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Academic year: 2021

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TÍTULO: PACIENTES EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO COM FÍSTULA ARTERIOVENOSA: SUBSÍDIOS PARA OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE FRANCA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): GUSTAVO ANDRADE GAIA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MARTA MARTINS DA SILVA PEREIRA, REGINA APARECIDA CABRAL ORIENTADOR(ES):

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Resumo

Este estudo tem como objetivo descrever os cuidados de enfermagem junto ao paciente com fístula arteriovenosa (FAV) em tratamento hemodialítico. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura de, com critérios de inclusão e exclusão. Após a leitura do material, foram utilizados artigos publicados nos anos compreendidos entre 2005 até 2016, indexados nas bases de dados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (LILACS) e nas bases Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), além de livros disponíveis na biblioteca da Universidade de Franca (UNIFRAN). Foram utilizados 25 referenciais para a conclusão do estudo. Verificou-se que a FAV é o acesso vascular de primeira escolha para tratamento hemodialítico e que é de suma importância a preservação da mesma. O enfermeiro tem a capacidade de descobrir e identificar os problemas e planejar a assistência adequada para cada paciente. Destaca-se ainda que envolver os pacientes no cuidado e nortear as ações da equipe minimiza os índices de complicações e consequentemente, melhora a qualidade de vida dos mesmos. Conclui-se que o enfermeiro é um profissional que mantém uma estreita relação de confiança junto ao paciente; cabe a ele, portanto, desenvolver estratégias educativas, cuidando desse paciente e orientando os cuidados diários com a FAV. Ademais, o enfermeiro também exerce importante atuação no treinamento de sua equipe, focando na conservação deste acesso vascular.

Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica; Diálise Renal; Fístula Arteriovenosa;

Cuidados de Enfermagem.

Introdução

A doença renal crônica (DRC) é definida como a perda insidiosa da função renal, ou até mesmo quando há lesão renal, tendo a função preservada. Várias doenças sistêmicas e primárias renais podem resultar em agressão lenta do parênquima renal, o qual acaba sendo substituído por tecido fibroso, lesão esta, irreversível. Percebe-se que o aumento da DRC acompanha alta prevalência de casos de obesidade, diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), tabagismo e sedentarismo (1).

No Brasil, a DRC é vista como um importante problema de saúde pública, cuja prevalência tem aumentado progressivamente. Segundo o censo da Sociedade

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Brasileira de Nefrologia (SBN) de 2011, existiam 91.314 pacientes em diálise, bem superior aos 42.695 do ano de 2000. Este aumento também é notório em 2012, conforme o censo de 2012 da SBN, estavam em tratamento de diálise 97.586 pacientes, sendo 91,6% em hemodiálise e 8,4% em diálise peritoneal (2,3).

As melhorias tecnológicas, especialmente as relacionadas às Terapias Renais Substitutivas (TRS) – hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal – têm possibilitado maior sobrevida aos pacientes com DRC, que mesmo assim podendo ter algumas incapacidades funcionais, além da instabilidade emocional provocado pela doença, gerando um significativo impacto sobre a qualidade de vida (4).

A hemodiálise é a forma de tratamento fornecida para 90% dos pacientes que apresentam a função renal prejudicada, e se resume num processo de filtragem e depuração de substância do sangue, cujo excesso é indesejável, assim como a creatinina e a ureia que necessitam ser eliminadas (5).

Para a realização do tratamento hemodialítico, o principal acesso vascular utilizado, é a FAV, trata-se de um procedimento cirúrgico e permanente, pelo qual ocorre a união de uma artéria e uma veia geralmente no antebraço. A Fístula arteriovenosa leva de quatro a seis semanas para “maturação”, ou seja, o ramo venoso dilata e sua parede se torna mais espessa, permitindo repetidas punções. As vantagens desse acesso estão no melhor resultado da hemodiálise no período de 4 horas, baixo índice de infecções e fácil tratamento de suas complicações, sendo as principais: hipertensão venosa, isquemia, trombose, aneurisma ou pseudo-aneurisma e baixo fluxo (6).

Diante das complicações em hemodiálise e principalmente com acesso vascular destaca-se a importância da disponibilidade de uma equipe de enfermagem capacitada para este tratamento. Ressaltando ainda que o processo permanente de educação é fundamental para o domínio da equipe, objetivando minimizar os índices de complicações e aumentando a qualidade de vida dos pacientes em terapia hemodialítica (7).

Tendo a FAV como acesso vascular de primeira escolha para tratamento hemodialítico, é de suma importância a preservação da mesma; sendo assim, este estudo tem como objetivo descrever os cuidados de enfermagem junto ao paciente com fístula arteriovenosa (FAV) em tratamento hemodialítico.

