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Janeiro Especial Tax News Flash - OE 2013 Medidas que fazem diferença

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Especial Tax News Flash - OE 2013

Medidas que fazem diferença

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Índice

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Singulares (IRS) 5

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas (IRC) 9

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 11

Imposto do Selo 13

Impostos Especiais de Consumo 14

Imposto sobre Veículos 15

Imposto Único de Circulação 16

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) 17

Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas

de Imóveis (IMT) 18

Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) 19

Segurança Social 21

Lei Geral Tributária 22

Código de Procedimento e de Processo Tributário 23

Regime Geral das Infracções Tributárias 24

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Foi publicada a Lei nº 66-B/2012, 31 de Dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para 2013.

Passamos a identificar as principais medidas de natureza fiscal previstas na referida Lei.

Lei do Orçamento do Estado

para 2013

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Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Singulares (IRS)

São reduzidos os limites legais das ajudas de custo no estrangeiro para os seguintes valores:

Categoria B – Rendimentos empresariais e profissionais

É alterado o coeficiente para efeitos de determinação do rendimento tributável dos sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado de tributação.

Assim, embora para os casos de vendas de mercadorias não se verifique qualquer alteração, os restantes rendimentos passam a ser tributados em 75% do seu valor, ao invés dos actuais 70%.

Até 30 de Janeiro de 2013, os contribuintes

enquadrados no regime simplificado podem optar pelo regime da contabilidade organizada.

Categoria F – Rendimentos prediais É introduzida a possibilidade de dedução, aos

rendimentos brutos auferidos, do montante de Imposto do Selo que incida sobre o valor dos prédios.

É estabelecido que a dedução específica da categoria F se aplica, tanto nas situações em que os contribuintes são tributados à nova taxa especial de 28%, quanto quando optem pelo englobamento.

Categoria A – Rendimentos do trabalho dependente

Deputados ao Parlamento Europeu

As remunerações auferidas na qualidade de deputado ao Parlamento Europeu passam a estar sujeitas a IRS como rendimentos do trabalho dependente, sendo estes deputados considerados como residentes, para efeitos fiscais, em Portugal.

Formação profissional

As despesas de formação profissional deixam de ser consideradas para efeitos de majoração da dedução específica.

Subsídio de refeição

O limite não sujeito do subsídio de refeição em numerário é reduzido para o valor atribuído aos funcionários públicos (€ 4,27 / dia).

Ajudas de custo

Alteram-se as condições de abono de ajudas de custo, só sendo possível a sua atribuição nos casos em que se verifiquem deslocações diárias para além de 20 km do domicílio necessário (actualmente, 5 km) ou nas deslocações por dias sucessivos para além de 50 km do mesmo domicílio (actualmente, 20 km).

Ajudas de custo no estrangeiro Membros de orgãos estatutários 100,24 € Colaboradores 89,35 €

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Taxas e escalões

É reduzido o número de escalões de IRS de 8 para 5 e, ainda, diminuído o valor de rendimento colectável do último escalão de € 153.300 para € 80.000.

Por outro lado, a taxa marginal mínima aumenta de 11,5% para 14,5%, enquanto que a taxa marginal máxima aumenta de 46,5% para 48%, conforme tabela infra:

A taxa adicional de solidariedade passa a ser progressiva, mantendo-se a taxa de 2,5% para os rendimentos colectáveis entre € 80.000 e € 250.000, sendo, no entanto, introduzida uma taxa de 5% para os rendimentos superiores a € 250.000.

Sobretaxa

É introduzida uma sobretaxa de 3,5%, em moldes similares à que foi aplicada no ano de 2011. A sobretaxa de 3,5%, à semelhança do ano de 2011, abrange todos os contribuintes, residentes fiscais em Portugal, e incidirá sobre a importância que exceda o valor anual da retribuição mínima mensal garantida (€ 6.790 por sujeito passivo, em 2012), em resultado da soma dos seguintes rendimentos:

• Rendimentos colectáveis que sejam englobados (rendimentos do trabalho dependente, rendimentos empresariais e profissionais, mais-valias da venda de imóveis, outros incrementos patrimoniais e pensões); • Gratificações não atribuídas pela entidade patronal,

acréscimos patrimoniais não justificados e rendimentos de capitais pagos por entidades sedeadas em paraísos ficais sem intermediação de agente pagador.

Enquanto no ano de 2011, a obrigação de retenção na fonte da sobretaxa incidiu somente sobre o subsídio de Natal, a obrigação de retenção constitui-se agora no momento em que os rendimentos são devidos nos termos da lei, são pagos ou colocados à disposição. Assim, as entidades devedoras dos rendimentos de trabalho dependente e de pensões ficam, ainda, obrigadas a reter uma importância correspondente a 3,5% da parte do valor de rendimento que, depois de deduzidas as retenções na fonte e contribuições obrigatórias para regimes de protecção social e subsistemas legais de saúde, exceda o valor da retribuição mínima mensal garantida.

Adicionalmente, é efectuada uma recomendação para que o Código do Trabalho seja alterado, no sentido de as empresas poderem passar a pagar mensalmente 50% do subsídio de férias e de Natal, de modo a mitigar o impacto financeiro associado ao pagamento da sobretaxa. Taxas progressivas 2013 De mais De mais De mais 7.000 20.000 40.000 até até até até 7.000 20.000 40.000 80.000 80.000 14,50% 28,50% 37,00% 45,00% 48,00%

Escalões Taxa Parcela 0 980 2.680 5.880 8.280 Superior a a abater

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Taxas liberatórias e especiais

É aumentada de 26,5% para 28% a taxa liberatória aplicável sobre os rendimentos obtidos em território português, designadamente:

• Juros de depósitos, juros e outras formas de remuneração de suprimentos;

• Rendimentos de títulos de dívida, de operações de reporte e de cessões de crédito;

• Dividendos;

• Resultado da partilha (Categoria E) e rendimentos derivados da amortização de partes sociais sem redução de capital;

• Rendimentos derivados do resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida”; • Rendimentos de capitais auferidos por não residentes

quando não tributados a taxa diferente.

