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PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES - 6ª CÂMARA EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE JUNHO/2008:

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PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES - 6ª CÂMARA

EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE JUNHO/2008: Processo nº : 10865.001230/2002-40

Recurso nº : 150.397

Matéria : IRF/LL - Ano(s): 1990, 1992

Recorrente : TATU PRÉ MOLDADOS LTDA. Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-RIBEIRÃO PRETO/SP Sessão de : 5 de dezembro de 2007

Acórdão nº : 106-16.651

DECADÊNCIA - REPETIÇÃO DO INDÉBITO - TERMO INICIAL DE ILL DECLARADO INCONSTITUCIONAL O reconhecimento da não incidência de ILL de sociedade por quotas é atestada pela Instrução Normativa SRF nº. 63, publicada no DOU de 25/07/97. Sob esse prisma, não havendo transcorrido entre a data do ato da administração tributária, e a do pedido de restituição, interregno temporal superior a cinco anos, é de se considerar a não ocorrência da decadência do crédito envolvido na postulação. Decadência afastada. Por maioria de votos, AFASTAR a decadência do direito de pedir do recorrente e DETERMINAR a remessa dos autos à DRJ de origem para exame das demais questões. Vencidos os Conselheiros Giovanni Christian Nunes Campos e Ana Maria Ribeiro dos Reis que negaram provimento ao recurso para reconhecer a decadência do direito de pedir do recorrente.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente César Piantavigna - Relator

Processo nº : 13047.000113/2003-71 Recurso nº : 144.156

Matéria : IRPF - Ex(s): 1996

Recorrente : JOSÉ VALDEMIR SILVA PACHECO Recorrida : 2ª TURMA/DRJ-SANTA MARIA/RS Sessão de : 23 de janeiro de 2008

Acórdão nº : 106-16.729

IRPF - RESTITUIÇÃO - CORREÇÃO - Em face da nãoincidência do IRPF sobre as verbas recebidas a título de PDV, os valores eventualmente recolhidos a título deste imposto são indevidos desde o momento da retenção na fonte, daí porque este deve ser o marco inicial para o cômputo da correção monetária aplicável ao valor a ser restituído.

Recurso provido.

Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti - Relatora Processo nº : 16707.004149/2003-00

Recurso nº : 140.661

Matéria : IRPF - Ex(s): 1999

Recorrente : CRESO COSME DA SILVA Recorrida : 1ª TURMA/DRJ-RECIFE/PE Sessão de : 5 de março de 2008

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Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF - Exercício: 1999

PRELIMINAR DE IRRETROATIVIDADE DA LEI COMPLEMENTAR N° 105, DE 2001 E DA LEI N° 10.174, DE 2001. O entendimento majoritário desta Câmara é no sentido de que a Lei Complementar n° 105, de 2001 e a Lei n° 10.174, de 2001, têm natureza instrumental e podem ser aplicadas para fins de prova de omissão de rendimentos correspondentes a períodos anteriores a sua vigência. Preliminar rejeitada.

DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS.

Caracterizam omissão de rendimentos os valores creditados em conta de depósito mantida junto à instituição financeira, quando o contribuinte, regularmente intimado, não comprova, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.

PRESUNÇÕES LEGAIS RELATIVAS. DISTRIBUIÇÃO

DO ÔNUS DA PROVA - As presunções legais relativas obrigam a autoridade fiscal a comprovar, tão-somente, a ocorrência das hipóteses sobre as quais se sustentam às referidas presunções, atribuindo ao contribuinte o ônus de provar que os fatos concretos não ocorreram na forma como presumidos pela lei. Recurso voluntário negado.

Por maioria de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento em decorrência da irretroatividade da Lei nº 10.174, de 2001, vencidos os Conselheiros Gonçalo Bonet Allage (relator), Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Janaína Mesquita Lourenço de Souza e, no mérito, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, vencidos os Conselheiros Gonçalo Bonet Allage (relator), Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Janaína Mesquita Lourenço de Souza que deram provimento parcial ao recurso para excluir da base de cálculo o valor de R$ 113.077,99.

Designado para redigir o voto vencedor o Conselheiro Luiz Antonio de Paula. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Redator designado Processo nº : 10166.014479/2003-83 Recurso nº : 153.914

Matéria : IRPF - Ex(s): 1999 e 2000

Recorrente : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-BRASÍLIA/DF

Sessão de : 5 de março de 2008 Acórdão nº : 106-16.776

CONCOMITÂNCIA ENTRE PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. INCOMPETÊNCA DA SRFB PARA EFETUAR O LNAÇMENTO. A propositura pelo contribuinte de ação judicial contra a Fazenda Nacional antes ou posteriormente ao lançamento, com o mesmo objeto, importa renúncia às instâncias administrativas.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. LANÇAMENTO.

NULIDADE Não é nulo o auto de infração, lavrado com observância do art. 142 do CTN e 10 do Decreto 70.235 de 1972, quando a descrição dos fatos e a capitulação legal permitem ao autuado compreender as acusações que lhe foram formuladas no auto de infração, de modo a desenvolver plenamente suas peças impugnatória e recursal.

PRELIMINAR. PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA

- É de se indeferir a solicitação de diligência que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16 do Decreto nº 70.235, de 1972. PROCEDIMENTO FISCAL. LANÇAMENTO - A autoridade fiscal tem competência fixada em lei para formalizar o lançamento por meio de auto de infração. Estando presentes os requisitos do art. 10 do Decreto nº 70.235, de 1972, não há o que se falar em nulidade do lançamento.

ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - São tributáveis as quantias correspondentes ao acréscimo do patrimônio da pessoa física, quando esse acréscimo não for justificado pelos rendimentos tributáveis, não tributáveis ou já tributados exclusivamente na fonte.

VARIAÇÃO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. RENDIMENTOS

DECLARADOS COMO ISENTOS E NÃO TRIBUTÁ-VEIS - Na apuração da variação patrimonial a descoberto devem ser considerados como origens de recursos os rendimentos isentos e não tributáveis regularmente declarados, bem como os lucros distribuídos, declarados tempestivamente e regularmente registrados na contabilidade das empresas.

Recurso voluntário parcialmente provido.

Por unanimidade de votos, REJEITAR as preliminares de nulidade do lançamento e o pedido de diligência e, no mérito, DAR provimento PARCIAL ao recurso para considerar como origem no cálculo do acréscimo patrimonial a descoberto, no calendário de 1998, o valor de R$ 573.820,27 e, no ano-calendário de 1999, o valor de R$ 458.048,80.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Luiz Antonio de Paula - Relator

Processo nº : 14041.000170/2006-16 Recurso nº : 153.932 - Embargos Matéria : IRPF - Ex(s): 2003

Embargante : SILVANA SOLANGE ROSSI Interessado : FAZENDA NACIONAL

Sessão de : 7 de março de 2008 Acórdão nº : 106-16.820

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO ACÓRDÃO No 106-16.281 NORMAS PROCESSUAIS - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PROCEDÊNCIA - RERRATIFICAÇÃO DE ACÓRDÃO - Confirmadas as omissões do acórdão, outro deve ser proferido na devida forma, para que sejam sanadas.

IRPF - ORGANISMO INTERNACIONAL DA ONU -

ISENÇÃO - A isenção de imposto sobre rendimentos pagos por Organismo Internacional da ONU é restrita aos salários e emolumentos recebidos pelos

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funcionários internacionais, assim considerados aqueles que possuem vínculo estatutário com a Organização e foram incluídos nas categorias determinadas pelo seu Secretário-Geral, aprovadas pela Assembléia Geral. Não estão albergados pela isenção os rendimentos recebidos pelos técnicos a serviço da Organização, residentes no Brasil, sejam eles contratados por hora, por tarefa ou mesmo com vínculo contratual permanente. (Precedente da CSRF/MF) MULTA ISOLADA - MULTA DE OFÍCIO - CONCOMITÂNCIA

- É inaplicável a multa isolada concomitantemente com a multa de ofício, tendo ambas a mesma base de cálculo. Embargos acolhidos.

