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Sobre a produtividade das regiões pelágica e demersal e sua influência sobre a produção de pescado marinho no norte e nordeste do Brasil

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA

CENTRO DE CIÊNCIAS AR RIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

SOBRE A PRODUTIVIDADE DAS REGIÕES PELÁGICA

E DEMERSAL E SUA INFLUENCIA SOBRE A

PROW

CAO DE PESCADO MARINHO DO NORTE E NORDESTE

DO BRASIL

ALBANISA GIRO NOGUEIRA LIMA

Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agr5rias da Universidade Federal do. Ceara', como parte das exigências para obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca.

FORTALEZA-CEARA 1987.1

(2)

L696s Lima, Albanisa Girão Nogueira.

Sobre a produtividade das regiões pelágica e demersal e sua influência sobre a produção de pescado marinho no norte e nordeste do Brasil / Albanisa Girão Nogueira Lima. – 1990.

37 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1990.

Orientação: Prof. Dr. Antônio Adauto Fonteles Filho. 1. Pescaria marinha. I. Título.

CDD 639.2 1987.

(3)

Prof. Adj. CARLOS TASSITO CORRÊA IVO, M.Sc, - Presidente -

Prof. Adj. CARLOS ARTUR SOBREIRA ROCHA, M.Sc.

VISTO:

Prof. .Adj. PEDRO DE ALCÂNTARA FILHO, D.Sc. Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Adj. JOSE RAIMUNDO BASTOS, M.Sc. Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca

(4)

Albanisa Giro Nogueira Lima

1. INTRODUÇÃO

A produçao primaria no mar, 5 semelhança do que

ocorre na terra, feita através da sintese da materia org5

nica por vegetais autotróficos (principalmente algas), capa zes de retirar energia da luz solar para decompor o CO2 dis solvido na agua, utilizando o carbono para construir amidos e agiacares a partir dos nutrientes minerais, principalmente nitratos, fosfatos e silicatos. No entanto, o principal pro blema no processo de produção primaria no mar não necessa riamente a disponibilidade dos elementos constituintes, mas a possibilidade de se promover sua integração para se viabi

lizar a fotossintese. Esse processo varia enormemente em

função da latitude, determinando uma diferenciação quanto

a

disponibilidade de um fator limitante, por exemplo, a luz

(5)

titudes), o principal fator limitante a luz solar, jáque -

a integração dos elementos existentes na camada superfi

cial (zona eufótica) com os existentes na camada demersal (onde se encontram os nutrientes minerais) feita com gran de eficiencia durante a primavera através do rompimento da termoclina estacional, fazendo com que a agua fria do fun do, rica em nutrientes, se eleve

a

camada superficial. Nas

regiaes de clima quente, tropical (baixas latitudes, nas

proximidades do Equador), o principal fator limitante a

quantidade de nutrientes disponiveis, que tende a ser redu zida tanto pelo baixo volume de biomassa das comunidades biolOgicas como pela dificuldade em se promover a elevação dos nutrientes

a

superficie,

ja

que a termoclina, ao invés

de estacional, permanente, impossibilitando a integração

total dos elementos necessários

a

fotossintese da matéria orgânica.

A dificuldade de integração das aguas superfi

ciais e do fundo decorre do fato de que a radiação solar mantem a temperatura sempre elevada na superfície, retendo ai a água superficial devido

a

diminuição da densidade. A evaporação aumentara a salinidade e a densidade, dando on gem

a

formação de uma camada superficial bastante -homoge nea, mas com teores muito baixos de fosfatos e nitratos.

A investigação sobre as causas e efeitos da varia gão na produção primaria e, por conseqüencia, da produção

(6)

secundária (que constitui a captura comercial sob a denomi nação generalizada de "pescado") nas regiões tropicais, on de se incluem toda a -região Norte e grande parte da região Nordeste do Brasil, é complicada pela ausência de estacio nalidade marcante nos processos responsáveis por estas va nações, o que se reflete sobre o estudo da dinâmica popu lacional de espécies de importância comercial. Isto se ex plica pelo fato de que a reação das respectivas populações

a

pesca 6, em grande parte, explicada pela influencia das condições oceanográficas, através do efeito desestabilizan te do esforço de pesca, e pelas necessidades de adaptação dos indivíduos a uma nova estrutura etária.

Toda a estratégia de sobrevivencia de uma espécie depende das funções biológicas de reprodução e alimentação, através das relações de predação (entre níveis trOficos) e competição (num mesmo nível trófico), que representam tan to a acomodação da biomassa a condições limitantes de espa go e suprimento alimentar como a necessidade de as popula gOes ajustarem seu crescimento a estas condições, na busca do equilíbrio dinâmico interespecifico e intraespecifico. Para a manutenção desse equilíbrio, a desova, a densidade e distribuição das larvas, e o recrutamento devem ser sin cronizados no sentido de que a população faça o melhor uso

dos recursos alimentares disponíveis, também disputados

por populações competidoras, ao mesmo tempo em que os indi -

(7)

rando sua taxa de crescimento.

Devido

a

dificuldade de integração dos elementos essenciais

a

produção primária, parece haver uma tendencia para as regiões bentanicas e demersais, acumularem maior quantidade de biomassa, gerando consequentemente maior pro dução secundária passível de captura. Nas regiões Norte e Nordeste, a formação dos recursos pesqueiros estaria na de

- pendencia de dois fatores principais: (1) área da platafor ma continental, que produz cerca de 90% da biomassa total, segundo Ryther (1969); (2) volume de descarga fluvial, que

por sua vez, uma função do volume de água doce acumulado

nas bacias hidrográficas. Nesse caso, pode-se dizer que a região Norte e a parte da região Nordeste correspondente aos Estados do Piaui e Maranhao (limitada pelo Rio Parnal_ ba) devem apresentar uma grande produção bentOnica, deter minada pelos fatores acima mencionados.

