PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
SISTEMA AUTO-ADAPTATIVO
VERSÃO-H
E
IMPEDÂNCIA DE
FRONTEIRA
EM
PROBLEMAS
MAGNETODINAMICOS
DIS
SERTAÇÃO
SUBI\/[ETIDA
À
UNIVERSIDADE
FDERAL
DE»
SANTA
CATARINA
PARA OBTENÇÃO
DO,GRAU DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
JOSÉ
AIRTON
AZEVEDO
DOS SANTOS
JOSÉ
AIRTON
AZEVEDO
Dos
SANTOS
|
_
~
ESTA DISSERTAÇÃO
FOI
IULGADA
ADEQUADA
PARA
OBTENÇAO DO
TÍTULO
DE MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELETRICA,
E
APROVADA
EM
SUA
FORIVIA
FINAL
PELO
CURSO DE
PÓS-GRADUAÇ
9~
. L1
Prof.Adro
do ` er " 'ORENTO~
É
.AQ
Prof. Enio
Valmor
Kassick,Coordenador do
curso dePós-Graduação
em
Engenharia ElétricaBANCA
EXANIIN
ADORA
`,\
z
Adroaldo
Rai 'er, Dr./
> /°~>
João Pedro
Assumpçã
astos, Dr.d'ETat\
Nelso owski, Dr.
INPT
Walter Pereira ëiarpes Junior,
M.
SC.
e /60'A
minha
esposa Dilma.Ao meu
filho
Helio quetanto sofreu pela longa
Ao
Prof.Adroaldo
Raizer, pela interessada e competente orientação.Aos
funcionários echefia
do
GRUCAD,
pela atenção e presteza dispensada.Aos membros
da banca
examinadora, pelos comentários e sugestões.Aos meus
colegasde
curso pelo companheirismo.Aos meus
pais e irmãos, pelo estímulo quesempre
demonstraram.A
minha
esposa pelo companheirismo,compreensão
e constante apoio.À
Universidade Federal de Santa Catarina e àCAPES,
pelo apoio financeiroSUMÁRIO
SINIBOLOGIA
ixRESUMO
XiiABSTRACT
1NTRoDUÇÃo
xâvCAPÍTULO
1 _coNcE1Tos
BÁs1cos
11.1 - Introdução
1
1.2 -
Equações
fimdamentais1
1.2.1 - Condições de fronteira na interface entre os materiais 3
1.2.2 - Potencial vetor na solução de problemas magnetodinâmicos
4
1.3 -
Equacionamento do problema
4
1.3.1 - Equacionamento utilizando potencial vetor complexo 6
1.3.2 - Condições de
contomo
na fronteira do domínio de estudo 71.3.3 - Descontinuidades entre regiões do domínio 7
1.3.4 -
O
problema a ser solucionado 81.4 -
Formulação
fraca9
1.6 -
Conclusões
CAPÍTULO
2
-GERAÇÃO
AUTO-ADAPTATIVA
2.1 - Introdução
2.2 - Análise de erro
2.2.1 - Critério de refinamento "a-priori"
2.2.2 - Critérios de refinamento "a-posteriori"
_ 2.2.3
- Critério baseado
em
formulações complementares2.2.4 - Critérios baseados na regularidade dos campos 2.2.4.1 - Critério baseado na descontinuidade dos campos
2.2.4.2 - Critério do teorema de Ampere 2.2.4.3 - Critério da perturbação dos campos
2.3 -
Geração da
malha
2.3.1 - Algoritmo do programa
EFCAD
2.4 -
Refinamento
da
malha
2.4.1 -
Os
elementos a serem refinadosCAPÍTULO
3
-coND1ÇÃo DE
IMPEDÃNCIA
DE
FRONTEIRA
APLICADA
AO MÉTODO
DE ELEMENTOS
F INITOS
3.1
3.2
3.3 -
3.4 -
- Introdução
Determinaçao da
condiçao de irnpedancia de fronteiraModelagem
matemáticaH
3.3.1 - Aformulação fraca
3.3.2 -
A
formulação de elementos finitos3.3.3 -
A
matriz de contribuição unidimensionalConclusões
CAPÍTULO
4
-RESULTADOS
E
COMPARAÇOES
4.1 -
4.2 -
hitrodução
Refmamento
auto-adaptativo4.2.1 -
Cabo
trifásico4.2.1.1 - Descontinuidades dos campos
4.2.1.2 - Teorema de Ampére 4.2.1.3 - Perturbação dos campos
_
4.2.1.5 - Tabelas
4.2.2 - Conclusões
4.3 -
Condição
de impedância de fronteira4.3.1 - Linha de potência
4.3.2 - Curvas para o
campo
tangencial4.3.3 - Conclusões
CONCLUSÃO
FINAL
ANEXO
.REFERÊNCIAS
B1BL1oGRÁF1cAs
45
46
47
47
5154
56
58 63Ã
- Potencial vetorA
'- Potencial vetor
complexo
,Z-\' - Solução
aproximada
_A
- Potencial impostoA
- Potencial vetorna
superficie de separaçãoÉ
Biz'
-
Vetor
indução magnética- Matriz de contribuição local
cid - Constantes desconhecidas
C0
c:D
D
d
É
Fff
-
Funções
contínuas,com
derivadas parciais descontínuas- índice de
Convergência
-
Vetor
indução elétrica'-
Área do
triângulo-
Comprimento
do
elemento- Vetor
campo
elétrico - Matriz fonteh
Ho
Ê.
.Í -Í..Ã
fz K1; nzñ
"tamanho" do
elemento-
Espaço
com
dimensão
n-
Campo
magnético tangencial-
Vetor
densidade superficial de corrente- Descontinuidade
na
interface dos elementos-
Vetor
densidade de corrente imposta-
Vetor
densidade de corrente induzida- Matriz real de contribuição local - Indicador local de erro
-
Vetor normal
à superficienn0
-Número
de nósnnf
-Número
de nós da fronteiraFm
Ni
'É I'RU
Re
-Funções
base-
Componente
regulardo
erro- Residual
- Matriz de contribuição local -
Real
- Freqüência angular
-
Densidade
volumétrica de carga- Permissividade elétrica - Permeabilidade magnética - Condutividade elétrica
-
Domínio
de estudo i- Fronteira
do domínio
- Fronteira entre dois
meios
- Profundidade de penetração - Constante de propagação
-
Operador
nabla- Relutividade magnética
- Variação
da
grandezano
ponto - Produto vetorialRESUMO
Neste
trabalho estudam-se os conceitos de geração demalhas
adaptativase condição de
impedância
de fronteiraem
problemas magnetodinârnicos.Quatro
critérios de erro são apresentados, sendoque
um
deles ébaseado
na
"profundidadede
penetração", e os outros são baseadosna
análise de valores decampo.
