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Metodologias para roteamento ótimo em redes de telecomunicações

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Academic year: 2021

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(1)´ ´ UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA ´ ˜ EM ENGENHARIA ELETRICA ´ PROGRAMA DE POS-GRADUAC ¸ AO E ´ INFORMATICA INDUSTRIAL. ´ MARCOS MINCOV TENORIO. ´ METODOLOGIAS PARA ROTEAMENTO OTIMO EM REDES DE ˜ TELECOMUNICAC ¸ OES. ˜ DE MESTRADO DISSERTAC¸AO. CURITIBA 2011.

(2) ´ MARCOS MINCOV TENORIO. ´ METODOLOGIAS PARA ROTEAMENTO OTIMO EM REDES DE ˜ TELECOMUNICAC ¸ OES. Dissertac¸a˜ o apresentada ao Programa de P´osgraduac¸a˜ o em Engenharia El´etrica e Inform´atica Industrial da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a como requisito parcial para obtenc¸a˜ o do grau ´ de “Mestre em Ciˆencias” – Area de Concentrac¸a˜ o: Telem´atica. Orientador:. Em´ılio Carlos Gomes Wille. CURITIBA 2011.

(3) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação T312. Tenório, Marcos Mincov Metodologias para roteamento ótimo em redes de telecomunicações / Marcos Mincov Tenório .— 2011. 81 f. : il. ; 30 cm Orientador: Emílio Carlos Gomes Wille. Dissertação (Mestrado) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pósgraduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial. Curitiba, 2011. Bibliografia: f. 79-81. 1. Sistemas de telecomunicação. 2. Roteadores (Redes de computação). 3. Redes de computação – Protocolos. 4. Comutação de pacotes (Transmissão de dados). 5. Telecomunicações – Tráfego – Controle de qualidade. 6. Engenharia elétrica – Dissertações. I. Wille, Emílio Carlos Gomes, orient. II. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial. III. Título. CDD (22. ed.) 621.3. Biblioteca Central da UTFPR, Campus Curitiba.

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(5) AGRADECIMENTOS. Agradec¸o a Deus pela capacidade concedida em momentos dif´ıceis com a Sua palavra que diz: ”Pois eu bem sei os planos que estou projetando para v´os, diz o Senhor; planos de paz, e n˜ao de mal, para vos dar um futuro e uma esperanc¸a.”Jeremias-29:11. Agradec¸o aos meus pais pelo ensino, apoio e suporte durante o per´ıodo cursado. Tamb´em a toda minha fam´ılia que reside em Curitiba e que proporcionaram ajuda durante minha estadia. Ao meu professor orientador, que com muita tranquilidade e respeito proporcionou o conhecimento e ajuda necess´arios para t´ermino do projeto. ` minha namorada que mesmo a distˆancia pode me dar aux´ılio. A Aos amigos e todos que participaram direta e indiretamente na conclus˜ao deste projeto. ` Fundac¸a˜ o Arauc´aria pelo financiamento deste projeto atrav´es da concess˜ao de bolsas de A estudo..

(6) RESUMO. ´ ´ TENORIO, Marcos Mincov. Metodologias Para Roteamento Otimo em Redes de Telecomunicac¸o˜ es. 81 f. Dissertac¸a˜ o – Programa de P´os-graduac¸a˜ o em Engenharia El´etrica e Inform´atica Industrial, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Curitiba, 2011. O gerenciamento do tr´afego na Internet tornou-se essencial devido a` grande utilizac¸a˜ o de servic¸os em rede nos u´ ltimos anos. Assim, para executar alguns servic¸os que demandam um certo grau de qualidade e´ necess´ario otimizar o uso de recursos existentes. Organizac¸o˜ es mantenedoras de backbones s˜ao respons´aveis por rotear o tr´afego, utilizando protocolos que encaminham dados da origem ao destino. Um dos protocolos de roteamento mais utilizados mundialmente e´ o Open Shortest Path First (OSPF). A qualidade das rotas oferecidas pelo protocolo OSPF depende dos pesos atribu´ıdos pelo operador de rede a` s ligac¸o˜ es (enlaces). A determinac¸a˜ o destes pesos depende dos crit´erios t´ecnicos ou econˆomicos considerados necess´arios por parte da empresa provedora de servic¸os telem´aticos. Nesta dissertac¸a˜ o aborda-se o problema de rotear a demanda de tr´afego na rede com o objetivo de oferecer uma qualidade de servic¸o satisfat´oria por meio de uma atribuic¸a˜ o inteligente de pesos aos enlaces. O problema de atribuic¸a˜ o de pesos (WSP), consiste em encontrar um conjunto de pesos OSPF que otimiza o desempenho da rede. Para soluc¸a˜ o deste problema, a literatura cient´ıfica apresenta algoritmos que, na sua maioria, buscam equilibrar o tr´afego na rede pelo ajuste correto da carga de cada enlace. Essa dissertac¸a˜ o visa solucionar o WSP propondo uma nova abordagem que leva em considerac¸a˜ o a perda de pacotes em caminhos origem-destino e a sobrecarga gerada em cada enlace. Tamb´em uma formulac¸a˜ o estendida e´ proposta, permitindo a obtenc¸a˜ o de um conjunto de pesos operacionais em ambientes normais e em ambientes onde ocorrem falhas de n´os. A aplicac¸a˜ o de duas heur´ısticas conhecidas, Simulated Annealing e Harmony Search, a este problema permite encontrar soluc¸o˜ es satisfat´orias para os crit´erios de desempenho especificados. Palavras-chave: Redes de Telecomunicac¸o˜ es, Protocolo OSPF, Qualidade de Servic¸o, Problema de Atribuic¸a˜ o de Pesos.

(7) ABSTRACT. ´ TENORIO, Marcos Mincov. Optimum Routing Methodologies in Telecommunication Networks. 81 f. Dissertac¸a˜ o – Programa de P´os-graduac¸a˜ o em Engenharia El´etrica e Inform´atica Industrial, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Curitiba, 2011. Internet traffic management becomes essential due the large use of the Internet the past decades. Balancing the use of existing IP resources improves the performance of services. Backbone manteiners are responsible for routing data that are sent along the network links from a source to a destination host. A routing protocol is used to perform this task. One of the most commonly used internal routing protocol is OSPF (Open Shortest Path First). The quality of the routes offered by the OSPF protocol mainly depends on weights that are assigned by the network operator to the links. The determination of these weights depends on technical or economic criteria deemed necessary by the ISPs. This master dissertation addresses the routing problem aiming at providing network quality of service by optimizing the weights assigned to links. The weight setting problem (WSP) corresponds to find a set of OSPF weights that optimize network performance. To solve this problem, the literature shows algorithms that mostly seek to balance the network traffic by correctly setting link loads. This work aims at solving WSP proposing a new approach that takes into account packet losses over origin-destination paths and link overhead. Also an extended formulation is proposed, to obtain a set of operating weights in normal environments and in environments where node failures can occur. The application of two well known heuristics, Simulated Annealing and Harmony Search, to this problem allows to find satisfactory solutions to the performance criteria specified. Keywords: Telecommunication Networks, OSPF Protocol, Quality of Service, Weight Setting Problem.

