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Roteamento e alocação de espectro em redes ópticas elásticas

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Academic year: 2021

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Pedro Mesquita Moura

“Roteamento e Aloca¸

ao de Espectro em Redes

´

Opticas El´

asticas”

CAMPINAS

2015

(2)
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(4)

Ficha catalográfica

Universidade Estadual de Campinas

Biblioteca do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Ana Regina Machado - CRB 8/5467

Moura, Pedro Mesquita,

M865r MouRoteamento e alocação de espectro em redes ópticas elásticas / Pedro Mesquita Moura. – Campinas, SP : [s.n.], 2015.

MouOrientador: Nelson Luis Saldanha da Fonseca.

MouDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Computação.

Mou1. Redes ópticas. 2. Redes ópticas elásticas. 3. Alocação de espectro. 4. Roteamento (Administração de redes de computadores). I. Fonseca, Nelson Luis Saldanha da,1961-. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de

Computação. III. Título.

Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Routing and spectrum assignment in elastic optical networks Palavras-chave em inglês:

Optical networks Elastic optical networks Spectrum allocation

Routing (Computer network management)

Área de concentração: Ciência da Computação Titulação: Mestre em Ciência da Computação Banca examinadora:

Nelson Luis Saldanha da Fonseca [Orientador] Gustavo Bittencourt Figueiredo

Flávio Keidi Miyazawa

Data de defesa: 20-01-2015

Programa de Pós-Graduação: Ciência da Computação

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

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Instituto de Computa¸c˜ao Universidade Estadual de Campinas

Roteamento e Aloca¸

ao de Espectro em Redes

´

Opticas El´

asticas

Pedro Mesquita Moura

1

20 de janeiro de 2015

Banca Examinadora:

• Prof. Dr. Nelson Luis Saldanha da Fonseca (Orientador) • Prof. Dr. Gustavo Bittencourt Figueiredo

Instituto de Matem´atica - UFBA • Prof. Dr. Fl´avio Keidi Miyazawa

Instituto de Computa¸c˜ao - UNICAMP

• Prof. Dr. F´abio Luiz Usberti - Instituto de Computa¸c˜ao - UNICAMP (Suplente) • Prof. Dr. Andr´e Costa Drummond

Instituto de Computa¸c˜ao - UnB (Suplente)

1Suporte Financeiro: CNPq e Funda¸ao de Amparo `a Pesquisa do Estado de S˜ao Paulo (FAPESP)

processo n´umero 2013/01037-5

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Abstract

Wavelength division multiplexing optical networks divided the spectrum in a fixed grid. Such division allows high transmission rates of up to 100Gbps nowadays. The high capa-city fixed grid leadus to sub utilization of wavelengths by requests with lower bandwidth demand than their capacity. In this context, elastic optical networks emerged, allowing flexible division of spectrum. By using Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OFDM), it is possible to orthogonally overlap adjacent slots, without interference, achi-eving high spectrum efficiency.

The routing and spectrum assignment problem aims to allocate routes and spectrum in elastic optical networks, it finds paths with enough spectrum to accommodate the bandwidth demand. In order to avoid the costy optoelectronic signal conversion, it is necessary to allocate the same portion of spectrum in each link of the path, such restriction is known as spectrum continuity constraint. Slots must also be allocated contiguously, whichs is known as spectrum contiguity constraint. This work investigate the routing and spectrum assignment problem and proposes algorithms to improve quality of service, operational costs as well as energy efficiency.

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Resumo

As redes ´opticas com multiplexa¸c˜ao por comprimento de onda empregam uma grade fixa de divis˜ao do espectra. Com este equema de multiplexa¸c˜ao pode-se atingir velocidades de at´e 100Gb/s. A divis˜ao do espectro em faixas fixas pode gerar problemas de falta de flexi-bilidade, sendo a capacidade de um comprimento de onda subutilizado por requisi¸c˜oes com baixa demanda. Nesse contexto, as redes ´opticas el´asticas buscam flexibilizar a aloca¸c˜ao do espectro utilizando alta granularidade na divis˜ao do espectro, de modo que as conex˜oes utilizem tipicamente v´arios slots. Utilizando-se da tecnologia de Multiplexa¸c˜ao por Di-vis˜ao de Frequˆencias Ortogonais (OFDM), ´e poss´ıvel fazer com que os slots adjacentes se sobreponham ortogonalmente, sem interferˆencia, atingindo alta eficiˆencia de utiliza¸c˜ao do espectro.

O problema de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro surge neste contexto com o objetivo de alocar rotas nas redes ´opticas el´asticas, que possuam espectro suficiente para acomo-dar a demanda de tr´afego para se evitar a custosa opera¸c˜ao de convers˜ao opto eletrˆonica, ´e necess´ario manter a mesma por¸c˜ao do espectro alocada em todos os enlaces do cami-nho, problema denominado de restri¸c˜ao de continuidade do espectro. Os slots devem ser tamb´em adjacentes para que estes se sobreponham utilizando OFDM, problema chamado de restri¸c˜ao de contiguidade do espectro. Esta disserta¸c˜ao investiga o problema rotea-mento e aloca¸c˜ao de espectro e prop˜oe algoritmos que melhoram caracter´ısticas da rede, como qualidade de servi¸co, custo operacional e eficiˆencia energ´etica.

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Dedico este trabalho a todos que fazem parte da minha vida, mesmo da mais simples forma.

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer aos meus pais, Sandra e Maxwel, que sempre me apoiaram em todas as decis˜oes e foram presentes em todos meus momentos. A minha namorada Cristiane, pela paciˆencia e amor incondicionais, em todos momentos. Ao meu irm˜ao e fam´ılia, Renan, Luciana e Vitor, por todos momentos de alegria.

Ao meu orientador Dr. Nelson da Fonseca pela oportunidade de realizar este trabalho e por todas as orienta¸c˜oes.

Aos meus colegas do LRC que me ajudaram e aturaram no dia-a-dia e foram de suma importˆancia para o t´ermino deste trabalho.

Agrade¸co a Universidade Estadual de Campinas, em especial ao Instituto de Com-puta¸c˜ao, pela oportunidade e pela ´otima estrutura oferecidos para a realiza¸c˜ao deste trabalho.

Ao apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient´ıfico e Tecnol´ogico (CNPq) e a Funda¸c˜ao de Amparo `a Pesquisa do Estado de S˜ao Paulo (FAPESP) processo n´umero 2013/01037-5.

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Sum´

ario

Abstract ix Resumo xi Dedication xiii Agradecimentos xv 1 Introdu¸c˜ao 1 1.1 Contribui¸c˜oes . . . 3 1.2 Publica¸c˜oes . . . 3 1.3 Organiza¸c˜ao da Disserta¸c˜ao . . . 4

2 Referencial Te´orico 5 2.1 Redes ´Opticas com Multiplexa¸c˜ao por Comprimento de Onda . . . 5

2.1.1 Roteamento e Aloca¸c˜ao de Comprimentos de Onda . . . 8

2.2 Redes ´Opticas El´asticas . . . 8

2.2.1 OFDM . . . 9

2.2.2 Banda de guarda . . . 10

2.2.3 Vantagens do uso de OFDM . . . 11

2.2.4 Arquitetura de Redes ´Opticas El´asticas . . . 12

2.3 Roteamento e Aloca¸c˜ao de Espectro . . . 13

2.4 Roteamento, Aloca¸c˜ao de Espectro e N´ıvel de Modula¸c˜ao . . . 14

2.5 Agrega¸c˜ao de Tr´afego . . . 15

2.6 Resumo conclusivo . . . 16

3 Roteamento e aloca¸c˜ao de espectro com preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao 17 3.1 Trabalhos relacionados . . . 17

3.1.1 Modified Shortest Path Algorithm . . . 18

3.1.2 Spectrum-Constraint Path Vector Searching . . . 20 xvii

(18)

3.2 O Algoritmo Proposto . . . 22

3.2.1 Representa¸c˜ao do espectro . . . 22

3.3 Algoritmo de RSA . . . 23

3.4 Fun¸c˜oes de custo . . . 25

3.4.1 Grau de Fragmenta¸c˜ao . . . 26

3.4.2 Tendˆencia de Aceita¸c˜ao . . . 26

3.5 Avalia¸c˜ao num´erica . . . 27

3.6 Resumo conclusivo . . . 34

4 Agrega¸c˜ao de tr´afego em lotes de conex˜oes com prazo de aloca¸c˜ao 37 4.1 Trabalhos Relacionados . . . 38

4.2 Algoritmo de Agrega¸c˜ao de Tr´afego . . . 39

4.3 Avalia¸c˜ao de desempenho . . . 41

4.4 Resumo conclusivo . . . 49

5 Roteamento, aloca¸c˜ao de espectro e modula¸c˜ao com eficiˆencia energ´etica 51 5.1 Trabalhos relacionados . . . 51

5.1.1 Energy Efficient K Shortest Paths . . . 52

5.2 Algoritmo de caminhos m´ınimos com economia de energia . . . 54

5.3 Modelo de consumo de energia . . . 57

5.4 Fun¸c˜ao de custo . . . 58

5.5 Avalia¸c˜ao num´erica . . . 59

5.6 Conclus˜ao . . . 68

6 Conclus˜oes e Trabalhos Futuros 71

Referˆencias Bibliogr´aficas 73

(19)

