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Zero, 2005, ano 20, n.3, maio/jun.

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(1)

I

-(

RBlorma

Univarsitária:

E

agora?

RESPOSTAS

N:h.

:3

BalBiro

laia

do

trabalho

e

dos

novos

discos

ENT�EVl�TA,,!'JA·15

PulitzBr

inova

B

boima

jornalõBs

CONTRA(;;;t..

?

& "" •

Curso d8,Mmâ1iIl18'

da OFS£

-Florianópolis

-Maio

ldUQIIQ

de 2005

-Ano'XX

-Número 3

,.

Dmalva e

António,

dois

insurgentes.

Reunião

do Estado Maior em

<�*ambioá

(1972).

Militares

fazem

busca na selva.

",pc

nUas

vítimas

na

Lapa

(RJ): Angelo

Array

e Pedro Pomar

:)

r

..

'!1f ."'10..

,0.

Livro

baseado

em

documentos

do

Exército

reconta

a

saga

do

--o

-_

Reserva

Raposa

Serra

do Sol divide

governo

e

militares

e

provoca

atentado

contra

professor-

�versitário

(2)

IMPRENSA

-Jornais

podam

tar

crédito facilitado

Parceria

internacional

pretende

dar

ajuda

financeira

para

imprensa

de

países

emergentes

A

Associação

Mundialdos

Jornais

e oFundo de

Emprésti­

mopara Desenvolvimentoda Mídia

(FEDM)

estãoseunindo

parainvestir mais dinheiroem

projetos

de

jornais

de

paises

emdesenvolvimento.A

parceria

pretende

dar

empréstimo

a

juros

baixose

ajudar

empresas demídia

independente,

cui­ dadosamente

selecionadas,

de

paises

emdesenvolvimento para

torná-lasum

negócio

economicamenteviável.

"Estaé umainiciativaúnica que

poderá,

com o tempo,

transformaraassistência à

mídia",

diz

Timothy Balding,

dire­

tor

geral

da baseda

AMJ

emParis."Nóscriaremos

oportuni­

dadesseguras paraostodosos

tipos

de investidores

-agên­

cias de

apoio

à

empreendimentos,

corporações,

fundações,

vendedorese os

próprios

jornais

-para fazer

contribuições

significativas

a

impressos

independentes

comapromessade

que eles terãoodinheiro de

volta",

acentua.

Para Sasa

Vucinic,

diretor administrativo do

Fundo,

"esta

parceria

irá

aproximar

osinteressesdos investidores àsne­

cessidades da

imprensa.

Isso

permitirá

umfuturoseguroaos

jornais

independentes, permitindo-lhes

continuarseu

papel

vitalem

yaíses

que estãoem

transição

paraademocracia".O FEDM

ja

temumrecordeemassistência

financeira,

tendoar­

recadado e

emprestado

mais de

US$

40 milhões naúltima

década para

45

companhias

em17

paises.

Balding

diz que a

parceria

do fundo parao desenvolvi­

mentodos

Jornais

Independentes

vai

reforçar

osdoismaio­

res

pilares

dotrabalhoda

AM]:

desenvolvimentoda

publica­

ção

dos

jornais

nomundointeiroepromoveruma

imprensa

livre. "Isso irá

direcionar,

numabase

sustentável,

umcresci­

mento

importante,

masque

algumas

vezestorna-seuma

pri­

oridade

negligenciada:

aabsoluta necessidade do

papel

da

mídia para quedemocracias

emergentes

alcancem viabilida­ decomercial".

Onovofundo

proverá:

Capital,

atravésde

empréstimos

que

serão

ressarcidos,

para

negócios

da

imprensa

cuidadosamente

identificados;

ferramentaspara

ajudar

novos

negócios

ega­

rantiroreembolso dos

empréstimos

atravésde conselhos de

especialistas;

conhecimentoem comoalavancar

tecnologias

para acelerar a

auto-sustentabilidade;

suporte

em

negocia­

ções

e

acompanhamento

para

ajudar

os

jornais

aresistira

ameaças àliberdade de

imprensa.

A

parceria

permitirá

que

aoFEDMumcrescimento

significativo

nonúmero de

proje­

tosque buscaramseusfundos de

empréstimo.

A

AMJ

vai

aju­

darnabusca denovos investidorese

identificar,

atravésde

suarede

global

de

jornais,

beneficiadoscom

credibilidade,

que

sejam

merecedoresdosrecursos.

AAMJ

e oFEDM

pedirão

aosinvestidores que

emprestem,

nãodoemo

dinheiro,

masque

estejam

dispostos

a

emprestar

dinheiroa

juros

baixos

-aproximadamente

0%.Osinvestido­

res estarão

aptos,

inclusive,

paradar concessões aos seus

credores,

se eles

quiserem,

paradarum

impulso

adicional os

projetos

merecedores. O Fundo de

Empréstimo

parao

Desenvolvimentoda

Mídia, pioneiro

em um novomodelo de

suporteà

imprensa,

éfocadonodesenvolvimentoauto-sus­

tentávelde mídia

independente.

Atuando como umamissão

dirigida

para fundos derisco,oFEDMentraem uma

relação

próxima,

envolvidaede

longo

prazo com cada cliente. Ele

participa

de cada

empréstimo

einvestimentocommonitora­

mento

financeiro,

aconselhamento

permanente,

consultoria

especializada,

treinamento

empresarial

eassistência tecnoló­

gica.

A

Associação

Mundial de

Jornais

defende epromoveuma

rede mundial de

imprensa

livre. Ela

representa

18mil

jor­

nais;

seus membros incluem 72

associações

nacionais de

imprensa, jornais

individuaisem103

países,

11

agências

de notícias enovegrupos

regionais

de

imprensa.

De

pelego

a

combatente,

SJSC

faz

50

anos e

conta

trajetória

em

livro

OSindicato dos

Jornalistas

Profissionais de Santa Cataria

(SJSC) completou

nestedia 13

demaio

cinqüenta

anos. Para

comemorar seu meio século de

vida,

oSindicato está reali­

zando diversas atividadesentre

palestras,

debatese umaexpo­

sição

queacontecem entreos mesesdemaioe

julho.

Emses­

são solenenaAssembléia Le­

gislativa,

nodia12de

maio,

em Vicenzi

(centro):

vitória históricaem1987

comemoração

alusivaao cin­

qüentenário,

muitas

homenagens

fo­

ramfeitas para

alguns

dos

presiden­

tese

jornalistas

do

SJSC

efoi

lançado

o livro

Jornalismo

em

Perspectiua,

queconta

algumas

das

principais

his­

tórias do sindicato desdeasuacria­

ção.

