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Divisão Socioespacial e Fluxos Migratórios na Região Metropolitana de Curitiba na Década de 80

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Divisão Socioespacial e Fluxos Migratórios na Região

Metropolitana de Curitiba na Década de 80

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Marley Vanice Deschamps IPARDES

Palavras-chave: divisão socioespacial; migração; segregação.

INTRODUÇÃO

Este artigo é parte integrante de um amplo estudo desenvolvido em rede com várias instituições, sob a coordenação do IPPUR/FASE, "Metrópole, desigualdades socioespaciais e governança urbana: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife",1 cujo tema remete aos efeitos das transformações econômicas e sociais em curso nas grandes cidades, sugerindo tendências à exclusão social, uma vez que essas transformações contribuem para as mudanças nas estruturas socioespaciais.

O ponto de partida deste trabalho é a estrutura socioespacial da Região Metropolitana de Curitiba, consolidada em 1991, classificada segundo uma hierarquização de espaços intrametropolitanos, formando um mosaico heterogêneo, tendo como referência a composição sociocupacional de sua população, definida no estudo acima referido.2

Tendo em vista que o componente migratório, nas grandes aglomerações urbanas, em geral interfere na configuração do espaço e no processo de organização social, buscou-se, na presente análise, dimensionar e relacionar os fluxos migratórios ao

*

Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, realizado em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de novembro de 2002.

1

Estudo desenvolvido no âmbito do Projeto Observatório de Políticas Urbanas e Gestão Municipal (IPPUR/UFRJ - FASE). Ressalte-se que o presente artigo é também parte da pesquisa que a autora vem desenvolvendo no programa de doutorado, relacionando mobilidade populacional e meio ambiente.

2

A variável ocupação, quando georreferenciada, nos permite relacionar mudanças econômicas e transformações socioespaciais.

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padrão de segregação socioespacial verificado na Região Metropolitana de Curitiba na década de 80 e consolidado em 1991.

Conforme Lago (2000), o fenômeno da mobilidade espacial3 perpassa toda a discussão em torno das alterações na estrutura social e espacial nos países centrais e periféricos, sendo elemento-chave de análise do papel das cidades na emergência da economia global. A crise e a reestruturação econômica mundial têm se traduzido em nova motivação e no redirecionamento dos deslocamentos espaciais dos trabalhadores, que ultrapassam as fronteiras regionais e nacionais. Além disso, há que se considerar, no caso brasileiro, a persistência do processo de concentração populacional em municípios de médio e grande porte, conformando, em muitos casos, enormes aglomerações urbanas, com todos os problemas que isso acarreta. Nesse sentido, ainda conforme Lago (2000): "Na dimensão urbana, a formação dos enclaves residenciais, [...], assim como os processos de periferização, no caso latino-americano, e de

suburbanização, nos países centrais, acionam, cada qual, dinâmicas de expulsão e atração populacional específicas que, por sua vez, interferem na reestruturação espacial em curso."

DINÂMICA MIGRATÓRIA NA RMC NOS ANOS 80

A partir dos anos 80, começa a se conformar no País um novo padrão migratório dado por uma migração de mais curta distância e com grande concentração nas áreas metropolitanas, que por sua vez, contribui para intensificar as desigualdades e a pobreza nessas regiões. Essa nova realidade refletiu nos fluxos migratórios do Paraná. Houve uma forte redução dos fluxos de saída do Estado e uma redução pouco expressiva no fluxo de entrada, fazendo com que as taxas de crescimento passassem de 0,9% a.a. na década de 80, para 1,4% a.a. na década de 90 (tabela 1).

3

Entendida num sentido mais amplo, englobando tanto os deslocamentos de longa distância, referentes às migrações, quanto os de curta distância, referentes à mobilidade residencial.

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TABELA 1.TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL DA POPULAÇÃO DE CURITIBA, RMC E PARANÁ, 1970 A 2000

TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL REGIÃO 1970-1980 1980-1991 1991-2000 Curitiba 5,34 2,29 2,13 RMC Total 5,78 3,03 2,88 Urbano 7,28 3,22 2,93 Paraná Total 0,97 0,93 1,39 Urbano 5,97 3,01 2,59

FONTE: IBGE-Censos Demográficos

Os dados acima apontam que a Região Metropolitana de Curitiba se insere nesse contexto, apresentando nas últimas décadas taxas elevadas de crescimento populacional, constituindo-se num espaço de referência para os migrantes, tanto de dentro do Estado como aqueles vindos de outras regiões, em particular nas décadas de 70 e 80.

