BOLETIM SBI
JULHO / 2016
J
unho, como era de se esperar, foi um mês especial para a SBI. Mais do que isso, foi um mês surpreendente. O 1º Infecto Centro-O-este foi um sucesso e superou as nossas expecta-tivas. Mais de 600 profissionais e estudantes da área de saúde se inscreveram para participar do evento. Obviamente, havia profissionais de todo o Brasil, mas o ponto forte foi a possibilidade de também agregar infectologistas de todo o Centro--Oeste.O alto nível das aulas também chamou a aten-ção, confirmando que Goiânia, bem como outras tantas cidades pungentes do Centro-Oeste, me-recia um evento de grande porte que reafirme compromissos e traga discussões científicas al-tamente qualificadas.
Agora, em julho, estamos com força total para diversas ações pelo Brasil no “Julho Amarelo”. Nossa ideia é chamar a atenção para a preven-ção, diagnóstico e tratamento adequados para as hepatites virais. Acreditamos na educação, aci-ma de tudo, como foraci-ma de proteger e cuidar de nossa população. A SBI segue, assim, planejan-do e executanplanejan-do projetos, movimentanplanejan-do-se e em ação continua pelos avanços na infectologia, pela prevenção ao alcance de todos!
PALAVRA DO
PRESIDENTE
POR SERGIO CIMERMAN,
PRESIDENTE DA
SOCIEDADE
BRASILEIRA DE
INFECTOLOGIA
O
Comitê Científico de Arboviroses da SBI anali-sou a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 72, de 31 de março de 2016 – da Anvisa (Agên-cia Nacional de Vigilân(Agên-cia Sanitária) que trata do regu-lamento técnico para o funcionamento dos Bancos de Células e Tecidos Germinativos do país. O Zika Vírus foi incluído nos critérios de exclusão temporária de do-adores de células e tecidos germinativos e embriões.
“A inclusão do Zika Vírus nos critérios de exclusão temporária de doadores de célu-las e tecidos germina-tivos e embriões, de acordo com a RDC 72, representa um avan-ço e atualização nas recomendações brasi-leiras”, afirma o coor-denador do Comitê, o infectologista Antonio Bandeira.
Ele destaca ainda a sugestão da SBI de que também sejam excluídos da triagem para doação, os candi-datos que apresentem pelo menos uma destas con-dições nos últimos seis meses: quadro exantemá-tico sem causa definida ou com documentação de infecção pelo vírus Zika, comprovada pelo método RT-PCR.
Confira o documento na íntegra: http://www.in-fectologia.org.br/cloud/uploads/2016/06/ A n a l i s e _ s o b r e _ R e s o l u c a o _ D C _ A N V I -SAN_-72_2016.pdf
“A INCLUSÃO DO ZIKA VÍRUS NOS CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO TEMPORÁRIA DE DOADORES DE CÉLULAS E TECIDOS GERMINATIVOS E EMBRIÕES, DE ACORDO COM A RDC 72, REPRESENTA UM AVANÇO E ATUALIZAÇÃO NAS RECOMENDAÇÕES BRASILEIRAS.” (ANTONIO BANDEIRA)
COMITÊ DE
ARBOVIROSES ANALISA
O RDC 72 DA AVISA
QUE INCLUI RISCO DE
ZIKA VÍRUS ENTRE
PRIORIDADES PARA
TRIAGEM DE DOADORES
RDC 72
IMAGEM DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI E ZIKA VÍRUS
SIES
REALIZA JORNADA
INFECTOLOGIA
EM VITÓRIA
SAIBA O QUE FOI DESTAQUE NA JORNADA DE INFECTOLOGIA DO SIES EM VITÓRIA:
• ATUALIZAÇÕES SOBRE ZIKA VÍRUS, • CHIKUNGUNYA E DENGUE
• BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES • VACINA CONTRA A DENGUE • PALESTRA SOBRE A CURA DA AIDS
A Sociedade de Infectologia do Espírito Santo (SIES) realizou a Jornada de Infectologia nos dias 10 e 11 de junho, na capital Vitória. O evento, que reuniu 94 médicos, foi coordenado pela presiden-te do SIES, Janaína Casotti, em parceria com a infectologista Sandra Fagundes.