A finalidade principal deste trabalho, portanto, determinar uma estimativa da produção secundária nas ca madas pelágica e demersal, determinar um índice proporcio nal entre as mesmas e identificar pocas de maior abundan cia estacional (safras), em função de fatores biolOgicos e ambientais, no Norte e Nordeste do Brasil.

2. METODOLOGIA

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trabalho consiste nas estatísticas de produção de pescado, coletadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), nos anos de 1980 a 1984, discrimina

das por espécies de Peixes, Moluscos e Crustáceos, cujos

nomes cientificos foram determinados com base, principal

mente, em Lima & Oliveira (1978) e Suzuki (1983), conforme a Tabela I.

As espécies foram classificadas em peVi4icas(P),de mersais (D) e HbentOnicas (B), de acordo com informagOes coletadas em diversos trabalhos, mas principalmente em Sal danha Neto (1975) e Suzuki (op. cit.).

Para efeito de analise das diversas condiço-esocea mgraficas responsáveis pela variação relativa da produtivi dade nas camadas superficiais e inferiores do oceano, bem como das épocas de "safra" de algumas espécies para as quais se dispae de dados mais detalhados, em função de sua

maior importância comercial, a plataforma correspondente

as regiaes Norte e Nordeste foi subdividida em três sub-areas: Sub-area I, do TerritOrio do Amapa ao Estado do Ma ranhão; Sub-area II, entre os Estados do Piaui e Pernambu co; Sub-area III, entre os Estados de Alagoas e Bahia.

A produção foi expressa em termos de tonelada/ano e- a produtividade em termos de kg/km2/ano, considerando-se a superflcie correspondente

a

plataforma continental como a area produtiva, tanto para espécies pelagicas como benta nicas e demersais.

(9)

A ocorrência das "safras'! foi determinada para as seguintes especies:sardinha-bandeira, Opi4thonema ogtinum, cavala, ScombefLommuis cavata, serra, ScombeiLomotu4 btazi tien4i4, atuns do género Thunnuz, pargo, Lutjanuz purtpu-

,Let1.4 e lagostas das espécies Panutiftufs aAgta e PanutiAA4

taevicauda. Tendo em vista que estas espécies so intensa mente exploradas pela pesca, portanto com maxima vulnerabi lidade, a captura por unidade de esforço (CPUE) foi consi derado com um indice de abundância bastante adequado para

expressar variaçOes da biomassa nas diversas estagOes do

ano: verão (janeiro-março), outono (abril-junho), inverno (julho-setembro) e primavera (outubro-dezembro).

A relativa escassez de dados oceanográficos para a area total estudada, principalmente aqueles relacionados com a existência de "safras" foi em parte rnw,encArIA

informaçOes adicionais sobre reprodução, dieta alimentar e época do recrutamento das especies principais, pois so es tes os fatores que, ao interagirem com as condiçOes ambien tais, determinam a variação estacional de biomassa.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As regiOes Norte e Nordeste do Brasil se encon

tram sob a influencia de dois sistemas circulatOrios prin

cipais, as Correntes das Guianas (na sua parte setentrio

nal) e do Brasil (na sua parte oriental), ambos constitui dos de aquas com elevada temperatura superficial(26-27 °C)

(10)

e alto teor de salinidade (36,5 - 37,0 °/oo) e se en con tram totalmente na zona tropical (entre 40N e 20°S). Neste predominam condiçOes de baixa produtividade dos elementos primários (fito e zooplancton), que se reflete na produti vidade secundaria, em função da interdependência da abun-dância nesses dois segmentos da cadeia trOfica.

Os dados apresentados sobre a produção de pescado nas regiOes Norte e Nordeste revelam uma pequena variação anual no período estudado (1980-1984), enorme variedade de espécies e pequena abundância, o que de certo modo confir ma a teoria de que nas regiOes tropicais do oceano e eleva da temperatura e a estabilidade da termoclina favorecem os cruzamentos interespecificos pela regularidade da repro dução e determinam um desperdício de energia, pelo excesso de ligaçOes na teia alimentar.

No período estudado, a produção anual media captu rada nas regiaes Norte e Nordeste foi de 164.244 toneladas, da qual as Sub-areas I, II e III participaram com 61,1%, 22;5% e 16,4%, respectivamente, com produtividade media de 632 kg/km2/ano, sendo que a Sub-area I tem a maior produti

vidade (764 kg/km2/ano) e a Sub-area a menor (434 kg/

km2/ano). Sendo esses dados correspondentes

a

produção ca pturada, portanto aproximadamente igual

a

metade da biomas

sa total (desde que as espécies estejam sendo exploradas

em torno do nível de máximo rendimento sustentavel), a es timativa media de 632 kg/km2/ano coincide com o valor me

(11)

dio de 1,15 toneladas/km2/ano, apresentado por Rounsefell (1980) para area da plataforma continental onde no ocorre ressurg.6ncia (Tabela II).