No entanto, o maior incremento populacional, seja reprodutivo ou migratório, na Região Metropolitana de Curitiba nos anos recentes, se dá em municípios adjacentes ao pólo,4 ou seja, naqueles municípios limítrofes a Curitiba, formando uma mancha contínua de ocupação. Essa periferização da população começa a ser mais bem delimitada a partir dos anos 80. Entre 1970 e 1980, Curitiba absorveu 66,8% do acréscimo populacional da Região Metropolitana, enquanto o conjunto de municípios adjacentes absorveu 30,3%, ao passo que entre 1980 e 1991, este mesmo conjunto absorve 48,2% e Curitiba, 51,8% deste aumento. Na última década a situação se inverte, com Curitiba absorvendo 45,5%, enquanto aquele conjunto passa a absorver 54,5% de todo o acréscimo populacional da RMC.

Por trás dessa atratividade populacional está a concentração das atividades produtivas, gerando oportunidades, diretas e indiretas, de trabalho, bem como a redução das oportunidades de inserção produtiva no interior do Estado e fora dele, com o

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Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.

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esgotamento da fronteira agrícola do Norte do País e o estreitamento no mercado de trabalho urbano-industrial do Centro Sul.

Nesse sentido, os efeitos da migração na dimensão da população total do Paraná vêm diminuindo acentuadamente nos últimos anos. Contudo, cresce sua relevância pelos efeitos na distribuição espacial interna, que caminha para formação de extensas áreas de esvaziamento em oposição a poucos pontos de elevada concentração. Os anos 80 ainda foram marcados por uma saída expressiva de população do Estado, no entanto, a maior parcela, realizou migração interna5 (tabela 2).

TABELA 2.POPULAÇÃO QUE REALIZOU MIGRAÇÃO INTER E INTRA-ESTADUAL NA DÉCADA DE 80 - PARANÁ

TIPOS DE FLUXOS TOTAL %

Migração interestadual 1.081.534

Migração intra-estadual 1.425.360 100,0 Fluxos metropolitanos

Intra-região 131.481 9,2

Da região para o Interior 70.491 4,9 Do interior para a região 210.850 14,8 Fluxos interioranos 1.012.538 71,0

FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1991

Além de receber expressivos fluxos do interior do Estado, a RMC é alvo de populações vindas de outras regiões do País. Em 1980 a RMC possuía 1.441 mil habitantes, sendo que 35% deste total realizou migração durante a década de 70, ou seja, estavam residindo em municípios metropolitanos há menos de 10 anos.6 Do total dos imigrantes metropolitanos, 60% veio do interior do Estado e 20%, de outras regiões do País (tabela 3).

A migração para a RMC durante a década seguinte perdeu muito pouco em intensidade, mas sua representação na população metropolitana, que era pouco mais de

5

Em artigo publicado na Revista Paranaense de Desenvolvimento, n.95, 1999, intitulado "Movimento Migratório no Paraná (1986-91 e 1991-96): origens distintas e destinos convergentes", verificou-se que a Mesorregião Metropolitana de Curitiba foi destino preferencial dos migrantes internos inter-regionais e a única região do Estado que apresentou trocas migratórias positivas, no período 1986/91.

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2 milhões de habitantes, caiu para 24%. Também caiu para 45% a participação dos migrantes vindos do interior do Estado no total dos migrantes metropolitanos, no entanto, sobe para 26% a participação daqueles vindos de outras Ufs.

