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Ciclo biológico e estragos associados a monosteira, Monosteira unicostata (Mulsant & Rey, 1852), em amendoeira, no Planalto Mirandês

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Academic year: 2021

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(1)

Maria

LUisa Ro

ldao M. Moura

ICoord

)

(2)

Ciclo biol6gico e estragos associados a monosteira.

Monosteira

unicostata

(Mulsant

&

Rey. 1852)

.

em amendoeira. no Planalto

Mirandes

Jose Alberto Pereira

I;

Susana Pereira

I;

Ignacio Armendariz

2

& Albino

A.

Bento

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2 Instituto Tecnol6glco Agl~ario de Castilla Y Leon. Ctra de Burgos Km. I 19, Finca Zamaduenas, 47071

Vallado

ll

d

Resumo

A

monosteira,

Monostelro un

ic

astoro (Muls

ant

&

Rey,

1852

), e

considel-ada

uma praga

i

mportante

da amendoeira. Contudo, em Portugal, sao escassos os conheclmentos acelTa da sua biologia e dos estragos que ocasiona. Neste senti do, com 0 presente tl-abalho pretendeu-se par um lado estudar o cicio biologico do insecto em amendoeira no Planalto Mil"andes, e POI- outro lado proceder a uma avaliar;ao dos estl-agos causados pela pi-aga. 0 tl-abalho decorreu em 2007 e 2008 num amendoal localizado em Vilarinho dos Galegos (Mogadoum) onde, com periodicidade semanal ou quinzenal, se procedeu

a

recolha de 20 folhas em 20 al'vores para observa~ao (i) da existencia de ovos, ninfas e adultos de monosteira e (ii) do numero de folhas com estragos vislveis. Paralelamente, e com pel'iodicidade apmximadamente quinzenal foi realizada a tecnica de pancadas em 25 arvores escolhidas aleatoriamente na parcela para quantiflca~ao dos adultos da praga. Os resultados obtidos apresental'am uma tendencia similar em ambos os anos em estudo, indicando a ocon"enCia de posturas durante todo 0 perlodo de amostl-agem com maior incidencia durante 0 mes de Junho e Julho. 0 maximo de ninfas observadas ocorreu na primeil"a e segunda semana de Agosto, em 2007 e 2008 I-espectivamente. enquanto as adultos foram I"egistados em maior numem no final de Julho/inicio de Agosto. 0 numem de folhas com estragos pmvocados pelo insecto foi aumentando ao longo do tempo e atingiu cerca de 60% das folhas 0 que indica a grande importancia desta pl-aga na regiao.

(3)

Palavras chave:

Monosteira

unicostata

,

amendoeira, cicio blol6gico, estl'agos.

Abstract

Title: Life cycle and losses associated to the lace bug, Monostellu

u",coslOta

(Mulsant & Rey, 1952), on almond tl'ee, in the Planalto Mirandes (Portugal)

The lace bug,

M

onostelro

unicostoto (Mulsant & Rey, 1852), IS considel'ed an important almond tree pest However in Portugal, the knowledge about Its life cycle and losses in this plant are reduced. In

the present work we intended to study the insect life cycle on almond tree In the Plana Ito Mirandes (Portugal), and also to evaluate the losses caused by the almond tree pest The work was earned out In 2007 and 2008 In an almond grove located at Vllannho dos Galegos (Mogadoum).ln thIS grove, In a weekly 01' bl,weekly base 20 leaves pel' 20 trees were collected and the numbel' of eggs, lal'vae and adults were counted.The losses in leaves were also registel'ed. On a by-weekly base the beating

technique on 25 tl'ees wel'e also have checked the lace bug adults. The obtained results showed

a similar tendency in both years. The occurrence of eggs was observed in all sampling period with

226 higher incidence dunng June and July. The maximum number of nymphs occurred in the first and second week of August respectively In 2007 and 2008.The highest number' of adults wel'e obsel'ved

In the end of July and beginning of August. The number of almond leaves with losses provoked by the lace bug increasing along the time reaching about 60% of attacked leaves that indicate the great

importance of this insect pest in this I"egion,

Keywords:

Monosteira

unicostata

,

almond tree, life cycle, losses.

Introduc;:ao

A amendoeil"a e uma cultul"a com expressao em T ras-os-Montes, em especial na Terra Quente Transmontana, no Vale do Douro e no Planalto Mirandes. De entre os inimigos que atacam a amendoeira cabe destacar. pela sua importanCla. a monostelra, as lagartas desfolhadoras, as afideos

e os ;icaros.

