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Aula 00 Política e Segurança 1

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Academic year: 2021

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Aula 00

Política e Segurança 1

Relações internacionais: conceitos básicos, atores, processos, instituições e principais paradigmas teóricos

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 2

Recados importantes!

 NÃO AUTORIZAMOS a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio.

 A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 3 Apresentação do professor e do curso

Olá, caro aluno, meu nome é Danuzio Neto, sou Auditor Fiscal da Secretaria Estadual de São Paulo, e serei o seu professor de Política e Segurança daqui pra frente.

Como concurseiro de longa data – além de exercer minhas atividades na área fiscal, eu já tive também cargos no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região e no Banco do Brasil –, pretendo passar um pouco da minha experiência em dez anos como concursado, para facilitar a sua aprovação.

Ainda para apoiá-lo, estarei à disposição em todos os canais de comunicação disponíveis: o fórum, o whatsapp e o e-mail.

Um detalhe importante sobre o nosso curso, e considerado a extensão do assunto e o nosso pouco tempo até a prova, é que ele estará baseado em dois pontos fundamentais: objetividade e resultado. Tentarei sempre ser o mais cirúrgico possível e com a qualidade necessária para fazermos uma excelente prova.

Então é isso, meu amigo(a)!

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a. Teoria

Relações internacionais: conceitos básicos, atores, processos, instituições e principais paradigmas teóricos

1. Contextualização – A fim de estudarmos os conceitos, atores, processos, instituições e paradigmas teóricos das relações internacionais, precisamos primeiro saber que a Teoria de Relações Internacionais é estudada, basicamente, por meio dos debates. Apesar de esta ser uma forma didática de se ensinar Relações Internacionais – por meio da ordem cronológica em que essas correntes foram introduzidas na academia –, não há consenso entre os estudiosos sobre a aceitação deste método. Alguns destes, por exemplo, afirmam que esta forma de estudo insinua que uma corrente se iniciou quando a outra deixou de existir, como se fossem totalmente independentes. Como todo método, portanto, devemos ter em mente que o estudo das Relações Internacionais feito desta forma também tem suas limitações.

2. Relações humanas – Para Raymond Aron, “as Relações Internacionais ocorrem ambiente onde não há poder soberano capaz de deter o monopólio da força”. Em outras palavras, este autor afirma que não há um poder coercitivo no sistema internacional que esteja acima do poder soberano de cada país. Há, portanto, um vácuo de poder para mediar estas relações. Ainda assim, Aron observa que um Estado hegemônico acaba sendo aceito como garantidor da ordem por seus pares. Esta teoria justifica a formação de cooperação e de alianças entre os Estados. Sobre a matéria, este autor ainda afirma que “o historiador, ao tratar das Relações Internacionais, não deve se limitar a contar a história sem analisar o contexto que a originou”. Com isto, ele quis dizer que, em relações internacionais, não dá pra prevenir problemas futuros apenas com o conhecimento da história.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 5 3. Como surgiu a disciplina Relações Internacionais – Esta disciplina surgiu após a

Primeira Grande Guerra, quando os conflitos e a destruição deixaram de ser um acontecimento restrito ao campo de batalha e passaram a acontecer também nas cidades e em áreas rurais. Assim, ainda que as relações entre os países tenham sido estudadas antes fora do abrigo de uma disciplina (com Kant, Rousseau, Hobbes, pensadores gregos antigos, renascentistas), foi apenas em 1919, na Inglaterra, a primeira cátedra de Relações Internacionais. No ano seguinte, o curso surgiria também em outros países, como os Estados Unidos. Nos seus primeiros anos, a disciplina tinha um caráter propositivo, pois procurava desenvolver leis que impedissem o surgimento de um novo grande conflito entre as nações. Apenas depois a matéria teria caráter analítico. Edward Hallet Carr, por exemplo, afirmava que nas primeiras décadas do século XX, a fim de prevenir novos conflitos, os governos nacionais acreditavam que os seres humanos encontrariam regras morais universalmente aceitas para as relações sociais que evitariam novos derramamentos de sangue.