Yesaki (1974) estimou a biomassa de peixes de fun

do no litoral brasileiro e a disponibilidade efetiva de

peixes para cada região, multiplicando os valores da densi dade por hectare num determinado intervalo de profundidade pela area da plataforma continental nesse intervalo. A re giao Norte (do Amapa a Fortaleza) apresenta uma produção potencial de 500-720 mil toneladas de peixes demersais; na regido Nordeste, at o Cabo de Sao Roque, a densidade é de 20-35 kg/ha para 0 - 50m e 2-5 kg/ha para 50-200m, gerando uma produção de 22-33 mil toneladas; do Cabo de Sao Roque ate Salvador, a produção e de 23 a 39 mil toneladas. Estas

estimativas SP Innqt_rm hr3m que as apresen

tadas neste trabalho, para a região Norte (embora no coin cida exatamente com as sub-areas aqui determinadas), e mui to mais baixas do que as encontradas nas Sub-areas II e III. Nossa suposição e que, em termos de Peixes, essas di ferengas sejam em parte devidas

a

grande extensão da plata forma, o que determina um menor índice de aproveitamentoda produção disponível, em parte

a

inclusão da biomassa com posta por camarOes, estimada em 35.000 toneladas por Faus-to Filho & Bezerra (1971), e por mexilhaes e ostras.

A variação relativa das produgaes de origem pela gica e bentOnica-demersal apresentou os seguintes valores

(12)

nas tres sub-areas:

Sub-area I : 28,2% P : 71,8% B-D

Sub-area II : 31,4+ P : 68,6% B-D Sub-area III : 40,1% P : 59,9% B-D

isto é, em termos médios, a biomassa das regiaes do fundo

e adjacencia contribuem com cerca de 2/3 da produção de pes cado. Verifica-se, também, uma diminuição relativa na parti cipação das regiCes de fundo nas Sub-areas II e III, e nesta última numa proporção de 1 tonelada de produção pelagica pa

ra 1,5 tonelada da produção bentanica-demersal (Tabela

III).

Em baixas latitudes, em torno do Equador, as con

digOes correspondem as de um verão continuo. A superfície da agua esté continuamente quente, mas a produção é limitada J? la escassez de nutrientes, com pequena mistura vertical das aguas devido

a

estabilidade da termoclina, que funciona como barreira ambiental. No entanto, a produção regular ao longo do ano e a maior rapidez de renovação do ciclo vital das po .pu1aq6es compensam, em parte, a pobreza verificada no nivel

trOfico 0 (fitoplancton).

As condigaes oceanograficas e os acidentes fisi

cos da plataforma continental do Norte e Nordeste define as tres Sub-areas, cada uma com características prOprias e

que, consequentemente, determinam a abundancia e diversida

(13)

substrato, influencia do volume de desague fluvial, largu ra e constituição sedimentolOgica da plataforma, produtivi dade primaria e existência de zonas de ressurgencia (Figu-ra 1).

Dentro desse principio, as regiOes tropicais ten dem a apresentar maior produção bentSnica e demersal por dois motivos principais: (1) dificuldade na interação dos fatores responsáveis pela fotossintese; (2) volume do desa gue fluvial, responsável por grande quantidade de matéria orgânica e mineral de origem alOctone, carreada pelos rios

para a plataforma continental. 0 primeiro motivo comum

ás três sub-areas, embora aparentemente a Sub-area III te nha apresentado maior produção pelágica, em termos relati

vos, já que em termos absolutos foi menor do que as duas

outras sub--áreas; o segundo motivo explicaria a predominân cia das regiOes de fundo na produção, e nesse caso, o enor

me volume de descarga fluvial do sistema AmazOnico e, em

menor escala, dos rios maranhenses, seriam os principais

responsáveis por esta constatação. Por outro lado, a falta de rios de grande descarga fluvial na Sub-area II tem um efeito semelhante ao registrado na Sub-area I, mas por ou tra razão, isto 6, a grande abundância de lagostas do gene ro Panutin.u6 (com biomassa total estimada em 18 mil tonela das) se deve exatamente a ausência de grande descarga flu vial, que favorece, de um lado, a manutenção da alta sali nidade nas zonas costeiras (as lagostas são vulneráveis a

(14)

baixa salinidade), e de outro, a ocorrencia de extensos bancos de algas calcarias, substrato ideal para a sobrevi vencia e crescimento das lagostas, pela grande disponibili dade de carbonato de calcio utilizado na formação do exoes queleto dos indivíduos no processo continuo da ecdise ao longo do seu ciclo vital (Fonteles Filho, 1986).

De acordo com Saldanha-Neto (1975), verifica-se

que as freqüências de espécies que habitam os fundos ou vi vem prOximas do mesmo, no Ceara, são mais elevadas do que

as que vivem na superfície, nas seguintes proporgOes: su

perficie: 11,02%; fundo: 61,42%; superfície a meia agua:

9,45%; superfície, meia agua e fundo: 11,02%; meia agua e fundo: 7,09%.

Nas regiOes Norte e Nordeste, a maior parte dabio massa composta por cerca de uma dezena de espécies, nos trés tipos de habitat considerados, sendo o bent8nico o de menor numero. De acordo com a Tabela IV, pode-se observar que as espécies bentOnico-demersais dominam amplamente a produção de pescado, principalmente na Sub-area I, onde constituem 70,9%. Na Sub-area II, a participação dos tres habitats é muito uniforme (em torno de 21%), e na Sub-area III, as principais espécies demersais participam com ape nas 9,1%, observando-se o destaque das pelagicas, com

20,7%.

