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Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 13 - Nº161 - Dezembro de 2007

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Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP www.cepea.esalq.usp.br

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

Ano 13 - Nº161 - Dezembro de 2007

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

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2

O movimento crescente da produção de leite, observado desde junho deste ano, foi freado em outubro. Segundo o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica-da (Cepea), Aplica-da Esalq/USP, o aumento foi de 3,2% em relação a setembro - no mesmo período de 2006, havia sido de 5,1%. De ju-nho a outubro, a produção nos sete estados desta pesquisa (Rio Grande do Sul, Santa

Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia) cresceu 36,18%.

Normalmente, as chuvas começam na se-gunda quinzena de setembro, no início da primavera. Neste ano, porém, a estiagem se prolongou até o final de outubro na maioria das regiões leiteiras, o que resulta em nova produção de pastagens somente a partir da segunda quinzena de novembro. Mesmo com os preços relativamente altos do leite ao produtor em outubro, naquele mês, já não havia mais oferta de alimento de inver-no (silagem ou cana) ou era racionada, ten-do em vista que a programação da maioria dos produtores considera a volta das chu-vas em setembro.

Os estados que registraram os menores au-mentos do ICAP-L foram São Paulo e Minas Gerais, de apenas 0,56% e 1,61%, respecti-vamente. Em Goiás, houve crescimento de 7,94% no volume captado, bem inferior, contudo, aos 13,55% observados no mesmo período do ano passado.

No Paraná e Rio Grande do Sul, a situação foi diferente. Nesses dois estados, a produ-ção aumentou mais em outubro que em se-tembro. Empresas paranaenses captaram, segundo o ICAP-L/Cepea, 6,2% a mais que em setembro e as gaúchas tiveram

aumen-to de 6,5% – em igual período de 2006, os crescimentos haviam sido de 1% e 1,1%, na mesma ordem.

PREÇOS –

Confirmando as expectati-vas de agentes, os preços recebidos pelos produtores em novembro – referente às entregas em outubro – tiveram nova que-da. Entre os sete estados desta pesquisa, o valor médio pago ao produtor foi de R$ 0,6946/litro (valor bruto), queda de 7,3% ou de 5 centavos por litro. O preço médio líquido (descontados frete e 2,3% de CES-SR – ex-Funrural) foi para R$ 0,6486/litro. Veja preços das mesorregiões nas tabelas abaixo.

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ROdutOR

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OvEMbRO/07

1 Valor Bruto: Inclusos frete e INSS 2 Valor Líquido: Livre de frete e INSS

REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Noroeste Metropolitana Porto Alegre Média Estadual - RS 0,7441 0,3939 0,6347 0,5537 0,6139 0,5266 0,5786 0,5409 0,7064 0,4167 0,6140 0,5492 Mesorregiões do

Rio Grande do Sul - RS REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Média Estadual - PR 0,8610 0,5813 0,7877 0,7647 0,6581 0,5475 0,5909 0,5720 0,7120 0,4955 0,6514 0,6039 0,7164 0,5627 0,6622 0,6278 Mesorregiões do Paraná - PR REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 São José do Rio Preto Macro Metropolitana Paulista Vale do Paraíba Paulista Média Estadual - SP 0,7909 0,6019 0,7172 0,6802 0,7701 0,5374 0,6825 0,6406 0,7456 0,6345 0,7028 0,6678 0,7586 0,6022 0,6921 0,6539 Mesorregiões de São Paulo - SP REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Goiano Sul Goiano Média Estadual - GO 0,8266 0,6781 0,7707 0,7456 0,7512 0,6321 0,7079 0,6658 0,7806 0,6500 0,7323 0,6969 Mesorregiões de Goiás - GO REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO LÍQUIDO MÉDIO2

