Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Estudos de Saúde Coletiva
-IESC/UFRJ
METAIS
CARMEN ILDES R. FRÓES ASMUS carmenfroes@iesc.ufrj.br
CARMEN ILDES R. FRÓES ASMUS carmenfroes@iesc.ufrj.br
METAIS
• Existem na natureza
: carga de fonte
antropogênica excede as contribuições de
fontes naturais;
• Dispersão para o ambiente
: extração,
produto utilizável; descarte, reciclagem e
destruição
• A toxicidade dos metais é apenas uma
questão de concentração, local e tempo
METAIS
POTENCIAL CARCINOGÊNICO
Metal
EPA
IARC
Chumbo
B2
2B
Cádmio
B1
1
Zinco
D
---Cobre
D
3
Arsênio
Cromo VI
Níquel metálico
A
A
A
1
1
2B
METAIS PESADOS
• Metal de alta gravidade específica;
• Têm grande afinidade por grupamentos
orgânicos em solos, sedimentos e tecidos
biológicos:
– Bioacumulação
;
– Biomagnificação
na cadeia alimentar e;
METAIS PESADOS
FONTES ANTROPOGÊNICAS PARA O AMBIENTE
• Fertilizantes
• Pesticidas
• Água de irrigação contaminada e queimadas na zona rural
• Combustão de carvão e óleo
• Emissões veiculares
• Incineração de resíduos urbanos e industriais
• Mineração, fundição e refinamento
EXPOSIÇÃO PROFISSIONAL
: trabalho em metalúrgicas,
mineração e aplicação de pesticidas
FATORES QUE INTERFEREM NA TOXICIDADE
FATORES QUE INTERFEREM NA TOXICIDADE
DOS METAIS
DOS METAIS
1. Interação com elementos essenciais: ferro,
proteínas, fósforo, cálcio, vitamina A, C e D;
2. Formação de complexos de metal – proteína;
3. Interação entre metais;
4. Idade e estágio de desenvolvimento;
5. Hábitos: fumo, álcool.
6. Forma química e especificação
7. Reações imunológicas: reações de
hipersensibilidade, anafiláticas; hipersensibilidade
retardada,
EFEITOS DOS FATORES NUTRICIONAIS E CONTAMINANTES
DA DIETA SOBRE A CAPTAÇÃO DE
CHUMBO
FATOR
Nível na
dieta
EFEITO
CÁLCIO
BAIXO
ALTO
Aumento da absorção
Aumento da retenção no osso
FERRO
BAIXO
Aumento da absorção
ZINCO
BAIXO
Aumento da absorção e da
transferência pelo leite materno
COBRE
BAIXO
Aumento da absorção
FONTES DE EXPOSIÇÃO
Fabricação e reforma de baterias elétricas;
Fabricação de pisos, azulejos e cerâmicas;
Fabricação de vidros e cristais;
Funilaria de automóveis;
Mineração de chumbo
Fabricação e uso de ligas e compostos de
chumbo:pigmentos, tintas, vernizes, esmaltes
Cerâmica.
TOXICOCIN
TOXICOCIN
É
É
TICA
TICA
1. ABSORÇÃO1.1. Via Respiratória
Principalmente em exposição ocupacional 1.2. Via oral
Principalmente em crianças (tintas, poeiras) jejum
1.3. Via cutânea: pequena 2. DISTRIBUIÇÃO
Carga corpórea total: 3% circulante
TOXICOCIN
TOXICOCIN
É
É
TICA
TICA
3. ACUMULAÇÃO
Ossos
4. AÇÃO TÓXICA: fração livre no plasma 5. ELIMINAÇÃO
Principalmente renal, suor, leite materno
6. MEIA VIDA Sangue: 28 a 36 dias
Tecidos moles: 46 dias
Chu mbo liga do a os eritr ócito s nã o di fusí vel C hum b o no s “ te cid os du ro s:” os so s, d en te s, cab elo s. (re se rv atór io) C h u m b o lig ad o à s p ro te ín as p la sm átic as C hum bo n os “ teci dos mol es”. fíga do, r ins, sist em a nerv oso, med ula ósse a. CHUMBO DIFUS
CHUMBO DIFUSÍÍVEL VEL NO PLASMA NO PLASMA EXCREÇÃO: URINA, FEZES, SUOR INGRESSO NO ORGANISMO V.RESP. 35-50% V. GASTRO. 5-10%
TOXICODIN
TOXICODIN
Â
Â
MICA
MICA
VASOESPASMO
AÇÃO TÓXICA DIRETA
► Alteração na função de vários neurotransmissores (colinérgicos, noradrenérgicos e dopaminérgicos).