TABELA 3.MIGRANTES QUE SE DIRIGIRAM À RMC, SEGUNDO A REGIÃO DE ORIGEM NAS DÉCADAS DE 70 E 80 DESTINO 1970-1980 DESTINO 1981-1991 REGIÃO DE ORIGEM RMC Curitiba (%) Demais Municípios (%) RMC Curitiba (%) Demais Municípios (%) Sudeste (exc. SP) 9.505 88,73 11,27 13.117 85,07 14,93 São Paulo 24.312 88,15 11,85 39.332 77,22 22,78 Sul (exc. PR) 54.876 84,28 15,72 45.289 75,76 24,24 Paraná 391.761 58,96 41,04 342.331 43,36 56,64 RMC 92.982 12,07 87,93 131.481 7,57 92,43 Interior 298.779 73,55 26,45 210.850 65,68 34,32 Demais regiões 9.724 86,79 13,21 24.136 75,89 24,11 Brasil não especificado 35 85,71 14,29 1.522 63,21 36,79 País estrangeiro ou m.d. 4.190 94,11 5,89 3.296 91,72 8,28

Ignorado 4.567 73,20 26,80 3.307 52,52 47,48

TOTAL 498.970 64,70 35,30 472.330 52,58 47,42

FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1980 e 1991 (tabulações especiais IPPUR/IPARDES)

A migração intrametropolitana ganha expressividade no decorrer das duas décadas, ganhando em participação e em volume de migrantes. Excluindo os migrantes intrametropolitanos, Curitiba é o destino preferencial dos migrantes que chegam à região, mesmo perdendo participação de 77% para 70% entre as décadas de 70 e 80. Outros quatro municípios, São José dos Pinhais, Colombo, Piraquara e Araucária, também merecem destaque por receberem, em conjunto, 17% desses migrantes na década de 70, e 21% na década seguinte, sendo importante salientar que todos fazem divisa com Curitiba. Essa dinâmica já demonstra certa seletividade7 na ocupação do espaço metropolitano uma vez que, conforme MOURA (2001) "[...] o valor da terra e da moradia e o custo das melhorias

urbanas reservam para Curitiba um morador com melhores níveis de renda, direcionando os grupos empobrecidos e os migrantes de menor poder aquisitivo para as áreas periféricas internas e de outros municípios."

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A seletividade do pólo se sobressai quando verificamos a dinâmica dos deslocamentos intrametropolitanos, traduzindo o que pode ser considerado movimento comum em um espaço contínuo e fortemente articulado, evidenciando cada vez mais, a pequena participação de Curitiba nas opções de mobilidade no espaço metropolitano. Nesse sentido, Curitiba vem perdendo, entre as décadas de 70 e 80, participação relativa e absoluta na recepção dos deslocamentos intrametropolitanos (tabela 4).

TABELA 4. FLUXOS MIGRATÓRIOS INTRAMETROPOLITANOS E TROCAS LÍQUIDAS NAS DÉCADAS DE 70 E 80

DÉCADA DE 70 DÉCADA DE 80

MUNICÍPIOS

Emigrantes (%) Imigrantes (%) Trocas

Líquidas Emigrantes (%) Imigrantes (%) Trocas Líquidas Almirante Tamandaré 1.827 1,96 9.776 10,51 7.949 2.499 1,90 16.608 12,63 14.109 Araucária 2.406 2,59 5.231 5,63 2.825 2.477 1,88 8.727 6,64 6.250 Balsa Nova 509 0,55 531 0,57 22 380 0,29 918 0,70 538 Bocaiúva do Sul 3.496 3,76 658 0,71 -2.838 2.677 2,04 483 0,37 -2.194 Campina Grande do Sul 1.311 1,41 1.614 1,74 303 1.253 0,95 2.706 2,06 1.453 Campo Largo 2.760 2,97 3.794 4,08 1.034 3.315 2,52 4.636 3,53 1.321 Colombo 2.351 2,53 21.178 22,78 18.827 4.323 3,29 29.270 22,27 24.947 Contenda 897 0,96 497 0,53 -400 488 0,37 381 0,29 -107 Curitiba 67.050 72,11 11.227 12,07 -55.823 98.994 75,31 9.953 7,57 -89.041 Mandirituba 1.306 1,40 1.562 1,68 256 1.092 0,83 8.773 6,67 7.681 Piraquara 1.769 1,90 23.636 25,42 21.867 4.773 3,63 22.147 16,85 17.374 Quatro Barras 981 1,06 1.159 1,25 178 1.319 1,00 2.735 2,08 1.416 Rio Branco do Sul 3.201 3,44 1.151 1,24 -2.050 3.573 2,72 961 0,73 -2.612 São José dos Pinhais 3.118 3,35 10.968 11,80 7.850 4.282 3,26 23.147 17,61 18.865 Total da RMC 92.982 100,00 92.982 100,00 0 131.445 100,00 131.445 100,00 0 FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1991 (tabulações especiais IPPUR/IPARDES)

NOTA: Pequenas diferenças foram percebidas nos totais em função dos arredondamentos.

