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Juventude Semeando Terra Solidária: Um projeto de vida social Natanael Ricardo Zuanazzi 1,2, Alice Fabiana Jahn 1,2

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Academic year: 2021

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Juventude Semeando Terra Solidária: Um projeto de vida social Natanael Ricardo Zuanazzi1,2, Alice Fabiana Jahn1,2

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos, Paraná. E-mail: dr-nata@hotmail.com.

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Aluno do curso de Licenciatura em Educação do Campo, bolsista PIBID (Entidade Financiadora da Bolsa, CAPES, UTFPR).

Resumo: As discussões entorno de sucessão familiar, juventude e os desafios que enfrentam estão se tornando cada vez mais frequente e a busca por alternativas que contribuam com a melhoria da qualidade de vida, conhecimento prático e acesso ao crédito para o jovem do campo é cada vez maior. Uma das príncipais características da agricultura familiar do sul do Brasil é a multifuncionalidade e atenção voltada para a mão de obra de cunho familiar, e a produção de alimentos como forma de aumento da renda familiar. Porém, o modelo de desenvolvimento adotado no Brasil segue basicamente o incentivando o agronegócio, desta forma a agricultura familiar fica a mercê de políticas governamentais compensatórias. Uma alternativa que surge com o intuito de contribuir na melhoria das condições dos jovens é o Curso de Capacitação de Jovens em Agricultura Sustentável, gestão e Inovação Tecnológica – Juventude Semeando Terra Solidária, desenvolvido através de uma parceria entre a UFFS - Universidade Federal Fronteira Sul, FETRAF-SUL/CUT – Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, e o MDA - Ministério de Desenvolvimento Agrário. O curso acontece nos três estados do sul tendo como objetivos principais buscar a permanência dos jovens no campo e formação técnica e política. Dentre os 120 municípios que desenvolvem estas atividades estão Dois Vizinhos e Pérola D’Oeste, no Sudoeste do Paraná. Nestes municípios notou-se a dificuldade em mobilizar jovens com interesse em permanecer e discutir políticas públicas para os jovens do campo. Formou-se, portanto, um grupo com cerca de 30 jovens em cada município, estes comprometidos com a discussão e planejamento de políticas publicas e ações de melhoria na estrutura organizativa do campo. Estes jovens organizam suas atividades produtivas junto a suas famílias basicamente em torno da produção leiteira, porém estão abertos a novas atividades e propostas que venham a fortalecer e aumentar a qualidade de vida e a renda familiar. Tendo em vista isso, é de suma importância o estudo da sua

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propriedade e a elaboração de um projeto de vida que contemple além do eixo da produção também saúde, lazer, organização social, dentre outras, pois a vida humana não se resume apenas em produção. O objetivo deste projeto é contribuir na formação social e política dos jovens bem como mediar à elaboração dos projetos de vida tendo em vista a melhoria na qualidade de vida e da renda familiar a partir de novas atividades ou das já existentes.

Palavras-Chave: Juventude, Sucessão Familiar, Agricultura Familiar.

Introdução

O modelo de desenvolvimento que tem sido adotado no Brasil durante toda historia, conduzido e mediado pelo Estado, caracteriza-se pelo incentivo a indústria e ao agronegócio, desta forma, sobreposição de uma classe dominante detentora de capital sobre uma classe subalterna dominada. Sendo assim, as políticas agrárias no Brasil sempre seguiram a lei da superestrutura imposta sobre todos os brasileiros. Com isso a agricultura fica a mercê de projetos governamentais direcionadas e tratadas como “compensação aos menos favorecidos” para os pequenos produtores com faixa reduzida de território, e “vigorosos privilégios” aos grandes proprietários e produtores em larga escala.

A estrutura agrária brasileira de organização referente à posse de terra não é homogênea em todo o país. A região sul, limitada aos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é a região aparentemente mais homogênea neste aspecto em todo o país, caracterizada por pequenas propriedades onde o trabalho aplicado se resume basicamente ao trabalho da família, assim denomina-se agricultura familiar.