► Bloqueio das enzimas necessárias à formação das
EFEITOS SOBRE OS SISTEMAS ORG
EFEITOS SOBRE OS SISTEMAS ORGÂÂNICOS NICOS
- ALTERAÇAO DA SÍNTESE DO HEME; REDUÇÃO DA VIDA MÉDIA DAS HEMÁCIAS - ANEMIA HIPORREGENERATIVA - ALTERAÇÃO DA FERTILIDADE MASCULINA - ALTERAÇÕES DA REPRODUÇÃO - MODIFICAÇÕES CROMOSSÔMICAS? VASO ESPASMO PB++
AÇÃO TÓXICA DIRETA
- CÓLICA SATURNINA - AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE ÚLCERA/ GASTRITE
- INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
- NEFROANGIOSCLEROSE SATURNINA - ARTROPATIA GOTOSA - ENCEFALOPATIA AGUDA - ENCEFALOPATIA VASCULAR - ENCEFALOPATIA CRÔNICA - ARTERIOSCLEROSE CEREBRAL - EPILEPSIA
- ESCLEROSE LATERAL AMIOOTRÓFICA (?) - NEUROPATIA PERIFÉRICA
- ALTERAÇÃO DA HABILIDADE PSICOMOTORA - ALTERAÇÃO DO SÓCIO-EMOTIVO
A
AÇÃÇÃO DO CHUMBO SOBRE O SISTEMA RENALO DO CHUMBO SOBRE O SISTEMA RENAL
CHUMBO
vaso - espasmo das arteríolas renais aferentes
Alteração da parede vascular Ativação do Sistema R-A-A Hipóxia tecidual Elevação da pressão arterial
Nefro – angioesclerose
Redução do transporte ativo Reabsorção e excreção de solutos
Gota Insuficiência renal
Dano tubular
proximal
Degeneração
esclerohialina dos
glomérulos
ALTERAÇÕES CAUSADAS PELO Pb E OUTROS AGENTES NO CICLO DE SÍNTESE DO HEME
CICLO DE KREBS
SUCCINIL - COA + GLICINA
ALA - SINTETASE + PORFIRIA, FENOBARBITAL - CHUMBO ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO ALA-DESIDRATASE - ÁLCOOL CHUMBO PORFOBILINOGÊNIO UPG-ISOMERASE - PORFIRIA UROPORFIRINOGÊNIO III UPG-DESCARBOXILASE
COPRO PORFIRINOGÊNIO III
CBG-DESCARBOXIL - CHUMBO, ÁLCOOL
PROTOPORFIRINA IX + FERRO HEME-SINTETASE - CHUMBO HEME
-+
ATIVIDADE ENZIMÁTICA ATIVIDADE ENZIMÁTICAPbS (µg/dL) 10 20 30 40 50 100 ADULTOS Hipertensão ↑ Protoporfirina eritrocitária ↓ audição
Infertilidade; efeitos renais; neuropatia
Fadiga, cefaléia, dor abdominal ↓ síntese do Heme, Hg; anemia, sintomas gastrintestinais, cefaléia, tremor Letargia, tonteiras Encefalopatia CRIANÇAS Alts. Desenvolvimento Lesão QI; ↑ Protoporfirina eritrocitária ↓ Velocidade de condução nervosa ↓ Metabolismo vit. D Alteração da síntese de Hemoglobina (Hg) Cólica abdominal, neuropatia Encefalopatia, anemia, nefropatia, tonteiras.
BIOMARCADORES
DE EXPOSIÇÃO:1. Chumbo no sangue (PbS):
• Níveis elevados: exposição recente
• Níveis baixos: exposição crônica 2. Chumbo no cabelo
• Exposição intermediária (2 meses): crianças 3. Chumbo na urina
• Níveis baixos e flutuantes de excreção. 4. Chumbo nos ossos
• Fluorescência por raio X
• Exposição crônica 5. Chumbo nos dentes
• Exposição crônica
BIOMARCADORES
DE EFEITO: por inibição da VIA de síntese do HEME
1. Inibição da Delta ALA-desidratase
• ALA desidratase no sangue: ↓
• Açido delta aminolevulínico (ALA-U) na urina: ↑
2. Inibição da Heme-sintetase
• Acúmulo de protoporfirinas nos eritrócitos:
Zincoprotoporfirina eritrocitária (ZPP): 90% - método
de hematofluorimetria.
Protoporfirina eritrocitária livre (FEP), Protoporfirina
eritrocitária (EP): método de extração
BIOMARCADORES
DE EFEITO: por inibição da VIA de síntese do HEME
1. Zincoprotoporfirina eritrocitária (ZPP):
• Exposição passada: últimos 4 meses.
