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Nota Legislativa: PL 4330/2004 Terceirização Relação dos Destaques Aprovados

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Nota Legislativa: PL 4330/2004 – Terceirização

– Relação dos Destaques Aprovados

Câmara aprova projeto que libera terceirização e pejotização

Antônio Augusto de Queiroz (*)

O texto aprovado na Câmara do PL 4.330, que trata da terceirização e da pejotização nas relações de trabalho, ampliou o escopo para a utilização dessa modalidade de contratação, desde que os serviços sejam prestados por empresa especializada.

O grande imbróglio, caso prevaleça essa versão no Senado, será o entendimento a respeito do que venha a ser empresa especializada, já que o texto a qualifica vagamente como aquela “que possui qualificação técnica para a prestação do serviço contratado e capacidade econômica compatível com a sua execução”.

Nesse aspecto, desde logo, pode-se antecipar que os auditores-fiscais do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho terão muita demanda, porque haverá milhares de processos com esse questionamento.

Antes de analisar os pontos negativos e positivos do projeto, esclareço que não se trata aqui de mensurar a correlação de forças no Congresso, onde os trabalhadores claramente estão em desvantagem, mas apenas de analisar o alcance e as implicações da eventual transformação desse projeto em lei.

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Nota Legislativa: PL 4330/2004 – Terceirização

– Relação dos Destaques Aprovados

Assim, o primeiro ponto a esclarecer é que o projeto, ao mesmo tempo em que regulamenta a terceirização e garante alguns direitos aos empregados contratados sob essa modalidade, estende a possibilidade de terceirização para toda a empresa.

Isto significa que para proteger 26,8% da força de trabalho, o projeto torna vulneráveis as atuais garantias asseguradas aos outros 73,2%, que são contratados diretamente pela empresa original. Ou seja, a maioria com relação direta de emprego poderá ser terceirizada ou mesmo pejotizada, substituindo sua condição de empregado pela de prestador de serviços, sem qualquer garantia trabalhista ou previdenciária decorrente da contratação de sua empresa individual. Este é ponto central da discussão. Se o projeto se limitasse a regulamentar terceirização na atividade-meio da empresa, como prevê o Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, garantindo, como de fato passou a garantir, direitos que os atuais terceirizados não têm, seria muito bem-vindo. Mas vai além e nivela por baixo, ao colocar em risco a proteção dos trabalhadores que atualmente não estão sujeitos à terceirização nem à pejotização.

Quando se compara o texto original, que era muito primitivo, ao aprovado, constata-se que houve alguns avanços para os atuais terceirizados. Porém, além de insuficientes para equipará-los aos diretamente empregados, autoriza que estes possam ser terceirizados.

Um ponto em que o projeto avançou em relação à proposta original foi a explicitação de que a responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada é solidária e não subsidiária, como previsto em versões anteriores.

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A garantia da aplicação da responsabilidade solidária, entretanto, não ficou clara na hipótese de subcontratação ou de quarteirização, também autorizada no projeto que regulamenta a terceirização. Será outro ponto controverso.

Outro aspecto positivo, mesmo não se estendendo à jornada e ao salário, foi a garantia, quando os serviços terceirizados forem executados nas dependências da contratante ou em local por ela designado, das mesmas condições relativas à alimentação, serviços de transporte, atendimento médico e treinamento, assim como condições sanitárias, de medidas de proteção à saúde e segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.

Ainda como positivo pode-se mencionar a aplicação da quota de trabalhadores com deficiência, que considera para este fim a soma dos empregados contratados e dos terceirizados.

Um aspecto que pareceu avanço, na primeira emenda global aprovada em plenário, sofreu retrocesso nas votações seguintes. Trata-se do dispositivo sobre o enquadramento sindical, segundo o qual quando as empresas contratantes e contratadas pertencessem à mesma “atividade econômica” seus empregados seriam representados pelo mesmo sindicato, observadas as respectivas convenções e acordos coletivos de trabalho.

Entretanto, quando da votação da Emenda Aglutinativa 15, foi substituída a expressão “atividade econômica” por “categoria econômica”, e suprimidas as expressões “observadas as respectivas convenções e acordos coletivos de trabalho”.

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Este será outro ponto controverso, que irá requerer um entendimento a respeito do conceito de categoria econômica. Além da disputa entre sindicatos, para garantir a representação, a contratada irá questionar sua eventual vinculação ao sindicato preponderante ou a outro que não seja o da terceirizada, alegando que sua atividade é a locação e mão-de- obra e não poderá ter o mesmo enquadramento, por exemplo, de uma metalúrgica.