Centro Sul Baiano

Sul Baiano Média Estadual - BA 0,6970 0,5512 0,6456 0,6256 0,8264 0,5137 0,6865 0,6664 0,7284 0,5265 0,6427 0,6227 Mesorregiões da Bahia - BA REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO LÍQUIDO MÉDIO2 Oeste Catarinese Vale do Itajaí Média Estadual - SC 0,6487 0,4689 0,5301 0,5132 0,5900 0,4200 0,5500 0,5100 0,6289 0,4559 0,5276 0,5062 Mesorregiões de Santa Catarina - SC REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Triângulo Mineiro/ Alto Paranaíba Sul/Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Média Estadual - MG 0,8513 0,7466 0,8045 0,7641 0,8092 0,4858 0,6828 0,5214 0,8459 0,7817 0,7926 0,7743 0,8208 0,6570 0,7460 0,6899 Mesorregiões de Minas Gerais - MG

Preços pagos ao produtor em

Nov/07 referentes ao

leite entregue em Out/07

R$/litro tipo C

Fonte:

CEPEA - Esalq/USP

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PROlONgada

No Paraná e Rio Grande do

Sul, o aumento da produção

em outubro foi em

torno de 6%, bem maior que

o 1% observado no mesmo

período do ano passado.

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3

A maior queda de preços ocorreu para os produtores mineiros. A diminuição de qua-se 7 centavos por litro levou o preço médio bruto para R$ 0,746. Mesmo assim, esse estado ainda tem patamar maior que os outros seis da pesquisa. A menor queda de preços ocorreu na Bahia, 1,3%, significando pouco menos de 1 centavo por litro. Os recuos dos dois últimos meses represen-tam 10 centavos a menos por litro na média geral. No Rio Grande do Sul e em Santa Ca-tarina, onde houve as maiores quedas, a di-minuição do valor bruto ao produtor beira os 15 centavos/litro, para o gaúchos, e quase 18 centavos/litro, para os catarinenses. Os maiores produtores nacionais, Minas Ge-rais e Goiás, acumulam perda de 8 centa-vos/litro e de 11/litro.

a vOlta daS cHuvaS –

As

for-tes valorizações do milho e do farelo de soja têm reduzido o poder de compra do pro-dutor de leite. No início de dezembro, uma saca de milho na região de Campinas (SP) já estava custando R$ 33,80 e uma tonelada de farelo de soja, R$ 702,51 – mercado dis-ponível (atacado). Como muitos produto-res têm comentando, “a sorte” é que daqui para frente as pastagens melhoram e a de-manda por complemento na dieta das vacas diminui. Veja outras informações sobre re-lação de troca nas páginas 6 e 7.

80 90 100 110 120 130 140 ju n/ 04 ju l/0 4 ag o/ 04 se t/ 04 ou t/ 04 no v/ 04 de z/ 04 ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/ 05 m ai /0 5 ju n/ 05 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/ 05 ou t/ 05 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 06 m ar /0 6 ab r/ 06 m ai /0 6 ju n/ 06 ju l/0 6 ag o/ 06 se t/ 06 ou t/ 06 no v/ 06 de z/ 06 ja n/ 07 fe v/ 07 m ar /0 7 ab r/ 07 m ai /0 7 ju n/ 07 ju l/0 7 ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP IBGE - PTL 121,01 105,04 108,47 109,60 104,80 124,44 128,13 121,46 129,58 ago /0 7 set /0 7 138,32 150 142,72 out /0 7 Patamar de outubro de 2006

ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite (Junho de 2004 = 100) - Outubro/07

Por Gustavo Beduschi Pesquisador Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,60 0,62 0,64 0,66 0,68 0,70 0,72 0,74 0,76 0,78

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

R$ /li tro 2006 2005 Média Histórica 2001 a 2006

2007

2004 0,80

Série de preços médios pagos ao produtor deflacionada pelo IPCA

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

Equipe Leite:

Gustavo Beduschi - Pesquisador Projeto Leite; Pedro Henrique L. Sarmento, Viviane P. Paulenas, Lucas Detoni Rizzollo, Liège Vergili Correia e Marcela Fernandez Marini

Equipe Grãos:

Mauro Osaki e Lucilio Alves - Pesquisadores do projeto Grãos; Ana Amélia Zinsly, Flavia Gutierrez, Renata Maggian e Matheus Rizato.

