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Curso: Mobilidade, família, parentesco Código: MNA- 811(Antropologia especiais). Período: 1º Semestre de 2013Horário:2ª Feira, 13:30 - 17 Local: Sala Castro Faria
Professores: John Comerford, colaboração de Carmen Andriolli
O curso pretende explorar uma bibliografia diversificada que traz elementos para analisar e refletir sobre práticas de “mobilidade” como constitutivas de relações e coletividades concebidas como da ordem da família e do parentesco. Ainda que não seja concebido como um curso sobre “antropologia da migração”, a bibliografia que adota esse recorte certamente tem importância para a discussão proposta e será examinada, ainda que não de forma exaustiva, bem como a bibliografia que se refere a “famílias transnacionais” ou “trans-regionais”. Mas também serão explorados, em uma leitura direcionada às preocupações do curso, temas e recortes tais como relação cidade-campo, hospitalidade, casa e configuração de casas, grupos domésticos e seus ciclos, comunidade, fofoca, lugar e produção de lugar, concepções de movimento e de deslocamento, entre outros. Especial atenção será dada às modalidades de narrativa e de julgamento moral inerentes a movimentos e deslocamentos de pessoas e coletivos, às aproximações e aos distanciamentos. A análise das implicações das práticas de mobilidade para a produção de etnografias também estará entre as preocupações do curso.
OBSERVAÇÃO: na bibliografia apresentada não estão separados os textos que serão
priorizados para leitura e os que permanecerão como indicações complementares. Essa definição será feita ao longo do curso. Quando se trata de indicações de livros, em geral ainda não estão indicados os capítulos, isso também será feito ao longo do curso. Na primeira aula será disponibilizado um levantamento bibliográfico mais amplo sobre o tema.
Programa
1ª. Sessão. Apresentação do curso.
2ª. Sessão. Conceitos, pesquisas e imagens em movimento
PALMEIRA, Moacir; ALMEIDA, Alfredo W. B. A invenção da migração. Projeto emprego e
mudança sócio-econômica no Nordeste (Relatório de Pesquisa). Rio de Janeiro, Museu
Nacional/UFRJ (mimeografado), 1977
HAGE, Ghassan. A not so multi-sited ethnography of a not so imagined community.
Anthropological Theory . Vol. 5, Nº 4, Dez., 2005, p. 463-475
TILLY, Charles. Migration in Modern European History. CRSO Working Paper 145, University of Michigan, 1976
RUFFATO, Luiz. Domingos sem Deus. Inferno Provisório Volume V. (estórias curtas) Rio de Janeiro: Record, 2011 (capítulos: Mirim; Milagres; Outra Fábula)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. SÃO CRISTÓVÃO. CEP 20940-040 –
RIODEJANEIRO - RJ - BRASIL Tel.: 55 (21) 2568-9642 - fax 55 (21) 2254.6695
www://ppgasmuseu.etc.br e-mail: ppgas@mn.ufrj.br
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3ª. Sessão. Campesinato, família, e cartasTHOMAS, WILLIAM I, e ZNANIECKI, FLORIAN. The Polish Peasant in Europe and
America. 2 vols. New York: Octagon Press (1974[1918])
4ª. Sessão. Migração, imigração, emigração: sair, chegar, esperar, ficar
SAYAD, Abdelmalek. A Imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp, 2000. VERNIER, Bernard. Emigration et dérèglement du marché matrimonial. In: Actes de la
recherche en sciences sociales. Vol. 15, juin 1977
BRETTEL, Caroline. Men who migrate, women who wait. Population and history in a
Portuguese parish. Princeton University Press, 1986.
CHU, Julie Y. To Be “Emplaced”: Fuzhounese Migration and the Politics of Destination.
Identities: Global Studies in Culture and Power, 13:395–425, 2006
5ª. Sessão. Família, grupo doméstico, ciclos
ARENSBERG, Conrad; KIMBALL, Solon. Family and community in Ireland. Harvard University Press, 1968.