O texto agora será apreciado pelo Senado, onde se espera restringir a abrangência do projeto. Mas, a julgar pelo relator designado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tem fortes relações com o empresariado, dificilmente haverá avanços significativos, mesmo que o presidente da Casa mantenha sua palavra de se empenhar para mudar aspectos que prejudiquem os trabalhadores.

A pressão precisa continuar, inclusive para que a presidente da República, na hipótese de o Congresso não rejeitar ou melhorar o texto, possa valer-se da pressão do movimento sindical para vetar dispositivos nocivos aos trabalhadores e baixar uma medida provisória corrigindo eventuais excessos do texto que for à sanção presidencial.

(*) Jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap.

Anotação sobre os principais destaques aprovados: Emenda Aglutinativa n.º 15 / SD:

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 Reduz de 24 para 12 meses a "quarentena" que o ex-empregado de uma empresa deve cumprir para que possa oferecer serviços à mesma empresa no âmbito de uma contratada de terceirização;

 Determina que, nos contratos de terceirização não sujeitos à retenção na fonte de 11% da fatura – prevista na Lei 8.212/91 para serviços de limpeza ou segurança, por exemplo – ou às alíquotas relativas à desoneração da folha de pagamentos, a contratante será obrigada a reter o equivalente a 20% da folha de salários da contratada, descontando da fatura;

 Reduz o recolhimento antecipado do Imposto de Renda na fonte de 1,5% para 1% para empresas de terceirização dos serviços de limpeza, conservação, segurança e vigilância;

 Mantém o trecho do texto-base que prevê a filiação dos terceirizados ao mesmo sindicato da contratante apenas se ambas as empresas pertencerem à mesma categoria econômica. Entretanto, a emenda retira a necessidade de se observar os respectivos acordos e convenções coletivas de trabalho;

 Torna solidária a responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada.

Emenda Aglutinativa n.º 18 / PSDB:

 Estabelece que os direitos previstos nesta lei serão imediatamente estendidos aos terceirizados da Administração direta e indireta.

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Destaque da Emenda 46 / PTB:

 Não se aplicação da lei para os guardas portuárias vinculadas às administrações porturárias. Destaque da Emenda 65 / PSDB:

 Garantiu a aplicação quotas para trabalhadores deficientes pela empresa contratante em seus contratos de terceirização, considerando o somatório de seus empregados contratados e terceirizados.

Quadro de votação de votação da Emenda Aglutinativa nº 15

 Houve uma redução significativa em comparação a votação do texto-base: 324 favoráveis e 137 contrários e duas abstenções para 230 favoráveis e 203 contrários e quatro abstenções na votação da Emenda Aglutinativa nº 15;

 Votaram, em peso, a favor do novo texto, PSDB, PMDB, PP e DEM, PSC, PSD, PTB, PV e SD. Os tucanos, que durante a semana ameaçaram tirar o apoio ao projeto, foram “convencidos” pelos empresários a manter posição original.

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 Ficaram divididos nove partidos. O PSB apesar de ter orientado o voto contra, se dividiu. Também foi dividida a votação do PPS, PEN, PHS, PR, PRB, PTN, PEN e PHS.

Partido Não % Sim % Total Geral

DEM 4 25,0 12 75,0 16 PCdoB 12 100,0 0 0,0 12 PDT 17 89,5 2 10,5 19 PEN 1 50,0 1 50,0 2 PHS 2 50,0 2 50,0 4 PMDB 13 21,3 48 78,7 61 PMN 2 66,7 1 33,3 3 PP 3 9,7 28 90,3 31 PPS 5 45,5 6 54,5 11

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PR 11 39,3 17 60,7 28 PRB 5 50,0 5 50,0 10 PROS 9 81,8 2 18,2 11 PRP 2 100,0 0 0,0 2 PRTB 1 100,0 0 0,0 1 PSB 16 55,2 13 44,8 29 PSC 4 40,0 6 60,0 10 PSD 6 22,2 21 77,8 27 PSDB 10 23,3 33 76,7 43 PSDC 0 0,0 2 100,0 2 PSOL 5 100,0 0 0,0 5 PT 58 100,0 0 0,0 58

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PTB 8 38,1 13 61,9 21 PTC 2 100,0 0 0,0 2 PTN 2 50,0 2 50,0 4 PV 2 25,0 6 75,0 8 SD 3 23,1 10 76,9 13 Total Geral 203 46,34 230 52,51 433

