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Adail Pereira dos Santos Neto

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Academic year: 2021

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1 DIREITO À CIDADE: O (NÃO) PLANEJAMENTO DA MOBILIDADE URBANA

DOS MORADORES DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA

RIGHT TO THE CITY: THE (NO) URBAN MOBILITY PLANNING OF THE RESIDENTS OF THE MINHA CASA MINHA VIDA PROGRAM

Adail Pereira dos Santos Neto

Resumo

A mobilidade urbana é a facilidade dos deslocamentos de pessoas e bens na cidade, com o objetivo de desenvolver atividades socioeconômicas no perímetro urbano das cidades, aglomerações urbanas e regiões metropolitana. O direito à cidade deve ser incluído no planejamento, discussões, fóruns e congressos mundiais, com isto, nada mais é plausível trazer isso ao Brasil e gerar este planejamento. HENRI LEFEBVRE (1968) resume o direito à cidade como “uma demanda...[por] um acesso renovado e transformado à vida urbana. Com estes conceitos fundados e explícitos, é questionado neste estudo: Como o Programa Minha Casa Minha Vida foi implantado no planejamento das cidades, com o olhar sobre a mobilidade urbana? Podemos partir de estudos bibliográficos que houve um aumento de pessoas se locomovendo dentro das cidades brasileiras, porém com uma demanda muito além do planejado, as infraestruturas das cidades não acompanharam o ritmo do crescimento de pessoas no perímetro urbano. Este estudo tem como objetivo analisar e apresentar dados de algumas cidades que aderiram ao programa minha casa minha vida. Estudar o comportamento do deslocamento dos moradores do PMCMV; apresentar literaturas que estudaram o mesmo tema proposto neste estudo; Este trabalho é uma pesquisa exploratória que visa a prover o pesquisador de maior conhecimento sobre o assunto. Considerando a natureza dos problemas apresentados, foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de informações pertinentes encontradas em livros, teses e artigos sobre o tema proposto. Além de definir o campo da pesquisa. É notável que o PMCMV impacta diretamente na mobilidade urbana de uma cidade, pois a inclusão das pessoas na “periferia urbana” acarreta maiores deslocamentos, assim o planejamento da mobilidade e da infraestrutura urbana, deve ser apresentada e estruturada antes da construção do PMCMV. É necessário começar a discussão com essa frase “Na melhor das hipóteses, o programa manteve as famílias de classe baixa na mesma localização relativa que tinham anteriormente”, aponta o estudo conduzido pelo pesquisador Ciro Biderman, professor de Administração Pública e Governo da FGV.

Palavras-chave

Mobilidade Urbana, Direito à Cidade, PMCMV.

Abstract

Urban mobility is the easiness of the displacement of people and goods in the city, with the objective of developing socioeconomic activities in the urban perimeter of cities, urban agglomerations and metropolitan regions. The right to the city must be included in the

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planning, discussions, forums and world congresses, with this, nothing else is plausible to bring this to Brazil and generate this planning. HENRI LEFEBVRE (1968) summarizes the right to the city as “a demand ... [for] renewed and transformed access to urban life. With these well-founded and explicit concepts, it is questioned in this study: How was the Minha Casa Minha Vida Program implemented in city planning, with an eye on urban mobility? We can start from bibliographic studies that there was an increase in people moving within Brazilian cities, but with a demand far beyond what was planned, the infrastructures of cities did not keep pace with the growth of people in the urban perimeter. This study aims to analyze and present data from some cities that have joined the program my house my life. Study the behavior of displacement of residents of the PMCMV; Present literature that studied the same theme proposed in this study; This work is an exploratory research that aims to provide the researcher with greater knowledge on the subject. Considering the nature of the problems presented, a bibliographic survey was carried out based on pertinent information found in books, theses and articles on the proposed theme. In addition to defining the research field. It is notable that the PMCMV has a direct impact on the urban mobility of a city, as the inclusion of people in the “urban periphery” leads to greater displacements, so the planning of mobility and urban infrastructure must be presented and structured before the construction of the PMCMV. It is necessary to start the discussion with this phrase “At best, the program kept the lower class families in the same relative location they had previously”, points out the study conducted by researcher Ciro Biderman, professor of Public Administration and Government at FGV.