Lista de Figuras

2.1 Optical Cross Conectors . . . . 6

2.2 Mapeamento virtual de caminhos ´opticos . . . 7

2.3 Especro de sinais WDM em contraste com sinais OFDM [22] . . . 9

2.4 Dom´ınio de espectro de um sinal OFDM [38] . . . 10

2.5 Dom´ınio de tempo de um sinal OFDM [38] . . . 11

2.6 Intervalo de guarda em um s´ımbolo OFDM [28] . . . 12

2.7 Arquitetura de rede SLICE [16] (Adaptada) . . . 13

2.8 Economia de espectro gerada pela sobreposi¸c˜ao das faixas adjacentes. . . . 14

3.1 Representa¸c˜ao do espectro utilizando multigrafo . . . 23

3.2 Topologias utilizadas . . . 28

3.3 Raz˜ao entre banda bloqueada e banda solicitada como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 28

3.4 Raz˜ao entre banda bloqueada e banda solicitada como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia NSF . . . 29

3.5 ´Indice de disponibilidade cont´ıgua do espectro como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 30

3.6 ´Indice de disponibilidade cont´ıgua do espectro como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia NSF . . . 31

3.7 ´Indice de Justi¸ca de Jain como fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 32

3.8 Probabilidade de bloqueio para cada par fonte destino com carga de 200 erlangs para a topologia USA . . . 32

3.9 Indice de Justi¸ca de Jain como fun¸c˜ao da carga para a topologia NSF . . . 33

3.10 Probabilidade de bloqueio para cada par fonte destino com carga de 200 erlangs para a topologia NSF . . . 33

3.11 N´umero m´edio de saltos dos caminhos ´opticos alocados na topologia USA . 34 3.12 N´umero m´edio de saltos dos caminhos ´opticos alocados na topologia NSF . 34 4.1 Topologias utilizadas . . . 41

(20)

4.2 Raz˜ao entre banda bloqueada e banda solicitada como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 42 4.3 raz˜ao entre banda bloqueada e banda solicitada como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia NSF . . . 43 4.4 N´umero m´edio de transceptores ativos na rede como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia USA . . . 44 4.5 N´umero m´edio de transceptores ativos na rede como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia NSF . . . 45 4.6 ´Indice de Justi¸ca de Jain como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia USA 45 4.7 ´Indice de Justi¸ca de Jain como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia NSF 46 4.8 Probabilidade de bloqueio para cada par fonte destino sob carga de 200

erlangs para a topologia USA . . . 46 4.9 Probabilidade de bloqueio para cada par fonte destino sob carga de 200

erlangs para a topologia NSF . . . 47 4.10 N´umero m´edio de saltos dos caminhos ´opticos como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia USA . . . 48 4.11 N´umero m´edio de saltos dos caminhos ´opticos como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia NSF . . . 48 4.12 ´Indice de disponibilidade cont´ıgua do espectro como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia USA . . . 49 4.13 ´Indice de disponibilidade cont´ıgua do espectro uma fun¸c˜ao da carga para

a topologia NSF . . . 50 5.1 Representa¸c˜ao do espectro como um multigrafo . . . 55 5.2 Topologias utilizadas . . . 60 5.3 Raz˜ao entre banda bloqueada e banda solicitada como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia USA . . . 61 5.4 Consumo de energia como fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 61 5.5 Eficiˆencia energ´etica como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 62 5.6 ´Indice de Justi¸ca de Jain como fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 62 5.7 Probabilidade de bloqueio para cada par fonte destino sob carga de 200

erlangs para a topologia USA . . . 63 5.8 N´umero m´edio de saltos dos caminhos ´opticos como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia USA . . . 64 5.9 N´umero m´edio de transceptores ativos na rede como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia USA . . . 65 5.10 Raz˜ao entre banda bloqueada e banda solicitada como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia NSF . . . 65 xx

(21)

5.11 Consumo de energia como fun¸c˜ao da carga para a topologia NSF . . . 66 5.12 Eficiˆencia energ´etica como uma fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 66 5.13 ´Indice de Justi¸ca de Jain como fun¸c˜ao da carga para a topologia USA . . . 67 5.14 Probabilidade de bloqueio para cada par fonte destino com carga de 200

erlangs para a topologia NSF . . . 68 5.15 N´umero m´edio de saltos dos caminhos ´opticos como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia NSF . . . 69 5.16 N´umero m´edio de transceptores ativos na rede como uma fun¸c˜ao da carga

para a topologia NSF . . . 69

(22)
(23)

Lista de Tabelas

5.1 Capacidade dos slots, consumo de potˆencia e distˆancia m´axima de trans-miss˜ao para os n´ıvel de modula¸c˜ao . . . 57

(24)
(25)

Lista de Acrˆ

onimos

WDM Wavelength Division Multiplex

OXC Optical Cross Conector

OFDM Orthogonal Frequency Division Multiplexing

OEO Opto Eletro ´Optica

IPTV Internet Protocol Television

RSA Roteamento e Aloca¸c˜ao de Espectro

RMLSA Roteamento, Aloca¸c˜ao de N´ıvel de Modula¸c˜ao e de Espectro

BBR Raz˜ao Bloqueio Largura de Banda

RWA Roteamento e Aloca¸c˜ao de Comprimento de Onda

ISI Interferˆencia Inter S´ımbolos

SLICE Spectrum-Sliced Elastic Optical Path Network MSP Modified Shortest Path

SCPVS Spectrum-Constraint Path Vector Searching MGSP Algoritmo de Caminhos M´ınimos em Muligrafo

DF Grau de Fragmenta¸c˜ao

AP Tendˆencia de Aceita¸c˜ao

PCE Path Computation Elements BG Batch Grooming

JFI Jain Fairness Index

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EEKSP Energy Efficient K Shortest Paths

EAMGSP Algoritmo de Caminhos M´ınimos em Multigrafos com Economia de Energia

PLI Programa¸c˜ao Linear Inteira

EDFA Erbium-doped Optical Fiber Amplifier QoS Qualidade de Servi¸co

(27)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

As redes de computadores tˆem o objetivo de realizar a troca de informa¸c˜ao entre dis-positivos, e podem ser constru´ıdas de diversas maneiras, de acordo com a necessidade e caracter´ısticas dos seus usu´arios. As redes podem ser classificadas segundo suas carac-ter´ısticas como tecnologia de transmiss˜ao, escala, arquitetura de servi¸co e sua tecnologia de comuta¸c˜ao.

A transmiss˜ao na Internet foi baseada at´e a d´ecada de 80, em cabos de cobre. A utiliza¸c˜ao de cabos de cobre ´e mais simples e direta, por´em estes apresentam proble-mas como atenua¸c˜ao de sinal para grandes distˆancias e suscetibilidade a interferˆencias magn´eticas. No campo de telefonia desde a d´ecada de 70 come¸caram a ser desenvolvidas solu¸c˜oes para suprir as adversidades encontradas em cabos de cobre, e uma destas eram as fibras ´opticas. As vantagens do uso de fibras ´opticas eram evidentes, atingindo maiores distˆancias, com maior capacidade de transmiss˜ao de dados e sua natural capacidade de n˜ao sofrer interferˆencias eletromagn´eticas.

A partir da d´ecada de 80 come¸caram a surgir tecnologias de transmiss˜oes ´opticas, em seu in´ıcio apenas com conex˜oes ponto a ponto. O surgimento da multiplexa¸c˜ao por divis˜ao comprimento de onda (do inglˆes Wavelenght Division Multiplexing - WDM) permitiu que diversas transmiss˜oes distintas pudessem ser realizadas na mesma fibra, utilizando cada transmiss˜ao em um comprimento de onda, aumentando, tamb´em, a capacidade de transmiss˜ao das fibras. O fator que possibilitou a utiliza¸c˜ao das fibras ´opticas al´em do ponto a ponto foi o surgimento dos Optical Cross Connectors (OXCs), que possibilitaram a comuta¸c˜ao direta do sinal ´optico, sem transform´a-lo em sinal el´etrico. Surgiram, assim, as redes ´opticas transparentes, que permitem que um fluxo de dados seja transmitido apenas no dom´ınio ´optico, sem convers˜oes para o dom´ınio eletrˆonico.

Para que ocorra transmiss˜ao de dados nas redes transparentes ´e preciso encontrar rotas entre os OXCs, e como a rede transparente n˜ao utiliza convers˜oes para o dom´ınio eletrˆonico, o comprimento de onda deve ser mantido o mesmo em todo o caminho da

(28)

2 Cap´ıtulo 1. Introdu¸c˜ao

rede. Este problema ´e chamado de roteamento e aloca¸c˜ao de comprimento de onda, e a restri¸c˜ao de comprimento de onda ´e chamada de restri¸c˜ao de continuidade do espectro.

As redes ´opticas WDM utilizam uma grade fixa de aloca¸c˜ao de espectro, que divide o espectro em faixas de frequˆencia com espa¸camento de 50GHz entre os canais. A he-terogeneidade das demandas de tr´afego em uma rede pode causar problemas quando a rede utiliza uma grade fixa. Alocando uma conex˜ao a um comprimento de onda cuja capacidade ´e maior que a demanda resulta em sub utiliza¸c˜ao de recursos. Para tentar aproveitar a faixa de espectro que fica vaga devido a esta situa¸c˜ao, foi criado o mecanismo de agrega¸c˜ao de tr´afego. A agrega¸c˜ao de tr´afego tenta alocar mais de uma conex˜ao no mesmo comprimento de onda, a fim de melhor utilizar a alta capacidade de transmiss˜ao. Apesar da agrega¸c˜ao de tr´afego amenizar o problema, o processo ´e complexo e n˜ao garante a boa utiliza¸c˜ao do espectro.