Algumas das principais características da agricultura familiar do sul do Brasil são a multifuncionalidade, atenção voltada para a produção de alimentos, mão de obra familiar preocupando-se com a diversidade de culturas, produção para autoconsumo, e aumento da renda familiar, mesmo que isso não represente a maximização dos lucros.

A denominada agricultura familiar talvez tenha sido a categoria de agricultura que mais tenha avançado em seu desenvolvimento nos últimos 20 anos, desenvolvimento possível graças à luta cravada pelos trabalhadores rurais em prol de maiores investimentos por parte do governo a classe.

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Durante a década de 1990, os movimentos sociais ligados ao campo, através da organização social e trabalho de base fortalecem a identidade da agricultura familiar na região sul do Brasil. Esse fortalecimento provocou a localização de cada sujeito ao seu contexto como um cidadão de direitos, e os novos sujeitos, fortalecidos em suas identidades fez com que passassem a ser tratados de forma diferente pelo governo, conseguindo direcionar políticas publicas a esta categoria.

Com estas lutas foram conquistadas importantes políticas publicas voltadas ao desenvolvimento dos produtores familiares como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.

Estes novos sujeitos do campo passaram a se preocupar muito mais além da produção e renda, mas a qualidade de vida, saúde e educação. Assim, ainda na década de 1990 tendo como principal organizadora a Escola Sul da CUT – Central Única dos Trabalhadores, financiada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, surge o Projeto Terra Solidária. Este projeto, uma forma de educação popular, portanto de negação ao modelo educacional convencional, vinha a contemplar com formação os jovens e adultos do campo, tendo em vista a preparação dos novos sujeitos do campo sucessores familiares.

O Projeto contemplava a escolarização básica, capacitação profissional e formação política sindical, tendo em vista que uma das maiores limitações seria o analfabetismo no campo, e a necessidade do desenvolvimento de técnicas de produção voltadas ao desenvolvimento sustentável.

Este projeto foi desenvolvido na região sul do país certificando mais de 2500 educandos e foi um dos aspectos que influenciaram para a criação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar – FETRAF-SUL/CUT oficializada em 2001 com intuito de unificar a luta dos agricultores familiares da região sul.

Esta nova instituição mantendo a preocupação e a luta pelo acesso ao conhecimento e formação dos jovens agricultores familiares desenvolve, em 2006 um novo projeto de formação semelhante ao Projeto Terra Solidária, denominado “Consórcio Social da Juventude” que formou cerca de 700 jovens nos três estados do Sul, além de organizar momentos de luta e discussão de políticas publicas para os agricultores familiares, e formação social dos jovens. Um desses momentos de discussão, destinado aos jovens agricultores, chamado de “Acampamento da Juventude”

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realizado em 2011 em Concórdia – SC identificou a necessidade de um novo processo formativo aos jovens agricultores.

Este novo processo formativo passou a ser pensado e organizado pela FETRAF-SUL/CUT, e a Universidade Federal Fronteira Sul – UFFS, também construída sob a luta dos movimentos sociais. A FETRAF-SUL/CUT demandou ao Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA o qual demonstrou interesse no processo formativo e passou a apoiar financeiramente o Projeto. Neste contexto surge uma nova alternativa de formação, capacitação e incentivo a permanência do jovem no campo, o Projeto Juventude Semeando Terra Solidária, formalmente chamado de Curso de Capacitação de Jovens em Agricultura Sustentável, Gestão e Inovação Tecnológica.

O curso acontece nos três estados do sul tendo como objetivos principais buscar a permanência dos jovens no campo, formação técnica e política, formar novas lideranças sindicais e oportunizar espaços de geração de renda intensificando alternativas diversificadas. O projeto é desenvolvido em 120 municípios sendo 40 em cada estado, centralizando suas ações nos campus da UFFS de Realeza PR, Chapecó – SC e Erechim – RG com jovens agricultores encarregados de ser agente de desenvolvimento sustentável, passar pelo processo de formação multiplicar as atividades desenvolvidas para mais 40 jovens em seus municípios, tendo como meta a formação de 4800 jovens ao todo.

