegaliapode
serum
fator limitadorda
cirurgia.O
baço
é divididoem
três categorias: normal(menor que
llcm
de comprimento), esplenomegaliamoderada
(entre ll e20
cm
) e esplenomegaliavolumosa
(maior que
20cm).Em
pacientes
que
tenham o baço
maior que20
cm, freqüentemente, a cirurgia deve ser contra-indicada pois as dificuldades técnicas serão maiores, inclusivecom
um
riscomaior
de sangramento.13f21*27=32`33”4°Nesta
série, os pacientes tinhambaço
entre 8,5 e 16,5
em
de comprimento, portanto, detamanho
normal aesplenomegalia moderada.
São
relatadas algumas desvantagens quanto ao procedimento vídeo-laparoscópico.
Uma
delas é a dificuldade proporcionada pela vídeo-laparoscopiaem
encontrar baços acessórios.Algtms
autoresg*12°19`2°'22*27°37=45afirmam
que,embora
a visão oferecida seja melhor, a perdada
sensação tátil e a dificuldadecom
a retração e a exposiçãodo
retroperitôneo,toma
a detecção depequenos
baços acessórios mais dificil.
A
procura e retiradado baço
são especiahnente importantes porquepode
serum
fator de insucessoda
cirurgiano
tratamentodo
23
paciente
com
PTI,com
recorrênciada
trombocitopenia.Alguns
estudostêm
comparado
a esplenectomia vídeo-laparoscópicacom
a esplenectomia por laparotomia, etêm
mostradoque
obaço
é três vezes mais encontradoquando
realizada a
laparotomiaw
Esta observaçãotem
demonstrado que é importante aprocura sistemática de baços acessórios durante a vídeo-laparoscopia.
A
realização de
exames no
pré-operatório,como
atomografia
computadorizada,não mostrou
tervantagem
para encontrar baços acessórios pois a acuráciaque
tem
sido encontrada é de11%
a 50%.1°=4445Mas
outros autorestêm
relatadoque
a visão laparoscópica proporciona ampliação,
bem
como
melhor
acesso e visualização dospequenos
baços acessórios, eque
ela proporciona,também,
perfeita
imagem
dos locaisonde
estão maisfieqüentemente
localizados, taiscomo:
hilo esplênico, ligarnento gastro-cólico, ligamento lieno-cólico, ligamento espleno-renal ecauda
do
pâncreas.Além
disto,pode
proporcionar a observação de toda a cavidade abdominal, inclusive a pelve,onde
algumas vezespode
serencontrado, enquanto que
na
cirurgia convencional por incisão subcostal isto toma-se inviável.12°44A
taxa reportada pela literatura23=44 de incidência de baçosacessórios
em
pacientescom
doenças hematológicas é de 10 a30%,
amesma
encontradaem
diversas séries de esplenectomia vídeo-laparoscópica.6=12>24=27`28Além
disto, é possivel fazer urna esplenectomia porbaço
acessóriocom
vídeo-laparoscopia, nos pacientes anteriormente submetidos a esplenectomia aberta.”
Nesta
série foi encontradoum
baço
acessório ( 16,66%), localizado junto ao hiloesplênico, sendo
que
estenão
havia sido identificado previamentena
tomografia
computadorizada.