Uma solu¸c˜ao proposta para o problema da falta de flexibilidade de aloca¸c˜ao do espectro foi a divis˜ao do espectro ´optico em canais menores, tipicamente de 12,5GHz, chamados de

slots. Com este modelo de aloca¸c˜ao, a probabilidade de ocorrˆencia de slots subutilizados ´e menor. As redes que empregam este sistema foram chamadas de Redes ´Opticas El´asticas, devido a sua capacidade de se adequar as diferen¸cas da demanda de tr´afego dos usu´arios. Apesar dos benef´ıcios, as redes ´opticas el´asticas trouxeram novos desafios, algumas demandas de tr´afego podem necessitar de capacidades maiores que um slot oferece, neces-sitando de mais de um slot para realizar a aloca¸c˜ao. Estas redes utilizam mais de um slot para acomodar tais demandas, e utiliza um esquema de Orthogonal Frequency-Division

Multiplexing (OFDM) para sobrepor slots adjacentes, de modo que ocupem menos

es-pectro. O problema de roteamento que consistia em encontrar rotas e comprimentos de onda, agora passou a incorporar mais uma restri¸c˜ao, a de contiguidade de espectro, a fim de manter todos os slots alocados em faixas cont´ıguas do espectro. O problema de roteamento passou a ser chamando de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro.

Para aumentar a taxa de transmiss˜ao em redes ´optica el´asticas modula¸c˜oes podem ser utilizadas, de modo que seja poss´ıvel transmitir mais de um bit por s´ımbolo. Como o sinal est´a sempre no dom´ınio ´optico, quanto maior o n´umero de bits por s´ımbolo, maior o efeito da atenua¸c˜ao do sinal na decodifica¸c˜ao no receptor. Tal problema precisa ser tratado calculando rotas e escolhendo uma modula¸c˜ao adequada de acordo com o comprimento da rota, por´em a faixa do espectro necess´aria para atender a demanda de tr´afego da requisi¸c˜ao varia de acordo com a modula¸c˜ao escolhida. Portanto, o problema de roteamento incorpora a decis˜ao de modula¸c˜ao e passa a ser chamado de roteamento, aloca¸c˜ao de n´ıvel modula¸c˜ao e de espectro (RMLSA).

Esta disserta¸c˜ao apresenta um estudo abrangente sobre roteamento e aloca¸c˜ao de es-pectro em redes ´opticas el´asticas, os problemas que surgem intr´ınsecos a tecnologia e algumas solu¸c˜oes para estes problemas. Primeiramente, estuda-se o problema de

(29)

frag-1.1. Contribui¸c˜oes 3

menta¸c˜ao, que ocorre devido ao estabelecimento e encerramento dinˆamico de conex˜oes de tamanhos heterogˆeneos, que pode levar a pequenos fragmentos de espectro que podem n˜ao ser utilizados, levando a subutiliza¸c˜ao do espectro. Para isso, foi criado um algoritmo que procura evitar aloca¸c˜oes que possam gerar fragmenta¸c˜ao do espectro. Prop˜oe-se tamb´em, um mecanismo de agrega¸c˜ao de tr´afego para redes ´opticas el´asticas, que procura agrupar diversas conex˜oes com prazo de aloca¸c˜ao em lotes e procura rotas e espectro para os lotes como um todo. Por fim, introduz-se um algoritmo de RMLSA com o objetivo de economia de energia, que utiliza o consumo de energia dos componentes da rede para calcular rotas, espectro e modula¸c˜oes de modo que o consumo de energia ´e minimizado.

O objetivo desta disserta¸c˜ao ´e propor solu¸c˜oes para problemas de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro afim de se prover melhor qualidade de servi¸co, diminuir o custo operacional e reduzir o consumo de energia.

1.1

Contribui¸

oes

A lista a seguir descreve as contribui¸c˜oes desta disserta¸c˜ao:

• Apresenta¸c˜ao do estado da arte de algoritmos de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro e de roteamento e aloca¸c˜ao de comprimento de onda;

• Proposta de um algoritmo de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro que evita frag-menta¸c˜ao a fim de melhorar qualidade de servi¸co da rede;

• Proposta de um algoritmo de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro que agrupa re-quisi¸c˜oes semelhantes e as aloca como um todo, visando a diminui¸c˜ao de custo operacional;

• Proposta de um algoritmo de roteamento, aloca¸c˜ao de modula¸c˜ao e espectro com economia de energia que procura rotas cujos componentes consumam menos energia, a fim de aumentar a eficiˆencia energ´etica da rede;

• Implementa¸c˜ao e disponibiliza¸c˜ao de um simulador para avalia¸c˜ao de algoritmos e RSA e RMLSA em redes el´asticas.

1.2

Publica¸

oes

A lista a seguir apresenta as publica¸c˜oes realizadas durante o desenvolvimento do trabalho: • Moura, Pedro M.; Fonseca, Nelson L.S.da; Scaraficci, Rafael A.; Fragmentation

(30)

4 Cap´ıtulo 1. Introdu¸c˜ao

IEEE International Conference on , vol., no., pp.1137,1142, 10-14 June 2014 doi: 10.1109/ICC.2014.6883474

• Moura, P M.; Fonseca, N. L. S. da; Scaraficci, R. A.; Traffic Grooming of Batches

of Deadline-Driven Requests in Elastic Optical Networks. In: Global

Telecommuni-cations Conference (GLOBECOM 2014), 2014 IEEE.

• Moura, Pedro M.; Fonseca, Nelson L.S.da; Scaraficci, Rafael A.; Algorithm for

Energy Efficient Routing, Modulation and Spectrum Assignment, Communications

(ICC), 2015 IEEE International Conference on (Artigo submetido).

1.3

Organiza¸

ao da Disserta¸

ao

Os trabalhos realizados est˜ao divididos em cap´ıtulos desta disserta¸c˜ao e cada cap´ıtulo apresenta o problema a ser tratado como uma breve introdu¸c˜ao, discute trabalhos relaci-onados apresenta a solu¸c˜ao, discute resultados obtidos atrav´es das simula¸c˜oes e apresenta uma breve conclus˜ao sobre o tema.

O Cap´ıtulo 2 introduz as redes ´opticas e apresenta conceitos necess´arios para enten-dimento dos problemas de RSA e RMLSA, abordando problemas relacionados e solu¸c˜oes encontradas. O Cap´ıtulo 3 prop˜oe um algoritmo de RSA para preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao. O Cap´ıtulo 4 prop˜oe um algoritmo de RSA que utiliza prazos de aloca¸c˜ao para agregar conex˜oes em lotes. O Cap´ıtulo 5 apresenta um algoritmo de RMLSA com eficiˆencia energ´etica. O Cap´ıtulo 6 conclui a disserta¸c˜ao e discute os problemas e resultados dos cap´ıtulos, mostrando similaridades e diferen¸cas dos problemas e propondo trabalhos futu-ros. O Apˆendice A mostra uma vis˜ao geral do simulador FlexGridSim, desenvolvido para a realiza¸c˜ao dos experimentos da disserta¸c˜ao.

(31)

Cap´ıtulo 2

Referencial Te´

orico

Neste cap´ıtulo, s˜ao apresentados conceitos e tecnologias utilizados no problema de rotea-mento e aloca¸c˜ao de espectro em redes ´opticas el´asticas.

2.1

Redes ´

Opticas com Multiplexa¸

ao por

Compri-mento de Onda

As redes ´opticas el´asticas e as redes ´opticas com Multiplexa¸c˜ao por Divis˜ao de Compri-mento de Onda se assemelham em diversas caracter´ısticas. Nessa se¸c˜ao, ser˜ao apresenta-das as caracter´ısticas apresenta-das redes WDM.

As redes WDM empregam a multiplexa¸c˜ao por comprimento de onda que permite aumentar a capacidade de transmiss˜ao das fibras ´opticas dividindo o espectro da fibra ´

optica em v´arios comprimentos de onda. Assim, ´e poss´ıvel transmitir simultaneamente diferentes sinais ´opticos utilizando comprimentos de onda diferentes. Tal divis˜ao aumenta a capacidade de transmiss˜ao e permite a multiplexa¸c˜ao de diversos fluxos de uma ma-neira facilitada. A divis˜ao do espectro em comprimentos de onda est´a ligada a diferen¸ca existente nas taxas de transmiss˜ao do dom´ınio ´optico e do dom´ınio eletrˆonico. Enquanto o dom´ınio ´optico tem potencial para realizar transmiss˜oes de at´e 100 Gbps em cada com-primento de onda, no meio eletrˆonico as taxas de transmiss˜ao s˜ao geralmente de poucos Gbps [21].

As redes ´opticas podem ser divididas em trˆes tipos de acordo com o m´etodo de rege-nera¸c˜ao de sinal adotado.

• Opacas: redes nas quais a comuta¸c˜ao ´e realizada no n´ıvel eletrˆonico; nessas redes ´e necess´aria a convers˜ao de sinal em todos os n´os.