Dentre os 120 municípios que desenvolvem estas atividades estão Dois Vizinhos e Pérola D’Oeste, no Sudoeste do Paraná, estudo de caso do presente trabalho.

Metodologia

O trabalho é organizado a nível municipal por um jovem agricultor coordenador o qual passa pela formação estadual. Este tem a missão de reproduzir o conhecimento adquirido nas etapas estaduais aos jovens de cada município em reuniões mensais. Os jovens participantes em cada município são indicados pelas entidades sociais ou pelo interesse demonstrado, e tem como missão participar das reuniões de formação e construir um projeto de vida o qual será usada na sua pratica diária.

O tempo é organizado em forma de alternância, desta forma tanto nas etapas estaduais quanto municipais os jovens tem a oportunidade de melhor assimilar o conhecimento na prática. Assim, nos momentos em que os jovens estão reunidos tem a

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oportunidade de ter um aprofundamento teórico e técnico e posteriormente quando estão em tempo comunidade podem por em pratica a ação aprofundada.

As reuniões são realizadas mensalmente com os jovens nas entidades sociais, em especial no Sindicato dos Trabalhadores – STR de cada município, filiados a FETRAF, sendo que em cada reunião é abordado um tema diferente que contribua com a formação do jovem do campo e que tenha ligação com a sua realidade, os jovens também participam das decisões e construções em torno de datas, horários e temas pertinentes a serem trabalhados em cada município, considerando sempre sua realidade.

Além das entidades sociais já citadas, outras instituições ligadas ao campo contribuem para a melhor organização do curso nos municípios, dentre elas estão o Sistema de Cooperativas de Credito Rural com Interação Solidaria – CRESOL BASER, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, Cooperativa de Leite da Agricultura Familiar – CLAF, Casa Familiar Rural – CFR, Cooperativa de Comercialização da Agricultura Familiar Integrada – COOPAFI e Cooperativa Fronteira de Prestação de Serviços – COOPERFRONTEIRA.

Este conjunto de entidades, tendo em vista o envelhecimento da população do campo e a preocupação em torno da produção de alimentos espera com este curso proporcionar ao jovem do campo, identificado com as atividades rurais, formação técnica e de organização social, acesso ao crédito e habitação.

Para que isso seja possível optou-se pela construção de um projeto de vida familiar construído por cada jovem com sua família, este projeto de vida deverá contemplar diversos eixos básicos para a vida no campo, produção, saúde preventiva, lazer, organização social, educação, dentre outras.

A elaboração do projeto de vida passa por cinco momentos de desenvolvimento. O primeiro momento e o estudo da propriedade, onde os jovens fazem uma análise de como esta sua propriedade, quais são as potencialidades, analise econômica e áreas ou atividades novas que podem contribuir no aumento da renda familiar. Segundo momento consiste na construção de um objetivo, traçar metas e utopias, proporcionar ao jovem a reflexão de onde pode chegar. Terceiro passo, definir como será possível chegar aos objetivos, neste momento é feito o estudo sobre cada atividade escolhida, um aprofundamento maior sobre cada área, técnicas de produção. No quarto passo acontece um olhar para além da produção e renda, passa-se a pensar na saúde, bem estar, lazer,

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participação social, enfim, as relações sociais. No quinto e ultimo passo o jovem deve olhar para além da propriedade, como o projeto de vida pode contribuir para a mudança da comunidade, para a organização social. O jovem agricultor familiar passa a pensar em conjunto com os demais jovens colegas a fim de juntos terem melhores resultados.

