MICROBIOLOGIA BÁSICA
ENZIMAS, DESIDROGENASE, CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA, ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA E
QUOCIENTE METABÓLICO
MARCELO DE ANDRADE BARBOSA
Doutorando em Agronomia (Ciência do Solo) - UNESP
Jaboticabal – SP 2016
COMPOSIÇÃO DAS PLANTAS
70 a 90% = H
2O
10 a 30% = Matéria Seca
+/- 96% = C, O e H
+/- 45% = C
+/- 45%= O
+/- 6%= H
+/- 4% Minerais
(Fertilizantes, Ciclagem, Fixação biológica...)
+/- 3,5% = N, P, K, Ca, Mg e S
+/- 0,5% = Zn, B, Mn, Fe, Si e Cu
Mineralização do nitrogênio Aminização
N org. R-NH2 + CO2 + outros produtos + E Amonificação R-NH2 + H2O NH3 + R-OH + E NH3 + H2O NH4+ + OH -Nitrificação 2NH4+ + 3O 2 2NO2- + 2H2O + 4H+ + E 2NO2- + O 2 2NO3- + E Nitrosomonas Nitrobacter
Por que os microrganismos atuam
nos processos de ciclagem de
Polihidroxibutirato (PHB)
ESTRUTURAS DE ARMAZENAMENTO DE NUTRIENTES
Glicogénio
Protozoários
Nitrato Vacúolo
Sulfeto de hidrogênio
ESTRUTURAS DE ARMAZENAMENTO DE NUTRIENTES
ENZIMAS
As enzimas são proteínas especializadas em catalisar reações biológicas (LEHNINGER et al., 1995).
ORIGEM DAS ENZIMAS NO AMBIENTE
Figura 1. Percentual de isolados microbianos a partir do solo, planta, e amostras
de água com a atividade de cada um dos cinco enzimas investigadas. Fonte: Alves et al., (2014).
346 isolados Mata atlântica
P. Solo
ORIGEM E OCORRÊNCIA DAS ENZIMAS NO SOLO
Biônticas ou endoenzimas? Abiônticas ou exoenzimas?
ESTUDOS ENZIMÁTICOS EM AMOSTRAS DE SOLO Amostragem de solo
ESTUDOS ENZIMÁTICOS EM AMOSTRAS DE SOLO
Armazenamento Temperatura
Umidade
DESIDROGENASE
Enzima da membrana envolvida no processo de transporte de elétrons, que é acoplado a síntese ATP.
Importante na oxidação da matéria orgânica
Ocorre apenas em células intactas (vivas)
Correlação + com o consumo de O2
Não acumula extracelularmente
MÉTODO DE DETERMINAÇÃO
Para TPF (trifenil formazan)
Taxa de redução do TTC (trifeniltetrazolium chloride)
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
1- Pesar 3 g de solo seco (< 2 mm) em tubo de ensaio 18 x 180.
2- Adicionar 0,03 g de carbonato de cálcio em cada tubo, agitar em agitador de tubos.
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
3- Pipetar 0,5 mL de cloreto de 2,3,5 tripheniltetrazolio (TTC). 4- Pipetar 1,3 mL de água destilada em cada tubo.
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
5- Vedar os tubos com filme plástico (PVC), e agitar vagarosamente entre as mãos.
6- Encubar em banho maria a 37°C por 24 horas.
Fonte: Arquivo pessoal
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
7- Inserir 10 mL de metanol e agitar.
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
8- Filtrar em papel filtro Whatman 42, transferindo para erlenmeyers de 125 mL.
PROCEDIMENTO DE LABORATÓRIO Casida et al. (1964)
9- Fazer leitura em especfotômetro com absorbância de 485 nm.
10- Fazer cálculo, com auxílio de curva padrão.
Influência do manejo e da adubação na atividade enzimática da desidrogenase a longo prazo
Eficiência da taxa oxidativa
Figura 2. Atividade enzimática da desidrogenase em solo de área de plantio de milho
cultivado em sistema convencional, com adubação com ureia (PC M) e com esterco bovino (PC E), plantio direto com adubação com ureia em sucessão milho/milho (PD M/M) e leguminosa/milho (PD L/M). Fonte: Barbosa (2015).
Influência do manejo e da adubação na atividade enzimática da desidrogenase a longo prazo
Figura 3. Atividade da desidrogenase sob a aplicação a longo prazo de adubo orgânico e mineral, em rotação trigo e milho. Fonte: Chu et al. (2007).
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA
Parte viva da MOS, representando de 2 a 5% desta fração
no solo (JENKINSON;
LADD, 1981).
Composto por diversas espécies de microrganismos
COMO ANALISAR?
Os métodos mais freqüentemente utilizados para determinação da biomassa microbiana são fumigação-incubação (JENKINSON e POWLSON, 1976), fumigação-extração (VANCE et al., 1987) e irradiação com microondas (ISLAM e WEIL, 1998).
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO 1- Pesar 10 g de solo em Erlenmeyer de 250 ml.
2- Capacidade de Campo a 70 ou 100%?
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO 3- Irradiados e não irradiados
4- Solução de Sulfato de Potássio
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO 5- Agitador Horizontal, 30 minutos.
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO 6- Filtrar
7- Pipetar 10 ml do extrato para Erlenmeyer de 125 ml. CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO
8- Pipetar 2 ml de dicromato de potássio para os Erlenmeyers de 125 ml.
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO
9- Pipetar 10 ml de ácido sulfúrico, aguardar esfriar e, em seguida acrescentar 50 ml de água deionizada.
CARBONO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO
10- Inserir quatro gotas de phenanthroline (ferroin) e títular com sulfato ferroso amoniacal.
ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA Permite:
Avaliar a atividade biológica do solo, sendo definida como a produção de CO2.
Quociente Metabólico
Corresponde à razão entre o carbono da biomassa microbiana (CBM) e atividade respiratória microbiana (ARM).
Reflete processos importantes relacionados às adições e transformações da matéria orgânica.
Em situação em que a biomassa experimenta algum fator de estresse (deficiência de nutrientes, acidez, déficit hídrico...).
ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA
1- Pesar 100 g de solo em vidro.
ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA
2- Colocar o solo em 100% da capacidade de campo.
ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA
3- Inserir dois beckers no interior do vidro (1 contendo 20 ml de NaOH e outro com 20 ml de água destilada, vedar a boca do vidro com filme plástico).
ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA
4- Incubar por, quatro, sete ou dez dias?
ATIVIDADE RESPIRATÓRIA MICROBIANA
5- Adicionar aos Beckers 2 ml de solução de cloreto de bário a 30% e 3 gotas de fenolftaleína a 1%.
APLICAÇÕES
Figura 4. ARM e CBM em solo sob plantio de milho em manejo convencional,
APLICAÇÕES
Figura 5. qCO2 em solo sob plantio de milho em manejo convencional, adubado com esterco bovino.
APLICAÇÕES
Figura 6. CBM sob a aplicação a longo prazo de adubo orgânico e mineral, em
CONSIDERAÇÕES FINAIS