Curitiba é o principal centro de onde partem os migrantes intrametropolitanos, se contrapondo ao seu grande poder de atração de migrantes interestaduais e inter-mesorregionais do próprio Estado, podendo dimensionar com isso, o papel redistributivo que a área exerce dentro da Região Metropolitana. Curitiba manda para os demais municípios metropolitanos 72% do total de emigrantes na década de 70, aumentando para 75% na década seguinte, tendo como conseqüência um aumento negativo de 60% nas trocas líquidas deste município.

Por outro lado, são aqueles municípios limítrofes ao pólo, em especial Almirante Tamandaré, Araucária, Colombo, Mandirituba, Piraquara e São José dos Pinhais, os que recebem os maiores volumes da migração intrametropolitana, mais de 75% do total.

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O mapa 1 também nos mostra, de forma muito clara, que são os municípios do entorno de Curitiba os grandes receptores de um contingente populacional cada vez maior e que muito provavelmente, busca na capital formas de trabalho. Nesse sentido, dois aspectos merecem ser mencionados: o primeiro se refere à existência de uma rede de transporte bem estruturada, integrando esses municípios entre si e à capital; o segundo se refere à maior facilidade de acesso à terra, seja ela de modo formal ou informal. Levando em consideração esses dois aspetos, pode-se sugerir que esse espraiamento da malha urbana a partir do pólo se dá de forma seletiva.

Para essa segregação socioespacial concorreram as intervenções urbanísticas e os mecanismos de controle associados ao planejamento – que serviram tanto para valorizar o solo quanto para conter os efeitos da ocupação no interior do município –, assim como a lógica do mercado prevalecente na aquisição da moradia. Ao mesmo tempo, a legislação flexível dos municípios vizinhos, a oferta de terras pela iniciativa privada – muitas vezes em áreas de mananciais parceladas antes da Lei federal 6.766 – e o sistema de transporte coletivo, que sustenta a ligação ao pólo industrial, viabilizaram a ocupação de suas áreas fronteiriças. (MOURA, 2001).

Por outro lado, Curitiba se mostra como o município com maior saldo negativo nas trocas metropolitanas, também explicado, em parte, pela seletividade mencionada acima. Mais três municípios apresentam saldo negativo, Contenda, Rio Branco do Sul e Bocaiúva do Sul, porém com valores bem menores, e diferentemente de Curitiba, pela pouca expressividade econômica e distância das áreas com maior oferta de emprego.

Utilizando-se de dados processados em estudo anterior,8 onde tentou-se captar, ainda que parcialmente, o perfil dos migrantes da RMC através da análise dos indicadores de escolaridade de chefes migrantes, chegou-se à conclusão que as diferenças desse indicador entre os municípios metropolitanos expressam uma hierarquia socioespacial e conformam um desenho do território semelhante ao do mapa 1. Curitiba recebe segmentos de maior escolaridade e, dos municípios contíguos que

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Movimento migratório na Região Metropolitana de Curitiba: 1986-1991 e 1991-1996. In: Metrópolis em Revista - COMEC, n.2, 2000.

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recebem os contingentes metropolitanos mais numerosos, se destacam somente Araucária e São José dos Pinhais, municípios industriais, num patamar pouco inferior a Curitiba, já os demais, Almirante Tamandaré, Colombo, Piraquara e Mandirituba, recebem populações menos escolarizadas estabelecendo uma tipologia metropolitana que se configura pela existência de um pólo, pela emergência de centralidades surgidas de municípios que vão perdendo, relativamente, as características de cidades-dormitórios, pela presença marcante de municípios com padrão de periferias pobres e outros ainda rurais.