Durante estes

cinqüenta

anos, o

Sindicato dos

Jornalistas

viveu

perío­

dosmuitodiferentes.

Começou

forte

enumeroso,

quena

época,

o re­

gistro

de

jornalista

garantia isenção

de

Imposto

de

Renda,

desconto de 50%empassagens aéreaseterrestres,

aposentadoria especial,

facilidade

parafinanciamentosdecasa

própria

ede automóveleatétratamento es­

pecial

na

Justiça.

Por isso a

grande

adesãoaoSindicato por comercian­

tes, por

profissionais

liberais epes­ soas que não

praticavam

o

jornalis­

mo,mas

queriam

usufruir dessesbe­ nefícios.Coma

regulamentação

pro­

fissional,

o Ministério do Trabalho

iniciouumavarreduraquemanteria

noSindicato apenasos

jornalistas

for­

mados.Esta seriaa

primeira

transfor­

mação

na

representação

efetivados

jornalistas

catarinenses.

Nessa

fase,

osindicato obteveum

certo

prestígio

e

projeção nacional,

principalmente quando

se

engajou

em

lutascontraa censura e

pelo

estabe­

lecimentoda ordem

jurídica

noBra­

sil. O

ex-presidente

do

SJSC

CelsoVi­

cenzi,

ressaltaa

importância

do Sin­

dicato paraasociedadenos diasde

hoje,

"Temoso

papel

de

garantir

con-�

a

direção

do

SJSC,

o MOS também

.� tratavadefortaleceraentidadepro­

� movendo a

importância

da

sindica-lização, já

queamaioriados

jorna­

listas do Estado

ignorava

o Sindica­

to.

Não

poderia

serdiferenteainsa­

tisfação

dos

profissionais

como seu

sindicato,

queomesmo,no

perío­

do maisobscuro do

Regime Militar,

por

exemplo,

prestava

ajuda

aoSer­

viço

Nacionalde

Informações

envian­

do

informações

sobre

jornalistas

do

Estado. "Não hámuitos

documentos,

mas

alguns papéis

deixados para trás

mostram que

ajudar

os militares a

perseguir

jornalistas

foiumadas

prá­

ticasdo Sindicato duranteos anosde

chumbo da história do Brasil" afirma

Gastão

Cassel,

jornalista

e

professor

de

comunicação

notextoqueescre­ veuparaolivro

Jornalismo

emPers­

pectiva.

Olivro

lançado

emsessãosolene

naAssembléia foitotalmente

produ­

zidopor

jornalistas,

dostextosàsilus­

trações,

da capaao

projeto

gráfico

e

reúnetextosinéditos de 25

profissio­

naisquecontamahistória do

jorna­

lismocatarinensenosúltimos50anos

fazendo um

resgate

ao

passado,

re­

fletindosobreo

presente

e

projetan­

doofuturo desse

jornalismo.

No

capítulo

"Muita históriapara

contar

(ou

Umahistória por

contar)",

escrito

pelo jornalista

Gastão

Cassel,

é contado fatos resultantes doenco­

rajamento

dos

jornalistas

pela

lutade

seus direitos como

manifestações

ousadasem

protestos,

greveseatos

públicos

emquesebuscava fazer apa­

recer natelevisão mensagens sobre

as

condições

detrabalhodos

jorna­

listas. Foio casoda

Operação Papa­

gaio.

Em diversas transmissões ao

vivo,ossindicalistastentavamapare­

ceratrásdo

repórter

como

"papagaio

de

pirata"

comcartazesreivindican­

doosdireitosdos

jornalistas.

díções

de trabalho mais

adequadas

para queos

jornalistas

possamexer­ cer com

dignidade

essa

profissão

e

assimbeneficiarasociedadequevai

dispor

deum

jornalismo

de

qualida­

de. Pois assim teráas

informações

necessárias paratomarsuasatitudes

corretamentepara não poremrisco

ofuturodessa

nação",

diz.

Peleguismo

noSindicato

-Re­

presentante

de

jornalistas

emtodoo

território

catarinense,

voltando seus

esforços

paraa

profissionalização

da

categoria

e amelhoria das

condições

de trabalho deseus

profissionais,

de­

veriaser o

objetivo

deste

Sindicato,

assimcomo ode

qualquer

outromo­

vimentosindical.No entantoas

prin­

cipais

preocupações

do

SJSC

nem

sempreforamessas.

Antesde recebera

expedição

da

Carta

Sindical,

osindicatoera aAs­

sociação

dos

Jornalistas

Profissio­

nais. "E assim funcionou durante

muito

tempo.

Comouma

associação

ligada

àelite da

época

que fazia

jan­

tarespara

economistas,

governado­

res,

prefeitos,

que

homenageava

ge­

neraisna

época

da ditadurae nunca

se

opôs

à

situação

política

vigente

no

país",

afirmaCelso

Vicenzi,

primei­

ro

presidente

do

SJSC

eleitoem1987

após

a

criação

do Movimento de

Oposição

Sindical

(MOS),

uma mo­

bilização

dos sindicalistas queesta­

vam insatisfeitos com o comporta­

mento da entidade.Aomesmotem­

po emque denunciavaeenfrentava Textos: Sarah Castro

ZERO

ANOXX- Nº3- MAIO/2005- CURSODE

JORNALISMO- UFSC- CCE

-JOR

Jornal-laboratório

do Curso de

Jornalismo

da Universidade Federal de Santa Catarina

Apoio: LabFoto, LabInfografia,

LabRádio Arte: Alexandre Brandão

Colaboração: Associação

Mundial deJornais,DeanneFitzmaurice,GilbertoAlves, Janet

Schwartz,

LuizBittar,Michael

Agliolo,

PulitzerPrize,Sindicato dos

Jornalistas

deSanta

Catarina

Copy-writer:

Marianna

Aragão,

Ricardo Barreto

Direção

de Arteede

Redação:

Professor Ricardo Barreto

Edição:

Emília

Chagas,

FrancisFrança,GiovanaSanchez,LeandroUchôas,Marianna

Aragão,Maurício

Frighetto,

RobsonMartins,SarahCastro,

Thiago

Macedo

Editoração

eletrônica: AlexandreBrandão,WendelMartinsEditores-executivos:AlexandreBrandão,Isadora

Pamplona,

Wendel

Martins

Fotografia:

LeoMirandaLaboratório

fotográfico:

BrunaMarcon,Marcelo Rafael Secretaria de

redação

e

circulação:

Isadora

Pamplona

Serviçoseditoriais:

Agência

Estado,

Agência

Pulsar,

AssociatedPress,

CartaCapital,

Conselho

Indígena

deRoraima,

Google,

Folha de SãoPaulo,

Knight

Center,Observatório daImprensa,OEstadode SãoPaulo,PrensaTrês,Reuters,SJSC,StockPhotos,Ultimo

Segundo, Veja,

wwwnytírnes.com,Textos:AlexandreMontenegro,BrunoMoreschi,Emília

Chagas,

FrancisFrança,Giovana

Sanchez,

jaquelíne

Li,LeandroUchôas,MarcoJunqueira,Marianna

Aragão,

Maurício

Frighetto,

SarahCastro,

Thiago

Macedo Tratamento de

imagens:

Alexandre Brandão

Impressão:

Diário Catarinense

Redação:

Cursode

Jornalismo

(UFSC-CCE-JOR),

Trindade,

CEP

88040-900, Florianópolis,

SCTelefones: 55(48)

331-6599,331-9490,331-9215

Fax:

(48)

331-9490Sítio: www.zero.ufsc.br E-mail:

zero@cce.ufsc.brCirculação:

Nacional, gratuitae

dirigida Tiragem:

5.000

exemplares

Deadline:24demaio2005

��....��....

MelhorPeçaGráfica

I,II, III,IV,veXI SetUniversitário-PUC-RS

88, 89,90, 91, 92e98

MelhorJornal-laboratório

1Prêmio Foca

Sind. dosJornalistasdeSC -2000

e"ZERO

....

3'Melhor

Jornal-laboratóriodoBrasil

Expocom94

2

(3)

UNIVERSIDADE

Nova

amaaça

ao

ansino

do

jornalismo

Reforma

Universitária

reincorpora

o

ciclo

básico

e

traz

o

fim

das

ciências

sociais

aplicadas

Faz

parte

da

lógica

capitalista,

quando

se

busca

regras

novas

para

setores

ímportan­

tes,

o

profundo

embate

entre

interesses

econômicos, políticos

e

éticos de entidades

distintas.

E

por

isso

que

qualquer

reforma

proposta

pelo

governo federal

que

pretenda

reestruturar

um

setor

significativo

do

país

será

sempre

polêmica,

gerando

inevitavel­

mente

revolta"

ou

crítica de

um

lado

e

elogi­

os

de

outro.

E

o

que

vem

acontecendo

com

o

Anteprojeto

de

Lei

do

Ensino

Superior,

apresentado

em

dezembro de 2004

pelo

Ministério da

Educação

(MEC)

ao

Senado,

que

estabelece

as

bases do

que

pretende

ser a

Reforma Universitária.

Asentidadesque

representam

os

jornalistas

estãoatentas

ao

projeto

desdeoinício da

elaboração

do documento.A

Federação

Nacional dos

Jornalistas (Fenai),

oFórum

Nacional deProfessoresde

Jornalismo (FNPJ),

e aSocieda­

deBrasileirade

Pesquisadores

em

Jornalismo (SBPJor)

haviamseunido para debateras

propostas

da

profissão

paraauniversidadee,aindaem

outubro,

apresentaram

um

documentoaoMECcom suas

reivindicações.

O ministro Tarso

Genro,

aindaantesdeenviaro

antepro­

jeto

ao

Senado,

haviarecebidoos

representantes

dastrês

entidadesparadiscutirsuas

ponderações.

Masotexto

apresentado

emdezembro

decepcionou

astrêsentidades

por

incorporar

poucas desuas

reivindicações.

"Ogoverno

claramentenãoacatounossas

propostas"

lamentaElias

Machado,

presidente

da

SBPJor.

Embora insatisfeitascom otexto,as

representações

dos

jornalistas

nãoevitamo

debate,

comofazem

aquelas

conhecidas entidadesmaisfiéisàpostura da

esquerda

tradicional brasileira de demonizar

qualquer

coisaque

venha do governofederal.Elasreconhecemque émomento

de

aproveitar

asdiscussõespara repensara

universidade,

e

que

qualquer

reformaquese

pretenda

fazerdevese

orientar

pela produção

de conhecimento edesenvolvimento

científico,

enão

pelo

mercado. Sóassimseria

possível

interromper

oprocessode

privatização

doensinoiniciado

nogovernode Fernando

Henrique Cardoso,

quelevouo

país

ater

hoje

70% dasvagasuniversitárias alocadasna

universidade

privada,

uma

aberração

se

comparado

como índice deoutros

países.

Existeumasériedeavançosno

anteprojeto

do governo

que, por

apresentarem

melhoriasparaa

universidade,

indiretamente favoreceriama

pesquisa

e oensinode

Jornalismo.

Oaumentode

orçamento

das

universidades,

por

exemplo,

éumdos incontestáveis

benefícios,

se o

governorealmenteencontrarmeiosdesistematizá-lo.A

autonomiauniversitáriaénutraproposta quemereceria

elogio,

desdequesedefinaoquede fato éessa

autonomia,

reparando

as

contradições

emoutrospontosdotexto.

Umasérie deoutrosavanços

poderiam

tambémsercitadosnotexto

do

anteprojeto,

como o Planode

Carreirae oPisoSalarialparaos

funcionáriosda

universidade,

a

limitação

da

participação

da

instituição

mantenedora,

entidades

proprietárias

dasuniversidades

privadas,

noConse­ lho

Superior

da

instituição

privada,

e a

exigência

deuma

"função

social"para

as

universidades,

tópico

queaindacarecedeesclareci­

mento.

Comoogovernotinha estabelecido omês demarço

comoprazo paranovas

sugestões

ao

anteprojeto,

astrês

entidades

ampliaram

seusdebatesnostrês

primeiros

meses

desse ano,e

apresentaram

aoMECotexto

Contribuições

do

campo

do

jornalismo

aodebate sobreo

Anteprojeto

deLeida

Educação

Superior.

Odocumentolevantade

forma

conjunta

econsensual

pontos

positivos, negativos,

turvose

absurdos,

ese

posiciona

contraotextodo

antepro-jeto

comoele

está,

por"evidenciare

privilegiar

somenteum

aspectoda

formação:

o

mercado",

destaca.

Do

ponto

devistado

Jornalismo,

talvezamaioraberra­

ção

do

anteprojeto

seriaoretornodociclo

básico,

prática

implantada

noBrasilduranteo

regime

militarque

significa

a reservade doisanos nauniversidadeparaoestudode

disciplinas

de

formação geral,

não

específica

da

profissão.