(8) LISTA DE FIGURAS. ˜ DE ROTEADORES . . . . . . . . . . FIGURA 1 – EXEMPLO DE UMA INTERLIGAC¸AO ´ FIGURA 2 – AS 5 PRIMEIRAS ETAPAS UTILIZADAS NO CALCULO DO CAMINHO MAIS CURTO DE A A D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˆ ˜ FIGURA 3 – A) UM SISTEMA AUTONOMO B) UMA REPRESENTAC¸AO ´ GRAFICA DE A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˆ FIGURA 4 – OCORRENCIA DE FALHAS (ADAPTADO DE (NUCCI ET AL., 2003)) ˜ FIGURA 6 – COMPARAC¸AO ENTRE MODELOS GE/M/1/B E M[X] M/1/B COM ρ = 0, 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ENTRE MODELOS GE/M/1/B E M[X] M/1/B COM ρ = FIGURA 7 – COMPARAC¸AO 0, 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FIGURA 8 – VALORES DE ATRASO PELO MODELO M[X] M/1/B . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ˜ DAS SUBPOPULAC¸OES ˜ ATUAL . . . . . . . . FIGURA 9 – GERAC¸AO DA SOLUC¸AO ´ FIGURA 10 – PSEUDOCODIGO SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ FIGURA 11 – PSEUDOCODIGO HS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ FIGURA 12– DUAS TOPOLOGIAS UTILIZADAS PARA SIMULAC¸AO, UMA OBTIDA DE (KO ET AL., 1997) OUTRA DE (NUCCI ET AL., 2003) . . . . ˜ NOS ENLACES PARA TOPOLOGIA 1 . . . FIGURA 13 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO ˜ NOS ENLACES PARA TOPOLOGIA 2 . . . FIGURA 14 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO FIGURA 15 – CURVAS DE CUSTO DE FORTZ & THORUP COM HS E SA . . . . . . . . ˜ NOS ENLACES PARA TOPOLOGIA 1 . . . FIGURA 16 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO ˜ ´ FIGURA 17 – INDICE DE UTILIZAC¸AO NOS ENLACES PARA TOPOLOGIA 2 . . . FIGURA 18 – CURVAS DE CUSTO DA PROPOSTA KAUR ET. AL COM HS E SA . . ˜ NOS ENLACES PARA TOPOLOGIA 1 . . . . . FIGURA 19 – TAXA DE UTILIZAC¸AO ˜ FIGURA 20 – TAXA DE UTILIZAC¸AO NOS ENLACES PARA TOPOLOGIA 2 . . . . . ´ FIGURA 21 – ANALISE DE CAMINHOS COM PLOSS M´INIMO DE 3% . . . . . . . . . . . ´ FIGURA 22 – ANALISE DE CAMINHOS COM PLOSS M´INIMO DE 1% . . . . . . . . . . . ˜ EM UM ESTADO DE FALHA CR´ITICA . . FIGURA 23 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO FIGURA 24 – EXEMPLO DE REDE COMPLETA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ PARA O CALCULO ´ FIGURA 25 – EXEMPLO DE FALHA DE NOS DE ΦMAX . . . . . . ˜ (W = 0, 5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FIGURA 26 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO ˜ (W = 0, 75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FIGURA 27 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO ˜ (W = 0, 9) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FIGURA 28 – ´INDICE DE UTILIZAC¸AO ´ ˜ DE W PARA DOIS FIGURA 29 – MAXIMA CARGA DE ENLACE NA VARIAC¸AO ESTADOS (ADAPTADO DE (NUCCI ET AL., 2003)) . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 17 18 21 27 34 35 35 38 39 42 44 46 47 49 50 51 53 57 58 61 63 64 66 66 68 68 69 73.

(9) LISTA DE TABELAS. ` INTERNET (ADAPTADO DE – COMPUTADORES CONECTADOS A (BURIOL; RESENDE; THORUP, 2007) E (INTERNET WORLD STATS, 2011) ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DO USUARIO ´ ˜ DA QUALIDADE DA TABELA 2 – SATISFAC ¸ AO EM FUNC¸AO REDE (ADAPTADO DE (SOUZA; BUENO, 2006)) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ ˆ TABELA 3 – MEDIA E VARIANCIA SOBRE OS RESULTADOS DE FORTZ & THORUP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . TABELA 4 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA NA TOPOLOGIA 1 . . . . . . . . TABELA 5 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA NA TOPOLOGIA 2 . . . . . . . . ´ ˆ TABELA 6 – MEDIA E VARIANCIA SOBRE OS RESULTADOS DE KAUR . . . . . . TABELA 7 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA NA TOPOLOGIA 1 . . . . . . . . TABELA 8 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA NA TOPOLOGIA 2 . . . . . . . . ´ ˆ TABELA 9 – MEDIA E VARIANCIA SOBRE OS RESULTADOS DE ˜ UTILIZAC¸AO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . TABELA 10 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA NA TOPOLOGIA 1 . . . . . . . . TABELA 11 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA NA TOPOLOGIA 2 . . . . . . . . TABELA 12 – RESULTADOS DE PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA . . . . . . . . . TABELA 13 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA COM W = 0, 5 E Φ0 . . . . . . . . TABELA 14 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA COM W = 0, 5 E ΦMAX . . . . . TABELA 15 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA COM W = 0, 75 E Φ0 . . . . . . . TABELA 16 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA COM W = 0, 75 E ΦMAX . . . . TABELA 17 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA COM W = 0, 9 E Φ0 . . . . . . . . TABELA 18 – PERDA E ATRASO PARA UMA ROTA COM W = 0, 9 E ΦMAX . . . . . ´ ˜ DE ENLACE NA VARIAC¸AO ˜ DE W PARA TABELA 19 – MAXIMA UTILIZAC¸AO DOIS ESTADOS DE FALHAS (%) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DE W (%) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . TABELA 20 – PLOSS CR´ITICO NA VARIAC¸AO ˜ DE W . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . TABELA 21 – ATRASO CR´ITICO NA VARIAC¸AO TABELA 1. 16 30 47 48 48 51 52 52 58 59 59 65 69 70 70 71 71 72 73 74 74.

(10) LISTA DE SIGLAS. IP. Internet Protocol. TCP. Transmission Control Protocol. AS. Autonomous System. IGP. Interior Gateway Protocol. EGP. Exterior Gateway Protocol. WSP. Weight Setting Problem. RIP. Routing Information Protocol. IETF. Internet Engineering Task Force. OSPF. Open Shortest Path First. LAN. Local Area Network. WAN. Wide Area Network. MOSPF. Milticast Open Shortest Path First. AT& T. American Telephone and Telegraph. OLS. On-Line Simulation. MOS. Mean Opinion Score. CMTC. Cadeia de Markov a Tempo Cont´ınuo. SA. Simulated Annealing. HS. Harmony Search. RRS. Recursive Random Search. QoS. Qualidade de Servic¸o.

(11) ´ LISTA DE SIMBOLOS. G. Grafo direcionado. N. Conjunto de n´os. A. Conjunto de enlaces. a. Identificador de enlace. wa. Peso associado ao enlace a. ~w. Vetor de pesos. s. N´o de origem de tr´afego. t. N´o de destino de tr´afego. B. Espac¸o de buffer em pacotes. ca. Capacidade do enlace a. la. Carga do enlace a. ρa. ´Indice de utilizac¸a˜ o do enlace a. Pa. Probabilidade de perda de pacotes no enlace a. D. Matriz de demanda de tr´afego. f. Fluxo. F. Func¸a˜ o objetivo. λ. Taxa m´edia de chegada de pacotes. σ2. Variˆancia de chegada de pacotes. CV. Coeficiente de variac¸a˜ o. k. Tamanho da mem´oria do Harmony Search. phmcr. Probabilidade de escolha de um valor na mem´oria. p par. Probabilidade de ajuste em um valor na mem´oria. ∆. Distˆancia entre dois valores na vizinhanc¸a. fw. Valor m´aximo para vari´aveis cont´ınuas.

(12) Φ0. Custo da rede sem falhas. ΦMax. Custo da rede com falha cr´ıtica. W. Parˆametro artificial para projeto da rede robusta.

(13) ´ SUMARIO. ˜ 1 INTRODUC ¸ AO .............................................................. 1.1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ............................................ 1.2 ESTRUTURA DA DISSERTAC¸AO 2 O PROTOCOLO OSPF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1 ROTEAMENTO NA INTERNET . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 ALGORITMO DE ROTEAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 PROTOCOLO DE ROTEAMENTO INTERNO: OSPF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DE PESOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 O PROBLEMA DE ATRIBUIC ¸ AO ˜ DO PROBLEMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1 FORMALIZAC¸AO 3.2 TRABALHOS RELACIONADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3 REDES ROBUSTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.1 WSP Tolerante a Falhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 PERDA DE PACOTES E ATRASO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.1 PERDA DE PACOTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 ATRASO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3 MODELOS DE FILA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3.1 M[x] M/1/B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3.2 GE/M/1/B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4 COMPARANDO MODELOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4.1 Probabilidade de Perda de Pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Taxa de Utilizac¸a˜ o 60% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Taxa de Utilizac¸a˜ o 80% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii) Taxa de Utilizac¸a˜ o 90% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4.2 Atraso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 4.5 CONSIDERAC¸OES SOBRE O CAP´ITULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ 5 META HEURISTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.1 ARREFECIMENTO SIMULADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2 HARMONY SEARCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2.1 Vari´aveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ ´ 6 ANALISE DE PROPOSTAS CLASSICAS ..................................... ´ 6.1 CENARIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.1.1 Topologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.1.2 Matriz de Demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DAS HEUR´ISTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.2 CONFIGURAC¸AO 6.3 PROPOSTA DE FORTZ & THORUP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.3.1 Apresentac¸a˜ o da Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.3.2 Distribuic¸a˜ o de Cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.3.3 Perda de pacotes e atraso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Topologia 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Topologia 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii) An´alise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 13 14 15 16 16 17 19 23 23 24 26 26 29 29 30 31 31 31 32 32 32 32 32 33 33 36 36 40 41 43 43 43 43 44 45 45 46 47 47 48 48.