Relativamente às entidades não residentes verificam-se as seguintes alterações:

• Aumento da taxa, de 26,5% para 28%, sobre os rendimentos de valores mobiliários de fonte portuguesa;

• Aumento da taxa liberatória, de 21,5% para 25%, sobre os rendimentos do trabalho dependente, rendimentos empresariais e profissionais, e pensões; • Aumento da taxa especial, de 25% para 28%, para as

mais-valias de imóveis.

Por outro lado, verifica-se o aumento da taxa especial, de 26,5% para 28%, sobre o saldo positivo das mais-valias mobiliárias, tanto para residentes quanto não residentes.

Adicionalmente, é introduzida uma taxa especial de 28% para os rendimentos prediais auferidos por sujeitos passivos residentes (existindo a possibilidade de optar pelo englobamento). Tratando-se de sujeitos passivos de IRS não residentes, a taxa especial aumenta de 16,5% para 28%.

Retenções na fonte

O limite da taxa de retenção na fonte mensal aplicável aos rendimentos do trabalho dependente e pensões (quando superior à que resulte da aplicação das tabelas mensais de retenção na fonte) aumenta de 40% para 45%.

Por outro lado, é aumentada a taxa de retenção, de 16,5% para 25%, incidente sobre os rendimentos prediais (Categoria F).

Finalmente, verifica-se o aumento da taxa de retenção, de 21,5% para 25%, sobre os rendimentos de actividades profissionais especificamente previstas na tabela de actividades.

Deduções à colecta

Os limites máximos introduzidos no ano de 2012, a partir do 3º escalão, às deduções à colecta relativas a despesas de saúde, despesas de educação e formação, pensões de alimentos, encargos com lares e encargos com imóveis, passam a ser aplicáveis a partir do 2º escalão, nos seguintes termos:

• 2.º escalão - € 1.250; • 3.º escalão - € 1.000; • 4.º escalão - € 500; • 5.º escalão - € 0.

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No que respeita às deduções pessoais por sujeito passivo, estas são reduzidas em 10 pontos percentuais face ao ano de 2012, a saber:

• Redução de € 261,25 para € 213,75 por sujeito passivo;

• Redução de € 380 para € 332,50 por sujeito passivo nas famílias monoparentais.

Contrariamente, verifica-se o aumento das deduções pessoais relativas a dependentes ou afilhados civis que não sejam sujeitos passivos do imposto:

• De € 190 para € 213,75 por cada dependente ou afilhado, em agregados com menos de três filhos; • De € 190 para € 237,50, por cada dependente ou

afilhado, em agregados com três ou mais filhos. É reduzido o limite dedutível de encargos com imóveis referentes a juros de dívidas ou prestações devidas a cooperativas de habitação ou rendas por contratos de locação financeira celebrados até 31 de Dezembro de 2011, de € 591 para € 296. É, igualmente, reduzido, de € 591 para € 502, o limite dedutível das rendas referentes a contratos celebrados ao abrigo do RAU ou NRAU.

A majoração do limite de dedução dos encargos com imóveis é eliminada a partir do 3º escalão. O primeiro escalão tem direito a uma majoração de 50% e o segundo de 20%.

São, igualmente, introduzidos limites, a partir do 2.º escalão de rendimentos, aos montantes globais dos benefícios fiscais, a saber:

• 2.º escalão - € 100; • 3.º escalão - € 80; • 4.º escalão - € 60; • 5.º escalão - € 0.

Regime de tributação dos deficientes

É novamente prorrogada para o ano de 2013 a exclusão de tributação, em sede de IRS, de 10% do rendimento bruto de cada uma das categorias A, B e H, auferido por sujeitos passivos com deficiência. No entanto, a parte do rendimento excluída de tributação não poderá exceder, por cada categoria de rendimentos, o montante de € 2.500.

Residentes não habituais

São clarificadas as condições para a eliminação da dupla tributação internacional sobre rendimentos de fonte estrangeira auferidos por sujeitos passivos registados como residentes não habituais.

A norma não reveste carácter interpretativo, pelo que se mantém a incerteza acerca da interpretação da Administração Tributária para rendimentos obtidos em anos anteriores.

Obrigações declarativas

Alargam-se as obrigações de comunicação de rendimentos, por parte da entidade devedora,

relativamente aos seguintes rendimentos, ainda que não sujeitos a IRS:

• Prémios literários, artísticos ou científicos;

• Subsídios para manutenção e cobertura de despesas extraordinárias de educação e saúde (pagos por Centros Regionais de Segurança Social, Santa Casa da Misericórdia ou Instituições Particulares de Solidariedade Social);

• Bolsas e prémios atribuídos aos praticantes de alto rendimento desportivo;

• Bolsas de formação desportiva.

A obrigação de entrega da declaração Modelo 30 (pagamento a não residentes) é ainda obrigatória até ao final do segundo mês seguinte àquele em que ocorre o vencimento, ainda que presumido, a liquidação ou apuramento do respectivo quantitativo.

Finalmente, a entrega da declaração de comunicação dos rendimentos do trabalho dependente passa a ser devida até ao dia 10 do mês seguinte ao do pagamento ou colocação à disposição dos correspondentes rendimentos.

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Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Colectivas (IRC)

Limitação à dedutibilidade de gastos de financiamento

São eliminadas as regras de subcapitalização e, simultaneamente, introduzidas as seguintes normas específicas de limitação à dedução fiscal de gastos de financiamento, aplicáveis a todos os sujeitos passivos de IRC, com excepção das entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de Portugal, das sucursais em Portugal de instituições de crédito e outras instituições financeiras e das empresas de seguros com sede em outro Estado-membro da União Europeia:

• Os gastos de financiamento líquidos são dedutíveis até à concorrência do maior dos seguintes limites: (i) € 3 milhões, ou

(ii) 30% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos (EBITDA -

earnings before interest, taxes, depreciation and amortization).