Oriundo da proposta de

educação padrão

doBanco

Mundial,

osistemafoi adotado

pelos

Estados

Unidos,

Europa,

epor quase todosos

países

daAméricaLatina. "Nesses

países,

houveuma

destruição

dauniversidade

comocentrode

produção

desaber." afirma

Machado,

reiterandoque "nosEstados Unidose na

Europa,

ociclo básicosó não foidesastrosoporque lá existemasescolas de

elite",

pondera.

Ociclobásico favoreceasuniversidadesque não

pretendem

gastarrecursoscoma

implantação

delaborató­

rios. Bastariaum

quadro,

um

giz,

evárias carteiras para

quediversos estudantesocupem muitas vagasnaaulade

umsó

professor.

evidenteque é mais econômicoparaauniversidadeo

retornodo

ciclo",

destaca

Sérgio

Murillo,

presidente

da

Fenaj.

Outra

preocupação

recorrente entre

os

jornalistas

éa

possível

extinção

do

campo desaberondeo

Jornalismo

se

instala,

odeCiênciasSociais

Aplicadas.

Comofim do campo,o

Jornalismo

passaria

provavelmente

a

integrar

as

CiênciasHumanaseSociais.

Conseqüên­

ciadostradicionaiserrosconceituaisde quem não conhece

Jornalismo,

emquea

profissão

évistacomoteoriaenãocomo uma

prática

profissional

sobrea

qual

se

produz

teoria, essedesloca­

mento de campotambém acabariaporfavoreceras

universidadesque queremensinar

Jornalismo

apenascom

quadro

e

giz.

A

criação

doConselhoNacional de

Educação (CNE),

órgão

quefuncionariano

controle,

fiscalização

enormati­

zação

da

universidade,

seriaencaradacomo

positiva

parao

Jornalismo

caso sua

formação

fosse

representativa

da

sociedade.

Entretanto,

otextodo

anteprojeto

prevê

que

todososcargos sãonomeados

pelo presidente

da

Repúbli-r

texto

evi

ncía

mercado,

destrói

conquistas

e

volta

no

tempo

ca, ondeamaioriados

representantes

viriadosetor

privado.

"Nósnão

aceita-�

mos a

formação

doConselho.

Quem

eles

t

representam?"

indaga

Valci

Zuculotto,

� diretora

regional

sul da

FNPJ

ediretorade

relações

institucionaisda

Fenaj.

Doispontosaindaturvosdo

anteproje­

to,queodocumentodastrês entidades

levanta,

sãoofinanciamentodas universi­

dadeseoaumentodo número devagas. O

texto

apresentado pelo

MEC

prevê

ofim

das

fundações,

masnão

apresenta

alternativasviáveis de

substituição

do

financiamento

hoje promovido

porelas.

"Nãofica clarocomovaiserfeitoo

financiamento dasescolas.A

Fenaj

não

condena,

masisso

precisa

seresclareci­

do",

dizMurillo. "Se não existemalterna­

tivas reaisparasubstituiras

fundações,

é

preciso

queogovernoasaceiteepropo­

nhaumaforma decontrole."

complemen­

taMachado.

Oaumentodo número devagasnas

universidadeséclaramente

positivo,

principalmente

tendoemvista que apenas

10%dos

jovens

brasileiros

(18

a24

anos)

estãonoensino

superior,

mas a

inclusãodeveserfeitacoma

preservação

da

qualidade.

É

nesse

ponto

quese

instalamas

preocupações.

O crescimento

dasvagas

poderia

ser

promovido

com o

desprezo

porumaestruturauniversitária

melhor,

ecoma

alocação

demuitos

alunosem uma mesmasalade

aula,

tal

como ocorre nos

países

vizinhosda América do Sul. Dessa

forma,

é

preciso

que

haja

um

compromisso

do MEC deaumentaronúmero

de

professores paralelamente

aocrescimento de vagas. A

tentativadeaumentaronúmerode alunos matriculadosna

universidadeévistapor

alguns

críticos tambémcomo uma

formadecontrole social.Ouniversitário seriaumdesem­

pregado

amenos. "Setodasaspessoas dauniversidade

estivessemno

mercado,

procurando trabalho,

haveriaum caos

social",

lembra Machado.

Esses

aspectos,

somadosaoutroscomo a

possível

redução

da

duração

de

alguns

cursosde

quatro

paratrês

anos,e ainsuficiência de tempo

legalmente garantido

de

dedicação

dos

professores

à

universidade,

têmtrazido

muitas

preocupações

paraos

jornalistas,

quetememque

seucaráterabsurdo inviabilizeosavanços queareforma

poderia

trazer.

Segundo

odocumento

apresentado

pelas entidades,

a

universidadecorre orisco desofrerum

"grave

retrocesso

pedagógico

na

formação

superior

específica

dos

jornalistas,

terminando por destruirescolasde

jornalismo

de

excelente

qualidade,

que vêmservindodereferênciaparamelhorare

aperfeiçoar

oensinouniversitário

brasileiro",

adverte.

Machadovaialém: "Nósnãotemoscomoaceitarum

projeto

que éumavoltanotempo. Seogovernonosouvir

de

fato,

esse

projeto

nãotemcomo ser

implantado.

A

Reformaseriaboapra

ampliar

nossas

conquistas,

enão para

destruí-las",

lamenta.

Os

representantes

dos

jornalistas

estãose

preparando

paraestar

presentes

emcada

etapa

do processo dediscus­

sãoda

reforma,

desdea

elaboração

do

próximo

texto,até

sua

votação

em

plenário.

Diversossemináriosestãosendo

programados

no

país

inteiro,

coma

participação

das três

entidades,

que

procuramsomar aEnecos

(Executiva

Nacional dosEstudantesde

Comunicação Social)

nas

discussões. "Essesdebatesvãodar

repercussão

paranossas

preocupações.

OMECnãovai

poder

ficar insensívela

nossas

reivindicações.

Issovai aumentarnossas

condições

de

interlocução",

defendeMurillo.Ogrupo executivodo

MEC

encarregado

de sistematizarasemendas

apresentadas

ao

anteprojeto

estáemprocesso de

consolidação

dotexto quevaiserenviadoà Casa Civil aindaesse

mês,

para mais

algumas

discussões. Pela

agenda

dogoverno, até

julho

o

textofinal

vaiestarno

Legislativo

para

votação.

Leandro

Uchôas

2005 -MAID I www.zero.ufsc.br ZERO -3

(

(4)

Tráfico

parsagua

jornalistas

no

Mixico

Cinco

mortes,

atentados

e

seqüestros

causam

indignação

da

sociedade

e

de

125

jornais

Umtelefonemananoitedo dia 8 de abril foi oúltimocontato queo

jorna­

listamexicanoAlfredo

Jiménez

Motateve

como

jornal

emque

trabalha,

oElIm­

parcial,

antesde

desaparecer.