4. A criação da Liga das Nações e o Liberalismo político – Por meio do Tratado de Versalhes, em 1919, a Liga das Nações foi criada sob os princípios do Liberalismo político (influenciados pelo contrato social de John Locke). Assim, esta Liga pretendia criar uma nova ordem internacional, que seria muito influenciada também pelos Estados Unidos, que passava por uma fase de expansão do comércio e da promoção da democracia. Os dirigentes da Liga, então, acreditavam, utopicamente, que o Racionalismo tornaria esta entidade eficaz. Acreditavam, por exemplo, que se erigissem um conjunto de leis, convenções, tratados (fórmulas racionais abstratas) que visasse à restrição dos conflitos e a promoção do liberalismo internacional, a própria opinião pública, esclarecida, seria a guardiã da paz mundial. Segundo Carr “a crença no poder coator da razão, expressa através da voz do povo, era particularmente inerente a (Thomas Woodrow) Wilson”. Esta linha de pensamento ficou conhecida como idealismo (a ideia de “bem comum” nas políticas nacionais, por exemplo, foi recorrente na doutrina idealista do início do século XX). O silêncio da opinião pública na invasão japonesa da Manchúria, em 1931, seria a primeira mostra de que esta teoria estava

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 6 equivocada. Para Carr, uma das principais falhas do idealismo era a impossibilidade de se conciliar, na prática, diferentes interesses:

“O que se nos defronta na política internacional de hoje é, portanto, nada menos do que a completa falência da concepção de moral que dominou o pensamento político e econômico durante um século e meio. Internacionalmente, não é mais possível deduzir a virtude através do raciocínio correto, porque não se pode mais seriamente crer que todo estado, ao buscar o maior bem para o mundo inteiro, esteja visando ao maior bem para os seus próprios cidadãos”.

Resumidamente, podemos dizer que o liberalismo político, que é também chamado de idealismo, foi influenciado principalmente por três grandes intelectuais: John Locke, Jean Jacques Rousseau e Immanuel Kant. Immanuel Kant, por exemplo, afirmava que o indivíduo pode age com razão e egoísmo, enquanto o Estado, ao ser racional, promove a coisa pública. Bem diferente dos Estado de monarquias absolutistas, que tem a tendência ao egoísmo. Foi Kant, também, que esboçou o cosmopolitismo, que superaria fronteiras nacionais e formaria uma cidadania mundial, por meio de uma espécie de Assembleia de Nações.

5. A crítica realista – O ponto de partida para esta outra linha teórica surgiu com o surgimento da Segunda Grande Guerra, em 1939, que colocou em xeque o poder regulatório da opinião pública defendido pela teoria idealista e também questionou a possiblidade de as Relações Internacionais serem conduzidas por mecanismos de cooperação internacional nos termos seguidos pela Liga das Nações. Este segundo questionamento se baseava em dois pontos principais: o caráter anárquico em que os Estados interagiam e a discrepância de poderes que há entre estes. Pelo caráter anárquico, os Estados mais fortes conseguiam que seus interesses fossem tratados com supremacia, o que tornava impossível prever os passos de cada ator nestas relações, o que fazia com que a ação estatal fosse visto como fruto da luta pelo poder – o Estado, portanto, buscava maximizar seus interesses nacionais. Diante deste cenário, em que se aceita que há forças desproporcionais entre os diferentes atores internacionais e que

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 7 estes estão inseridos em relações anárquicas, faz sentido a estrutura hierarquizada entre as nações da ONU, como o Conselho de Segurança, em que alguns membros tem poder de veto e outros não. Importante ainda dizer que o Realismos não é necessariamente a antítese do idealismo ou que foi uma corrente única e homogênea, pois durante o século XX surgiu o Realismo Clássico, a Escola Inglesa, o Neorrealismo e o Realismo Neoclássico. Isto aconteceu porque diferentes estudiosos buscaram em diferentes teóricos o refinamento para o Realismo. Em comum, essas correntes tinham as seguintes premissas:

5.1. O Estado como ator central das Relações Internacionais – Cabe ao Estado a manutenção da paz e a segurança de seus cidadãos dentro de suas fronteiras, inclusive em relação às agressões externas.

5.2. Sistema Internacional anárquico – O estado de natureza é uma constante. Esta certeza, no entanto, não prejudica a cooperação entre os povos.

5.3. Sobrevivência como meta da ação estatal – O Estado busca a garantia da paz doméstica e a segurança dos indivíduos em relação às ameaças externas. Com a estabilidade garantida dentro e fora de suas fronteiras, o Estado sobrevive também.