Resultados e discussão

Ao iniciar os trabalhos nos municípios de Dois Vizinhos e Pérola D’Oeste notou-se a dificuldade em mobilizar jovens com interesse em permanecer e discutir políticas públicas para os jovens do campo. Mesmo tendo inúmeros jovens nos municípios, poucos se desafiam a novos projetos de inovação. Formou-se, portanto, um grupo com 66 jovens, a maioria apenas com o ensino fundamental, porém, estes comprometidos com a discussão e planejamento de políticas públicas e ações de melhoria na estrutura organizativa do campo. Dado comprovado pela baixa taxa de desistência dos mesmos junto ao curso de apenas 7,5%.

Estes jovens organizam suas atividades produtivas junto a suas famílias basicamente em torno da produção leiteira, sendo que 81% possuem a atividade em seus estabelecimentos agrícolas, e destes todos estão abertos a melhorias em suas propriedades. Além disso, 33% da totalidade demonstram interesse em implantar novas atividades e propostas que venham a fortalecer e aumentar a qualidade de vida e a renda familiar sendo as principais alternativas a horticultura, seguidas de piscicultura, apicultura, produção de leite, agricultura e agrofloresta.

Todos os jovens iniciaram as atividades do curso tendo como objetivo, encontrar ali formação, e possibilidades de melhorias e aumento na renda e qualidade de vida da família. Para isso as primeiras ações partiram do conhecimento da própria propriedade, do contexto em que cada jovem está inserido no meio social.

Para melhor visualizar e identificar a organização do setor produtivo das propriedades foi adotado a construção de um croqui da propriedade de cada jovem, uma ação simples, mas que permite com que se possa identificar de forma pratica e objetiva como esta estruturada a propriedade. Apesar de parecer uma simples ação, esta demandou esforço considerável tendo em vista que os jovens, bem como as famílias não demonstravam ou executavam esta prática. Em alguns casos os jovens não conseguiam desenvolver esta atividade por não visualizar a organização da própria propriedade.

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O segundo passo, com o mesmo objetivo, foi descrever a propriedade. De forma simples, os jovens junto a sua família descreveu aspectos referentes ao tipo do relevo de suas propriedades, qual a influência do mesmo para a atividade que exercem. Tipo de solo e sua estrutura bem como a disponibilização de água e rochas, seu comportamento em meio a estiagens e períodos chuvosos, bem como a influência do mesmo para a atividade exercida. Também, a distância da propriedade a cidade, formas de acesso e escoamento da produção, relações de comércio, destino dos produtos e acesso ao crédito.

Contextualizado, e identificado às relações da propriedade aos meios de produção, chega o momento de identificar, demonstrar e construir a identidade de sujeitos de sua própria história. Para isso, é necessário partir da realidade e necessidade de cada jovem, buscando formas e alternativas de analisar o contexto para que além de conhecerem a realidade em que vivem, possam pensar e agir de forma diferenciada, se identificando como classe trabalhadora e sujeitos de direitos.

Buscou-se discutir a estrutura de organização da educação no país, e posteriormente, conceito e organização da instituição Estado. Construindo um diálogo entorno da educação, definiu-se em grupo que a educação é fruto de relações sociais entre as pessoas, desta forma é uma necessidade de sobrevivência, mas que vem sendo padronizada e moldada em torno de interesses particulares ou de um grupo hegemônico da sociedade. Olhar para a educação nos remete a olhar a sociedade.

Se a educação segue a lógica de cada sociedade, é fácil concluir que em uma sociedade de classes, com diferenças sociais, a educação também é conduzida de forma que atenda e siga este movimento. Em uma sociedade desigual, a educação também é desigual. Analisamos em grupo que estes fatores não são recentes, são aspectos que se desenvolveram e foram adotados por todo período histórico do Brasil, considerando que o país sempre teve como característica a exploração dos recursos voltados ao mercado externo, à educação brasileira ao longo da história se organizou de modo a manter uma estrutura, e não transformar a realidade.

Apresentou-se, e foi defendida posteriormente por todo o grupo uma forma de educação diferenciada que nasce a partir da negação dos modelos de educação já adotados no Brasil, a educação popular. Uma proposta que busca dar sentido de emancipação a classe trabalhadora, fazer com que a educação possa libertar e

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proporcionar aos sujeitos identificar-se como protagonistas de sua história e da sociedade.

