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RITO E RELIGIOSIDADE NO CUIDADO COM O MORTO EM SERGIPE E NAS ILHAS TROBRIAND ( / )

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(1)

Hortência de Abreu Gonçalves

UNIT/Estácio Fase/FANESE, Sergipe-Brasil Carmen Lúcia Neves do Amaral Costa UNIT, Sergipe-Brasil/UA- Aveiro-Portugal

RITO E RELIGIOSIDADE NO CUIDADO COM O MORTO EM

SERGIPE E NAS ILHAS TROBRIAND (1800-1819/1915-1916)

(2)

INTRODUÇÃO

O MORTE: Crise suprema e final da vida

material;

O Violenta e complexa manifestação religiosa-

ritos e crenças;

O Sociedades primitivas e sociedades

modernas - atitudes semelhantes diante da morte;

O Semelhantes quanto ao rito fúnebre, ao

sepultamento e principalmente no cuidado com o morto.

(3)

OBJETIVO

O Comentar sobre o cuidado com o morto

tomando por base os Testamentos post

mortem de Sergipe d’El Rey – Brasil, entre

os anos de 1800 e 1819 e o ensaio Baloma: os Espíritos dos Mortos nas Ilhas Trobriand realizado por Bronislaw Malinowski na

Papua - Nova Guiné - Melanésia entre 1915 e 1916.

(4)

METODOLOGIA

O Pesquisa de base bibliográfica e documental; O Ênfase exploratória, descritiva e analítica;

O Abordagem qualitativa - Método de Análise de

Conteúdo.

O Dez Testamentos poste mortem do Arquivo

Judiciário do Estado de Sergipe (AJES) – Brasil – Século XIX;

O Baloma: os Espíritos dos Mortos nas Ilhas

Trobriand - estudo etnográfico de Bronislaw Malinowski – Século XX.

(5)

RITO E RELIGIOSIDADE:

VAN GENNEP

O

Passagem ou

Transição;

O

Agregação;

O

Confirmação;

O

Expiação;

O

Contemplação;

O

Purificação;

O

Fúnebre.

Sociedade – cultura - religião: Passagem de um estado para outro.

(6)

MORTE: INSPIRAÇÃO RELIGIOSA

O Emoções extremamente complexas, confusas

e contraditórias;

O Elementos como o amor pelo morto e a

ligação ainda forte com a sua personalidade;

O Receio da separação, interferindo e se

contradizendo nas emoções dos que o partilhavam no cotidiano;

O Angústia, tristeza e insegurança –

preocupações com o corpo do morto e o rito de passagem.

(7)

Cuidando do Morto

Sergipe d’El Rey – Brasil

(1800 e 1819)

(8)

SOCIEDADE SERGIPANA

O Morte anunciada pelas carpideiras -

mulheres contratadas com o propósito de

chorar - choro compartilhado por familiares e vizinhos - dor da perda;

O Ritual da Oração - rosários, ladainhas e

benditos recitados aos pés do morto – salvar a alma do falecido e afastar os maus espíritos;

O Ritual de Purificação - corpo lavado, ungido e

vestido – aberturas vedadas e corte de unha, barba e cabelo.

(9)

SOCIEDADE SERGIPANA

O Vigília do cadáver - exposição para a

visitação de parentes e amigos;

O Rito de Sepultamento - luto (uso de

vestimenta predominantemente na cor preta) - demonstração do sentimento de perda;

O Uso do incenso para perfumar e proteger o

ambiente e evitar a presença de maus espíritos.

(10)

SOCIEDADE SERGIPANA

O Roupa fúnebre escolhida durante a vida

material e especificada no testamento post

mortem - invocações de Nossa Senhora,

roupas de santos ou da profissão do falecido até mortalhas simples brancas ou pretas.

O Simbolismo da despedida - coroas e corbélias

de flores, fitas com dizeres, bilhetes, laços, véus, velas, terços, missais e celebração de missas (unidade) e capelas de missas

(conjunto de cinquenta).

(11)

SOCIEDADE SERGIPANA

O Cadáver posicionado com os pés voltados

para a porta de saída - evitar que a alma permanecesse entre os vivos;

O Lustrações rituais – executantes lavavam e

retiravam todos os vestígios do contato com o morto;

O Evitar futuras interferências do morto na vida

dos que permaneceram vivos.