A atualização sobre Zika, Chikungunya e Den-gue, bactérias multirresistentes, vacina contra a Dengue e a palestra sobre “A Cura da Aids” foram os destaques do evento que contou com apoio da SBI, por meio da divulgação nas mídias sociais. “A jornada foi aprovada pelos participantes pela atualidade dos temas abordados. A ideia é realizar a jornada de infectologia a cada dois anos”, afirmou Casotti.
ELASTO 2016
REÚNE ESPECIALISTAS
EM SÃO PAULO
O ELASTO 2016 –
Simpósio de Atualização em Elastografia Hepática, coordenado pelo in-fectologista Dimas Carnaúba Júnior, reuniu no dia 16 de junho na capital paulista, 120 médi-cos entre Infectologistas, Hepatologistas, Gas-troenterologistas e Clínicos Gerais.Segundo Carnaúba Júnior, o objetivo do evento foi atualizar os profissionais de saúde com rela-ção à elastografia hepática. O especialista expli-ca que a biópsia hepátiexpli-ca continua a ser o mé-todo “padrão ouro” para a verificação da fibrose hepática, mas recentemente a Conitec (Comis-são Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS) passou a recomendar também o diagnósti-co por meio da ultrassonografia elastográfica. O evento contou com o apoio da SBI.
MINISTÉRIO DA SAÚDE SEGUE
SUGESTÃO DA SBI E PASSA
A EXIGIR CERTIFICADO
INTERNACIONAL DE VACINA
CONTRA FEBRE AMARELA
A
partir deste mês, o Governo Brasileiro passou a exigir o Certificado Internacional de Vacinação de Febre Amarela de viajantes que venham ou que tenham tido passagem por Angola e República De-mocrática do Congo, no continente africano.A decisão foi ao encontro da posição da Sociedade Bra-sileira de Infectologia, que enviou documento ao Minis-tério da Saúde/Anvisa, no último 28 de abril, com a sugestão da exigência do certificado, seguindo, inclu-sive, recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A SBI se posicionou, o que fez com que o governo pas-sasse a exigir, como recomenda a OMS, o certificado de vacinação de febre amarela de quem vem de Angola e região”, afirma o Coordenador do Comitê de Medicina dos Viajantes da SBI, Jessé Reis Alves.
“Queremos reduzir os riscos de febre amarela urbana, como em regiões como São Paulo e Rio de janeiro, onde há incidência de mosquitos e evitar casos importados da doença de regiões com epidemia”, afirmou o Infec-tologista.
A sugestão da SBI levou em conta a atual situação epi-demiológica da febre amarela e o alerta ativo sobre a doença na região africana. Angola registrou 185 mortes pela doença e 483 casos somente no primeiro trimestre do ano, de acordo com o Ministério da Saúde do país e a OMS. Por outro lado, o Governo Angolano exige o certificado de vacina para os viajantes oriundos do Brasil, embora não haja surto no território nacional.
“QUEREMOS REDUZIR OS RISCOS DE FEBRE AMARELA URBANA, COMO EM REGIÕES COMO SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO, ONDE HÁ INCIDÊNCIA DE MOSQUITOS, E EVITAR CASOS IMPORTADOS DA DOENÇA DE REGIÕES COM EPIDEMIA.” (JESSÉ REIS ALVES)
N
o parecer “Posicionamento da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) frente às possíveis consequências da infecção pelo vírus Zika”, divulgado em 10 de junho, a entida-de manifestou-se favorável à realização dos Jogos Olímpicos no Rio.“A SBI considera que o risco dos atletas com relação ao Zika Vírus é substancialmente baixo, já que a trans-missão da doença hoje na região do Rio de Janeiro não está mais em alta e várias medidas foram toma-das para limitar o contágio”, afirmou o Coordenador do Comitê de Arboviroses da SBI, Antonio Bandeira. Na avaliação de Jessé Reis Alves, Infectologista e Coordenador do Comitê de Medicina dos Viajantes
SBI POSICIONA-SE
FAVORAVELMENTE
À REALIZAÇÃO DOS
JOGOS OLÍMPICOS
NO RIO DE JANEIRO
da SBI, a manifestação da associação dá a real di-mensão dos riscos do Zika Vírus a partir de dados e do trabalho de médicos brasileiros que têm experi-ências anteriores como a da Dengue.Ambos os infectologistas recomendam que atletas e público usem repelentes à base de Icaridina (acima de 20%), DEET (acima de 20%) e IR3535 (crianças) durante os Jogos no Rio de Janeiro.