Até o
presentemomento
não houve
recorrênciada doença
básica
em
nenhum
paciente operado. Isto mostra que, apesarda pequena
casuística, é possível a identificação de baços acessórios pela vídeo-laparoscopia, tendo
como
rotinauma
completa e padronizada investigaçãoda
cavidade, principahnente nos locaisonde
podem
ser mais freqüentemente encontrados.Outro ponto
em
que a esplenectomia vídeo-laparoscópica é colocadaem
desvantagem,quando comparada
à esplenectomia por laparotomia, éo
acréscimo detempo
cirúrgico que realmentepode
ocorrer,mas
que,como
demonstrado, decrescecom
oaumento da
experênciado
cirurgiãona
realizaçãoda
vídeo-cirurgia, aproximando-se
do tempo da
laparotomia.5°1°°32Na
série apresentada,apesar
do
número
ainda pequeno, isto jápode
ser percebido,com
otempo
diminuindo
da
primeira (180 min) para a última cirurgia (120 min),com
média
detempo
cirúrgico de 153,33 minutos, semelhante ao apresentado e algumas vezesmenor
do que
alguns relatadosna
literatura.5=12°22`28°33'37=42Ainda houve
um
aumento
destetempo
pois,em
dois pacientes,foram
realizados procedimentos combinados: colecistectomia vídeo-laparoscópicaem
dois, e hemioplastia mnbilicalem
um
desses pacientes.A
perda sangüínea encontradana
cirurgia vídeo-laparoscópica é amesma
da
cirugia por laparotomia de acordo
com
estudos comparativos.” Outros autorescolocam
que,com
a vídeo-laparoscopia, esta perda é reduzida pornão
sernecessário a abertura
da
parede abdominalalém da
possibilidadeda
cuidadosa dissecção dos vasos.18>22Somente
a dificuldadena
mobilizaçãodo baço
é que traria prejuízo paraum
maior sangramento.Nesta
série, a taxamédia
desangramento foi de
250
ml
eem
nenhum
paciente foi necessária a realização de transfusão trans-operatória.Em
um
paciente, portador deanemia
sideroblástica,foi realizada
uma
transfusão de2U
concentrado de hemáciasno
pós-operatório imediato, sendo queem
nenhum
paciente ocorreu hemorragia que necessitasse de conversãodo
procedimento para laparotomia.As
complicações operatóriasda
esplenectomia vídeo-laparoscópica sãorelatadas entre
0%
e24%
equando comparadas
com
a esplenectomia porlaparotomia,
mostram
uma
taxa reduzida.6*22”35°45A
esplenectomia vídeo- laparoscópicatem
diminuído o índice de complicações pulmonares,25
tromboembólicas,
da
ferida cirúrgica e,com
a diminuiçãodo
trauma operatório,também
onúmero
de infecçõesóNesta
série,um
paciente (16,66%) apresentouuma
complicação importante relacionada ao sangramento,um
hematoma
sub-frênico que foi tratado
com
drenagem
percutânea e antibioticoterapia(Vancomicina).
Retira-se o
baço da
cavidade abdominal, depois de colocadono
saco depolipropileno (Lap Sac), através de
uma
das incisões dos trocartes de 10mm.
A
parte superior e aberta
do
saco épuxada
para forada
cavidade e fratura-seo
tecido esplênico
com
manobras
digitaisou
com
o
uso deum
aparelho triturador. Diversos autores6°1° relatamque
se deve ter cuidado paraque
não
ocorra rupturado
sacoquando do
usodo
morcelador, pois pode-se perfura-lo, extravazando fragmentosdo baço no
interiorda
cavidade causando esplenose.Devido
a isto,na
presente série, optou-se por
sempre
usarmanobras
digitais para triturar o tecidoesplênico.
Como
alternativa,quando o baço tem tamanho
muitoaumentado ou
énecessário a sua retirada íntegra para
exame
anatomopatológico, é feitauma
pequena
incisão abdominalem
região subcostal esquerdaou
infra-umbilical. 1031A
cirurgia vídeo-laparoscópicatem
sido associada à redução dos problemasdo
pós-operatório, e a esplenectomia laparoscópicanão
éuma
exceção.Em
todos~
os pacientes desta séria a reduçao
do
tempo
de íleo foi demonstradacom
a rápida aceitaçãoda
dieta, similar à experiência de outros autores.1°=12°3lCom
isto, ecom
a diminuição
da
dor observada clinicamente nestes pacientes, ocorreuuma
diminuiçãodo
tempo
de intemação hospitalar, e conseqüentemente os efeitos determinados por ela.A
média
de internação hospitalar foi de98
horas neste grupo, similar ao relato de outros autores.5°18°28°36Houve
um
acréscimo detempo
por
serem
alguns desses pacientes provenientes de outras cidades, tendo estesficado
internado mais algumas horas, por precaução.A
hospitalização é,comparada
a procedimento por laparotomia, o que determina,também, o retomo
precoce às atividades normais
da
vidado
paciente.19'26'36=44Como
relatado por diversos autoresf”l°'l2`13°l9`28°3°`32”344°°4246 a esplenectomia vídeo-laparoscópica é segura eeficaz no
tratamento de diversas doenças hematológicas, fato observado nesta série,demonstrando
seruma
boa
opção
de tratamento para os pacientescom
doenças hematológicas.27
6.
CONCLUSÃO
A
esplenectomia Video-laparoscópica realizada nesta casuística demonstra resultados semelhantes aoda
literaturamédica
disponível,o
que permite concluire acreditar
que o
acesso vídeo-laparoscópico é seguro eeficaz
no
tratamento das doenças hematológicas.7.
