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TRILHA QUÍMICA: O LÚDICO COMO FERRAMENTA MOTIVADORA NO ENSINO

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Academic year: 2021

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TRILHA QUÍMICA: O LÚDICO COMO FERRAMENTA

MOTIVADORA NO ENSINO

Weslei Oliveira de Jesus1, Grazielle Alves dos Santos2, Patrícia Hendyel Marques Damascena3, Paulo Sérgio Souza Rodrigues4, Lidiane Novaes5, Whystney Houston

Novais de Andrade6

1,2,4,5,6

Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí

3Colégio Betel 1weslei_oliveira@outlook.com 2grazi.quimica@gmail.com 3 patricia.quimica7@hotmail.com 4pssouzarodrigues@outlook.com 5lidi_novaes@hotmail.com 6 whystneyh@hotmail.com

Linha de trabalho: Formação de professores Resumo

A qualidade da formação inicial de um professor está intimamente ligada as experiências vividas durante o curso de licenciatura, principalmente no estágio supervisionado, pois é nesse momento que o discente tem a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que foi aprendido durante o curso. O presente trabalho tem como objetivo relatar o desenvolvimento e a aplicação de um Projeto Educativo realizado no âmbito do Estágio Supervisionado no Ensino de Química I no segundo semestre de 2016. Foi desenvolvido e aplicado para os alunos da escola campo um jogo chamado Trilha Química, afim de favorecer a aprendizagem do conteúdo de bioquímica abordado no período de regência do estagiário, visando proporcionar maior interação entre os alunos. Trata-se de uma proposta relevante e que traz bons resultados, sendo um pequeno passo para superar as dificuldades educacionais e pedagógicas encontradas no sistema escolar brasileiro.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado, Formação de professores, Jogos Lúdicos.

Contexto do Relato

A qualidade da formação inicial de um professor está intimamente ligada as experiências vividas durante o curso de licenciatura, principalmente no estágio supervisionado, pois é nesse momento que o discente tem a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que foi aprendido durante o curso. Esse, prepara o professor para o

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educação, pois “a qualidade da educação depende, em primeiro lugar, da qualidade do professor” (DEMO, 2002, p. 72).

O estágio curricular supervisionado é o momento de buscar a efetivação, sob a supervisão de um profissional docente já atuante, de um processo de ensino-aprendizagem que, tornar-se-á concreto e autônomo quando da profissionalização do estagiário (BRASIL, 1996; 2001). É considerado um momento de ação, reflexão e aprimoramento dos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação docente, proporcionando benefícios a todos os envolvidos nesse processo.

A experiência que o estagiário tem com a execução de algumas etapas, torna-o um sujeito participante da educação. Dessa forma, na etapa de observação da estrutura organizacional, administrativa e pedagógica da escola campo, observou-se que entre as dificuldades educacionais e pedagógicas enfrentadas pela instituição de ensino, está a ausência de aulas diferenciadas, a falta de interesse e motivação dos alunos.

Diante disso, o desenvolvimento e a aplicação de um jogo didático vêm tentar suprir essa necessidade e despertar o interesse dos estudantes pela Química, uma vez que as atividades lúdicas, no ensino Fundamental e Médio são instrumentos que motivam, atraem e estimulam o processo de construção do conhecimento. Soares (2004) às define, como uma ação divertida, seja qual for o contexto linguístico, desconsiderando o objeto envolto na ação. Nessa perspectiva, esse trabalho tem como objetivo relatar o desenvolvimento e a aplicação de um Projeto Educativo, no âmbito do Estágio Supervisionado no Ensino de Química I, realizado no 2º semestre de 2016, com o tema “O lúdico como ferramenta motivadora no Ensino de Química”, afim de verificar e promover a aprendizagem do conteúdo abordado no período de regência, proporcionando um momento de diversão aos alunos.

Detalhamento das Atividades

Como cumprimento da etapa do estágio “Desenvolvimento de um Projeto Educativo”, elaborou-se um jogo didático intitulado TRILHA QUÍMICA (Figura 1), abordando o conteúdo de bioquímica, com o estudo das biomoléculas (vitaminas e lipídeos) nas aulas ministradas a 3ª série do Ensino Médio, na etapa da regência.

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O jogo consiste em um tabuleiro com 20 cartas, sendo 14 delas perguntas para responder e afirmações de certo ou errado, 3 cartas “Você sabia?” com curiosidades sobre o conteúdo e outras 3 cartas - 1 de “Fique uma rodada sem jogar”; 1 de “Avance duas casas”; e 1 de “Volte três casas”.

Figura 1- Jogo Trilha Química

Dentre as perguntas feitas estavam: “Pode-se afirmar que sem as vitaminas não haveria vida. Qual é a principal função dessa biomolécula?” “Ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeia curta (menos de 10 carbonos). Certo ou errado?” “A produção do sabão consiste numa reação entre óleos ou gorduras e uma base forte, chamada de reação de saponificação. Explique como o sabão é capaz de limpar”.