“A recomendação do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis/EUA) é de que se use o preservativo nas relações sexuais até pelo menos seis meses após ter estado em área su-jeita ao Zika, como forma de precaução da contami-nação com o vírus”, ressalta Reis Alves.
“A SBI CONSIDERA QUE O RISCO DOS ATLETAS COM RELAÇÃO AO ZIKA VÍRUS É SUBSTANCIALMENTE BAIXO JÁ QUE A TRANSMISSÃO DA DOENÇA HOJE NA REGIÃO DO RIO DE JANEIRO NÃO ESTÁ MAIS EM ALTA E VÁRIAS MEDIDAS FORAM TOMADAS PARA LIMITAR O CONTÁGIO.” (ANTONIO BANDEIRA)
LEIA O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA, CLICANDO EM: http://www.infectologia.org.br/cloud/ uploads/2016/06/Parecer_SBI_Olimpiadas_ Rio_2016.pdf.
INFECTOLOGISTAS REALIZAM
AÇÕES PARA COMBATER AS
HEPATITES NO
“
JULHO AMARELO
”
90% DOS CASOS
TÊM CURA QUANDO
DIAGNOSTICADOS A
TEMPO
QUANDO NÃO TRATADA,
A DOENÇA PODE LEVAR À
CIRROSE HEPÁTICA E AO
CÂNCER DE FÍGADO .
I
nfectologistas de pelo menos nove cidades bra-sileiras (São Paulo, Uberaba, Fortaleza, Belém, Brasília, Goiânia, Vitória, Manaus e Santos) divulgaram no começo do mês a iniciativa de di-versas ações de mobilização para o “Julho Ama-relo”, mês de incentivo à prevenção, diagnóstico e tratamento das Hepatites Virais.A maioria das ações pretende promover o teste, o acolhimento e encaminhamento dos pacientes. Universidades, hospitais e programas dos gover-nos aderiram às parcerias regionais para pro-moverem as ações que também devem usar de recursos lúdicos para chamar a atenção para o tema, como bexigas e braçadeiras.
“Queremos que as pessoas conheçam o risco real, se preocupem e busquem o teste para hepatites virais”, afirmou a Coordenadora do Comitê Científico de Hepatites Virais, Maria Cássia Jacintho Mendes Corrêa.
“QUANDO RECEBI O CONVITE PARA PRESIDIR O CONGRESSO, EU ACHEI DESAFIADOR, PORÉM AGORA VEJO QUE FOI, ACIMA DE TUDO, EXTREMAMENTE GRATIFICANTE.” (CHRISTIANE REIS KOBAL)
M
ais de 600 médicos e profissionais de saúde participaram do 1º Congresso de Infectologia do Centro-Oeste (Infecto Centro-Oeste), con-gresso que aconteceu em Goiânia entre os dias 23 e 25 de junho. Quem participou do evento viveu uma verdadeira maratona em busca do conhecimento, mas a excelente qualidade das aulas e as confraterniza-ções foram as marcas registradas do congresso. O lançamento oficial realizado na noite do dia 23 foi um momento de relembrar a dedicação da equipe que comandou a organização do congresso em um período de apenas três meses. Os discursos não poderiam ser diferentes e tiveram um tom de agradecimento. “Foi uma experiência inesquecível. Tivemos a oportu-nidade debates profundos, além de ter sido uma rea-firmação de amizade. Esses três meses me deixaram lembranças maravilhosas”, declarou o médico José David Urbaez Brito, presidente da Comissão Cientí-fica do Evento.O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Sergio Cimerman, que foi um dos idealizadores do evento, afirmou que a comissão organizadora conse-guiu agregar os especialistas do Centro-Oeste, o que foi um ponto forte do evento. “Além disso, o programa ficou robusto”, disse Cimerman sobre a diversificação e o aprofundamento dos temas escolhidos para serem abordados nas apresentações de especialistas que vie-ram de todo o país.