Porém, a educação brasileira é mantida e financiada pelo Estado, e isso faz com que haja grandes limitações na implantação da proposta. Isto por que o Estado é um instrumento de domínio de uma classe social sobre outra, não defende o interesse da sociedade como um todo, mas de um grupo dominante detentor de capital.

Desta forma a educação popular só é e será possível através das lutas populares da classe trabalhadora, e este curso nasce da necessidade de formação e buscas por políticas públicas que atendam ao jovem agricultor familiar. Esta é a maior justificativa para que os jovens bem como toda a sociedade se identifiquem como classe e passe a lutar por melhores condições de vida.

Desta forma os jovens que participam da formação devem vincular seu projeto de vida a um projeto de sociedade, pensando sempre em ações coletivas de melhoria social. No eixo da produção é adotada a busca por atividades alternativas que garantam condições de produção continua, sem esgotamento dos recursos e meios de produção e que proporcionem uma renda por Unidade de Trabalho Humano – UTH satisfatória.

Para que haja aumento de renda e qualidade de vida o primeiro passo foi realizar uma analise econômica da propriedade com suas respectivas atividades. Após realizar a analise econômica e chegar a renda por UTH foram analisados quais as possíveis alternativas para a melhoria na renda, notou-se que mesmo sendo agricultores familiares a produção para subsistência, ou seja, os produtos que a família produz para o consumo, era pequena, e esta seria a primeira alternativa de melhoria na qualidade de vida e aumento de renda pois diminuiria custos da propriedade com a compra de alimentos.

Assim foi realizada uma etapa especifica para tratar desse tema, o qual proporcionou a discussão sobre modelos de produção alternativos e agroecológicos tanto para a produção de alimentos para autoconsumo da família como de produção comercial, pois buscam equilíbrio entre fatores físicos e biológicos da propriedade.

Uma segunda alternativa identificada para o aumento na renda foi o uso de duas ou mais atividades na propriedade, esta prática proporciona uma estabilidade na frequência de renda, sendo que em períodos de baixa de renda em uma atividade uma segunda atividade pode proporcionar maior disponibilidade de recursos financeiros para a família.

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Desta forma as principais atividades identificadas pelos jovens e posteriormente sendo objeto de estudo pelos mesmos para a implantação em suas propriedades foram horticultura, apicultura, piscicultura, implantação de agroflorestas e produção de leite e grãos. Mas sempre vinculando seus projetos de vida a realidade da família e as potencialidades da propriedade, também buscando sempre levar estes conhecimentos para a comunidade proporcionando organização social e produtiva.

Conclusão

O trabalho com os jovens ainda esta em andamento, mas até o presente momento, as atividades desenvolvidas contribuíram para a construção de identidade como sujeito protagonista de sua historia, contextualizado quanto tempo, local em que vive e quanto classe trabalhadora que deve buscar direitos quanto classe e não categoria social.

As ações contribuíram para a formação política dos jovens através de discussões em torno da educação popular e instituição Estado, bem como seu papel na organização da sociedade.

Demonstrou também que a elaboração de um projeto de vida envolvendo produção, qualidade de vida, lazer, saúde e educação, associados aos interesses da família e da comunidade sincronizados a luta de classe pode ser uma alternativa na busca por um contexto de sociedade melhor. Ou seja, a forma em que é abordado o projeto de vida na formação dos jovens agricultores participantes do Juventude Semeando Terra Solidaria o torna um projeto de vida social.

Referencias bibliográficas

NUNES, S.P.; GRÍGOLO, S.C. Assistência técnica e extensão rural no sul do Brasil: práticas, avanços e limites metodológicos. Ed. Unijuí. 2013.

SADER, E. Quando novos personagens entraram em cena – experiências e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo – 1970 – 1980. Ed. Pax e Terra. 1988.

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