A monosteira, Monosterra unrcostoW (Mulsant & Rey, 1852) (Hemiptel'a,Tingidae), pal'a alem de

(4)

perei

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e

especies florestals

como 0

choupo,

0

platano

e a cerejeira

brava (Gomez -Menoe

1949;

Russo el aI.,

1994

).

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da (asea

da

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e

na Primavera

saem dos seus abngos efectuando as pnmewas posturas, em meados de Maio (Liotta & Manlglia, 1994). As femeas deposltam os avos lsoladamente au em grupo na paglna Inferior das folhas Junto a nervura prinCipal. Apes urn pen'odo vanavel de Incubac;ao, emergem e passam por cinco estados nlnfalS antes de allngil- a fase adulta (Gomez-Menoe

1949

;

Liotta & Manigllo,

1994;

Russo et al.,

1994).

Uma

descri

c;ao

mOliol6gica detalhada de (ada urn dos

estadios

e

apresentada em Gomez-Menor

(

19

49

).

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malS tl-es (Gomez-Menoe

1949;

Liotta & Manlglia,

1994;

Russo et al..

1994

).

Os

estragos que ocaslona sao essenclalmente

de

tres tipOS (Gomez-Menol:

1949:

Liotta & Maniglla,

1994

;

Russo et

01

"

1994):

I) os pnmeims devem-se

a

pieada do Inseclo nas folhas, levando ao apareCimento de manchas amarelas, em forma arredondada, ncando as folhas com 0 aspecto

de mosaico, posteriormente VaG flcando esbranquic;:adas, secando e caindo da arvore, quando os

ataques sao intensos originam desfolhac:;6es completas, 0 fruto aborta ou fica raqu(tico levando

a

OCOITeneia de gl-andes perdas de produ<;ao; i1) 0 segundo tlpO de estl-agos resulta das deJee<;6es do Insecto. que man cham a paglna Inferior das folhas com mane has negras e meladas, 0 que val impedir que ocorram trocas gasosas e fotosslntese, mUltas vezes ha tambem 0 desenvolvimento de fumaglna agravando a sltuac:;ao: iii) pOl' ultimo 0 tercelro tipo de estragos resulta da deposic;:ao dos ovos no parenquima das (olhas, junto

a

nervura principal, originando feridas que podem ser pOI'tas de entrada para fungos e bacterias.

No contexto apresentado, e uma vez que nao conhecfamos trabalhos nesta praga para a reglao de Tras-os-Montes, pretende-se com 0 presente trabalho contribulr para 0 conheCImento do Cicio blol6gico da monostewa no Planalto Mirandes e proceder a uma avaliac:;ao dos estragos oGlslonados pel a praga em amendoewa,

Material e metodos

o

lI-abalho decorreu em 2007 e 2008 num amendoal nao regado loealizado em Vilannho do; Galegos (Mogadouro). As arvores

estao

plantadas a um compasso de 3 x 5 metros, as infestantes sao controladas com recurso a mobilizac;:6es superflciais e durante a realizac:;ao do estudo nao foi efectuado nenhum tl'atamento fltossanitano.

(5)

228

Para 0 conhecimento do cido biologico da monosteira, foram seguidas duas metodologlas distintas: i) de Maio a Setembro, com periodicidade semanal ou quinzenal. em

20

amendoeiras selecCionadas aleatoriamente na parcela foram colhidas

20

folhas adultas retiradas quer do intenor quer do exterior da copa da arvore,As folhas foram introduzidas em sacos de plastlco e transportadas para o laboratorio onde eram observadas indivldualmente e registado 0 nurnero de posturas, nlnfas e adultos de monosteira bern como as folhas com estt-agos vlslveis da pl"aga; e Ii) adiclonalmente, de

Abt"il a Outubro, para 0 acompanhamento dos adultos, e com pel-iodiCidade quinzenal, procedeu-se

a

tecnica de pancadas atl'aves do batimento, de dois ramos pOl' al-VOt"e em (ada uma de 25 jrvores amostradas, sendo 0 material transportado pal-a labol-atario e contado 0 numero de exemplares adultes de monesteil"a

Resultados e discussao

Em ambos as anos em estudo, no inlcio do perlodo de observa<;6es, IstO e a 17 e 14 de Abril

respecttvamente em

2007

e 2008

,

foram capturados exemplares adultes de monostewa pela tecnica de paneadas (Figura 1).0 maximo de adultos oeo,-,-eu em nnais de Julho/inieios de Agosto, com apmximadamente 6 exemplal-es adultos POI" ,kvore, 0 que coincide com 0 maximo de ocorrenCia

registado nas folhas no ano de

2

007

(Flgul-a

2)

.