(14) 6.3.4 Curvas de Custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.4 PROPOSTA DE KAUR ET. AL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.4.1 Apresentac¸a˜ o da Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.4.2 Distribuic¸a˜ o de Cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.4.3 Perda de Pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Topologia 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Topologia 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii) An´alise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.4.4 Curvas de Custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 6.5 CONSIDERAC¸OES DO CAP´ITULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 ROTEAMENTO BASEADO NA PROBABILIDADE DE PERDA DE PACOTES ˜ DE PESOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.1 PROBLEMA DE ATRIBUIC¸AO ˜ ´ 7.2 FORMULAC¸AO MATEMATICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.2.1 Formulac¸a˜ o B´asica do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.3 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.3.1 Distribuic¸a˜ o de Cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.3.2 Perda de Pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Topologia 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Topologia 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii) An´alise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.3.3 An´alise de Caminhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.3.4 An´alise dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ESTENDIDA - ROBUSTEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 FORMULAC ¸ AO ˜ ESTENDIDA - REDE ROBUSTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.1 FORMULAC¸AO 8.2 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.2.1 An´alise do ´Indice de Utilizac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Primeiro caso (W = 0, 5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Segundo caso (W = 0, 75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii) Terceiro caso (W = 0, 9) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.2.2 An´alise da Perda de Pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Primeiro caso (W = 0, 5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Segundo caso (W = 0, 75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii) Terceiro caso (W = 0, 9) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.3 RESULTADO SEGUNDO NUCCI ET. AL.(2003) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.3.1 Comparando resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) ´Indice de utilizac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii) Perda de pacotes e atraso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 9 CONCLUSAO ............................................................... ˆ REFERENCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 49 49 49 50 51 51 52 52 52 53 54 54 55 56 57 57 58 58 58 59 59 62 64 65 67 67 67 68 69 69 69 70 71 72 73 73 74 76 79.

(15) 13. 1. ˜ INTRODUC ¸ AO. A Internet apresentou enorme crescimento na u´ ltima d´ecada se tornando uma rede amplamente utilizada para aplicac¸a˜ o pessoal e empresarial. Com este crescimento, a quantidade de tr´afego na rede praticamente dobra a cada ano (COFFMAN; ODLYZKO, 2001), aumentando a disputa por recursos entre aplicac¸o˜ es que exigem maior qualidade e confiabilidade. Este crescimento ressalta a importˆancia da Engenharia de Tr´afego, que procura alcanc¸ar o uso equilibrado de recursos de rede e, embora n˜ao modificando a largura de banda da rede, possibilita a transmiss˜ao de demandas maiores (GHAZALA; EL-SAYED; MOUSA, 2008b). O Open Shortest Path First (OSPF) e´ o protocolo de roteamento interno utilizado na maioria das grandes redes IP, ele direciona o tr´afego baseado nos pesos associados as ligac¸o˜ es (enlaces). Estabelece tamb´em a troca de informac¸o˜ es entre roteadores, de forma que todos tenham conhecimento completo da topologia de rede assim sabendo o caminho que cada pacote deve seguir. Os pesos fixados pelo operador de rede aos enlaces permitem determinar os caminhos pelos quais os pacotes ser˜ao enviados, assim quanto menor o peso, maior a chance do tr´afego ser roteado pelo enlace. Tais pesos devem ser escolhidos para satisfazer crit´erios t´ecnicos ou econˆomicos da empresa provedora, como por exemplo minimizar congestionamentos. A CISCO, por exemplo, por padr˜ao estabelece os pesos como o inverso da capacidade do enlace, assim o caminho mais curto e´ aquele com maior largura de banda. Estrat´egias como esta da CISCO, que n˜ao levam em conta o tr´afego gerado pela configurac¸a˜ o dos pesos, n˜ao garantem a distribuic¸a˜ o equilibrada de tr´afego. Ent˜ao o problema e´ determinar o conjunto de pesos que otimizam uma func¸a˜ o de custo, problema que na literatura e´ denominado WSP (Weight Setting Problem). Uma abordagem poss´ıvel para soluc¸a˜ o do WSP e´ o visualizar como problema de minimizac¸a˜ o do custo total da rede sujeito a determinados v´ınculos de desempenho. Assim, dependendo da formulac¸a˜ o, este problema pode ter caracter´ısticas bastante diversas, cuja classificac¸a˜ o varia desde problemas n˜ao lineares vinculados at´e problemas de otimizac¸a˜ o.

(16) 14. combinat´oria de grande complexidade. Neste contexto, artigos que abordam o problema das mais diversas formas tˆem sido apresentados. Na literatura foram considerados para solucionar o problema envolvendo o roteamento inteligente para oferta satisfat´oria de servic¸os, crit´erios como: a minimizac¸a˜ o de congestionamentos (proposta em (FORTZ; THORUP, 2000a)), a identificac¸a˜ o do fator de probabilidade de perda de pacotes (proposta em (KAUR et al., 2003)), a robustez da rede para que falhas em alguns enlaces n˜ao prejudiquem a estrutura geral da rede (proposta por (NUCCI et al., 2003)). Ainda assim e´ necess´ario estender as abordagens estudadas e propor uma nova abordagem para o WSP considerando diferentes fatores de qualidade. Em diversos artigos o WSP e´ abordado levando em considerac¸a˜ o apenas um crit´erio de qualidade, mas escassos aqueles que consideram v´arios crit´erios no estabelecimento de uma estrutura, gerando assim soluc¸o˜ es para uma pequena parte do problema, enquanto nenhum fornece uma soluc¸a˜ o completa. Este trabalho de dissertac¸a˜ o tem como objetivo propor uma nova abordagem para soluc¸a˜ o do WSP levando em considerac¸a˜ o v´arios crit´erios de desempenho, como a sobrecarga gerada, a perda de pacotes, e a possibilidade de falhas. S˜ao demonstradas abordagens cl´assicas presentes na literatura, bem como a comparac¸a˜ o destas com a proposta aqui estabelecida. Desta forma foi poss´ıvel a obtenc¸a˜ o de resultados que favorecem o bom funcionamento da estrutura de rede, respeitando limites previamente estabelecidos e alcanc¸ando a qualidade de servic¸o satisfat´oria ao usu´ario final. 1.1. OBJETIVOS O objetivo principal desse trabalho e´ desenvolver uma soluc¸a˜ o para o problema de. atribuic¸a˜ o de pesos (WSP) no protocolo de roteamento OSPF. A soluc¸a˜ o deve considerar diferentes crit´erios ao atribuir pesos, incluindo sobrecarga, perda de pacotes e robustez. A aplicac¸a˜ o do problema em meta heur´ısticas favorece a obtenc¸a˜ o de um resultado satisfat´orio para diferentes crit´erios na estrutura de rede. Al´em disso, a formulac¸a˜ o denominada WSPP deve fornecer valores satisfat´orios para usu´arios, permitindo a obtenc¸a˜ o de um conjunto de pesos otimizado para diferentes situac¸o˜ es de topologia e tr´afego. Como objetivos espec´ıficos: • Apresentar os estudos fundamentais, analisando propostas cl´assicas amplamente referenciadas na literatura;.

(17) 15. • Definir de uma formulac¸a˜ o matem´atica que abrange os crit´erios de sobrecarga, perda de pacotes e robustez; • Aplicar meta heur´ısticas para obtenc¸a˜ o de um resultado otimizado do problema proposto; • Avaliar a abordagem proposta ao comparar com abordagens cl´assicas presentes na literatura. 1.2. ˜ ESTRUTURA DA DISSERTAC¸AO A estrutura deste documento est´a organizada em cap´ıtulos. O Cap´ıtulo 2 descreve o. protocolo OSPF, bem como a necessidade e a forma de aplicac¸a˜ o. O Cap´ıtulo 3 mostra o problema de atribuic¸a˜ o de pesos (WSP), a dificuldade da resoluc¸a˜ o deste e melhorias poss´ıveis a formulac¸a˜ o do problema. O Cap´ıtulo 4 apresenta os conceitos de perda de pacotes e atraso, bem como modelos de filas utilizadas para estimar valores. O Cap´ıtulo 5 descreve os algoritmos meta heur´ısticos a serem utilizados para a soluc¸a˜ o dos problemas analisados. O Cap´ıtulo 6 apresenta e analisa duas formulac¸o˜ es cl´assicas do problema WSP presentes na literatura. O Cap´ıtulo 7 prop˜oe uma nova abordagem para soluc¸a˜ o do WSP, sua formulac¸a˜ o matem´atica e resultados obtidos com aplicac¸a˜ o da mesma. O Cap´ıtulo 8 identifica a necessidade de projetar uma estrutura de rede tolerante a falhas, estendendo a formulac¸a˜ o b´asica para esta nova situac¸a˜ o, e analisando os resultados obtidos ao incluir este fator no projeto de rede. O Cap´ıtulo 9 apresenta as conclus˜oes, bem como, sugest˜oes para a continuidade deste trabalho..