*Houve quatro abstenção e um art. 17, totalizando 438 votos (85,38%). Quadro em relação os principais destaques:

Tema Destaque Dispositivo que se pretende alterar

Conteúdo do destaque

Situação

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da Subcontratação PT da Emenda 1 – Art. 3 terceirização, pela contratada, de parcela específica da execução do objeto do contrato, somente poderá ocorrer quando se tratar de serviços técnicos especializados e mediante a previsão no contrato original. vedada a terceirização, pela contratada, de parcela especifica da execução do objeto do contrato, caso em que o vínculo empregatício formar-se-á diretamente com a empresa contratada, ressalvada a responsabilidade solidária da empresa contratante.” portanto, rejeitado. Garantia de isonomia de DVS 20 do PSDB da

Inexistente. Inclua-se onde couber artigo com a

Prejudicado pela Mesa, portanto, rejeitado.

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direitos Emenda 22 – Incluir onde couber seguinte redação: Art. Os direitos conquistados pelos empregados diretos da contratante serão imediatamente estendidos aos terceirizados. Responsabilidade Solidária DVS 22 do PCdoB da Emenda 55 – Art. 15 e Destaque DVS 23 do SD da Emenda 7 – Art. 15 Art. 15. A responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada é subsidiária se ela DVS 22 – Art. 15 – A responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada é solidária, sendo a Aprovado a Emenda Aglutinativa nº 15 do SD, garantido a responsabilidade solidária.

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comprovar a efetiva fiscalização de seu cumprimento, nos termos desta lei, e solidária, se não comprovada a fiscalização. empresa contratada obrigada a prestar as informações e apresentar os documentos requeridos pela contratante. DVS 23 – Art. 15. A responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada é solidária, convertendo-se em subsidiária se ela

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comprovar a efetiva fiscalização do

cumprimento dessas obrigações, nos termos desta lei. Proibição da Atividade Fim DVS 6 do PT da Emenda 3 – Art. 2 Art. 2, I – terceirização: a transferência, pela contratante, da execução de parcela de qualquerde suas atividades à

contratada para que esta a realize na forma prevista nesta lei.

Art. 2º Ressalvadas as hipóteses previstas na Lei n. 6.019/1973, é vedada a contratação de serviços terceirizados na atividade-fim da empresa tomadora de serviços. Parágrafo único. Considera-se atividade fim da Prejudicado em função da aprovação da Emenda Aglutinativa nº 15 do SD, portanto, rejeitado.

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empresa tomadora de serviços as funções e tarefas empresariais e laborais que compõem a sua essência, e que definem o seu posicionamento e classificação no contexto empresarial e econômico. Proibição da Pejotização Emenda Aglutinativa 3 do PT § 2° Não podem figurar como

contratada, nos termos do inciso III do caput deste artigo:

I – a pessoa jurídica

Existe somente uma emenda aglutinativa nº 3 do PT sobre o tema. Prejudicado em função da aprovação da Emenda Aglutinativa nº 15 do SD, portanto, rejeitado.

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cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado da contratante; II – a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;

III – a pessoa jurídica cujos titulares, nos últimos 24 meses, tenham prestado

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serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador, sem vínculo empregatício, exceto se referidos titulares ou sócios sejam aposentados. Enquadramento sindical DVS 18 do DEM Supressivo DVS 19 do PT Supressivo Art. 8º. Quando o contrato de terceirização se der entre empresas que pertençam à mesma categoria econômica (Errata do relator que substitui pela expressão DVS 18 do DEM. Supressão deste artigo. DVS 19 do PT. Supressão da expressão “Quando o contrato de terceirização se der Prejudicado em função da aprovação da Emenda Aglutinativa nº 15 do SD. Mantido o texto do artigo 8, o relator no entanto, retirou a observação dos respectivos acordos e

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“Atividade”), os empregados da

contratada envolvidos no contrato serão representados pelo mesmo sindicato que representa os

empregados da contratante, na forma do art. 511 da

Consolidação das Leis do Trabalho,

observadas as respectivas

convenções e acordos coletivos de trabalho.

entre empresas que pertençam à mesma categoria econômica”

convenções coletivas.

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Histórico da votação da regulamentação da terceirização – PL 4330/2004 08/04/2015 – votação do texto base

 Aprovada a subemenda substitutiva global do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), obtendo 324 votos favoráveis, 137 contrários e duas abstenções (veja como votou os parlamentares por Estado e/ou Partido).