Já a infectologista Christiane Reis Kobal, presidente do congresso, que é de Goiânia, ressaltou que o Es-tado de Goiás se sentiu orgulhoso por poder ser o “anfitrião” do congresso. De acordo com ela, foram incansáveis as trocas de e-mails e telefonemas entre os organizadores, inclusive altas horas da noite, tudo com o intuito de planejar minuciosamente o evento. “ Quando recebi o convite para presidir o congresso, eu achei desafiador, porém agora vejo que foi, acima de tudo, extremamente gratificante”, disse Kobal.
CONGRESSO REUNIU
MAIS DE 600 PROFISSIONAIS
EM GOIÂNIA
ALGUMAS DAS RAZÕES
QUE DEIXAM O PACIENTE
DE HEMODIÁLISE CRÔNICA
VULNERÁVEL ÀS INFECÇÕES:
• ACÚMULO DE TOXINAS
• SOBRECARGA DE FERRO
• DESNUTRIÇÃO
• ALTERAÇÃO NO METABOLISMO DA GLICOSE
D
urante uma aula no 1º Infecto Cen-tro-Oeste, em Brasília, o médico José David Urbaez, presidente da Comissão Científica do evento, recomendou aos infecto-logistas que fiquem muito atentos à história vascular dos pacientes que necessitam de he-modiálise crônica. Ele lembra que a hemodi-álise acaba produzindo um quadro de saúde semelhante ao do paciente de HIV.Para Urbaez, sempre que se fala no uso do ca-teter, é fundamental lembrar que “os acessos não são infinitos”. “É fundamental conhecer a história vascular do paciente porque dis-so depende a vida dele”, afirma Urbaez. Ele ressalta a importância também de observar a integridade da pele para prevenir a coloniza-ção por bactérias.
De acordo com ele ainda, há estudos que mostram que a mortalidade pode chegar a ser oito vezes maior, quando não existe um olhar mais cuidadoso por parte do médico. Para ele, é essencial que o médico redobre sua atenção com o tratamento adequado da água utilizada e com o processo de limpeza do dialisador.
O extrato social ao qual o paciente pertence também deve ser analisado pelo médico, pois a umidade e as condições de higiene inade-quadas, por exemplo, são pontos extrema-mente negativos na prevenção às infecções.
HEMODIÁLISE
CRÔNICA
DEIXA O PACIENTE
TÃO VULNERÁVEL
QUANTO UM
SOROPOSITIVO
INVESTIGAÇÃO
DE HERPES
NEONATAL NÃO
DEVE SE LIMITAR À
GESTANTES COM
HISTÓRICO DA
DOENÇA
COMO PROCEDER QUANDO
HÁ DIAGNÓSTICO DE
HERPES NEONATAL NUMA
GESTANTE:
1. ORIENTAR A MÃE A
ADOTAR A CESARIANA
(TIPO DE PARTO MAIS
PROTETOR NESTE CASO);
2. PEDIR EXAMES DE PCR E
CULTURA;
3. MINISTRAR ACICLOVIR
PARA A MÃE A PARTIR DA
SEMANA 36 E PARA O BEBÊ
POR 6 MESES APÓS O
NASCIMENTO;
4. INCENTIVAR A
AMAMENTAÇÃO, DESDE
QUE NÃO HAJA VESÍCULA
NA MAMA (SE HOUVER
VESÍCULA EM OUTRA PARTE
DO CORPO, RECOMENDAR
CUIDADO EXTREMO COM A
HIGIENE)
I
nfectologistas que investigam casos suspeitos de Herpes Neonatal devem ficar atentos a algumas “ciladas” que podem confundir o diagnóstico. Para o infectologista Vicente Porfírio Pessoa Júnior, não se deve esperar histórico de herpes, nem vesí-culas para iniciar uma investigação dos casos nas gestantes.Durante sua apresentação no 1º Infecto Centro--Oeste, ele lembrou que o Herpes Neonatal é uma doença muito grave e de alta letalidade: cerca de 85% das crianças com a doença acabam indo a óbi-to, por isso é preciso olhar atento. Muitas vezes, ao contrário do que se imagina, a doença não apresen-ta vesículas. “Se o paciente tem sintomas clínicos, aja, faça alguma coisa”, declarou Vicente.