(18) 16. 2. O PROTOCOLO OSPF. Este cap´ıtulo apresenta resumidamente o protocolo de roteamento intra dom´ınio denominado Open Shortest Path First (OSPF). 2.1. ROTEAMENTO NA INTERNET O roteamento do tr´afego na Internet e´ um problema de Engenharia de Tr´afego (TE) que. tem atra´ıdo a atenc¸a˜ o da comunidade acadˆemica. Em uma topologia f´ısica existente, a TE tem como tarefa mapear os fluxos de tr´afego para que objetivos de desempenho possam ser alcanc¸ados pelo operador de rede. O equil´ıbrio do tr´afego na rede pode aumentar o desempenho ao evitar o congestionamento causado pela distribuic¸a˜ o desigual de tr´afego, deste modo a TE visa analisar o ambiente de rede e proporcionar balanceamento de tr´afego para que os clientes tenham qualidade de servic¸o. De forma geral, o roteamento de pacotes na Internet encontra dois problemas principais: (i) alocac¸a˜ o dos recursos de acordo com a demanda de dados entre roteadores e (ii) gerenciamento dos recursos dispon´ıveis para evitar a sobrecarga da rede ou a ociosidade de parte dela. A utilizac¸a˜ o equilibrada dos recursos f´ısicos dispon´ıveis numa rede tem ganhado importˆancia nos u´ ltimos anos. Essa preocupac¸a˜ o e´ causada pelo aumento consider´avel de tr´afego, que dentre as principais causas destacam-se o crescimento do n´umero de usu´arios e o uso da Internet para o envio de quantidades de dados cada vez maiores (BURIOL; RESENDE; THORUP, 2007) (Internet World Stats, 2011). A Tabela 1 mostra o crescimento do n´umero de computadores conectados a` Internet. 1981 213. 1985 1.961. 1990 376.000. 1995 4.852.000. 2000 72.398.092. 2001 109.574.429. 2002 147.344.723. 2009 1.733.993.741. 2011 2.095.006.005. Tabela 1: Computadores Conectados a` Internet (Adaptado de (BURIOL; RESENDE; THORUP, 2007) e (Internet World Stats, 2011) ) Al´em da quantidade, o volume dos dados que os usu´arios trocam tem aumentado consideravelmente com o uso de recursos multim´ıdia, como a´ udio e v´ıdeo (Ex. Figuras,.

(19) 17. documentos e etc). No tr´afego de dados atrav´es da Internet, a informac¸a˜ o a ser transmitida e´ dividida em pequenos pacotes de dados que contˆem um cabec¸alho com informac¸o˜ es necess´arias para a sua correta transmiss˜ao ao longo da rede. Uma dessas informac¸o˜ es e´ a quem se destina o pacote, identificado pelo enderec¸o IP (Internet Protocol). Ao receber um pacote o roteador da rede consulta uma tabela de roteamento, esta cont´em o enderec¸o IP do pr´oximo roteador. Como cada pacote e´ tratado de forma individual, a ordem em que os pacotes chegam pode n˜ao ser a mesma em que s˜ao enviados. A tarefa de sua reordenac¸a˜ o, entre outras, fica a cargo de outro protocolo chamado TCP (Transmission Control Protocol). Al´em disso, como o roteamento e´ uma tarefa muito complexa, a rede mundial e´ dividida em dom´ınios com regras pr´oprias para rotear tr´afego em seu interior e outras regras para rotear tr´afego entre dom´ınios. Um dom´ınio e´ chamado de Sistema Autˆonomo (Autonomous System - AS). H´a protocolos ditos internos que atuam dentro de um AS (Interior Gateway Protocol - IGP, Ex. OSPF) ou entre unidades de AS (Exterior Gateway Protocol - EGP), ditos protocolos de roteamento externo. 2.2. ALGORITMO DE ROTEAMENTO Para melhor compreens˜ao do protocolo OSPF, primeiramente e´ descrito o funcionamento. do roteamento pelo caminho mais curto (shortest path). A ideia principal e´ a criac¸a˜ o de um grafo da rede, onde cada n´o representa um roteador e cada enlace uma linha de comunicac¸a˜ o entre dois pontos (chamada de enlace ou link). A rota em que um pacote deve trafegar e´ o caminho mais curto que separa os roteadores de origem e destino. Existem diferentes formas de encontrar o caminho mais curto, ou seja, quantificar a melhor distˆancia da origem ao destino. Uma destas formas e´ conhecer o n´umero de n´os que separam a origem do destino. Na Figura 1 por exemplo, o caminho ABC e´ mais curto que ADEFC pois utiliza um n´umero menor de saltos. Outra forma e´ a distˆancia geogr´afica, onde o caminho ABC e´ mais longo que ABE, esta abordagem objetiva reduzir o atraso ponto a ponto.. . .  . . . . . . . . Figura 1: Exemplo de uma interligac¸a˜ o de roteadores Al´em destas maneiras a quantificac¸a˜ o pode ser feita atrav´es da atribuic¸a˜ o de pesos administrativos nos enlaces, onde a soma destes em um caminho resulta na distˆancia total..

(20) 18. Na Figura 1, por exemplo, onde os pesos est˜ao representados nos enlaces, o caminho ABC tˆem como distˆancia total 8, j´a ADEBC tˆem distˆancia igual a 7, assim o segundo caminho e´ o mais curto entre A e C. Tais pesos administrativos podem assumir diferentes valores de acordo com a necessidade de roteamento da rede. O tempo de retardo m´edio poderia ser um peso, fazendo do caminho escolhido o mais r´apido. Podem ser calculados como uma func¸a˜ o da distˆancia, largura de banda, tr´afego m´edio, custo de comunicac¸a˜ o, tempo de fila, retardo e diversos outros fatores gerando possibilidades de diferentes estudos que aprofundem o problema de atribuic¸a˜ o de pesos aos arcos (BURIOL; RESENDE; THORUP, 2007). Este problema e´ denominado na literatura como problema de atribuic¸a˜ o de pesos (Weight Setting Problem - WSP) (FORTZ; THORUP, 2004). Uma vez j´a conhecidos os pesos, os algoritmos que realizam o c´alculo s˜ao aplicados. O algoritmo utilizado pelo OSPF e´ o algoritmo de Dijkstra, funcionando da seguinte maneira. Cada n´o recebe um r´otulo (n˜ao o peso configurado no WSP) de acordo com a ”distˆancia”at´e o n´o de origem ao longo do menor caminho conhecido, como inicialmente nenhum caminho e´ ` medida que o algoritmo prossegue e os caminhos s˜ao conhecido todos recebem r´otulo infinito. A encontrados, os r´otulos mudam, refletindo melhores caminhos. Um r´otulo pode ser provis´orio ou permanente, no in´ıcio todos s˜ao provis´orios e quando se descobre que um r´otulo representa o caminho mais curto poss´ıvel at´e a origem desse n´o, ele se torna permanente e n˜ao mais e´ alterado (DIJKSTRA, 1959).. Figura 2: As 5 primeiras etapas utilizadas no c´alculo do caminho mais curto de A a D.

