Material Suplementar – Informações
Importantes sobre “Como elaborar uma
Retomada da tese
É importante que, ao terminar a leitura, o leitor
tenha total clareza quanto à tese ali defendida. Por
isso, o autor de uma dissertação não pode perder
essa última possibilidade de reforçar seu
Perspectivas futuras
Durante a análise do tema, principalmente quando
este tratar de uma situação problemática atual, a
dissertação pode se basear em dados passados e
presentes, identificando causas, fazendo um
paralelo histórico, comparações. Isso feito, abre-se
espaço para o olhar futuro em relação ao problema.
Propostas de enfrentamento do problema
Quanto às propostas de solução, elas não devem ser
"utópicas", ou seja, não dá para propor que os países
desenvolvidos simplesmente aceitem dividir suas riquezas
com os países pobres para acabar com a miséria no
mundo. Também não se devem apresentar propostas
genéricas demais ou típicas do senso comum, como dizer
que o governo precisa "fazer alguma coisa" ou que as
pessoas "precisam se conscientizar" de algo
• Em vez disso, pode-se propor que determinado órgão de certa
área específica do governo reformule a lei que trata do assunto
em questão, ou que seja criado um órgão fiscalizador para fazer cumprir determinado acordo.
• É possível também elaborar propostas mais concretas envolvendo
a sociedade, como sugerir que determinados grupos se
organizem em associações para pressionar a ação de instituições com poder de resolução do problema. Ou seja, o autor tem direito
de manter seu ponto de vista em relação ao tema, só precisa apontar sugestões específicas, sempre citando nomes e
escolhendo o vocabulário mais preciso, evitando as
Genérico, específico
Outro aspecto importante da conclusão é a ligação
dessa etapa com a forma como o tema foi
introduzido no início do texto, ou seja, para
introdução genérica usa-se conclusão genérica; para
introdução específica, conclusão específica.
Vejamos um exemplo de início genérico:
Se o texto começa discutindo a falta de ética do ser
humano nas diversas relações sociais, tem-se uma
introdução genérica. Evidentemente, o texto não poderá
continuar nessa abstração durante o desenvolvimento e
acabará por usar uma série de exemplos específicos, como
fatos históricos dentro e fora do Brasil, para provar a tese.
Na conclusão, porém, o texto deve voltar para a tese
inicial, mais genérica, mostrando que os exemplos
comprovam o comentário mais amplo feito no início do
No caso de um início específico, poderíamos imaginar uma
tese que criticasse a falta de ética dos deputados federais
brasileiros ao aprovarem um abusivo aumento de salário
para eles mesmos. No desenvolvimento o autor poderia
mostrar exemplos históricos (e mais genéricos) para provar
que esse comportamento tem acompanhado o ser humano
nas mais diferentes sociedades e épocas. Porém, na
conclusão, o autor precisaria voltar ao tema específico,
mostrando que, assim como em tantos exemplos históricos
de corrupção, os deputados federais em questão agiram
Por último,
Vale lembrar: nunca inicie uma discussão nova na
conclusão, pois não haverá tempo para desenvolvê-la.
Também não termine com perguntas abertas sobre
questões que, ao invés de serem encaminhadas ao leitor,
deveriam ter sido respondidas durante o texto, afinal, a
dissertação (principalmente a argumentativa) expõe
objetivamente um raciocínio e tem por função conduzir o
leitor à aceitação dessa verdade.
1 . REAFIRMAR SUA TESE NO INÍCIO DO
PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO
Contextualize que você está concluindo a ideia
geral do texto por meio de uma retomada de tese.
Não se trata de repeti-la, mas sim reafirmá-la. A
retomada é importante para demonstrar que você
sabe fazer o bom encadeamento das ideias em
2. DETALHAR BEM A PROPOSTA
Você deve levar em conta que há um espaço
limitado e que tudo o que for apresentado como
problema na sua argumentação deve ser resolvido
no final. Organize-se para conseguir ser completo:
apresentar QUEM irá resolver o problema, DE QUE
FORMA isso será feito e PARA QUAL PROPÓSITO.
3. DIVIDIU AS RESPONSABILIDADES
É próprio do senso comum responsabilizar
exclusivamente o governo na proposta. O ideal é
que você atribua responsabilidades sociais. Grave o
macete: GOMIFES >
Governo, ONGs, Mídia, Indivíduo, Família, Escola
e Sociedade. Escolha o agente mais adequado para
resolver a situação-problema e estabeleça, por
exemplo, parcerias entre eles. Ex.: Governo e
mídia… Família e Escola…
4. APRESENTAR SOLUÇÕES VIÁVEIS
É realmente possível colocar em prática sua proposta? Se
sim, ela é viável. Não dê soluções fantasiosas.
Além disso, observe se o agente escolhido é, de fato, capaz
de intervir na situação. Você pode, inclusive, aprimorar
uma proposta já existente, como o governo ampliar leis já
em vigor ou a mídia divulgar assiduamente campanhas já
veiculadas sobre determinado assunto, por exemplo.