FORTES, Meyer. Introduction. In: GOODY, Jack. The Developmental Cycle in Domestic
Groups. Cambridge: Cambridge University Press, 1971.
YANAGISAKO, Silvia. Family and Household. The analysis of domestic groups. Annual
Review of Anthropology vol. 8: 161-205, 1979.
BESTARD-CAMPS, Joan. What's in a Relative? Household and Family in Formentera. Berg, 1991.
6ª. Sessão. Casa
CARSTEN, Janet; HUGH-JONES, Stephen (Eds.). About the house. Levi-Strauss and
beyond. Cambridge University Press, 1995.
CARSTEN, Janet. The Heat of the Hearth. The process of kinship in a Malay fishing
community. Claredon Press, Oxford, 1997.
SABEAN, David Warren. Property, Production and Family in Neckarhausen, 1700-1870. Cambridge University Press, 1990. Capítulo 3. The ideology of the house.
MARCELIN, Louis H. L’Invention de la famille Afro-Americaine. Famille, Parenté et
Domesticité parmi les Noirs du Recôncavo da Bahia, Brésil. Tese de doutorado,
PPGAS/Museu Nacional/UFRJ. 1996. (Em português: a Invenção da Família Afro-Americana. Família, parentesco e domesticidade entre os negros do Recôncavo da Bahia) DALAKOGLOU, Dimitris. Migrating-remitting-‘building’-dwelling: house-making as ‘proxy’
presence in postsocialist Albania. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 16, 761-777, 2010.
7ª. Sessão. Hospitalidade
PITT-RIVERS, Julian. “The Law of Hospitality.” In The Fate of Shechem, or the Politics of
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Press. 1977. (republicado em Hau: Journal of Ethnographic Theory 2(1): 501-517,
2012)
HERZFELD, Michael. 'As in Your Own House': Hospitality, Ethnography, and the Stereotype of Mediterranean Society. GILMORE, D.D.(Eds.). Honor and Shame and the Unity of
the Mediterranean Special Publication No. 22, Washington, D.C.: American
Anthropological Association, 1987
CANDEA, Matei. The return to hospitality. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.), S1-S19, 2012.
ALLERTON, Catherine. Making guests, making ‘liveliness’: the transformative substances and sounds of Manggarai hospitality. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.), S49-S62, 2012.
SHRYOCK, Andrew. Breaking hospitality apart: bad hosts, bad guests, and the problem of sovereignty. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.), S20-S33, 2012 HERZFELD, Michael. Afterword: reciprocating the hospitality of these pages. Journal of the
Royal Anthropological Institute. 18: S210–S217. 2012. doi: 10.1111/j.1467-9655.2012.01773.x
8ª. Sessão. Redes e circulações
GESSAT-ANSTETT Élisabeth: “Du collectif au communautaire. À propos des réseaux familiaux dans la Russie post-soviétique”. L’Homme. EHESS.157 janvier/mars, 2001 . pp.115-136.
LEONARDO, Micaela di. The Female World of Cards and Holidays: Women, Families, and the Work of Kinship. Signs, Vol. 12, No. 3, 440-453, Spring, 1987.
GARDNER, Katy. The transnational work of kinship and caring: Bengali–British marriages in historical Perspective. Global Networks. Vol 6, No 4, 373–387, 2006.
LEINAWEAVER, Jessaca B. On moving children: The social implications of Andean child circulation. American Ethnologist, Vol. 34, No. 1, pp. 163–180, 2008.
DROTBOHM, Heike. Gossip and social control across the seas: targeting gender, resource inequalities and support in Cape Verdean transnational families. African and Black
Diaspora: An International Journal.Vol. 3, No. 1, 51-68, January 2010.