É
apresentadatambém,
a formulação matemática para condição deimpedância
defronteira pelo
método
de elementos finitos. -Além
do
estudo teórico, são apresentados e discutidos os resultadosIn this
work
the concepts of adaptivemesh
generationand boundary
impedance
condition inmagnetodinamics
problems are studied.Four
error criterions are presented.One
ofthem
isbased
on
thepenetration depth,
and
the others are basedon
fields values analysis. It is also presented,a mathematical fonnulation for the
boundary impedance
conditionby
the finite elementsmethod.
Besides the theoretical study, are presented
and
discussed the resultsobtained
by
the error criterionsand boundaiy impedance
conditionmethods
are presentedINTRODUÇÃO
Na
década
de 70, ométodo
dos elementos finitos,que
vinha sendoutilizado
em
problemas
de engenhariamecânica
jáhá
muitos anos,começou
também
aser aplicado a
problemas
eletromagnéticos, permitindoque
as estruturas geometricamentemais complexas
pudessem
ser analisadas._
O
método
de elementosfinitos é
uma
técnica geral para a solução deproblemas
deequações
diferenciaiscom
valores de contorno [3,5].O
seu princípio básicoconsiste
na
discretizaçãodo dominio
de estudo,em
um
certonúmero
de regiõeselementares
chamadas
elementos finitos, caracterizadas por pontosdefmidos
em
seusvértices e/ou fronteiras,
chamados
nós.A
coleção de nós é conhecidacomo
malha
de elementos finitos.A
equação
diferencial é entãoaproximada
dentro de cada elementocomo
uma
combinação,
gerahnente linearou
quadrática, das variáveisda equação
definidas
em
cada
nó.A
utilização destemétodo
tomou
possível a construção de poderosas ferramentas de cálculoque
são aplicadas àmodelagem
de dispositivos eletromagnéticos[1,4].
Graças
à evoluçãoem
termos de rapidez de cálculo e capacidade dememória
doscomputadores, este
método
permite descrever demaneira
cadavez mais
concisa ofimcionamento
destes dispositivos,onde
intervêmfenômenos complexos
como
ascorrentes induzidas,
movimentos
relativos, etc. Entretanto, a solução obtida por estemétodo
é apenasuma
aproximação
da solução real, e a precisãoda
solução calculadapode
variar consideravelmenteem
urnamesma
estrutura.Nos
últirnos anos muitostrabalhos
foram
desenvolvidos noscampos
de avaliação e redução de errosna
soluçãoobtida
com
a técnica de elementos finitos .É
muito conhecido o fatosegimdo
o qualbons
malha. Sabe-se
também,
que
ao refinar-se amalha
apenas nas regiõesonde
o erro éimportante,
obtém-se melhores
taxas de convergênciado que refinando-se
amalha
uniformemente
[11,12,13,14].A
aplicaçãodo
método
de elementos finitosna
determinação decampos
magnéticos variáveis
no tempo
apresentaum
sério obstáculo, a discretização das regiõescom
correntes induzidas.Como
ocampo
magnético é rapidamente atenuado nestasregiões a "profrmdidade de penetração", é
em
geralmuito
pequena. Para obter-sebons
resultados
devemos
discretizar a borda destas regiõesem
elementosmuito pequenos
[1].Em
se tratandocom
médias
e altas freqüências a "profundidade de penetração" é quasedesprezível, por isto
não
podemos
usar ométodo
de elementos finitos clássico, o quedespenderia
muita
memória
em
tennos computacionais. Paracontomar
este problema,uma
alternativa viável é a utilização da condição deimpedância
de fronteira,que
permite a retirada das partes condutorasdo domínio
de estudo [17,18,19,20].As
comprovações
das teorias expostas acima, só são possíveisem
um
ambiente informático essenciahnente direcionado para o
método
de elementos finitos, oque
é o casodo programa
EFCAD
[1], suporte lógico para este trabalho.O EFCAD
(Eletromagnetic FieldComputer
Aided
Design) desenvolvidono
GRUCAD
(Grupo
deConcepção
e Análise de Dispositivos Eletromagnéticos), éum
programa
polivalente e confiável, destinado a pesquisa e a indústria. Ele permite a análisede
problemas
decampos
elétricos, magnéticos e térmicos pela técnicanumérica
deelementos finitos.
Este sistema possui vários
módulos
(Figura 1), sendoque
omódulo
utilizado neste trabalho é o
módulo
EFCC
(F.E.Complex
Eddy
Currents Calculation).Este
módulo
permite o cálculo de correntes induzidas, utilizando a formulaçãoem
senoidalmente
no
tempo
eonde não há
saturação de materiais.A
estrutura analisada poreste
módulo
pode
ser invariante por translaçãoou
invariante por rotação (axi-simetria).usuano
om”
Pacotedesenho
*¬P'° 'Edil'aos
`pmama:
1 1 1 1 1 * gƒf|EFcc
| E|=c.1 |EFcE
|EFcr
|EFcv
fFc's808
IMÍÍÊRS IEFN
Ií
_ _ Resultados dÉ':r';.à°powmím
numéricosFigura
IOrganização do
programa
EFCAD.
No
primeiro capítulo são revistas as equaçõesfimdamentais,
afonnulação
proposta para o cálculo decampos
magnetodinârnicos, e as condições defronteira
que
devem
ser satisfeitas pelos vetores decampo.
No
segrmdo
capítulo, sãoestudados os critérios de erro e o processo de geração de malha, e
no
terceiro, aformulação
proposta para condição de impedância de fronteira.No
quarto capítulo, serãoanalisados alguns resultados obtidos
com
os critérios de erro, ecom
a aplicação daCAPÍTULO
1
CONCEITOS
BÁSICOS
1.1
INTRODUÇÃO
Neste
capítulo São abordados os conceitos básicos, para a formulaçãomatemática
decampos
magnéticos variáveisno
tempo, pelométodo de
elementos finitos.Inicialmente, são revisadas 'as equações fundamentais
do
eletromagnetismo.
Em
seguida, estuda-se aformulação fraca
paraum
problema
a ser resolvido, Ométodo
dos elementos finitos e a identificaçãodo
erro nestemétodo.