• Transparentes: redes nas quais toda a comuta¸c˜ao ´e realizada com sinais ´opticos e o 5

(32)

6 Cap´ıtulo 2. Referencial Te´orico

sinal ´e convertido para eletrˆonico apenas nos n´os destino e origem.

• Transl´ucidas: redes nas quais parte da comuta¸c˜ao ´e realizada no dom´ınio eletrˆonico e a outra parte ´e realizada no dom´ınio ´optico.

Nas redes ´opticas opacas, os sinais que s˜ao recebidos pelos n´os precisam ser con-vertidos para o dom´ınio eletrˆonico para que o sinal seja repassado corretamente. Ap´os ser comutado, o sinal precisa ser convertido novamente ao dom´ınio ´optico para que seja encaminhado atrav´es da fibra ´optica. Essa convers˜ao ´e conhecida como regenera¸c˜ao opto-eletro-´optica (OEO). Tal convers˜ao tem custo elevado j´a que cada n´o necessita de v´arios receptores e transmissores, equipamentos de custo elevado [7].

Nas redes transparentes, o sinal ´e comutado sem a convers˜ao para o dom´ınio eletrˆonico, sendo transportado somente no dom´ınio ´optico o que torna a rede ´optica transparente atraente. Os n´os da rede ´optica transparente, chamados de comutadores ´opticos (Optical

Cross Conectors - OXCs) s˜ao respons´aveis pela comuta¸c˜ao dos sinais que recebem, sem

convers˜ao. A Figura 2.1 ilustra um OXC, com v´arias fibras conectadas, o dispositivo realiza a comuta¸c˜ao ´optica dos sinais sem convers˜ao, desde que a comuta¸c˜ao seja realizada com o mesmo comprimento de onda nas duas fibras.

Figura 2.1: Optical Cross Conectors

A forma¸c˜ao de caminhos em redes ´opticas transparentes tem um car´ater fim-a-fim, o que cria um conceito de caminhos ´opticos, que s˜ao compostos por um conjunto de n´os e enlaces formando um caminho na rede em um comprimento de onda.

(33)

2.1. Redes ´Opticas com Multiplexa¸c˜ao por Comprimento de Onda 7

Para o estabelecimento de caminhos ´opticos, ´e comum utilizar topologias virtuais que exibem os caminhos ´opticos existentes. A Figura 2.2 apresenta um exemplo de mapea-mento da topologia virtual, na qual os enlaces virtuais s˜ao os caminhos ´opticos estabele-cidos entre os n´os. Um enlace virtual pode ser composto de uma combina¸c˜ao de enlaces f´ısicos que a rede ache mais adequado no momento, como por exemplo o enlace virtual do n´o 2 ao n´o 4 pode ser composto pelos enlaces f´ısicos ”b-a”e ”a-c”como tamb´em por ”b-d”e ”d-c”.

Enlace Físico Enlace Virtual

Camada Virtual Camada Física 1 2 3 4 5 a b c d e

Figura 2.2: Mapeamento virtual de caminhos ´opticos

Cada enlace virtual ´e um caminho ´optico que por sua vez ocupa um comprimento de onda por todos os enlaces f´ısicos por onde passa. Quanto mais caminhos ´opticos estiverem alocados em uma rede, menos comprimentos de onda devem estar dispon´ıveis, aumentando a probabilidade de que uma solicita¸c˜ao para o estabelecimento de um novo caminho ´optico seja negado por falta de comprimentos de onda dispon´ıveis [6].

Apesar de ser uma tecnologia promissora, o WDM tem limita¸c˜oes se comparada ao potencial de taxa de transmiss˜ao de uma fibra ´optica. Novas tecnologias surgiram para melhorar os mecanismos do WDM e aproveitar melhor a capacidade da fibra ´optica, uma desta ´e a rede ´optica el´astica.

(34)

8 Cap´ıtulo 2. Referencial Te´orico

2.1.1

Roteamento e Aloca¸

ao de Comprimentos de Onda

Para que exista transmiss˜ao de dados em redes WDM transparentes, ´e necess´aria a co-nex˜ao entre o origem e o destino, tal comunica¸c˜ao ´e estabelecida encontrando-se uma rota entre os n´os da rede e reservando-se um comprimento de onda livre por todo o ca-minho entre os dois n´os. Tal rota ´e chamada de caminho ´optico e cont´em v´arios n´os intermedi´arios. Quando um caminho ´optico ´e reservado, a sua largura de banda fica toda reservada at´e que o caminho ´optico seja desfeito.

A convers˜ao de comprimento de onda nos n´os intermedi´arios ´e uma opera¸c˜ao custosa e deve ser evitada, portanto ´e necess´ario que um caminho ´optico utilize o mesmo compri-mento de onda em todas as fibras que o comp˜oem a fim de que n˜ao ocorram as convers˜oes opto-el´etricas nos n´os intermedi´arios. Esta restri¸c˜ao ´e conhecida como restri¸c˜ao de conti-nuidade de comprimento de onda. Deste modo, a aloca¸c˜ao de comprimento de onda deve proceder de forma que dois caminhos ´opticos que compartilham um mesmo enlace n˜ao usem o mesmo comprimento de onda [12].

O problema de Roteamento e Aloca¸c˜ao de Comprimento de Onda (RWA - Routing

and Wavelength Assignment) [21] consiste em estabelecer os caminhos ´opticos entre os

n´os com interesse de comunica¸c˜ao em uma rede, levando em considera¸c˜ao a restri¸c˜ao de continuidade de comprimento de onda.

2.2

Redes ´

Opticas El´

asticas

Devido a grande demanda de taxa de transmiss˜ao atual de servi¸cos de Internet como

streaming de v´ıdeos de alta defini¸c˜ao, computa¸c˜ao em nuvens, Internet Protocol Television (IPTV), as taxas de transmiss˜ao obtidas nas redes deve acompanhar a demanda. A tecnologia com maior potencial para altas taxas de transmiss˜ao, atualmente, s˜ao as redes ´

opticas e apesar destas j´a conseguirem atingir altas taxas de transmiss˜ao, o meio ´optico ainda tem um grande potencial a ser explorado.

As redes ´opticas baseadas em WDM apresentam vantagens como alta capacidade de transmiss˜ao e comuta¸c˜ao reconfigur´avel de comprimentos de onda, por´em apresentam desvantagens como taxas de transmiss˜ao fixas e baixa granularidade. Tais falhas levam a m´a utiliza¸c˜ao do espectro ´optico, tendo em vista que independente da taxa de transmiss˜ao sendo utilizada em um canal WDM, este ocupa a mesma faixa do espectro.

As redes WDM utilizam tradicionalmente canais com um espa¸camento de 50 GHz, por´em, para a obten¸c˜ao de taxas de transmiss˜ao mais altas, que podem chegar a at´e 1Tbps, s˜ao necess´arias frequˆencias mais altas, como 75 ou 150 GHz [24], tornando a utiliza¸c˜ao eficiente do espectro uma tarefa dif´ıcil.

(35)

2.2. Redes ´Opticas El´asticas 9

apresentam alta granularidade em forma de subportadoras, permitindo o agrupamento destas para a obten¸c˜ao de taxas de transmiss˜ao vari´aveis. A seguir, s˜ao apresentados o conceito das redes ´opticas el´asticas e as tecnologias necess´arias para seu funcionamento.

2.2.1

OFDM

Orthogonal Frequency-Division Multiplexing (OFDM) ´e uma t´ecnica de multi portadora

que transmite dados em alta velocidade, dividindo-os em v´arios canais ortogonais de transmiss˜ao de dados. OFDM surgiu como um mecanismo de controle da camada f´ısica para redes sem fio, e ´e adotado em diversas tecnologias atualmente, como 802.11a/g Wi-Fi, 802.16 WiMAX, LTE (Long-Term Evolution), DSL (Digital Subscriber Loop) [28].

Esta tecnologia ´e considerada promissora para o futuro das redes ´opticas. Com carac-ter´ısticas flex´ıveis e de f´acil escalabilidade, ´e poss´ıvel gerenciar sinais de diferentes taxas de dados e at´e com taxas vari´aveis [16].

A tecnologia utilizada atualmente em redes ´opticas, a WDM, emprega canais com espa¸camento fixo entre os comprimentos de onda, isto ´e feito para que n˜ao haja inter-ferˆencia entre os canais. Esse problema n˜ao ocorre com a utiliza¸c˜ao OFDM, devido a ortogonalidade das subportadoras, que permite sua sobreposi¸c˜ao sem que haja inter-ferˆencia. A Figura 2.3 ilustra a sobreposi¸c˜ao das subportadoras, e mostra como ´e poss´ıvel economizar espectro utilizando OFDM, em contraste ao WDM.

Figura 2.3: Especro de sinais WDM em contraste com sinais OFDM [22]

Para que as subportadoras sejam ortogonais, as suas frequˆencias devem ser espa¸cadas de n/T8, onde n ´e um inteiro e T8 ´e a dura¸c˜ao do s´ımbolo. A Figura 2.4 mostra que o

(36)

10 Cap´ıtulo 2. Referencial Te´orico

Deste modo, quando uma subportadora ´e amostrada em seu ponto de pico as outras subportadoras est˜ao em ponto zero, e n˜ao interferem nesse sinal sendo amostrado [28].