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FLUXOS MIGRATÓRIOS SEGUNDO A TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL

A construção da tipologia socioespacial da Região Metropolitana de Curitiba para 19919 partiu da identificação de 105 unidades espaciais - agrupamentos de setores censitários, cumprindo determinadas condições, como por exemplo, ter continuidade espacial e possuir um mínimo de 5.000 pessoas ocupadas. Por meio de uma análise fatorial por correspondência, utilizando-se os perfis sociocupacionais10 das unidades espaciais em que foi desagregada a metrópole, chegou-se a sete tipos socioespaciais: operário agrícola, popular operário, operário superior, médio, médio superior, superior e agrícola. Os tipos particularizam unidades espaciais com perfil sociocupacional homogêneo, diferenciando-se entre si quanto ao peso de cada uma das categorias de trabalhadores (tabela 5).

TABELA 5. PERFIL SOCIOCUPACIONAL DOS TIPOS SOCIOESPACIAIS NA RMC - 1991

PERFIL SOCIOCUPACIONAL DAS PESSOAS OCUPADAS TIPO

SÓCIOESPACIAL

DAS ÁREAS Agrícola Elite Dirigente Pequena Burguesia Elite Intelectual Categorias Médias Operariado do Terciário Operariado do Secundário Sobrevivência Total Ocupados Operário Agrícola 19,2 0,3 4,2 0,6 12,6 18,5 36,1 8,5 100,0 Popular Operário 3,0 0,2 4,5 0,7 13,6 26,1 39,5 12,4 100,0 Operário Superior 1,1 0,5 6,9 2,7 26,5 24,5 29,4 8,5 100,0 Médio 0,7 1,1 7,6 5,7 33,2 22,9 21,6 7,2 100,0 Médio Superior 0,7 3,0 9,9 14,3 38,6 16,1 10,7 6,7 100,0 Superior 1,0 8,1 10,6 20,8 32,8 11,8 5,6 9,4 100,0 Agrícola 59,9 0,2 2,1 0,4 6,8 8,8 15,9 5,8 100,0 RMC 4,7 1,5 6,8 5,7 25,3 21,4 25,6 9,0 100,0

FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1991 (tabulações especiais IPPUR/IPARDES)

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A descrição da tipologia para a RMC encontra-se em texto, a ser publicado, denominado "Mudanças Socioespaciais na RMC, 1980-1991" apresentado no Seminário Nacional "Metrópoles: entre a coesão e a fragmentação, a cooperação e o conflito" - IPPUR/UFRJ - FASE, agosto/2002

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Para o perfil sociocupacianal das áreas foram utilizadas 25 categorias de trabalhadores, reunidas em oito grupos: Agrícola (agricultores); Elite Dirigente (empresários e executivos do setor público e privado); Pequena Burguesia (pequenos empregadores do serviço e comércio); Elite Intelectual (profissionais de nível superior); Categorias Médias (empregados em ocupação de rotina, supervisão, segurança, ensino básico e técnicos); Operariado do Terciário (prestadores de serviço e comerciários); Operariado do Secundário (trabalhadores da indústria e construção civil) e Sobrevivência (trabalhadores domésticos, ambulantes e biscateiros).

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Conforme Lago (2000), o maior ou menor grau de heterogeneidade social das áreas é um indicador que nos permite avaliar o processo de segregação espacial, sem esgotar sua compreensão. Também a escala espacial é fator importante, por meio da qual podemos relacionar distância física e distância social. No caso da RMC, ao se aplicar a tipologia nas 105 áreas, percebe-se claramente uma correspondência direta entre distância física e distância social em relação ao núcleo metropolitano; somente nas áreas do núcleo se encontram os dois tipos socioespaciais superiores, Superior e Médio Superior, assim como o tipo Médio (mapa 2).

MAPA 2. TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL DA RMC -1991

Tendo em vista que a tipificação das áreas tem por base a inserção ocupacional das pessoas com 10 anos e mais, trabalhou-se, neste segmento, com os migrantes ocupados. Assim, a participação dos migrantes ocupados entre os residentes ocupados de cada área dentro da metrópole, segundo sua tipologia, evidencia o maior ou

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menor grau de interferência destes na conformação do padrão de segregação socioespacial na RMC em 1991 (tabela 6).