1.2
EQUAÇÕES
FUNDAMENTAIS
As
equações fundamentaisdo
eletromagnetismo são asequações
deMaxwell
[1],que
estão representadas abaixo:v
×Ê+Ê-líz
o (1.1)ât
_5D
_V
XH-í=J
1.2âz
( )V-Bzo
(1.3)V-Ê=p
(l.4)onde
V
=
E-â;í+ãâ;Í+-Ô-ÊIÊ,
e as outras grandezas são:D
- vetor indução elétrica(C
/ mz);É
- vetor indução magnética(
T
);H
- vetorcampo
magnético(A
/m);.Í - vetor densidade superficial de corrente
(A
/m2);p
- densidade volumétrica de carga(C
/ m3);t -
tempo
(s).A
estas expressões são acrescidas relações adicionaisdenominadas
relações constitutivas, as quais
dependem
dosmeios
onde
existe ocampo:
Ê=||
â (1.5)Ê=||,u (1.6)
I .Í=||
a
(l.7)onde:
s
- tensor permissividade elétricado meio
(F
/ m);|| ,u
- tensor permeabilidade magnética
do meio
(H
/ m);||
a
- tensor condutividade elétrica
do meio
(S /m)..
Nos
casosem
que osmeios
são isotrópicos, os tensoress
,u e||
0
sereduzem
aos escalares s, ,u e a. Neste estudo apenasmeios
isotrópicos e linearessão considerados.
Na
faixa de freqüênciacom
a qual se trabalhaem
eletrotécnica, acorrente de deslocamento, Ô
%¡
é muitomenor
que a corrente decondução
.Í .Em
vistaNeste
estudo se está interessadoem
fenômenos
eletromagnéticosvariáveis
no
tempo.Assim
as equações relativas àmagnetodinâmica
são as seguintes:V
XÉ
=
J
V-Bzo
(1.1o)v×Ê=_í1í
(1.11)âz
A
equação
(l.l1), ép a equaçãoque
particulariza odominio
damagnetodinâmica,
e indicaque
a variação temporal deB
criaum
campo
elétricoE
[1].1.2.1
Condições de
fronteirana
interfaceentre
osmateriais
`Na
fronteira entre doismeios
com
características constitutivas diferentes,admitindo-se
como
hipóteseque não
existam cargas elétricasou
correntes superficiaisnos
limites entre osmeios
1 e 2, verificam-se as seguintes condições decontomo
[1,2]:D1-ñ=D2-ñ
(1.12)Êl×ñ=Ê2×ñ
(l.l3)Ê,-ñzzã,-ñ
(1.14)H¡×ñ=Ê2×ñ
(l.15)onde
1 e 2 representam osmeios
adjacentes e ñ e o vetornormal
à interface entre os doismeios.
As
equações (1.12) e (1.14) estabelecemque
acomponente nonnal
dasinduções elétrica e magnética são contínuas
na
interface entre doismeios
diferentes.As
equações
(1. 13) e (1. 15) estabelecem que acomponente
tangencial doscampos
elétrico ePara as condições de
contomo
noslimitesdo
domínio, são consideradas as condiçõesde
Dirichlet,onde
o valordo
potencial é especificado, e as condições deNeumann,
onde
a derivadado
potencial é especificada.1.2.2)
Potencial vetor
na
solução
de
problemas magnetodinâmicos
A
Para abordar
um
problema no
qual existam correntesno
domínio
deestudo, utiliza-se o Potencial
Vetor
Â
tal que:_.. _.
B
_
V
×A
(1. 16)cuja validade é verificada substituindo-se (1. 16)
em
(1. 10).Agora, substituindo (1.16)
em
(1.9), e considerando a relação constitutiva(l.6), obtém-se:
Vxv
(V×Ã)=Í
›(l.l7)onde v
é a relutividade magnética tal que v=1/,u.A
expressão (1.17) representa aequação
dePoisson
relativa ao potencial vetor magnético.1.3
EQUACIONAMENTO
DO PROBLEMA
Seja o
problema
a ser resolvido representadoesquematicamente
pelaFigura l.l,
onde
a corrente é variávelno
tempo, eonde
existammeios
condutores.Tem-
se a subregião
Q,
não
susceptível àpassagem
de corrente(o =
0), euma
subregião (22,onde
a condutividade é diferente de zero (cr¢
0), permitindo assim a criação de correntesinduzidas
no
sentido perpendicular ao plano da figura. Considera-seque
a subregiãoQ,
éconstituida de
fios
muito
finos, paraque
as correntes induzidas possarn ser negligenciadasF1
Q,
rm
02
'F2
1ñ
l _. fí- p'1 }.L2Figura
1.1Representação
deum
problema
bidimensional hipotético.A
densidade de correnteno domínio
Q
de estudo édado
por:Í=Z+L
onde: .Te - densidade de corrente
extema
impostana
subregião Q,;Í, - densidade de corrente induzida
na
subregiãoQ2;
S2
=
Q,
U
Q, UQ,.
Observa-se
que
.Í ,.=GÊ,
onde
Ê
é ocampo
elétrico induzidona
subregião S22. Apartir das equações (1.l1) e (1. 16) tem-se:
_
âA
Ez-_
1.18at
( )onde
os vetoresÊ
eÃ
estãona
direção oi (perpendicular ao planoda
Figura (l.1)).Portanto, a
equação
(1. 17)assume
a forma:V×v(V×Ã)+o'%1--.Íe=0
(l.l9)onde
Ã
=
A(t)lÉ.O
primeiro termo da equação (1. 19)pode
ser igualado à [1]:onde
A(t) é acomponente
deÃ
na
direção 02, portantoum
escalar.Então
a equação(1. 19)
pode
ser escrita sob afonna
escalar:V-(vvA(z))-0%-(tt-)+.1,(f)=o
(1.21)já
que
Í,=
J¢(t)lÉ.1.3.1
Equacionamento
utilizando o potencialvetor
complexo
Nos
casosonde
a excitação é senoidal e osmeios não
apresentarem"saturação", é
mais
conveniente resolver a equação (1.21)no
dominio
freqüênciautilizando o Potencial
Vetor
Complexo
A
'[1].