Portele­ fone celularo

repórter

comentoucom

uma

colega

de trabalho queteria um

encontrode

alguns

minutos comuma

fonte

"que

andavamuitonervosa".Des­ de entãoa

polícia

nãotem

pistas

sobre seu

paradeiro.

Especializado

emassun­

tosde segurança

pública

enarcotráfi­

co,o

jornalista

havia

publicado,

sema­

nasantes,umasérie dereportagensin­

vestigativas

que revelaram nomes e

ações

de três

integrantes

do cartel de

Sinaloa,

quetransporta

drogas

nonor­

tedo

país.

O

desaparecimento

deMotase

inse-renocontexto dedificuldades que

en-Álvaro

Delgado

do ElProceso:

ameaçado

demorteparticipoude váriosatos

públicos

frentaO

jornalismo

mexicano.

Apenas

noúltimosemestre,cinco

profissionais

foram

assassinados,

o que levou o

país

a ocupar

primeiro

lugar

no

ranking

de violênciacontra

profissionais

daFede­

ração

Latino-Americanade

Jornalistas, posição

antesocupa­ da

pela

Colômbia.Osconstantesassassinatoseameaças têm como

principal

pano defundoo

poder

do narcotráficonos

Estadosmexicanosdonorte.

O

perigo

ato de informar-Afronteiracom osEstados

Unidos é área de conflitocrescenteentreosdois

países,

além deserbasede

operação

dos trêsmaiores cartéis da

droga:

dosirmãos

Carrillo,

de ArellanoFélixe do "El

Chapo"

Guz­

mán. O queocorrenessas zonasurbanas éuma

grande

inje­

ção

de

capital proveniente

do narcotráfico e o fracasso da

administração pública

emcombaterocrime

organizado.

Nes­

sas

áreas,

portanto, o

jornalismo

de

denúncia,

investigativo,

vivesobconstanteameaça.

Dos últimosseiscasosde violênciacontra

jornalistas

ocor­

ridosno

país,

cinco estão

ligados

aonarcotráfico.Na

primei­

ra semanade

abril,

acomentarista

Guadalupe

GardaEscami­

llamorreuvítima deumatentadocomarmade

fogo

quando

saíadeseutrabalhoemuma

estação

de rádioemNuevoLare­

do, Tamaulipas,

fronteiracom oArizona. Assimcomo

[ímé­

nez

Mota,

Escamillase

especializara

emreportagens

policiais

e comandavaoprogramaPunta

raja

(Ponto vermelho)

na

rádioXHNOEEstéreo

9,

emque tratava

especificamente

de

temasrelacionados à segurança

pública.

Desdeodia14de abrilaProcuradoria Geral da

República

(PGR)

cuidadoscasosmaisrecentesde

agressão

contra

jor­

nalistasem

Tamaulipas

eVeracruz.De acordocom odiretor

oficial de

polícia

do

Estado,

Héctor Fernando

Garda,

para

ajudar

nas

investigações

da morte da

jornalista Guadalupe

Escamilla foientregueà ProcuradoriaumCDcom

gravações

dosprogramas

produzidos

por elanarádio Estéreo9.

Segun­

do

ele,

"foram detectadasnas

gravações,

críticascontraavi­

olência decasosrelacionadosaonarcotráficoemNuevoLa­

redo",

oque

pode

indicaralinhade

partida

das autoridades paraa

solução

docrime.

Outrocasoque ilustrao

perigo

dereportarassuntos

liga-Declarações

da

Campanha

"Ni UnoMás" sãoentreguesparasenadoresna

capital

dosaonarcotráficonafronteira éoassassinatode Raúl Gibb

Guerrero, diretordo diárioLa

Opinion.

ocorrido dia6 de abril. O

jornalista

foi

atingido

por 13tiros

quando

voltava

paracasa em seu

automóvel,

nacidadedePozaRica. Guerre­

roeradonodo

periódico

La

Opinion,

no

qual

noticiava

ações

do narcotráficoedenunciavaamáfiados ladrões de

gasolina

da

região.

A

repórter

Cecilia

Vargas

tambémsofreuporescreverso­

breocrime

organizado

nodiárioemque

trabalha,

LaVerdad

delSureste. Nodia 17 de abril suafilha foi

seqüestrada

e

permaneceudurantesetehorascomoscriminosos,queexi­

giam

que suamãe parasse de

divulgar informações

sobre o

narcotráfico.

Peguem

emarmas-As

reações

aosatoscriminososen­

volvendo

jornalistas

têmsido severas apenas por parte da sociedade civil.Umamarchasilenciosa realizadaemHermo­

sillonofinaldo mês de abrilreuniu500pessoasqueprotes­

taram contraafalta de resultadosnas

investigações

a

respeito

do

desaparecimento

de

Jimenez

Mota.

Já após

ofuneralda

repórter Guadalupe Escamilla, repórteres

e

fotógrafos

mon­

taram

guarda

emfrenteao

palácio

do governoeentregaram

ao

governador

Eugenio

Hernández Flores cartas nas

quais

exigiam

"ações

concretas"para deteraondade violênciana fronteira.

Organizações

de defesacomo a

Repórteres

Sem Frontei­ ras

(RSF)

também condenaramos crimese alertam paraa necessidade de medidas urgentes. "As autoridades federais

têmde

reagir

lutandocontraocrime

organizado

e

garantin­

doa

proteção

dosmeiosde

comunicação",

ressaltouaONG emcomunicado oficial. Ainda

segundo

a

RSF,

"muitasinvesti­

gações

efetuadasemnívellocal levaramabecossemsaída"e

issoalimenta "um clima de

impunidade

que não

pode

conti­

nuar". Acríticaéamesmaporparteda

Associação

Mexicana

de Editores de

Jornais,

que agrupa 125 diários do

país.

A entidade reclama "da falta detatoe ofício

político

do

presi­

dente"paralidarcoma

situação.

De fato airadas

organizações

de defesae da sociedade civilse

justifica:

até agoraasúnicas

ações

públicas

para resolvero conflito foram de cunhoverbal.Osecretário de

Segurança

Pú­ blicado estado de

Tamaulipas disse,

dema­

neira

desastrosa,

que se os

jornalistas

se

sentemcadavezmais

ameaçados,

entãoque

consigam

na

delegacia

mais

próxima

um

porte de armae assim

poderão

defender melhorsua

integridade

física.