5. FINALIZOU O TEXTO
A redação não deve acabar “do nada”. Elabore um período breve e
objetivo que dê fechamento às ideias. Não use frases de efeito e
evite linguagem que remeta ao sentimentalismo, por exemplo: “Com tais medidas será possível, por fim, salvar as crianças de
situações lamentáveis como essas.” A ideia de que a sua proposta
irá salvar as crianças é um tanto utópica e você não pode garantir isso. Portanto, evite.
É comum surgirem muitas ideias para resolver o problema. Por isso,
seja criterioso e opte por descrever a intervenção que melhor se aplica aos problemas.
Confira a redação pronta sobre Caminhos para prevenir o suicídio entre os jovens no Brasil
“Os sofrimentos do jovem Werther”, escrito no século XVIII, é um clássico da literatura mundial, cuja história retrata a vida de um adolescente que, após um fracasso amoroso, desencadeou uma série de sentimentos de tristeza, os quais estimularam o indivíduo a retirar a própria vida. Tal obra foi tão impactante, no cenário da época, que impulsionou uma onda de suicídios, a qual foi denominada “Efeito Werther”. De maneira análoga, quando se observa o aumento do autocídio juvenil na sociedade brasileira atual, percebe-se que esse ideal literário está próximo da realidade nacional. Nesse sentido, é fundamental entender as causas do problema a fim de prevenir a situação.
Confira a redação pronta sobre Caminhos para prevenir o suicídio entre os jovens no Brasil
“Os sofrimentos do jovem Werther”, escrito no século XVIII, é um clássico da literatura mundial, cuja história retrata a vida de um adolescente que, após um fracasso amoroso, desencadeou uma série de sentimentos de tristeza, os quais estimularam o indivíduo a retirar a própria vida. Tal obra foi tão impactante, no cenário da época, que impulsionou uma onda de suicídios, a qual foi denominada “Efeito Werther”. De maneira análoga, quando se observa o aumento do autocídio juvenil na sociedade brasileira atual, percebe-se que esse ideal literário está próximo da realidade nacional. Nesse sentido, é fundamental entender as causas do problema a fim de prevenir a situação.
Em primeira instância, é preciso analisar como a padronização, imposta pela sociedade moderna, ocasiona entraves ao processo de prevenção ao suicídio entre os jovens do país. De fato, atualmente, criou-se uma ditadura da felicidade, na qual criou-sentimentos humanos elementares, como a angústia e a tristeza, são repelidos, sendo, inclusive, passíveis de medicalização. Desse modo, a mentalidade simplista de tratar as emoções com medicamentos reflete o desinteresse da comunidade médica em discutir e tratar as causa do autocídio na menor idade, fato que contribui para o silenciamento do assunto. Dessarte, a visão compartilhada de que a autoviolência é motivo de vergonha ou condenação comprova a ausência de laços e redes capazes de proporcionar o acolhimento ao sujeito e a sua aflição. Sob essa ótica, o sociólogo Émile Durkheim expõe que o suicídio é resultado do meio que circunda o ser, sendo potencializado pelo tabu e pelos estereótipos associados à problemática.
Ademais, a postura dos principais agentes de conscientização ocasiona entraves ao processo de prevenção entre os jovens. De fato, são ínfimos os programas televisivos que retratam a autoviolação uma vez que, ainda, a mídia possui receio do “Efeito Werther”, isto é, medo de que, ao falar do assunto, possa desencadear reações de autoviolência por comportamentos miméticos. Outrossim, as instituições educacionais omitem-se do papel de formação dos jovens, na medida em que, muitas vezes, não têm profissionais para oferecer suporte psicológico aos menores e para debater acerca de
doenças psicossociais, como a depressão e a ansiedade. Por conseguinte, o suicídio é abordado com displicência na comunidade, fato o qual corrobora para a banalização e para o descaso da situação, dificultando inúmeros
adolescentes a buscarem assistência profissional. Tal fenômeno é alarmante no Brasil haja vista que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados quando há oferta de auxílio, segundo a OMS.
Portanto, torna-se evidente a urgência de medidas para alterar o cenário vigente. Dessa maneira, é dever da mídia promover a
desmistificação do autocídio, por meio de novelas, documentários e reportagens, os quais retratem, de maneira fidedigna, a seriedade das doenças psicossocial, com o intuito de reduzir os estereótipos e o silêncio em relação ao assunto a fim de estimular os jovens a procurarem auxílio médico. Outrossim, é papel das instituições educacionais, em conjunto com o Ministério da Saúde, minimizar o suicídio na menor idade, por meio da promoção de campanhas de prevenção direcionadas ao público juvenil, além de contratar profissionais especializados, os quais ofereçam suporte, com o objetivo de ofertar o tratamento adequado, garantindo as
integridades físicas e psicológicas dos jovens. Talvez, assim, possamos evitar que mais jovens tenham o mesmo fim que o jovem Werther.
Bibliografia/Fonte: • https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugu es/conclusao-dissertativa-como-encerrar-o-texto-expositivo-ou-argumentativo.htm • https://www.imaginie.com.br/5-passos-para-tirar-total-na-proposta-de-intervencao/