Sendo
Je(t) a alimentação cossenoidal de pulsaçãow,
tem-se:Je (t)
=
J, cos(wt) (l.22)ou
então:Je (z)
=
Re(¿
em)
(123)
onde
j=
«/T1.A
respostado
sistema a esta excitação senoidal seráem
regimepermanente,
também
senoidal e defasada. PortantoA(z)
=
A
¢0s(wz +<×)=
Re(A
'ef"') (1.24)onde
A
'=Ae
Í”,com
a
representando adefasagem
de A(t)em
relação Je(t), é a soluçãoda equação
(1.21), isto é:V-(vVA'e""')-o'-ôLJl+Jee""'=0
(l.25)o
que dá
V-(vvA')-¡‹fwA'+J,=o
(1.26)1.3.2
Condições de
contorno
na
fronteirado domínio
de
estudo
a)
Condição
de contorno de DirichletA
'=A;
(l.27)em
I`¡,onde
A;
é o valordo
potencial imposto.b)
Condição
decontomo
deNeumann
homogênea
ô'A'
i-
=
1.28 Vâ
ñ O ( )em
F2. 8onde: - a
*Á
é a derivada direcional deA
'na
direção ñ;ñ
- F1 parcela de I`
onde
seimpõe
condições decontomo
de Dirichlet;- F2 parcela de I`
onde
seimpõe
condições decontomo
deNeumann;
- F1 U1",
=
F;
- I`,
OF, = ø.
1.3.3
Descontinuidades
entre
regiõesdo domínio
A
equação
(1.26) descreve ocomportamento do
campo
nos pontosregulares
do domínio
de estudoQ,
ou
seja , nos pontosem
que
as propriedadesconstitutivas sejam contínuas. Entretanto, existem pontos de descontinuidade
na
Uma
descontinuidade dev
ocorrena
interface I`,,, entre os dois meios.Nos
pontos sobreFm
são válidas as relações (1. 14) e (l.15) [6], isto é:'
[v×A']-fizo
(129)
[vv×A']×ñ=o
(1.3o)onde
[ ] indica o saltoda
derivadano
limiteonde
existe a descontinuidade.As
equaçõesacima
tem
por conseqüência a continuidadeda componente
_.
nonnal
e a descontinuidadeda componente
tangencial deB.
1.3.4
O
problema
a ser solucionado
O
problema
a ser solucionado é a detenninaçãoda
funçãoA'
quesastifaça as seguintes condições: ~
1 -
A
equação
diferencial parcial nos pontos intemos às subregiões, isto é,nos
pontosonde
não
existem descontinuidades:V-(vVA')~jõwA'+J,,,=o
(131)
em
QLL3.
2
-A
Condição
de saltoem
pontosna
interface l`,,, entreQ,
eQ
2:[vv×A']×õ=o
(132)
3 -
A
condição de contorno de Dirichletem
I`,:A
'=A
Ç, (1.33)
4
-A
condição decontomo
deNeumann
homogênea
em
F2:v
â¿:=0
(1.34)1.4
FORMULAÇÃQ
FRAGA
Devido
à existência de descontinuidades nas interfaces entre osmeios
com
propriedades constitutivas diferentes,não
sepode
utilizar o tratamento clássico deequações
diferenciais,que
exigeque
a solução sastifaça aequação
em
todos os pontosdo
domínio. Para superar esta dificuldade, reformula-se o
problema
deforma
a admitirsoluções fracas
na
solução eem
suas derivadas [3].A
formulação fraca
para oploblema
pode
ser enunciadacomo
segue: determina-seuma
funçãoA'
talque
aequação
diferencial (1.26),
com
apropriadas' condições decontomo
seja sastifeitaem
um
sentidode "médias ponderadas". _
A
formulação
fraca é obtida apartir dadefmição do
residual r”, talque
[3]:
r=V-(vVA')-jo'wA'+J,
(1.35)em
cada domínio
regular deQ.
Multiplica-se agora r por
uma
função suficientemente regular,chamada
função teste v, integra-se sobre cada
subdomínio no
qualrv
é regular e faz-se amédia
ponderada
igual a zero.jrvdozo
(136)
Q
011
jvv-(V
vA')âQ-¡jvõwA'âQ+jvJ,z1Q=o
(137)
Q Q O
Integrando o primeiro termo da equação (1.37) por partes sobre
Q,
eQ
2, e aplicando oteorema
da divergência, obtém-se:-jvv-(vvA')z1Q-jvv-(vvA')âo+J WVA'-ñ,dr+
JWVA'-ñ,â1¬
(138)
onde
ÕQ,
eÕQ,
são as fronteiras das regiões 1 e 2, e ñ, e ñ, são os vetores normais àsrespectivas fronteiras.
Somando-se
as contribuiçõesdo subdomínio Q,
e 9,, obtém-se:-jvv.(vvA')do+
jwv,4'.ñ,dr+
jwvzi'-fizdr
(139)
ou ao, ao,
Nota-se
que
as fronteirasÕQ,
e õšlz sãocompostas de
duas parcelas,uma
que
não
coincidecom
a fronteira Fm, denotada deôfl,
-I`,,, eôflz
-I`,,, (Figura 1.2,)e outra
que
coincidecom
a fronteira I`,,,._,39z
_/any
rm
-1.
nn
Figura
1.2 Fronteirada
regiãoQ,
_Decompondo
as integrais referentes a 8!), e õšlz,da equação
(1.39),obtém-se: ~
-
jvv-(vvA')óo+
JwvA'.â,ór+jvvvA'-azar
Qu Fm Fm
+
JWVA'-fi,dr+
ƒwvA'-fizór
(1.4o)ao,-rm ao,-11,,
Somando-se
as integrais relativas a Fm, tem-se:jvvvA'-fi,ór+jvvvA'-ñzdr
(1.41)1",,, I`,,,
Para
que
(1.30) seja sastifeita, (1.41)tem
que desaparecer.Como
ñ,=-ñ,
em
I`,,_, aequação
(1.37) toma-se:-jvv.(vvA')do+jvvvA'-ñdr-¡jv‹zwA
'dQ+jvJ,_,âo=
o (1.42)Q I` Q
onde
r
= (ao,-r,,,)U(õQ,
-rm).
Como
foi vistona
seção (1.3.2), se a condição de fronteira for deNeumann
homogênea,
otermo
referente à fronteira desaparecerá. Para a condição de contorno de Dirichlet, a função testev
é escolhidacomo
pertencente auma
classe de funções teste talque
v =
0em
I` . Assim, tem-se:-jvv-(WA
')z1o_¡jvzwA
'do+jvJ,âQ=o
(143)
Q Q Q
1.4.1
Método
de
Galerkin
Na
seção anterior foi obtida aformulação fraca
para o problema,ou
seja,a
equação
(1.44) para qualquerv
em
Ho.-ƒvv-(v
vA')dQ-jjvõwA'âQ+jvJ,dQ=o
(1.44)Q Q Q
Onde Ho
édefinido
como
uma
classe defimções
teste para oproblema
econtém
somente
as funçõesque
seanulam na
fronteirado dominio
e cuja derivada tenhaseu
quadrado
integrável [3,4,5]. Já a classe de funções admissíveis a qual pertence asolução
A',
écomposta
por funções cuja primeira derivada tenha seu quadradointregável.
