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TÍTULO: CONHECIMENTO DE GESTANTE ACERCA DE SEUS DIREITOS NA ATENÇÃO BÁSICA TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): DHELLY PRATES DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ELISABETE VENTURINI TALIZIN ORIENTADOR(ES):

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CONHECIMENTO DE GESTANTES ACERCA DE SEUS DIREITOS NA

ATENÇÃO BÁSICA

Knowledge of pregnant women about their rights in Primary Care

CONHECIMENTO DE GESTANTES ACERCA DE SEUS DIREITOS NA

ATENÇÃO BÁSICA

Artigo Original

Dhelly Prates da Silva, graduando em enfermagem¹. Elisabete Venturini Talizin. Profª. Enfª. Me¹.

¹Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP – Campos São Paulo – Brasil

1º Autor

Dhelly Prates da Silva

Rua Silvia de Farias Marcondes, 103. Bairro Parque Fernanda

CEP: 05889410 – São Paulo – SP – Brasil Telefone: (11) 983880073

E-mail: dhellyprates@hotmail.com Endereço para correspondência:

Elisabete Venturini Talizin

Rua Coronel Francisco de Oliveira Simões, 22 apto 123 Bairro Paraíso do Morumbi

CEP: 05706-280 – São Paulo – SP E-mail: elisabete.talizin@unasp.edu.br

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Resumo

Este estudo teve como objetivo identificar o conhecimento de gestantes em relação aos seus direitos frente ao atendimento oferecido na Atenção Básica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória descritiva, realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Itapecerica da Serra. Os dados foram obtidos por meio de entrevista, utilizando-se um roteiro com perguntas semiestruturada, e registrados em gravador de áudio por possibilitar um diálogo contínuo entre entrevistador e sujeito de pesquisa. Os dados foram transcritos, ordenados e analisados, o método de análise foi interpretativo, contextual e etnográfico. A amostra foi composta por 26 gestantes, de idade entre 18 e 42 anos, a maioria parda, casada, com ensino médio incompleto, do lar, segunda gestação e no terceiro trimestre. Os direitos conhecidos pelas entrevistadas foram: direito a acompanhante, direitos trabalhistas, sociais, ao pré-natal e serviços de saúde. Estas informações foram obtidas através da caderneta da gestante, parentes e amigos, profissionais de saúde do pré-natal, internet e outras formas. O conhecimento limitado das gestantes sobre seus direitos, e a falta de interesse em conhecer sobre os mesmos foi um fator relevante neste estudo.

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Abstract

This study aimed to identify the knowledge of pregnant women regarding their rights regarding the care offered in Primary Care. This is a qualitative, exploratory descriptive study, performed at a Basic Health Unit (UBS) in the city of Itapecerica da Serra. The data were obtained through an interview, using a script with semi-structured questions, and recorded in an audio recorder because it enabled a continuous dialogue between the interviewer and the research subject. The data were transcribed, ordered and analyzed, the method of analysis was interpretive, contextual and ethnographic. The sample consisted of 26 pregnant women, aged between 18 and 42 years, the majority of whom were married, with incomplete high school, home, second gestation and in the third trimester. The rights known to the interviewees were: escort rights, labor rights, social rights, prenatal care and health services. This information was obtained through the book of the pregnant woman, relatives and friends, prenatal health professionals, the internet and other forms. The limited knowledge of pregnant women about their rights, and the lack of interest in knowing about them, was a relevant factor in this study.

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INTRODUÇÃO

A gravidez é considerada, habitualmente, como um evento especial para a mulher, onde ela assume seu papel social materno e de realização pessoal, mas que também, gera fragilidades em seu corpo e com isso a necessidade de maior cuidado quanto sua saúde¹.

Para que haja atenção de qualidade e humanizada, é responsabilidade dos serviços e profissionais de saúde atender e receber com dignidade a mulher e o recém-nascido, como sujeitos de direitos. E que as relações sejam baseadas em princípios éticos, garantindo-se a privacidade, a autonomia e o compartilhamento com a mulher e sua família das decisões sobre as condutas a serem adotadas².

As práticas em saúde deverão ser conduzidas pelo princípio da humanização, como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que contribuam para reforçar o caráter da atenção à saúde como direito³. Com isso, os profissionais de saúde podem contribuir para que haja o acesso à informação e aos serviços. Além disso, possibilitar que essas gestantes exerçam sua cidadania, direitos que estão dispostos no artigo 198 da Constituição Federal e na Lei orgânica 8080 de setembro de 19904.

A informação é muito importante, principalmente quando se fala no respeito ao direito da autonomia, pois essa implica em capacitar o indivíduo a agir autonomamente além de poder favorecer a compreensão das parturientes em relação aos seus direitos, fazendo com que se sintam respeitadas. Para que isso ocorra, precisa-se de profissionais de saúde envolvidos, comprometidos com o processo de cuidar, capazes de reconhecer o direito das parturientes em expressar suas opiniões e a sua possibilidade de fazer escolhas baseadas em seus valores e crenças pessoais5.