As áreas onde é maior a participação dos imigrantes estão agrupadas nos dois tipos socioespaciais inferiores, Operário agrícola e Popular operário, contribuindo com mais de 1/3 da população ocupada, vindo em seguida, com participação em torno de 1/4, os dois tipos superiores, Superior e Médio superior. As áreas dos tipos intermediários, Operário superior e Médio, que se destacam por possuir volume expressivo de pessoal ocupado, possuem menor participação de imigrantes. Nos dois únicos tipos em que foi possível desagregar Curitiba e os demais municípios11, Popular operário e Operário superior, pode-se observar claramente uma maior participação dos imigrantes nos demais municípios do que no pólo, sugerindo certa seletividade do pólo em relação aos migrantes, onde fica evidente a relação entre distância física e distância social também para este segmento da população. Já as áreas do tipo agrícola12 reúnem os menores volumes de população ocupada com as menores proporções de imigrantes.

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Os demais tipos, ou se encontram em áreas somente do pólo ou somente em áreas dos demais municípios.

12

O tipo agrícola deve ser visto como um caso particular na hierarquia socioespacial, tendo em vista que mais de 50% dos ocupados nas áreas desse tipo são agricultores, que podem ser tanto trabalhadores agrícolas como fazendeiros o que dificulta seu posicionamento na posição superior ou inferior dessa hierarquia.

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TABELA 6.POPULAÇÃO OCUPADA SEGUNDO OS TIPOS SOCIOESPACIAIS POR CONDIÇÃO MIGRATÓRIA - 1991

POPULAÇÃO OCUPADA DISTRIBUIÇÃO (%) TIPOS SOCIOESPACIAIS

Migrante Não

Migrante Total Migrante Não Migrante TOTAL Operário agrícola 11.193 19.591 30.784 36,4 63,6 100,0 Popular operário 68.229 118.707 186.936 36,5 63,5 100,0 Curitiba 18.313 49.898 68.211 26,8 73,2 100,0 Demais Municípios 49.916 68.809 118.725 42,0 58,0 100,0 Operário superior 45.549 153.597 199.146 22,9 77,1 100,0 Curitiba 29.861 120.463 150.324 19,9 80,1 100,0 Demais Municípios 15.688 33.134 48.822 32,1 67,9 100,0 Médio 24.210 110.254 134.464 18,0 82,0 100,0 Médio superior 25.039 76.343 101.382 24,7 75,3 100,0 Superior 17.631 47.946 65.577 26,9 73,1 100,0 Agrícola 4.681 27.617 32.298 14,5 85,5 100,0 TOTAL 196.532 554.055 750.587 26,2 73,8 100,0

FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1991 (tabulações especiais IPPUR/IPARDES)

NOTA: Não estão incluídos aqueles imigrantes vindos de País estrangeiro ou mal definido, Brasil não especificado e Ignorado.

Migrante: População que reside no município há menos de dez anos.

Não Migrante: População que nasceu e sempre morou no município ou que migrou há dez anos e mais.

A origem dos migrantes que se destinam às áreas de cada tipo socioespacial marca também um processo de diferenciação na ocupação do espaço metropolitano. Chama a atenção que mais de 50% da população dos Estados da Região Sudeste e Sul (exceto o Paraná) que migra para a RMC, se destina às áreas dos tipos superiores, ou seja, Superior e Médio superior, e Médio, em contraposição aos migrantes vindos dos demais Estados inclusive o Paraná cujo destino principal são a áreas dos tipos inferiores, em especial Popular operário e Operário superior (tabela 7).

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TABELA 7. IMIGRANTES OCUPADOS SEGUNDO OS TIPOS SOCIOESPACIAIS DE RESIDÊNCIA ATUAL, POR REGIÃO DE RESIDÊNCIA ANTERIOR, 1981-1991

REGIÃO DE RESIDÊNCIA ANTERIOR

PARANÁ TIPOS

SOCIOESPACIAIS

(RESIDÊNCIA ATUAL) Sudeste

(exceto SP) São Paulo

Sul (exceto PR) Demais Estados RMC Interior TOTAL Operário agrícola 1,3 2,9 2,5 1,9 12,0 4,4 5,7 Popular operário 12,5 20,7 18,4 21,8 60,5 30,7 34,9 Operário superior 20,1 23,5 23,3 28,0 18,0 25,7 23,3 Médio 16,7 16,8 19,2 17,7 2,4 14,2 12,3 Médio superior 27,2 20,2 21,6 17,0 2,4 13,2 12,6 Superior 21,7 15,2 13,0 12,6 0,8 9,5 8,7 Agrícola 0,5 0,6 1,9 1,0 3,9 2,3 2,4 TOTAL RMC 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1991 (tabulações especiais IPPUR/IPARDES)

NOTA: Não estão incluídos aqueles imigrantes vindos de País estrangeiro ou mal definido, Brasil não especificado e Ignorado.