A
soluçãoA'
e a função de testev
são lineannente independentes epertencem
aum
conjunto dedimensões
infinita. Desta forma, a procurada
solução de(1.44)
toma-se extremamente
dificil.O
método
de Galerkin consisteem
procuraruma
soluçãoaproximada
para (1.44)
em
uma
classe dedimensão
finita. Desta maneira, utiliza-seum
número
fmitode
n
termos lineannente independentes, obtendo aaproximação
,Az deA
'.z‹×:=Ê‹~,-N.« ‹1.45›
1.4.2
Método
dos
Elementos
FinitosO
método
de Galerkinfomece
uma
atraente estratégia para obtenção dassoluções
aproximadas do problema
de contomo,mas
não
ofereceuma
maneirasistemática para construção de funções "base" Ni. Esta situação
toma-se
criticaquando
odomínio
é biou
tridimensional,com
asfimções
N, tendoque
satisfazer as condições decontomo
em
regiõescom
geometria complexa. Estas dificuldadespodem
ser resolvidasusando
ométodo
de
elementos finitos.Na
aplicação deste método, primeiramente odominio
é particionadoou
discretizado
em
elementos finitos. Sobre cada elemento são identificados certos pontoschamados
nós
ou
pontos nodais.O
conjunto de elementos enós que
formam
odominio
aproximado
do
problema
échamado
demalha
de elementos fmitos (Figura 1.3).Uma
escolha
adequada
dos pontos nodais deve ser realizada e asfimções
de base N,. são geradas deforma que sejam
continuas nas fronteiras entre os elementos.nó
elemento finíto
nó
Neste
trabalho é utilizado o elemento finito bidimensionalcom
fimções
de base lineares obtidas por polinômios de Lagrange
com
continuidade C”.Ftmções do
tipoC°
são funções contínuascom
derivadas parciais descontinuas.Considerando-se o seguinte elemento finito
da
Figura 1.4Nõ
1 [×.y]Nõ 3
bw]
Nõ
2 [×.vlFigura
1.4Elemento
finito triangular.no
qualA'
varia linearmenteem
seu interior,ou
seja:,2\'(x,y)=a¡+a2x+a3y
V
(1.46)
A
equação
(1.46) deve ser satisfeita nos três nósdo
elemento, logo:Af=a,+a2x¡+a3y¡
(l.47)A;=a,+a2x2+a3y2
(l.48)A;=a,+a2x3+a3y3
(1.49)Resolvendo
o sistema para al, az e a, e substituindo os coeficientesem
(1.46), encontra-se:
onde: u
Ni=%[(x2y3_x3y2)+(y2_y3)x+(x3"`x2
).V:| (1-51) iN2=Ê|:(x3y1"x1y3)+(.Vs"y1)x+(x1_x3
)y] (1-52)N3=š15[(x1y2_x2y1)+(y1_y2)x+(x2_x1).V]
(1-53)sendo que Ni
é igual a 1 sobre onó
i e igual a zero nosdemais
nós, eD
é a áreado
triângulo.
A
aproximação
de (1.44) por elementos finitosfmalmente
é obtida-jvv-(v
v,À')dQ-jjvõw,z\'do+jvJedo=o
(1.54)Q O Q
onde
ƒ\' é a soluçãoaproximada
deA
' dada por:IIIIO
A'
=
zA;1v,. (1.55)i=l '
onde
nno
é onúmero
de nósdo
elemento eAÇ
é o valor deA'
no
nó
i .Substituindo ( 1.55)
em
( 1.54), obtem-se:-JÊVV-(vvNiA;)óo-jJÊvzwN,A;óQ+jvJ,
óozo
(156)
Qi=1 Qi=1 Q
Escolhendo
a função de testev
demodo
que
vj=
N
J. e substituindoem
(1.56), tem-se:
IIIIO IUIO
-JÂVNj.(vvNiA;)óQ-jj2;Nj<zwN¡A;âQ+jNjJ=
óozo
(157)
1= Q1= Q
Retirando o somatório para fora da integral ea
equação
(1.57) transforma-"FIO
ÉÃJVN,-(VVN,A;)dQ+jJN,õwN,A;doJ=J]N,
J,àQ
(rss)
Q Q
o
que
representandona
forma
matricial, toma-se:ZÍ(1<,,. +¡1z,.)A;=1=,. (j =1,nn‹›) (1.59)
i=l
Aqui Kü
e By são respectivamente as matrizes real e imaginária decontribuição local, e
E
é a matriz fonte, sendo elas especificadas abaixo:_ ' 1;,
= JvN,(
vvN,.)dQ
` (1.óo) Q 3,,= JN,
õwN,.âo
(1.ó1) Q F,=
J NJ.J,dn.
(1.ó2) 0Finalmente, as matrizes de contribuição local são
condensadas
em
um
sistema matricial global
onde
todos os nós damalha
são considerados, assim este sistemaé resolvido por
um
método
de resolução de sistema lineares.1.5
IDENTIFICAÇÃO
DO
ERRO
Reescrevendo
a equação (l.41), relativa à fronteira entre doismeios
com
diferentes relutividades
Jv vâ'Í'z1r+ Jv
VÊ-ff-'dr (1.63)r, Ônr r.. ânz
A
aproximação
de (1.63) por elementos finitos é [4].J NJ. v-â_”Í`*-âr+
JN.
v-al?-dr
(1.õ4)I`.. - ânr
1".,
I
As
funções de base Ní são frmçõesdo
tipo C°, sendo regulares dentro decada
elemento,mas
cujas derivadas são descontínuas nas interfaces entre osmesmos.
Assim,
a expressão (1.64), toma-se:â/-\' âzf-×'
ÁN,
v¶Idr+rj.N, vãrídrzljpndr
(rós)
Como
a solução de (1.4_ 1) é unica [4,6], entãoA'
e ƒ\'não
são iguais, eem
geral:V-(v
V;À')-jo'w}\'+Je=l;
(l.66)O
erro entãopode
ser divididoem
duas parcelas:- ri a
componente
regulardo
erro interna ao elemento i ;- J, a descontinuidade " concentrada"
na
interface dos elementos.1.6
CONCLUSÕES
Neste
capítulo foi apresentada a formulaçãomatemática
paracampos
magnéticos variáveis
no
tempo. Mostrou-setambém como
a formulação fracado
problema
é resolvida pelométodo
de elementos finitos,bem
como
a identificaçãodo
erroneste
método.