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A atenção qualificada depende de muitas coisas, bem como, evitando intervenções desnecessárias e estabelecendo relações de confiança entre as famílias e a equipe e autonomia da gestante Considera-se que uma atenção pré-natal de qualidade é aquela com início precoce, periódica, completa e com ampla cobertura6 .

É importante os profissionais que acompanham o momento de gestação em que a mulher se encontra, contribuir para que se sinta empoderada, destacando seu papel como protagonista na gestação e no parto. Sendo elas usuárias diretas do serviço de atenção pré-natal, sua opinião pode indicar aspectos importantes referentes à oferta e qualidade dos serviços, permitindo reorientar as ações de saúde de maneira a atender integralmente suas demandas7.

No Brasil é preconizado o número mínimo de seis consultas de pré-natal e início de preferência no primeiro trimestre da gestação. As consultas do pré-natal de baixo risco, na atenção básica devem ser intercaladas entre o médico e o enfermeiro8.

Para uma assistência de pré-natal efetiva também são recomendadas a realização de práticas educativas, que podem ser realizadas de forma individual ou coletiva, por meio de grupos de gestantes, sala de espera, intervenções comunitárias, etc. Um dos temas sugeridos pelo Ministério da Saúde, na Atenção ao pré-natal de baixo risco é abordar sobre os direitos da gestante e do pai8.

Assim, este estudo teve como objetivo analisar o conhecimento das gestantes acerca de seus direitos enquanto usuárias de serviços de saúde na atenção básica e identificar as fontes de informações sobre os mesmos.

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MÉTODO

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, exploratória descritiva, realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do munícipio de Itapecerica da Serra, estado de São Paulo. Trata-se de um município com estimativa de 169.103 habitantes, com 11 UBS onde três não possui implantada a Estratégia Saúde da Família (ESF) e oito possui.

A UBS escolhida foi indicada pelo Conselho Municipal de Saúde, por se tratar de uma unidade com grande demanda de gestantes. A UBS referida não possui Estratégia da Saúde da Família, e as consultas de pré-natal são realizadas por médicos obstetras e enfermeiros.

Fizeram parte da amostra, 26 gestantes, maiores de 18 anos, que estavam no segundo ou terceiro trimestre da gestação e que participaram de pelo menos 3 a 4 consultas de pré-natal na UBS selecionada.

A coleta de dados se deu na própria UBS, no mês de março de 2017, por meio de uma entrevista utilizando-se um roteiro de perguntas semiestruturadas, elaborada pelas pesquisadoras. As entrevistas foram gravadas em áudio (mp3). Para validar o instrumento de coleta foi realizada a entrevista com duas gestantes e os dados foram descartados, não fazendo parte da amostra.

As entrevistas foram transcritas, os dados ordenados e analisados os conteúdos. Foi utilizada a letra “G” de gestante e a numeração de 1 a 26 (G1, G2, G3...) para identificar os discursos das entrevistadas.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), (parecer: 1.857.195 de 08/12/2016) e pelo Conselho Municipal de Saúde de Itapecerica da Serra (CMS-IS), em

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22/11/2016. Além disso, as participantes tiveram ciência dos objetivos do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Informado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram deste estudo, 26 gestantes com idade entre 18 e 42 anos (média de 26,1 DP±9,0 anos). A maioria das participantes (46%) referiu ser parda, 23% branca, 23% preta, e 8% amarela. Quanto ao estado civil,42% eram casadas, 31% com união estável, 23% solteiras e 4% divorciadas.

Quanto à escolaridade, a maioria (46%) tinha ensino médio incompleto, 27% ensino médio completo, 8% ensino superior incompleto, 4% superior completo, apenas 7% ensino fundamental completo e 8% não informaram.

Considerando o trimestre de gestação em que se encontravam, a maioria (69%) estava no 3º trimestre e 31% no 2º trimestre.

Em relação ao número de gestações, a minoria (15%) era primigesta e 85% estavam na segunda ou mais gestações e quanto ao tipo de parto que já tiveram, 68% referiu parto normal.

A maioria (54%) das participantes referiu ser “do lar” e 46% possuíam ocupação remunerada, como: vendedora, auxiliar de escritório, merendeira, cabelereira e outros.

A seguir, apresentam-se as temáticas obtidas na análise dos depoimentos em relação aos direitos conhecidos pelas gestantes, a forma que tiveram conhecimento dos mesmos, bem como os discursos das entrevistadas.

Direitos conhecidos pelas gestantes:

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[...] a gente tem direito ao acompanhante na sala de parto..., tem hospital que não aceita o homem assistir o parto na cesárea, e tem hospital que aceita, mais é um direito da mulher ter o acompanhante dela (G1).

