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Resultados da Pesquisa Subsídios para o Pacto Nacional de Redução de Homicídios

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Academic year: 2021

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Resultados da Pesquisa “Subsídios para

o Pacto Nacional de Redução de

Homicídios”

MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

(BELO HORIZONTE, BETIM, CONTAGEM E RIBEIRÃO DAS NEVES)

(2)

Apresentação

Estudo financiado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (SENASP/MJ).

Projeto BRA/04/029 - Segurança Cidadã/Pensando a Segurança Pública

Objetivo: identificar os principais fatores de risco e as características dos homicídios ocorridos nos

municípios de Minas Gerais e de São Paulo dos quais integram o Pacto Nacional pela Redução dos Homicídios

Em Minas Gerais: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Governador Valadares, Juiz de Fora, Uberlândia e Ribeirão das

Neves.

Em São Paulo: São Paulo (Capital), Campinas e Guarulhos

(3)

Etapas da Pesquisa

Descrição do perfil dos municípios a partir de dados quantitativos:

• Óbitos intencionais registrados entre pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponíveis no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) ;

• Homicídios Consumados segundo o Registro de Eventos de Defesa Social (REDS);

• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Entrevistas em profundidade com profissionais envolvidos com a

coordenação de ações de repressão a homicídios

intencionais:

• Comandantes de unidades da Polícia Militar especializadas na repressão ao crime;

• Delegados das unidades da Polícia Civil especializadas em

homicídios; promotores;

• Defensores e juízes que atuam no Tribunal do Júri.

Grupos Focais com profissionais de Segurança Pública que atuam

no nível operacional

• Policiais Militares Femininas, do GEPAR e do POG;

• Guardas Municipais;

• Investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Entrevistas em profundidade com atores sociais

• Gestores do Fica Vivo

• Atores sociais que atuam nas

comunidades selecionadas em cada município

(4)

Perguntas - Chave

On d e oc or re m mais h omi cíd io s?

Quais áreas que concentram mais mortes no tempo? Por que as mortes se concentram nessas localidades? Q u ai s são as d in âmic as q u e re su lt am e m m or te ? Quais as principais motivações e características dos homicídios registrados nessas áreas? Causas mais amplas/gerais da violência homicida Q u e m são os en vol vid os n e ss as vio lê n cia s? Características das vítimas Características dos autores

Relação entre autores e vítimas O q u e p od e se r fei to em te rmos d e p ol ít ic as p ú b lic as ?

O que a polícia pode fazer para prevenir e contribuir para reduzir os homicídios?

Além das polícias, que outros órgãos/atores poderiam ajudar a prevenir a violência e os homicídios? Como? Qual o papel do Governo Federal na prevenção e na redução dos homicídios?

(5)

Perfil dos Participantes

Total de Entrevistados

Ao todo, foram

105

entrevistados entre profissionais do Sistema de Justiça Criminal e Segurança Pública, atores e

gestores sociais nos 4 municípios

da RMBH participantes do Estudo.

(6)
(7)

Análise de dados

Análise de dados quantitativos (gráficos e mapas) Transcrição do áudio Revisão da transcrição Codificação no N-vivo a partir das perguntas do questionário Análise de conteúdo Propostas de intervenção a partir das representações sociais

(8)

Onde ocorrem mais

homicídios?

(9)

Taxa de Óbitos Intencionais (1997 a 2014) e Concentração Espacial de

Homicídios Consumado (2012 a 2014)

Belo Horizonte

Fonte: CINDS/SEDS, 2016 Fonte: SIM/DATASUS/Ministério da Saúde, 2016

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Betim

Taxa de Óbitos Intencionais (1997 a 2014) e Concentração Espacial de

Homicídios Consumado (2012 a 2014)

Fonte: CINDS/SEDS, 2016 Fonte: SIM/DATASUS/Ministério da Saúde, 2016

(11)

Contagem

Taxa de Óbitos Intencionais (1997 a 2014) e Concentração Espacial de

Homicídios Consumado (2012 a 2014)