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1995; 5(6):463-7.33
NORMAS
ADOTADAS
Para a digitação, formato,
margens
e paginação deste trabalho,foram
seguidas as
normas
estabelecidas pela resoluçãonúmero
001/97,do
Colegiadodo
Curso
deGraduação
em
Medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina,deliberadas
em
sessãodo
dia 21.08.1997, presidida pelo professorEdson
José Cardoso.Para as referências bibliográficas,
foram
seguidas asnormas no
estilo deVancouver,
conforme
a Sa edição dos “RequisitosUniformes
para Onginais submetidos a Revistas Biomédicas”, publicado peloComitê
Intemacional de Editores de Revistas Médicas,com
algumas adaptações pela resoluçãoacima
citada.
Os
nomes
dos periódicosforam
abreviadosconforme
os critériosda
ISSO
(International Serials
Data System
&
Intemational Organization forRESUMO
Objetivo: Apresentar os resultados iniciais de
uma
nova
técnica cirúrgica, a esplenectomia vídeo-laparoscópica, ecomparar
seus resultadoscom
a literatura médica.Método:
Foram
analisadas as esplenectomias vídeo-laparoscópicas realizadasno
Hospital de Caridade e Hospital Regional deSão
José, Santa Catarina,no
período de
dezembro
de1996
adezembro
de 1997.Resultados:
Neste
período seis pacientesforam
submetidos ao procedimentocirúrgico, sendo três
do
sexo masculino(50%)
e trêsdo
sexo feminino (50%).A
idademédia
foi de 38,3 anos (8-65).Tivemos
três pacientescom
diagnóstico de púrpura trombocitopênica idiopática (50%),um
com
anemia
hemolítica auto-imune
(16,66%),um
com
esferocitose hereditária (16,66%), eum
com
anemia
sideroblástica (16,66%).
A
cirurgia foi completadacom
sucessoem
100%
dospacientes.
O
tempo
médio
de cirurgia foi de 153,33min
(120-180 min).A
perda sangüíneamédia
estimada foi de250
ml,nenhum
paciente recebeu transfusãotrans-operatória sendo que
um
recebeuno
pós-operatório.O
tamanho do baço
variou de 8,5 a 16,5
cm
e foiachado
um
baço
acessório (16,66%).Houve
uma
complicação ( 16,66%),um
hematoma
subfrênicona
loja esplênica.O
tempo
para início de ingestão oral foi de 8 horas para todos os pacientes eo
período de hospitalizaçãomédio
foi de98
horas.Todos
os pacientes apresentaram melhora dos níveis laboratoriais de plaquetasou
hematócrito.Conclusão:
Os
resultados obtidos são semelhantes aos encontradosna
literatura
médica
disponívelo que
leva a crer ser a esplenectomia vídeo- laparoscópicauma
boa opção
para o tratamento cirúrgico de doenças hematológicas.35
SUMMARY
Objective:
To
present the initials results of anew
surgical technique, thelaparoscopic splenectomy,
and
tocompare
its results with the medical literature.Method: The
analyzed laparoscopic splenectomieswere
performed in theHospital de Caridade
and
Hospital Regional deSão
José, Santa Catarina, in theperiod of
December/1 996
toDecember/1997.
Results: In this period six patients
were
submitted to the surgical procedure, being threemale (50%) and
three female (50%).The
mean
agewas
38,3 years (8-65).
We
had
three patients(50%)
vvith diagnosis ofimmune
thrombocitopenic purpura,one (16,66%)
withautoimmune
hemolitic anemia,one
(16,66%) withhereditary spherocytosis,
and one (16,66%)
with sideroblastic anemia.The
surgery
was
completed with succes in100%
of the patients.The
mean
operative timewas
153,33 minutes (120-180 min).The
mean
estimated operative bloodloss
was
250
ml,no
patient received intraoperative transfusionand one
received postoperative transfiision.The
spleen size rangedfrom
8,5 to 16,5cm, and
an acessory spleenwas
found inone
patient (16,66%). Therewas
one
complication (16,66%); a left subphrenichaematoma.
The
beginning of oral ingestionwas
about 8 hours to all the patients
and
themean
hospital staywas
98
hours. All thepatients presented
improvement
of the laboritorial values of platelets orhematocrit in the postoperative period..
Conclusion:
The
results obtained are similar to the ones found in the medicalliterature, leading us to believe that the laparoscopic splenectomy is a
good
0354
Ex.l
'
972804038 Ac. 253506