5.4. Busca permanente pelo acúmulo de Poder – Esta premissa está ligada à sobrevivência como meta estatal. O Estado busca com o acúmulo de poder a promoção dos seus interesses nacionais.

5.5. Autoajuda – Como há fragilidade nas alianças e cooperações internacionais, o Estado vê a criação da autodefesa como fundamental para sua própria existência.

Sobre a corrente realista, Hans Morgenthau afirmou que “a política internacional não pode ser reduzida a regras e instituições legais. Ela opera dentro da moldura de tais regras e por meio de tais instituições”. Assim, dentro da Teoria da Relações

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 8 Internacionais, seria difícil elaborar uma relação duradoura de causas e efeitos, pois as circunstâncias de qualquer relação são únicas.

Assim, podemos dizer que o Realismo foi a corrente teórica que mais questionou o o liberalismo. Ainda, o Realismo foi influenciado por autores como Tucídides, Maquiavel e Hobbes, da obra O Leviatã. Foi Thomas Hobbes, por exemplo, quem desenvolveu o conceito de estado de natureza, que fala sobre o estado constante de anarquia dos seres humanos, que ficou conhecido pela expressão o “homem é lobo do homem”, motivo pelo qual o homem cede parcela da sua liberdade ao Estado (Leviatã), que “herda” a anarquia do estado de natureza. Como corrente, podemos dizer que o realismo se desenvolveu com Hans Morgenthau, principalmente, e com outros teóricos, como Edward Hallet Carr e Edmond Aron.

Em relação ao sistema internacional, há posições diferentes entre o Realismo e o Idealismo – apesar de ambos acreditarem que a anarquia internacional influenciava na ocorrência de conflitos internacionais.

6. Teóricos do Realismo Clássico – Hans Morgenthau, com A Política entre as Nações, organizou os estudos iniciais sobre o Realismo. Influenciado pela corrida armamentista da Guerra Fria, John Herz, desenvolveu mais estudos desta corrente, com especial enfoque no conceito de Autoajuda, que trata que a sobrevivência dos Estados depende apenas destes mesmos – como consequência, portanto, é natural que este procure se armar o máximo possível. O efeito colateral deste “comportamento” é o aumento da insegurança estatal, que se materializa, principalmente, quando um país, ao se sentir ameaçado pelo desequilíbrio das forças entre as nações, decide entrar no dominó da corrida armamentista. Do Realismo, surgiu ainda uma terceira linha, a dos behavioristas, que se baseava em estudos de caráter estatístico e matemático. Até então, os principais realistas (Edward Carr, George Kennan e Hans Morgenthau) faziam análises históricos-sociológicos. O behaviorismo, por outro lado, aproximava-se das ciências exatas. Desta corrente, destaca-se o projeto acadêmico Correlates of War (COW), sob a coordenação de David Singer, este projeto objetiva a análise de dados

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 9 sobre conflitos internacionais desde 1816. Os behavioristas, também, foram fartamente questionados, principalmente pelos estudos de Martin Wight e Hedley Bull, que afirmavam que a história e as correntes filosóficas eram as bases das Relações Internacionais.

7. Martin Wight e a Escola Inglesa das Relações Internacionais – Os estudos de Martin Wight deu origem à Escola Inglesa das Relações Internacionais, que afirmava haver três paradigmas clássicos para se fazer a análise do relacionamento entre os Estados. De forma geral, podemos dizer que a Escola Inglesa tentar conciliar o pessimismo do Realismo (desconfiança) com o otimismo Liberalismo (cooperação). Na visão desta teoria, as relações internacionais fazem parte de relações humanas (Martin Wight), que possuem, como sabemos, valores básicos como independência e justiça – que estarão inseridas internacionalmente num contexto de anarquia (Hedley Bull). Assim, podemos concluir que além de tentar conciliar Realismo e Liberalismo, a Escola Inglesa enfatiza a importância do direito internacional na construção de regras que possam fortalecer a cooperação entre as nações (Jurgern Habermas). A seguir, os três paradigmas clássicos das Relações Internacionais, segundo a Escola Inglesa:

7.1. Realismo (maquiavélico) – Sob este prisma (influenciado por Hobbes e Maquiavel), parte-se do princípio de que os Estados buscam maximizar seu poder em busca de seus próprios interesses. Palavras-chave: Autoajuda, cenário anárquico, insegurança e fragilidade das alianças.