O

presidente

VicenteFoxusacomode­ fesa paraas

acusações

deomissãoemrela­

ção

aospresentesatos contra

jornalistas

o

fatode queem seumandato ele

conseguiu

abranger

aomáximoaliberdade de expres­ são na

imprensa

em

geral

- fato

que não

pode

ser

negado.

Noentanto,essaliberda­

de só

poderá

serusufruída com ofimdo

medo e das constantes ameaças sofridas

pelos jornalistas.

Giovana Sanchez

TCE

demora

e

CPI de

vereadores

investiga

as

contas

de

Amin

Mesmo queabancada doPPnaCâmaradeVerea­

dores de

Florianópolis

se recuse anomearurnmem­

bro

paraaComissão Parlamentar de

Inquérito

(CPI)

do

Fundo

de

Previdência,

as

inyestigações

serão reali- t

zadas.Eoquedizavereadora

Angela

Albino

(PCdoB),

que articulouaCPl."Alei

permite

que realizemosas

mvesti__gações

mesmosemummembro

do

PPporque

bavera

quorum".

Enquanto

oTribunal deContasdoEstado

(TCE)

se

arrastapar� daroparecer sobreascontasde 2004e

ex-prefeita

Angela

Ami,n

(PP)

e o

prefeito

eleitoDário

Berger (PSDB)

fazemumcirco

de

acusações

mutuas

na

mídia,

aCPIda Câmara

pretende

trabalhar

parades­

cobrir quem está falandoaverdade. "Não

precisamos

esperar

pelo

TeE,

pelo

contrário,

asduas

entidades

fun­

�onam

.colllo

concolj(¢rites,

e

•. 9brigaçãQ

�os

ver�­

dores

averiguar

denúnciasde

irregularidades"

,dizAn­

gela

Albino.

ACPIdaPrevidê vai

investigar

a

tr�erência

tlecerc

1.

.... para

Q

Banco

S�tos dias

antesdas õesde

2004.

Coma

mtervenção

do Ban-co

Central,

em

novembro,

o yalorda

ação

do banco

caiude

9

para

R$ 0,006

rando

vm

prejuízo:

:d�

..

R$l

QUO

àf

0$1.$

18 revi fo veriza·

qos

e,em

31

de

janeiro

deste

ano:,restavam

apenas

R$

�40

mil. Além

disso,.a

..CPIvai

investigar

aretirada

de

1$5,�

pe

:'.

tgam�n,tQ

dede$·

pesas

$1 . ão q foi

r�assado

ao

InstitutodePrevidência. Seas

acusações

forem

com-PrOVadas,

a

ÇPI

.

adaaoMinistério

Públi-coFeder e rpr

Dário

erconUia1ou resaJle

auditoria

para

analisar

ascontas

da

prefeitura

eencaminhou o

relatórioaoICEno

dia.

25

de

ahríl,

Deacordocomos

:�

ow tinhae.·

no!illaldoan()

passado

1,21

euma imediata de

R$

82,31'

s.

Segundo

aaudítoria de

Berger,

estevalor

ultrapassa

acasados

R$

122 milhões

quando

computa­

dosos

..

romíssos

�e

longo

e

lflédio

.pra+9S.

Ângela

..inchamou Dário

B(írger

de

"mentirosOP

eafirma quedeíxouemcaixacercade

R$

52 milhões

paraurna

diVida

de

R$

72

milhões,

eacrescentouquea

capacidade <te

endividamento

da:yrefeitura �ermitiria

urndébítodemais

R$

314,5

mllhoes.Paracontestaros

dados do atual

prefeito,

ela

propôs

urna novaaudíto­

ria. Emmeioaobate-boca do

executivo,

oTCEreco­

lheuosdadosetematé dezembropara

apresentar

uma

conclusão.

Caso

antigo-

Comadiscussãosobreascontasda

prefeitura,

osacontecimentos

polêmicos

da

posse

de

Dário

Berger

voltaram à

pauta

echovemdenunciasde

ambososlados.

Berger

acusaa.

oposição

de

prejudi­

carsua

diplomação

paraesconderas

condições

reais

da

prefeitura.

Os membrosdoPPrebatem dizendoque

o

prefeito

crioua

polêmica

emtomo das dívidas da

prefeitura

para

desviara

atenção

dos

compromíssos

assumidosem

campanha

porque não conseguecum­

prir

aspromessas.

A guerraentreoPPe oPSDBna

prefeímra

de Floria­

nópolis

vem.

desdeas

eleições

..

togo

apõsn

resultade

nasurnas,os

advogados

de ChicoAssis

{PP),

candidato

derrotadono

segundo

turno,entraramcom urnproces­

so no

Tril>qnal.Region�.E1eitoral

(TRE)

pedíndo

acas­

t5lição

del)ârio Bergetcom

basena

acusaçãode

queo

tucanoteriausadoestruturá e

pessoal

da Polícia Militar

para

realização

deurncomíciodurantea

campanha,

1

Uma

li�ar

do

IQI?\lllal

Supep.or Eleitotiil,

conce-,

Çijda pelo

!tMistro

Ltt,iZ

Carlos

�1!cleira,

im1;>ediU

a.

<U�

plomação

de

Berger,

llrevista

paraodia

16de

dezem­

bro.A

diplomação

sóIoi confinnadaem25de

dezem-I?ro

pelo

Ttj�unal

.

nal

Eleitoral

de

Santa

Catarina.

(_)$

juízesd()TRE

por

Ulais de

qll�tro horas

recursodo PPedeci afavorde

Berger

porcinco

votosa um.

Francis

França

,

4 - ZERO www.zero.ufsc.br MAIO

- ZOOS .

;;:. ) < -' - �

� • �. • • < - • • • ,

(5)

-�

\ /' < • 'if.:" � ,

.. MUNDO

I"

Vaticano ascolha

o

papa

da

Inquisição

Depois

de

João

de

Deus,

o

homem do Vaticano

é

o mesmo

do Tribunal

do

Santo

Ofício

Olhosecâmeras de TV de todoomundoestavamfixosno

balcãoda Basílica de São

Pedro,

no

Vaticano,

quando,

nofim

datardede19de

abril,

o cardeal

Jorge

ArturMedinaanun­

ciouadecisãodo conclave dos 115 cardeais:HabemusPa­

pam

(Temos

o

papa).

Medina revelou queoescolhidoera o

cardeal alemão

Joseph

Ratzinger,

queatribuiuasimesmo o

nomedeBento XVI. A

eleição

dodecano de 78anoseraespe­

rada portodosos

especialistas.