Editores Científicos:

Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros e Sergio De Zen

Editor Executivo: Eng. Ag. Gustavo Beduschi Jornalista Responsável: Ana Paula da Silva - MTb: 27368 Diagramação/Capa: Fernando V. Andrade Arte: Lambari Comunicação

Tel: (19) 3435-7503 Revisão:

Alessandra Rodrigues da Paz - MTb: 49148 Paola Garcia Ribeiro - MTb: 49146 Rebeca Camila Bueno Corrêa

Tiragem: 8.000 Contato: C.P 132 - 13400-970 Piracicaba, SP Tel: (19) 3429-8816, (19) 3429-8836 E-mail: leitecepea@esalq.usp.br www.cepea.esalq.usp.br/leite

O Boletim do Leite pertence ao Cepea Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Esalq/ USP. A reprodução de conteúdos publicados por este imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.

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Que os produtos lácteos são bons compo-nentes da dieta humana, pelo menos nós - do setor - não temos dúvida. Contudo, a partici-pação destes produtos nas compras dos bra-sileiros tem sido ameaçada com a quantidade de produtos concorrentes.

Entre os concorrentes diretos destacam-se os fluidos, como sucos de frutas prontos, em pó e bebidas à base de soja, que, a propósito, é o segmento dentro dos sucos que mais tem crescido na participação das despesas dos brasileiros.

Dados da ACNielsen, que é uma das princi-pais consultorias em pesquisa de mercado do mundo, mostram que de 2001 a 2005, o mercado de sucos prontos cresceu mais de 207%.

O leite continua sendo a bebida com maior participação nos gastos do brasileiro (junto com lácteos em geral), mas, dados do IBGE mostram que os hábitos têm mudado. Em 1987, cada brasileiro adquiria, em média, 70,424 kg de lácteos, em 2003, eram 49,906 kg.

No mesmo período, as bebidas em geral (in-cluindo as alcoólicas) apresentaram um au-mento de 80,86% no consumo.

Constata-se, portanto, que, em 1987, a quan-tidade adquirida de lácteos era quase três ve-zes maior que a de bebidas, mas, em 2003, a vantagem caiu para pouco mais de 10%.

PESQUISAS –

Analisar o comportamen-to do consumidor é importante para que as estratégias de marketing utilizadas alcancem êxito. O “Estudo de Estilo de Vida” feito pela Latin Panel, publicado em 2006, mostra que 66% dos consumidores gostam de comprar novas marcas.

De acordo com a ACNielsen, em 2005, foram lançados 224 novos refrigerantes, 204 sucos prontos e 52 bebidas à base de soja.

O mesmo estudo da Latin Panel mostra tam-bém que os consumidores estão atentos à re-lação custo/benefício e marketing.

No setor lácteo, existe a proposta de que 1/4 de centavo por litro de leite seja investido em um marketing institucional. Considerando todo o leite formal do País, estima-se que seriam angariados cerca de R$ 41,65 milhões por ano. A Láctea Brasil busca através de ações de marketing divulgar todos os bene-fícios do leite.

Já existem ótimas experiências em anda-mento como a de Goiás. A campanha (cuja empresa não teve o nome divulgado) iniciada em fevereiro de 2006 era para ter uma dura-ção de apenas um ano. Contudo, já foi pror-rogada e está se articulando para que seja permanente.

Pesquisas realizadas antes da campanha mostraram que o consumo médio era de 70 litros de lácteos por habitante. Nove meses depois de iniciada, o consumo foi de 81,9 li-tros por habitante, aumento de 17%.

Essa campanha movimenta, segundo dados do Sindileite Goiás, R$ 600 mil mensalmen-te. Este valor vem de crédito outorgado do governo estadual onde as empresas de laticí-nios passam a pagar 5% de ICMS, ao invés dos 7% anteriores.

No Brasil, além do leite, há outras campanhas institucionais para o aumento do consumo de produtos de origem agrícola, como é o caso das carnes bovina e suína.

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) tem uma campanha “Um Novo Olhar sobre a Carne Suína”. O traba-lho iniciou em 1994 e procurou identificar os principais gargalos da comercialização da carne suína no Brasil: a) preconceito com relação ao impacto sobre a saúde; b) cortes pouco práticos, na perspectiva do cliente;

c) cortes volumosos; d) apresentação inade-quada nos pontos-de-venda; e) percepção de preço elevado.