Por unanimidade de votos, ACOLHER os Embargos de Declaração para sanar a omissão e RERRATIFICAR o Acórdão nº 106-16.281, de 29/03/2007 sem alteração do resultado.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Ana Neyle Olímpio Holanda - Relatora Processo nº : 13830.001984/2006-19 Recurso nº : 161.799

Matéria : IRPF - Ex(s): 2002 a 2005

Recorrente : SILVIO RODRIGUES PAIÃO Recorrida : 7ª TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP II Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.829

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2002, 2003, 2004, 2005

IRPF. GLOSA. DESPESAS MÉDICAS - Não sendo comprovada a efetividade dos serviços médicos prestados, cuja dedução o contribuinte pleiteava, deve ser mantida a glosa das referidas despesas. JUROS DE MORA - TAXA SELIC - “A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais” (Súmula nº 4 do Primeiro Conselho de Contribuintes).

Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Relator Processo nº : 13701.002611/2004-79 Recurso nº : 159.755

Matéria : IRPF - Ex(s): 2000

Recorrente : JEANETTE GONÇALVES DA SILVA Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ II Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16832

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2000

DECLARAÇÃO RETIFICADORA - SUBSTITUIÇÃO PARA TODOS OS EFEITOS DA DECLARAÇÃO ORIGINAL - ATO VOLITIVO DO

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CONTRIBUINTE - O declarante obrigado à apresentação da Declaração de Ajuste Anual pode retificar a declaração anteriormente entregue mediante apresentação de nova declaração. Esta tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente. Dessa forma, correto o procedimento da fiscalização que apurou omissão de rendimentos na declaração retificadora, procedendo a competente autuação.

Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 13710.000234/2005-13

Recurso nº : 159.756

Matéria : IRPF - Ex(s): 2001

Recorrente : JEANETTE GONÇALVES DA SILVA Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ II Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.833

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2001

DECLARAÇÃO RETIFICADORA - SUBSTITUIÇÃO PARA TODOS OS EFEITOS DA DECLARAÇÃO ORIGINAL - ATO VOLITIVO DO CONTRIBUINTE - O declarante obrigado à apresentação da Declaração de Ajuste Anual pode retificar a declaração anteriormente entregue mediante apresentação de nova declaração. Esta tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente. Dessa forma, correto o procedimento da fiscalização que apurou omissão de rendimentos na declaração retificadora, procedendo a competente autuação.

Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 10935.001434/2006-33

Recurso nº : 152.089

Matéria : IRPF - Ex(s): 2004

Recorrente : STEVO TUACEK FILHO Recorrida : 4ª TURMA/DRJ-CURITIBA/PR Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.835

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2004

Ementa: IRF - RENDIMENTOS AUFERIDOS POR RESIDENTE NO EXTERIOR - RESPONSABILIDADE DO PROCURADOR. Os rendimentos percebidos por pessoa física residente no exterior, de fonte situada no País, sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, como regra, à alíquota de 15%, sendo que compete ao procurador a retenção quando não informar à fonte pagadora sobre a condição do proprietário do rendimento.

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OMISSÃO DE RENDIMENTOS - DEPÓSITOS BANCÁ-

RIOS. Na ausência de comprovação da origem dos recursos depositados em instituição financeira, incide a presunção de omissão de rendimentos prevista no artigo 42 da Lei n° 9.430/96. Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Gonçalo Bonet Allage - Relator Processo nº : 13656.000201/2001-33 Recurso nº : 138.998

Matéria : IRPF - Ex(s): 1997

Embargante : HÉLIO DE GODOY TAVARES (ESPÓLIO) Interessado : FAZENDA NACIONAL

Sessão de : 23 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.836

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF - Exercício: 1997

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Cabem embargos de declaração quando existir no acórdão obscuridade, dúvida ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a Câmara.

ATIVIDADE RURAL. DESPESAS - Comprovada as despesas escrituradas no Livro Caixa, mediante documentação idônea, incabível a manutenção de glosa de despesas.

Embargos acolhidos.

Por unanimidade de votos, ACOLHER os Embargos de Declaração para RERRATIFICAR o Acórdão nº 106-16.067, de 24/01/2007, com alteração do resultado, para excluir do lançamento também a importância de R$ 217.309,42. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Relator Processo nº : 18471.001479/2005-33 Recurso nº : 153.829

Matéria : IRPF - Ex(s): 2001 a 2003

Recorrente : GERALDO MOREIRA BARBOSA Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ II Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.837

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2001, 2002, 2003

PRODUÇÃO DE PROVA DOCUMENTAL . INDEFERIMENTO - Nega-se o pedido para posterior apresentação de documentos, em virtude da preclusão que se operou com fulcro no artigo 16, 4º, do Decreto nº 70.235, de 1972, já que não se comprovaram quaisquer das excludentes previstas nas alíneas do dispositivo em lume.

IRPF. NULIDADE AUTO DE INFRAÇÃO . CERCEAMENTO

AO DIREITO DE DEFESA - Não se caracteriza cerceamento ao direito de defesa a ensejar nulidade do auto de infração, quando os documentos

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acostados aos autos dão ao contribuinte condição de identificar os dados que foram objeto da autuação.

MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. NORMAS

DE CONTROLE INTERNO DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL - As normas que regulamentam a emissão de Mandado de Procedimento Fiscal - MPF dizem respeito ao controle interno das atividades da Secretaria da Receita Federal, portanto eventuais vícios na sua emissão e execução não afetam a validade do lançamento. NULIDADE . QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO - Os dados da CPMF à disposição da Receita Federal, em face de sua competência legal, são meios lícitos de obtenção de provas tendentes à apuração de crédito tributário.

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. INDEFERIMENTO

DE DILIGÊNCIA. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - O indeferimento do pedido de perícia pelo julgador de primeira instância, por entendê-la desnecessária ao deslinde do litígio, não se configura cerceamento do direito de defesa.

NULIDADE DA DECISÃO RECORRIDA - PROCESSO

ADMINISTRATIVO FISCAL - Proferida a decisão de primeiro grau, na boa e devida forma, abordando e fundamentando todos os pontos postos no litígio instaurado, inconsistente o argumento de nulidade. DILIGÊNCIAS. Indefere-se o pedido de diligência que tenha por objetivo a indevida inversão do ônus da prova OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEPÓSITOS BANCÁ-RIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. ARTIGO 42, DA LEI Nº. 9.430, DE 1996 - Caracteriza omissão de rendimentos a existência de valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto à instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.

DEPÓSITOS BANCÁRIOS. LIMITES. AUTORIZAÇÃO A

Lei nº. 9.430, de 1996, não autoriza o lançamento com base em depósitos/créditos bancários não comprovados, quando estes não alcançarem os valores limites individual e anual, nela mesmo estipulados. ATIVIDADE RURAL. ESCRITURAÇÃO. PROVA - O contribuinte deverá comprovar a veracidade das receitas e das despesas escrituradas no Livro Caixa, mediante documentação idônea que identifique o adquirente ou beneficiário, o valor e a data da operação, a qual será mantida em seu poder à disposição da fiscalização, enquanto não ocorrer a decadência ou prescrição.

SIMULAÇÃO. CONJUNTO PROBATÓRIO - Se o conjunto probatório evidencia que os atos formais praticados divergiam da real intenção subjacente (compra de imóveis), caracteriza-se a simulação, cujo elemento principal não é a ocultação do objetivo real, mas sim a existência de objetivo diverso daquele configurado pelos atos praticados, seja ele claro ou oculto.