14/04/2015 – votação de destaques Proibição da aplicação para a administração indireta

 Aprovada destaque da bancada do PSDB para suprimir a expressão da “administração indireta”, com 360 votos favoráveis, 47 contrários e quatro abstenções (veja como votou os parlamentares por Estado e/ou Partido).

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Ampliação da terceirização, responsabilidade solidária etc.

 Emenda Aglutinativa 15, objeto de destaque da bancada do SD, que amplia a terceirização para associações, sociedades, fundações e empresas individuais; Aplica-se subsidiariamente ao contrato entre a contratante e a contratada o disposto no Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002; reduz o prazo de quarentena de 24 para 12 meses (pejotização); inclui a responsabilidade solidária etc., tendo 230 votos favoráveis, 203 contrário e quatro abstenções (veja como votou os parlamentares por Estado e/ou Partido);

Estende para a administração direta e indireta

 Emenda Aglutinativa 18, objeto de destaque da bancada do PSDB, que prevê que “os direitos previstos nesta lei serão imediatamente estendidos aos terceirizados da Administração direta e indireta”, tendo 257 votos favoráveis, 38 contrário e 33 abstenções (veja como votou os parlamentares por Estado e/ou Partido);

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 Emenda 46, objeto de destaque da bancada do PTB, para votação da expressão “As guardas portuárias vinculadas às administrações porturárias”, em votação simbólica, sem registro nominal de votação;

Inclui o trabalhador deficiente

 Emenda 65, objeto de destaque da bancada do PSDB, para garantir o cumprimento das “quotas para trabalhadores deficientes pela empresa contratante em seus contratos de terceirização, considerando o somatório de seus empregados contratados e terceirizados”, em votação simbólica, sem registro nominal de votação.

Quadro comparativo com os destaques aprovados

Subemenda Substitutiva Global –

Aprovada em 08/04/15 Destaques aprovados em 22/04/15 Anotações / Comentários

Art. 1° Esta Lei regula os contratos de terceirização e as relações de trabalho dele decorrentes.

-

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empresas privadas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e a suas subsidiárias e controladas, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

através da Emenda Aglutinativa nº 18 a seguinte expressão aonde couber: “os direitos previstos nesta lei serão

imediatamente estendidos aos

terceirizados da Administração direta e indireta”.

§ 2º A disposição desta lei não se aplica aos contratos de terceirização no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

-

§ 3° Aplica-se subsidiariamente ao contrato entre a contratante e a contratada o disposto no Código Civil, instituído pela Lei n° 1.046, de 10 de janeiro de 2002.

§ 3º Aplica-se subsidiariamente, no que couber, ao contrato de terceirização entre a contratante e a contratada o disposto no Código Civil instituído pelo Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002”.

Art. 2° Para os fins desta lei,

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I - terceirização: a transferência, pela contratante, da execução de parcela de qualquer de suas atividades à contratada para que esta a realize na forma prevista nesta lei;

-II - contratante: a pessoa jurídica que celebra contrato de prestação de serviços determinados, específicos e relacionados à parcela de qualquer de suas atividades, com empresa especializada na prestação dos serviços contratados, nos locais determinados no contrato ou em seus aditivos; e

-III - contratada: a empresa especializada, que presta serviços determinados e específicos, relacionados à parcela de qualquer atividade da contratante, e que possui qualificação técnica para a prestação

III- contratada: as associações, sociedades, fundações e empresas individuais, que sejam especializadas e que prestem serviços determinados e específicos relacionados a parcela de qualquer atividade da contratante e que

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do serviço contratado e capacidade econômica compatível com a sua execução.

possuam qualificação técnica para a prestação do serviço contratado e capacidade econômica compatível com sua execução.

§ 1° Podem figurar como contratante, nos termos do inciso II do caput deste artigo, o produtor rural, pessoa física, e o profissional liberal no exercício da sua profissão.

-

§ 2° Não podem figurar como contratada, nos termos do inciso III do caput deste artigo:

-

I - a pessoa jurídica cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado da contratante;

-

II - a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e

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habitualidade;

III - a pessoa jurídica cujos titulares, nos últimos 24 meses, tenham prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador, sem vínculo empregatício, exceto se referidos titulares ou sócios sejam aposentados.