Sempre que o período de tributação tenha duração inferior a um ano, o limite referido em (i) supra é determinado proporcionalmente ao número de meses desse período de tributação.

Adicionalmente, nos períodos de tributação iniciados entre 2013 e 2017, o limite referido em (ii) supra é de 70% em 2013, 60% em 2014, 50% em 2015, 40% em 2016 e 30% em 2017.

• Os gastos de financiamento líquidos não dedutíveis podem ainda ser considerados na determinação do lucro tributável de 1 ou mais dos 5 períodos de tributação posteriores, conjuntamente com os gastos financeiros desse mesmo período, observando-se as limitações anteriormente mencionadas.

• Sempre que o montante dos gastos de financiamento líquidos deduzidos seja inferior a 30% do EBITDA, a parte não utilizada desse limite (“folga”) acresce ao valor máximo dedutível em cada 1 dos 5 períodos de tributação posteriores, até à sua integral utilização. • No caso de aplicação do regime especial de tributação

do grupo de sociedades (RETGS), os limites e regras acima expostas são aplicáveis individualmente, a cada uma das sociedades do grupo.

São, neste âmbito, considerados gastos de financiamento líquidos as importâncias devidas ou associadas à remuneração de capitais alheios, designadamente juros de descobertos bancários e de empréstimos obtidos a curto e longo prazo, juros de obrigações e outros títulos assimilados, amortizações de descontos ou de prémios relacionados com empréstimos obtidos, amortizações de custos acessórios incorridos em ligação com a obtenção de empréstimos, encargos financeiros relativos a locações financeiras, bem como as diferenças de câmbio provenientes de empréstimos em moeda estrangeira, deduzidas dos rendimentos de idêntica natureza.

Taxas - Rendimentos de entidades não residentes Passam a ser tributados à taxa de 25%, ao invés de 15%, os seguintes rendimentos auferidos por entidades não residentes e sem estabelecimento estável em Portugal:

• Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial, da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico, bem como da assistência técnica;

• Os derivados do uso ou da concessão do uso de equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico;

• As comissões por intermediação na celebração de quaisquer contratos e rendimentos de prestação de serviços realizados ou utilizados em território nacional (com excepção dos relativos a transportes, comunicações e actividades financeiras);

• Os rendimentos prediais. Derrama estadual

O limite a partir do qual passa a ser aplicável a taxa de 5% corresponde a € 7.500.000 (actualmente tal limite é de € 10.000.000).

Assim, sempre que o lucro tributável for superior a € 7.500.000, a aplicação das taxas é efectuada, como até aqui, de forma escalonada, sendo que o valor de € 6.000.000 (€ 7.500.000 - € 1.500.000) é tributado à taxa de 3% e o remanescente (superior a € 7.500.000) à taxa de 5%.

As regras relativas aos pagamentos adicionais por conta são alteradas em conformidade, considerando-se o novo limite de € 7.500.000.

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Entidades gestoras de sistemas multimunicipais de abastecimento de água, saneamento ou resíduos urbanos

No âmbito da transição para o SNC (Sistema de Normalização Contabilística), é estabelecido, com carácter interpretativo, um regime específico para as entidades gestoras de sistemas multimunicipais de abastecimento de água, saneamento ou resíduos urbanos, que beneficiaram da dedutibilidade fiscal das amortizações do investimento contratual não realizado até à data da transição relevante para efeitos fiscais. Nestes casos, o prazo de diferimento da relevância fiscal dos efeitos nos capitais próprios, decorrentes da adopção do SNC, corresponde aos períodos de tributação remanescentes do contrato de concessão, ao invés dos cinco períodos previstos como regra geral.

Autorização legislativa – Transferência de residência e cessação de actividade de não residentes

O Governo fica autorizado a introduzir alterações ao regime referente à transferência de residência de uma sociedade para o estrangeiro e à cessação de actividade de entidades não residentes, em conformidade com o Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, de 6 de Setembro de 2012, proferido no processo n.º C-38/10, no qual tal Tribunal condenou Portugal por tributar mais-valias não realizadas na deslocalização de sociedades residentes em Portugal para outros Estados-membros da União Europeia.

O sentido e a extensão da legislação a ser aprovada pelo Governo são, entre outros, definir um regime fiscal de pagamento do imposto devido (imediato, em fracções anuais ou diferido para o momento em que ocorra a extinção, transmissão ou desafectação da actividade) e proceder à respectiva articulação com o regime especial aplicável às fusões, cisões, entradas de activos e permutas de partes sociais.

As taxas acima referidas aplicam-se aos lucros tributáveis referentes ao período de tributação que se inicie em ou após 1 de Janeiro de 2013.

Pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta

Os pagamentos por conta dos sujeitos passivos que tenham atingido um volume de negócios no período de tributação anterior inferior a € 500.000 passam a corresponder a 80%, ao invés de 70%, da colecta de IRC desse período de tributação, deduzida das retenções na fonte efectuadas por terceiros.

Relativamente aos sujeitos passivos com um volume de negócios superior a € 500.000, os pagamentos por conta passam a corresponder a 95%, ao invés de 90%, do montante acima mencionado.

A limitação aos pagamentos por conta passa a ser unicamente possível relativamente à terceira entrega. No que diz respeito aos pagamentos especiais por conta a serem efectuados por entidades tributadas ao abrigo do RETGS é estabelecido que, no âmbito da respectiva determinação, efectuada numa base individual relativamente a cada uma das sociedades, deve ser considerado, como montante a deduzir, o valor dos pagamentos por conta que seria devido se este regime não fosse aplicável, resultante da declaração periódica de rendimentos de cada uma das sociedades do grupo, incluindo a da dominante.

Despesas com equipamentos e software de facturação electrónica

As desvalorizações excepcionais decorrentes do abate, em 2013, de programas e equipamentos informáticos de facturação que sejam substituídos por programas de facturação electrónica, são consideradas perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis, sendo, neste âmbito, dispensada a obtenção da respectiva aceitação por parte da Autoridade Tributária.