7.2. Racionalismo (grociano) – Sob este prisma (influenciado Hugo Grotius), entende-se que os Estados atuam de acordo com o direito internacional e com a prática diplomática;

7.3. Revolucionismo (kantiano) – Sob este prisma (influenciado por Kant), nega-se a soberania estatal e o indivíduo tem nega-seu status de importância elevado, nega-sendo considerado mais importante que os Estados.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 10 Sobre a Escola Inglesa, podemos citar ainda os apontamentos de John Vincent, que destacava dois valores internacionais a soberania estatal (que visa à ordem) e os direitos humanos (que visa à justiça). Assim, tem-se a expectativa de que os Estados respeitem a soberania de seus pares. Por outro, também se aceita que as relações internacionais não abrangem apenas os Estados, mas também os indivíduos, que também são sujeitos de direitos. Segundo Hedley Bull, a ordem internacional é “padrão ou disposição da atividade internacional que sustenta os objetivos básicos da sociedade de Estados, elementares, primários ou universais” e a justiça internacional são “as regras morais que conferem direitos e obrigações aos Estados e às nações”.

8. Neorrealismo – Os neorrealistas têm uma abordagem mais científica, que foca no sistema internacional. Dentre seus teóricos, podemos destacar Kenneth Waltz (teórico inicial desta corrente), Stephen Walt e Mearsheimer. Os neorrealistas consideram os sistemas bipolares mais estáveis que os multipolares, pois garantem mais segurança. Para esta corrente, o sistema internacional é formado por unidades estatais que mudam conforme as transformações na distribuição de capacidade entre as unidades deste sistema. O Neorrealismo buscava revisitar e aprimorar o Realismo.

9. Kenneth Waltz e o sistema internacional – Kenneth Waltz desenvolveu estudos sobre a estrutura do sistema internacional. Segundo este, como não há um ente jurídico que possa impor regras e limites à ação dos Estados, pois são estes atores mesmos que precisam garantir a própria existência (conceito de Autoajuda volta a ser importante), a estrutura do sistema internacional ganha importância por ser a verdadeira causa de disputa pelo poder e, consequentemente, pela natureza belicosa dos Estados. Segundo Waltz, “em relações internacionais, como em qualquer sistema baseado no interesse próprio (autoajuda), as unidades de maior capacidade estabelecem o cenário da ação para os outros, assim como para si mesmos”. Para este autor, portanto, o poder é visto como ferramenta de defesa. Waltz ainda explica a diferença do Realismo, que via o

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 11 Estado com o objetivo principal de lutar pelo poder, e o Neorrealismo, que vê no poder a ferramenta para garantir a sua segurança e estabilidade em meio à anarquia internacional. Outra diferença, é que o Realismo enxerga que a busca pelo poder está contida na gênese humana, enquanto no Neorrealismo está na estrutura social em que o ser humano está inserido.

Prezado aluno, na nossa próxima aula, finalizaremos este tópico do nosso edital. Bons estudos!

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b. Revisão 1

QUESTÃO 1 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2017

A respeito de alguns dos principais paradigmas teóricos referentes ao estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) o item que se segue.

Um dos princípios do realismo político de Hans Morgenthau é o de que o interesse dos Estados nunca pode ser definido exclusivamente em termos de poder.

QUESTÃO 2 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2016

Quanto a conceitos básicos e escolas teóricas das relações internacionais, julgue (C ou E) o seguinte item.

As teorias das relações internacionais formuladas por Hans Morgenthau e, mais recentemente, por John Mearsheimer, ao postularem a promoção da segurança como finalidade última da ação dos Estados, caracterizam-se pelo realismo defensivo.

QUESTÃO 3 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2014

As premissas compartilhadas pelos realistas, em todas as suas vertentes, incluem a possibilidade de distinção das políticas externa e interna desenvolvidas pelos Estados nacionais, a predominância da preocupação com a própria segurança e a valorização do poder como o principal elemento explicativo do comportamento dos Estados no ambiente internacional.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 13 QUESTÃO 4 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2014

Criada no contexto da política externa norte-americana da década de 70 do século passado, reconhecidamente realista, a alta política, marcada pelo emprego da força militar, distingue- se da baixa política, caracterizada pela diplomacia.