A campanha foi dividida em duas etapas, sendo a primeira a “Preparação da Cadeia Produtiva” e a segunda a “Divulgação da Pro-posta em Mídias de Massa”. O trabalho visa ter uma certeza de quando o consumidor es-tiver no ponto-de-venda ele possa encontrar o produto em quantidade, qualidade, diversi-dade e com preços adequados.

INTERNACIONAL –

No mercado externo, a mais famosa campanha de marke-ting do leite é a “Got Milk?”. Usando figuras conhecidas e grandes atletas com o “bigode” de leite em diversas mídias, a campanha se espalhou. Em 2004, a campanha tornou-se internacional introduzida na Inglaterra e mais recentemente na Espanha.

Um dos pontos a serem tratados é a saúde. A “Got Milk?” mostra dados alarmantes: 86% das meninas adolescentes e 64% dos meni-nos adolescentes meni-nos EUA – durante a fase de crescimento – não consomem a quanti-dade de cálcio recomendada. E isso ocorre numa época crítica, pois o cálcio ajuda no crescimento de ossos fortes e previne a oste-oporose.

Nesse contexto, duas questões são mais rele-vantes. A primeira está relacionada à máxima de que “quem não é visto não é lembrado”, ou seja, o produto tem sempre que estar em evi-dência para que os consumidores lembrem-se dele nas compras. A lembrem-segunda diz respeito à valorização das qualidades nutritivas do lei-te, mostrando os benefícios que o consumi-dor terá com o produto. A expectativa para o futuro do setor é otimista, com o marketing funcionando, o leite deve voltar ao local de destaque que sempre mereceu, tanto na me-mória quanto na mesa do brasileiro.

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Por Gustavo Beduschi Pesquisador Leite Cepea - Esalq/USP Lucas Detoni Rizzollo Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

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Outubro foi um mês de quedas acentuadas para derivados lácteos, no mercado ata-cadista dos cinco estados incluídos nesta pesquisa.

De setembro para outubro, o preço médio leite em pó, por exemplo, em Minas Gerais caiu expressivos 18%. Em Goiás, a que-da foi de 17% e, no Paraná, de 14%. Com isso, a média dos cinco estados caiu para R$ 11,95/kg (sachê 400g), a menor desde maio. Desde agosto, o preço desse deriva-do recuou quase 17% na média de todas as regiões. A título de comparação, vale no-tar que no mesmo período do ano passado, o leite em pó havia valorizado 2%, com o quilo chegando a R$ 8,32.

Entre os produtos pesquisados pelo Ce-pea no mercado atacadista, a manteiga apresentou, novamente, comportamento distinto da tendência predominante, ob-tendo uma pequena valorização nos esta-dos de Goiás e Minas (1,17% e 0,81%). Já no Rio Grande do Sul, esse derivado teve queda de 20%, a maior entre todos as re-giões pesquisadas e que fez o estado ter o menor preço: R$ 7,41/kg.

Devido à forte desvalorização do UHT, a relação com o pasteurizado na média de cinco estados foi a menor desde dezembro de 2005, indicando a proximidade entre os preços. Em outubro, o preço de 1 litro de UHT na média dos atacados foi apenas 15% maior que o do pasteurizado.

A região Sul teve os menores preços dos leites fluidos. O UHT, no Paraná, pelo ter-ceiro mês consecutivo teve a menor cota-ção, de R$ 1,12 em outubro – onze centavos por litro a menos que a média de setembro. Quanto ao pasteurizado, o menor valor foi registrado no Rio Grande do Sul, com o li-tro a R$ 1,05 no atacado – seis centavos/

litro de queda sobre setembro.

Em Minas Gerais, o UHT teve forte que-da de 21,4% ou de 39 centavos por litro na comparação de outubro com setembro, mas, ainda assim, está 13 centavos acima da média dos estados.

Os queijos mussarela e prato tiveram os menores preços em Goiás, onde o quilo da mussarela teve média de R$ 8,00 e o do prato, de R$ 8,66 no atacado daque-le estado. Os máximos foram em Minas, com a mussarela a R$ 9,61 e o prato, a R$ 10,69/kg.