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Metodologia

Este estudo é uma revisão narrativa da literatura, através de levantamento bibliográfico. Os referenciais foram levantados através buscas em sítios da rede mundial de computadores como nas bases de dados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (LILACS) e nas bases Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), além de dois livros disponíveis na biblioteca da Universidade de Franca (UNIFRAN).

Como critério de inclusão foi utilizado artigos científicos relacionados ao tema, com textos completos disponíveis em língua portuguesa. Na busca bibliográfica foram encontrados 38 artigos publicados entre o período de 1º de outubro de 2005 a 10 de abril de 2017. Após a leitura do material foram utilizados artigos pertinentes ao tema e os demais foram excluídos por não terem relevância ao propósito do trabalho. Também foram utilizados livros disponíveis na biblioteca da Universidade de Franca (UNIFRAN). A busca dos referenciais para a elaboração deste trabalho deu-se entre janeiro de 2015 a novembro de 2017 para construção deste trabalho.

A busca foi realizada a partir dos descritores em saúde: Insuficiência Renal Crônica; Diálise renal; Fístula arteriovenosa; Cuidados de Enfermagem.

Desenvolvimento

A insuficiência renal crônica foi substituída pelo termo doença renal crônica (DRC), que é o estado de disfunção renal persistente, irreversível, geralmente decorrente de um processo patológico lentamente progressivo. No entanto, em algumas situações, o estado crônico de falência renal pode ocorrer após uma agressão renal aguda capaz de deteriorar os rins de forma irreversível, tal como acontece em dois exemplos clássicos: a necrose cortical e a glomerulonefrite rapidamente progressiva (8).

A DRC tornou-se um problema de saúde pública, com aumento significativo em prevalência e incidência. Diversos motivos contribuem para isso, sendo particularmente importante destacar o aumento da prevalência de obesidade, DM, HAS, tabagismo e sedentarismo. Se não tratada, a DRC progride para uma insuficiência renal terminal, acarretando em morbimortalidade elevada, principalmente pelo alto risco cardiovascular, e ainda, piora da qualidade de vida além dos altos custos para o sistema de saúde. Por outro lado, o paciente que necessita de tratamento requer um acompanhamento rigoroso e especializado de

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forma que a diálise, transplante ou hemodiálise sejam iniciados para substituição da função renal. A escolha de modalidades de TRS depende das condições clínicas e psicológicas do paciente, no entanto o tratamento é influenciado pelo estágio da doença (8,9).

Em relação ao transplante, considerado uma escolha de tratamento para DRC avançado, há excelentes resultados, principalmente com a otimização do uso dos imunossupressores e dos métodos de preservação dos rins de cadáver. Além disso, o transplante renal confere uma qualidade de vida muito melhor que a diálise, pois corrige de fato a disfunção renal. No Brasil, em 2012, a porcentagem de pacientes na fila de transplante era de 31,2% (9).

Quando indicada a diálise peritoneal (DP), esta é realizada através da colocação de um cateter flexível no abdômen, pelo qual é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal, ou seja, este líquido vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue através de osmose e difusão. A diálise peritoneal pode ser realizada pelo próprio paciente em sua casa e até no local de trabalho, sendo suas principais contraindicações: aderências, peritonites extensas, hérnias não corrigíveis, colostomia e ausência de estrutura domiciliar para realização do método (10).

Outra modalidade é o tratamento hemodialítico, o sangue é impulsionado com o fluxo de 300 a 500 ml por minuto a um dialisador, através do sistema de circulação extracorpórea (máquina hemodialisadora) e simultaneamente a solução de diálise (água tratada, solução ácida e solução à base de bicarbonato de sódio), que entram em contato com a parte externa das fibras semipermeáveis deste dialisador de 500 a 800 ml por minuto, acontecendo assim o processo dialítico. Para a realização deste procedimento, os tipos de acessos vasculares são: cateter duplo lúmen, podendo ser inserido em veia subclávia, jugular interna e femoral, e também prótese de politetrafluoretileno (PTFE), e a FAV sendo a mais utilizada (11,12).

O cateter duplo lúmem (CTDL) é uma via de acesso provisório (temporário) quando o paciente não apresenta acesso vascular definitivo como a FAV. É expressivo o número de urgências para iniciar o tratamento de hemodiálise, levando os nefrologistas a implantarem o CTDL como acesso temporário, justificado devido a altas taxas de infecções provenientes do uso do mesmo. Outro tipo trata-se dos semi-implantaveis, considerados de longa permanência, possuem um cuff de dácron diminuindo assim a chance de infecção (13,14).