QUESTÃO 5 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2014

A noção de polos de poder permanece útil aos analistas das relações internacionais contemporâneas, mesmo quando se quer aludir a um sistema em permanente transformação, cuja dinâmica implica redefinir, repetidamente, suas polaridades.

QUESTÃO 6 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2013

A Escola Inglesa das Relações Internacionais enfatiza o papel das instituições que vinculam Estados e outros atores relevantes nas interações econômicas internacionais, realçando a influência das forças profundas da história das relações de poder.

QUESTÃO 7 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

Embora suas origens remontem à Antiguidade Clássica, como se verifica especialmente na obra de Tucídides, o realismo estrutural só se projetou ao ter reiterada, na obra de Hans Morgenthau publicada durante a Guerra Fria, a sua utilidade no exame da influência do processo decisório da política externa nas interações entre os Estados.

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c. Revisão 2

QUESTÃO 8 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

Após a Guerra Fria, cujo desfecho representou desafio à interpretação das principais correntes na teoria das relações internacionais, o construtivismo fortaleceu-se como paradigma de interpretação dessas relações.

QUESTÃO 9 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

Emprega-se o conceito de política internacional, equivalente ao de política externa, em referência à interação das grandes potências entre si, reservando-se o conceito de sociedade internacional para referência à interação das grandes potências com as organizações internacionais.

QUESTÃO 10 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

O debate entre neorrealismo e neoliberalismo institucional marcou os anos 60, especialmente devido à influência das teorias cibernéticas, que empregavam os conceitos neorrealistas, na formulação da política externa da ex-União Soviética.

QUESTÃO 11 CESPE – Analista Administrativo – Anac – 2012

De acordo com a abordagem realista das relações internacionais, os Estados são atores racionais cujo processo de tomada de decisão se fundamenta em escolhas que apontem para a maximização dos interesses nacionais.

QUESTÃO 12 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, deve-se crer no valor da cooperação em um mundo marcado por uma tradição que se vale fortemente tanto das

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 15 noções de legitimidade democrática quanto do direito natural como fontes para o funcionamento das instituições e do sistema internacional.

QUESTÃO 13 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, o Estado nacional representa o ator por excelência das relações internacionais, sendo as demais instituições meras derivações dos interesses e interações do governo no plano internacional.

QUESTÃO 14 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, a ação internacional dos Estados e dos demais atores é pautada pela perspectiva teleológica da realização de objetivos, sendo a moral um conceito subjetivo de quem exerce o poder.

d. Revisão 3

QUESTÃO 15 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, diversos atores, além do Estado nacional, articulam-se em alianças com o propósito de construir uma hegemonia no sistema internacional.

QUESTÃO 16 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, as relações internacionais devem-se pautar pelo pacifismo de líderes como Gandhi e por doutrinas como a dos “Quakers” norte-americanos ou dos cristãos primitivos, e nunca pelo uso da força.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 16 QUESTÃO 17 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2011

O realismo clássico, inspirado, em parte, na teoria da seleção natural darwiniana, defende a ideia de que a hegemonia e a sobrevivência dos Estados nacionais derivariam da competição no cenário internacional e a de que os mais aptos seriam premiados.

QUESTÃO 18 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2011

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais. A referida teoria baseia-se, em grande medida, no princípio da antropomorfização dos Estados nacionais, no sentido de que estes podem ser caracterizados como entidades possuidoras de atributos psicológicos humanos, tais como honra, decepção e desejo de glória e poder.

QUESTÃO 19 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2011

De acordo com a teoria realista, as relações entre os Estados nacionais são mantidas por considerações de autointeresse e de poder, não havendo espaço para a verdadeira cooperação ou coordenação política entre os países.

QUESTÃO 20 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2011

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais. A mencionada teoria preconiza que a anarquia é uma circunstância contingente, e não uma condição necessária do sistema internacional, podendo os Estados organizarem-se em uma sociedade de nações amparada por regras universal e consensualmente estabelecidas.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 17 QUESTÃO 21 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2011

A partir da perspectiva teórica realista das relações internacionais, julgue C ou E.

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e.

Gabarito

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

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f. Breves comentários às questões

QUESTÃO 1 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2017

A respeito de alguns dos principais paradigmas teóricos referentes ao estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) o item que se segue.