Figura 2.4: Dom´ınio de espectro de um sinal OFDM [38]

A Figura 2.5 mostra o dom´ınio de tempo de um sinal OFDM, o sinal ´e uma s´ıntese das v´arias ondas das subportadoras e consiste em um fluxo cont´ınuo de s´ımbolos OFDM, que tˆem um per´ıodo regular.

2.2.2

Banda de guarda

Em comunica¸c˜oes ´opticas, componentes de um pulso ´optico com frequˆencias distintas propagam com velocidades diferentes, e por isso os pulsos ´opticos s˜ao dispersos durante a transmiss˜ao (atraso de dispers˜ao). Devido a tal fenˆomeno, as transmiss˜oes OFDM de longa distˆancia com atraso de dispers˜ao podem se dessincronizar e os s´ımbolos OFDM podem sair de sua posi¸c˜ao desejada, causando interferˆencia nas outras subportadoras, chamada de interferˆencia inter s´ımbolos (inter symbol interference - ISI), que impacta a interferˆencia entre portadoras (inter carrier interference - ICI) [28].

Para lidar com o problema de ISI, bandas de guarda (guard band) s˜ao inseridos no s´ımbolo OFDM, como mostrado na Figura 2.6. Em [28], mostra-se que caso o atraso de dispers˜ao no canal seja menor que a banda de guarda, a ISI pode ser eliminada totalmente. As bandas de guarda s˜ao necess´arias para o funcionamento da rede ´optica, entretanto causam uso ineficiente do espectro, e devem ser evitadas.

(37)

2.2. Redes ´Opticas El´asticas 11

Figura 2.5: Dom´ınio de tempo de um sinal OFDM [38]

2.2.3

Vantagens do uso de OFDM

O uso de OFDM acarreta em uma s´erie de vantagens que s˜ao necess´arias para as redes ´

opticas do futuro, dentre elas [38]:

• OFDM transmite um fluxo de dados de alta velocidade, dividindo-o em v´arias sub-portadoras de baixa velocidade, aumentando a flexibilidade da rede.

• ´E poss´ıvel aumentar a taxa de transmiss˜ao de um enlace aumentando o n´umero de subportadoras utilizadas para o envio. Tal propriedade n˜ao tem grande impacto no desenvolvimento do sistema.

• OFDM ´e capaz de alcan¸car uma alta eficiˆencia de uso do espectro atrav´es da uti-liza¸c˜ao de sobreposi¸c˜ao de subportadoras, e com isso aumentar a capacidade de transmiss˜ao da rede.

• Eficiˆencia energ´etica pode ser implementada para reduzir o consumo de energia de uma rede OFDM atrav´es de mudan¸cas dinˆamicas de modula¸c˜ao e da desativa¸c˜ao de subportadoras de acordo com a demanda de transmiss˜ao do usu´ario e condi¸c˜oes do canal de transmiss˜ao.

(38)

12 Cap´ıtulo 2. Referencial Te´orico

Figura 2.6: Intervalo de guarda em um s´ımbolo OFDM [28]

2.2.4

Arquitetura de Redes ´

Opticas El´

asticas

Foram propostas diversas arquiteturas para a elabora¸c˜ao de redes ´opticas el´asticas, os prin-cipais objetivos destas redes s˜ao a possibilidade do uso de taxas de transmiss˜ao flex´ıveis, eficiˆencia no uso de recursos, baixo custo e baixo consumo de energia.

Uma arquitetura foi proposta em [16], chamada de Spectrum-Sliced Elastic Optical Path Network (SLICE), sendo a pioneira na aloca¸c˜ao el´astica do espectro atrav´es do uso de multiplexa¸c˜ao de subportadora com a tecnologia OFDM, alocando o n´umero de subportadoras necess´arias para a transmiss˜ao dos dados, obtendo alta eficiˆencia do uso do espectro, se comparada com as redes WDM de espectro fixo.

A arquitetura SLICE introduz dois conceitos de aloca¸c˜ao no espectro, a sub aloca¸c˜ao de comprimento de onda que ´e a aloca¸c˜ao de subportadoras independentes de uma maneira individualizada e flex´ıvel e a supra aloca¸c˜ao de comprimento de onda, que ´e a aloca¸c˜ao de diversas subportadoras adjacentes garantindo uma utiliza¸c˜ao eficiente do espectro. A rede SLICE introduz os transceptores de largura de banda vari´aveis e os OXCs com largura banda vari´avel, necess´arios para a transmiss˜ao com tamanho vari´avel, caracter´ıstica das redes ´opticas el´asticas.

A Figura 2.7 ilustra um exemplo de rede slice, na qual os clientes apresentam um trans-ceptor com largura banda vari´avel na borda da rede, onde s˜ao realizadas as transmiss˜oes e decodifica¸c˜oes de sinal. Os OXCs de largura de banda vari´avel realizam a comuta¸c˜ao dos sinais de acordo com as rotas calculadas transmitindo para as fibras corretas, at´e que o sinal atinja seu destino.

Para o calculo da rotas ´e necess´ario que um algoritmo de roteamento, e a aloca¸c˜ao correta de uma por¸c˜ao de espectro, conceitos apresentados na se¸c˜ao a seguir.

(39)

2.3. Roteamento e Aloca¸c˜ao de Espectro 13

Figura 2.7: Arquitetura de rede SLICE [16] (Adaptada)

2.3

Roteamento e Aloca¸

ao de Espectro

O problema de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro (RSA - Roteamento e Aloca¸c˜ao de Es-pectro) ´e similar ao problema de RWA, mas aparece no contexto de redes ´opticas el´asticas. Com a utiliza¸c˜ao da OFDM, devido a sobreposi¸c˜ao das subportadoras adjacentes, ´e inte-ressante que as por¸c˜oes do espectro alocadas sejam adjacentes, a fim de utilizarem uma faixa menor do espectro.

A Figura 2.8 ilustra a economia de espectro gerada pela adjacˆencia das ondas que conseguem se sobrepor. Enquanto em um cen´ario sem sobreposi¸c˜ao de faixas, o espectro utilizado ´e igual a soma da dispers˜ao de todas as faixas, em um cen´ario com sobreposi¸c˜ao de faixas, o espectro utilizado ´e igual a soma da dispers˜ao das faixas menos a sobreposi¸c˜ao das faixas adjacentes. Pode-se ent˜ao perceber que se as faixas n˜ao forem adjacentes, e sendo assim, sobrepostas, o uso da tecnologia OFDM n˜ao seria justificado, logo ´e crucial a adjacˆencia das faixas alocadas.

No problema de RSA, alocar os caminhos ´opticos ´e um problema mais complexo, pois al´em da restri¸c˜ao de continuidade de comprimento de onda nos enlaces de uma rota, a adjacˆencia do espectro entre as subportadoras alocadas tamb´em deve ser garantida, ou seja, todos as faixas alocadas devem ser adjacentes no espectro [30]. Tal restri¸c˜ao ´e denominada restri¸c˜ao da contiguidade do espectro. O problema de RSA pertence ao conjunto de problemas NP-completo [4] [36].

(40)

14 Cap´ıtulo 2. Referencial Te´orico Espectro utilizado com sobreposição Espectro utilizado sem sobreposição Espectro economizado

Figura 2.8: Economia de espectro gerada pela sobreposi¸c˜ao das faixas adjacentes.

Devido a restri¸c˜ao de contiguidade do espectro, as solu¸c˜oes RWA propostas para as redes WDM n˜ao s˜ao diretamente aplic´aveis ao problema de RSA, sendo necess´aria a incorpora¸c˜ao desta restri¸c˜ao. Mostra-se em [4] e [36] que esta restri¸c˜ao aumenta signifi-cativamente a complexidade da formula¸c˜ao do problema.

Os problemas RSA podem ser divididos em cen´arios com tr´afego est´atico e dinˆamico. No caso do tr´afego est´atico, as demandas de tr´afego n˜ao mudam o problema e tem como parˆametros uma matriz fixa de requisi¸c˜oes, e no caso de tr´afego dinˆamico, as demandas s˜ao criadas durante a opera¸c˜ao da rede, n˜ao sendo poss´ıvel prever o comportamento futuro exato das requisi¸c˜oes, e por isso os algoritmos devem adaptar as aloca¸c˜oes sob demanda. Um problema espec´ıfico da aloca¸c˜ao com tr´afego dinˆamico ´e a fragmenta¸c˜ao do espectro, ocasionada quando um tr´afego diminui a sua demanda, deixando faixas livre entre as aloca¸c˜oes, o que dificulta a aloca¸c˜ao de novos usu´arios no espectro.

2.4

Roteamento, Aloca¸

ao de Espectro e N´ıvel de

Modula¸

ao

Para aproveitar o grande potencial de transmiss˜ao das fibras ´opticas, ´e interessante o uso de modula¸c˜oes de transmiss˜ao nas redes ´opticas el´asticas. O uso de modula¸c˜oes cria a capacidade de transmiss˜ao de mais de um bit por s´ımbolo, aumentando as taxas de transmiss˜ao das redes ´opticas el´asticas. Entretanto, nem sempre podem ser utilizadas modula¸c˜oes com alto n´umero de bits por s´ımbolo, j´a que sua decodifica¸c˜ao no destino ´e mais complexa, tornando-as sens´ıveis a atenua¸c˜ao de sinal. A modula¸c˜ao deve ser

(41)

esco-2.5. Agrega¸c˜ao de Tr´afego 15

lhida de acordo com a distancia do caminho, de acordo com a capacidade de transmiss˜ao da modula¸c˜ao utilizada e deve ser decodificada no destino corretamente.

