PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CURSO DE PSICOLOGIA
UNIDADE SÃO GABRIEL
PROJETOS ACADÊMICOS ESPECIAIS
GRUPO DE ESTUDOS EM PSICOLOGIA JURÍDICA
Ementa
Estudar o campo da psicologia jurídica na atualidade, enfatizando as principais áreas de atuação do psicólogo e refletindo sobre sua prática.
Objetivos
Geral
Possibilitar aos alunos uma compreensão do campo atual da psicologia jurídica no
Brasil.
Específicos
Situar o surgimento da psicologia jurídica na sua interface com a psiquiatria e a normatização social.
Localizar a evolução histórica da psicologia jurídica no Brasil.
Discutir as principais áreas de atuação do psicólogo judicial no Brasil: cível (família, medidas de proteção à criança, adoção) e criminal (trabalho nas prisões, com os adolescentes autores de ato infracional e com os portadores de sofrimento mental que receberam medida de segurança).
Refletir sobre alguns temas e propostas atuais: intervenção junto ao portador de transtorno mental autor de crime; alienação parental; depoimento sem dano.
Debater a redação de laudos e pareceres destinados ao campo judicial.
Público:
Alunos do curso de Psicologia a partir do 4o. período. Mínimo de 10 e máximo de 15 alunos.
Horário:
Métodos didáticos
Encontros semanais para leitura e discussão de textos, apresentação sistemática de
resenhas e exibição e comentário de filmes. São programados 15 encontros. O
primeiro e o último encontros são destinados à apresentação e ao encerramento. Cada
um dos outros 13 terá um texto de referência, que ficará a cargo de um aluno. Todos
devem ler o texto indicado, mas o aluno indicado deve estudar e apresentar as
principais questões e dúvidas. Quando houver mais de um texto para o mesmo tema
ou encontro, o grupo poderá optar pelo texto de referência, mas permanecerá a
recomendação de que todos sejam lidos.
Avaliação
A preparação do texto para discussão e a participação nos debates serão critérios de
avaliação. Os alunos não poderão faltar mais de duas vezes.
Ao final do grupo de estudos, o aluno poderá optar entre as seguintes modalidades de
trabalho para conclusão da atividade:
1) Trabalho escrito sobre um dos temas tratados no grupo ou tema não tratado
que seja interesse do aluno no campo da psicologia jurídica.
2) Confecção de projeto de pesquisa de TCC ou de Probic relacionado ao campo
da psicologia jurídica
3)
Apresentação de tema da psicologia jurídica em sala de aula para sua própria
turma ou para turma de outro período, a critério e com permissão do professor
a ser convidado para colaborar com a consecução da tarefa.
Programa dos encontros e bibliografia:
1 – Apresentação do grupo e dos textos selecionados para compor o percurso do
grupo.
2 - Apresentação do campo da psicologia jurídica no Brasil e suas principais questões.
Miranda Jr, H.C. Psicologia e Justiça: A Psicologia e as Práticas Judiciárias na Construção do Ideal de Justiça. Psicologia: Ciência e Profissão. 18 (1), 1998. pp.29-37.
3 - Direito de Família – As leis e o problema da perícia
Miranda Jr., H.C. (2010) Um Psicólogo no Tribunal de Família. A prática na interface Direito e Psicanálise. Belo Horizonte: Artesã. Cap. 1.2.2 O Direito de Família até o fim do capítulo 1 p. 45-82.
4 – Direito de Família: alienação parental
Sousa, Analicia M. (2010). Síndrome da Alienação Parental. Um novo tema nos juízos de família. São Paulo: Cortez. – Cap. 5 Discursos sobre a síndrome da alienação parental no Brasil p. 143-188.
5 – Direito de Família: interdição civil
Miranda Jr., H.C. A interdição civil: cidadania e singularidade. Fala Galba em Revista. 5 (5), 2008 pp.59 a 64.