Curiosidades como: “O sabão ainda é fabricado artesanalmente na zona rural mediante o aquecimento do sebo (gordura animal) com cinzas de fogueira. Essas contém alto teor de substâncias alcalinas”. “O termo vitamina foi introduzido em 1912 pelo bioquímico polonês Casimir Funk. Ele acreditava que essas substâncias pertenciam à função amina e eram essenciais a vida humana”, faziam parte das cartas “Você sabia? ”.

Para construção do jogo foram utilizados os seguintes materiais: placas de isopor, papel cartão colorido, tecido não tecido (TNT) azul, fita adesiva, cola bastão e pincel marcador. Tampinhas de refrigerante coloridas foram usadas para representar cada jogador e um dado foi usado para definir a ordem de jogada e a pergunta a ser respondida, para avançar no jogo.

A turma da 3ª série continha um grande número de alunos, por isso construiu-se duas trilhas, onde em cada uma podia-se jogar até 7 jogadores. A aplicação do jogo foi agendada para ocorrer no dia 18 de novembro de 2016. Em cada trilha havia um juiz, responsável por

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explicar as regras do jogo, fazer as perguntas, confirmar as respostas e controlar o tempo de resposta, que era de 30 segundos. Além da professora supervisora, responsável por registrar o momento, convidei um colega, discente do 6º período de Química, para ajudar na aplicação do jogo.

Análise e Discussão do Relato

No dia combinado o jogo foi aplicado com a turma, que contava com apenas 13 alunos para minha surpresa, muitos haviam faltado penso que por se tratar de uma sexta feira e por estar no final do ano também. No entanto, contar com menos alunos foi bom para explicar as regras e controlá-los durante o jogo.

A turma foi dividida em dois grupos, onde o estagiário foi o juiz de um grupo e o discente convidado ficou responsável por outro. Apesar de serem poucos alunos, eles conversaram bastante e se mostraram bem animados com a atividade. Foi pedido que cada um escolhesse uma tampinha para representá-lo, as regras do jogo foram explicadas e logo em seguida cada um jogou o dado para decidir a ordem de jogada.

O mesmo processo se repetiu com os alunos sob supervisão do discente convidado e a professora supervisora ficou responsável por tirar fotos da atividade. De acordo com a ordem de jogada, cada jogador lançava o dado pra saber em qual casa iria parar e qual era a pergunta, sendo essa lida pelo juiz e entregue ao jogador.

Durante todo o decorrer do jogo os alunos tiveram dificuldades nas perguntas que necessitavam de resposta, sendo a pergunta “Como os ácidos graxos podem ser classificados?” considerada a mais difícil de responder por ambos os grupos. Somente depois de muitos chutes uma aluna acertou-a e avançou no jogo, no entanto, percebeu-se que alguns alunos tinham uma base do conteúdo e tentavam responder.

Por outro lado as perguntas de certo ou errado foram respondidas rapidamente e de maneira correta logo na primeira vez que a carta era tirada. Algumas curiosidades do conteúdo estudado foram abordadas nas cartas “Você sabia?”, que em sua maioria serviram como aprendizado para os alunos, que não sabiam de tais fatos.

Em conversa com a supervisora e o discente convidado ambos relataram que gostaram do jogo e acharam uma proposta interessante para trabalhar em sala, pontuando as dificuldades dos alunos nas perguntas subjetivas. Somente no grupo em que o estagiário foi o

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juiz, conseguiu-se terminar de jogar, pois logo o sinal tocou, dando tempo ainda para pedir a opinião dos alunos sobre o jogo.

Com base nas respostas posso afirmar que grande parte da sala se divertiu e adquiriu algum conhecimento no jogo. Minha intenção não era de ensinar algo aos alunos, e sim relembrar, testar e consolidar aquilo que já sabiam, o conteúdo trabalhado por mim na regência. Percebi que algumas mudanças são necessárias e que atividades lúdicas que necessitam de leitura e pensamento são tidas como difíceis pelos alunos.

Segundo Cunha (2004), os jogos são um importante recurso para as aulas de química, no sentido de servir como um reabilitador da aprendizagem mediante a experiência e a atividade dos estudantes. Além disso, permitem experiências importantes não só no campo do conhecimento, mas desenvolvem diferentes habilidades especialmente também no campo afetivo e social do estudante.

Considerações

Conclui-se que o projeto educativo foi uma proposta relevante e que trouxe bons resultados, alcançando os objetivos propostos, sendo um pequeno passo para superar as dificuldades educacionais e pedagógicas encontradas na escola. Com essa proposta, os alunos se envolveram com o conteúdo, relatando que aprenderam mais com o jogo do que com as aulas teóricas, pois eles aprenderam se divertindo.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC/CNE/CP, 1996.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 21/2001

CUNHA, M. B. Jogos de Química: desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In:

Encontro Nacional de Ensino de Química. Goiânia (Universidade Federal de Goiás; Goiás),

2004. Anais, 028, 2004.

DEMO, P. Desafios modernos da educação. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. 272 p.

SOARES, M. H. F. B. O lúdico em química: jogos em ensino de química. 2004. Tese. (Doutorado em Ciências). Universidade Federal de São Carlos: São Carlos, 2004. 203 f.

Referências

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