´

E interessante, portanto, que os algoritmos de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro encontrem a modula¸c˜ao ´otima para suprir requisi¸c˜oes de tr´afego de acordo com o caminho a ser escolhido e os comprimentos das fibras, para que o sinal possa ser corretamente decodificado nos receptores. Com a incorpora¸c˜ao da decis˜ao do n´ıvel de modula¸c˜ao, o problema passa a ser chamado ent˜ao de roteamento, aloca¸c˜ao de espectro e de n´ıvel de modula¸c˜ao (Routing, Modulation Level and Spectrum Assignment - RMLSA) e deve al´em de manter a continuidade e contiguidade do espectro, encontrar um n´ıvel de modula¸c˜ao adequado para a requisi¸c˜ao [3].

A considera¸c˜ao do n´ıvel de modula¸c˜ao aumenta significativamente a complexidade do problema. A decis˜ao do n´ıvel de modula¸c˜ao altera o n´umero de slots do espectro necess´arias para atender uma requisi¸c˜ao, fazendo com que os algoritmos necessitem de um m´etodo de verifica¸c˜ao da possibilidade de alocar no espectro diferentes tamanhos de demandas, de acordo com a distˆancia dos enlaces pertencentes a rota.

2.5

Agrega¸

ao de Tr´

afego

Apesar da alta velocidade que as redes ´opticas WDM podem alcan¸car, ´e esperado que nem todos os usu´arios da rede necessitem de altas taxas de transmiss˜ao. Com isso, os caminhos ´opticos poder˜ao ser mal utilizados, com usu´arios reservando caminhos ´opticos de altas taxas de transmiss˜ao e utilizando apenas uma fra¸c˜ao desta taxa. Para tratar esse problema, foram criadas as t´ecnicas de agrega¸c˜ao de tr´afego (traffic grooming) [18].

O problema de agrega¸c˜ao de tr´afego em redes WDM pode ser definido da seguinte maneira: dada uma configura¸c˜ao de rede (incluindo topologia f´ısica, n´umero de com-primentos de onda em cada fibra e a capacidade de cada comprimento de onda) e um conjunto de requisi¸c˜oes com diferentes granularidades de taxa de transmiss˜ao, obtˆem-se caminhos ´opticos para satisfazer as requisi¸c˜oes de conex˜ao. Devido a granularidade de sub comprimento de onda das requisi¸c˜oes, mais de uma conex˜ao pode ser multiplexada em cada caminho ´optico [21].

O problema de agrega¸c˜ao de tr´afego ´e intr´ınseco as caracter´ısticas da grade fixa com frequˆencias com alta dispers˜ao, caracter´ıstico das redes WDM, que em muitos casos tˆem potencial de transmiss˜ao maior que a demanda de tr´afego das requisi¸c˜oes. No contexto de redes ´opticas el´asticas, a agrega¸c˜ao de tr´afego n˜ao ´e necess´aria por essa raz˜ao, devido a alta granularidade do espectro, que tem maior probabilidade de n˜ao ter, ou ter apenas pequenas faixas de espectro subutilizadas.

O problema de agrega¸c˜ao de tr´afego em redes ´opticas el´asticas tem como principal motiva¸c˜ao o agrupamento de conex˜oes para diminuir o n´umero de bandas de guarda

(42)

16 Cap´ıtulo 2. Referencial Te´orico

utilizadas entre as diversas conex˜oes, e diminuir o n´umero de transceptores utilizados para transmitir as conex˜oes. Conex˜oes com mesmo fonte e destino podem ser agrupadas em apenas uma por¸c˜ao do espectro, sem necessidade de banda de guarda e consequentemente podem ser transmitidas utilizando apenas um transceptor [40].

2.6

Resumo conclusivo

Este cap´ıtulo apresentou conceitos b´asicos das redes ´opticas el´asticas, que foram utilizados para o desenvolvimento e idealiza¸c˜ao dos algoritmos propostos. Descreveu-se o problema de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro (RSA), fundamental para compreens˜ao da solu¸c˜ao tratada no algoritmo do Cap´ıtulo 3 e 4. Apresentou-se, tamb´em, o conceito de agrega¸c˜ao de tr´afego em redes ´opticas el´asticas, utilizado para o desenvolvimento do algoritmo do Cap´ıtulo 4. O conceito de modula¸c˜oes e de roteamento, aloca¸c˜ao de espectro e n´ıvel de modula¸c˜ao introduzido, e ser´a importante para a compreens˜ao do algoritmo proposto no Cap´ıtulo 5.

(43)

Cap´ıtulo 3

Roteamento e aloca¸

ao de espectro

com preven¸

ao de fragmenta¸

ao

Nas redes ´opticas el´asticas, a alta granularidade do espectro e o estabelecimento e encer-ramento dinˆamico de conex˜oes gera espa¸cos vagos no espectro que podem ter um n´umero insuficiente de subportadoras cont´ıguas para que conex˜oes sejam alocadas; este problema ´e chamado de fragmenta¸c˜ao do espectro.

Os fragmentos de espectro s˜ao por¸c˜oes de espectro onde conex˜oes n˜ao podem ser alocadas pois tˆem demanda de tr´afego maior do que o n´umero de slots cont´ıguos. O problema ocorre tipicamente em redes com alta heterogeneidade das demandas de tr´afego das conex˜oes, que quando s˜ao estabelecidas e encerradas podem gerar fragmentos, quando um espa¸co vago, deixado por uma conex˜ao que foi terminada, n˜ao ´e totalmente preenchido pela conex˜ao alocada a seguir.

A fragmenta¸c˜ao pode causar m´a utiliza¸c˜ao do espectro, que mesmo com uma quan-tidade de subportadoras vagas, pode estar com muitos fragmentos e n˜ao apresentar sub-portadoras cont´ıguas suficientes para alocar conex˜oes.

Este cap´ıtulo prop˜oe um algoritmo de roteamento e aloca¸c˜ao de espectro e fun¸c˜oes de custo a serem utilizadas no algoritmo, a fim de mitigar a fragmenta¸c˜ao do espectro, bem como diminuir o bloqueio de conex˜oes na rede.

3.1

Trabalhos relacionados

Solu¸c˜oes para o problema de RSA vem sendo propostas tanto para cen´arios dinˆamicos como para cen´arios est´aticos. Em [4], [36] [30] foram propostas formula¸c˜oes em Pro-grama¸c˜ao Linear Inteira para o cen´ario est´atico, por´em, essas solu¸c˜oes tem alto custo computacional. Para o cen´ario dinˆamico foram propostas solu¸c˜oes heur´ısticas [32]. O

Modified Shortest Path (MSP) ´e um algoritmo semelhante ao algoritmo de Dijkstra, no

(44)

18 Cap´ıtulo 3. Roteamento e aloca¸c˜ao de espectro com preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao

qual, a cada itera¸c˜ao, computa-se o custo do caminho atrav´es de n´os vizinhos, caso esses sejam conectados por um conjunto de canais cont´ıguos suficientes para atender a largura de banda requisitada. O Spectrum-Constraint Path Vector Searching (SCPVS) cria uma ´

arvore para representar potenciais caminhos. A cada itera¸c˜ao, esse adiciona uma folha `

a ´arvore e calcula o custo dessa adi¸c˜ao, mantendo as informa¸c˜oes dos caminhos em uma estrutura auxiliar. Como o SCPVS busca por todos os poss´ıveis caminhos, menores taxas de bloqueio ocorrem do que quando se utiliza o MSP.

O artigo [38] discute alguns algoritmos para solu¸c˜ao do problema de RSA assim como o problema de fragmenta¸c˜ao. Em [23], agrega¸c˜ao de tr´afego ´e proposta para diminuir a fragmenta¸c˜ao em uma rede WDM com espectro flex´ıvel. Em [34], um m´etodo para combinar fragmenta¸c˜ao do espectro e demandas de tr´afego ´e apresentado. M´etodos para diminuir a fragmenta¸c˜ao quando esta ocorre s˜ao propostos em [35]. Um procedimento de realoca¸c˜ao de conex˜oes para remediar fragmenta¸c˜ao no espectro de acordo com o padr˜ao de uso dos canais ´e proposto em [39]. Entretanto, estes trabalhos implicam em interromper a conex˜ao para que haja a realoca¸c˜ao do espectro.

O trabalho desenvolvido nesse cap´ıtulo difere dos trabalhos existentes pela repre-senta¸c˜ao da ocupa¸c˜ao do espectro e fun¸c˜oes de custo adotadas, que quantificam a potencial fragmenta¸c˜ao das conex˜oes a serem alocadas.

3.1.1

Modified Shortest Path Algorithm

O algoritmo Modified Shortest Path (MSP) proposto em [32] ´e um algoritmo de RSA de um passo, que calcula as rotas e a aloca¸c˜ao do espectro simultaneamente. Seu objetivo ´

e n˜ao utilizar o algoritmo de K caminhos m´ınimos, que utiliza dois passos para reali-zar o RSA, um para c´alculo de rota e outro para aloca¸c˜ao de espectro. O algoritmo ´e uma adapta¸c˜ao do algoritmo de caminhos m´ınimos de Dijkstra, com a incorpora¸c˜ao da verifica¸c˜ao da disponibilidade de espectro no c´alculo de rotas.