Para ele ainda, outro problema é investigar ape-nas quando a mãe relata um histórico de herpes. Segundo ele, estudos mostram que 60% das mães afirmam não ter tido herpes anteriormente. “Esta informação [de que não há histórico de herpes] não é confiável”, afirma o médico.
Ele também defende que todos os médicos “bri-guem” por acompanhamento pré-natal de qualidade para todas as gestantes. Outro desafio é o de cobrar que planos de saúde e laboratórios disponibilizem os examede PCR e de cultura
“VI MUITAS VEZES A CLASSE MÉDICA SIMPLESMENTE VIRAR AS COSTAS PARA ESTE PACIENTE. ISSO ESTÁ ERRADO. NÓS, COMO MÉDICOS, TEMOS QUE OFERECER ALGO A MAIS.” (ESPER KALLAS)
O
infectologista, professor e pesquisador Esper Kallas é categórico ao afirmar que os estudos realizados até hoje sobre medidas de preven-ção à aids chegaram sempre a duas conclusões im-portantes. A primeira é a de que o ser humano gosta de fazer sexo. A segunda diz respeito ao fato de que uma parcela da população sempre vai se expor, não importa o que venha a ser oferecido.Kallas participou do 1º Infecto Centro-Oeste e falou sobre a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), tratamento que poderá ser incluído na lista de medicações ofere-cidas pelo SUS.
Para ele, é muito importante que a comunidade mé-dica tenha uma postura de reconhecer que uma par-cela da população é mais vulnerável e, a partir disso, criar alternativas. “Vi muitas vezes a classe médica simplesmente virar as costas para este paciente. Isso está errado. Nós, como médicos, temos que oferecer algo a mais”, disse Kallas.
Num dos estudos mais importante feitos sobre o trata-mento, houve a larga disponibilização de dispositivos de prevenção para os pesquisados. Inicialmente, 60% do público do estudo relataram ter o hábito de fazer sexo sem preservativo. Após 12 semanas, o número havia caído pela metade (30%). Para o pesquisador, os números contrariam o mito de que a PrEP, por si só, estimularia as pessoas a abandonarem o uso do pre-servativo e, ao mesmo tempo, reafirmou a existência de uma parcela que não adere ao uso do preservativo.
INJUSTIÇA
Para o pesquisador ainda é muito injusto quando os próprios médicos acusam o uso da PrEP de represen-tar a medicalização das medidas preventivas. “O uso de medicamentos é uma das ferramentas mais anti-gas e eficazes de prevenção”, disse Kallas, lembrando que o AZT foi usado durante muitos anos no trata-mento preventivo de profissionais que passaram por acidentes ocupacionais.
PARA ESPER
KALLAS,
MÉDICOS
DEVEM
RECONHECER
PARCELA DA
POPULAÇÃO
VULNERÁVEL
AO HIV E
OFERECER
ALTERNATIVA
SBI NAS MÍDIAS SOCIAIS:
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sbinfecto
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BJID, PUBLICAÇÃO
CIENTÍFICA DA SBI,
CRESCE POR SEIS ANOS
CONSECUTIVOS EM RANKING
INTERNACIONAL
A
revista “The Brazilian Journal of Infectious Di-seases” (BJID), publicação oficial da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), alcançou Fator de Impacto (FI) de 1,412 no ranking do “The Journal of Citation Reports”, aumentando pelo sexto ano conse-cutivo. O ranking é divulgado anualmente.“É a única publicação científica brasileira que registrou crescimento continuo nos últimos seis anos”, afirma o editor-chefe da BJID, o infectologista Carlos Brites. Ele explica que o FI avalia o número de vezes que os artigos veiculados na revista são citados em outras pu-blicações científicas reconhecidas internacionalmente. O BJID é uma revista bimestral, que conta com a cola-boração de infectologistas brasileiros, além de especia-listas de outros 65 países. Confira a edição de julho-a-gosto/2016 clicando em: http://www.bjid.org.br/.