III- a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios nos últimos 12 (doze) meses tenham prestado à contratante na qualidade de emprego ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se referidos titulares ou sócio sem aposentados

§ 3° A contratada deverá ter objeto social único, compatível com o serviço contratado, sendo permitido mais de um objeto quando este se referir a atividades que recaiam na mesma área de especialização.

-

§ 4° Deve constar expressamente do contrato social da contratada a atividade exercida, em conformidade com o art. 511 da Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de

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maio de 1943.

§ 5° A qualificação técnica da contratada para a prestação do serviço contratado deverá ser demonstrada mediante:

-

I - a comprovação de aptidão para o desempenho de atividade pertinente e compatível com o objeto do contrato;

-

II - a indicação das instalações, dos equipamentos e do pessoal adequado e disponível para a realização do serviço;

-

III — a indicação da qualificação dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos, quando for o caso.

-

§ 6° Tratando-se de atividade para a qual a lei exija qualificação específica, a contratada deverá comprovar possuir

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o registro de empresa e a anotação dos profissionais legalmente habilitados, nos termos da Lei n°6.839, de 30 de outubro de 1980.

Art. 3° A contratada é responsável pelo planejamento e pela execução dos serviços, nos termos previstos no contrato com a contratante.

-

§ 1° A contratada contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus empregados.

-

§ 2° A terceirização, pela contratada, de parcela específica da execução do objeto do contrato, somente poderá ocorrer quando se tratar de serviços técnicos especializados e mediante a previsão no contrato original.

§2° A terceirização ou subcontratação, pela contratada, de parcela específica da execução do objeto do contrato, somente poderá ocorrer quando se tratar de serviços técnicos especializados e mediante previsão no contrato original.

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refere o § 2° deste artigo deverá ser comunicada aos sindicatos dos trabalhadores das respectivas categorias profissionais.

Art. 4° É lícito o contrato de terceirização relacionado a parcela de qualquer atividade da contratante que obedeça aos requisitos previstos nesta lei, não se formando vínculo de emprego entre a contratante e os empregados da contratada, exceto se configurados os requisitos dos arts. 2° e 3° da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943.

Art. 4° É ilícito o contrato de terceirização relacionado a parcela de qualquer atividade de contratante que obedeça aos requisitos previstos nesta lei, não se configurando vínculo de emprego entre a contratante e os empregados da contratada, exceto se verificados os requisitos dos arts. 2° e 3° da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n° 5.452, de 1°de maio de 1943.

§ 1° Configurados os elementos da relação de emprego entre a contratante e o empregado da contratada, a contratante ficará sujeita

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a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias.

§ 2° A exceção prevista no caput deste artigo, no que se refere à formação de vínculo empregatício, não se aplica quando a contratante for empresa pública ou sociedade de economia mista, bem como suas subsidiárias e controladas, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

-

§ 3° É vedada a intermediação de mão de obra, salvo as exceções previstas em legislação específica.

Art. 5° Além das cláusulas inerentes a qualquer contrato, deve constar do contrato de terceirização:

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prestado; prestado e do objeto social da

contratada II - o local e o prazo para realização do

serviço, quando for o caso;

- III - a exigência de prestação de garantia, pela contratada, em valor correspondente a quatro por cento do valor do contrato, limitada a cinquenta por cento do valor equivalente a um mês de faturamento do contrato em que ela será prestada;

-

IV - a obrigatoriedade de fiscalização, pela contratante, do cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato, na forma do art. 15 desta lei;

-

V - a possibilidade de interrupção do pagamento dos serviços contratados, por parte da contratante, se for constatado o inadimplemento das

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obrigações trabalhistas e previdenciárias pela contratada; e VI - a possibilidade de retenção, em conta específica, das verbas necessárias ao adimplemento das obrigações referidas no art. 15 desta lei.

-

§ 1°. Para contratos nos quais o valor de mão de obra seja igual ou superior a cinquenta por cento do total, a garantia a que se refere o inciso III do caput deste artigo será correspondente a quatro por cento do valor do contrato, limitada a cento e trinta por cento do valor equivalente a um mês de faturamento do contrato em que ela será prestada.

-

§ 2°. Para o atendimento da exigência de prestação de garantia, a que se refere o inciso III do caput deste artigo,

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cabe à contratada optar por uma das seguintes modalidades:

I - caução em dinheiro; -

II - seguro-garantia; -

III - fiança bancária. - § 3º É nula de pleno direito a cláusula que proíba ou imponha condição à contratação, pela contratante, de empregado da contratada.