EXPORTAÇÃO -

De acordo com o Ín-dice de Preços de Exportação de Lácteos (IPE-L), do Cepea, o preço médio dos pro-dutos exportados pelo Brasil, em outubro deste ano, foi de US$ 3,80/kg, um aumento significativo de 137,5% em relação a

outu-bro do ano passado – US$ 1,60/kg. Se a comparação for feita em reais, o aumento foi de 98,9%, uma vez que o IPE-L/Cepea de outubro foi R$ 6,84/kg e o de outubro de 2006, R$ 3,44/kg.

O leite em pó continua sendo o principal produto da pauta de exportações brasilei-ras. De acordo com a Secex, em outubro o leite em pó foi responsável por 64% da receita obtida com as exportações lácteas, seguido pelo leite condensado, com 18%, e pelos queijos, que representaram 10% do faturamento.

O preço médio de exportação do leite em pó foi de US$ 4.539/t, um aumento de 97,3%, frente aos US$ 2.301/t apurados com os embarques do mesmo mês do ano passado.

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Fonte: Cepea/Esalq-USP

R$/L Var% R$/L Var% R$/kg Var% R$/kg Var% R$/kg Var% R$/kg Var%

GO MG PR RS SP

PREÇOS MÉDIOS DOS DERIVADOS PRATICADOS EM OUTUBRO E AS VARIAÇÕES EM RELAÇÃO A SETEMBRO

Leite

Pasteurizado Leite UHT Queijo Prato integral Leite em Pó - (sachê 400 g) Manteiga (200 g) MussarelaQueijo Estado Unidade 1,14 -2,16% 1,56 -5,40% 8,66 -7,66% 13,14 -17,35% 8,89 1,17% 8,00 -10,35% 1,19 -8,08% 1,42 -21,43% 10,89 -5,72% 13,25 -17,80% 8,54 0,81% 9,61 -8,46% 1,09 -10,19% 1,12 -9,23% 9,40 -7,92% 10,72 -14,49% 9,08 -6,43% 8,04 -10,54% 1,05 -5,13% 1,13 -14,42% 9,46 -10,72% 12,36 -2,06% 7,41 -20,19% 9,29 -10,88% 1,15 -3,86% 1,23 -9,50% 9,70 -7,56% 10,26 -6,08% 8,51 -4,16% 8,18 -14,60%

Por Pedro H. Sarmento Liège Vergili Correia Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Índice de Preços de Exportação de Lácteos (IPE-L/Cepea)

Fonte: Cepea

Fonte: Cepea/SimLeite

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R$ 6,84 U$ 3,8 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 m ai /0 4 ju n /0 4 ju l/ 04 ag o /0 4 se t/ 04 o u t/ 04 n o v /0 4 d ez /0 4 ja n /0 5 fe v /0 5 m ar /0 5 ab r/ 05 m ai /0 5 ju n /0 5 ju l/ 05 ag o /0 5 se t/ 05 o u t/ 05 n o v /0 5 d ez /0 5 ja n /0 6 fe v /0 6 m ar /0 6 ab r/ 06 m ai /0 6 ju n /0 6 ju l/ 06 ag o /0 6 se t/ 06 o u t/ 06 n o v /0 6 d ez /0 6 ja n /0 7 fe v /0 7 m ar /0 7 ab r/ 07 m ai /0 7 ju n /0 7 ju l/ 07 ag o /0 7 Outubro 2006 IPE-Lácteo R$/kg IPE-Lácteo US$/kg set /0 7 out /0 7

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6

55 6

MILHO

O MILHO QUE vALE “MILHÃO”

Em novembro, o preço do milho atingiu o maior valor da série histórica do Cepea, ini-ciada em 2000. A cotação média do grão em Campinas (SP) foi de R$ 31,26/sc de 60 kg, com alta de 16% em novembro e de 38% em relação ao mesmo período de 2006. Na re-gião de Cascavel (PR), o preço médio pago ao produtor foi de R$ 23,03/sc em novem-bro, aumento de 19% em relação ao mês an-terior e de 50,5% frente a novembro do ano passado.