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MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. SIMULAÇÃO. EVIDENTE

INTUITO DE FRAUDE - A prática da simulação com o propósito de dissimular, no todo ou em parte, a ocorrência do fato gerador do imposto caracteriza a hipótese de qualificação da multa de ofício, nos termos do art. 44, II, da Lei nº 9.430, de 1996 MULTA ISOLADA. NÃO CUMULATIVIDADE COM A MULTA DE OFÍCIO - Se aplicada a multa de ofício ao tributo apurado em lançamento de ofício, a ausência de anterior recolhimento mensal (via carnê-leão) do referido imposto não deve ocasionar a aplicação cumulativa da multa isolada, já que esta somente é aplicável de forma isolada, de modo a se evitar a dupla penalização sobre a mesma base de incidência.

Recurso voluntário parcialmente provido.

Por unanimidade de votos, REJEITAR as preliminares argüidas pelo recorrente e, no mérito, por maioria de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso para excluir da base de cálculo do lançamento relativo a depósitos bancários o valor de R$ 59.870,10, no ano-calendário de 2000, e a multa isolada do carnê-leão no anocalendário de 2002, vencido o Conselheiro Gonçalo Bonet Allage que deu provimento parcial, em maior extensão, para cancelar a exigência relativa à omissão de rendimentos recebidos do exterior.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Luiz Antonio de Paula - Relator

Processo nº : 13425.000059/99-71 Recurso nº : 155.562

Matéria : ILL - Ex(s): 1989 a 1992

Recorrente : INDÚSTRIAL PORTO RICO S.A. Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-RECIFE/PE Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.841

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 1989, 1990, 1991, 1992

IMPOSTO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - RESTITUIÇÃO DE VALORES REFERENTES AO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - PRAZO DECADENCIAL - Em caso de conflito quanto à inconstitucionalidade da exação tributária, o termo inicial para contagem do prazo decadencial do direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente inicia-se: da publicação do acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal em ADIN; da Resolução do Senado que confere efeito erga omnes à decisão proferida inter partes em processo que reconhece inconstitucionalidade de tributo ou da publicação de ato administrativo que reconhece caráter indevido de exação tributária (CSRF/01-03.239). Se o indébito se exterioriza a partir da declaração de inconstitucionalidade das normas instituidoras do tributo, surge para o contribuinte o direito à sua repetição, independentemente do exercício financeiro em que se deu o pagamento indevido (Entendimento baseado no RE no 141.331-0, Rel. Min. Francisco Rezek). Na espécie, trata-se de direito creditório decorrente da retirada do dispositivo do artigo 35 da Lei nº 7.713, de 1988, no que diz respeito à expressão “o acionista”, do ordenamento jurídico brasileiro pela Resolução no 82, do Senado Federal, publicada no DOU de 19/11/1996. Assim, em se tratando de sociedades por ação, para que não seja atingido pela decadência, o pedido de reconhecimento do direito creditório

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deve ter sido apresentado até cinco anos contados da data da publicação da referida Resolução do Senado Federal. Decadência afastada.

Por maioria de votos, AFASTAR a decadência do direito de pedir da recorrente e DETERMINAR o retorno dos autos à DRF de origem para exame das demais questões, vencidos os Conselheiros Giovanni Christian Nunes Campos (relator) e Ana Maria Ribeiro dos Reis que negaram provimento ao recurso. Designada para redigir o voto vencedor a Conselheira Ana Neyle Olímpio Holanda.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Ana Neyle Olímpio Holanda - Redatora designada Processo nº : 11610.005659/2001-80

Recurso nº : 157.262

Matéria : IRF - Ano(s): 1992

Recorrente : PARATODOS CONSTRUÇÕES, EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.

Recorrida : 7ª TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP I Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.842

Assunto: Processo Administrativo Fiscal Exercício: 1993, 1992

PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO VOLUNTÁRIO - CIÊNCIA POSTAL DA DECISÃO RECORRIDA - DATA DE RECEBIMENTO REGISTRADA NO AVISO DE RECEBIMENTO - TRINTÍDIO LEGAL - RECURSO INTEMPESTIVO - NÃO CONHECIMENTO - Na forma do art. 23 do Decreto nº 70.235/72, o recurso voluntário deve ser interposto no prazo de 30 dias da ciência da decisão recorrida. Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento. Essa dicção do Decreto nº 70.235/72, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal federal, é idêntica à do Código de Processo Civil e à do Código Civil.

Recurso voluntário não conhecido.

Por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso por perempto. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 11040.002039/2001-09

Recurso nº : 150.768

Matéria : IRPF - Ex(s): 2000

Recorrente : MARLON RABASSA PORTO

Recorrida : 4ª TURMA/DRJ-PORTO ALEGRE/RS Sessão de : 23 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.846

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2000

Ementa: IMPOSTO DE RENDA NA FONTE - ANTECIPAÇÃO - FALTA DE RETENÇÃO - RESPONSABILIDADE DA FONTE - LANÇAMENTO CONSTITUÍDO APÓS 31 DE DEZEMBRO DO ANO-CALENDÁRIO. Quando a incidência do imposto de renda na fonte ocorre por antecipação do tributo devido na declaração de ajuste anual e a ação fiscal que constata a falta de

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retenção é concluída após o dia 31 de dezembro do ano do fato gerador, o imposto deve ser exigido do beneficiário dos rendimentos, que é o contribuinte do tributo, nos termos do artigo 45 do CTN. O fato de a fonte pagadora ter deixado de efetuar a retenção do imposto de renda a que estava obrigada não exime o beneficiário dos rendimentos de oferecê-los à tributação, na declaração de ajuste anual. Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Gonçalo Bonet Allage - Relator Processo nº : 10980.007800/00-10 Recurso nº : 141.708

Matéria : IRPF - Ex(s): 1997 e 1998 Recorrente : MARCUS VINÍCIUS GOBBO Recorrida : DRJ-FOZ DO IGUAÇU/PR Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.847

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1997, 1998

ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - São tributáveis os valores relativos ao acréscimo patrimonial, quando não justificados pelos rendimentos tributáveis, isentos/não tributáveis, tributados exclusivamente na fonte ou objeto de tributação definitiva.

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO PATRIMONIAL. DISTRIBUIÇÃO

DE LUCROS. COMPROVAÇÃO - Somente podem ser considerados como origens de recursos na análise da evolução patrimonial os rendimentos isentos e não tributáveis relativos à distribuição de lucros pagos por pessoas jurídicas se restar comprovada, mediante documentação hábil e idônea, a efetividade dos pagamentos.

DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS.

Caracterizam omissão de rendimentos os valores creditados em conta de depósito mantida junto à instituição financeira, quando o contribuinte, regularmente intimado, não comprova, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.

PRESUNÇÕES LEGAIS RELATIVAS. DISTRIBUIÇÃO

DO ÔNUS DA PROVA - As presunções legais relativas obrigam a autoridade fiscal a comprovar, tão-somente, a ocorrência das hipóteses sobre as quais se sustentam às referidas presunções, atribuindo ao contribuinte o ônus de provar que os fatos concretos não ocorreram na forma como presumidos pela lei. MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO.

MULTA DE OFÍCIO. CONCOMITÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE

- É indevida a acumulação da multa de lançamento de ofício com a penalidade pela falta de entrega da declaração de rendimentos calculada com base no montante exigido na autuação. Recurso voluntário parcialmente provido.

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Por maioria de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso para excluir a multa por atraso na entrega da declaração, vencido o Conselheiro Gonçalo Bonet Allage que deu provimento ao recurso.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Luiz Antonio de Paula - Relator

Processo nº : 11080.003840/00-53 Recurso nº : 142.827

Matéria : IRPF - Ex(s): 1998

Recorrente : JAIME CORADI MARCON

Recorrida : 4ª TURMA/DRJ-PORTO ALEGRE/RS Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.848

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1998

PRELIMINAR. CERCEAMENTO DE DEFESA - O indeferimento motivado de realização de perícia não acarreta cerceamento do direito de defesa da parte.