TILLY, Charles. "Transplanted Networks," in Virginia Yans-McLaughlin, ed., Immigration
Reconsidered. History, Sociology, and Politics. New York: Oxford University
Press 1990
MENEZES, Marilda Aparecida. Redes e enredos nas trilhas dos migrantes: um estudo de
famílias de camponeses-migrantes. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
LOBO, Andrea. Mantendo relações à distância. O papel do fluxo de objetos e informações na configuração de relações familiares transnacionais em Cabo Verde. Em TRAJANO FILHO, Wilson. Lugares, Pessoas e Grupos. As lógicas de pertencimento em perspectiva
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9ª. Sessão. Famílias transnacionaisWATSON, James L. Emigration and the Chinese Lineage. The Mans in Hong Kong and
London. Berkeley, University of California Press, 1975.
JOHNSON, Christopher H., SABEAN, David Warren; TEUSCHER, Simon, TRIVELLATO, Francesca (Eds.). Transregional and Transnational Families in Europe and Beyond:
Experiences Since the Middle Ages. New York : Berghan Books, 2011.
OLWIG, Karen Fog. Caribbean Journeys: An Ethnography of Migration and Home in
Three Family Networks. Duke University Press Books, 2007.
JARDIM, Marta. De sogra para nora para sogra: redes de comércio e de família em Moçambique. Cadernos Pagu 29, 2007.
DROTBOHM, Heike. Horizons of long-distance intimacies: Reciprocity, contribution and disjuncture in Cape Verde. History of the Family. 14, 2009, p. 132–149
LEVITT, Peggy. The Transnational Villagers. University of California Press, 2001,
SARGENT, Carolyn; LARCHANCE-KIM, Stephanie; YATERRA, Samba. Migração e telecomunicações: tecnologias e famílias transnacionais na França e África Ocidental.
Cadernos Pagu 29, 2007.
10a. Sessão. Entre rural e urbano
FRIEDL, Ernestine. The Role of Kinship in the Transmission of National Culture to Rural Villages in Mainland Greece. American Anthropologist. Vol 61, No 1, 30-38, Feb 1959. FERGUSON, James. The country and the city on the Cooperbelt. In Culture, Power Place:
Explorations in Critical Anthropology. Akhil Gupta and James Ferguson (eds).
Durham NC: Duke University Press. (Também publicado em Cultural Anthropology 7(1), 1992).
DURHAN, Eunice. A caminho da cidade. São Paulo, Perspectiva. 1978
GARCIA, Afrânio. O sul: caminho do roçado. São Paulo: Marco Zero; Brasília, Editora Universidade de Brasília, MCT-CNPq, 1989.
WOORTMANN, Klaas. Migração, Família e Campesinato. Revista Brasileira de Estudos de
População. Vol 7, No 1, 35-53, 1990
GUGLER, Josef. The Son of the Hawk Does Not Remain Abroad: The Urban-Rural Connection in Africa. African Studies Review, Vol 45, No1,21-41,April 2002.
HOFFMAN, Katherine E. Moving and dwelling: building the Moroccan Ashelhi homeland.
American Ethnologist. Vol. 29(4), 2002, p. 928-962.
SORENSEN, Ninna. Representing the local: mobile livelihood practices in the Peruvian Central Sierra. In OLWIG, Karen; SORENSEN, Ninna. Work and Migration: Life and
Livelihoods in a Globalizing World. Routledge, 2001.
FELIX, Gil Almeida. O Caminho do Mundo. Mobilidade espacial e condição camponesa
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11ª. Sessão. Transformação de valor, espaçotempo e expansão de relações
MUNN, Nancy. The fame of Gawa. A symbolic study of value transformation in Massim
society. Duke University Press Books, 1992, 352p.
12a. Sessão. Pessoas, genealogias, lugares e memórias em movimento
BRUNER, Edward M. Return to Sumatra: 1957,1997. American Ethnologist. Vol 26, No 2, 461-477. May, 1999.
HO, Engseng. The graves of Tarim. Genealogy and Mobility across the Indian Ocean. University of California Press, 2006, 406p.