A seguinte nota¸c˜ao ´e utilizada para descrever o algoritmo:

G(N, E): grafo da rede, no qual N ´e o conjunto de todos os n´os da rede e E ´e um

conjunto de arestas representando os enlaces da rede;

S: n´o fonte;

D: n´o destino;

eij ∈ E : custo da aresta entre os n´os i e j no grafo da rede;

Ci: distˆancia do n´o i para o n´o fonte;

Ti: espectro do n´o i, no qual Ti = 0 representa um slot dispon´ıvel e Ti = 1 representa um slot ocupado;

Pi: caminho m´ınimo entre S e i;

(45)

3.1. Trabalhos relacionados 19

Algoritmo 1 Modified Shortest Path

1: a)

2: Em G(N, E), M ← {S}, Cs← 0

3: todos n´os i conectados com S, Ci ← eSi

4: outros n´os C ← IN F

5: espectro do n´o Ts ← {espectro livre}

6: Ti ← {espectro disponivel no link eSi}

7: caminho minimo Pi ← (S, i)

8: b)

9: while Destination D is not in M do

10: if existe custo m´ınimo Cw do n´o w ∈ (N − M ) E Cw < IN F then

11: M ← M + w

12: Marca os n´os n ∈ (N − M ) adjacentes a w

13: if Cn> Cw+ ewnETw tem espectro disponivel no enlace ewn then

14: Pn ← Pw+ (w, n) 15: Tn ← espectro dispon´ıvel em Tw e ewn 16: end if 17: else 18: Bloqueia a requisi¸c˜ao 19: end if 20: end while 21: c) 22: Estabelece a rota PD

(46)

20 Cap´ıtulo 3. Roteamento e aloca¸c˜ao de espectro com preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao

O Algoritmo 1 [32] mostra o funcionamento de MSP. No passo “a”, o algoritmo en-contra os vizinhos do n´o fonte, e armazena suas distˆancias nas vari´aveis Ci, e as distˆancias para outros n´os s˜ao atribu´ıdas infinito. A vari´avel Ti armazena o estado do espectro, e para todo i o valor ´e incializado como espectro inteiramente dispon´ıvel.

O passo “b” do algoritmo inicia o c´alculo das rotas. O processo utiliza um conjunto

M para armazenar os n´os j´a visitados pelo algoritmo, e repete at´e que o n´o destino esteja no conjunto. O algoritmo procura o n´o w do conjunto de n´os n˜ao visitados com menor custo Ci e o adiciona ao conjunto M . Em sequencia, s˜ao encontrados os vizinhos de

w, e s˜ao verificados quais destes tem espectro cont´ıguo dispon´ıvel em Ti, bem como seu

custo Cw+ ewn ´e menor que a distˆancia para seu vizinho. Para estes n´os, o caminho Pw ´

e atualizado adicionando w e a informa¸c˜ao sobre a ocupa¸c˜ao do espectro Tn tamb´em ´e atualizada, realizando a opera¸c˜ao de and bin´ario entre os espectros Tw e o espectro do enlace ewn. No passo “c”, a rota a ser estabelecida ´e PD com espectro TD.

3.1.2

Spectrum-Constraint Path Vector Searching

O algoritmo Spectrum-Constraint Path Vector Searching (SCPVS) ´e um algoritmo de RSA de um passo. O SCPVS tenta encontrar uma solu¸c˜ao a partir da busca de todas as possibilidades de rotas na rede. Para analisar todas rotas da rede, o algoritmo constr´oi uma ´arvore de caminhos que armazena todas as rotas que tˆem espectro cont´ıguo dispon´ıvel a partir da fonte, chegando at´e o destino, que estar´a em uma folha da ´arvore. Uma estrutura auxiliar armazena as informa¸c˜oes sobre os espectros dispon´ıveis das rotas e os seus respectivos custos.

A seguinte nota¸c˜ao ser´a utilizada para descrever o algoritmo:

S: n´o fonte;

D: n´o destino;

eij ∈ E : custo da aresta entre os n´os i e j no grafo da rede;

Ni

l: i-´esimo n´o da ´arvore no n´ıvel l da ´arvore;

Cli: distˆancia do n´o i no n´ıvel l da ´arvore, para o n´o fonte;

Tli: espectro do n´o i no n´ıvel l da ´arvore, no qual Ti = 0 representa um slot dispon´ıvel e Ti = 1 representa um slot ocupado;

Pi

l: caminho m´ınimo entre S e o n´o i no n´ıvel l da ´arvore;

Vli: n´o antecessor do n´o i no n´ıvel l da ´arvore;

R: caminho resultante do algoritmo; CR: custo do caminho R;

Kl: n´umero de n´os no n´ıvel l da ´arvore;

No passo “a” do algoritmo ´e feita a inicializa¸c˜ao da vari´avel R, que armazena a rota final, e CR, que armazena o custo da rota final. No passo ”b”do algoritmo ´e feita a

(47)

3.1. Trabalhos relacionados 21

Algoritmo 2 Spectrum-Constraint Path Vector Searching

1: a) 2: R ← N U LL 3: CR ← IN F 4: b) 5: N0 ← S 6: adiciona folhas Ni

1 se houver espectro dispon´ıvel nos vizinhos

7: Ti

1 ← espectro dispon´ıvel no enlace S − N1i

8: C1i ← custo do enlace S − Ni 1 9: Pi 1 ← enlace S − N1i 10: Vi 1 ← S 11: c)

12: for each n´ıvel L do

13: for each folha Ni

L no n´ıvel L do

14: if NLi ´e o destino and CLi < CR then

15: R ← Pi

L

16: CR ← Ci

L

17: end if

18: for each vizinho B do

19: if Ni

L− B tem espectro dispon´ıvel and

CLi + (custo do enlace NLi − B < CR then

20: adiciona B como NL+1j no n´ıvel L + 1

21: TL+1j ← espectro dispon´ıvel em TL+1j e NLi − B 22: CL+1j ← CLi+ custo do enlace NLi − B 23: PL+1j ← Pi L+ NLi − B 24: VL+1j ← NLi 25: end if 26: end for 27: end for 28: end for 29: d)

30: if CR < IN F and R est´a dispon´ıvel then

31: estabelece R

32: else

33: bloqueia a requisi¸c˜ao

(48)

22 Cap´ıtulo 3. Roteamento e aloca¸c˜ao de espectro com preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao

inicializa¸c˜ao do algoritmo, atribui-se a raiz da ´arvore ao n´o fonte, bem como valores para as vari´aveis da estrutura auxiliar relativas a este.

No passo “c” do algoritmo s˜ao calculados os custos dos caminhos. Para cada n´ıvel L da ´arvore e para cada folha Ni

L de cada n´ıvel, s˜ao encontrados os n´os vizinhos B de NLi com espectro cont´ıguo dispon´ıvel em Ti

l. Cada vizinho B que satisfizer essa condi¸c˜ao ´e adicionado `a ´arvore como n´o folha de Ni

L, criando assim mais um n´ıvel da ´arvore para ser percorrido. Os dados referentes aos vizinhos B s˜ao armazenados na estrutura auxiliar. O processo se repete at´e que os n´os de um n´ıvel da ´arvore n˜ao tenham mais vizinhos e, portanto, n˜ao sejam criados mais n´ıveis na ´arvore. No passo “d” do algoritmo, a rota a ser estabelecida ´e R com espectro TR.

3.2

O Algoritmo Proposto

O algoritmo proposto foi desenvolvido para operar em redes ´opticas com estabelecimento dinˆamico de conex˜oes. Cada requisi¸c˜ao especifica os n´os fonte e destino, al´em da taxa de transmiss˜ao necess´aria para sua transmiss˜ao. O algoritmo utiliza uma representa¸c˜ao do espectro de multigrafo e calcula rotas e aloca espectro dinamicamente quando as re-quisi¸c˜oes surgem, atrav´es de um algoritmo de caminhos m´ınimos em multigrafos.

A fim de mitigar a fragmenta¸c˜ao do espectro, fun¸c˜oes de custo calculam os pesos das arestas utilizando m´etricas que refletem a fragmenta¸c˜ao do espectro, de maneira com que o algoritmo de caminhos m´ınimos encontre rotas e espectro que evitem sua fragmenta¸c˜ao.

3.2.1

Representa¸

ao do espectro

O algoritmo proposto modela a disponibilidade de espectro da rede atrav´es um multigrafo com r´otulos. Um multigrafo ´e um grafo no qual ´e permitida a existˆencia de m´ultiplas arestas entre um par de n´os (tamb´em chamadas de arestas paralelas). Neste grafo auxiliar, v´ertices representam os OXCs e as arestas os slots dos enlaces conectando os OXCs. Todos os v´ertices s˜ao conectados por N arestas, que ´e o n´umero de slots do espectro de cada enlace. O r´otulo de uma aresta representa a disponibilidade do slots. Um valor ∞ significa que o slot j´a foi alocado enquanto outros valores significam que o slot est´a dispon´ıvel para aloca¸c˜ao. Tais valores foram definidos para facilitar o uso de algoritmos de caminho m´ınimos tradicionais.