NULIDADE DA DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU - INOCORRÊNCIA

- As questões suscitadas em defesa pelo contribuinte foram devidamente analisados no voto condutor do Acórdão recorrido. O inconformismo com o teor da decisão não a invalida. PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA - É de se indeferir a solicitação de perícia que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16 do Decreto nº 70.235, de 1972.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. SÓCIOS. PESSOA JURÍ-

DICA TRIBUTADA COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO. DISTRIBUIÇÃO EXCEDENTE AO LUCRO PRESUMIDO - Somente pode ser distribuído, com isenção do imposto de renda, valor maior que o lucro presumido do período quando se comprovar que o lucro contábil excedeu o presumido, mediante levantamento dos demonstrativos contábeis com observância da legislação comercial.

APRESENTAÇÃO DE ESCRITURAÇÃO APÓS O LANÇAMENTO IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE PROVA

CONDICIONAL - Para que os livros comerciais possam fazer prova a favor do contribuinte a respeito do lucro efetivo apurado, há necessidade de eles possuírem todas as formalidades exigidas pela legislação e serem apresentados tempestivamente à fiscalização. A apresentação da escrituração após o lançamento de ofício não invalida a apuração das bases de cálculo efetuadas pela fiscalização. Não existe lançamento condicional.

Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Relator Processo nº : 10768.006469/2004-76 Recurso nº : 144.573

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Recorrente : RÔMULO GONÇALVES Recorrida : DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ I Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.849

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2001, 2003

NORMAS PROCESSUAIS. PROVA ILÍCITA - Comprovado a utilização de documentos e ou informações enviados ao Brasil pelas autoridades suíças, em virtude de cooperação jurídica, para instaurar processo fiscal, tais documentos decorrentes constituem em provas ilícitas, conforme consta em decisão judicial.

ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. EMPRÉSTIMO

NÃO COMPROVADO. A alegação da existência de empréstimos realizados com terceiros deve vir acompanhada de provas inequívocas da efetiva transferência dos numerários emprestados. ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - Restando comprovada, com a apresentação de documentação hábil e idônea, a origem dos recursos e desfeito o descompasso patrimonial apontado pela fiscalização entre ingresso e desembolso de receitas, é de excluir da base de cálculo o valor tido por comprovado.

RENDIMENTOS DO CÔNJUGE. LUCROS DISTRIBUÍ-

DOS. A alegação de recebimento de valor significativo, a título de distribuição de lucros, quando não tenha sido comprovada a efetiva transferência do valor distribuído por meio de provas inequívocas, não é suficiente para justificar acréscimo patrimonial. MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA - O artigo 44, inciso II, da Lei 9.430, de 1996, ao dispor sobre a aplicação da multa qualificada, determina a caracterização do evidente intuito de fraude. No caso de lançamento de ofício incide a penalidade prevista no inciso I, do artigo 44 da Lei n° 9.430, de 1996, no percentual de 75%, quando não comprovada na autuação a prática de evidente intuito de fraude.

JUROS DE MORA - TAXA SELIC - “A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais” (Súmula nº 4 do Primeiro Conselho de Contribuintes).

Recurso voluntário parcialmente provido.

Por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa e, no mérito, DAR provimento PARCIAL ao recurso para: i) no ano-calendário de 2000, cancelar o acréscimo patrimonial a descoberto; ii) no ano-calendário de 2002, reduzir o acréscimo patrimonial a descoberto para R$ 12.375,19 e desqualificar a multa de ofício. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Relator Processo nº : 19515.002887/2004-31 Recurso nº : 159.526

Matéria : IRPF - Ex(s): 2000, 2001

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Recorrida : 5ª TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP II Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.852

IRPF - LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS - SIGILO BANCÁRIO - O sigilo bancário tem por finalidade a proteção contra a divulgação ao público dos negócios das instituições financeiras e seus clientes. Assim, a partir da prestação, por parte das instituições financeiras, das informações e documentos solicitados pela autoridade tributária competente, como autorizam a L.C. nº 105, de 2001, e o art. 197, II do CTN, o sigilo bancário não é quebrado, mas, apenas, se transfere à responsabilidade da autoridade administrativa solicitante e dos agentes fiscais que a eles tenham o acesso no restrito exercício de suas funções, que não poderão violar, salvo as ressalvas do parágrafo único do art. 198 e do art. 199, ambos do CTN, como prevê o inciso XXXIII do art. 5º da Constituição Federal, sob pena de incorrerem em infração administrativa e em crime.

TRIBUTAÇÃO PRESUMIDA DO IMPOSTO SOBRE A

RENDA - O procedimento da autoridade fiscal encontra-se em conformidade com o que preceitua o art. 42 da Lei nº 9.430, de 1996, em que se presume como omissão de rendimentos os valores creditados em conta de depósito ou de investimento, mantidos em instituição financeira, cuja origem dos recursos utilizados nestas operações, em relação aos quais o titular pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprova, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.

ÔNUS DA PROVA - Se o ônus da prova, por presunção legal, é do contribuinte, cabe a ele a prova da origem dos recursos utilizados para acobertar seus depósitos bancários, que não pode ser substituída por meras alegações.

MULTA DE OFÍCIO - PERCENTUAL - A inadimplência da obrigação tributária principal, na medida em que implica descumprimento da norma tributária definidora dos prazos de vencimento, tem natureza de infração fiscal, e, em havendo infração, cabível a infligência de penalidade, desde que sua imposição se dê nos limites legalmente previstos. Incabível a redução do percentual da multa de ofício, sem previsão legal para tal, vez que o lançamento tributário deve ser estritamente balizado pelos ditames legais, devendo a Administração Pública cingir-se às determinações da lei para efetuá-lo ou alterá-lo.

JUROS DE MORA - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas em lei tributária (art. 161, CTN) TAXA SELIC - Legítima a aplicação da taxa SELIC, para a cobrança dos juros de mora, a partir de partir de 1º de abril de 1995 (art. 13, Lei no 9.065, de 1995).

Recurso voluntário negado.

Pelo voto de qualidade, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento em decorrência da irretroatividade da Lei nº 10.174, de 2001, vencidos os Conselheiros Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti, Luciano Inocêncio dos Santos, Janaína Mesquita Lourenço de Souza e Gonçalo Bonet Allage e, no mérito, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso.

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Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Ana Neyle Olímpio Holanda – Relatora Processo nº : 11522.001080/2003-07 Recurso nº : 146.114

Matéria : IRPF - Ex(s): 1999

Recorrente : ÁLVARO CELSO RAMOS ARAGÃO Recorrida : 2ª TURMA/DRJ-BELÉM/PA

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.853

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1999

IMPOSTO DE RENDA - TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVAMENTE COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS - POSSIBILIDADE -

A partir da vigência do art. 42 da Lei nº 9.430/96, é desnecessário se falar em sinais exteriores de riqueza a comprovar o consumo ou aplicação dos depósitos bancários, como ocorria na vigência do revogado §5º do art. 6º da Lei nº 8.021/90. O contribuinte tem que comprovar a origem dos depósitos bancários, sob pena de se presumir que estes são rendimentos omitidos, sujeitos à aplicação da tabela progressiva.