A expectativa de agentes é de que os preços do grão aumentem ainda mais, visto que os estoques do produto no mercado interno estão baixos. Além disso, vendedores

con-tinuam retraídos e indústrias que precisam refazer seus estoques seguem com dificul-dades para efetivar negócios.

A falta de mercadoria prejudica principal-mente indústrias localizadas fora do eixo produtor, como São Paulo e a região Nor-deste. O mercado paulista geralmente é abastecido por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Empresas do Nordeste, por sua vez, buscam o produto principalmente no oeste da Bahia, Goiás e também em Mato Grosso. Para a região do Nordeste, seria mais viável trazer milho da Argentina, mas a legislação brasileira não permite a comercialização do milho geneticamente modificado,

restrin-gindo assim a alternativa de negociação de empresários nordestinos.

Alguns agentes defendem a importação do produto para tranqüilizar a situação das in-dústrias. Mas, mesmo que importação fosse liberada, o milho poderia não chegar com rapidez nos principais centros consumido-res, visto que argentinos e americanos não segregam o grão de milho, capaz de garantir que o milho fique livre do gene MON NK 63, como refere à resolução n.1/05 da Comissão Nacional de Biossegurança. Assim, agentes não conseguem importar o produto para re-duzir os custos na fabricação da ração e de outros produtos.

Por Mauro Osaki e Lucilio Rogerio Aparecido Alves Equipe Grãos Cepea - Esalq/USP E-mail: graoscepea@esalq.usp.br e Viviane P. Paulenas, Equipe Leite Cepea - Esalq/USP E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

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OvEMbRO/07

Em novembro, o produtor paulista preci-sou de 45,2 litros para adquirir uma saca de milho (60 kg) na região de Campinas (SP), o que representa 22,6% a mais que o necessário na média de junho de 2006 a novembro de 2007 (35 litros de leite/saca de 60 kg). Em relação a outubro deste ano, o poder de compra do produtor de leite caiu quase 22%.

A piora na relação de troca de leite por milho continua atrelada à combinação de queda dos preços do leite e valorização do milho. De outubro a novembro, o grão subiu 16% em Campinas(SP), enquanto o leite caiu 6,3% na média do estado de São Paulo. Observando as relações de troca desde junho do ano passado (últimos 18 meses), constata-se que a pior ocorreu em janeiro deste ano, quando foram neces-sários 48,15 litros para a compra de uma saca de milho, 6,2% a mais que no mês passado. Já a relação de troca mais

favo-rável ao produtor foi verificada em junho de 2007 - período de entressafra do leite e anterior à escalada dos preços do grão. Além da demanda para a produção de eta-nol nos EUA, a quebra da safra mundial de

trigo levou o mercado internacional a uma corrida por compras de milho para utilizar em ração animal. O reflexo, para o Brasil, foi recorde de exportação, que contribuiu para enxugar a oferta interna.

ALTAS dO MILHO E QUEdAS dO LEITE REdUzEM POdER dE COMPRA dO PROdUTOR

Litros de leite necessários para adquirir uma saca de milho

Fonte: CEPEA - Esalq/USP Saca de Milho -10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 jun /0 6 jul /0 6 ag o/ 06 se t/0 6 ou t/0 6 no v/ 06 de z/ 06 jan /0 7 fe v/ 07 m ar /0 7 ab r/0 7 m ai/ 07 jun /0 7 jul /0 7 ag o/ 07 se t/0 7 ou t/0 7 no v/ 07 L/ sc 6 0 kg

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Analisando a relação de troca de leite por farelo de soja nos últimos 18 meses, obser-va-se que o momento menos favorável ao produtor de leite ocorreu em novembro deste ano. No mês passado, foram neces-sários 1.012,4 litros de leite para a compra de uma tonelada de farelo de soja na re-gião de Campinas (SP), 10,5% a mais que em outubro. De outubro a novembro, os preços do farelo subiram 3,5% na praça paulista, mesmo com o aumento da pro-dução deste derivado devido à crescente demanda mundial por óleo vegetal. No mesmo período, o leite desvalorizou 6,3% na média do estado de São Paulo. Até en-tão, os piores momentos ao produtor ha-viam sido verificados em dez/06 e jan/07. Em dezembro do ano passado, por exem-plo, o poder de compra do produtor este-ve 16,2% menor que a média dos 18 meses