No
próximo
capítulo serão apresentados quatro critérios de erro, e oCAPÍTULO
2
GERAÇÃO
AUTO-ADAPTATIVA
2.1
n×ITRODUÇÃO
Neste
capítulo serão tratados aspectos importantesno
que
tange àconstrução de
um
sistema auto-adaptativo para problemasmagnetodinâmicos.
Em
procedimentos adaptativos, omodelo
de elementos finitos é geradoiterativamente,
começando
com uma
aproximação
grosseira para oproblema
erefinando-
a sucessivamente para minimizar o erro
na
solução.Em
um
esquema
auto-adaptativo, Ousuário
não
necessita controlar,ou
mesmo
estar atento àmalha
que
está sendodesenvolvida.
O
computador
determinaonde
colocar os elementos e providenciauma
melhor
qualidadena
solução.Neste
trabalho é utilizado innrefmamento
auto-adaptativoVersão
h.Neste procedimento
aordem
das funções de interpolação émantida
constante, enquanto otamanho
dos elementos é progressivamente diminuído.Com
esta estratégia consegue-seaumentar
onúmero
de elementosem
regiões específicasda
malha, reduzindo destaforma
O erro [4].
A
análise de elementos finitos adaptativa ébaseada
no
acoplamento
dedois diferentes aspectos
do método
de elementos finitos: ( i )Geração
eRefinamento
da
malha,
( ii ) Análisede
erro.2.2
ANÁLISE
DE
ERRO
No
capítulo anterior foi constatada a existência de erros devido àfato de
que
a solução obtida é apenasuma
aproximação
da solução real.Na
realidade,existem diferentes fontes de erros
na
solução obtidacomeste
método,
sendoque
entreelas pode-se citar [4]:
- a discretização
do domínio
de estudo;- a
aproximação do
potencial pormna
função de interpolação deuma
detemiinadaordem
P;
- a
aproximação
deficiente nas fronteiras dos elementos, originando descontinuidadesque violam
as condições decontomo
na
interface dos elementos;- o residual resultante dos sistemas de equações. Este erro
depende do
método
utilizadona
solução dos sistemas eda
precisão alcançada pelocomputador
utilizado.Nesta
seção serão analisados quatro critérios de erro,um
critério de erro"a-priori" e três "a-posteriori".
Duas
situações são possíveis,uma com
o critério de erro"a-priori"
sendo
utilizado juntamentecom
qualquerum
dos outros três, e a outra,com
a utilização apenas deum
critério "a-posteriori".O
critério de erro "a-priori" atuasomente
na
parte condutorado
dominio, enquanto que os critérios "a-posteriori'podem
atuar tantona
parte condutora quantona não
condutora. Portanto,quando
os critérios de erro "a-priori" e "a-posteriori"
forem
utilizados conjuntamente, o critério de erro "a-priori" atuarásomente na
região condutora.VI '
2.2.1
Critério
de
refinamento
a-prion"
O
refmamento
"a-priori", que atuasomente na
parte condutorado
domínio
de estudo, utiliza o "tamanho" dos elementos da fronteira das regiões condutoraspara identificar se estes elementos
devem
serou não
refinados. Este refinarnento ébaseado na comparação
entre o "tamanho" dos elementosda
fronteira das regiõesõz'
/-L
(2.1) ,u acoO
refmamento
"a-priori" funcionado
seguintemodo:
a - definir a
malha
inicial;b
- estimar o"tamanho"
dos elementos da fronteira das regiões condutoras;c - se o
"tamanho"
destes elementos formenor ou
igual ô, parar oprocessamento
"a-priori", se
não
refmar estes elementos e voltar ao passo b.2.2.2
Critérios
de refinamento
"a-posteriori"O
8erador demalhas
auto-adaP
tativas,no
refinamento
"a- osteriori",utiliza erros locais,
na
solução calculadaem
uma
malha
inicial (geralmentegrosseiramente discretizada), para identificar as regiões
que
requerem
posterioresrefinamentos.
O
refmamento
"a-posteriori" funciona da seguinte forma:a - definir a
malha
inicial;b
- calcular a soluçãoaproximada
nesta malha;c - estimar o erro;
d
- se o erro estiver dentro dos limites aceitáveis parar o processamento, senão
refinar oselementos e voltar ao passo b.
Existem
na
literatura diferentes critérios para estimação de erros, os quaisestão
em
grande parte divididosem
doisgmpos:
Métodos
Baseados
em
Formulações
Complementares
[7,13,14], eMétodo
Baseado
na Regularidade
dosCampos
e/ou2.2.3
Critério
baseado
em
formulações
complementares
Neste
critério, os princípios variacionaiscomplementares
são utilizadospara obter duas soluções
aproximadas
para o problema.A
diferença entre as duas soluçõesprovê
uma
medida
de erro quepode
ser calculada elementopor
elemento.Embora
este critério estabeleça deforma
eleganteum
limite superior para o errona
malha, existem algims inconvenientes
na
sua utilização, taiscomo
a necessidade deresolver dois sistemas de equações
bem
como
a dificuldade deimplementação
[13,14].2.2.4
Critérios
baseados
na
regularidade
dos
campos
Estes critérios baseiam-se
na
regularidadeda
soluçãoaproximada
e/ou,na
análisedo comportamento
doscampos
eletromagnéticos (derivadasda
solução)como
indicação
da
precisão alcançada.Os
três critérios de erro "a-posteriori" utilizados neste trabalho sãoapresentados
com
detalhesna
seqüência.2.2.4.1 Critério
baseado
na
descontinuidade doscampos
Utilizando as três equações abaixo:
V
XÉ
=
Í
(22)
v-Êzo
(23)
É=V×Ã'
(2.4)A
equação
(2.3) é satisfeitacom
a continuidade C° deA',
oque não
ocorre
na
equação
(2.2). Esta última resulta em:Aplicando-se a
equação
(2.2)na
interface entre duas regiões quaisquerdesprovida de densidade de corrente superficial, obtém-se a seguinte condição de
fronteira (Figura 2.1):
m=m
eo
Esta
equação
deve ser satisfeitana
interface entre dois elementosquaisquer. Entretanto, considerando a equação (2.5), tem-se:
_
z
Mr,
(za)
_. _.
onde
AH,
é o saltoou
descontinuidadena componente
tangencial deH
na
interface entreos elementos 1 e 2.