Desde quea

debilitação

física

de

João

PauloIIse

intensificou,

foi

Ratzinger

quemassumiu

suas

principais

funções litúrgicas.

Em suas

primeiras

pala­

vras aRomaeao

mundo,

BentoXVIse

apresentou

comoum

simples

ehumilde trabalhadornasvinhasdoSenhor.

Apesar

do

favoritismo,

a

divulgação

donomede

Ratzinger

levou

decepção

a uma

grande

massade

católicos,

eatémes­

monão-católicos. O cardeal ocupavadesde 1981a

função

de

prefeito

da

Congregação

paraaDoutrinada

Fé, antigo

Tribu­ nal da

Inquisição,

naIdade Média. Soma-seesta

posição

não

muito

simpática

aos

princípios

dogmáticos

defendidosafer­

ro e

fogo

por

Ratzinger

eoquesetem,

segundo

osvatícanís­

tas,éavitória da alamaisconservadora da

Igreja

Católica.

Continuação,

mas com

diferenças-

Devido àestreita

relação

deamizade eafinidade

dogmática

entre

Joseph

Rat­

zinger

e Karol

Wojtyla,

muitosvêem o

pontificado

deBento XVI como uma

prorrogação

doanterior,

Quem

conhece os

bastidores doVaticano discorda.

Juan Arias,

jornalista

e es­

critor

espanhol,

conviveuduranteanos comacúriaromana e

garante:

"não

poderia

haver

ninguém

maisdiferente do papa

anterior do que

Ratzinger".

Para

Arias,

umadas

diferenças

básicasentreosdois éotratocom amídia.Ao contrário do

antecessor,BentoXVIétímidoe sempreevitoua

imprensa.

No

Brasil,

todaamídia procurou de imediato o ex-frade

franciscano Leonardo Boff.Nosanos

70,

Bofffoiumdos

prin­

cipais

integrantes

da

Teologia

da

Libertação,

uma

espécie

de

esquerda

na

Igreja.

Em

1981,

ofrade brasileiro

lançou

oli­ vro

Igreja:

Carismae

Poder,

delineandoastesesda

Teologia

da

Libertação,

que pregavamasubversão da

hierarquia

cató­

lica. Coubea

Ratzinger

conduzirsua

inquisição,

nos anosse­

guintes,

e

impor-lhe

o "silêncio

obsequioso",

que Boff dei­ xoude ladoaofazer

previsões pessimistas

paraa

Igreja.

"Tal­

vez o

pontificado

de Bento XVI

seja

mais radical que o de

João

Paulo

II,

porque

Ratzinger

temopensamento

claro,

mas sem

cordialidade,

eamão

pesada

nas

decisões",

aposta.

DomOdilio

Scherer,

secretário-geral

da ConferênciaNa­

cionaldos

Bispos

do Brasil

(CNBB)

espera queamídiatrate

Bento XVI sem

opiniões

pré-formadas.

"Vamos

aprender

a

conhecerocardeal

Ratzinger

agoranavestede BentoXVI."O

jornal

francêsLeMondefoi fundo na defesa de

Ratzinger:

"nada é mais caricatural do quesua

reputação

de

teólogo

inquisidor.

BentoXVI

surpreende pela doçura

deseusolhos

azuise

pela

friezadesua

inteligência".

A

trajetória

de BentoXVI-

Joseph

Ratzinger

nasceuem

1927,

emMarktlam

Inn,

na

Baviera,

região

alemã fortemente

católica.Na

adolescência,

foi convocado

pela

Juventude

Na­

zistaeatuounadefesaanti-aéreade

Munique.

Nadécada de

50,

ordenou-se

padre

ecomeçoua

ganhar destaque

aosolhos

da

cúpula

da

Igreja,

em

1962,

duranteoConcílioVaticano II. Na

época,

eraconsiderado

liberal,

"um

'jovem

selvagem'

quecombatiaostatusquona

Igreja",

como

publicou

o

jor­

nal italianoLa

Repubblica.

Noentanto,poucosanos

depois,

assustadocom oreformismo radical dos

teólogos

inovado­

res,

Ratzinger

passou acriticar o que chamou de

"espírito

negativo

do concílio".Elevadoà

condição

decardealem

1977,

foi escolhido por

João

PauloII

prefeito

da

Congregação

para

aDoutrinada

Fé,

em

1981,

edesde

então,

tornou-seo

princi­

pal ideólogo

do

pontificado

de Karol

Wojtyla.

Ultraconservadores felizes-A

Opus

Dei,

grupo espa­

nhol conhecido

pelo

ultraconservadorismo e

pela

atuação

política,

recebeucom

alegria

aescolha. "Onovopapa sabe

que

pode

confiarna

dedicação

denossos

padres

e

leigos",

declarou o

bispo

Javier Echevarría,

autoridade máxima do

grupoquecontavacom

pelo

menosdois cardeaisnoconcla­

ve.

Apesar

da

euforia,

nãohá nenhuma notícia de que

Joseph

Ratzinger

faça

parte

da

Opus

Dei. "A

Opus

Deié ummovi­

mento

politico

e

Ratzinger

não é

politico.

Ele éum

inquisi­

dor",

ressaltaIuanArias. ParaDaniel

Thompson, teólogo

da Universidade

Fordham,

deNova

York,

o

diálogo

entreRatzin­

gere a

Opus

Deiflui

tranqüilamente.

"Elestêma mesma

opi­

niãosobreomundo

contemporâneo:

umavisãobastantene­

gativa

dasociedade ocidentaledesuasinfluências."

Ortodoxia

é

a marca

de

Bento

XVI

Joseph

Ratzinger,

opapa Bento

XVI,

é co­

nhecido

-e criticado

-porsuasfortes

opiniões

a

respeito

dos

dogmas

da

Igreja

Católicae de ques­

tões

polêmicas

mundiais.

Opiniões

que

eramevi­

dentes durantetodoo

período

delecomocardeale

ficaramaindamaisclarasnahomiliadamissa

pro

eligendo

papa

(para eleger

o

papa)

,que antecedeu

o conclave.

Nela,

ocardeal condenou duramenteo

relativismo

religioso

e o

materialismo,

edeixou bem

claro quesedeveassumirumafé

clara,

mesmoque

esta

prática

seja

consideradafundamentalismopor

muitos."Vaiseconstituindoumaditadura do relati­

vismo,

que não reconhece nadacomo definitivo e

tomacomomedida última dascoisas oeue as von­

tades do eu".Numa entrevistaaosemanárioitaliano

Panorama,

em

2004,

Joseph

Ratzinger já

davauma

dicadoquese

pode

esperar da

Igreja:

"quanto

mais . , ..