[...] do parto, na hora de ganhar os direitos que a gente tem lá do acompanhante (G5).

É direito de toda gestante ter um acompanhante, segundo a Lei Federal nº 11.108/2005, durante todo o período de trabalho de parto, no parto e no pós-parto, este acompanhante é escolhido pela própria gestante9.

Este foi um dos direitos mais citados pelas entrevistadas neste estudo, bem como no estudo de Carvalho et al6 com parturientes adolescentes no Hospital Universitário localizado na região sul do Brasil.

Entretanto, identificou-se no relato da participante G1, que existem hospitais que não respeitam esse direito no caso de parto cesárea. Se as gestantes desconhecem seus direitos, elas acabam perdendo a oportunidade de usufruir dos benefícios que os seus direitos pode lhes proporcionar.

Segundo Silva et al11 apesar da legislação em vigor, o direito de acompanhante no parto, ainda não é cumprido em todas as instituições de saúde. Também não se percebe uma rotina de denúncias do descumprimento das leis, bem como um descaso por parte das autoridades, que determinam uma lei, mas não se importam com que sejam ou não praticadas11.

b) Direitos trabalhistas

[...] eu sei que eu tenho direito depois que o nenê nascer à licença maternidade (G23).

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[...] fiquei sabendo que eu tenho direito de receber o auxilio maternidade que eu corri atrás e não consegui (G8).

[...] os trabalhistas, fiquei sabendo depois que a empresa me mandou embora quando grávida (G14).

[...] então, os trabalhistas fiquei sabendo agora que estou trabalhando registrada (G16).

As gestantes possuem vários direitos trabalhistas, um dos mais conhecidos é à licença maternidade de 120 dias com o pagamento do salário integral e benefícios legais a partir do oitavo mês de gestação (LEI nº 10.421 de 15 de abril de 2002, art. 392 da CLT)12. Além deste direito, foi citado o auxílio maternidade para os participantes do Programa Bolsa Família.

Conforme os discursos das gestantes G8 e G14, elas se sentiram prejudicadas por não conseguirem os direitos trabalhistas que acreditavam possuir. Isto poderia ser minimizado se as gestantes fossem informadas sobre todos os direitos trabalhistas, inclusive a estabilidade no emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Segundo o estudo de Paschoal et al12, realizado em São Paulo, sobre o conhecimento de gestantes acerca de seus direitos, a maioria sabiam de direitos trabalhistas como o da licença maternidade, mas uma minoria sabia informar de forma correta o tempo da licença, demonstrando também falta de esclarecimento sobre os mesmos.

c) Direitos sociais

[...] aqueles de quando a gente entra num ônibus, por exemplo, que tem o banco preferencial (G14).

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[...] direito de você está na frente na fila (G18). [...] prioridade em qualquer fila (G25).

Os direitos sociais são aqueles que garantem à gestante: atendimento em caixas especiais, prioridades na fila de bancos, supermercados, acesso à porta da frente de lotações e assento preferencial. Esse também foi um dos direitos mais citados pelas gestantes, possivelmente por fazerem parte do cotidiano da vida das pessoas.

Estes resultados são semelhantes ao do estudo de Paschoal et al12, onde a maioria das gestantes entrevistadas conheciam o direito de atendimento e assento preferencial.

d) Direitos da assistência ao Pré-natal e demais serviços de saúde

O acompanhamento de pré-natal deve ser assegurado de forma gratuita pela Secretaria Municipal de Saúde (Portaria nº 569, de 1º de junho de 2000).

[...] acompanhamento pré-natal todo mês, inclusive com a ginecologista (G11). [...] eu sei que eu tenho que passar nas consultas né, que é obrigatório (G17).

Além dos direitos citados acima, as entrevistadas citaram outros direitos nos serviços de saúde como:

[...] ser bem atendida (G24) [...] passar pelo SUS (G25) [...] direito à informação (G26)

As gestantes entrevistadas no estudo de Paschoal et al12 também reconheceram que tem direito a assistência pré-natal gratuita e de qualidade.

Apesar das gestantes entrevistadas terem um nível educacional razoável (ensino médio incompleto), e a maioria já tenha experimentado o processo

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gestacional e de parto, elas demonstraram conhecimento limitado a respeito de seus direitos. Além disso, algumas entrevistadas demonstraram controvérsia nas respostas. Por exemplo, relataram ter lido a caderneta da gestante, que consta os principais direitos das mesmas, no entanto não sabiam citar algum direito, ou não lembravam. Estas respostas levaram a duvidar se realmente as entrevistadas leram a caderneta de gestantes

A maioria dos direitos citados foram os direitos sociais, não foram citados direitos específicos, como a de exames, analgesia, posição do parto, licença-paternidade, estabilidade no emprego, horário especial para a trabalhadora que amamenta e outros. Pode-se inferir que as gestantes não têm recebido todas as informações necessárias a respeito de seus direitos.