Assunto: Normas de Administração Tributária Exercício: 1999

MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL - MPF PRORROGAÇÕES - NOTIFICAÇÃO AO CONTRIBUINTE - NULIDADE - INOCORRÊNCIA - Não há que se falar em nulidade do auto de infração, quando o contribuinte foi cientificado do MPF que autorizou o início da ação fiscal e de suas prorrogações, isso quando do encerramento do procedimento, mormente porque a autoridade autuante, seguidamente, intimou o contribuinte da continuidade dos trabalhos, aliado ao fato das prorrogações terem sido feitas por autoridade competente. Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento por vício na prorrogação do MPF, argüida pelo recorrente e, no mérito, NEGAR provimento ao recurso.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 10768.009985/2002-91

Recurso nº : 152.257

Matéria : IRF/LL - Ex(s): 1989, 1990, 1992

Recorrente : PRONTODENTE ODONTOLOGIA INTEGRAL LTDA. Recorrida : 5ª TURMA/DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ I

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.854

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1990, 1991

IMPOSTO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - ILL - RESTITUIÇÃO DE VALORES REFERENTES AO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - PRAZO

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DECADENCIAL - Em caso de conflito quanto à inconstitucionalidade da exação tributária, o termo inicial para contagem do prazo decadencial do direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente inicia-se: da publicação do acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal em ADIN; da Resolução do Senado que confere efeito erga omnes à decisão proferida inter partes em processo que reconhece inconstitucionalidade de tributo ou da publicação de ato administrativo que reconhece caráter indevido de exação tributária (CSRF/01-03.239). Quando o indébito se exterioriza a partir do reconhecimento da administração tributária deve-se tomar a data da publicação da norma que veiculou ser indevida a exação como o dies a quo para a contagem do prazo a que estava submetido o contribuinte para pleitear a restituição do indébito gerado com o entendimento veiculado por ela. Isto porque, antes da publicação da norma, não tinha o contribuinte o conhecimento do que era indevida a exação, e não se reconhecer tal fato seria penalizá-lo por ato que não praticou quando o seu direito não era reconhecido. Assim, em se tratando de sociedades por quotas de responsabilidade limitada, para que não seja atingido pela decadência, o pedido de reconhecimento do direito creditório deve ter sido apresentado até cinco anos contados da data da publicação da IN SRF nº 63, de 25/07/1997.

Decadência afastada.

Por maioria de votos, AFASTAR a decadência do direito de pedir da recorrente e DETERMINAR o retorno dos autos à DRF de origem para exame das demais questões, vencidos os Conselheiros Giovanni Christian Nunes Campos (relator) e Ana Maria Ribeiro dos Reis que negaram provimento ao recurso. Designada para redigir o voto vencedor a Conselheira Ana Neyle Olímpio Holanda.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Ana Neyle Olímpio Holanda - Redatora Designada Processo nº : 10875.000625/2005-59

Recurso nº : 157.089

Matéria : IRPF - Ex(s): 2001

Recorrente : IDAIR MARTINS RIBEIRO

Recorrida : 7ª TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP II Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.855

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2001

DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA - ART. 42 DA LEI Nº 9.430/96 - PRESUNÇÃO DE RENDIMENTO OMITIDO - AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 43 e 44 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL E ART. 153, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

A presunção do art. 42 da Lei nº 9.430/96 é relativa, podendo ser afastada pela comprovação da origem do depósito bancário, quando, então, a autoridade autuante submeterá o rendimento outrora omitido às normas específicas de tributação, previstas na legislação vigente à época em que o rendimento foi auferido ou recebido. O art. 153, III, da CF88 outorga competência para a União instituir o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza. O art. 43 do CTN define o que seja renda e proventos de qualquer natureza. Já o art. 44 do CTN, especificamente, permite que a base de cálculo do imposto de

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renda seja o montante da renda ou provento presumido. Ambos os artigos do CTN são harmônicos com a dicção do art. 42 da Lei nº 9.430/96.

Assunto: Processo Administrativo Fiscal Exercício: 2001

PERÍCIA CONTÁBIL - NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA PERTINÊNCIA E IMPRESCINDIBILIDADE - INOCORRÊNCIA -

A ausência da comprovação da origem dos depósitos bancários na fase inquisitória do processo administrativo fiscal não defere ao contribuinte, a qualquer tempo, o direito de pugnar pela realização de perícia contábil. Não comprovado a imprescindibilidade da perícia contábil, é de se indeferir a pretensão.

Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Exercício: 2001

JUROS DE MORA -ATUALIZAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS PELA TAXA SELIC - POSSIBILIDADE - No âmbito dos Conselhos de Contribuintes, pacífica a utilização da taxa Selic, quer como juros de mora a incidir sobre crédito tributário em atraso, quer para atualizar os indébitos do contribuinte em face da Fazenda Federal. Entendimento em linha com o enunciado da Súmula 1º CC nº 4: “A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais”.

Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, REJEITAR o pedido de diligência feito pelo recorrente e, no mérito, NEGAR provimento ao recurso.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 10855.003646/99-28

Recurso nº : 158.388

Matéria : IRPF - Ex(s): 1995, 1997 e 1998 Recorrente : NEVE MENDES DE SOUZA Recorrida : 5ª TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP II Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.856

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1995, 1997, 1998

APLICAÇÕES DE RECURSOS EM FLUXO DE CAIXA -

ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - ARBITRAMENTO DO MONTANTE DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS - RECOMPOSIÇÃO DOS INVESTIMENTOS, OBTIDA A PARTIR DOS RENDIMENTOS QUE CONSTAM NA DIRF, UTILIZANDO-SE A UFIR E A SELIC COMO TAXA DE JUROS - UTILIZAÇÃO DE ÍNDICE PARA CORREÇÃO DE TRIBUTOS E PARA REMUNERAÇÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS - ARBITRAMENTO - METODOLOGIA IMPERFEITA - A UFIR, calculada a partir do IPCA - Índice de Preço ao Consumidor Amplo (indicador de inflação), é imprestável para

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mensurar a taxa de juros de qualquer aplicação financeira, servindo apenas como índice de correção monetária de tributos. Por outro lado, a Selic serve para remunerar aplicações em títulos públicos federais. Tratando-se de arbitramento de aplicações financeiras para compor dispêndio em demonstrativo de apuração de acréscimo patrimonial a descoberto, considerando que era do conhecimento da autoridade autuante os nomes das instituições financeiras e administradoras dos fundos de investimentos depositárias dessas aplicações, estas deveriam ter sido intimadas para informar as taxas de juros mensais das aplicações, o que daria consistência aos valores utilizados como dispêndios no fluxo de caixa. Estas taxas de juros são informações de domínio público, com publicação, inclusive, em jornais econômicos de circulação nacional. Dessa forma, a autoridade autuante não poderia ter utilizado índices discrepantes daqueles que remuneraram as aplicações financeiras, sob pena de deturpar os valores dos dispêndios do fluxo de caixa.

Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 13709.003121/2004-10

Recurso nº : 158.527

Matéria : IRPF - Ex(s): 2006

Recorrente : CONCEIÇÃO NETO DE SOUZA MARTINS Recorrida : 2ª TURMA/DRJ-RIO DE JANEIRO/RJ II Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.857

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1999, 2000

AUSÊNCIA DO RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO (CARNÊ-LEÃO) SOBRE RENDIMENTO RECEBIDO DE PESSOA FÍSICA - RENDIMENTO COLACIONADO NO AJUSTE ANUAL - PERTINÊNCIA DO LANÇAMENTO DA MULTA ISOLADA DE OFÍCIO - NOVA LEGISLAÇÃO QUE REDUZ O PERCENTUAL DA MULTA ISOLADA E NÃO PREVÊ O SEU AGRAVAMENTO - APLICAÇÃO DA NOVEL LEGISLAÇÃO QUE COMINA PENALIDADE MENOS SEVERA AOS ATOS NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADOS - O rendimento recebido de pessoa física foi colacionado no ajuste anual. Assim, a única conduta a ser apenada foi a não antecipação do imposto na forma do carnê-leão. Escorreita a exigência da multa de oficio isolada, em virtude da falta de recolhimento do Imposto de Renda Mensal Obrigatório (Carnêleão), que deve ser reduzida para o percentual de 50%, na forma do art. 44 da Lei nº 9.430/96, na redação dada pela Lei nº 11.488/2007 c/c o art. 106, II, “c”, do Código Tributário Nacional. Deve-se evidenciar que a novel legislação, mais benéfica, reduziu o percentual da multa isolada de ofício pelo não recolhimento do carnê-leão para 50%, bem como não previu o agravamento dessa multa. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA - PRESUNÇÃO DE RENDIMENTOS OMITIDOS - AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO ENTRE OS DEPÓSITOS BANCÁ-RIOS E OS VALORES PERCEBIDOS NA ATIVIDADE ECONÔ-MICA DA RECORRENTE - PROCEDÊNCIA DO LANÇAMENTO - É ônus da recorrente comprovar, com documentação hábil e idônea, a origem dos depósitos bancários em suas contas correntes. Não comprovada a origem

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dos depósitos, deve-se manter a presunção de rendimento omitido decorrente dos depósitos bancários, restando hígido o lançamento.