Keywords

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3 INTRODUÇÃO

Está intitulado na Constituição Federal, no Art.6º que todos os cidadãos Brasileiros tem os direito socias garantidos, sendo eles: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Com isto temos que o Governo deve assegurar o direito a moradia, lazer e transporte dos cidadãos, sendo estes, que irão ser discutidos neste artigo.

Desde de 2007 o Governo Federal vem avançando e praticando uma política de desenvolvimento urbano e humano com grandes investimentos em infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, o programa Minha Casa Minha Vida – MCMV foi criado em 2009 om o objetivo de tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos. O programa, ligado à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, é dirigido a famílias de renda familiar mensal bruta de até R$ 1.600,00 e estimula o cooperativismo e a participação da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais.

A mobilidade urbana está presente em todas as discussões em planejamento de cidades por todo o mundo, com isto, é necessário este debate na mobilidade de todas as pessoas que se deslocaram por meio de uma cidade. A mobilidade urbana é a facilidade dos deslocamentos de pessoas e bens na cidade, com o objetivo de desenvolver atividades socioeconômicas no perímetro urbano das cidades, aglomerações urbanas e regiões metropolitana.

Com estes conceitos fundados e explícitos, é questionado neste estudo: Como o Programa Minha Casa Minha Vida foi implantado no planejamento das cidades, com o olhar sobre a mobilidade urbana? Podemos partir de estudos bibliográficos que houve um aumento de pessoas se locomovendo dentro das cidades brasileiras, porem com uma demanda muito além do planejado, as infraestruturas das cidades não acompanharam o ritmo do crescimento de pessoas no perímetro urbano.

Este estudo tem como objetivo analisar e apresentar alguns dados das cidades que aderiram ao programa minha casa minha vida, tendo como os seguintes objetivos específicos:

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• Apresentar literaturas que estudaram o mesmo tema proposto neste estudo; • Verificar se o direito ao transporte intitulado na Constituição Brasileira está sendo aplicado;

Este trabalho é uma pesquisa exploratória que visa a prover o pesquisador de maior conhecimento sobre o assunto. Considerando a natureza dos problemas apresentados, foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de informações pertinentes encontradas em livros, teses e artigos sobre o tema proposto. Além de definir o campo da pesquisa.

Este estudo tem como justificativa ser um tema social e político, pois é pouco explorado dentro do âmbito público-social e público-político, apontando a politica de simplesmente promover a moradia não é necessária para o desenvolvimento humano e urbano, mas sim a promoção de vários itens em conjunto que garante este desenvolvimento e inclusão destes indivíduos na sociedade.

O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NA MOBILIDADE URBANA

Na última década, as políticas urbanas e de habitação passaram por uma série de transformações, num cenário econômico de massivos investimentos, tanto públicos quanto privados, na produção habitacional (AKAISHI, 2011; DENALDI, 2012).

Para a implantação de empreendimentos no âmbito do PNH – que é a modalidade do programa “Minha Casa Minha Vida” para a área urbana –, devem ser observados quatro requisitos:

a localização do terreno na malha urbana ou em área de expansão que atenda aos requisitos estabelecidos pelo Poder Executivo federal, observado o respectivo plano diretor, quando existente; a adequação ambiental do projeto; a infraestrutura básica que inclua vias de acesso, iluminação pública e solução de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais e permita ligações domiciliares de abastecimento de água e energia elétrica, e, por fim, a existência ou compromisso do poder público local de instalação ou de ampliação dos equipamentos e serviços relacionados a educação, saúde, lazer e transporte público (BRASIL, 2009).

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5 Para o Instituto Escolhas (2019) o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) cometeu erros de concepção desde que foi implantado, em 2009, levando para longe dos centros urbanos as populações mais carentes – público-alvo do programa. Utilizando dados consolidados que vão até o fim de 2016, a pesquisa realizada pelo Centro de Política e Economia do Setor Público da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que essa distância é o maior efeito negativo do MCMV, resultando em dificuldades para os moradores, desde acesso à infraestrutura básica até problemas com oportunidades de emprego e deslocamento ao trabalho.