Por outro lado, as despesas com a aquisição de programas e equipamentos informáticos de facturação electrónica, adquiridos em 2013, podem ser

consideradas como gasto fiscal no período de tributação em que sejam suportadas.

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Imposto sobre o Valor Acrescentado

(IVA)

Actividades de produção agrícola

É revogada, a partir de Abril de 2013, a isenção relativa a operações relacionadas com actividades de produção agrícola, prevista no n.º 33 do artigo 9.º do Código. Deixam assim de estar abrangidos pelo regime de isenção de IVA os operadores dos sectores agrícola e pecuário (que não tenham, portanto, optado pela tributação), passando, assim, a respectiva actividade a ser tributada à taxa reduzida. No entanto, o pequeno agricultor (com actividade/volume de vendas inferior a € 10.000/ano) pode continuar integrado no regime de isenção, tal como sucede noutros sectores de actividade. Passa, deste modo, a haver um maior controlo do sector pelas autoridades tributárias, devendo os operadores cumprir um conjunto de obrigações adicionais (nomeadamente de facturação), o que não afectará necessariamente a margem obtida (devido à eventual possibilidade de repercussão do imposto aos clientes e à admissibilidade de recuperação do IVA incorrido nas aquisições).

Direitos de autor

Volta a ser aplicável a isenção na transmissão do direito de autor e autorização para utilização de obra intelectual quando o autor for pessoa colectiva. Transmissões gratuitas

É alargado, às situações de entregas ao Estado

(actualmente aplicável a ONG e a IPSS) e às transmissões gratuitas de livros efectuadas ao departamento governamental na área da educação, o âmbito da isenção aplicável às transmissões gratuitas de bens para posterior distribuição a pessoas carenciadas.

Dedução de IVA autoliquidado

Nos casos em que a obrigação de liquidação do imposto compete ao adquirente, apenas confere direito à dedução o imposto que for autoliquidado por este, ou seja, fica claro que, caso haja IVA liquidado na factura emitida pelo fornecedor (por exemplo, em serviços de construção civil), este imposto não é dedutível.

Combustíveis

Passa a ser possível a dedução da totalidade do IVA incorrido na aquisição de gasóleo, GPL, gás natural ou biocombustíveis que sejam utilizados por máquinas matriculadas.

Regime do ouro para investimento Verifica-se um alargamento do âmbito da

obrigatoriedade de os sujeitos passivos possuírem um registo com a identificação de cada cliente com quem realizem operações, passando o limiar mínimo para € 3.000.

Créditos incobráveis

No âmbito de processos de insolvência, a dedução de IVA, respeitante a créditos incobráveis, só pode ocorrer quando a mesma for decretada de carácter limitado ou após a homologação da deliberação da assembleia de credores de apreciação do relatório do administrador de insolvência.

Estabelece-se ainda a possibilidade de dedução, nos casos de processo especial de revitalização, após homologação do plano de recuperação pelo juiz, e, nos termos previstos no Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE), após celebração do respectivo acordo.

Passa a ser obrigatória a certificação por revisor oficial de contas quanto à verificação dos requisitos legais para a dedução do imposto respeitante a créditos considerados incobráveis, em processos de execução, de insolvência, especial de revitalização e nos termos previstos no Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE).

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As comunicações dos documentos de transporte, nos casos em que o destinatário dos bens não é conhecido na altura de saída dos bens e nas situações em que existe alteração ao local de destino (ocorridas durante o transporte) ou não aceitação imediata e total dos bens transportados, passam a ser feitas apenas por inserção no Portal das Finanças, até ao 5º dia útil seguinte ao do transporte, deixando de ser necessário efectuar tal comunicação através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito.

Procede-se ainda à previsão de um regime transitório, no âmbito do regime de bens em circulação, segundo o qual os sujeitos passivos poderão continuar a utilizar, até 31 de Dezembro de 2013, os documentos de transporte impressos de acordo com as regras actualmente em vigor, sem prejuízo da obrigação de comunicação. Regime do IVA no sector imobiliário

É alargado, de 2 para 3 anos, o período relevante para regularização de imposto quando o imóvel não seja efectivamente utilizado em fins da empresa. Comunicação dos elementos das facturas

O prazo limite para comunicação à Autoridade Tributária dos elementos das facturas (inicialmente previsto para o dia 8 do mês seguinte ao da emissão da factura) passa a ser o dia 25 daquele mês.

Autorizações legislativas

É concedida autorização ao Governo para:

• Aplicar o regime de inversão do sujeito passivo nas transmissões de matérias-primas dos sectores agrícola e silvícola, após obtenção de autorização comunitária; • Introduzir um regime simplificado e facultativo de

contabilidade de caixa (liquidação e dedução do IVA quando se verifique o pagamento das facturas) aplicável às pequenas empresas (volume de negócios anual até € 500.000).

Contudo, relativamente aos créditos vencidos após a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2013, estabelece-se a possibilidade de recuperar IVA de créditos de cobrança duvidosa, dispensando a via judicial, dentro de determinadas condições.

Assim, neste âmbito, são alterados os procedimentos a observar pelos sujeitos passivos para efeitos de recuperação do IVA em créditos ainda não pagos, tornando o processo mais simples (por exemplo, nos créditos de cobrança duvidosa em mora há mais de 2 anos). No entanto, em alguns casos deve ser solicitada autorização prévia à Administração Tributária, por via electrónica, no prazo de 6 meses a contar da data em que os créditos se consideraram de cobrança duvidosa. Verifica-se a inadmissibilidade de se recuperar IVA de créditos de cobrança duvidosa, designadamente nas situações de existência de relações especiais entre o sujeito passivo e o adquirente ou quanto a créditos sobre determinadas entidades públicas.