Assunto: Normas de Administração Tributária Ano-calendário: 1998, 1999

COMPENSAÇÃO - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE EVENTUAL DIREITO CREDITÓRIO DA RECORRENTE EM FACE DA FAZENDA NACIONAL - QUESTÃO A SER VERIFICADA NA EXECUÇÃO DO ACÓRDÃO - O pedido de compensação dos débitos mantidos neste processo com eventuais direitos creditórios detidos pela contribuinte em face da Fazenda Nacional deverá ser apreciado na execução do Acórdão, pois tal matéria não foi objeto deste processo administrativo fiscal. Caso a recorrente seja detentora dos referidos direitos creditórios, a autoridade preparadora, antes de efetuar a cobrança dos débitos mantidos neste processo, procederá a compensação de ofício na forma do art. 73 da Lei nº 9.430/96 c/c o art. 7º do Decreto-Lei nº 2.287/86.

PARCELAMENTO - MATÉRIA DE COMPETÊNCIA DA

AUTORIDADE PREPARADORA - IMPOSSIBILIDADE DE DEFERIMENTO NO RITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - O pedido de parcelamento dos débitos mantidos neste processo deve ser feito na unidade de jurisdição fiscal da contribuinte, na forma dos arts. 10 e seguintes da Lei nº 10.522/2002. Recurso voluntário parcialmente provido.

Por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso para reduzir a multa isolada do carnê-leão para 50%.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 13405.000266/99-28

Recurso nº : 133.841

Matéria : IRPF - Ex(s): 1996

Recorrente : JUDITE MARIA SANTOS RAFAEL Recorrida : 1ª TURMA/DRJ-RECIFE/PE

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.858

IRPF - ANO CALENDÁRIO 95 - OMISSÃO DE RECEITA E COMPENSAÇÃO INDEVIDA DE IMPOSTO - APOSENTADORIA POR MOLÉSTIA GRAVE - COMPROVAÇÃO DE DIREITO A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA - LANÇAMENTO IMPROCEDENTE A contribuinte traz aos autos prova cabal do direito à isenção do imposto de renda, comprovando a aposentadoria por moléstia grave constante no artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88, com a redação dada pelo Artigo 47 da Lei nº 8.541/92.

Recurso voluntário provido.

Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Janaína Mesquita Lourenço de Souza - Relator Processo nº : 11080.009311/2004-40

Recurso nº : 146.529

Matéria : IRPF - Ex(s): 2000 a 2003 Recorrente : SÔNIA REGINA SODER

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Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.859

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2000, 2001, 2002, 2003

Ementa: IRRETROATIVIDADE - LEI N° 10.174/2001 - QUEBRA DE SIGILO AUTORIZADA POR ORDEM JUDICIAL. Embora este julgador seja adepto da tese da irretroatividade da Lei n° 10.174/2001, no caso em tela tal argumento não pode prosperar, na medida em que o afastamento do sigilo bancário da contribuinte decorreu de ordem judicial, conforme informado no Relatório de Encerramento de Ação Fiscal.

IRPF - DECLARAÇÃO RETIFICADORA - PERDA DA ESPONTANEIDADE. O início da ação fiscal, caracterizado pela ciência do contribuinte quanto ao primeiro ato de ofício praticado por servidor competente, afasta a espontaneidade do sujeito passivo em relação a atos anteriores e obsta a retificação das Declarações de Ajuste Anual relacionadas ao procedimento instaurado.

IRPF - OMISSÃO DE RENDIMENTOS - DEPÓSITOS BANCÁRIOS.

Na ausência de comprovação da origem dos recursos depositados em instituição financeira, incide a presunção de omissão de rendimentos prevista no artigo 42 da Lei n° 9.430/96.

TAXA SELIC.

Nos termos da legislação que rege a matéria, diante da jurisprudência do Egrégio STJ e considerando, também, o Enunciado da Súmula n° 04, do Primeiro Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, aplica-se a taxa SELIC a título de juros moratórios incidentes sobre os créditos tributários da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Recurso voluntário negado

Por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento argüida pela recorrente e, no mérito, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, vencidos os Conselheiros Gonçalo Bonet Allage (relator), Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Luciano Inocêncio dos Santos (suplente convocado) que deram provimento parcial ao recurso para reconhecer a decadência do lançamento nos meses de janeiro a novembro de 1999. Designada para redigir o voto vencedor com relação à decadência anual, a Conselheira Ana Neyle Olímpio Holanda.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Ana Neyle Olímpio Holanda - Redatora Designada Processo nº : 11080.009371/2002-09

Recurso nº : 156.961

Matéria : IRF - Ano(s): 1997

Recorrente : ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL PROFESSOR EDMILSON MORAES PEREIRA

Recorrida : 1ª TURMA/DRJ-PORTO ALEGRE/RS Sessão de : 24 de abril de 2008

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Assunto: Obrigações Acessórias Ano-calendário: 1997

Ementa: IRF - MULTA - DCTF - RECURSO INTEMPESTIVO. Nos termos do artigo 33 do Decreto n° 70.235/72, a interposição de recurso voluntário para o Conselho de Contribuintes deve se dar dentro dos 30 (trinta) dias subseqüentes à data de ciência da decisão recorrida.

Recurso voluntário não conhecido.

Por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso por perempto. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Gonçalo Bonet Allage - Relator Processo nº : 10805.001182/2004-66 Recurso nº : 144.179

Matéria : IRF - Ano(s): 1999 e 2000

Recorrente : EXPRESSO GUARARÁ LTDA. Recorrida : 2ª TURMA/DRJ-CAMPINAS/SP Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.861

Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF Exercício: 1999, 2000

IRF - PAGAMENTOS SEM CAUSA OU OPERAÇÃO NÃO COMPROVADA - ÔNUS DA PROVA - Para a exigência do Imposto de Renda na Fonte por pagamento sem causa ou operação não comprovada, com fundamento no art. 61, § 1º, da Lei nº 8.981, de 1995, o ônus de comprovar a ocorrência da situação descrita na norma abstrata é do Fisco. Tendo a fonte pagadora apresentado documentos fiscais que atestam a efetividade das operações que ensejaram os pagamentos, é do Fisco o ônus de provar a eventual inidoneidade desses documentos.

Recurso voluntário provido.

Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Relator Processo nº : 11516.002324/2004-21 Recurso nº : 151.566

Matéria : IRPF - Ex(s): 2001 a 2003 Recorrente : WAMILTON SILVA

Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-FLORIANÓPOLIS/SC Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.862

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2001, 2002, 2003

PROVA. JUNTADA DE PROVAS. LIMITE TEMPORAL - A prova documental deve ser apresentada com a impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna por motivo de força maior ou que se refira a fato ou a direito superveniente ou ainda que se destine a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidos aos autos.

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IRPF. DEDUÇÕES. DESPESAS COM INSTRUÇÃO.

COMPROVAÇÃO - Os contribuintes devem comprovar, com documentos hábeis e idôneos, a efetividade das despesas cuja dedução pleiteia na declaração de rendimentos. Sem essa comprovação é lícito ao Fisco proceder à glosa da dedução.