RETSIKAS, Konstantinos. Being and place: movement, ancestors, and personhood in East Java, Indonesia. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 13, 969-986, 2007. PISSOLATO, Elizabeth. A duração da pessoa. Mobilidade, parentesco e xamanismo mbya
(Guarani). São Paulo: Editora da Unesp, 2007.
CHAMBERLAIN, Mary. 'Praise Songs' of the Family: Lineage and Kinship in the Caribbean Diaspora. Hist Workshop Journal (AUTUMN), 2000, (50): 114-128.
CARSTEN, Janet. The Politics of Forgetting: Migration, Kinship and Memory on the Periphery of the Southeast Asian State. The Journal of the Royal Anthropological Institute, Vol. 1, No. 2, 317-335, Jun 1995
STRATHERN, Marilyn. Localism Displaced: a vanishing village in Rural England Ethnos: Journal of Anthropology . Vol. 49, Nº 1-2, p. 43-61, 1984.
13a. Sessão. Forças em movimento e família
RICHMAN, Karen E. Migration and Vodou. University Press of Florida, 2008. 368p.
RYTTER, Mikkel; OLWIG, Karen Fog (Eds.). Mobile Bodies, Mobile Souls: Family,
Religion, and Migration in a Global World. Aarhus University Press, 2011, 259p.
CALLAN, Alyson. ‘What else do we Bengalis do?’ Sorcery, overseas migration, and the new inequalities in Sylhet, Bangladesh. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 13, 331-343, 2007.
RYTTER, Mikkel. In-laws and outlaws: Black magic among Pakistani migrants in Denmark.
Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 16, 46-63, 2010.
ODEGAARD, Cecilie Vindal. Sources of danger and prosperity in the Peruvian Andes: mobility in a powerful landscape. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 17, 339-355, 2011.
14ª. Sessão. Moralidades, temporalidades, imaginações
STACK, Carol B. Call To Home: African-Americans Reclaim The Rural South. Basic Books, 1996.
PANDOLFO, Stefania. ‘The burning’. Finitude and the politico-theological imagination of illegal migration. Anthropological Theory. Vol. 7, Nº 3, Set., 2007, p. 329-363
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SCHLECKER, Markus. Going Back a Long Way: ‘Home Place’, Thrift and Temporal Orientations In Northern Vietnam. Journal Royal Anthropological Institute. (N.S.) 11, 509-526, 2005
GARDNER, Katy. Desh-Bidesh: Sylheti Images of Home and Away. Man, New Series, Vol. 28, No. 1 (Mar), 1993, p. 1-15
GUEDES, André Dumans. O Trecho, as Mães e os Papéis. Movimentos e Durações no
Norte de Goiás. Tese de Doutorado. PPGAS/MN/UFRJ, Rio de Janeiro, 2011
GAIBAZZI ,Paolo. Cultivating Hustlers: The Agrarian Ethos of Soninke Migration. Journal of
Ethnic and Migration Studies. Vol. 39, No 2, 1-17, 2012
15ª. Sessão. Rituais/reuniões em família
GARDNER, Katy ; GRILLO, Ralph .Transnational households and ritual: an overview. Global
Networks Vol 2, No 3, 179–190, 2002
GARDNER, Katy. Death of a migrant: transnational death rituals and gender among British Sylhetis. Global Networks, Vol 2, No 3, 2002
OLWIG, Karen Fog. A wedding in the family: home making in a global kin network. Global
Networks. Vol 2, No 3, 205–218, 2002.
OLWIG, Karen Fog. A proper funeral: contextualizing community among Caribbean migrants.
Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 15, 520-537, 2009
SUTTON, Constance R. Celebrating ourselves: the family reunion rituals of African-Caribbean transnational families.Global Networks. Vol 4, No 3, 243–257, 2004
PAERREGAARD, Karsten. The Show Must Go On: The Role of Fiestas in Andean Transnational Migration. Latin American Perspectives. Nº 174, Vol. 37 No. 5, Set., 2010, p. 50-66.