(que é de 848,7 litros de leite/tonelada de farelo). Já o momento mais favorável ao produtor foi verificado em junho deste

ano, quando bastaram 670,6 litros de lei-te para a compra de 1 tonelada de farelo, 33,8% a menos que em novembro/07. As cotações da soja na Bolsa de Chicago

(CBOT) e os valores de negócios para ex-portação (CBOT + prêmio) alcançaram, em novembro, os maiores patamares dos últimos 30 anos.

Na CBOT, o primeiro vencimento (Nov/07 e Jan/08) chegou aos US$ 10,58/bushel em novembro, sendo o maior valor registrado para a soja em plena safra dos Estados Uni-dos nas últimas décadas. Para Março/08, o mercado futuro projeta valores de US$ 10,80/bushel, equivalente a US$ 23,81/saca de 60 kg.

Esses fortes acréscimos estão atrelados à menor produção mundial, decorrente da

redução da área de plantio dos Estados Unidos, à maior demanda por soja em grão e por óleo de soja, em especial por parte da China e ainda à queda do dólar frente a outras moedas.

Em Campinas (SP), o preço médio do fare-lo foi de R$ 700,71/t em novembro, aumen-to de 3,5% em relação a outubro. O valor do farelo é o maior nominal desde julho de 2004.

Nesta época do ano, o mercado interno de soja costuma operar mais em função da de-manda brasileira, descolando ligeiramente das cotações externas. As exportações de soja estiveram praticamente paradas na

segunda quinzena de novembro, enquanto indústrias do mercado interno estiveram mais ativas, adquirindo o produto para processamento e atendimento da deman-da dos setores de aves e suínos.

Com o plantio de soja sendo finalizado no início de dezembro, as atenções se voltam para o desenvolvimento vegetativo e aos cuidados com as lavouras. Ao mesmo tem-po em que o clima quente e úmido colabo-ra com a cultucolabo-ra, aumenta a incidência de pragas e doenças.

Fonte:

CEPEA - Esalq/USP

RELAÇÃO dE TROCA é A PIOR EM 18 MESES

Litros de leite necessários para adquirir uma tonelada de farelo de soja

Farelo de Soja -200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 jun /0 6 jul /0 6 ag o/ 06 se t/0 6 ou t/0 6 no v/ 06 de z/ 06 jan /0 7 fe v/ 07 m ar /0 7 ab r/0 7 m ai/ 07 jun /0 7 jul /0 7 ag o/ 07 se t/0 7 ou t/0 7 no v/ 07 L/ t

PREÇOS SÃO OS MAIORES dA HISTóRIA

FARELO dE SOJA

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As vendas de máquinas agrícolas podem alcan-çar a marca de 42,5 mil unidades em 2008, o que representaria um aumento de 14,9% sobre as cerca de 37 mil máquinas que devem ser comer-cializadas este ano. A produção está projetada em 69 mil unidades, com aumento de 9,5% ante as 63 mil unidades de 2007. A avaliação é da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automo-tores (Anfavea), que divulgou os números de no-vembro. Segundo Gilberto Zago, vice-presidente da Anfavea para o setor de máquinas agrícolas, o crescimento de cerca de 48% nas vendas internas em 2007 surpreendeu a indústria. O firme cres-cimento foi atribuído ao aumento dos preços de commodities agrícolas e ao segmento de agroener-gia, com demanda maior para grãos, por conta do etanol produzido nos Estados Unidos e, em espe-cial, pela expansão da cana-de-açúcar no Brasil.