Na migração de paranaenses há uma diferença nítida entre os migrantes intrametropolitanos e aqueles vindos do interior, no que se refere à ocupação do espaço. Neste último grupo, em que pese a grande participação nas áreas dos tipos inferiores, há uma parcela importante que se destina às áreas dos tipos superiores. Já, a quase totalidade (90%) da população que se deslocou na última década no interior da RMC, se destinou às áreas dos tipos inferiores, sendo que destes, 67% estabeleceram residência nas áreas do tipo Popular operário.

Nesse sentido se verifica que, se a migração não é determinante na conformação de um padrão socioespacial, desempenha papel importante para tanto, no sentido de reforçá-lo, já que há uma regularidade significativa, comprovada em estudos de migração, sobre a tendência das famílias de migrarem para áreas de status socioeconômico similar. Ficou clara a expressiva participação de migrantes vindos de áreas onde as condições econômicas são privilegiadas em relação ao resto do País, como é o caso do Sudeste e Sul, naquelas áreas dos tipos superiores, se estabelecendo especialmente no núcleo metropolitano. Por outro lado, a migração intrametropolitana tem a conotação de uma migração de sobrevivência, já que esses migrantes se estabelecem em áreas dos tipos inferiores e em municípios periféricos, relacionada aos constrangimentos econômicos gerados pela renda e pelos custos habitacionais. Nos dois casos fica evidente o processo de segregação socioespacial.

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Complementando essa análise, torna-se importante também verificar o perfil sociocupacional dos imigrantes fazendo o cruzamento dos tipos socioespaciais com os grupos sociocupacionais (tabela 8).

Tanto nas áreas dos dois tipos superiores como nos dois inferiores, os ocupados migrantes representam parcela importante do total de ocupados residentes nessas áreas, contribuindo de modo expressivo na sua configuração socioespacial. Esse fato torna-se mais evidente ao se considerar os grupos de categorias sociocupacionais13 que determinaram esses tipos de áreas.

13

A escolha metodológica na construção de categorias ocupacionais encontra-se descrita em artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais - Vol.14 n.40 intitulado "Tendências da segregação social em metrópoles globais e desiguais: Paris e Rio de Janeiro nos anos 80" de autoria de Edmond Preteceille e Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro. Na metodologia, tentou-se sanar os problemas inerentes aos estudos de classificações ocupacionais, adotando-se também uma atitude de cautela na maneira de conceber a relação entre estrutura ocupacional e hierarquia social. Nesse sentido, podemos analisar, no presente estudo, a inserção do migrante em oito categorias sociocupacionais claramente diferenciadas em nível agregado.

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TABELA 8. PROPORÇÃO DE IMIGRANTES OCUPADOS SEGUNDO TIPO SOCIOESPACIAL DAS ÁREAS DE DESTINO, POR CATEGORIA SOCIOCUPACIONAL - RMC, 1981-1991 CATEGORIA SÓCIOCUPACIONAL DAS PESSOAS OCUPADAS

Agrícola Elite Dirigente Pequena Burguesia Elite Intelectual Categorias Médias Operariado Terciário Operariado do