0 I-eglsto do numero de adultos nas folhas sugel-e a exist en cia de tn2s picos de ocolTencia 0 que podera indicar que cOITespondem a tres gera<;6es distintas.

Pela observat;:ao das folhas de amendoeira, veriticou-se a existencia de posturas em todo a

pen'odo de amostragem com maior incidencia em Junho e Julho. Por sua vez as ninfas apareceram em reduzldo numero em Maio e inlcio de Julho enquanto em flnais de Julho havia em media entre I,S a 3 ntnfas por amostra (Figura 3).0 numero maximo de nlnfas observou-se na primelra semana de Agosto, em

2007,

com 4.6S± 1.56 ninfas/amost,-a, e na segunda semana de Agosto em

2008,

com

3,SO±0,98

exemplares por amostra.

A

semelhan\a dos adultes, em ambos os anos foram detectados tres picas de ocolTencia de ninfas 0 que pode indicar a eXlstencia de tres gera<;6es do insecto (Figura 3)_

Em

2007

,

a percentagem de folhas observadas com sintomas de ataque vlSlvel pela monostetra, isto

e

com folhas esbranquit;:adas

e/ou

pat-tes necrosadas e excrementos vislveis do insecto, atingiu,

em meados de Setembro, valores muito proximos dos

60

%

(Figura 4). POI' sua vez em 2008, apesal -da grande quanti dade de folhas com sintomas vislveis detectadas em mead os de junho poder sugerir

um ataque superior, a vel-dade

e

que em meados de Setembro a percentagem de folhas atacadas era similar

a

observada no ano anterior (Flgul"a 4).

(6)

-$

Conclusoes

A analise dos resultados do presente estudo sugere,

a

semelhanc;:a do que acontece noutras

regio

es. que

no Planalto Mirandes.

a

monosteira

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6es an

uais.

Contudo.

uma

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que as observa~6es em folhas 56 aconteceu

ate

a

colheita do frute. em meados de Setembro, e em

2007 0

nume

ro

de nlnfas estava a aumentat:

pode

r

a

ocorrer uma quarta gera~ao, dependendo das

condic;:6es

clima

t

erica

s

e da quantidade de alimento disponivel

A intensidade do ataque obs€t'vado comprova que a monosteil'a

e

uma praga importante e

que pede provocar preju{zQs assinalav€ls, sendo necessano procedeu ao acompanhamento das suas

populac;oes para verifiear da necessldade da Implementa~ao de medidas de luta contra a praga.

Agradecimentos

Trabalho f,nanCiado pelo Programa INTERREG lilA. Prolecto PIREFI "Estudios sobre proteCCIcin

integl-ada y recursos fttogeneticos en cullivos tradicionales de las regiones de Tras os Montes y Castilla y Lecin"

Referencias

Gomez-Menor.J 1949. La chlnchctd del almendro (Monoslira unicostata Mulsant). Boletin de Patologia Vegetal y Entomologia

Agn'cola. XVI!, 97-110.

Liotta, G. & Manlgha, G. 1994. Vanations In Infestations of the almond tree In SICIly In the last fifty years. Acta Hortlculturae

371. 277-285.

Russo, A: Slacaro, G.: Spampinato, RG. I 994.Almond pests In SicIly, Acta HorticulturJC 373, 309-315.

(7)

230

8 I Ii'Jlr1ICQS DAS 'ULTURA'

Figuras

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Figura I -Numcro medlo (±EP) de adultos de monostelr3, Monostelm unlcastoro (Mulsant & Rey, 1852). capturados pela lecniC3 de p2ncadas em amcndociraVilannho dos Galcgos -Mogadouro.2007 e 2008

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Figura 2 - Numero media (±EP) de adultos de mono5telra, MonostelrG UnJCoS(QW (Mulsant & Rey, 1852), em 20 folhlS por

ar.:ore em amendoeira'yilannho dos Galegos -Mogadouro, 2007 e 2008.

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Figura 3 - Numero medlQ (±EP) de nlnfas de monostelr<l, Monostelro unlcastota (Mulsant & Rcy 1852), em 20 folhas por ;\rvore em amendoeiraVilarinho dos Galego~ -Mogc.douro, 1007 e 1008.

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Figura 4 - Folhas com estragos vlslveis (em percentagern), medla±EP. resultantes do ataque da monmtClra, Monosteilo

Url/Costata (Mulsant & Rey. I 8S2). em amendoelra. Vilannho des Galegos -Mogadouro. 2007 e 2008.

~

Referências

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