(Agência Estado)

A Perdigão apresentou no dia 4 de dezembro os termos de uma oferta primária de ações que poderá movimentar mais de R$ 1,1 bilhão. A emissão de novos papéis faz parte do processo de compra da Eleva (ex-Avipal), anunciado no fim de outubro. Segundo o prospecto divulgado, se-rão emitidas inicialmente 20 milhões de ações. O banco Credit Suisse coordena a operação. A oferta vai priorizar os atuais acionistas; só depois, serão atendidos os investidores de varejo e, na seqüên-cia, os investidores institucionais. (valor Econô-mico)

O Conselho Monetário Nacional (CMN) auto-rizou a criação de uma linha de crédito para as cinco instituições autorizadas a operar com pou-pança rural. Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Basa, Bancicred e Bancoob poderão oferecer, até 30 de junho de 2008, financiamento com taxa mé-dia de 10,5% ao ano, sem equalização do Tesouro Nacional e sob condições limitadas. O objetivo, segundo o secretário adjunto de Política Econômi-ca do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, é reduzir os juros aos produtores e beneficiar os já compromissados com operações na linha FAT Giro Rural. (valor Econômico)

As vendas em alta estão diretamente ligadas ao cenário econômico mais favorável. No ano passado, o Brasil deu um significativo salto no ranking mundial de produção de chocolates. Saiu do quinto lugar para ocupar a quarta posição de maior fabricante do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido. Desde então, produzimos mais chocolates que a França. O mercado interno movimentou R$ 2,7 bi-lhões em vendas de produtos de uso continuado e sazonais, R$ 500 milhões a mais que em 2005. Em dezembro de 2006, ano em que a média mensal de

vendas foi de 18 mil toneladas por mês, foram co-mercializadas 22 mil toneladas. Em 2005, a média mensal foi de 17 mil toneladas por mês e as ven-das em dezembro atingiram as 20,4 mil tonelaven-das.

(valor Econômico)

A rede nordestina de supermercados GBarbo-sa, comprada pela chilena Cencosud, já deu a largada para seu processo de expansão. A empresa anunciou dia 20 de novembro a aquisição da baia-na Mercantil Rodrigues, uma loja que vende tan-to para o atacado como para o consumidor final, no conceito conhecido como “atacarejo”. O valor e as condições do negócio não foram informados. A expectativa é que a Mercantil Rodrigues, com uma loja de 24 mil metros quadrados e faturamen-to anual previsfaturamen-to em R$ 220 milhões, dê fôlego para a GBarbosa se expandir nesse formato, que vem apresentando crescimentos anuais acima de 20%. A empresa tem outra loja em Aracaju e, com a Mercantil Rodrigues, começa a se preparar para enfrentar seus maiores concorrentes locais: o Ata-cadão, que agora pertence ao Carrefour, e o Sam’s Club, do Wal-Mart. (Agência Estado)

Estudo da Fecomercio SP (Federação do Co-mércio do Estado de São Paulo) aponta que os brasileiros gastam muito mais com o “imposto do cheque” do que com arroz, feijão e leite. Segundo o levantamento, os gastos com a CPMF podem che-gar a R$ 40 bilhões em 2007, enquanto os gastos com arroz (R$ 10,3 bilhões), feijão (R$ 5,7 bilhões) e leite (R$ 9,1 bilhões) chegam a cerca de R$ 25 bilhões. (Folha de S. Paulo)

A Fealq (Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz) promove o 22º Curso de Sistema Rotacionado Intensivo de Produção de Pastagens para Bovinos Leiteiros; entre os dias 18 e 22 de fe-vereiro na ESALQ/USP em Piracicaba. O curso é destinado a profissionais da área de produção de bovinos leiteiros e estudantes de ciências agrárias. O programa inclui: princípios básicos para o ma-nejo de sistemas rotacionados intensivos de pas-tagens; amostragem de solo; calagem e adubação de pastagens; estabelecimento e recuperação de pastagens; identificação e controle de pragas de pastagens; controle de plantas daninhas em pas-tagens; utilização de cercas elétricas em pastejo rotacionado; sistema de produção de leite a pasto; suplementação de bovinos leiteiros em pastagens. São oferecidas 35 vagas e a taxa de inscrição é de 200,00 para conveniados e R$ 265,00 para os de-mais. (www.fealq.org.br)

FIQUE

ATENTO

Lucas Detoni Rizzollo Equipe Leite Cepea - Esalq/USP E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

IMPRESSO

Uso dos Correios

C.P

Referências

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