O conceito de "safra" esta mais relacionado com Agricultura, em que se verifica uma marcante estacionalida

(15)

de da produção primaria, sendo esta (no caso, as culturas vegetais) o objetivo principal dos estudos de investigação. No mar, para se manter a mesma analogia, a safra seria re lacionada com a produção de fitoplancton ou, no maxim, de zooplancton, mas na realidade o que nos interessa avaliar são as safras de produção secundaria, isto e, aquelas que mantem relação direta com a produção de pescado. Assim, es tas tanto podem ter uma conotação biolOgica, nem sempre

fa

cil de detectar, quanto pesqueira, identificada pelos pes cadores como as épocas em que os peixes estão mais disponi veis para captura.

Na zona tropical, a regularidade anual dos fato

res oceanogrgficos tem sido utilizada como argumento para

a inexistência de safras, mas neste trabalho procuramos

mostrar que, pelo menos, algumas espécies apresentam em de terminados trimestres, correspondentes as estaçOes do ano (embora não tão bem demarcadas como nas altas latitudes),va lores da abundância relativa bem superiores aos dos demais.

A analise da variação trimestral da CPUE, conside rada como índice de abundancia, procura demonstrar a hip6 tese de que safras de produção secundaria ocorrem na zona tropical, embora não tão bem definidas como na- zona tempe-rada, com base em algumas espécies de peixe de habitats pe lagico e demersal, e duas espécies de lagosta, bentOnicas obviamente. Os dados foram obtidos para diversos, períodos multianuais, dispostos nas Tabelas V a XI, tendo-se utili

(16)

zado os valores medios (Tabela XII), para se tirar algumas conclusaes acerca da possiblidade de ocorrência de safras:

(1) A _sardinha-bandeirai espécie plant6faga, por tanto do 29 nível tréfico, apresenta sua maior abundância no segundo trimestre, conforme os indices de 731,5 indivi duos .e 44,0 kg por dia de despesca, em currais-de-pesca do Estado do Ceará.

(2) A serra, carnívoro pelágico, de 2a. ordem,foi estudada em seu índice de abundância por dois tipos de apa relho-de-pesca (anzol e curral-de-pesca) e em termos de nia mero_e peso dos indivíduos, entre os quais se verifica se melhante tendência de variação,

que o peso trimestral é mais ou menos constante, com os seguintes resultados: o período de safra na captura com anzol corresponde as esta qoes primavera-verão (quarto e primeiro trimestres),enquan to na captura com curral-de-pesca, este se verifica no ve rio-outono (primeiro e segundo trimestres), fato talvez re lacionado com a grande abundância de sardinha-bandeira no segundo trimestre, espécie que constitui um dos principais itens alimentares da serra (Menezes, 1970).

(3) A cavala, espécie muito semelhante

a

serra e também carnívoro de 2a. ordem, capturada apenas com anzol, apresenta a mesma época de safra (primavera-verão).

(4) Os atuns, espécies pelágicas oceânicas capa • zes de percorrer grandes distancias e que ocupam, portanto,

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extensas áreas geográficas, apresentam o mesmo período de safra (primavera-verão) que a cavala e serra (espécies da mesma família, Scombridae).

(5) 0 pargo, carnívoro demersal de 2a. e 3a. or dem, apresentou um índice de abundância bastante semelhan te nas estagOes do ano, com pequeno destaque para a prima vera, fato que pode estar relacionado com o longo período de tempo para o qual foram obtidos os dados em análise (1967 -1986) e também a grande extensão geográfica da area de ex ploração coberta nesse período, havendo a possibilidade de se ter atingido mais de um estoque simultaneamente, causan do a mistura de informagaes e uniformidade das observagOes sobre a safra.

(6) As lagostas, crustáceos bentOnicos de dieta detritivora,- apresentaram como época de safra o outono(se gundo trimestre), com um índice de 0,611 kg/covo-dia), que não determinou um destaque muito significativo em relação aos das outras estagOes.

Os dados acima apresentados confirmam a ocorren cia de períodos definidos de safra para os peixes carnivo ros (cavala, serra, atuns) na primavera-verão, e de um pei xe pelágico forrageiro, a sardinha-bandeira, durante o ou

tono, mas não tão evidentes na espécie de peixe demersal

(pargo). Em quase todas as pescarias analisadas, a CPUE tem variagOes regulares ao longo do ano, as quais podem refle tir modificaçOes reais na abundância, tendo como causas os

(18)

fatores oceanogralicos, cuja influencia seria mais direta

sobre o nível trOfico O (fitoplancton), ou as interrela

yOes dos fatores responsáveis pela dinâmica do estoque ca pturavel (recrutamento, crescimento e mortalidade).

A distância entre o primeiro nível e aqueles em

que ocorre a produção secundaria (principalmente no caso

dos carnivoros) e a escassez de informagOes sobre a estru tura físico-química das aguas das regiaes consideradas nes te trabalho, dificultam bastante a determinação das verda deiras causas responsáveis pela ocorrência de safras, prin cipalmente para espécies pelágicas, já que para as denier_ sais e bentOnicas, 6 possível correlaciona-los com o volu-me de material orgânico e inorgânico carreado pelo desague fluvial. Por exemplo, o período de cheias na bacia amazOni ca, de abril a setembro, e conseqiieni-e intensificação do desague fluvial poderia ter influencia, no mínimo indireta, sobre a maior disponibilidade do pargo para captura duran te a primavera (quarto trimestre). Nesse contexto, a redu gão do volume de desague do Rio Sao Francisco, em função

da barragem da agua em seus diversos reservatOrios, pode

ria estar contribuindo para a diminuição relativa da fauna demersal e bentOnica na Sub-area III.