Os sujeitos passivos perdem o direito à dedução do imposto respeitante a créditos de

cobrança duvidosa ou incobráveis sempre

que ocorra a transmissão da titularidade desses créditos. Regime de bens em circulação

Dispõe-se que as alterações efectuadas ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de Julho, referente aos bens em circulação, pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de Agosto, apenas entram em vigor em 1 de Maio de 2013.

Procede-se ainda à simplificação de vários aspectos relacionados com o regime de bens em circulação. Assim, e por exemplo, nos casos em que a factura serve também de documento de transporte e seja emitida por sistemas informáticos, fica dispensada a comunicação do documento de transporte, bastando a circulação dos bens ser acompanhada da factura. Por outro lado, os transportadores ficam dispensados de se fazer acompanhar do documento de transporte sempre que disponham de código fornecido pela Autoridade Tributária (na sequência de comunicação efectuada do documento de transporte).

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Prémios provenientes dos jogos sociais do Estado Os prémios provenientes dos jogos sociais do Estado (Euromilhões, Lotaria Nacional, Lotaria Instantânea, Totobola, Totogolo, Totoloto e Joker), passam a ser tributados, em sede de Imposto do Selo, à taxa de 20% sobre a parcela do prémio que exceder € 5.000 (a qual acumula com a taxa de 4,5% sobre o valor da aposta). No caso de prémios cujo pagamento seja efectuado de forma fraccionada, a obrigação tributária considera- -se constituída no momento de cada pagamento, por referência à parte proporcional do total do imposto devido.

Autorização legislativa – transacções financeiras de valores mobiliários

O Governo fica autorizado a criar um imposto sobre a generalidade das transacções financeiras que tenham lugar em mercado secundário.

O sentido e a extensão das alterações a serem introduzidas ao Código do Imposto do Selo são, entre outras, a definição de regras (i) de incidência, (ii) de exclusões objectivas de tributação e de isenções subjectivas, bem como (iii) de cálculo do valor tributável e de exigibilidade.

Serão ainda definidas as taxas máximas do imposto, de forma a serem respeitados os seguintes valores máximos:

• Até 0,3%, no caso da generalidade das operações sujeitas a imposto;

• Até 0,1%, no caso das operações de elevada frequência;

• Até 0,3%, no caso de transacções sobre instrumentos derivados.

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Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos

O gás natural usado como combustível passa a estar sujeito ao imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, a uma taxa de € 0,30 / gigajoule. Para este efeito são estabelecidas regras específicas, nomeadamente quanto à incidência subjectiva, ao facto gerador do imposto e à necessidade de registo junto da estância aduaneira competente.

No que respeita às taxas aplicáveis à electricidade, verificam-se aumentos para € 1/MWh (limite mínimo, actualmente o valor é de € 0,5 /MWh) e para € 1,1/ MWh (limite máximo, que actualmente se cifra em € 1). O gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos (código 2711) passam a estar isentos de imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos.

A contribuição de serviço rodoviário aumenta cerca de 1,3% (de € 65,47 para € 66,32 /1000 litros, no caso da gasolina e de € 87,98 para € 89,12 /1000 litros, no caso do gasóleo rodoviário).

Imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas As taxas do imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas são, em média, actualizadas em cerca de 1,3%, com excepção das bebidas espirituosas, em que se estabelece um aumento de 7,5%.

Por razões de interesse económico, devidamente justificadas, e mediante autorização prévia das estâncias aduaneiras competentes, a circulação de produtos entre as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e o Continente, e vice-versa, bem como entre as Regiões Autónomas, pode ser efectuada fora do regime de suspensão de imposto, aplicando-se nesse caso as regras estabelecidas para a circulação de produtos já introduzidos no consumo.

Impostos Especiais de Consumo

Imposto sobre o tabaco

A taxa do elemento específico aplicável aos cigarros aumenta 1,3% (de € 78,37 para € 79,39).

O elemento ad valorem dos charutos e das cigarrilhas aumenta de 15% para 20%.

Relativamente ao tabaco de corte fino destinado a cigarros de enrolar e aos restantes tabacos de fumar, é alterada a forma de cálculo do imposto, i.e., para além do elemento ad valorem actualmente existente é introduzido um elemento específico de € 0,065/g. Por outro lado, verifica-se um ajustamento do elemento ad

valorem para 20%.

É aumentado em 20% o valor mínimo do imposto aplicável ao tabaco de corte fino destinado a cigarros de enrolar e aos restantes tabacos de fumar (passa de € 0,075/g para € 0,09/g).

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Imposto sobre Veículos

Passam a estar excluídos da incidência do imposto os automóveis ligeiros de mercadorias de caixa fechada que não apresentem cabine integrada na carroçaria, desde que tenham peso bruto de 3.500 kg, sem tracção às quatro rodas.

É aumentada a taxa reduzida, de 15% para 30%, aplicável às autocaravanas, do imposto resultante da aplicação da tabela B.

Para efeitos do reembolso de imposto nas situações de expedição e exportação dos veículos, passa a ser necessário apresentar, para além dos documentos actualmente exigidos, a factura de aquisição do veículo no território nacional e, quando estiverem em causa fins comerciais, a respectiva factura de venda.

É eliminada a isenção de imposto aplicável aos parlamentares europeus que tenham permanecido, pelo menos 12 meses no exercício efectivo de funções, e que venham a estabelecer ou restabelecer residência em território nacional.

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Imposto Único de Circulação

As taxas do imposto único de circulação são, genericamente, actualizadas em cerca de 1,3%, com excepção dos seguintes veículos em que o aumento é de aproximadamente 10%:

(i) Automóveis ligeiros de passageiros e de utilização mista a gasolina, com matrícula anterior a 1 de Julho de 2007 e com mais de 2.600 centímetros cúbicos; (ii) Automóveis de passageiros e de utilização mista com

matrícula posterior à referida data, com mais de 2.500 centímetros cúbicos (escalão de cilindrada) e mais de 180 gramas de CO2 por quilómetro; (iii) Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos

matriculados com mais de 750 centímetros cúbicos; (iv) Embarcações de recreio e aeronaves de uso

(17)

Actualização das matrizes

Deixa de ser obrigatória a apresentação de declaração (Modelo 1 do IMI) de actualização da matriz predial, nos casos de mudança de proprietário por transmissão onerosa ou gratuita do respectivo imóvel.