GLOSA DE DESPESAS MÉDICAS - DEDUÇÕES - Cabe ao sujeito passivo a comprovação, com documentação idônea, da efetividade da despesa médica utilizada como dedução na declaração de ajuste anual. A falta da comprovação permite o lançamento de ofício do imposto que deixou de ser pago.

MULTA DE OFÍCIO - LANÇAMENTO - A multa de ofício é de aplicação obrigatória nos casos de exigência de tributos e contribuições decorrentes de lançamento de ofício, nos percentuais previstos de 75% ou 150%, conforme a infração.

Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Luiz Antonio de Paula - Relator Processo nº : 10120.003120/2006-50

Recurso nº : 156.969 - EX OFFICIO e VOLUNTÁRIO Matéria : IRF - Ano(s): 2001,2002 Recorrentes : 2ª TURMA/DRJ- BRASÍLIA/DF e MOINHO DE TRIGO MABEL LTDA.

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.863

Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF Exercício: 2001, 2002

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE. Ensejam a nulidade apenas os atos e termos lavrados em desacordo com a lei e com manifesto cerceamento do direito de defesa. Inocorrendo qualquer das hipóteses referidas, não há que se falar em nulidade.

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - NULIDADES.

DECISÃO EXTRA PETITA- É de se afastar a preliminar de nulidade da decisão recorrida, sob a alegação de que teria incorrido em julgamento extra petita, haja vista que a alusão que as autoridades julgadoras precedentes fizeram em nada macula o decidido.

IRF. PAGAMENTO SEM CAUSA. TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA.

ALÍQUOTA - Os pagamentos efetuados ou os recursos entreguem a terceiros ou sócios, acionistas ou titular, contabilizados ou não, quando incomprovada a operação ou a sua causa sujeita-se à incidência do Imposto de Renda exclusivamente na fonte à alíquota de 35%.

IR FONTE - PAGAMENTOS EFETUADOS A BENEFICIÁRIOS

NÃO IDENTIFICADOS - Estando perfeitamente identificados o beneficiário, que é a própria emitente dos cheques, sem que se possa sequer afirmar que houve algum pagamento, desaparece o suporte fático caracterizador da hipótese de incidência prevista no art. 61 da Lei nº. 8981, de 1995.

(22)

MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA - UTILIZAÇÃO DE

DOCUMENTOS INIDÔNEOS - EVIDENTE INTUITO DE FRAUDE - A utilização, por parte do sujeito passivo, de documentos inidôneos, caracteriza o intuito de fraude e legitima a exasperação da penalidade, nos termos do art. 44, II, da Lei nº 9.430, de 1996. MULTA AGRAVADA - APLICABILIDADE - Aplicar-se-á a multa agravada, em um percentual de 112,5% (no caso de multa de ofício) e 225% (no caso de multa qualificada), sempre que o contribuinte não atender, no prazo marcado, à intimação do Fisco para prestar esclarecimentos. Recurso de ofício negado.

Recurso voluntário parcialmente provido.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício. Por unanimidade de votos, REJEITAR as preliminares argüidas pela recorrente no recurso voluntário e, no mérito, DAR provimento PARCIAL ao recurso para, em relação à exigência relativa a pagamento a beneficiário não identificado: RECONHECER a decadência do lançamento relativo ao fato gerador de 01/02/2001; excluir as exigências referentes aos fatos geradores de 25/07/2001, 30/07/2001, 31/07/2001, 10/09/2001, 16/10/2001; 29/01/2002, 08/04/2002, 18/07/2002, 07/08/2002, 09/08/2002 e 28/08/2002; e reduzir a multa de ofício para 112,5 %.

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Luiz Antonio de Paula - Relator

Processo nº : 10166.003608/2005-70 Recurso nº : 152.143 - Embargos Matéria : IRF - Ano(s): 2002

Embargante : DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE BRASÍLIA-DF

Interessado : TELECOOP-COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE TELEMÁTICA

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.866

EMBARGOS INOMINADOS NO ACÓRDÃO No 106-15.494 NORMAS PROCESSUAIS - EMBARGOS INOMINADOS - PROCEDÊNCIA - RERRATIFICAÇÃO DE ACÓRDÃO - Confirmada a existência no acórdão de inexatidão material por lapso manifesto, outro deve ser proferido na devida forma, para sanar a omissão.

IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO - SERVIÇOS PRESTADOS A PESSOA JURÍDICA PELOS COOPERADOS - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - O valor do IRF incidente sobre o pagamento efetuado a cooperativa de trabalho, associação de profissionais ou assemelhada que, ao longo do ano de retenção, não tiver sido utilizado na compensação do IRF incidente sobre os pagamentos efetuados aos cooperados ou associados poderá ser objeto de pedido de restituição após o encerramento do referido ano-calendário, bem como ser utilizado na compensação de débitos relativos aos tributos e contribuições administrados pela SRF.

Embargos acolhidos.

Por unanimidade de votos, ACOLHER os Embargos Inominados para RERRATIFICAR o Acórdão nº 106-16.154, de

(23)

01/03/2007 sem alteração do resultado. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Ana Neyle Olímpio Holanda - Relatora Processo nº : 10166.003607/2005-25 Recurso nº : 152.144 - Embargos Matéria : IRF - Ano(s): 2001

Embargante : DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE BRASÍLIA-DF

Interessado : TELECOOP-COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE TELEMÁTICA

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.867

EMBARGOS INOMINADOS NO ACÓRDÃO No 106-16.155 NORMAS PROCESSUAIS - EMBARGOS INOMINADOS - PROCEDÊNCIA - RERRATIFICAÇÃO DE ACÓRDÃO - Confirmada a existência no acórdão de inexatidão material por lapso manifesto, outro deve ser proferido na devida forma, para sanar a omissão.

IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO - SERVIÇOS PRESTADOS A PESSOA JURÍDICA PELOS COOPERADOS - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - O valor do IRF incidente sobre o pagamento efetuado a cooperativa de trabalho, associação de profissionais ou assemelhada que, ao longo do ano de retenção, não tiver sido utilizado na compensação do IRF incidente sobre os pagamentos efetuados aos cooperados ou associados poderá ser objeto de pedido de restituição após o encerramento do referido ano-calendário, bem como ser utilizado na compensação de débitos relativos aos tributos e contribuições administrados pela SRF.

Embargos acolhidos.

Por unanimidade de votos, ACOLHER os Embargos Inominados para RERRATIFICAR o Acórdão nº 106-16.155, de

01/03/2007 sem alteração do resultado. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Ana Neyle Olímpio Holanda - Relatora Processo nº : 10166.003605/2005-36 Recurso nº : 152.145 - Embargos Matéria : IRF - Ano(s): 2003

Embargante : DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE BRASÍLIA-DF

Interessado : TELECOOP-COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE TELEMÁTICA

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.868

EMBARGOS INOMINADOS NO ACÓRDÃO No 106-16.156 NORMAS PROCESSUAIS - EMBARGOS INOMINADOS - PROCEDÊNCIA - RERRATIFICAÇÃO DE ACÓRDÃO - Confirmada a existência no acórdão de inexatidão material por lapso manifesto, outro deve ser proferido na devida forma, para sanar a omissão.

(24)

IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO - SERVIÇOS PRESTADOS A PESSOA JURÍDICA PELOS COOPERADOS - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - O valor do IRF incidente sobre o pagamento efetuado a cooperativa de trabalho, associação de profissionais ou assemelhada que, ao longo do ano de retenção, não tiver sido utilizado na compensação do IRF incidente sobre os pagamentos efetuados aos cooperados ou associados poderá ser objeto de pedido de restituição após o encerramento do referido ano-calendário, bem como ser utilizado na compensação de débitos relativos aos tributos e contribuições administrados pela SRF.

Embargos acolhidos.