No caso das especies pelágicas, supomos que a

ocorrencia de safra no período de primavera e verão esta relacionada com a atividade reprodutiva, já que a cavala e a serra (Gesteira & Mesquita, 1976) e o atum albacora-bran

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ca (Beardsley Jr., 1969) desovam nessas estagaes, o cue

de um lado determina a disponibilidade de individuos de

maior porte, e de outro facilita a sua captura, por esta rem mais agregados nesta época. De acordo com Murphy & Sho

mura (1972), a abundância de albacora-laje nas proximida

des do Equador es resultante da seguinte seqtencia de even tos: ocorrência de ressurgencia na area, deslocamento da

água em direção ao norte, desenvolvimento do zooplancton

relativamente rápido, desenvolvimento mais lento dos itens

alimentares da especie, e congregação dos indivíduos nas

melhores áreas de alimentação. Isto é tambem corroborado por Gulland (1964), quando afirma que a maior produção se cundária em peso se verifica no outono (segundo trimestre), período em que ocorre o máximo crescimento dos indivíduos.

4. SUMARIO

Este trabalho apresenta algumas informaq6es nedes

sárias para se testar a hipótese de que as regiOes demer

sais do oceano, na zona intertropical, apresentam maior po tencial de biomassa do que as regiOes pelágicas, e de que

nesta, apesar de regularidade anual das condiçOes oceano

gráficas, registram-se "safras" de produção secundária(pes

cado). Estas hipóteses foram, em parte, comprovadas atra

vós de dados de produção de pescado fornecidos pelo IBGE, classificando-Se as diversas especies de acordo com seu ha bitat principal, em pelágicas, demersais, e bentOnicas.Des te modo,

(20)

As principais conclusOes desta investigação foram as seguintes:

1 - &:produção media anual das regiaes Norte . e Nordeste foi de 164.244 toneladas, da qual as Sub-areas I (Amapa. - Maranhao), II (Piaui - Pernambuco) e III(Alagoas-

Bahia) participaram com 61,1%, 22,5% e 16,4%, repectiva-

mente.

2 - A produtividade media na area estudada foi de 632 kg/km2/ano, sendo que a Sub-area I tem a maior produti vidade (764 kg/km2/ano) e a Sub-area III, a menor (434 kg/ km2/ano). Deve-se ressaltar que esses dados se referem

a

produção capturada, portanto, a biomassa pode ser at duas vezes maior.

3 - A biomassa da região do fundo e adjacências contribuiu com cerca de 2/3 da produção de pescado, sendo que na Sub-area I a proporção de 2,5 toneladas de espe cies bentOnico-demersais para 1 tonelada de pelágicas; na Sub-área III esta proporção de 1,5 para 1.

4 - A predominância da produção bentOnica-amersal, provavelmente, decorre da contribuição alóctone representa da pelo carreamento de material orgânico e mineral pelos grandes sistemas fluviais da região Norte.

5 - Apesar da regularidade anual das condiçOesocea nogra.ficas, foi possível identificar períodos de "safra" na produção de pescado, determinados através do indice de abun dancia (captura por unidade de esforço) para as principais

(21)

espécies comerciais das regiaes Norte e Nordeste.

6 - A sardinha-bandeira, espécie forrageira do 29 nível trOfico, apresentou um período definido de maiorabun dância no outono (segundo trimestre).

7 - Os carnívoros peldgicos (cavala, serra,atuns) apresentaram maior abundância na primavera-verão (quarto-primeiro trimestres).

8 - 0 pargo, carnívoro demersal de 2a. e 3a. or

dens, apresentou abundância trimestral mais uniforme, embo ra com ligeiro predomínio da primavera.

9 - As lagostas, especies essencialmente bentOni cas, apresentaram maior abundância no outono (segundo tri mestre), mas a estacionalidade de produção parece não es tar relacionada com o volume de desdgue fluvial, tendo em vista sua pequena tolerância a baixas salinidades.

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(24)

NOME VULGAR AGULHA AGULHKO AGULHAD-BANEEIRA ALBACORA ARABAIANA ARIAC6 ARRAIAS BADEJO BAGRES BAIACU BARBEIRO BARBUDO BATATA BEIJUPIRA BETARA BICUDA BIQUARA BONITO BUDIÃO CACõES CAMARÕES CAMURIM CAMURUPIM NOME CIENTÍFICO HemiAhamphuis bnaisitienzi4 StAongytuAa Aaphidoma listiophoAu4 ameAicanu6 genero Thunnu6 Etagatiz bipinnutatuz Lutjantos 4SynagA.1,4 ordem Batoidei Epinephetu6 ad4cencioniz Tachyza,u1.5 spp familia Tetrodontidae Acanthuhu4 comaela Potynemuz vginicu6 Pinguipez 4a4ciattu4 RachycentAon canaduis MenticiniLhu6 amoLicanu4 SphyAaena spp Haemuton ptumieAi Euthynnuz attetteAatus SpaAiisoma 4Aondo4um classe Elasmobranchii Penaeu6 spp CentAopomuz undecimati4 TaApon at.tanticuz HABITAT LJ T-' PELAGICO (P), DEMERSAL (D) E BENTÔNICO (B),

(25)