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O tipo de acesso vascular é escolhido mediante avaliação pela anamnese médica. Outro exame necessário é a ultrassonografia com doppler colorido (US Doppler) necessário para o mapeamento venoso e arterial, orientando a confecção das FAV, e analisando o sistema venoso em busca de sinais de flebites, estenoses e oclusões, além de avaliar a artéria que fornecerá o fluxo de sangue para a fístula arteriovenosa (15).

Quanto à localização, a FAV pode ser confeccionada nos membros superiores, que é o local de primeira escolha, podendo ser distais, que incluem as fístulas arteriovenosas radio cefálicas no punho e no antebraço; e proximais, que incluem as braquiocefálica, braquiobasílica superficializada e braquioaxilar ou braquiobraquial em alça com prótese. Quanto à conduta médica, pode ser autógeno (veias cefálica, basílica e safena) ou PTFE, que é um enxerto artificial pouco utilizado, tem menor sobrevida que a FAV por causar maior risco de trombose e estenose, além de causar também maior morbidade pelo risco de infecção (16).

Outra opção a ser incluída seriam as FAV de exceção, como as dos membros inferiores, ou em colar (derivação axilo-axilar), dentre outras. Inúmeros critérios são empregados para reconhecer a maturação da fístula arteriovenosa, entre eles temos o exame clínico e a presença de um conduto visível, com bom frêmito e facilmente puncionável, já no US Doppler, a maturação é definida como o diâmetro do conduto maior que 4 mm e fluxo maior que 400 mL/minutos. Depois de realizada durabilidade da FAV é de seis anos ou mais (16,17).

Porém, no decorrer do uso da FAV, podem surgir complicações, diminuindo o tempo de sua utilização. Na literatura estão descritas diversas dificuldades, no entanto, recomenda-se intervir quando não se alcança o fluxo sanguíneo adequado, ou seja, apresenta redução superior a 25% ao fluxo sanguíneo prévio, apresenta estenose venosa hemodinamicamente significativa, isto é, diminuição do diâmetro venoso superior a 50%, podendo levar à trombose, esta disfunção é detectada por meio do US Doppler ou pelo exame físico (18).

Outra situação encontra é o aneurisma, definido como dilatação de uma área da FAV que mantém íntegra a estrutura da parede arterial ou venosa, e deve ser tratado quando estiver se expandindo rapidamente, ou seja, apresenta mais de 12 mm de diâmetro e viabilidade da pele ameaçada ou quando provocar a isquemia da mão, em função da inversão do fluxo arterial. O paciente com isquemia se queixa de dor quando o membro está em repouso, tendo piora durante as sessões de

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hemodiálise (18).

A trombose do acesso arteriovenoso é a complicação que mais preocupa, e pode estar associada a episódios de hipotensão induzidos pela diálise e desidratação, também pode estar relacionada com a presença de hematoma associado às primeiras punções em virtude da compressão excessiva da área de punção. Outra disfunção é a infecção que geralmente é causada por bactérias gram-positivas, principalmente pelas estirpes de Staphylococcus Aureus. Portanto, torna-se crucial a implementação de uma rotina de educação em saúde que promova a lavagem cuidadosa do membro do acesso arteriovenoso antes da punção nas unidades de diálise (19).

Outro aspecto a ser considerado no qual o paciente precisa ser auxiliado, é a manutenção do seu equilíbrio e motivação para melhor adesão ao tratamento. Neste sentido o enfermeiro tem a capacidade de descobrir e identificar os problemas, as necessidades sentidas, e planejar a assistência adequada para cada paciente, criando situações que reduzam sua tensão, e auxiliando-o na adaptação do processo saúde-doença (20).

No entanto, os cuidados de enfermagem ao paciente com FAV começam no início do tratamento hemodialítico. O enfermeiro possui uma visão ampla do cuidado e cabe a ele toda a orientação necessária ao paciente, bem como para a sua família, que fará parte de todo o cuidado junto ao paciente. A comunicação precisa ser clara, simples e de fácil entendimento, a fim de assegurar o funcionamento deste acesso vascular (21).

Os cuidados com a FAV devem ser seguidos com o objetivo de aumentar a sobrevida e prevenir as complicações decorrentes do seu uso para pacientes em tratamento hemodialítico, sendo que antes de usar a fístula arteriovenosa, deve-se sempre examiná-la atentamente, realizando a inspeção para verificar a presença de edema, coloração, lesões de pele, presença de secreção e dilatações precoces; além de realizar palpação, para verificar temperatura do membro e intensidade do frêmito (22).