• Concentração aumenta a partir de níveis de PbS 25 – 30 µg/dL: “crianças”.
2. Outras doenças ou condições que alteram a síntese do Heme:
- porfiria, cirrose, deficiência nutricional de ferro, idade e alcoolismo: ↑ das protoporfirinas
Tabela: Biomarcadores de exposição e efeito para o chumbo correlacionados com os níveis de chumbo no sangue a partir dos quais são alterados.
BIOMARCADOR Nível de chumbo no
sangue (PbS)
PbS > 10µg/dL
Inibição da atividade da ALA-D nos eritrócitos
21 - 30µg/dL
Aumento dos níveis de ALA-U > 35µg/dL (adultos) > 25 - 75µg/dL (crianças) Inibição da atividade da NADS
(adenina dinucleotideo sintetase) nos eritrócitos
> 40µg/dL
Aumento dos níveis de ZPP > 25 - 30µg/dL
BIOMARCADORES DE EXPOSIÇÃO E EFEITO E
PARÂMETROS DE NORMALIDADE ACEITOS PELA
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
BIOMARCADOR VALOR NORMAL NÍVEL
LIMÍTROFE
Chumbo no sangue Até 40µg/dL
60µg/dL
Chumbo na urina
Até 60µg/dL
150µg/dL
ZPP
Até 75 µg/dL
200 µg/dL
Protoporfirinas
livres
Até 60
300
ALA-U
Até 4,5mg/g de
creatinina
15mg/g de
creatinina
Coproporfirina U
Até 150 µg/dL
200 µg/dL
CLASSE I IIA IIB III IV V PbS (µg/dL) <= 9 10 – 14 15 – 19 20 – 24 45 - 69 >= 70 INTERPRETAÇÃO E AÇÃO Normal
Educação dos pais, comunicação ao serviço de saúde da comunidade, re-screnning em 3
meses.
Educação dos pais, avaliação e correção de deficiência de ferro, re -screnning em 3 meses. Caso nível persista considerar CLASSE III.
Re - testagem em 1 mês; avaliação médica completa; considerar QUELAÇÃO.
Re - testagem em 24 horas; avaliação médica completa; avaliação ambiental e tratamento médico incluindo QUELAÇÃO, dentro de 48 horas.
Emergência médica: re-testagem imediata, hospitalização e início do tratamento imediato. Identificação e remoção da fonte de chumbo.
Classificação, segundo o CDC, da intoxicação pelo Chumbo na infância e tratamento sugerido
ESTAGIAMENTO DA INTOXICA
ESTAGIAMENTO DA INTOXICAÇÃÇÃO PELO CHUMBOO PELO CHUMBO
INTOXICAÇÃO LEVE
1. DOSE CORPORAL BAIXA:
. Processo de trabalho não muito precário e/ou
. Tempo de exposição curto e/ou
. Ausência de fatores de aumento de risco
INDICADORES BIOLÓGICOS NÃO MUITO
ELEVADOS ( Pb-S < 70mcg/dl; ALA - U<15mg/l ).
2. AUSÊNCIA DE COMPROMETIMENTO DOS
SISTEMAS RENAL E/OU NERVOSO:
.Provas de função renal sem alterações e ausência
de sintomas / sinais de neuropatia central ou
ESTAGIAMENTO DA INTOXICA
ESTAGIAMENTO DA INTOXICAÇÃÇÃO PELO CHUMBOO PELO CHUMBO INTOXICAÇÃO MODERADA
1. Ausência de comprometimento dos sistemas renal e/ou nervoso:
- Provas de função renal sem alterações e ausência de de sintomas / sinais de neuropatias central ou
periférica.
2. Dose corporal elevada:
. Processo de trabalho precário e/ou . Tempo de exposição elevado e/ou
. Presença de fatores de aumento de risco
. INDICADORES BIOLÓGICOS ELEVADOS ( Pb-S >
ou = 70 mcg/dl; ALA - U > ou = 15mg/g ).
ESTAGIAMENTO DA INTOXICA
ESTAGIAMENTO DA INTOXICAÇÃÇÃO PELO CHUMBOO PELO CHUMBO
INTOXICAÇÃO GRAVE
1. Dose corporal elevada:
. Processo de trabalho precário e/ou . Tempo de exposição elevado e/ou
. Presença de fatores de aumento de risco
. INDICADORES BIOLÓGICOS ELEVADOS ( Pb-S >
ou = 70 mcg/dl; ALA - U > ou = 15 mg/g ).