Fonte: CINDS/SEDS, 2016 Fonte: SIM/DATASUS/Ministério da Saúde, 2016

(12)

Ribeirão das Neves

Taxa de Óbitos Intencionais (1997 a 2014) e Concentração Espacial de

Homicídios Consumado (2012 a 2014)

Fonte: CINDS/SEDS, 2016 Fonte: SIM/DATASUS/Ministério da Saúde, 2016

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Perfil de Vítimas

Por Sexo, 2015

Por Faixa Etária, 2015

Fonte: CINDS/SEDS, 2016

Elaboração: Pesquisa Pensando Homicídios, Grupo 6, CRISP-UFMG/Senasp, 2016

(15)

Perfil de Vítimas

Por Cor/Raça, 2015

Fonte: CINDS/SEDS, 2016

Elaboração: Pesquisa Pensando Homicídios, Grupo 6, CRISP-UFMG/Senasp, 2016

(16)

Invisibilidade dos envolvidos

- Mecanismo de Naturalização

Ora é tradado como fenômeno derivado do TRÁFICO DE DROGAS

Ora é visto como derivado da PRIVAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA

(“famílias desestruturadas”, “saúde e educação precárias”)

- Como consequência...

O homicídio não é um problema central na agenda ESPECÍFICA da Segurança

Pública;

É um problema a ser resolvido com a melhoria das condições de vida, com a

maior inserção dos jovens no mercado de trabalho.

(17)

Relação entre vítima e autor

Gráfico de Nós que identificam as categorias de tipos de relação entre vítimas e

autores de homicídios

(18)

Quais são as dinâmicas

criminais que ocorrem

nessas áreas?

(19)

Resultados da pesquisa

Dinâmicas Criminais

Multicausalidade

Tráfico de drogas

Disputa por território entre grupos rivais do tráfico de drogas Cultura da demonstração de poder pelos integrantes do tráfico de drogas Cultura da banalização da vida e da morte oriunda nos territórios vulneráveis Sensação de impunidade Aspectos Socioeconômicos (Vulnerabilidade social) Características do Sistema Educacional Famílias Desestruturadas Ausência de Estado

(20)

Multicausalidade

– Gráfico de Nós que

identificam as categorias de causas

estruturais para a incidência de homicídios*

Resultados da pesquisa

Dinâmicas Criminais

* A cor do gráfico e o tamanho da área dedicada a cada tema são definidas com base no número de itens (Fontes ou entrevistados) codificados naquela categoria.

(21)
(22)

Dinâmicas Criminais

Dendograma de Nós de Caracterização dos homicídios por similaridade de codificação*

*Os dendogramas foram construídos por meio do cálculo do coeficiente de Jaccard, o qual calcula a distancia entre variáveis binárias, neste caso, a presença (1) ou ausência (0) de codificação para cada fonte presente no projeto em relação a cada nó em análise. Quanto mais fontes em comum, maior a proximidade entre os nós. O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que indica maior similaridade entre os nós.

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Dinâmicas Criminais

Gráfico de Nós de Caracterização dos homicídios por similaridade de

codificação

Tráfico de Drogas: Motivação

"Guarda-chuvas"

*Os dendogramas foram construídos por meio do cálculo do coeficiente de Jaccard, o qual calcula a distancia entre variáveis binárias, neste caso, a presença (1) ou ausência (0) de codificação para cada fonte presente no projeto em relação a cada nó em análise. Quanto mais fontes em comum, maior a proximidade entre os nós. O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que indica maior similaridade entre os nós.