Prazo de pagamento

O pagamento do IMI passa a ser efectuado, em duas prestações iguais, nos meses de Abril e de Novembro, quando o respectivo valor seja superior a € 250 e igual ou inferior a € 500, e, em três prestações, nos meses de Abril, Julho e Novembro, quando superior aos € 500.

Imposto Municipal sobre Imóveis

(IMI)

(18)

18

Fundos de investimento imobiliário (FII) fechados de subscrição particular

Ao conjunto dos factos geradores de IMT são expressamente adicionados os seguintes:

• A transmissão de imóveis para os participantes como reembolso em espécie de unidades de participação decorrente da liquidação de FII fechados de subscrição particular;

• A transmissão de bens imóveis por fusão de FII fechados de subscrição particular.

No caso da transmissão de bens imóveis por fusão de FII fechados de subscrição particular, o valor tributável corresponderá ao valor patrimonial tributário de todos os imóveis dos FII objecto de fusão, ou ao valor por que esses bens entrarem para o activo dos fundos, se for superior.

Imposto Municipal sobre as

Transmissões Onerosas de Imóveis

(IMT)

(19)

Estatutos dos Benefícios Fiscais

(EBF)

Fundos de investimento mobiliário e fundos de investimento imobiliário

A diferença positiva entre as mais e as menos-valias obtidas em cada ano por fundos de investimento mobiliário e por fundos de investimento imobiliário (neste último caso, que não respeitem a mais-valias prediais) passa a ser tributada em IRC, à taxa de 25%, ao invés de 21,5%.

Adicionalmente, os rendimentos prediais líquidos, que não sejam relativos à habitação social sujeita a regimes legais de custos controlados, obtidos por fundos de investimento imobiliário, passam a ser tributados autonomamente à taxa de 25% (ao invés de 20%). É revogada a exclusão de tributação, em sede de IRC, aplicável ao saldo positivo das mais e menos-valias resultantes da alienação de acções detidas por mais de 12 meses, de obrigações e de outros títulos de dívida, quando obtido por fundos de investimento abertos ou fechados de subscrição pública.

Deste modo, as mais-valias dos títulos em questão passam a ser objecto de tributação, em IRC, na esfera dos fundos de investimento abertos ou fechados de subscrição pública, à taxa de 25%.

Isenção de IMI sobre prédios de reduzido valor patrimonial de sujeitos passivos de baixos rendimentos

À isenção que é reconhecida anualmente pelo chefe de finanças da área da situação dos respectivos prédios, mediante requerimento devidamente fundamentado, são especificados os seguintes aspectos:

• Os rendimentos do agregado familiar que determinam a elegibilidade para a isenção são os do ano anterior àquele a que respeita a isenção, devendo os mesmos ser aferidos individualmente sempre que, no ano do pedido da isenção, o sujeito passivo já não integre o referido agregado familiar;

• O requerimento deverá ser apresentado pelos sujeitos passivos até 30 de Junho do ano para o qual se requer a isenção, ou no prazo de 60 dias, mas nunca depois de 31 de Dezembro desse ano, a contar da data da aquisição dos prédios ou da data da verificação dos respectivos pressupostos, caso estes sejam posteriores a 30 de Junho.

Pequenos investidores - IRS

É revogada a isenção aplicável em sede de IRS, relativamente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias resultantes da alienação de acções, de obrigações e de outros títulos de dívida, obtido por residentes em território português, concedida até ao valor anual de € 500.

Outros benefícios fiscais - IRS

Propriedade intelectual

A importância a excluir de englobamento, relativa a rendimentos provenientes da propriedade intelectual, é reduzida de € 20.000 para € 10.000.

Exigência de factura

O prazo para o apuramento, pela Autoridade Tributária, com base nas facturas que lhe forem comunicadas, do valor do incentivo de natureza fiscal criado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de Agosto (que se traduz numa dedução à colecta de IRS de 5% do IVA pago por particulares na aquisição de determinados serviços, com o limite de € 250), passa para o dia 15 de Fevereiro do ano seguinte ao da emissão das facturas. Consequentemente, o prazo para a disponibilização, pela Autoridade Tributária, no Portal das Finanças, do montante do incentivo passa para o final do mês de Fevereiro do ano seguinte ao da emissão das facturas. RFAI 2009

É prorrogada a vigência do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI), até 31 de Dezembro de 2013. Incentivos à aquisição de empresas em situação económica difícil

É alargado o âmbito de aplicação do regime excepcional de dedução de prejuízos fiscais, previsto no Decreto-Lei n.º14/98, de 28 de Janeiro, para os contratos de consolidação financeira e reestruturação empresarial, aos processos aprovados no contexto do Sistema de Incentivos à Revitalização e Modernização do Tecido Empresarial (SIRME).

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20

Incentivos à reabilitação urbana

É alargada aos fundos de investimento imobiliário constituídos no ano de 2013 a aplicação do regime extraordinário de apoio à reabilitação urbana (que prevê um conjunto de benefícios fiscais em sede de IRC, IRS, IMT e IMI no contexto de imóveis sujeitos a acções de reabilitação), desde que cumpridas por tais fundos as demais condições estabelecidas nesse regime. Prédios situados nas áreas de localização empresarial

São prorrogadas para 2013 as isenções de IMT e de IMI aplicáveis às aquisições e detenções de imóveis situados nas áreas de localização empresarial.