-

Art. 6º. Na celebração do contrato de terceirização de que trata esta lei, a contratada deve apresentar:

-

I - contrato social atualizado, com capital social integralizado, considerado, pela empresa contratante, compatível com a execução do serviço;

-

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Pessoa Jurídica — CNPJ; e

III - registro na Junta Comercial. - Art. 7º. A contratante deverá informar ao sindicato da correspondente categoria profissional o setor ou setores envolvidos no contrato de prestação de serviços terceirizados, no prazo de 10 dias a contar da celebração do contrato.

-

Parágrafo único. Quando figurar como contratante ente da administração pública mencionado no § 1º do art. 1º desta lei, a comunicação de que trata este artigo deverá ser feita na forma prevista na legislação do respectivo ente controlador.

-

Art. 8º. Quando o contrato de terceirização se der entre empresas que pertençam à mesma categoria

Art.8° Quando o contrato de prestação de serviços especializados a terceiros se der entre empresas que pertençam à

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econômica, os empregados da contratada envolvidos no contrato serão representados pelo mesmo sindicato que representa os empregados da contratante, na forma do art. 511 da Consolidação das Leis do Trabalho, observadas as respectivas convenções e acordos coletivos de trabalho.

mesma categoria econômica, os empregados da contratada envolvidos no contrato serão representados pelo mesmo sindicato que representa os empregados da contratante, na forma do art. 511 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943.

Art. 9º. Os contratos relativos a serviços continuados podem prever que os valores provisionados para o pagamento de obrigações de natureza trabalhista e previdenciária dos trabalhadores que tenham sua atividade integralmente voltada para a execução do serviço contratado sejam depositados, pela contratante, em conta vinculada aberta no nome da contratada e em face do contrato, que

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somente poderá ser movimentada por ordem da contratante.

Parágrafo único. Entende-se por serviços continuados, para os fins deste artigo, aqueles cuja necessidade de contratação estenda-se por mais de um exercício financeiro e continuamente.

Parágrafo único. Entende-se por serviços continuados, para os fins deste artigo, aqueles cuja necessidades de contratação estenda-se por mais de um exercício financeiro e com continuidade. Art. 10. Para fins de liberação da

garantia de que trata o inciso III do art. 5° desta lei, a contratada deverá comprovar à contratante a quitação das obrigações previdenciárias e das trabalhistas relativas aos empregados da contratada que tenham participado da execução dos serviços contratados.

-

§ 1° A garantia terá validade por 90 dias após o encerramento do contrato, para fins de quitação de obrigações

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trabalhistas e previdenciárias.

§ 2° Para contratos nos quais o valor de mão de obra seja igual ou superior a 50% do total, a garantia terá validade de 90 dias após o encerramento do contrato.

-

Art. 11. É vedada à contratante a utilização dos empregados da contratada em atividades distintas daquelas que são objeto do contrato.

Art. 11. É vedada à contratante a utilização dos empregados da contratada em atividades diferentes daquelas que são objeto do contrato. Art. 12. São asseguradas aos

empregados da contratada, quando e enquanto os serviços forem executados nas dependências da contratante ou em local por ela designado as mesmas condições:

-

I - relativas a: -

a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando

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oferecida em refeitórios;

b) direito de utilizar os serviços de

transporte; -

c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado;

-

d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade exigir;

-

II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.

-

Parágrafo único. Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a vinte por cento dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados

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da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.

- Art. XX Quotas para trabalhadores

deficientes pela empresa contratante em seus contratos de terceirização, considerando o somatório de seus empregados contratados e terceirizados.

Art. 13. A contratante deverá garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos empregados da contratada, enquanto estes estiverem a seu serviço em suas dependências ou em local por ela designado.

-

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comunicar à contratada e ao sindicato representativo da categoria profissional do trabalhador a ocorrência de todo acidente em suas dependências ou em local por ela designado, quando a vítima for trabalhador que participe direta ou indiretamente da execução do serviço objeto do contrato.

comunicar à contratada e ao sindicato representativo da categoria profissional do trabalhador todo acidente ocorrido em suas dependências ou em local por ela designado, quando a vítima for trabalhador que participe direta ou indiretamente da execução do serviço objeto contrato.

Art. 14. Na hipótese de contratação sucessiva para a prestação dos mesmos serviços terceirizados, com admissão de empregados da antiga contratada, a nova contratada deve assegurar a manutenção do salário e demais direitos previstos no contrato anterior.