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Dinâmicas Criminais

Tráfico de Drogas: Motivação "Guarda-chuvas"

Apesar da classificação de homicídios causados por tráfico de drogas, as

entrevistas descortinaram motivações mais complexas:

1) Disputa por pontos de comercialização

2) Acerto de contas (dívidas financeiras)

3) Pano de fundo para outros conflitos ("passionais", "motivo fútil")

4) Penalidade imposta pelo grupo como consequência de desvio de natureza alheia à droga

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(26)
(27)

Estratégias de Repressão

Atuação Policial

 Tema mencionado pela maior parte dos entrevistados

 Equilíbrio entre as discussões sobre a participação de PM e PC

Atuação da Justiça

 Problemas na aplicação da lei

 Necessidade de reformas

Atuação do Governo Federal,

Municipal e de Outras

instituições do Estado

 Convênios com a União

(28)

Estratégias de Repressão

Polícia Civil: O problema da investigação

A Polícia Civil na visão dos demais profissionais e

atores sociais A Polícia Civil segundo a Polícia Civil

Problemas de Infraestrutura Insuficiência de Recursos Humanos

Desarticulação e Falta de comunicação com as demais instituições do Sistema de Segurança Pública e Justiça Falta de provas técnicas na investigação Atuação precária da perícia

Grande envolvimento e boa vontade dos profissionais Falta de circulação de informação entre os setores da própria instituição

“Proximidade perigosa” com os moradores envolvidos com o crime (Comunidade)

Gestão inadequada dos recursos pela instituição Críticas à qualidade do Inquérito Policial Grande dependência da Prova testemunhal e

desconfiança da população Percepção de que não investigam os crimes

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Estratégias de Repressão

Polícia Militar: Policiamento e outros serviços

A Polícia Militar na visão dos demais profissionais e

atores sociais A Polícia Militar segundo a Polícia Militar

Insuficiência de Recursos Humanos Desarticulação com as demais instituições (executa

funções da Polícia Civil e reclama para si tarefas que poderiam ser da Guarda Municipal)

Desarticulação com as demais instituições

Mais presente nas periferias, vilas e aglomerados Não é bem vinda pela população (somente querem a polícia em situações relacionadas a demandas por direitos e não para deveres)

Age com violência em determinadas regiões da cidade

Executa tarefas que não são suas, por estarem no “território,” como a maior parte das políticas não está.

Diferenciação entre o GEPAR e a “Polícia Comum” (Alguns acham que hoje são iguais)

(30)

Estratégias de Repressão

Sistema de Justiça: Defensores, Ministério Público e Judiciário

O Sistema de Justiça na visão dos demais profissionais e atores sociais

O Sistema de Justiça segundo o Sistema de Justiça

Avaliação positiva da Participação de MP e Judiciário no Grupo de Intervenção Estratégica Desarticulação com as demais instituições (A

Etapa judicial desqualifica o trabalho da Polícia Civil na investigação - retrabalho)

Desarticulação com as demais instituições (Principalmente entre o MP e a Polícia Civil) “Polícia prende, justiça solta” – críticas diretas e

indiretas à legislação penal e sobre as medidas socioeducativas.

Insuficiência de Recursos Humanos (principalmente a Defensoria Pública) Lentidão na expedição de mandados de busca e

apreensão (PCMG)

Falta de informação sobre a dinâmica das áreas que concentram homicídios (Principalmente o Judiciário). A exceção, em partes, seriam os Defensores Públicos.

(31)

Estratégias de Repressão

Em andamento

- Grupo de Intervenção Estratégica (G.I.E.)

- Grupo Integrado de Intervenção Estratégica (G.I.I.E.) – Governador Valadares

- Grupo Especial de Patrulhamento em Áreas de Risco (GEPAR)

- PROVITA/PPCAM

- Convênios (Garantia de Infraestrutura)

- Olho Vivo!

- Patrulhamento Ostensivo Geral (POG)

Encerradas/Enfraquecidas

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Estratégias de Prevenção

Em andamento

- Cursos da SENASP

- Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M)

- Fica Vivo!

Encerradas/Enfraquecidas

- Formações integradas entre as instituições

- Integração da Gestão da Segurança Pública (IGESP)

- Modernização da Segurança Pública

- Programa Nacional de Segurança com Cidadania (PRONASCI)

- Núcleo de Justiça Comunitária

(33)

Propostas de Intervenção – MG e SP

9 10 28 36 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Conscientização Informações Presença do Estado - primária Presença do Estado - secundária

(34)
(35)

Considerações Finais

A pesquisa possui um importante pressuposto teórico:

Políticas que resultem na diminuição da violência letal e intencional são indispensáveis para a

garantia do desenvolvimento entendido como garantia de liberdade de escolha para os cidadãos.