6 – Direito de Família: O trabalho do psicólogo judicial. Discussão de casos
Miranda Jr., H.C. (2010) Um Psicólogo no Tribunal de Família. A prática na interface Direito e Psicanálise. Belo Horizonte: Artesã. Cap. 4 – Estudo de casos, parte 4.2 – O laço sexual p. 211-241.
7 – Direito das Crianças e Adolescentes: Adoção
Campos, Nivea M.V. & Costa, Liana F. (2004). A Subjetividade Presente no Estudo Psicossocial da Adoção. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(1), pp. 95-104.
Psicologia: Ciência e Profissão - Diálogos: Psicologia Jurídica. (2012) Mudança de foco nos processos de adoção reforça papel do psicólogo (reportagem) Brasília: 8 (9), setembro/ 2012. pp. 36-38.
Parte II – Direito Penal:
8 – Direito das Crianças e Adolescentes: Adolescentes autores de ato infracional
Salum, Maria J.G.(20110 Ato infracional e responsabilidade a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente. In: Bemfica, A.G. (org.) Psicologia Jurídica: Ética, Transmissão e Política. Rio de Janeiro: Imago.
Vincenti, M.C.G.; Catão, A.L.; Borgui, A.; Rosa, M.D. (2012). Adolescência e sistema de justiça: problematizações em torno da responsabilização em contextos de vulnerabilidade social. Reponsabilidades, 1(2) pp. 271-295.
9 – Direito das Crianças e Adolescentes: O abuso sexual e o ‘depoimento sem dano’.
Brito, Leila M. T. (2012) Das avaliações técnicas aos depoimentos infanto-juvenis: novos rumos dos casos de abuso sexual. In: Brito, L.M.T. (org) Escuta de Crianças e Adolescentes. Reflexões, sentidos e práticas. Rio de Janeiro: Eduerj.
10 – O conceito de periculosidade
Barros-Brisset, Fernanda O. (2011). Genealogia do conceito de periculosidade. Responsabili-dades. V. 1 n. 1 mar-ago/2011 p. 37-52.
11 – A medida de segurança e o trabalho do PAI-PJ
Mattos, Virgílio de. (2006). Crime e psiquiatria: uma saída. Preliminares para a desconstrução das medidas de segurança. Rio de Janeiro: Revan. 2ª. parte, cap. 2 – Análise de casos p. 144.
12 – A execução penal: o trabalho nas penitenciárias
Carvalho, Salo de (2004). O papel da perícia psicológica na execução penal. In: Brandão, E.P. & Gonçalves, H.S. (orgs).Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: Nau, 2ª ed. pp. 141-155. Psicologia: Ciência e Profissão - Diálogos: Psicologia Jurídica (2012) Exame Criminológico (reportagem) Brasília: 8 (9), setembro/ 2012. pp. 21-23.
Parte III – Outras questões
13 – O trabalho do assistente técnico
Os três textos indicados fazem parte do livro
Psicólogo judiciário nas questões de família. A ética própria da psicologia: mudanças na relação assistente técnico e perito. / Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região – São Paulo: CRPSP, 2010.
- Cortez, L. F.A. A Inserção do Psicólogo no Poder Judiciário: o Direito e a função legal do Perito e do Assistente Técnico. pp. 18-19.
- Groeninga. G.C.O papel profissional do Assistente Técnico na relação cliente/perito/ juiz pp. 22-24
- O Comunicado e a construção de uma prática cooperativa. pp. 31-37 (mesa redonda)
14 – A confecção do relatório para o judiciário: questões relevantes
Miranda Jr., H.C. (2010) Um Psicólogo no Tribunal de Família. A prática na interface Direito e Psicanálise. Belo Horizonte: Artesã. Cap. 4.4 Da cena psicanalítica à cena jurídica: lugar e função do relatório na interface p. 261-271.
Psicologia: Ciência e Profissão - Diálogos: Psicologia Jurídica. (2012) Eu quero um laudo para a Justiça (reportagem) Brasília: 8 (9), setembro/ 2012. pp. 45-46.