SOUZA e SUGAI (2018) apresenta que é imprescindível incluir no debate de mobilidade urbana a distribuição das camadas sociais no espaço urbano e a desigualdade de investimentos em determinadas porções das cidades, o que influencia diretamente o preço da terra e, consequentemente, o exercício do direito à cidade. Isso porque, mais do que as infraestruturas em si, o elemento que acrescenta qualidade e valorização a um terreno urbano é justamente sua localização, entendida como a proximidade de facilidades da vida urbana – através da acessibilidade aos espaços de lazer, trabalho, serviços públicos –, produzidas por investimentos sucessivos em sistema viário, aberturas de ruas, estradas, transporte público. Ainda em seu estudo, SOUZA e SUGAI (2018) diz que os empreendimentos do PMCMV, têm sido construídos nas áreas mais periféricas, sobretudo nos municípios de Palhoça e São José, amplificando o processo de periferização e tornando-se agente imprescindível dessa dispersão urbana, uma vez que contam com o aval e o apoio do poder público, sobretudo através da dotação de infraestruturas. Isto dificulta o acesso dos moradores a comércio e serviços cotidianos.

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Mapa 1 – Empreendimentos do MCMV na RMSP de acordo com as faixas sobre os dados de rendimento médio domiciliar

Fonte: ROLNIK 2014

Mapa 5 Empreendimentos de Faixa 1 na Região Metropolitana de São Paulo sobre dados de renda média domiciliar (IBGE 2010)

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7 Fonte: ROLNIK 2014

Mapa 1 Empreendimentos na Região Metropolitana de São Paulo segundo as faixas do Programa MCMV Fonte: ROLNIK 2014

DIREITO À CIDADE

A cidade, nas palavras do sociólogo Robert Park, é “a tentativa mais bem-sucedida do homem de reconstruir o mundo em que vive o mais próximo do seu desejo. Mas, se a cidade é o mundo que o homem criou, doravante ela é o mundo onde ele está condenado a viver. Assim, indiretamente, e sem qualquer percepção clara da natureza da sua tarefa, ao construir a cidade o homem reconstruiu a si mesmo. (1967: 3)

PEQUENO e ROSA (2015) discute que, no que se refere ao direito à cidade, impedido quando não se tem a garantia do acesso às infraestruturas e aos serviços urbanos. HARVEY (2008) informa que como o processo urbano é o principal canal de utilização do excedente, estabelecer uma administração democrática sobre sua organização constitui o direito à cidade. Progressivamente vemos o direito à cidade cair em mãos privadas ou em interesses quase privados.

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MOTA (2006) discute sobre o direito á cidade sobre á ótica do Estatuto das Cidades:

O surgimento do Estatuto e do Ministério das Cidades é certamente o resultado de uma longa luta que visou não apenas o direito à moradia. A bandeira daqueles envolvidos no movimento pela reforma urbana foi e ainda é o direito à cidade, entendido como direito fundamental. Nesse caso, tal como o acesso à saúde e à educação, ele se torna tema dos operadores do direito, os quais vêm sendo crescentemente chamados a tratar das mais diversas questões referentes ao espaço urbano, notadamente aquelas referentes à posse de terras urbanas, a partir da ótica do Direito Social e não mais do Direito Civil. Como se vê, a cidade já não é mais objeto apenas de urbanistas. Profissionais envolvidos com o Direito são hoje peças-chave na promoção da reforma urbana, especialmente quando se trata de pôr em prática os instrumentos surgidos com o Estatuto da Cidade. Assim, o Direito da Cidade sugere um campo de reflexão importante e ainda pouco explorado por todos os que se dedicam prática e teoricamente à esfera do saber jurídico. Com isso parece concordar Ronaldo L. Coutinho, que, no artigo de abertura do primeiro número da Revista de Direito da Cidade, afirma ser necessário examinar o modo pelo qual as demandas do mundo urbano foram direcionadas ao campo jurídico, bem como discriminar as tarefas impostas à reflexão dos juristas. (p. 3)

DISCUSSÃO E RESULTADOS

É necessário começar a discussão com essa frase “Na melhor das hipóteses, o programa manteve as famílias de classe baixa na mesma localização relativa que tinham anteriormente”, aponta o estudo conduzido pelo pesquisador Ciro Biderman, professor de Administração Pública e Governo da FGV.