(21) 19. Como exemplo, a Figura 2 mostra o processo de encontrar o caminho de A a D. Ap´os marcado o A como permanente (indicado como c´ırculo preenchido) examinam-se os n´os adjacentes alterando o valor de cada um como a distˆancia at´e A, al´em de receber o valor do antecessor, para futuramente realizar o caminho inverso. Assim por diante fixando os n´os como permanente e analisando seus adjacentes. Ao final tem-se o caminho completo da origem ao destino na vari´avel de sa´ıda, varrendo todos os n´os do destino a origem verificando seus antecessores. 2.3. PROTOCOLO DE ROTEAMENTO INTERNO: OSPF A Internet e´ formada por um grande n´umero de Sistemas Autˆonomos, onde cada um pode. ser operado por uma determinada otimizac¸a˜ o que pode utilizar o algoritmo de roteamento pr´oprio. Por exemplo, redes de empresas como X, Y e Z, vistas como trˆes ASs distintas se estivessem na Internet, internamente podem utilizar algoritmos de roteamento espec´ıficos. Por´em, a utilizac¸a˜ o de padr˜oes simplifica a implementac¸a˜ o nas fronteiras entre ASs. O protocolo de roteamento interno original da Internet e´ do tipo vetor de distˆancia, em particular o RIP, baseado no algoritmo de Bellman-Ford. O qual apresenta-se satisfat´orio em sistemas pequenos, no entanto a medida que os ASs ficavam mais numerosos seu desempenho piora. Outro problema envolvendo o RIP e´ o da contagem ao infinito e da convergˆencia lenta (REF), com isto em maio de 1979 foi substitu´ıdo pelo protocolo de estado de enlace. Em 1988, a IETF comec¸ou a trabalhar em um sucessor chamado OSPF (MOY, 1998). O protocolo OSPF se tornou o protocolo de roteamento intra dom´ınio (IGP) mais utilizado na Internet por sua confiabilidade, escalabilidade e robustez. Basicamente este protocolo de estado de enlace realiza o roteamento dos pacotes por meio do caminho de peso m´ınimo. Tamb´em estabelece que roteadores troquem informac¸a˜ o de roteamento com todos os outros roteadores dentro do mesmo AS. Cada roteador tem conhecimento da topologia da rede e armazena dados suficientes para determinar qual caminho cada pacote deve seguir a partir dele, assim como computar novas rotas, caso haja mudanc¸as na rede. Para calcular os caminhos m´ınimos da rede, o OSPF realiza, primeiramente, uma atribuic¸a˜ o de pesos aos enlaces que conectam os roteadores de um AS. Estes pesos fornecem ao roteador uma medida num´erica do melhor caminho a enviar o pacote, assim quanto menor o peso atribu´ıdo a` ligac¸a˜ o, melhor e´ este caminho. A soma dos pesos dos enlaces entre origem e destino fornece o valor do custo total..

(22) 20. Fixando cada roteador como a raiz, o OSPF calcula, em seguida, os caminhos de custo m´ınimo que levam a todos os outros destinos poss´ıveis, usando para isso um algoritmo de caminhos de custo m´ınimos (Dijkstra). Os pesos devem ser escolhidos de forma a satisfazer crit´erios pol´ıticos, t´ecnicos ou econˆomicos, por exemplo, a minimizac¸a˜ o do congestionamento da rede. Quanto maior o peso associado a um enlace, menor ser´a o tr´afego circulando por ela. O grupo que desenvolveu o protocolo j´a possu´ıa um grande n´umero de requisitos a serem aplicados no mesmo, devido a` experiˆencia com outros protocolos, dentre os requisitos estavam: • Primeiramente, o algoritmo teria de ser divulgado amplamente na literatura especializada, ent˜ao a letra ”O”(Open) em OSPF; • Deveria suportar uma variedade de m´etricas para o c´alculo, inclusive a distˆancia f´ısica, retardo m´edio, entre outros; • Teria que implementar um algoritmo dinˆamico e adaptativo, para que suportasse de forma r´apida as alterac¸o˜ es da topologia; • Teria de ser compat´ıvel com o roteamento baseado no tipo de servic¸o; • Deveria ser capaz de rotear tr´afego de tempo real em uma direc¸a˜ o e outro tipo de tr´afego em outra direc¸a˜ o; • Deveria balancear a carga, dividindo o tr´afego em diferentes caminhos, sendo que outros protocolos apenas enviavam o pacote pela melhor rota, a segunda melhor n˜ao era utilizada. Em muitos casos, a divis˜ao de carga proporciona um desempenho maior do que o envio apenas na melhor rota; • Era necess´ario ter compatibilidade com sistemas hier´arquicos. Em 1988, a Internet tinha crescido tanto que nenhum roteador conhecia a topologia inteira. O protocolo deveria ser projetado para que n˜ao fosse obrigat´orio o conhecimento da topologia pelo roteador. Seguranc¸a, tamb´em entraria em quest˜ao, evitando pequenas invas˜oes que confundiam os roteadores, ao receber informac¸o˜ es e mensagens falsas. E finalmente, lidar com os roteadores conectados a Internet atrav´es de t´uneis. O OSPF ent˜ao foi constru´ıdo, compat´ıvel com trˆes tipos de conex˜oes e redes: • Ponto a ponto entre, somente, dois roteadores; • Redes de multi-acesso com difus˜ao (maioria das LANs);.

(23) 21. • Redes de multi-acesso sem difus˜ao (maioria das WANs de comutac¸a˜ o de pacotes). As redes de multi-acesso possuem diversos roteadores, onde cada um se comunica diretamente com os outros. Como exemplo a Figura 3. A conex˜ao entre dois roteadores e´ representada por um par de arcos, um em cada direc¸a˜ o, podendo ter pesos diferentes. A Figura 3b representa graficamente a rede da Figura 3a.. (a). (b). Figura 3: a) Um sistema autˆonomo b) Uma representac¸a˜ o gr´afica de a Alguns dos avanc¸os incorporados ao OSPF s˜ao: • Seguranc¸a: As trocas entre roteadores OSPF (atualizac¸o˜ es de estado de enlace) s˜ao autenticadas. A autenticac¸a˜ o garante que apenas roteadores de confianc¸a podem participar do protocolo OSPF dentro de um SA, evitando que intrusos injetem informac¸o˜ es incorretas em tabelas de roteamento. Estes pacotes OSPF entre roteadores por default n˜ao s˜ao autenticados e poderiam ser forjados. A autenticac¸a˜ o pode ser configurada atrav´es de uma assinatura digital. Com autenticac¸a˜ o simples a mesma senha e´ configurada em cada roteador. Quando um roteador envia um pacote OSPF inclui a senha em texto normal (n˜ao criptografado). J´a a autenticac¸a˜ o MD5 e´ baseada em chaves secretas compartilhadas que s˜ao configuradas em todos roteadores, cada um calcula um hash MD5 para cada pacote OSPF com base no conte´udo do pacote e na chave secreta configurada e, ent˜ao, inclui o valor de hash resultante no pacote OSPF. O receptor, usando.

(24) 22. a chave secreta pr´e configurada, calcula o hash MD5 do pacote e o compara com o valor de hash que o pacote carrega, verificando assim a autenticidade do pacote. N´umeros de sequˆencia tamb´em s˜ao utilizados com autenticac¸a˜ o MD5 para protec¸a˜ o contra ataques por reenvio (KUROSE; ROSS, 2006); ´ • Caminhos multiplos de igual custo: Quando v´arios caminhos at´e o destino tˆem o mesmo custo, o OSPF permite que estes sejam usados, ou seja, n˜ao e´ preciso utilizar somente um melhor caminho para receber todo o tr´afego quando existem v´arios caminhos de igual custo; • Suporte integrado para roteamento unicast e multicast: O OSPF Multicast ( MOSPF) fornece extens˜oes simples do OSPF para prover roteamento multicast. O MOSPF usa o banco de dados de enlaces existente no OSPF e adiciona um novo tipo de an´uncio de estado de enlace ao mecanismo OSPF existente de transmiss˜ao de estado de enlace; ´ • Suporte para hierarquia dentro de um unico dom´ınio de roteamento: Talvez o avanc¸o mais significativo do OSPF seja a capacidade de estruturar hierarquicamente um sistema autˆonomo, dividindo em a´ reas numeradas..

(25) 23. ˜ DE PESOS O PROBLEMA DE ATRIBUIC ¸ AO. 3. Este cap´ıtulo mostra o problema de atribuic¸a˜ o de pesos (WSP) e a dificuldade da resoluc¸a˜ o deste, tamb´em mostra melhorias que podem ser aplicadas para que o resultado final seja satisfat´orio aos usu´arios. A sec¸a˜ o 3.1 apresenta a formalizac¸a˜ o do WSP. A sec¸a˜ o 3.2 apresenta alguns dos principais trabalhos nesta a´ rea, analisando os estudos realizados at´e o momento. Por fim, na sec¸a˜ o 3.3, e´ apresentado o conceito de redes robustas, e a necessidade do WSP tolerante a falhas. ˜ DO PROBLEMA FORMALIZAC¸AO. 3.1. Para formalizar o problema de atribuir pesos aos enlaces, conhecido como Weight Setting Problem - WSP, e encontrar os caminhos m´ınimos utilizados pelo protocolo OSPF, considerase que os roteadores sejam os n´os de um grafo direcionado e que as ligac¸o˜ es entre roteadores constituam o conjunto dos enlaces. Considera-se ent˜ao o grafo direcionado. G = N, A), onde. N e. A representam. respectivamente o conjunto de n´os (roteadores) e enlaces da rede. Para cada enlace a s˜ao atribu´ıdos os pesos wa , contidos no conjunto ~w= {w1 , w2 ...wn } ∈ R∗ , os quais definem as rotas de custo m´ınimo para comunicac¸a˜ o de pares origem ( s), destino ( t).. 1. A cada enlace a ∈ A e´ atribu´ıda uma quantidade B representando o tamanho do buffer (fila), uma capacidade ca e a carga la sobre o enlace. O ´ındice de utilizac¸a˜ o do enlace ρa e´ dado por la /ca . Tamb´em ao enlace a e´ associado Pa , que representa a probabilidade de perda de pacotes em a. A matriz D representa a matriz de demanda que, para cada par (s,t) ∈ NXN, especifica o tr´afego dst oferecido entre origem (s) e destino (t). (s,t). Se f a. representa a frac¸a˜ o da demanda D(s,t) no enlace a, ent˜ao a carga sobre o enlace e´. dada por: 1 R∗. = Reais positivos.