SORTEIO DE BOLSAS
DE ESTUDO PARA
CURSO ON-LINE SOBRE
ANTIBIOGRAMA
Graças a uma parceria da SBI com a “EviMed”, foram sorteadas dez bolsas de estudos para o curso on-line “Interpretação do Antibiograma na prática clínica diária”, que acontecerá entre 27 de julho e 14 de setembro, organizado pela European Committee on Antimicrobial Suscep-tibility Testing – EUCAST. Das dez bolsas, cinco eram destinadas a associados adimplentes da SBI e as outras cinco para médicos residentes em Infectologia. Os sorteados foram, em ordem alfabética:
SÓCIOS DA SBI:
• Karla Regina Oliveira de Moura Ronchini
• Maria DL Giacomini
• Nélio Artiles Freitas
• Paulo Giovanni Pinheiro Cortez
• Wladimir Queiroz
MÉDICOS RESIDENTES:
• Ferdinando Lima de Menezes
• Johana Marlen Jerias Fernandez
• Juliana Loes Torres
• Philipe Quagliato Bellinati
• Yrving Lucas Vasconcelos e Paiva
Os interessados podem se inscrever para o cur-so pelo link http://ATBgrama.evimed.net/. Em breve, faremos novos sorteios. Acompa-nhem pelo nosso site www.infectologia.org.br e pela nossa fanpage no Facebook: https:// www.facebook.com/SociedadeBrasileira-deInfectologia. “É A ÚNICA PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA QUE REGISTROU CRESCIMENTO CONTINUO NOS ÚLTIMOS SEIS ANOS” (CARLOS BRITES)
CONFIRA ALGUNS CLIQUES DO 1º INFECTO CENTRO-OESTE E CLIQUE
PARA VER O ÁLBUM COMPLETO DO EVENTO EM NOSSA FANPAGE:
CONGRESSOS
SBI 2016
Tome nota dos nossos Congressos Regionais 2016. Participem! É hora de trocarmos experiências.
10º Congresso Paulista de Infectologia
Santos (São Paulo) De 24 a 27 de agosto
VI Congresso Norte-Nordeste de Infectologia
São Luís (Maranhão) De 8 a 10 de setembro
1º Congresso Sul-Brasileiro de Infectologia
Curitiba (Paraná)
De 29 de setembro a 1º de outubro
AGENDA
EXPEDIENTE:
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
Rua Domingos de Morais, 1061 - Vila Mariana CEP 04009-002
(11) 5572-8958 / (11) 5575-5647 Presidente: Sergio Cimerman Vice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum 1º Secretária: Maria Cassia Jacintho Mendes Correa
2º Secretário: Luciano Zubaran Goldani 1º Tesoureiro: Marcos Antonio Cyrillo
2º Tesoureiro: Kleber Giovanni Luz
Coordenador Científico: Clóvis Arns da Cunha Coordenadora de Informática: Maria do Perpétuo Socorro
Costa Correa
Coordenador de Comunicação: José David Urbaéz Brito
Assessor da Presidência: Leonardo Weissmann Secretária: Givalda Guanás
Produção do Boletim SBI: Axis Comunicação Jornalista responsável: Adriana Matiuzo Mtb 4.136
Contato: imprensasbi@gmail.com Reportagem, redação, revisão e fotografia:
Adriana Matiuzo Alexandra Penhalver (Mtb 29.956) Editor de Arte e Diagramação: Gilberto Leite
EVENTOS COM
APOIO DA SBI
Confira os eventos apoiados pela Sociedade Brasileira de Infectologia
Curso on-line: Intepretação do antibiograma na pratica clinica diária
27/07 a 14/09/2016
http://ATBgrama.evimed.net
10º TID 2016 - International Transplant Infectious Diseases Conference
18/08/2016 Hong Kong
V Workshop de Comorbidades e Eventos Adversos em HIV/Aids
18 a 20/08/2016 São Paulo
52º Medtrop - Congresso de Medicina Tropical
21 a 24/08/2016 Maceió (AL)