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9 A inserção de pessoas dentro de um perímetro urbano consegue atrair e realizar a distribuição de viagens dentro de todas as cidades. Porem para essa inserção é necessário um planejamento de como esse deslocamento destes indivíduos será ser feito. Como foi dito pelo CIRO e pelas pesquisas realizadas para este estudo, o (não)planejamento das cidades é feita com uma segregação visual e socioeconômica, sendo que as periferias são compostas por pessoas de baixa renda, e os centros urbanos e bairros que compõe uma maior infraestrutura é composto por pessoas com alta renda.

O MCMV impactou diretamente no (não)planejamento das cidades e na mobilidade urbana, pois houve um crescimento discrepante de inclusão de pessoas comparado ao crescimento de infraestruturas para comportar a mobilidade destas pessoas.

Atualmente temos deslocamentos de todos os tipos, sendo pelos transportes motorizados e não-motorizados, também temos de todos os tipos de distancias. Estes prejudicam o usufruto do Direito à cidade dos cidadãos brasileiros, além do direito ao lazer e ao transporte.

O planejamento do transporte publico coletivo demora a chegar nos bairros provenientes do MCMV, devidos estes, serem afastados do centro urbano, além de, quando há um planejamento de roteirização dos transportes até estes bairros, não há uma roteirização com horários que beneficiam os moradores dos bairros.

Assim, é conclusivo que ao realizar a inserção do MCMV nas cidades brasileiras, muitas não apresentam um planejamento das pessoas a usufruir à cidade, e também ao seu direito que é usufruir ao lazer. Também, pode-se notar, que o deslocamento das pessoas ao centro urbano é mais demorado e possuem maior distância do que pessoas que moram em bairros com melhor infraestruturas.

REFERÊNCIAS

AKAISHI, A. G. Desafios do planejamento urbano-habitacional em pequenos municípios brasileiros. Revista Risco, v. 14, n. 2, p. 41-50, 2011.

BRASIL. Lei n. 11.977, de 7 de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei n. 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis n.. 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257,

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de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória n.. 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Brasília, 7 jul. 2009.

DENALDI, R. Política habitacional e urbana: avanços e impasses.

HARVEY, David. O direito à cidade. Lutas sociais, n. 29, p. 73-89, 2012.

MOTA, Mauricio Jorge Pereira da (editor). (2006), A Revista de Direito da Cidade da Faculdade de Direito da UERJ, v. 1, n. 1, 220p., maio. Rio de Janeiro: Editora Harbra PARK, Robert (1967). On Social Control and Collective Behavior. Chicago.

PEQUENO, Luis Renato Bezerra; ROSA, Sara Vieira. ST 7 INSERÇÃO URBANA E SEGREGAÇÃO ESPACIAL: ANÁLISE DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA

VIDA EM FORTALEZA. Anais ENANPUR, v. 16, n. 1, 2015.

SOARES, Isabelle Oliveira et al. Interesses especulativos, atuação do Estado e direito à cidade: o caso do programa" Minha Casa Minha Vida" em Uberaba (MG). URBE. Revista Brasileira de Gestao Urbana, v. 5, n. 1, p. 119-131, 2013.

SOUZA, Eduardo Leite; SUGAI, Maria Inês. Minha Casa Minha Vida: periferização, segregação e mobilidade intraurbana na área conurbada de Florianópolis. Cadernos Metrópole, v. 20, n. 41, p. 75-98, 2018.

TRINDADE, Thiago Aparecido. Direitos e cidadania: reflexões sobre o direito à cidade. Lua nova, n. 87, p. 139-165, 2012.

Referências

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