CANGULO CARANGIDEOS CARANGUEJO CARAPEBA CAVALA CHERNE CHICHARO CIOBA CONGRO CORVINA DOURADO ENCHOVA ENXADA P.PADA ESPADARTE ESPARIDEOS GAROUPAS GOETE GORDINHO GUAIAMUM GUAIUBA GUARAXIMBORA GURIJUBA LAGOSTAS LINGUADO MANGANGA Batizteis vetuta CaAanx spp

Ucide4 coAdatufs coAdatu4

DiapteAuz spp ScombeAomeauis.. cavatla Epinephauz niveatu4 TiLachunuz tAachuAu4 Lutjanuz anati4 CongeA ocean-Lcaz MicAopogon 6uAnieft,e CoAyphaena h.fppuAu4 PomatopomuL 6attatitix Chaetodiptetws 6abeA TiL;chiu'utz Zeptetus. Xiphicbs gtadiuz

Pagful4 spp, BoAidia spp e adzinuZ spp

Epinephauis spp C.yno6cion pettama Pepnituz sp CaAdizoma guanhumi Ocyukuz chAy6totuis CaiLanx tatuz AhiU6 tUni6CUtiZ

Panulinu angu e Panut.iitu4

Zaevicauda

Panalychthy6 spp

(26)

MANJUBA MARIQUITA MERO MEXILHÃO MIRAGUAIA MORÉIA NAMORADO OLHO-DE-C-A0 OSTRA OVEVA PACAMÃO PARATI PARGO PEIXE-PEDRA PEIXE-PORCO PEIXE-SERRA PESCADAS PESCADINHA PIRA PIRAGICA POLVO PREJEREBA ROBALO ' RONCADOR SABE RE SARAMONETE SARDA SARDINHA familia Engraulidae HeitocntiLuz cuscnzioni4 PAOmicAop4 itaidna MyteLea spp - Pago n-La4 chAomi4

familia Muraenidae P4eudopeAa4 numida PiLiacanthu4 alLenatuL CkazzoZt4ea hhizophoAxce LaA1mu6 bAevicepZ Amphichthyz cAyptocenttu4 Mugit cultema Lutjanca pukpuneu GenyatiLemca Zateu)s Monacanthca hi4picht4 Pki4te4 spp C 1'no6cion sPp Cynozcion viAA4cen6 Matacanthu4 pZumie/Li Kyphozu zectatkix Octopuz yutga)Li4

Lob -otez 4uAanamen4i4 Cent/Lopomuis undecimati4 Conodon nobiti Abude4dut4 4axatiti4 Muttu4 4tounutetu4 SaAda spp Opizthonema ogZinum

(27)

TABELA I (Continuação)

NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO HABITAT

SERIGADO SERRA SIRIS TAINHAS UBARANA VERMELHO VOADOR XARgU XERELETE Myctexopenca bonaci Scombvtom040 bita4itien4i4 Cattine:ctez spp Mugit spp Haim isaunt14 Lutjanu4 spp Hikundichthy4 Catanx hippoz CcuLanx cty,soz

(28)

RA DE PESCADO EM HABITATS DOS TIPOS PELAGIC° (P), DEMERSAL (D)

E BENTÕNICO (B), NAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL, DE

1980 a 1984

ANO

PRODUÇÃO DE PESCADO (ton)

AMAPA - MARANHÃO PIAUÍ - PERNAMBUCO ALAGOAS - BAHIA

P D B P D B P D B 1980 1981 1982 1983 1984 24.934 27.319 27.976 29.100 32.457 36.756 40.627 44.663 42.984 37.264 27.950 33.442 33.429 34.527 28.702 10.629 11.709 10.680 12.091 12.891 11.495 14.494 12.141 12.252 14.219 10.654 13.702 13.395 8.850 15.349 10.648 10.491 11.138 11.796 9.866 6.046 5.928 6.293 7.036 6.654 6.529 7.106 9.886 11.076 14.050 MÉDIA 28.357 40.459 31.610 11.600 12.920 12.390 10.788 6.391 9.729 AREA (1Km2) 131.418 66.162 61.926 INDICE DE PR2 DUTIVIDADE (kg/km2/ano) 216 308 240 175 195 187 174 103 157 764 557 434

(29)

(B) , NAS REGIÕES NORTE E NORDESTh DO BRASIL, POR SUB-AREAS, TE 1980 A 1984.

SUB-AREA

PRODUÇÃO DE PESCADO

PELAGICA DEMERSAL BENTCNICA TOTAL

t % t % t % t % A1iAPA-MARAND PIAUf-PERNAMBUOD ALAGOAS-BAHIA 28.357 11.600 10.788 28,2 31,4 40,1 40.459 12.920 6.391 40,3 35,0 23,8 31.610 12.390 9.729 31,5 33,6 36,1 100.426 36.910 26.908 100,0 100,0 100,0 TOTAL 50.745 30,9 59.770 36,4 53.729 32,7 164.244 100,0

(30)

AMAPA - MARANHÃO pxAur - PERNAMBUCO ALAGOAS - BAHIA

PELAGIC°

ESPPCIE PRODUÇÃO (t) ' ESPÉCIE PRODUÇÃO (t) ESPÉCIE PRODUÇÃO (t)