Por unanimidade de votos, ACOLHER os Embargos Inominados para RERRATIFICAR o Acórdão nº 106-16.156, de

01/03/2007 sem alteração do resultado. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Ana Neyle Olímpio Holanda - Relatora Processo nº : 10680.012242/2006-91 Recurso nº : 158.266

Matéria : IRPF - Ex(s): 1999 a 2001

Recorrente : JOSÉ OSVALDO TIBURCIO DE OLIVEIRA Recorrida : DRF-BELO HORIZONTE/MG

Sessão de : 24 de abril de 2008 Acórdão nº : 106-16.869

IRPF - RESTITUIÇÃO - DECADÊNCIA - TERMO INICIAL - O prazo para pleitear a restituição de valores pagos indevidamente, quando se tratar de tributos lançados por homologação, extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos contados da data da extinção do crédito tributário, que é a data do pagamento do tributo. Quando o indébito não se exterioriza a partir de manifestação do STF acerca de inconstitucionalidade de norma ou com o reconhecimento da administração tributária, não há justificativa para que seja deslocado o termo inicial para a contagem do prazo para pleitear a restituição dos valores pagos indevidamente. Recurso voluntário negado.

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente

Ana Neyle Olímpio Holanda - Relatora Processo nº : 10680.014522/2002-19 Recurso nº : 151.486

Matéria : IRPF - Ex(s): 1999 a 2004

Recorrente : CARLOS ALBERTO FAGUNDES AMARAL Recorrida : 2ª TURMA/DRJ-BELO HORIZONTE/MG Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.870

Assunto: Obrigações Acessórias

Ano-calendário: 1998, 2000, 2001, 2002

MULTA POR OMISSÃO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO SOBRE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - DOI - DESNECESSIDADE DE PRÉVIA INTIMAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE DOI ANTES DA LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO - A AUSÊNCIA DA INTIMAÇÃO PRÉVIA IMPLICA EM

(25)

DEFERIR A REDUÇÃO DA MULTA LANÇADA PREVISTA NO ART. 8º, § 2º, II, “b”, DA LEI Nº 10.426/2002 - Estando o contribuinte obrigado a apresentar a Declaração sobre Transação Imobiliária (DOI), a omissão do cumprimento dessa obrigação acessória sujeita o serventuário da justiça à multa equivalente a um por cento ao mês ou fração sobre o valor da operação imobiliária, limitada a 1%, observado o piso mínimo, como definido na Lei nº 10.426/02. A autoridade fiscal não está obrigada a intimar o contribuinte para apresentar as DOI omissas previamente ao lançamento. Entretanto, caso haja a intimação, atendendo-a, o contribuinte fará jus a redução de 25% na multa lançada. No caso vertente, considerando a inexistência da intimação prévia para apresentar as DOI antes do lançamento fiscal, é de se presumir que o contribuinte iria atendê-la, devendo ser deferida a redução no percentual de 25% da multa lançada.

MULTA POR OMISSÃO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO SOBRE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - DOI - TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEL PARA MUNICÍPIO EM CONTRAPARTIDA A LOTEAMENTO - OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA DA DOI - A operação em destaque, apesar de prevista na da Lei Federal nº 6.766/79, não se enquadra nas exceções de dispensa da entrega de DOI, previstas no art. 7º da IN SRF nº 4/1998 MULTA POR OMISSÃO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO SOBRE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - DOI - COMPROVAÇÃO DA ENTREGA DA DECLARAÇÃO PRETENSAMENTE OMISSA - Comprovada a entrega da DOI pretensamente omissa, deve-se cancelar a multa lançada.

MULTA POR OMISSÃO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO

SOBRE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - DOI - CONFISCO - INOCORRÊNCIA - Na forma da Constituição Federal, apenas os tributos são informados pelo princípio do não confisco. Não há que se falar em princípio do não confisco quando versamos sobre multa pecuniária.

MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO SOBRE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - DOI - CONDUTA PRETENSAMENTE ESCUSÁVEL - IMPOSSIBILIDADE - CONGESTIONAMENTO DO SÍTIO DA INTERNET DA RECEITA FEDERAL - MERA ALEGAÇÃO - Quando da autuação em decorrência do descumprimento de uma obrigação acessória, não se leva em conta o elemento volitivo, sendo desnecessário questionar se o contribuinte agiu com dolo ou culpa, ou mesmo escudado em pretensa causa de inexigibilidade de conduta diversa. Conduta pretensamente escusável não tem o condão de afastar a multa lançada, pois ausente previsão legal para tanto. Ainda, a mera alegação de congestionamento no sítio da internet no último dia do prazo para entrega das DOI da competência março de 2002 não pode elidir a multa lançada, quando, comprovadamente, a Receita Federal recepcionou quase 1,4 milhões de declarações neste dia.

Recurso voluntário provido parcialmente.

Por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento por falta de intimação prévia ao lançamento e, no mérito, DAR provimento PARCIAL ao recurso em relação à multa por falta de entrega das DOI para: i) cancelar a multa referente às operações de nºs 1, 3, 5, 7, 8 e 10; e ii) reduzir em vinte e cinco por cento a multa referente às DOI das demais operações.

(26)

Ana Maria Ribeiro dos Reis - Presidente Giovanni Christian Nunes Campos - Relator Processo nº : 10680.013491/2002-71

Recurso nº : 151.669

Matéria : IRPF - Ex(s): 1999

Recorrente : JOSÉ DE OLIVEIRA VALLE

Recorrida : 4ª TURMA/DRJ-BELO HORIZONTE/MG Sessão de : 24 de abril de 2008

Acórdão nº : 106-16.871

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1999

DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA - ART. 42 DA LEI Nº 9.430/96 - PRESUNÇÃO DE RENDIMENTO OMITIDO - AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS ARTS. 43 e 44 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - A presunção do art. 42 da Lei nº 9.430/96 é relativa, podendo ser afastada pela comprovação da origem do depósito, quando, então, a autoridade autuante submeterá o rendimento outrora omitido às normas específicas de tributação, previstas na legislação vigente à época em que o rendimento foi auferido ou recebido. O art. 43 do CTN define que o imposto de renda incide sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Já o art. 44 do CTN, especificamente, permite que a base de cálculo do imposto de renda seja o montante da renda ou provento presumido. Ambos os artigos do CTN são harmônicos com a dicção do art. 42 da Lei nº 9.430/96.

MULTA ISOLADA DE OFÍCIO - AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO - RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOA FÍSICA LEVADOS À COLAÇÃO NO AJUSTE ANUAL - MULTA DE OFÍCIO INCIDENTE SOBRE O IMPOSTO APURADO NO AJUSTE ANUAL - CONCOMITÂNCIA - IMPOSSIBILIDADE - A infração decorrente do não pagamento do recolhimento mensal obrigatório resta absorvida pelo não oferecimento do rendimento recebido de pessoa física na declaração de ajuste anual. Impossibilidade de ambas as condutas serem apenadas com a mesma multa de ofício de 75%, com igual base de cálculo.

Assunto: Normas de Administração Tributária Exercício: 1999

MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL - MPF

PRORROGAÇÕES - NOTIFICAÇÃO AO CONTRIBUINTE - NULIDADE - INOCORRÊNCIA - Não há que se falar em nulidade do auto de infração, quando o contribuinte foi cientificado do MPF que autorizou o início da ação fiscal, bem como das prorrogações quando do encerramento do procedimento, mormente quando a autoridade autuante seguidamente intimou o contribuinte da continuidade dos trabalhos, aliado ao fato das prorrogações terem sido feitas por autoridade competente.

Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Exercício: 1999

TRANSFERÊNCIA DO SIGILO BANCÁRIO PARA O FISCO - LEI COMPLEMENTAR Nº 105/2001 - HIPÓTESES DO DECRETO Nº 3.724/2001 - MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA SUPERIOR A DEZ VEZES A RENDA

Referências

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