(26) 24. ∑. la =. (s,t). fa. (1). (s,t)∈NXN. Como o trabalho a ser desenvolvido pretende ser aplicado a quaisquer redes n˜ao foram utilizadas medic¸o˜ es de tr´afego real, por´em estipuladas atrav´es de uma func¸a˜ o de distribuic¸a˜ o exponencial negativa (Cap´ıtulo 7). Finalmente Φ representa a func¸a˜ o de congestionamento utilizada e F define a func¸a˜ o objetivo. O problema consiste na atribuic¸a˜ o de um valor positivo wa ∈ [1, wmax ] para cada enlace a, de tal modo que a func¸a˜ o objetivo F seja minimizada. Os pesos n˜ao necessitam seguir regras previamente definidas, como por exemplo ser proporcionais a` s distˆancias f´ısicas dos enlaces ou inversamente proporcionais a` s suas capacidades, mas devem ter como objetivo minimizar o congestionamento e perda de pacotes na rede. Vale ressaltar que o WSP e´ um problema de otimizac¸a˜ o combinat´oria n˜ao linear e prova-se que e´ NP-dif´ıcil (FORTZ; THORUP, 2000a). 3.2. TRABALHOS RELACIONADOS Os estudos em (GLAZER; TROPPER, 1990), (LEE et al., 1994) e (KHANNA; ZINKY,. 1989) forneceram algumas das primeiras tentativas de equilibrar a carga atribuindo pesos aos enlaces levando em conta as condic¸o˜ es do tr´afego local. Esta atribuic¸a˜ o de pesos e´ chamada roteamento adaptativo ou roteamento sens´ıvel a tr´afego. Contudo, adaptar pesos aos enlaces considerando condic¸o˜ es do tr´afego leva a frequentes mudanc¸as de rotas, o que pode tornar a rede inst´avel (ver (WANG; CROWCROFT, 1992) para an´alise de estabilidade do roteamento adaptativo). As abordagens propostas em geral apresentavam a otimizac¸a˜ o de pesos OSPF de modo a evitar m´ultiplos caminhos da origem ao destino ou aplicar um protocolo para quebrar os lac¸os de repetic¸a˜ o e assim, escolher somente um caminho para cada par origem destino (BLEY; GROTSCHEL; WESSALY, 1998) (LIN; WANG, 1993). O trabalho em (FORTZ; THORUP, 2000a) foi o primeiro a considerar a divis˜ao do tr´afego em configurac¸a˜ o de peso para o OSPF. O artigo tamb´em propˆos uma heur´ıstica de busca local que foi aplicada em um backbone real da rede AT& T. A dificuldade da configurac¸a˜ o de pesos OSPF tamb´em foi estabelecida em (FORTZ; THORUP, 2000a), esta procurou minimizar congestionamentos provocados pelo roteamento dos pacotes no caminho mais curto. Uma func¸a˜ o de custo linear por partes foi proposta, onde o roteamento OSPF com pesos otimizados.

(27) 25. leva ao balanceamento de tr´afego desejado. Em (PIORO et al., 2002) tamb´em objetivou a minimizac¸a˜ o de congestionamentos. Para resoluc¸a˜ o foram propostos m´etodos de pesquisa no espac¸o de soluc¸o˜ es usando sistemas de busca local, Simulated Annealing, Lagrangean Relaxation, e a abordagem Branch-and-Bound, considerando tamb´em a divis˜ao de tr´afego. Os resultados computacionais apresentados, no entanto, foram limitadas a topologias com at´e 12 roteadores, 18 ligac¸o˜ es, e 66 pares de demanda. Em (KAUR et al., 2003) tamb´em s˜ao abordadas as quest˜oes associadas com a otimizac¸a˜ o dinˆamica de pesos OSPF. Por´em utiliza uma m´etrica diferente para otimizac¸a˜ o, a probabilidade de perda de pacotes na rede. Este e´ um bom indicador de congestionamento que tamb´em afeta o desempenho de aplicac¸o˜ es subjacentes. A probabilidade de perda de pacotes foi modelada em termos dos parˆametros dos enlaces, como capacidade de enlace e tamanho do buffer, e os parˆametros de tr´afego. O modelo de filas GE/M/1/B foi utilizado para calcular a probabilidade de perda de pacotes em um enlace na rede. Com isto foi utilizado um algoritmo de busca com parˆametros de entrada obtidos com um Framework de Simulac¸a˜ o Online ( OLS). Os resultados encontrados na simulac¸a˜ o demonstram melhorias da ordem de 30-60% na taxa de perda total de pacotes na rede. Uma desvantagem da maioria das abordagens atuais e´ que vˆeem o WSP como um problema est´atico, ignorando a dinˆamica de rede. No entanto, na pr´atica, um dos principais desafios de um operador de rede e´ lidar com falhas r´apidas de ligac¸a˜ o que s˜ao encontradas diariamente em grandes backbones IP. O trabalho em (NUCCI et al., 2003) prop˜oe uma abordagem para atribuic¸a˜ o de pesos a` s ligac¸o˜ es levando em conta falhas isoladas de qualquer ligac¸a˜ o poss´ıvel no backbone, tendo como objetivo encontrar um conjunto de pesos que funciona bem na ausˆencia de falhas e, ao mesmo tempo, n˜ao sobrecarrega qualquer ligac¸a˜ o durante falhas transientes. Para isto foi aplicada uma heur´ıstica de busca Tabu para tal problema de otimizac¸a˜ o. Abordagens mais recentes tamb´em buscam encontrar a minimizac¸a˜ o de congestionamentos, o trabalho em (GHAZALA; EL-SAYED; MOUSA, 2008b) estabeleceu a comparac¸a˜ o de Algoritmos Gen´eticos, Busca Local, Simulated Annealing e Algoritmo H´ıbrido para soluc¸a˜ o do WSP. A func¸a˜ o de custo utilizada foi a de (FORTZ; THORUP, 2000a). Esta mesma func¸a˜ o tˆem sido utilizada em diversos artigos que abordam o mesmo problema, onde alguns prop˜oem pequenas alterac¸o˜ es a ela, assim como em (GHAZALA; EL-SAYED; MOUSA, 2008a)..

(28) 26. 3.3. REDES ROBUSTAS A robustez dentro de um contexto tradicional, se refere a` capacidade do sistema de lidar. com falhas em seus componentes ou em padr˜oes de uso pelos usu´arios. Por exemplo, a Internet deveria continuar funcionando de maneira satisfat´oria caso um ou alguns de seus componentes (ex. roteadores) parassem de funcionar abruptamente. Robustez, em seu sentido mais gen´erico, significa prover algum tipo de funcionalidade na presenc¸a de alguma incerteza. Assim, a robustez de um sistema e´ garantida quando o mesmo e´ capaz de lidar de forma satisfat´oria com todos os aspectos relevantes de forma simultˆanea e integrada. Cabe aqui uma analogia com sistemas banc´arios que, tradicionalmente, s˜ao projetados para serem robustos. Tal robustez se refere a` capacidade do sistema de lidar com falhas de componentes de hardware e software, com hor´arios de pico, onde h´a uma alta demanda do sistema (p.ex: acesso ao banco de dados), e com erros humanos de digitac¸a˜ o, entre outros. Deste modo pode-se inferir que o sistema robusto a falhas deve continuar operando de forma satisfat´oria mesmo quando alguns componentes que o comp˜oem falham. A robustez a falhas est´a diretamente relacionada a` confiabilidade do sistema. Em um sistema de rede, garantir a robustez e´ um problema complexo que emerge devido a` falta de um arcabouc¸o unificado capaz de representar o problema em um contexto mais amplo, que permita portanto a reutilizac¸a˜ o de t´ecnicas comuns de forma integrada e otimizada para um objetivo comum, isto e´ , aumentar a robustez do sistema de redes. Desta maneira a maioria dos trabalhos que aborda a quest˜ao da robustez em sistemas de rede considera aspectos espec´ıficos de componentes particulares. Dada sua complexidade, e´ natural que esta quest˜ao seja atacada em partes menores e resolvendo-as separadamente. O objetivo central da concepc¸a˜ o de um sistema de rede e´ que ele seja robusto com relac¸a˜ o a qualquer requisito espec´ıfico. 3.3.1. WSP Tolerante a Falhas. Os objetivos da Engenharia de Tr´afego s˜ao amplamente determinados pelos acordos de n´ıvel de servic¸o (SLAs) com seus clientes. Definir os pesos dos enlaces e´ a principal t´ecnica de Engenharia de Tr´afego para as redes que utilizam OSPF. Deste modo, h´a dois objetivos principais ao estabelecer pesos aos enlaces: manter baixos os atrasos ponto-a-ponto e garantir que nenhum enlace esteja sobrecarregado..