• TAINHAS 39.395 CAVALA 6.722 TAINHAS 12.264

DOURADO 21.765 SERRA 5.862 CARANGIDEOS 6.242

CAÇÕES 18.556 VOADOR 5.554 CAÇÕES . 4.517

XAREU 13.912 GUAIUBA 5.265 XERELETE ' 4.340

SERRA 13.596 TAINHAS 4.530 MANJUBA 3.317

PARATI 8.399 CAÇÕES 4.446 XARPU 3.030

CAMURUPIM 6.791 AGULHA 3.983 ROBALO 3.015

CAMURIM 5.761 SARDINHA 3.018 SARDINHA 2.866

CARANGIDEOS 3.654 CAMURUPIM 1.964 GUAIUBA 2.857

SARDA 1.731 XARPU 1.886 CAVALA 2.768

MANJUBA 1.595 ALBACORA 1.764 CARAPEBA 2.092

ENCHOVA 1.326 XERELETE 1.517 ALBACORA 1:060

CARANGIDEOS 1.291 CAMURIM 1.138 TOTAL 136.483 - 48.940 - 48.388 DEMERSAL BAGRES PESCADAS CORVINA - GURIJUBA PEIXE-PEDRA PARGO MERO PREJEREBA PACAMÃO 65.639 38.988 36.907 29.903 11.985 8.390 4.405 1.417 1.393 PARGO CANGULO BIQUARA VERMELHO BAGRES CIOBA PESCADAS GAROUPA ARABAIANA GUARAXIMBORA RONCADOR ARIACO 28.824 4.294 3.338 2.749 2.639 2.515 2.461 2.230 2.067 1.996 1.616 1.589 VERMELHO PESCADAS CORVINA BAGRES GAROUPA MERO MORÉIA POLVO ARABAIANA RONCADOR . 8.447 5.142 2.883 2.882 1.326 1.249 1.007 902 880 687 TOTAL 199.037 - 56.318 - 25.405 BENTONICO

CAMARÕES 75.730 LAGOSTAS 38.695 CAMARÕES 38.727

CARANGUEJO 46.692 CAMARÕES 12.688 CARANGUEJO 11.694

MEXILHÃO 19.599 CARANGUEJO 6.463 SIRIS 7.847

ARRAIAS 8.456 ARRAIAS 1.855 ARRAIAS 4.035

PEIXE-SERRA 6.360 SIRIS 807 LAGOSTAS 1.317

-SIRIS 1.846 GUAIAMUM 214 GUAIAMUM 1.221

OSTRA 84 •OSTRA 83 OSTRA 525

MEXILHÃO 65 MEXILHÃO 479

(31)

FRENTE AO ESTADO DO CEARA, NOS PE RIODOS 1962/73 E 1978/81. AN O ÍNDICE DE ABUNDÂNCIA/TRIMESTRE 19 29 39 49 N9 DE IND./DIA DE DESPESCA 1962 170,2 1.136,8 201,5 12,8 1963 54,9 1.205,5 587,5 57,4 1964 181,4 1.911,3 956,4 42,9 1965/67 85,9 918,8 490,7 239,5 1968/70 303,4 1.770,3 952,9 369,9 1971/73 254,5 1.159,7 1.190,6 963,9 1978 178,7 475,5 351,2 - 1979 90,3 1.590,6 243,0 169,3 1980 125,5 1.098,1 91,4 175,5 1981 128,9 437,6 233,8 80,0 MÉDIA 98,3 731,5 331,2 140,7 KG/DIA DE DESPESCA 1962 11,1 88,8 16,2 1,0 1963 4,8 84,5 40,8 4,5 1964 14,4 157,1 94,6 4,3 1965/67 3,8 46,6 23,9 11,6 1968/70 15,0 89,2 46,5 17,7 1971/73 11,5 58,2 57,5 45,9 1978 7,0 23,8 20,0 - 1979 4,2 80,6 10,9 8,0 1980 5,5 53,1 4,1 8,8 1981 6,3 21,9 11,4 3,8 MÉDIA 5,2 44,0 20,4 7,0

(32)

CA EM FRENTE AO ESTADO DO CEARA, NOS PERÍODOS 1962/73 E 1978/81. ANO INDICE DE ABUNDÂNCIA/TRIMESTRE 19 I 29 I 39 r 49 N9 DE IND./DIA DE DESPESCA 1962 59,6 17,3 2,8 3,2 1963 8,7 10,7 1,9 2,9 1964 1,9 19,5 1,5 2,2 1965/67 9,8 7,7 2,1 5,9 1968/70 10,1 12,1 3,8 9,0 1971/73 11,1 9,9 2,8 15,9 1978 0,3 1,6 1,1 - 1979 1,3 8,3 2,3 3,6 1980 2,4 10.,8 1,2 2,7 1981 3,2 7,0 1,4 3,1 NDDIA 6,8 6,5 1,3 3,2 KG/DIA DE DESPESCA 3,1 2,5 2,4 2,2 3,9 2,9 1,4 2,6 1,0 1,5 1962 1963 1964 1965/67 1968/70 1971/73 1978 1979 1980 1981 60,5 10,6 2,0 11,6 11,8 12,1 0,4 1,5 2,5 3,7 20,3 12,5 21,4 8,8 13,0 11,0 1,9 10,2 19,3 7,1 4,0 3,0 2,2 5,5 8,0 13,5 3,9 1,7 2,6

(33)

CEARA, NO PERÍODO 1965-1975.