(SEN, 2010)

Logo, o papel do Estado nessa área é maior que apenas conter a criminalidade ou garantir punição, é

promover o desenvolvimento de uma nação.

(36)

Os números informaram que na RMBH...

- Existe Concentração espacial dos Homicídios, mas ao longo do tempo novas áreas

tem apresentado crescimento das mortes violentas intencionais, como Venda Nova e

Barreiro (em Belo Horizonte)

- A contar de meados dos anos 90, houve redução dos homicídios entre 2004 e 2010,

com flutuações a partir daí.

(37)

Propostas de Intervenção

Por um lado, demandas por mais Repressão

-Em termos de intervenção, os entrevistados deram

mais destaque à avaliação (positiva ou negativa) de estratégias repressivas em detrimento das

preventivas (vistas com certo descrédito)

- Mas, o que falta mesmo é infraestrutura (efetivo, equipamentos) e organização, menos morosidade da Justiça para reduzir a “Sensação de Impunidade” e, com o mesmo objetivo, seriam necessárias

mudanças na legislação

Por outro lado, demandas por mais “Presença do

Estado”

-

Principalmente os atores institucionais destacam a

superação da pobreza, ampliação das oportunidades

no mercado de trabalho e uma educação pública de

qualidade como as principais ações para o

enfrentamento aos homicídios (e ao tráfico, visto que

são quase sinônimos).

-

O Estado precisa se tornar mais presente nas

comunidades pobres e essa presença se concentra na

promoção de polícias sociais.

(38)

Agenda de Reflexão, Pesquisa e Intervenção

-

Afinal, qual o papel do Estado nas políticas de Controle de Homicídios?

-

Como as instituições de Segurança Pública e Justiça Criminal podem contribuir

para que sejam reduzidos os números de mortes de uma população tão

específica?

-

É possível articular comunidade e atores institucionais no provimento e gestão de

(39)

Equipe de Pesquisa

Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP/UFMG) / Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Coordenação Geral

Cláudio Chaves Beato Filho

Coordenação Adjunta

Andréa Maria Silveira

Coordenação de Equipe

Valéria Cristina de Oliveira

Professores Adjuntos

Bráulio Figueiredo Alves da Silva Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro Frederico Couto Marinho

Pesquisadores

Davy Alves Caminhas Diogo Alves Caminhas Luiza Meira Bastos Rafaelle Lopes Souza

Sara Carla Faria Prado Victor Neiva e Oliveira

Estagiários

Nathalia Silva Mourão Renata Mauro Cardoso Tássio Almeida

Tiago de Jesus Brito Yolanda Campos Maia

Secretária

Daniele Viana

Núcleo de Estudos em Segurança Pública (NESP) / Fundação João Pinheiro (FJP)

Pesquisadores:

Amanda Matar de Figueiredo Camila Costa Cardeal

Eduardo Cerqueira Batitucci Karina Rabelo Leite Marinho Luís Felipe Zilli

Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz

Estagiários:

Andrei Gomes Santana Pereira Mariana Marcatto do Carmo

Instituto Sou da Paz

Diretor Executivo Ivan c. Marques Assessora Sênior Carolina Ricardo

Área de Gestão do Conhecimento - Coordenadora de área

Stephanie Morin

Pesquisadoras

Fabiana Bento Ana Carolina Pekny

Estagiário

Fábio Freller

(40)

Obrigada

Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP/UFMG)

Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 - Unidade Administrativa III

Belo Horizonte, MG - Brasil - CEP:31270-901

Telefax:+55 (31) 3409-6310

crisp@crisp.ufmg.br

Núcleo de Estudos em Segurança Pública (NESP/FJP)

Alameda das Acácias, 70, bairro São Luiz, Pampulha

Belo Horizonte (MG) – CEP: 31.275-150

Telefone: (31) 3448-9449 / 3448-9623

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