(29) 27. Assim como citado anteriormente, uma desvantagem da maioria das abordagens atuais e´ que eles veem o WSP como um problema est´atico ignorando a dinˆamica de rede. No entanto, na pr´atica, um dos principais desafios de um operador de rede e´ lidar com falhas de ligac¸a˜ o que s˜ao encontrados diariamente em grandes backbones IP. Quando uma ligac¸a˜ o falhar, o encaminhamento OSPF desvia o tr´afego destes enlaces para caminhos alternativos, aumentando a carga de outros enlaces. A maneira mais o´ bvia de restaurac¸a˜ o de rotas originais e´ a realizac¸a˜ o de rec´alculos e redistribuic¸o˜ es de pesos. O trabalho em (FORTZ; THORUP, 2001) demonstrou que mudar alguns pesos dos enlaces j´a e´ suficiente para reequilibrar o tr´afego. Contudo alterar pesos durante uma falha pode n˜ao ser pr´atico por duas raz˜oes. Primeiro, os novos pesos ter˜ao de ser informados para cada roteador na rede, e cada roteador ter´a de recalcular o caminho mais curto para cada roteador. Isso pode levar a uma consider´avel instabilidade na rede, agravar a situac¸a˜ o j´a criada pela falha de ligac¸a˜ o. A segunda raz˜ao est´a relacionada com a natureza de curta durac¸a˜ o da maioria das falhas de ligac¸a˜ o. Define-se falhas transientes como as falhas que duram menos de 10 minutos. Falhas transientes pode criar congestionamento r´apido, que e´ prejudicial para a rede (PAPAGIANNAKI; DIOT, 2003). No entanto, deixam um operador humano, com tempo insuficiente para transferir pesos dos enlaces antes que a ligac¸a˜ o se restabelec¸a.  

(30) . ! ".  

(31)  . .

(32) .    . . . . . . . . . . . . . 

(33)      (a) Distribuic¸a˜ o da durac¸a˜ o de falhas na rede Sprint de Janeiro a Abril 2002. .  . . . .  . (b) Ocorrˆencia simultˆanea de falhas. Figura 4: Ocorrˆencia de Falhas (Adaptado de (NUCCI et al., 2003)) A Figura 4a mostra a distribuic¸a˜ o de falhas de ligac¸a˜ o inter PoP analisadas no backbone de uma determinada estrutura de rede denominada Sprint IP, sobre um per´ıodo de quatro meses (janeiro-abril 2002) (IANNACCONE et al., 2002). Observa-se que at´e 80% das falhas duram.

(34) 28. menos de 10 minutos e 50% das falhas duram de menos de um minuto. Foi observado a partir da rede da Sprint que as falhas transientes s˜ao na sua maioria isoladas. A Figura 4b mostra a frequˆencia de ocorrˆencia simultˆanea de dois tipos de falhas: falhas transientes (menos de 10 minutos), e todos os outros (mais de 10 minutos). Para cada um, a figura indica o tempo durante o qual um determinado n´umero de falhas simultˆaneas foi visto na rede, calculado como uma frac¸a˜ o do tempo total durante o qual uma das falhas mais ocorreu. Assim, para solucionar os problemas em separado, diferentes t´ecnicas, mecanismos e, de forma mais geral, at´e mesmo teorias vˆem sendo aplicadas visando modelar e avaliar os aspectos espec´ıficos da robustez de um sistema de rede. O presente trabalho de dissertac¸a˜ o aborda o problema de robustez ao se projetar um ambiente de rede, para que a estrutura n˜ao sofra perdas quando algum n´o falha. Para isto o WSP considera falhas no momento da atribuic¸a˜ o de pesos, simulando possibilidades de falhas para que a robustez do conjunto de pesos resultante seja quantificada. E´ importante ressaltar que a estrutura de rede deve respeitar a regra de biconectividade, onde devem existir ao menos dois caminhos entre todos poss´ıveis pares origens-destinos da rede. Assim uma falha em um determinado enlace ou n´o n˜ao resultaria em uma separac¸a˜ o da rede, desligando a conectividade da mesma..

(35) 29. 4. PERDA DE PACOTES E ATRASO. Neste cap´ıtulo s˜ao apresentados os conceitos de perda de pacotes e atraso, alguns modelos de filas utilizadas para estimar estas quantidades, bem como uma comparac¸a˜ o entre eles. A sec¸a˜ o 4.1 descreve os conceitos de perda de pacotes aplicado a um ambiente de rede, bem como trabalhos que utilizam deste conceito para solucionar o WSP. A sec¸a˜ o 4.2 mostra o conceito de atraso, as formas de obtenc¸a˜ o deste valor e tamb´em a satisfac¸a˜ o dos usu´arios de acordo com este fator. Na sec¸a˜ o 4.3 s˜ao estudados dois tipos de modelos de fila, bem como a formulac¸a˜ o matem´atica associada. E na sec¸a˜ o 4.4 s˜ao realizadas comparac¸o˜ es entre modelos de fila para verificac¸a˜ o de sua efic´acia e precis˜ao. 4.1. PERDA DE PACOTES. O parˆametro perda de pacotes e´ o ´ındice que mede a taxa de insucesso na transmiss˜ao de pacotes IP entre dois pontos da rede. E´ representado por uma taxa percentual que indica a quantidade de pacotes que n˜ao chegaram ao seu destino. Para QoS (Qualidade de Servic¸o), importa basicamente as perdas de pacotes associadas a` filas ou buffers. O termo Tail Drop refere-se a quando um roteador descarta um pacote por falta de espac¸o na fila. Alguns tipos de fluxos s˜ao mais prejudicados com perdas de pacotes do que outros (voz e v´ıdeo s˜ao mais sens´ıveis do que email e transferˆencia de arquivos, por exemplo)aa. H´a necessidade de solucionar problemas relacionados a` oferta satisfat´oria de servic¸os de comunicac¸a˜ o incorporando tamb´em, no projeto da rede, crit´erios relacionados a` probabilidade de perda de pacotes (KAUR et al., 2003). Existem poucos estudos que abordam o WSP considerando a perda de pacotes e atraso. Desta forma, neste trabalho ser˜ao analisadas as perdas em caminhos espec´ıficos, visando algumas aplicac¸o˜ es de rede como transferˆencia de voz e v´ıdeo. Desta maneira a perda e o atraso influenciariam diretamente na comunicac¸a˜ o, n˜ao podendo estar acima de um valor determinado para para garantir uma correta recepc¸a˜ o da informac¸a˜ o enviada..

(36) 30. 4.2. ATRASO O valor m´aximo toler´avel para o atraso depende da qualidade de servic¸o a ser oferecida. ao usu´ario. Para o usu´ario do servic¸o de voz o atraso fim-a-fim e´ o mais relevante, este ocorre devido a` concorrˆencia por recursos escassos ao longo da rede. O atraso fim-a-fim e´ determinado atrav´es da soma dos tempos de atraso salto-a-salto. Basicamente, e´ formado por quatro componentes: tempo de espera, atraso nas filas, atraso de transmiss˜ao e atraso de propagac¸a˜ o (JONES; LI; WARD, 2005). O primeiro componente corresponde ao tempo de espera pela transmiss˜ao. O atraso nas filas corresponde aos atrasos vari´aveis que ocorrem nas filas dos n´os antes de uma mensagem corrente ser transmitida. Em seguida, existem o atraso de transmiss˜ao da mensagem e o atraso correspondente ao tempo de propagac¸a˜ o do sinal pelo meio de transmiss˜ao. Em (SOUZA; BUENO, 2006) e´ identificada uma tabela que mostra a relac¸a˜ o de satisfac¸a˜ o do usu´ario de acordo com taxas de perda de pacotes e atraso em uma transmiss˜ao. A Tabela 2 define os n´ıveis de qualidade de voz com base nos parˆametros de desempenho no n´ıvel de rede. Como a maior parte das aplicac¸o˜ es multim´ıdia, a qualidade de voz e´ muito sens´ıvel ao atraso fim-a-fim, variac¸a˜ o de atraso de chegada de pacotes e perda de pacotes. O crit´erio mais amplamente aceito para qualidade de chamada de voz e´ o MOS. O Mean Opinion Score (MOS) caracteriza-se pela sua avaliac¸a˜ o subjetiva de qualidade, ou seja, os resultados s˜ao sempre comparados com uma referˆencia estabelecida. Sua escala varia de 1 a 5. Muitos fatores contribuem para a pontuac¸a˜ o MOS da qualidade de voz, requerendo otimizac¸a˜ o individual para se obter a melhor pontuac¸a˜ o poss´ıvel (STONE; ALENA; JOHNSON, 2004). MOS. Qualidade. 4,4 - 4,3 4,3 - 4,0 4,0 - 3,5 3,5 - 3,1. Melhor Alto M´edio Baixo. Atraso fim-a-fim < 150 ms < 250 ms < 350 ms < 450 ms. Perda de Pacotes 00% 03% 15% 25%. Variac¸a˜ o do atraso 0 ms 75 ms 125 ms 225 ms. Satisfac¸a˜ o do Usu´ario Muito Satisfeito Satisfeito Alguns Insatisfeitos Muitos Insatisfeitos. Tabela 2: Satisfac¸a˜ o do usu´ario em func¸a˜ o da qualidade da rede (Adaptado de (SOUZA; BUENO, 2006)) Estes valores podem servir de guia durante o processo de planejamento de uma rede de comunicac¸o˜ es..