O multigrafo ´e transformado em N − b + 1 grafos no qual b ´e o n´umero de slots requisitados pela demanda de tr´afego da requisi¸c˜ao. Estes grafos s˜ao gerados fixando arestas do multigrafo e considerando as b arestas consecutivas. Este conjunto de b arestas do multigrafo s˜ao mapeadas em uma ´unica aresta do grafo gerado. O custo dessa aresta ´

(49)

3.3. Algoritmo de RSA 23

multigrafo, representando o espectro e um dos grafos gerados. Para cada grafo gerado, um algoritmo de caminhos m´ınimos ´e executado e o caminho escolhido ´e o que obt´em o menor custo dentre todos os caminhos m´ınimos encontrados.

G

G

2 eu,w,1

u

v

w

u,w

u

v

w

u,v

v,w

u

v

w

eu,w,2 eu,w,3 eu,w,4 eu,v,1 eu,v,2 eu,v,3 eu,v,4 e v,w,1 e v,w,2 e v,w,3 e v,w,4

~

Figura 3.1: Representa¸c˜ao do espectro utilizando multigrafo

3.3

Algoritmo de RSA

A seguinte nota¸c˜ao ser´a utilizada para descrever o algoritmo

s: n´o fonte;

d: n´o destino;

b: largura de banda da demanda em slots, b = 1 . . . N ;

r(s, d, b): requisi¸c˜ao do n´o s para o n´o d com demanda de b slots;

N : n´umero de slots entre dois n´os;

G = (V, E, C): multigrafo com r´otulos composto por um conjunto de n´os V , um

(50)

24 Cap´ıtulo 3. Roteamento e aloca¸c˜ao de espectro com preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao

conectando dois v´ertices de G representam os N slots no enlace conectando dois n´os da rede;

E = {eu,v,n}: as n arestas conectando u e v;

c(eu,v,n): custo da aresta eu,v,n; c(eu,v,n) = 1 se o n-´esimo slot no enlace conectando os OXCs u e v est´a livre e c(eu,v,n) = ∞ se o slot est´a ocupado;

C = {c(eu,v,n)}: conjunto de custos de arestas;

e

Gn = (V ,e E,e C): o n-´e esimo grafo com r´otulos tal que E ´e e o conjunto de arestas

conectando {u, v} ∈V ee C ´e e o conjunto de custos associados a E;e e

V = V : conjunto de n´os;

e

eu,vE: aresta conectandoe u ee v;e ee

eu,ev = {eu,v,n} ∈ E ´e uma cadeia tal que eu,v,n ´e a

primeira aresta, eu,v,n+b ´e a ultima aresta;

e cn(ee e u,ev): custo da arestaee e u,ev; e Cn= {cen(ee e

u,ev)}: conjunto de custos das arestas;

Pn: cadeia de Gen tal que o n´o fonte s ´e o primeiro n´o e d ´e o ultimo n´o;

C(Pen): P ee

eu,ev

∈{Pne }eeeu,ev: custo de um caminho e

Pn ´e a soma dos custos de todas as arestas da cadeia;

Cs,d = custo do menor caminho entre s e d;

Para uma demanda de b slots, N − b + 1 grafos do tipo Gen ser˜ao gerados, cada aresta

do grafo Gen corresponde a b arestas de G come¸cando com a n-´esima aresta de G. Como

as arestas conectando dois n´os em Gen mapeam arestas ordenadas em G, a continuidade

do espectro ´e garantida.

Algoritmo 3 Algoritmo de Caminhos M´ınimos em Multigrafos

1: ∀n = 1...N −b 2: (C(Pn), Pn) = SortestP ath(Gen, r(s, d, b)) 3: Cs,d = C(Pn) | ∀i C(Pn) ≤ C(Pi) 4: if Cs,d= ∞ then 5: block r(s, d, b) 6: else 7: establish r(s, d, b) as Pen

8: C(eu,v,i) = ∞ ∀{u, v} ∈Pei n = n...i+b − 1

9: end if

O Algoritmo 3 detalha o Algoritmo de Caminhos M´ınimos em Muligrafo (MGSP). Neste algoritmo, a Linha 1 estabelece todas os conjuntos de arestas que ser˜ao mapeadas nas arestas de Gen. Linha 2 resolve um algoritmo de caminho m´ınimo no grafo Gen e

calcula os caminhos e seus custos. Se o custo do caminho calculado for ∞, n˜ao foi poss´ıvel encontrar um caminho sob a restri¸c˜ao de contiguidade de espectro para a demanda b com a aloca¸c˜ao come¸cando no n-´esimo slot. No caso do custo de todos os caminhos serem ∞

(51)

3.4. Fun¸c˜oes de custo 25

(Linha 4), n˜ao h´a caminho na rede que satisfa¸ca a requisi¸c˜ao de b slots sob a restri¸c˜ao de contiguidade de espectro, portanto, a conex˜ao deve ser bloqueada (Linha 5). Caso contrario, o caminho com o menor custo ´e escolhido (Linha 5) e as arestas correspondentes do multigrafo G tˆem seus seus custo trocados para ∞ (Linha 8), o que significa que os slots foram alocados para o novo caminho ´optico.

O Algoritmo de Caminhos M´ınimos em Multigrafos executa um algoritmo de caminhos m´ınimos N − b + 1 vezes e considerando o uso do Algoritmo de Dijkstra a complexidade computacional proposta ´e N · (|V | + |E|) · log(|V |), por´em como para uma topologia fixa, o n´umero de slots na rede ´e constante, a complexidade passa a ser (|V | + |E|) · log(|V |).

3.4

Fun¸

oes de custo

O estabelecimento e encerramento de caminhos ´opticos nas redes ´opticas el´asticas leva a fragmenta¸c˜ao do espectro. Nesta situa¸c˜ao, ´e poss´ıvel que exista um n´umero suficiente de slots n˜ao cont´ıguos no espectro, que poderiam atender a demanda de tr´afego. A sele¸c˜ao dos slots a serem alocados para a requisi¸c˜ao impacta diretamente na fragmenta¸c˜ao do espectro. De fato, a sele¸c˜ao ´e determinada pela fun¸c˜ao de custo usada para encontrar um caminho de uma fonte at´e o destino. Definir fun¸c˜oes de custo que visam minimizar a fragmenta¸c˜ao do espectro ´e um fator determinante para diminuir o bloqueio de requisi¸c˜oes de caminhos ´opticos. Essa se¸c˜ao introduz duas fun¸c˜oes de custo para o problema de RSA utilizadas no c´alculo dos pesos das arestas do multigrafo usado pelo algoritmo de caminhos m´ınimos em multigrafos.

O n´umero de slots dispon´ıveis cont´ıguos no enlace entre os n´os u e v s˜ao definidos como: mu,v,i =                        j − i se i 6= n ∀k c(eu,v,k) = 1

k=i . . . j; j=i+1...i+b−1 e c(eu,v,i) = ∞

j − n se ∀k c(eu,v,k) = 1

k=n . . . j, j=n+1...n+b−1

0 senao

(3.1)

As duas fun¸c˜oes de custo a seguir consideram a sequˆencia de slots cont´ıguos dispon´ıveis em um enlace e prop˜oe maneiras diferentes de utilizar esta informa¸c˜ao para evitar frag-menta¸c˜ao.

(52)

26 Cap´ıtulo 3. Roteamento e aloca¸c˜ao de espectro com preven¸c˜ao de fragmenta¸c˜ao

3.4.1

Grau de Fragmenta¸

ao

A fun¸c˜ao Grau de Fragmenta¸c˜ao (DF) compara o n´umero m´aximo de slots cont´ıguos dispon´ıveis com o n´umero de slots dispon´ıveis no espectro. Esta fun¸c˜ao atribui custos decrescente partindo do maior n´umero de slots cont´ıguos dispon´ıveis e o custo ´e propor-cional ao total de slots dispon´ıveis. A fun¸c˜ao de custo de Grau de Fragmenta¸c˜ao ´e dada por: e cn(ee e u,ev) = Fu,v,n− Mu,v,n Fu,v,n (3.2) onde:

Fu,v,n: ´e o n´umero de slots dispon´ıveis no espectro do enlace conectando os n´os u e v;

Mu,v,n: ´e o maior n´umero de slots dispon´ıveis cont´ıguos no espectro do enlace conec-tando os n´os u e v, dados por:

Fu,v,n= n+b−1 X i=n fu,v,i (3.3) fu,v,i =   

c(eu,v,i) se c(eu,v,i) = 1

0 se c(eu,v,i) = ∞

(3.4)

Mu,v,n = mu,v,n | ∀j mu,v,j ≤ mu,v,i (3.5)

3.4.2

Tendˆ

encia de Aceita¸

ao

Nas redes ´opticas el´asticas, requisi¸c˜oes tˆem uma demandas de tr´afego que podem ocupar diversos slots. Cada conjunto de slots cont´ıguos dispon´ıveis pode suprir um certo n´umero de demandas ´unicas; por exemplo, dois slots cont´ıguos podem suprir demandas de um e dois slots. A fun¸c˜ao de Tendˆencia de Aceita¸c˜ao (AP) computa a fra¸c˜ao de demandas que cada conjunto de slots cont´ıguos pode suprir.

Seja

hu,v,i indica se um conjunto de slots cont´ıguos come¸ca no slot i do enlace entre u e v

Hu,v,n fornece o n´umero de conjuntos de slots cont´ıguos no espectro do enlace entre u e v hu,v,i =    1 se mu,v,i>0 0 senao (3.6) Hu,v,n= n+b−1 X i=n hu,v,i (3.7)

Referências

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