ANO INDICE DE ABUNDÂNCIA (N9 DE IND./ANZOL-DIA)

19 29 39 49 1965 0,704 0,249 0,245 0,606 1966 0,421 0,462 0,502 0,511 1967 0,505 0,263 0,176 0,550 1968 0,303 0,142 0,195 0,501 1969 0,464 0,123 0,412 0,355 1970 0,306 0,211 0,140 1,567 1971 0,898 0,209 0,622 0,803 1972 1,030 0,569 0,433 0,474 1973 0,283 0,561 0,650 1,341 1974 0,478 0,386 0,280 0,720 1975 0,365 0,128 0,323 0,648 MÉDIA 0,523 0,300 0,362 0,734

(34)

ANZOL EM FRENTE AO ESTADO DO CEARA, NO PERÍODO 1965-1975

ANO

INDICE DE ABUNDÂNCIA

OW

DE IND./ANZOL-DIA)

19 29 39 49 1965 1,041 0,308 0,254 0,902 1966 0,752 0,342 0,376 0,834 1967 0,642 0,367 0,241 0,586 1968 0,367 0,211 0,113 0,607 1969 0,335 0,237 0,224 0,482 1970 0,262 0,179 0,093 0,295 1971 0,348 0,234 0,224 0,370 1972 0,681 0,473 0,300 0,561 1973 0,269 0,192 0,247 0,250 1974 0,239 0,120 0,100 0,315 1975 0,357 0,153 0,218 0,376 PiDDIA 0,481 0,256 0,217 0,507

(35)

ANZOIS EM FRENTE AO NORDESTh DO BRASIL, NO PERÍODO 1956-1960

ANO INDICE DE ABUNDÂNCIA (KG/DIA DE VIAGEM)

19 29 39 49 1956 - - - 3.995,3 1957 3.157,7 3.652,4 2.431,8 2.294,2 1958 3.520,3 1.921,6 1.458,4 - 1959 1.944,3 1.637,0 1.988,6 1.247,3 1960 2.548,5 2.698,6 1.634,3 3.860,5 MEDIA 2.792,7 2.477,4 1.878,3 2.849,3

(36)

EM FRENTE AO NORTE E NORDESTE DO BRASIL,

NO PERIODO DE 1967-1986

A NO INDICE DE ABUNDÂNCIA (KG/ANZOL-DIA)

19 29 39 49 1967 1/4.0 00 N (-4.1 .---{ c. \I H CO CO h t ..0 I" - h 4 4 1" -- CO " 4' (N k.0 Ln . .. .... . .... .... .. . , , ., .... .. . ... .... , ... .. .. CO cn L r) k.o . in .4 , q: , Lt 1 Cn N (N I CN I H C • I . -1 (N H H C) H 9,9 5,5 11,1 1968 12,2 6,1 6,4 1969 6,0 5,7 7,4 1970 4,5 4,9 6,2 1971 3,5 4,0 5,6 1972 2,6 2,9 5,3 1973 6,5 5,2 6,1 1974 3,9 4,8 4,4 1975 3,8 3,6 3,8 1976 3,5 3,1 3,6 1977 2,1 2,6 3,0 1978 3,1 2,6 3,1 1979 1,9 2,8 3,0 1980 2,3 1,9 2,1 1981 2,0 2,4 2,5 1982 2,6 2,2 2,2 1983 1,8 1,6 1,3 1984 1,7 1,6 1,2 1985 0,9 1,5 1,4 1986 1,5 1,4 1,1 MÉDIA 3,8 3,8 3,3 4,0

(37)

da EM CONJUNTO, CAPTURADAS POR COVO EM FRENTE AO NORDESTE, NO PERÍODO 1964-1986

ANO INDICE DE ABUNDÂNCIA (KG/COVO-DIA)

19 29 39 49 1964 3,006 3,732 3,564 2,586 1965 1,524 2,013 1,077 0,894 1966 1,071 0,900 0,861 0,843 1967 0,525 0,628 0,669 0,930 1968 0,783 0,745 0,661 0,749 1969 0,634 0,594 0,457 0,458 1970 0,529 0,670 0,521 0,558 1971 0,501 0,459 0,375 . 0,339 1972 0,273 0,369 0,384 0,390 1973 0,282 0,258 0,279 0,213 1974 0,369 0,390 0,327 0,324 1975 0,360 0,321 0,267 0,279 1976 0,303 0,336 0,267 0,264 1977 0,264 0,324 0,291 0,300 1978 0,270 0,360 0,345 0,306 1979 0,334 0,387 0,369 0,303 1980 0,282 0,258 0,207 0,186 1981 0,261 0,306 0,201 0,210 1982 0,396 0,228 0,174 0,141 1983 0,123 0,165 0,147 .0,171 1984 0,378 0,2.70 0,183 0,123 1985 0,294 0,204 0,141 0,129 1986 0,111 0,135 0,129 0,126 MÉDIA 0,560 0,611 0,517 0,470

(38)

DAS NAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL

ESPÉCIE

APARE LHO DE

PESCA

INDI CE DE ABUNDÂNCIA ( CPUE )

19 TRIM. 29 TRIM. 39 TRIM. 49 TRIM.

VERAD OUTONO INVERNO PRIMAVERA

SARDINHA- BANEEIRA CURPAL-EE- PESCA N KG 98,3 5,2 731,5 44,0 331,2 20,4 140,7 7,0 SERRA CURRAL-DE- PESCA N KG .6,8 7,3 6,5 7,8 1,3 1,5 3,2 3,0 SFRRA ANZOL N 0,523 0,300 0,362 0,734 CAVALA ANZM N 0,481 0,256 0,217 0,507 PARGO PARGUEIRA KG 3,8 3,8 3,3 4,0 ATUNS ESPINBEL KG 2.792,7 2.477,4 1.878,3 2.849,3 LAGOSTAS COVO KG 0,560 0,611 0,517 0,470

(39)

Referências

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