-

§ 1º Para os empregados de que trata este artigo, o período concessivo das férias deve coincidir com os últimos

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seis meses do período aquisitivo, não se aplicando o caput do art. 134 da Consolidação das Leis do Trabalho. § 2º Havendo a rescisão do contrato de trabalho antes de completado o período aquisitivo, a compensação devida será feita no momento da quitação das verbas rescisórias, observado o disposto no art. 477, § 5º, da Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 2° Havendo a rescisão do contrato de trabalho antes de completado o período aquisitivo das férias, a compensação devida será no momento da quitação das verbas rescisórias, observando o disposto no art. 477, § 5°, da Consolidação das Leis do Trabalho. § 3º É vedada a redução do percentual

da multa prevista no art. 18, § 1º, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, na rescisão contratual dos empregados de que trata este artigo.

-

Art. 15. A responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada é subsidiária se ela comprovar a efetiva fiscalização de

Art. 15. A responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada é solidária em relação às obrigações previstas nos incisos I a

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seu cumprimento, nos termos desta lei, e solidária, se não comprovada a fiscalização.

VI do art. 16 desta lei.

Parágrafo único. Na hipótese de subcontratação de parcela específica da execução dos serviços objeto do contrato, na forma do § 2° do art. 3° desta lei, aplica-se o disposto no caput deste artigo cumulativamente à contratante no contrato principal e àquela que subcontratou os serviços.

-Art. 16. Entende-se por fiscalização, para os efeitos do art. 15 desta lei, a exigência mensal, pela contratante, da comprovação do cumprimento das seguintes obrigações trabalhistas e previdenciárias, em relação aos empregados da contratada que efetivamente participarem da execução dos serviços terceirizados,

Art. 16. A contratante deve exigir mensalmente da contratada a comprovação do cumprimento das seguintes obrigações relacionadas aos empregados desta, que efetivamente participem da execução dos serviços terceirizados, durante o período e nos limites da execução dos serviços contratados:

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durante o período e nos limites da execução dos serviços contratados: I — pagamento de salários, adicionais, horas extras, repouso semanal remunerado e décimo terceiro salário; II — concessão de férias remuneradas e pagamento do respectivo adicional; - III — concessão do vale-transporte, quando for devido;

- IV — depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

- V — pagamento de obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados dispensados até a data da extinção do contrato de terceirização;

-

VI — recolhimento de obrigações

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§ 1° Caso não seja comprovado o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias a que se refere o caput deste artigo, a contratante comunicará o fato à contratada e reterá o pagamento da fatura mensal, em valor proporcional ao inadimplemento, até que a situação seja regularizada.

-

§ 2° Na hipótese prevista no § 1° deste artigo, a contratante deve efetuar diretamente o pagamento dos salários, os recolhimentos fiscais e previdenciários e o depósito do FGTS.

-§ 3° Os valores depositados na conta de que trata o art. 8° desta lei poderão ser utilizados pela contratante para o pagamento direto das verbas de natureza trabalhista e previdenciária.

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§ 4° O sindicato representante da categoria do trabalhador deve ser notificado pela contratante para acompanhar o pagamento das verbas referidas nos §§ 2° e 3° deste artigo.

-

§ 5° Os pagamentos previstos nos §§ 2° e 3° deste artigo não configuram vínculo empregatício entre a contratante e os empregados da contratada.

-

Art. 17. Continuam aplicáveis as retenções na fonte previstas no art. 31 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, nos arts 7° e 8° da Lei n° 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

Art. 17. Ficam mantidas as retenções na fonte previstas no art. 31 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, e nos art 7° e 8° da Lei n° 12.546, de dezembro de 2011.

- § 1° Nos contratos de terceirização não

abarcados pela legislação prevista no caput deste artigo, fica a contratante obrigada a reter o equivalente a 20% (vinte por cento) da folha de salários da

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contratada, que, para tanto, deverá informar até o quinto dia útil do mês o montante total de sua folha de salários referente ao serviço prestado à contratada no mês anterior.

§2° A contratante deverá recolher, em nome da empresa contratada, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

§3° O valor retido de que tratam o caput e o §1° deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa contratada, por ocasião do recolhimento

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das contribuições destinadas à Seguridade Social.

§4° Na impossibilidade de haver compensação integral no mês da retenção, o saldo remanescente poderá de objeto de compensação nos meses subsequentes ou de pedido de restituição”.