111 P'2
01
02
Figura
2.1Condição
de fronteira entre dois elementos vizinhos.O
indicador local de erro édefinido
por:(ä-gp
"z =Max,=1.z Í _ (2-3)
O
erroem
cada elemento édado
então pelamaior
descontinuidade entre2.2.4.2 Critério
do
teorema
de
Ampère
O
resíduoda equação
(2.5), é estimado atravésda forma
integralda
equação
(2.2) [26]:.
J
H-dl
_
J .Ida (2.9)onde
I` é ocontomo
eQ
é a superficiedo
elemento.A
equação
(2.9) é aplicada sobre o contorno I`¡ e a superficie Qido
elemento
i (Figura 2.2).O
indicador local de erro édefmido
por:ne
=
J Flüdz'+
J Hüdíz+
JHüdë -
Jida
(2.1o) ri rl 3 QI 3 fita1
¿°¡ 2 Í 2 513O
K
Êta1
J\
2.2.4.3 Critério
da
perturbação
doscampos
Este critério analisa a variação
no
módulo
da
indução magnéticaem
mn
mesmo
elemento
durante o processo iterativo [4,1l].Após
obteruma
soluçãoem
uma
malha
inicialsem
que
existauma
solução referente auma
malha
anterior, paraque
avariação de |Ê| possa ser quantificada, a seleção dos elementos a
serem refinados
éefetuada,
comparando-se
o valor de |Ê|em
um
elemento.com
amédia
calculada noselementos vizinhos,
ou
seja, inicialmente o erro é estimado apartir de:|n,|=|1§,._B,,,| (2.11)
onde, é |Ê|
no
elemento i ._. _» -
Em
=~
(112)
n
onde
Bm
é amédia
de |B| nos elementos vizinhos, en
é onúmero
de elementos.Após
os elementos terem sido subdivididosuma
vez, o erro passa a serestimado por:
z
|
BM
-EX
|¡ (2.13)onde
B, é a indução magnética calculadana
K-ésima
iteraçãono
elemento i _Neste
procedimento é consideradoque
os nósda
malha
corrente sãoconectados igualmente
na malha
anterior. Entretanto, isto é apenasuma
aproximação,pois
algumas
vezes osnós
são reconectados demodo
a evitarque
surjam elementoscom
2.3
GERAÇÃO
DA
MALHA
A
geração automática é omecanismo
que
permite ao computador, após aestrutura ter sido fornecida pelo operador, discretizar o
domínio
de estudo construindoum
modelo
numérico do problema
fisico automaticamente.Existe
um
alto nível de sofisticação nos algoritmos capazes de efetuareste trabalho, pois entre outras coisas, deseja-se que a
malha
adapte-se perfeitamente aregião fornecida pelo operador,
sem
queno
entanto existam elementos distorcidos.V
2.3.1
Algoritmo
do
programa
EFCAD
[1]Para
compreender
o algoritmo utilizadono programa
EFCAD,
deve-seobservar a Figura (2.3).
O
primeiro passo, consistena
obtenção deum
segmento
padrãona
divisãodo
perímetro deR
em
segmentos decomprimento
igualou
muito próximo
aosegmento
padrão (2.3a).Em
seguida, são fechados os ângulosagudos
existentes (2.3b),iniciando assim a triangularização.
Quando
todos os ângulos estão fechados, é procuradaalguma
concavidade existenteem
R
se encontrada, a regiãoR
é subdivididaem
duasnovas
regiões R, e R,no
ponto da concavidade (2.3c).Novamente,
são procurados e fechadosnovos
ângulosagudos
quepossam
ter surgido após a operação anterior (2.3d).A
região R, está agora totahnentediscretizada, enquanto
em
R,não
existem ângulos agudos,nem
concavidades.O
próximo
passo, é então calcular o baricentro
B
de R2,formando
osegmento
BA
o qual, sendomuito
grande deve estar divididono
ponto C.Novos
ângulosagudos
são fechados (2.3e),um
novo
baricentro B, é calculado efmahnente
osnovos
nós restantes são unidos a B1,finalizando a discretização (2.3Í). Obviamente, a
dimensão
dos elementos e onúmero
dos1
/
Hz
R2
›
5
C
A
Figura 2.3c Corte na concavidade. Figura 2. 3d Corte de ângulo agudo em R1
Figura 2.3e Corte de ângulo agudo em R2 '
Figura 2.3f Malha final.
e definição de baricentro em R2.
_Y___
2.4
REFINAMENTO DA
MALHA
O
refinamento
deum
elemento qualquerna malha
é efetuado, demaneira
geral, através
da
bisseção dos ladosdo
elemento.Ao
ser refinado,cada
elementona
malha
é divididoem
quatro elementos menores, através daconexão
dos pontosmédios
dos lados de
um
quadriláteroou
triângulo (Figura 2.4 e 2.5).Figura
2.4Reƒinamento
deum
elemento quadrilateral.2.4.1
Os
elementos a
serem refinados
2.4.1.1
Refinamento
"a-priori"Como
a "proflmdidade de penetração" éem
geralmuito
pequena, deve-sediscretizar os elementos
da
fronteira das regiões condutoras, paraque sejam menores ou
iguais a "profundidade de penetração". Seguindo este raciocínio, é calculado
o
"tamanho"h
(Figura 2.6) de todos os elementos da fronteira.Em
cada iteração os elementosque não
satisfizerem à condição
h 5
õserão escolhidos para
serem
refmados.lã
Ft
Ui"
IFigura
2.6 Fronteira deuma
região condutoraonde:
F
- Fronteirada
região condutora;h
-"Tamanho"
do
elemento;B
- Indução magnética.2.4.1.2
Refinamento
"a-posteriori"O
objetivodo refinamento
é fazer o erroem
cada elementoaproximadamente
constanteem
toda amalha
[4,15]. Seguindo este raciocínio, é calculado|| ,zm |¡
z
z11%11(214)
onde: nm - é o erro
médio
na
malha;ne - é o indicador de erro
em
cada elemento;n
- é onúmero
de elementos.Sendo
esteum
processo iterativo,em
cada iteração os elementosque não
satisfazem a
equação
(2. 15), serão escolhidos paraserem
refinados.S
nm ||*K (2.l5)Na
equação
(2.l5),K
éuma
ftmçãodefinida
externamente queestabelece o limite
máximo
paraem
cada elemento. Atn`buindo-se a unidade aovalor de
K,
a cada iteração sãorefmados
os elementos cujo ne seja igualou
superior|| nm
Assim,
o erromédio
na
malha
tende a diminuir, aomesmo
tempo
em
que
omódulo
do
erro por elementotoma-se aproximadamente
constantena
malha.A
interrupçãodo
processo iterativo é efetuada
quando
o índice de convergência,definido
pelaequação
(2. 16), cai abaixo de
um
valor especificado extemamente.¿;
=~
(216)
_ ne 111;'
onde:
K
,K
- 1 - referem-se respectivamente aomodelo
atual e o imediatamente anterior;C
- é o indice de convergência.2.5
CONCLUSÕES
Neste capítulo foi apresentado o processo de geração e
refmamento
da malha. Apresentou-setambém
critérios de erro, quepodem
ser utilizados para identificarregiões
em uma
malha
de elementos finitos que são mais afetadas pelo erro. Estas regiõesCAPÍTULO
3
CONDIÇÃO
DE
1M;PÊDANc1A
DE FRONTEIRA APLICADA
AO
MÉTODO
DE
ELEMENTOS
EINITOS
3.1
INTRODUÇÃO
Quando
se está trabalhandocom
médias
e altas freqüências a"profimdidade de penetração" dos
campos
é muitopequena
nas regiõescom
correntesinduzidas, portanto
uma
malha
muitofina
é requerida para discretizar estas regiões.A
discretização destas regiões através de
malhas
adaptativas émuito
dispendiosaem
termosde
memória
computacional etempo
de processamento. Para superar esta dificuldade seráutilizada a condição de
impedância
de fronteira [l7,18,19,20,21,22,23].A
condição deimpedância de
fronteira(IBC
-Boundary hnpedance
Condition) éuma
condição defronteira
que
é aplicada à fronteira das regiões condutoras.A
utilização da condição de fronteira permiteque
regiõescom
correntes induzidas sejam retiradasdo domínio
deestudo (Figura 3.1).