Um dos princípios do realismo político de Hans Morgenthau é o de que o interesse dos Estados nunca pode ser definido exclusivamente em termos de poder.

Incorreto

Hans Morgenthau, do realismo político afirmava justamente o contrário, que o Estado são principalmente motivados pelo desejo de poder e segurança.

QUESTÃO 2 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2016

Quanto a conceitos básicos e escolas teóricas das relações internacionais, julgue (C ou E) o seguinte item.

As teorias das relações internacionais formuladas por Hans Morgenthau e, mais recentemente, por John Mearsheimer, ao postularem a promoção da segurança como finalidade última da ação dos Estados, caracterizam-se pelo realismo defensivo.

Incorreto

O Realismo Político pode ser dividido em duas vertentes: o Realismo defensivo, em que o principal objetivo do Estado é a segurança (formulado por Hans Morgenthau), e o Realismo ofensivo, onde, além da segurança, busca-se também a hegemonia (formulado por John Mearsheimer). A questão erra ao informar que ambos os teóricos defendiam a mesma linha de estudo.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 20 QUESTÃO 3 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2014

As premissas compartilhadas pelos realistas, em todas as suas vertentes, incluem a possibilidade de distinção das políticas externa e interna desenvolvidas pelos Estados nacionais, a predominância da preocupação com a própria segurança e a valorização do poder como o principal elemento explicativo do comportamento dos Estados no ambiente internacional.

Correto

Para estes teóricos, a mais forte distinção entre política interna e política externa é que a primeira se baseia em pilares democráticos e a segunda, não.

QUESTÃO 4 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2014

Criada no contexto da política externa norte-americana da década de 70 do século passado, reconhecidamente realista, a alta política, marcada pelo emprego da força militar, distingue- se da baixa política, caracterizada pela diplomacia.

Incorreto

A diplomacia, ao lado do poder e da guerra, é considerada alta política.

QUESTÃO 5 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2014

A noção de polos de poder permanece útil aos analistas das relações internacionais contemporâneas, mesmo quando se quer aludir a um sistema em permanente transformação, cuja dinâmica implica redefinir, repetidamente, suas polaridades.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 21 A “tensão” existente entre os polos de poder é a matéria-prima dos analistas das relações internacionais.

QUESTÃO 6 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2013

A Escola Inglesa das Relações Internacionais enfatiza o papel das instituições que vinculam Estados e outros atores relevantes nas interações econômicas internacionais, realçando a influência das forças profundas da história das relações de poder.

Incorreto

Esta Escola enfatiza as relações humanas – e não o papel das instituições que vinculam Estados, conforme o enunciado afirma.

QUESTÃO 7 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

Embora suas origens remontem à Antiguidade Clássica, como se verifica especialmente na obra de Tucídides, o realismo estrutural só se projetou ao ter reiterada, na obra de Hans Morgenthau publicada durante a Guerra Fria, a sua utilidade no exame da influência do processo decisório da política externa nas interações entre os Estados.

Incorreto

O Neorrealismo, também conhecido como Realismo Estrutural, foi desenvolvido por Kenneth Waltz, e não por Morgenthau.

QUESTÃO 8 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

Após a Guerra Fria, cujo desfecho representou desafio à interpretação das principais correntes na teoria das relações internacionais, o construtivismo fortaleceu-se como paradigma de interpretação dessas relações.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 22 Assunto da nossa próxima aula, foi o construtivismo que introduziu a ideia de que as relações internacionais são construídas (não-naturais) na interação entre os agentes (intersubjetividade). Desta forma, esta corrente afirma que é a relação entre os agentes e a estrutura que acaba por determinar o sistema internacional. Como na Guerra Fria houve um jogo principalmente de percepções ideológicas entre as duas superpotências (União Soviética e Estados Unidos), pode-se dizer que a relação entre essas duas partes culminou numa construção social (não-natural), o que fez o Construtivismo ganhar protagonismo.

QUESTÃO 9 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

Emprega-se o conceito de política internacional, equivalente ao de política externa, em referência à interação das grandes potências entre si, reservando-se o conceito de sociedade internacional para referência à interação das grandes potências com as organizações internacionais.

Incorreto

Primeiro, política internacional e política externa não são sinônimos. Segundo, política internacional não se refere apenas à interação das grandes potências entre si.