(37) 31. 4.3. MODELOS DE FILA Os modelos que caracterizam as filas nos roteadores s˜ao ferramentas de fundamental. importˆancia para os objetivos desta dissertac¸a˜ o. Assim, esta sec¸a˜ o apresenta sucintamente dois modelos presentes na literatura: • O modelo Markoviano com chegada em grupos M[x] M/1/B (GARETTO; TOWSLEY, 2003)/(GARETTO; TOWSLEY, 2008); • O modelo com inter-chegada exponencial generalizada GE/M/1/B (KAUR et al., 2003). Considera-se uma rede onde cada enlace tem um espac¸o de buffer de B pacotes. Assume-se que somente h´a o descarte quando o buffer est´a cheio, e considera-se que n˜ao h´a algoritmos que gerenciam a fila nos roteadores. Valores de m´edia e variˆancia da demanda de cada par origemdestino (s-t) s˜ao considerados conhecidos (usando uma ferramenta como (FELDMANN et al., 2001)). 4.3.1. M[x] M/1/B. O modelo M[X] M/1/B tem as chegadas ocorrendo em grupos, onde [X] representa a distribuic¸a˜ o do tamanho de grupo (em pacotes). Testes realizados em (GARETTO; TOWSLEY, 2008) comprovaram que esta fila e´ capaz de caracterizar o desempenho do sistema quando o tr´afego presente e´ principalmente do tipo TCP. O atraso m´edio e a probabilidade de perda de pacotes s˜ao calculados pela resoluc¸a˜ o da CMTC (Cadeia de Markov a Tempo Cont´ınuo) que modela a fila. 4.3.2. GE/M/1/B. Seja um processo de chegada GE (exponencial generalizada) com m´edia λ e variˆancia σ 2 em pacotes por segundo. Seja CV = λ /σ , o coeficiente de variac¸a˜ o. Se o tamanho de pacotes e´ exponencialmente distribu´ıdo, a probabilidade de perda de pacotes de uma fila finita GE/M/1/B e´ dada por (KAUR et al., 2003): (1 − υ ).υ B PB = 1 − υ B+1 onde:. (2).

(38) 32. υ=. 2.ρ +CV 2 − 1 CV 2 + 1. (3). Observa-se que Kaur et. al (2003) n˜ao apresenta uma f´ormula para o c´alculo de atraso m´edio para a fila GE/M/1/B. 4.4. COMPARANDO MODELOS Nesta sec¸a˜ o apresentam-se alguns resultados num´ericos que analisam a qualidade das. estimativas produzidas pelos modelos de fila anteriormente definidos. Estes ser˜ao comparados com resultados de simulac¸a˜ o obtidos com uso do software NS-2 (NS-2. . . , 2011). Para facilitar a visualizac¸a˜ o foram identificados os valores m´aximo e m´ınimo do intervalo de confianc¸a de 95%. Assim as curvas calculadas que permanecerem dentro do limite estipulado poder˜ao ser avaliadas como de boa concordˆancia. 4.4.1. Probabilidade de Perda de Pacotes. Primeiramente ser˜ao comparadas as probabilidades de perda de pacotes, calculadas por cada modelo em condic¸o˜ es semelhantes sobre um enlace de determinada taxa de utilizac¸a˜ o. i) Taxa de Utilizac¸a˜ o 60% Com a taxa de utilizac¸a˜ o fixada em 60% (ρ = 0, 6), a curva calculada com a fila M[x] M/1/B acompanha melhor a simulada, permanecendo dentro dos limites da curva simulada em 3 situac¸o˜ es de buffer diferentes (Figura 5). A fila GE/M/1/B se mostra apenas 1 vez dentro do limite. ii) Taxa de Utilizac¸a˜ o 80% Na Figura 6, com 80% de utilizac¸a˜ o no enlace notam-se algumas diferenc¸as especialmente do modelo GE/M/1/B com CV = 8, o qual acompanha a curva simulada para tamanhos pequenos de buffer, enquanto o modelo M[x] M/1/B melhor acompanha tamanhos maiores de buffer. iii) Taxa de Utilizac¸a˜ o 90% Em um ambiente de alto ´ındice de utilizac¸a˜ o (90%), o modelo GE/M/1/B (CV = 8) subestima valores de perda, por´em apresenta-se uma vez dentro do intervalo de confianc¸a. Bem.

(39) 33 .

(40) 

(41)   . . .  . . . . . . . .     . 

(42)  $% !. . . $% !" #. Figura 5: Comparac¸a˜ o entre modelos GE/M/1/B e M[x] M/1/B com ρ = 0, 6 como o modelo M[x] M/1/B que permanece apenas uma vez dentro do intervalo, por´em estima maiores valores de perda (Figura 7). Embora o modelo GE/M/1/B (CV = 8) apresentou-se satisfat´orio em algumas situac¸o˜ es de buffer, o modelo M[x] M/1/B apresentou em todas as situac¸o˜ es muito pr´oximo a linha simulada, diferente do modelo GE/M/1/B (CV = 8) que mostrou-se inconstante pois acompanha apenas algumas vezes a curva simulada. O modelo GE/M/1/B (CV = 4) subestimou em todas situac¸o˜ es os valores de perda. Desta forma justifica-se a escolha do modelo M[x] M/1/B para c´alculo de valores de perda de pacotes. 4.4.2. Atraso. O resultado apresentado na Figura 8 demonstra o comportamento do modelo M[x] M/1/B na previs˜ao do atraso em um enlace. E´ visto que apenas quando a utilizac¸a˜ o e´ de 60% e o buffer e´ igual a 50 pacotes, o modelo consegue demonstrar o valor correto de atraso. Ainda assim, em outras situac¸o˜ es os valores calculados subestimam os valores obtidos por simulac¸a˜ o. 4.5. ˜ CONSIDERAC¸OES SOBRE O CAP´ITULO Neste cap´ıtulo foi poss´ıvel identificar conceitos relacionados a perda de pacotes e atraso.. Tamb´em foram demonstradas as taxas de perda e atraso consideradas satisfat´orias para usu´arios. Visando levantar um modelo anal´ıtico para o decorrer da dissertac¸a˜ o, foram estudados dois.

(43) 34 . . . 

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(45)  . . . . . . . . . . . . .  

(46)   

(47)  #$    . #$   ! ". Figura 6: Comparac¸a˜ o entre modelos GE/M/1/B e M[x] M/1/B com ρ = 0, 8 modelos de fila (M[x] M/1/B e GE/M/1/B) e analisados os resultados destes em comparac¸a˜ o com valores simulados pelo software NS-2. Foi verificado que, embora o modelo GE/M/1/B tenha uma formulac¸a˜ o matem´atica simples e tenha apresentado um bom resultado em situac¸o˜ es de maior utilizac¸a˜ o, neste trabalho opta-se por utilizar o M[x] M/1/B que representou de uma melhor forma enlaces de menor utilizac¸a˜ o, sendo mais comuns na pr´atica..

(48) 35. . . . 

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(50)  . . . . . . . . .  

(51)  #$    .   

(52)  . . . #$   ! ". Figura 7: Comparac¸a˜ o entre modelos GE/M/1/B e M[x] M/1/B com ρ = 0, 9. 

(53) . . . . . . .   

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Referências

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