§5° Na ausência de retenção ou retenção a menor do que o valor devido, ficará a contratante solidariamente responsável pelo pagamento integral da contribuição previdenciária devida pela contratada sobre a folha de salários dos empregados envolvidos na execução do contrato.

Art. 18. A empresa contratante de serviços executados nos termos desta lei deverá reter, sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de

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serviço, a título de:

I - imposto de renda na fonte, a alíquota de 1,5%, ou alíquota menor prevista na legislação tributária;

I – imposto de renda na fonte, a alíquota de 1,5% (um e meio por cento), ou a alíquota menor prevista no art. 55 da Lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988 II - Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido, a alíquota de 1%; - III - contribuição para o PIS/PASEP, a alíquota de 0,65%; e

- IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, a alíquota de 3%.

-

§ 1° As alíquotas de 0,65% e 3% aplicam-se inclusive na hipótese de a prestadora do serviço enquadrar-se no regime de não-cumulatividade na cobrança de contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

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§ 2° No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção, na forma da legislação específica, de uma ou mais das contribuições de que trata este artigo, a retenção dar-se-á mediante a aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção.

-

§ 3° Os valores retidos no mês, deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional pela pessoa jurídica que efetuar a retenção ou, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente àquele mês em que tiver ocorrido o pagamento ou crédito à pessoa jurídica prestadora do serviço.

-

§ 4° Os valores retidos na forma do caput deste artigo serão considerados -

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como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação ao imposto de renda e às respectivas contribuições. § 5° Na impossibilidade de haver compensação integral, no mês, pela contratada, o saldo poderá ser compensado com os recolhimentos dos tributos nos meses subsequentes ou ser objeto de pedido de restituição.

-

Art. 19. A retenção de má-fé do pagamento devido pela contratante à contratada caracteriza-se como apropriação indébita, na forma do art. 168 do Código Penal, aprovado pelo Decreto-lei n° 2.878, de 7 de dezembro de 1940.

-

Art. 20. As exigências de especialização e de objeto social único, previstas no art. 2° desta lei,

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não se aplicam às atividades de prestação de serviços realizadas por correspondentes contratados por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, nos termos da regulamentação do Conselho Monetário Nacional, enquanto não for editada lei específica acerca da matéria.

Art. 21. O disposto nesta lei não se aplica à relação de trabalho doméstico. -

- Parágrafo Único. As guardas portuários

vinculadas as administrações portuárias.

Art. 22. O descumprimento do disposto nesta lei sujeita a empresa infratora às seguintes penalidades administrativas, salvo se já houver previsão legal de multa específica para a infração

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– Relação dos Destaques Aprovados

verificada:

I - Por violação aos arts. 11, 12, 13, 14, e 16, §§ 1°, 2° e 4°, multa administrativa correspondente ao valor mínimo para inscrição na dívida ativa da União, por trabalhador prejudicado;

-

II - Por violação aos demais dispositivos, multa administrativa correspondente ao valor mínimo para inscrição na dívida ativa da União.

-

Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição de multas reger-se-ão pelo Título VII da CLT, sem prejuízo da aplicação da legislação tributária por parte dos órgãos fazendários.

-

Art. 23. Para fins do enquadramento ao disposto nesta lei, no que se refere à garantia de direitos dos

Art. 23. Para fins do enquadramento ao disposto nesta lei, no que se refere à garantia de direitos dos trabalhadores,

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– Relação dos Destaques Aprovados

trabalhadores, contratante e contratada devem adequar o contrato existente no prazo de 180 dias a partir da sua publicação.

contratantes e contratada devem adequar o contrato vigente no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias a partir da sua publicação.

Parágrafo único. A contratante e a contratada não poderão prorrogar contratos em vigor que não atendam ao disposto nesta lei.

-

Art. 24. A contratante poderá se creditar da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social — COFINS, até o limite da retenção ocorrida nos termos dos incisos III e IV do art. 18 desta lei, calculados sobre o valor pago à empresa contratada pela execução de atividades terceirizadas que se enquadrem nas hipóteses de crédito previstas no art. 3° da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

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– Relação dos Destaques Aprovados

Parágrafo único. A apuração de créditos sobre dispêndios decorrentes das atividades não tratadas nesta lei permanecem regidas pela legislação aplicável à contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS.

-

Art. 25. A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto nos arts. 17 e 18.

Art. 25. A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto nos arts. 17, 18 e 24.

Art. 26. Esta lei entra em vigor na data

Referências

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