QUESTÃO 10 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2013

O debate entre neorrealismo e neoliberalismo institucional marcou os anos 60, especialmente devido à influência das teorias cibernéticas, que empregavam os conceitos neorrealistas, na formulação da política externa da ex-União Soviética.

Incorreto

Esta é a típica questão sem pé nem cabeça.

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De acordo com a abordagem realista das relações internacionais, os Estados são atores racionais cujo processo de tomada de decisão se fundamenta em escolhas que apontem para a maximização dos interesses nacionais.

Correto

Para a corrente Realista, o Estado é o único ator racional. Além disso, o maior objetivo do Estado é a busca pelos seus interesses nacionais baseados no poder, a fim de maximizar a probabilidade de alcançar estes objetivos.

QUESTÃO 12 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, deve-se crer no valor da cooperação em um mundo marcado por uma tradição que se vale fortemente tanto das noções de legitimidade democrática quanto do direito natural como fontes para o funcionamento das instituições e do sistema internacional.

Correto

Esta é uma definição da Escola Inglesa que merece ser guardada com carinho.

QUESTÃO 13 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, o Estado nacional representa o ator por excelência das relações internacionais, sendo as demais instituições meras derivações dos interesses e interações do governo no plano internacional.

Incorreto

Esta visão se refere ao pensamento do Realismo.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 24 De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, a ação internacional dos Estados e dos demais atores é pautada pela perspectiva teleológica da realização de objetivos, sendo a moral um conceito subjetivo de quem exerce o poder.

Incorreto

A moral não faz parte dos elementos defendidos pela Escola Inglesa.

QUESTÃO 15 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, diversos atores, além do Estado nacional, articulam-se em alianças com o propósito de construir uma hegemonia no sistema internacional.

Incorreto

Esta Escola acredita na articulação dos atores internacionais, o propósito desses Estados, no entanto, não é o de construir uma hegemonia no sistema internacional.

QUESTÃO 16 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2012

De acordo com a Escola Inglesa das Relações Internacionais, as relações internacionais devem-se pautar pelo pacifismo de líderes como Gandhi e por doutrinas como a dos “Quakers” norte-americanos ou dos cristãos primitivos, e nunca pelo uso da força.

Incorreto

Esta Escola não faz menção a líderes pacifistas.

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O realismo clássico, inspirado, em parte, na teoria da seleção natural darwiniana, defende a ideia de que a hegemonia e a sobrevivência dos Estados nacionais derivariam da competição no cenário internacional e a de que os mais aptos seriam premiados.

Correto

Vários autores do realismo clássico retomaram as ideias desenvolvidas por Darwin em relação à seleção natural.

QUESTÃO 18 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2011

Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais. A referida teoria baseia-se, em grande medida, no princípio da antropomorfização dos Estados nacionais, no sentido de que estes podem ser caracterizados como entidades possuidoras de atributos psicológicos humanos, tais como honra, decepção e desejo de glória e poder.

Correto

Por esta corrente, o Estado é identificado com algumas características humanas, como a sua propensão à conquista.

QUESTÃO 19 CESPE – Bolsa-Prêmio Diplomacia – IRBr – 2011

De acordo com a teoria realista, as relações entre os Estados nacionais são mantidas por considerações de autointeresse e de poder, não havendo espaço para a verdadeira cooperação ou coordenação política entre os países.

Incorreto

Esta teoria aceita a existência de cooperação e coordenação entre os Estados.

(26)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Danuzio Neto 26 Julgue os itens que se seguem, referentes à teoria realista das relações internacionais.

A mencionada teoria preconiza que a anarquia é uma circunstância contingente, e não uma condição necessária do sistema internacional, podendo os Estados organizarem-se em uma sociedade de nações amparada por regras universal e consensualmente estabelecidas. Incorreto

A anarquia é um conceito central para os realistas, que afirmam que a anarquia é a ausência, no cenário internacional, de uma autoridade suprema que possa implementar e determinar regras de conduta. Assim, a anarquia não pode ser considerada uma circunstância contingente, mas inerente ao sistema internacional.

QUESTÃO 21 CESPE – DIPLOMATA – IRBr – 2011

A partir da perspectiva teórica realista das relações internacionais, julgue C ou E.

As relações internacionais articulam-se, fundamentalmente, em torno dos Estados.

Correto

Referências

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