O estudo de Nunes et al13 avaliou a qualidade do pré-natal no Brasil e constatou baixa qualidade tanto em relação a quantidade de consultas, exames e quanto a qualidade das consultas. Já Santos et al14 avaliou o pré-natal sob a ótica de puérperas e observou que o mesmo estava focado apenas nas questões fisiológicas da gravidez e não havia ações educativas, que favoreciam a autonomia das mesmas.

Fontes de informações das gestantes

Ao serem indagadas sobre a forma como adquiriram as informações acerca dos direitos expostas por elas, relataram ter sido através da caderneta da gestante, parentes e amigos, profissionais de saúde do pré-natal, internet e outras formas.

[...] foi enfermeira, médico. Ela me falou que eu tenho direito ao dentista, Pré-natal né, só (G 4).

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[...] enfermeira, orientou sobre a mama, os remédios, sobre meu peso, essas coisas, me orientou sobre isso, sobre comer certo, essas coisas (G 24).

[...] na internet é mais fácil de você achar, eu sou uma pessoa que pesquiso tudo, eu vi mais sobre esse negocio de licença maternidade (G22).

Um fator de destaque neste estudo foi que as entrevistadas relataram que tais informações tenham sido adquiridas também, por meio de profissionais de saúde durante uma consulta de pré-natal, no entanto nas poucas citações onde incluem os profissionais, não foi citado sobre direitos específicos da gestante. Resultados semelhantes foram encontrados com gestantes na cidade de Campinas – SP, a minoria teve conhecimento do direito a acompanhante pelos profissionais de saúde15.

Normalmente, uma assistência pré-natal constitui-se em receber informações sobre a gestação e o parto, poder falar de sua experiência como gestante com o profissional e tirar dúvidas durante a consulta. A atenção ao pré-natal é uma estratégia necessária e de fundamental importância16.

Pode se perceber pelos discursos das entrevistadas o grau de orientações provenientes dos profissionais de saúde, demonstrando falta de consistência, fragilidades das mesmas e ênfase nas questões fisiológicas.

Todas as gestantes entrevistadas receberam a carteira de gestante elaborada pelo Ministério da Saúde, nesta encontram-se registradas os principais direitos das gestantes. Apesar das gestantes possuírem esta carteira, nota-se que as mesmas não têm realizado a leitura e se apropriado das informações ali contidas.

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Por outro lado, observa-se falta de interesse por parte das gestantes acerca de procurar conhecer seus direitos e de participarem do grupo educativo para gestantes que é oferecido na UBS estudada. Conforme os discursos:

[...] não é uma prioridade pra mim ( G 2).

[...] não, dá uma preguiça de vim toda hora nesse posto (G18). [...] não, huhum não tenho tempo pra isso (G20).

[...] Não, não tenho vontade de participar, até tenho tempo, mais em vez de acordar e vim aqui ouvir um pessoal falar sobre meus direitos de grávida eu prefiro dormir (G25).

Segundo Souza, Roeker e Marcom16, a qualidade do pré-natal é garantida quando existem ações assistenciais e educativas concomitantes.

Diante dos relatos citados, sugere-se que as ações educativas também sejam realizadas na sala de espera, enquanto aguardam as consultas, utilizando estratégias inovadoras que atraiam as gestantes, visto que não possuem interesse em participar de grupos de gestantes.

CONCLUSÃO

Os direitos conhecidos pelas entrevistadas foram: direito a acompanhante, direitos trabalhistas, sociais, ao pré-natal e serviços de saúde. Estas informações foram obtidas através da caderneta da gestante, parentes e amigos, profissionais de saúde do pré-natal, internet e outras formas.

Foi constatado o conhecimento limitado acerca de seus direitos por parte das gestantes. Os fenômenos identificados a partir da análise dos dados convidam à reflexão sobre a qualidade e situação da atenção dispensada a esse grupo de usuárias nos serviços públicos de saúde, como na atenção básica. Percebe-se que

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muitas além de não ter conhecimento sobre seus direitos, não estavam interessadas no assunto, percebe-se que elas são prejudicadas, pois tal conhecimento lhes traria muitos benefícios, assim como a possibilidade de reivindicá-los.

E isso é um problema não somente delas, como também para os profissionais que as acompanham no pré-natal, como para os que acompanharão durante e após o processo de parto. Acredita-se que quando a gestante tem conhecimento sobre seus direitos, ela terá autonomia, participará efetivamente de todo o processo em que está vivenciando, o qual é a protagonista, e é necessário que tenha participação ativa nesse processo.

REFERÊNCIAS

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2016.48 p.

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http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9949&revista_ca

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