Secundário Sobrevivência TIPO SOCIOESPACIAL (ÁREAS DE DESTINO) Migrante Não migrante Migrante Não migrante Migrante Não migrante Migrante Não migrante Migrante Não migrante Migrante Não migrante Migrante Não migrante Migrante Não migrante Operário agrícola 18,7 16,2 1,8 0,6 4,2 2,1 0,9 0,3 3,0 1,8 5,9 2,6 8,0 4,9 4,4 3,6 Popular operário 33,5 12,2 3,5 2,5 26,5 13,7 4,5 2,5 19,2 11,7 40,0 26,6 49,6 33,9 36,8 33,2 Curitiba 6,7 2,4 0,0 1,2 5,9 5,5 1,1 1,1 3,7 4,6 11,0 11,8 14,3 13,9 10,9 16,4 Demais Municípios 26,7 9,8 3,5 1,2 20,6 8,2 3,4 1,4 15,5 7,1 29,0 14,8 35,3 20,0 25,9 16,8 Operário superior 9,5 5,8 13,9 7,1 25,3 27,0 11,9 12,6 23,6 29,1 26,0 32,0 24,8 32,7 21,3 27,3 Curitiba 6,2 4,3 9,1 5,1 13,6 20,3 7,4 9,8 15,0 22,8 18,0 25,5 15,9 25,6 15,1 21,5 Demais Municípios 3,4 1,4 4,8 1,9 11,7 6,7 4,5 2,8 8,5 6,3 8,0 6,4 8,9 7,2 6,2 5,8 Médio 2,3 2,9 7,8 13,9 15,2 21,3 12,6 19,4 16,9 25,5 12,4 21,7 9,4 17,4 12,1 15,9 Médio superior 2,4 1,8 22,4 28,5 15,7 20,5 36,8 33,2 22,3 20,2 9,6 10,3 4,7 6,1 11,0 9,5 Superior 2,7 1,6 50,6 46,6 12,2 13,9 32,9 31,6 14,1 10,5 4,6 4,9 1,3 2,1 12,8 7,0 Agrícola 30,9 59,5 0,0 0,8 0,9 1,4 0,4 0,3 0,9 1,2 1,4 1,9 2,1 2,9 1,7 3,5 Total Ocupados RMC 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

FONTE: IBGE - Censo Demográfico, 1991 (tabulações especiais IPPUR/IPARDES)

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Tomando por base as informações da tabela 8, temos que nas áreas do tipo Superior, os ocupados migrantes dos grupos das Elites, dirigente e intelectual, apresentam participação superior à dos não migrantes, evidenciando um maior grau de auto segregação dos migrantes em relação aos não migrantes, o mesmo processo ocorre, nas áreas do tipo Médio superior, onde os migrantes têm participação maior nos grupos da Elite intelectual e das Categorias médias. No outro extremo, tem-se que o operariado migrante, do secundário e terciário, reproduzem essa tendência de segregação, que neste caso é compulsória. 14 Esses últimos, têm uma maior participação naquelas áreas do tipo Operário agrícola, Popular operário e Operário superior fora do núcleo metropolitano.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo não esgota a compreensão do tema sobre as relações entre mobilidade populacional e conformação de um padrão socioespacial em áreas de grande concentração urbana. Para sua melhor compreensão seria necessário avaliar a ocupação do espaço como um processo contínuo e em transformação, o que será feito posteriormente, quando da definição das áreas segundo a tipologia socioespacial em mais dois momentos, ou seja, para 1980 e 2000.

No entanto, este estudo permitiu dimensionar a importância dos fluxos migratórios no sentido de reforçar um padrão socioespacial consolidado em um determinado momento histórico. A consideração entre origem e destino dos migrantes permitiu qualificar os fluxos e identificar certa seletividade. Além disso, verificou-se através da análise dos fluxos intra-metropolitanos nas décadas de 70 e 80, um aprofundamento, ou consolidação, de um padrão altamente segregador, com o deslocamento, cada vez mais intenso, ainda com predomínio de populações mais pobres, do núcleo metropolitano para a periferia. Contudo, já são fortes os indicativos de algumas mudanças nesse padrão com o crescimento da presença de condomínios de

14

Os termos auto segregação e segregação compulsória referem-se à localização espacial de segmentos da população, com relevante papel do mercado imobiliário, no qual a auto segregação se dá por segmentos populacionais com maior poder aquisitivo e que portanto procuram áreas mais valorizadas, bem dotadas de infra-estrutura e oferecendo melhores condições de segurança, ao passo que a segregação compulsória é imposta aos segmentos menos favorecidas financeiramente e que ocupam as áreas menos valorizadas, e onde há uma maior oferta de terrenos.

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alta renda em municípios periféricos, que poderá ser confirmada com os dados referentes ao ano de 2000.

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Referências

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