2. Presença de comprometimento dos sistemas
renal e/ou nervoso:
TRATAMENTO DA INTOXICA
TRATAMENTO DA INTOXICA
ÇÃ
ÇÃ
O
O
CR
CR
Ô
Ô
NICA POR CHUMBO
NICA POR CHUMBO
. INTOXICAÇÃO LEVE
1. Afastamento do trabalho
2. Hidratação oral
. INTOXICAÇÃO MODERADA
1. Afastamento do trabalho
2. Hidratação oral
3. Terapia quelante
TRATAMENTO DA INTOXICA
TRATAMENTO DA INTOXICA
ÇÃ
ÇÃ
O CR
O CR
Ô
Ô
NICA
NICA
POR CHUMBO
POR CHUMBO
. INTOXICAÇÃO GRAVE
Função renal normal
1. Afastamento do trabalho
2. Hidratação oral
3. Terapia quelante
4. Acompanhamento especializado
Função renal comprometida
1. Afastamento do trabalho
2. Hidratação oral
3. Acompanhamento especializado (nefrologia)
e definição de condutas específicas
ARSÊNICO
Amplamente distribuído na natureza
USOS E FONTES DE EXPOSIÇÃO:
Impureza em minas de : cobre, chumbo, zinco,
estanho, ouro;
Fabricação e utilização de inseticidas, herbicidas
e fungicidas ( principal uso nos USA);
Industria de colorantes;
No passado: uso terapêutico Ex: tratamento da
ARSÊNICO
Empalhamento de animais;
Algumas etapas na industria de vidro;
Industria eletrônica;
Fumaça de cigarros: tabaco cultivado em solo
tratado com herbicidas arsenicais
→
câncer
A água em geral contém poucos microgramas por
litro: USA: 5µg/L. Algumas regiões (México, Argentina,
Chile) tem água enriquecida de arsênico inorgânico
por razões geológicas.
Seafood: 90% arsênico orgânico que tem baixa
absorção.
ARSÊNICO
Mecanismo de ação celular:
provável interferência
em enzimas mitocondriais
→
alteração na
respiração celular
Absorção
Via Oral
Intoxicação criminosa ou acidental
Exposição profissional: mãos - pesticidas
Via Respiratória
Exposição profissional : poeiras e vapores
Via Cutânea: absorção importante
ARSÊNICO
Biotransformação
Transformação in vivo de formas inorgânicas
em metabólitos metilados: detoxificação.
Exposição pode exceder a capacidade de
biotransformação: detoxificação
parcial
.
meia-vida: aproximadamente 10 a 30 horas.
transferência placentária: correlação mãe-feto
(RELATO)
ARSÊNICO
Toxicidade Aguda
Via Oral (altas doses):
•
dor abdominal, vômitos, queimaduras na boca, diarréia abundante, desidratação (~= cólera), choque hipovolêmico• insuficiência renal aguda: orgânica e funcional • Hepatite
• pancitopenia: granulopenia • taquicardia ventricular
• óbito: 12 a 48 horas
ou: dermatite esfoliativa e polineuropatia sensitivo -motora, 1 a 2 semanas. Reversível
.
ARSÊNICO
Aguda
Via Respiratória
irritação das vias respiratórias
alteração SN: cefaléia, vertigem, dor em membros
inferiores e superiores
alterações digestivas: vômitos, diarréia, dor
abdominal
alterações oculares: dermatite palpebral,
conjuntivite
ARSÊNICO
Toxicidade (aguda/crônica)
Neuropatia periférica sensitivo – motora
(
desmielinização dos axônios longos):
parestesia simétrica dolorosa proximal para
distal;
dor nos membros inferiores e superiores;
alterações da marcha;
ARSÊNICO
Toxicidade Crônica
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS
multiformes
principalmente mãos e pés
•
edema e rubor facial;
•
lesões ulcerativas, dolorosas;
•
hiperqueratose palmoplantar;
•
hiperpigmentação;
•
bandas brancas nas unhas;
ARSÊNICO
Hepáticas
Vias oral e respiratória: icterícia, aumento de
transaminases
→
→
→
→
cirrose
Circulação periférica:
Água (Taiwan e Chile): acrocianose, fenômeno
de Raynaud
→
→
→
→
gangrena MIS (blackfoot disease)
ARSÊNICO
CARCINOGENICIDADE
Grupo 1 (IARC): pulmão
(epidermóide, 35 a 45
anos)
• Cutâneo (VO/VC) : basocelular (múltiplas lesões
em palmas e solas
≠≠≠≠
luz UV).
• Hemangiosarcoma do fígado.