(12)

SOCIEDADE SERGIPANA

O Celebrações litúrgicas direcionadas a alma do

defunto - encomendação solene - garantia da salvação;

O Enterro - local do sepultamento especificado

no testamento post mortem do defunto;

O Sepultamento em capelas e igrejas ou em

lugares próximos aos seus lares.

O Século XIX: Cemitério Público da Vila de

Estância – Sergipe (único identificado).

(13)

Cuidando do Morto

Ilhas Trobriand – Papua-

Nova Guiné

(14)

NATIVOS DE KIRIWINA -

ILHAS TROBRIAND

O Morte - a alma (baloma ou bolon) abandona

o corpo e se dirige para outro mundo (Tuma) - existência sombria;

O Ritual Fúnebre - reintegração da alma no

cotidiano da tribo;

O Velório do corpo - modo como o cadáver é

colocado para expiação até as cerimônias pós-fúnebres e evocativas.

(15)

NATIVOS DE KIRIWINA -

ILHAS TROBRIAND

O Preocupações com o corpo do morto e o rito

de passagem, assemelham-se às do mundo ocidental - chegada de parentes para o

sepultamento;

O Dor e a lamentação de pesar - lacerações

corporais e arrancamento dos cabelos -

exibição pública - sinais exteriores de luto - pinturas pretas ou brancas no corpo - cabelo rapados ou desgrenhados - vestes estranhas ou rasgadas. (MALINOWSKI, 1984)

(16)

NATIVOS DE KIRIWINA -

ILHAS TROBRIAND

O Rito de Contemplação - defunto preparado

para o velório;

O Mumificação e incineração - expressões

encontradas na descrição do ritual fúnebre;

O Por vezes, atitude dualista representada pelo

sarcocanibalismo - costume de partilhar num ato de piedade da carne da pessoa morta;

O Religião - cooperação espiritual nos ritos

fúnebres - alcance do sagrado.

(17)

NATIVOS DE KIRIWINA -

ILHAS TROBRIAND

O Corpo colocado sobre os joelhos de nativos

sentados, acariciado e abraçado antes do sepultamento;

O Inumação em sepultura aberta ou fechada,

exposição em grutas ou plataformas, no tronco ou no solo, em local selvagem ou deserto, incineração ou colocação à deriva em canoas –formas recorrentes de sepultar.

(18)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O MORTE: Implicações sociais, religiosas e

ritualísticas que demonstram a dor da perda e da separação;

O Na sociedade primitiva - o cortejo fazia parte

de ritual tradicional seguindo sempre o mesmo roteiro ritualístico;

O Na sociedade sergipana - o próprio morto

estabelecia no testamento post mortem os seus desejos póstumos, quanto aos rituais religiosos, fúnebres e de sepultamento.

(19)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Cada cultura tem a função de satisfazer à sua

maneira as necessidades do defunto - aspectos materiais e espirituais;

O Buscam subsídios nos imperativos

instrumentais, ligados às atividades físicas e intelectuais do morto;

O Buscam subsídios nos imperativos

integrativos que giram em torno do conhecimento do rito, da magia e da religião.

(20)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Cuidando do Morto:

O Presença de sentimentos naturais entre os

que ficaram - acontecimento social a partir de um fato natural;

O Simbolismos de amor e de perda em “todas

as culturas.”

O “A morte e a sua negação a imortalidade

sempre constituíram, e ainda constituem o tema mais incisivo dos prognósticos do

(21)

REFERÊNCIAS

Boudon, R.& Bourricaud, F. (1993). Dicionário crítico de sociologia. São Paulo: Ática.

Gonçalves, H. de A. (1998). As cartas de alforria e a religiosidade. Sergipe (1780 - 1850). Aracaju: UFS. Mestrado em Sociologia, UFS, Brasil.

Johnson, H. M. (1967).Introdução sistemática ao estudo da

sociologia. São Paulo: Lidador, (Coleção Societas).

Laplantine, F. (1993). Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense. Mair, L. (1969). Introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Zahar, (Coleção Biblioteca de Ciências Sociais).

Malinowski, B. (1984). Magia, ciência e religião. São Paulo: Edições 70.

Malinowski, B. (1962). Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar.

Reis, J. J. (1991). A morte é uma festa. Ritos fúnebres e revolta

Referências

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