Assim
onúmero
de elementosfica
reduzido e o sistema a ser7 .
solucionado
toma-se
menor. 'l
A
condição de 'fronteira utilizada neste traballio éuma
condição defronteira
de
Neumann
não homogênea.
Jz Jz
3.2
DETERMINAÇÃO
DA
CONDIÇÃO DE IMPEDÃNCLÀ
i
Supõa-se
uma
onda
viajandona
direçãodo
eixo y,conforme
Figura 3.2.O
campo
elétricoÉ
tem
somente
uma
componente
E,na
direção z , e ocampo
magnéticoH
tem
somente
uma
componente
H,
na
direção x. .I
.Ji
Região condutorax.
y
_, ALE,
0
I*H
"'
_»
Í
Figura
3.2Penetração do
campo
em
região condutora semi-infinita.A
equação que
descreve ofenômeno na
região condutora é:lv.(vÃ')=¡w<zÃ'
(si)
_ _
U
uma
vez que
A'=
A'k
e os campos, para aonda
plana uniforme,variam somente
com
y,a
equação
(3. 1) toma-se:'
â2A
'Ú-jWÕHA.=0
Definindo-se
a constante de propagaçãocomo:
a
equação
(3.2) torna-se:d2A'
.-2-3,?-'-'YZA
:O
Uma
solução para equação (3.4), parauma
onda
sepropagando na
direção
y
é [20,21]:A
'=Az
e'”
(3.5)
onde
Az
éo
potencial vetorna
superficie de separação.Como
tem-seque
para potencial vetor:É
=
V
×Ã
' (3.6)Para
uma
onda
plana viajandona
direçãoy
a única parcela daequação
(3.6) quecontribui é: ÕÀA'
za,
(31)
Õy
Seja, aequação
(3.8),A'
-ryB,=â(%)=-yA'
(3.s)Como
a direçãoy
é a direçãonormal
então pode-se escrever:ÔA
'.
Bx=?-=-'YA
n
A
expressão (3.9), é a condição de impedância de fronteiraque
será utilizada neste3.3
MODELAGEM
MATEMÁTICA
Considera-se
que
nesta seção oproblema
a ser resolvido é idêntico aodo
capítulo 1. .
A
equação que
rege ofenômeno no domínio
de estudoQ
é:V-(vvA')-¡wõA'+J,=o
(3.1o)onde
Q
= §2,UQ,UQ,.
3.3.1
A
formulação
fraca
A
formulação
fraca é obtida apartir dadefinição do
residual r , tal que:r=V-(vVA')-jw<:A'+J,
(3.1l)em
cada domínio
regular deQ.
Multiplica-se agora r por
uma
função de testev
suficientemente regulare faz-se a
média
ponderada
igual a zero.jvv-(VVA')dQ-¡jv¢wA'â§z+jvJeâQ=o
(3.12)O Q Q
~
A
equação que
rege ofenômeno
nas regiõesnao
condutorasdo domínio
de estudo (Q, e S23) é:
jvv.(vvA')do+jvJ,âQ=o
(3.13)Q Q
Integrando-se o primeiro termo da
equação
(3. 13) por partes e aplicandoo
teorema da
divergência, obtém-se:-jvv-(vvA')âQ+jvvvA'.fiâr+jv.¿z1Q=o
(3.14)onde
1"", representa a fronteira entre as regiões condutora enão
condutora.Considerando-se o
segundo
termo daequação
(3.14):JW,
.Ôifâr
(sis)
R
ân
onde
v, é a relutividade magnéticana
regiãonão
condutora (§2,).Este
termo
será usadocomo
um
meio
de acoplar as formulações descrevendo ofenômeno
em
duas áreas condutora enão
condutora.Como
a continuidadede
Ê,
(tangencial)pode
ser assegurada para a fronteira [17,18], então:ô'A '
âA'
=
“2(316)
onde: vz - relutividade magnética
na
região condutora (Q2);nc
-não
condutora;c - condutora.
Então
a expressão (3.15), toma-se:jvvzálfdr
(3.17)fm
Ú
nComo
mostra aaproximação
unidimensionalna
seção 3.2, a derivadanormal
do
potencialA
'é:âA'
.Com
a região condutora retiradado dominio
de estudo, a expressão que_
jvv-(vvA')âQ+jvv,yA'dr=jv.1edQ
(3.19)Q F, Q
3.3.2
A
formulação de
elementos
finitos
Como
vistono
capítulo 1, ométodo
de elementos finitosfomece
uma
técnica geral e sistemática para construir funções bases para a
aproximação
de Galerkindo problema
decontomo.
Considerando-se o elemento finito da Figura 3.3:
IO--í d
ml
"1