"---___J

.

d d .

t érflua" Bento:Consenadorismoe a

principal

semelhança

comJoaoPaulo

seaproxima o mun o, marsse ornasuper ua .

BentoXVInão deveassumira mesmaposturade

João

PauloII

quanto

aoecumenismo.O papa

polonês

nãomediu

esforços

duranteo seu

pontificado

parareunirtodososcris­

tãos.

ocardeal

Ratzinger,

em

2000,

qualificou

outras

igre­

jas

cristãscomodeficientes."Sãotodas

igrejas

filhas daSanta

Igreja Católica,

nãoirmãs." Dentroda

Igreja,

Bento XVIdeve

bater de frentecom asiniciativasdeaumentara

participa­

ção

feminina dentro da

Igreja

e aschamadas"showmis­

sas",

celebrações

mais

alegres

e

musicais,

quevisam atrair

osfiéismais

jovens.

Parao novopapaa

igreja

deveatrairos

fiéis

pela rigidez

moral dadoutrina.

Nas

questões

do mundoedo

homem,

BentoXVIdeve levaraoextremoas

opiniões

de

João

Paulo II.

Principal­

mente, com

relação

aouso do corpo. Homossexualismo

para ele é "uma

inclinação

que deveservistacomo uma

enfermidade".Ousode

preservativo

nas

relações

sexuais

leva à devassidão: "apropostado 'sexo

seguro' ignora

a causareal do

problema,

a

permissividade

que,naárea do

�---��

� &!

sexo e de outros

abusos,

corrói a moral das

pessoas".

Abortoe

pesquisa

comcélulas-tronco embrionáriastam­

bém estãoforade

questão

paraonovopapa.

OutracríticafeitaaBento XVIéquantosuavisão

pessi­

mista da

globalização

-para

ele,

um

inimigo. Quando

a

Turquia

muçulmana

passouafazerparte da UniãoEuro­

péia,

o cardeal

Joseph

Ratzinger

afirmou que a

Europa

estavacometendoum erro enorme.Diferentementedeseu

antecessor,Bento XVInãodeve

viajar

muito.Sua

intenção

é intensificarapresença da

Igreja

na

Europa.

Para

ele,

é melhoruma

igreja

menor,com menos

fiéis,

mascomfiéis de verdade. Existe tambéma

preocupação

de que Bento

XVI

seja

diferentede Ioão Paulo

II,

naquilo

emqueopapa

polonês

foimais

elogiado

- a

preocupação

com osocial.

"Ratzinger

nuncateveamínima

preocupação

comaques­ tãosocial.Suaúnica

preocupação

éa

fé",

alerta IuanAri­

as, escritore

jornalista

espanhol.

���--

-�--Muito

empenho

para

proteger

pedófilos

Em

52

anos,

4.450

padres

foram acusados:

10.667

vítimas

estimaque

4.450

clérigos

queatuaramen­

tre1950e2002sofreram

acusações

deabu­ so.

O

principal

escândalorecenteenvolven­

do

pedofilia

de sacerdotes católicos ocor­

reu nos Estados Unidos. Em dezembro de

2002,

ocardeal Bernard

Law,

arcebispo

de

Boston,

renunciou sob duras

acusações

de

acobertaroscrimes dos

padres

de sua ar­

quidiocese.

Noano

seguinte,

o

procurador­

geral

de Massachusetts

divulgou

que

padres

efuncionários da

arquidiocese

de Boston molestarammais

de mil

crianças

ao

longo

deseisdécadas.A

Snap,

sigla ingle­

saque

significa

"Rede de sobreviventes

daqueles

abusados

por

padres",

estimaquea

Igreja

pode

terdesembolsadoaté

US$

5 bilhõesemacordoscom

vítimas,

nosescândalos dos

anos.90.

ParaBarbara

Blaine,

fundadorae

presidente daSnap,

Bento

XVI

pode

se sairbemnoassunto se usardamesmadureza

comquetratoudeoutrostemas, enquanto

guardião

da dou­

trinada fé.Poroutro

lado,

é

provável

que ele não meça esfor­

ços paramanterosprocessos

longe

do conhecimento

públi­

co. O quesesabe é que poucoantesdo

conclave, Ratzinger

buscou apurar detalhes deuma

acusação

deabusosexualno

México,

arquivada

por elemesmo em1999.As

prováveis

ex­

plicações

paraointeressedo cardealemreabriro caso:Rat­

zinger

sabe queasprovas

podem

setornar

públicas

equer

se

antecipar

aistoou usou o casopara facilitarsua

eleição.

Textos:

Thiago

Macedo

2005 -MAIO . www.zero.ufsc.br . ZERO - 5 .

Maispreocupantequea

rigorosa

defe­ sade

posições

conservadoras porparte

do papa Bento

XVI,

são as

acusações

de

que ele tenha se

esforçado

ao máximo

paramanternasinternasda

Igreja

denún­

ciasde abuso sexual infantil por sacerdo­ tescatólicos.A

revelação

veio à tona,no

início do

mês,

através dadescoberta do

jornal inglês

The Observerdeumacarta

sigilosa

enviada

pelo

cardeal

Joseph

Rat­

zinger

atodosos

bispos

católicosemmaio

de 2001.

Nela,

o

prefeito

da

Congregação

paraaDoutrinada

dizia quea

Igreja

tinhaodireito de conduziras

investiga­

ções

emsilêncioemanterasprovas confidenciaispor até dez

anos

depois

da maioridade das vítimas.

Acarta,considerada por

advogados

como umaclara obs­

trução

da

justiça,

incentivavaqueoscrimesde

pedofilia

co­

metidos por

clérigos

fossem

julgados

apenas

pela

Igreja

Ca­ tólica.As

investigações

sobreos casosdeveriamserencami­

nhadasaoescritório de

Joseph

Ratzinger,

no

Vaticano,

e ca­

beriaaocardealadecisão de

passá-las

atribunais

privados,

onde

padres

exerceriamas

funções

de

juiz,

promotor,

notá­

rioerepresentante

legal.

Quebrar

o

sigilo

nestescasos

pode­

rialevara

punições,

inclusive à excomunhão.

Umestudo do

john Jay

College

of Criminal

Justice,

enco­

mendado

pela

Conferência Americana de

Bispos Católicos,

revelou que foram

10.667

vítimas de abuso porpartede pa­

dresnosúltimos 50anos nosEstados Unidos. Só em

2004,

foram 1.092

acusações

contra

756

padres.

A

Igreja

Católica

Referências

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