Autorizações legislativas

EBF e código fiscal do investimento (CFI)

É concedida ao Governo autorização para legislar no sentido de introduzir medidas de incentivo à economia, mediante alteração ao regime das sociedades de capital de risco e investidores de capital de risco, aos benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual e ao CFI, das quais destacamos:

• Inserção do RFAI no CFI;

• Alargamento da aplicação do regime dos benefícios fiscais contratuais a projectos de montante igual ou superior a € 3.000.000;

• Criação de uma dedução até à concorrência da colecta de IRS ou IRC, que poderá ascender a 20% das entradas de capital efectuadas nos primeiros três exercícios de actividade de empresas recém constituídas, no máximo, até € 10.000.

• Revisão do âmbito de aplicação do artigo 92.º do Código do IRC, de modo a excluir as deduções à colecta aí previstas.

SIFIDE II e CFI

É concedida ao Governo autorização para legislar no sentido de:

• Inserir o SIFIDE II no CFI; • Rever o benefício fiscal;

• Limitar as despesas com o pessoal elegíveis; • Introduzir uma majoração para micro, pequenas e

médias empresas. Zona Franca da Madeira

Adicionalmente, é concedida ao Governo autorização para proceder a alterações aos benefícios fiscais concedidos a entidades licenciadas

(21)

Congelamento do IAS e pensões

Durante o ano de 2013 será novamente suspenso o regime de actualização do IAS, mantendo-se em vigor o valor de € 419,22.

É congelado o valor nominal das pensões, com excepção das pensões mínimas do regime geral e de alguns regimes especiais.

Membros de órgãos estatutários

Os membros de órgãos estatutários que exerçam funções de gerência ou de administração passam a ter direito à protecção na eventualidade de desemprego. A taxa contributiva relativa aos administradores e gerentes das sociedades passa para 34,75%, sendo, respectivamente, de 23,75% e de 11% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. Trabalhadores independentes

Passam a estar obrigatoriamente abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes os titulares de estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada (EIRL), bem como os respectivos cônjuges que com eles exerçam efectiva actividade profissional com carácter de regularidade e de permanência.

Os trabalhadores independentes que sejam empresários em nome individual ou titulares de EIRL e respectivos cônjuges têm direito à protecção na eventualidade de desemprego.

É fixada em 34,75% a taxa contributiva a cargo dos empresários em nome individual e dos titulares de EIRL. Passa de 28,3% para 33,3% a taxa contributiva a cargo dos produtores agrícolas e respectivos cônjuges cujos rendimentos provenham única e exclusivamente do exercício da actividade agrícola.

Trabalhadores que exercem funções públicas A taxa contributiva relativa a trabalhadores que exercem funções públicas passa de 33,33% para 34,75%, sendo, respectivamente, de 23,75% e de 11% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. A taxa contributiva relativa a trabalhadores que exercem as funções públicas abrangidas pelo artigo 10.º e n.º 4 do artigo 88.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, passa de 28,2% para 29,6%, sendo, respectivamente, de 18,6% e de 11% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores.

Contribuição sobre prestações de doença e de desemprego

As prestações sociais concedidas no âmbito das eventualidades de doença e desemprego passam a estar sujeitas às seguintes taxas:

• 5% sobre o montante dos subsídios concedidos no âmbito da eventualidade de doença;

• 6% sobre o montante dos subsídios de natureza previdencial concedidos no âmbito da eventualidade de desemprego.

Só não é aplicável esta última taxa à majoração de 10% introduzida para o subsídio de desemprego de que beneficiam os desempregados com filhos menores a cargo, nos termos e condições definidos.

(22)

22

Lei Geral Tributária

Caixa postal electrónica

Passa a estar estabelecido que, os sujeitos passivos de IRC, com sede ou direcção efectiva em território português, e os estabelecimentos estáveis e outras entidades não residentes, bem como os enquadrados no regime normal de IVA, que são obrigados a possuir caixa postal electrónica, devem comunicá-la à Administração Tributária no prazo de 30 dias a contar da data de início de actividade ou do início do enquadramento no regime normal de IVA.

Adicionalmente, os sujeitos passivos que, em 31 de Dezembro de 2012, preencham os requisitos acima referidos, devem concluir o processo de criação da caixa postal electrónica e comunicá-la à Administração Tributária até 31 de Janeiro de 2013.

Prazo de exercício do direito de audição É fixado em 15 dias o prazo para o exercício do direito de audição, podendo ser alargado até 25 dias, em função da complexidade da respectiva matéria, ao invés dos actuais entre 8 e 15 dias.

Prazo de validade da dispensa de prestação de garantia

A isenção de prestação de garantia, nos casos em que a dívida tributária se encontra a ser paga em prestações, é válida por todo o período de cumprimento do respectivo plano prestacional.

Prazo de caducidade

O prazo de caducidade do direito à liquidação de 12 anos passa também a abranger as contas de depósitos ou de títulos abertas em sucursais localizadas fora da União Europeia de instituições financeiras residentes, cuja existência não seja mencionada na declaração de rendimentos dos respectivos sujeitos passivos de IRS.

Prazo de prescrição

O prazo de prescrição é, igualmente, suspenso desde a instauração de inquérito criminal até ao arquivamento ou trânsito em julgado da sentença.

Informação relativa a operações financeiras Passa a estar igualmente obrigada a reporte, na declaração de rendimentos dos sujeitos passivos de IRS, a existência de contas de depósitos ou títulos abertos em sucursais localizadas fora do território português de instituições financeiras residentes de que sejam titulares, beneficiários ou que estejam autorizados a movimentar. Define-se ainda como beneficiário o sujeito passivo que controle, independentemente da forma jurídica, directa ou indirectamente, os direitos sobre os elementos patrimoniais depositados em tais contas.

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Código de Procedimento e de

Processo Tributário

Certidões emitidas pela Autoridade Tributária Passa a estar estabelecido que as certidões emitidas pelas autoridades tributárias têm um prazo de validade de 1 ano, passível de prorrogação por sucessivos períodos de 1 ano, sem ultrapassar, no entanto, 3 anos. Contrariamente, as certidões comprovativas de situação tributária regularizada têm a validade de 3 meses e não são passíveis de prorrogação.