• Leucemia, linfoma, outros (bexiga, rim, próstata)
POPULAÇÃO GERAL: próximo a fundição de
cobre, chumbo, zinco
CADMIO
É um metal tóxico moderno. Até 50 anos atrás, pouco
uso industrial
USOS E FONTES DE EXPOSIÇÃO
galvanização: propriedade não corrosiva
pigmentos de tintas e plásticos
baterias níquel-cádmio
cigarro
sub-produto da mineração e fundição do Zinco e
chumbo
alimentação: ostras / vegetais que absorvem Cd a
partir do solo ou água (de irrigação) contaminados ou
de fertilizantes usados na agricultura
CADMIO
Metabolismo
Absorção
Via respiratória: 15% a 30%
(importância em cigarros: 1 a 2 microgramas / cig.)
Via Digestiva: 5% a 8%
Deficiência de cálcio, ferro, proteínas.
Transporte
:
hemácias e albumina
Depósito
:
50% a 75% - fígado / rins
Eliminação:
urina
CADMIO
Toxicidade
Aguda
Via oral (alimentos e bebidas contaminados)
• náuseas, vômitos, dor abdominal.
Via Respiratória: (aquecimento de materiais)
CADMIO
Crônica
1- Doença tubular renal
: túbulo proximal
•alterações morfológicas (inespecíficas):
fibrose.
•alterações funcionais:
- proteinúria tubular: PTN de baixo peso molecular
B2Microglobulina.
- presença de PTN de elevado peso molecular
albumina e transferrina
: lesão glomerular.
- patogênese desconhecida.
- lesão progressiva: persistência de alterações
após cessada a exposição (elevada carga corporal
/ deslocamento do complexo cádmio-ptn do
CADMIO
2 - Doença do sistema esquelético
Excreção de cálcio: dor óssea, osteomalácia e/ou
osteoporose.
Doença Itaí-Itaí: deformidade óssea e doença
renal crônica (provavelmente existência de
co-fatores: deficiência de vitamina D).
Hipertensão e efeitos cardiovasculares
Efeito hipertensor?
CADMIO
INDICADORES BIOLÓGICOS
Cádmio urinário
: exposição recente, carga
corporal, concentração renal de cádmio
→
→
→
→
bom
índice para exposição alta.
Metalotioneína na urina: relação com cádmio.
TRATAMENTO
Indução da metalotioneína: zinco, cobalto e
selênio.
METAIS ESSENCIAIS
• Com potencial para toxicidade: cobalto,
cobre, ferro manganês, magnésio,
molibdêmio, selênio e zinco.
• Metais essenciais nutricionalmente:
deficiência produz alterações funcionais ou
estruturais, que estão relacionadas ou são
consequência de alterações bioquímicas
específicas que podem ser revertidas pela
presença do metal.
ZINCO
• Metal sólido, azul claro, amplamente distribuído na
natureza;
• É um metal essencial ao metabolismo humano: interage com
proteínas para regular a síntese de DNA e RNA, controlar a
neurotransmissão, atua junto ao hormônio do crescimento,
mantém a integridade da membrana celular ;
• Forma metálica pura: revestimento metálico, ligas metálicas
para formar latão e bronze, baterias de células secas;
• Compostos (cloreto, acetato, óxido, sulfato): tintas,
cerâmicas, preservação de madeiras, indústria farmacêutica
(bloqueadores solares, desodorantes, bebidas para atletas,
preparados para acne, etc.)
ZINCO
TOXICOCINÉTICA
ABSORÇÃO
• Via digestiva: dieta
• Via respiratória: fumos e poeiras
• Via cutânea: preparados tópicos
BIOTRANSFORMAÇÃO
• No sangue: liga-se a proteínas
• Concentração: fígado (50%), pâncreas, retina, rins, próstata
e músculos
• Forma complexos com proteínas intracelulares
ELIMINAÇÃO:
ZINCO
TOXICODINÂMICA
INTOXICAÇÃO AGUDA
Sintomas gastrointestinais
Cloreto de zinco:
• Ingestão: lesões cáusticas ao esôfago e estômago
• Inalação: irritação de vias aéreas, olhos (irite, glaucoma),
pele (úlceras), faringe - tosse e dispnéia. Edema pulmonar e
pneumonite tóxica;
Óxido de zinco: febre dos fumos metálicos (inalação) – febre,
calafrios, mialgia e cefaléia 4 a 6 horas após exposição
Sais de zinco: dermatites irritativas de contato
INTOXICAÇÃO CRÔNICA
Ingestão de altas doses de suplementos: leucopenia e anemia
sideroblástica
ZINCO
MONITORAMENTO