Prazo para dedução de impugnação judicial É alterado o prazo de dedução de impugnação judicial de 90 dias para 3 meses.

Pagamento em prestações

É aumentado, de 12 para 24, o número de prestações em que pode ser paga a dívida tributária, nos casos excepcionais em que tal haja sido autorizado, resultantes de recursos próprios comunitários e de falta de entrega de imposto retido na fonte ou legalmente repercutido em terceiros.

Garantias

Quando a garantia seja prestada no prazo de 30 dias posteriores à citação o seu valor é o constante da citação.

Citação

As citações enviadas para a caixa postal electrónica consideram-se efectuadas no 25º dia posterior ao seu envio, caso o contribuinte não aceda à mesma em data anterior, sem prejuízo de o citado poder afastar tal presunção quando demonstre que, por facto que não lhe seja imputável, a citação ocorreu em data posterior e nos casos em que comunicou a respectiva alteração. Juros de mora

Nas dívidas cobradas em processo executivo deixam de se contar, para efeitos de cálculo dos juros de mora, os dias de calendário do mês em que se efectuar o pagamento.

(24)

24

Regime Geral das Infracções

Tributárias

Dispensa de aplicação de coima

Às pessoas singulares pode não ser aplicada coima, desde que, nos cinco anos anteriores, não hajam: (i) sido condenadas por decisão transitada em julgado, em processo de contra-ordenação ou crime por infracções tributárias; (ii) beneficiado de pagamento de coima reduzida; ou (iii) beneficiado de dispensa de pagamento de coima.

A presente alteração, isto é, a possibilidade de não aplicação de coima, não se aplica a procedimentos de redução de coima iniciados até 31 de Dezembro de 2012.

Fraude contra a Segurança Social

Passam a constituir fraude contra a Segurança Social as condutas das entidades empregadoras, dos trabalhadores independentes e dos beneficiários que visem a não liquidação, entrega ou pagamento, total ou parcial, ou o recebimento indevido, total ou parcial, de prestações de Segurança Social com intenção de obter para si ou outrem vantagem ilegítima de valor superior a € 3.500, ao invés dos actuais € 7.500.

Introdução fraudulenta de produtos no consumo É aumentado, de € 500 para € 1.500, o limite mínimo da coima pela introdução fraudulenta de produtos no consumo.

Caixa postal electrónica

Passa a ser punível, com coima variável entre € 50 e € 250, a falta de comunicação ou a sua comunicação fora de prazo da adesão à caixa postal electrónica.

(25)

Outros aspectos

Imposto do Selo

É renovada, para o ano de 2013, a isenção de Imposto do Selo na constituição de garantias a favor do Estado ou das instituições de Segurança Social, no âmbito do pagamento de dívidas em prestações e de renovação de garantias ao abrigo do Plano Mateus.

Benefícios fiscais aos empréstimos externos É prorrogada a isenção de IRS ou de IRC aplicável aos juros de capitais provenientes do estrangeiro representativos de contratos de empréstimo Schuldscheindarlehen (empréstimos com título de reconhecimento de dívida) celebrados pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E., em nome e em representação da República Portuguesa, desde que o credor seja um não residente sem estabelecimento estável em território português ao qual o empréstimo seja imputado.

Regime especial de tributação de valores mobiliários representativos de dívida emitida por entidades não residentes

É prorrogada a isenção de IRS e de IRC, em

determinadas condições, quanto aos rendimentos dos valores mobiliários representativos de dívida pública e não pública emitida por entidades não residentes, quando venham a ser pagos pelo Estado Português enquanto garante de obrigações assumidas por sociedades das quais é accionista em conjunto com outros Estados-membros da União Europeia. Operações de reporte

É prorrogada a isenção de Imposto do Selo sobre as operações de reporte de valores mobiliários ou direitos equiparados, realizadas em bolsa de valores, bem como o reporte e a alienação fiduciária em garantia realizados por instituições de crédito e sociedades financeiras com interposição de contrapartes centrais.

Por outro lado, é também prorrogada a isenção de IRC sobre os ganhos obtidos por instituições financeiras não residentes na realização de operações de reporte de valores mobiliários efectuadas com instituições de crédito residentes.

Contribuição sobre o sector bancário

É prorrogado o regime que cria a contribuição sobre o sector bancário.

Contribuição extraordinária de solidariedade As pensões são sujeitas a uma contribuição extraordinária de solidariedade (CES), nos seguintes termos:

A CES aplica-se a todas as pensões devidas pelo Centro Nacional de Pensões, Caixa Geral de Aposentações, Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, fundos de pensões e seguradoras.

Para efeitos de CES, está excluída a componente de reembolso de capital, exclusivamente na parte relativa às contribuições do beneficiário, das rendas vitalícias devidas por companhias de seguro.

Autorizações legislativas

São concedidas ao Governo as seguintes autorizações legislativas para:

• Rever o regime especial de tributação dos

rendimentos de valores mobiliários representativos de dívida, previsto no anexo ao Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de Novembro;

• Transpor para o ordenamento jurídico português a Directiva Comunitária 2011/16/UE do Conselho, de 15 de Fevereiro, relativa à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade, e a revogar o Decreto-Lei n.º 127/90, de 17 de Abril;

• Alterar o Regime Complementar de Procedimento de Inspecção Tributária no que respeita ao seu âmbito de aplicação. CES De mais De mais De mais De mais 1.350 1.800 3.750 5.031 até até até até até 1.350 1.800 3.750 5.031 7.546 7.546 0,00% 3,50% 16,00% 10,00% 25,00% 50,00% Escalões Pensão Mensal Taxa

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“Deloitte” refere-se à Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada de responsabilidade limitada do Reino Unido, ou a uma ou mais entidades da sua rede de firmas membro, sendo cada uma delas uma entidade legal separada e independente. Para aceder à descrição detalhada da estrutura legal da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e suas firmas membro consulte www. deloitte.com/pt/about.

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