As orientações de autocuidado em que o enfermeiro repassa aos pacientes, para preservação da FAV devem ser: lavar o local da fistula com água e sabão antes das sessões de hemodiálise, não realizar trabalhos domésticos que sobrecarregue o membro, usar medicações tópicas somente quando indicada pela equipe médica e de enfermagem, verificar diariamente a FAV quanto ao frêmito, observar e

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comunicar sinais de infecção (vermelhidão, dor, calor e edema) ou qualquer outra complicação (22).

Algumas recomendações devem ser passadas: não dormir sobre o membro, não carregar peso do lado da FAV, não permitir coletar sangue no mesmo, não permitir administrar medicamentos por via IM e EV no local, não realizar tricotomia no local da FAV, não retirar crostas da FAV, realizar compressão na FAV em caso de sangramento, não utilizar roupas apertadas, ou pulseiras, evitar baixas temperaturas, aquecendo o membro no inverno, retirar o curativo oclusivo da fístula 8 horas após a diálise, aplicar gelo no local das punções, principalmente se houver hematomas e realizar exercícios no dia seguinte à hemodiálise membro com a FAV (22,23).

O enfermeiro em uma unidade de diálise também capacita a sua equipe, composta por profissionais, técnicos de enfermagem interessados em concentrar esforços em benefício do paciente. Para garantir o bom atendimento, o enfermeiro seleciona cuidadosamente os profissionais de enfermagem, faz planejamentos de suas ações, executa e avalia os programas de treinamento, tanto dos iniciais, quanto aos de educação continuada. Esta capacitação da equipe de enfermagem permite ao profissional transformar sua prática pela melhoria de seus conhecimentos e competências técnicas, lembrando que os técnicos realizam ativamente o cuidado direto ao paciente (24).

Dentre os cuidados da equipe de enfermagem com o paciente destacam-se: lavar as mãos com solução antisséptica antes e após a manipulação das fístulas, usar equipamento de proteção individual, não usar a FAV prematuramente (antes de duas a três semanas), conferir o funcionamento da fístula (presença de frêmitos), para antissepsia no local da punção, usar álcool a 70% ou clorexidine alcoólico (23).

As agulhas podem ser colocadas na mesma direção, separadas por uma distância mínima de 5 cm. A agulha arterial é inserida distalmente, em direção à anastomose e a venosa a favor do fluxo de sangue. Tais cuidados visam à diminuição da recirculação, com aumento da eficiência da hemodiálise (23).

As punções devem ser mudadas frequentemente ou conforme orientação do enfermeiro, utilizando canulação correta e agulhas adequadas. Evitar garroteamento prolongado, pois esse procedimento equivale a uma estenose. Em relação ao enxerto arteriovenoso, as agulhas são inseridas na prótese e o sentido é de acordo com o fluxo. A arterial aponta para a anastomose enxerto artéria, e a

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venosa aponta para anastomose enxerto veia. Não garrotear quando há presença de enxerto e também não é necessário realização de exercícios de mão para acelerar a maturação, demais cuidados são semelhantes as da FAV (23,24).

No caso de sangramento, após a diálise do local da agulha, aplicar uma compressão suficiente para interromper o fluxo sanguíneo, e mantê-la até que o sangramento pare. Nunca ocluir o vaso, monitorar a pressão arterial, pois a hipotensão pode predispor a coagulação, portanto, verificar mais frequentemente a permeabilidade vascular; Não puncionar a fístula para outros fins, a exemplo coleta de sangue e/ou medicação, trocar os locais de punção frequentemente para o melhor funcionamento da fístula. Se ocorrer hematoma após a hemodiálise, aplicar compressas frias e orientar a intensificar os exercícios para evitar mais complicações na próxima hemodiálise (23,24).

Um estudo realizado em 2010 em um hospital universitário do Rio de Janeiro evidenciou que os pacientes afirmam conhecer os cuidados para a preservação da FAV, porém nem todos os cuidados extensivos ao domicílio são seguidos pela maioria. É válido destacar que a relação estreita entre enfermagem e paciente renal crônico dentro do setor de hemodiálise é um grande diferencial, que favorece a comunicação, direcionando para o cuidado de enfermagem e autocuidado dos pacientes. Através desse diálogo o enfermeiro amplia o respeito, a consideração do paciente, e reforça os cuidados importantes na preservação da fístula durante todo o tratamento (25).

Considerações finais

Este estudo permitiu, através de levantamento bibliográfico, descrever os cuidados com a fístula arteriovenosa. Visto que a FAV é um acesso vascular permanente para o tratamento hemodialítico e, se bem preservada, aumenta rá o tempo de sua utilização.

Conclui-se que o enfermeiro, profissional com autonomia que está próximo ao paciente mantendo uma estreita relação de confiança e auxílio constante, pode desenvolver estratégias educativas com a finalidade de orientar o paciente acerca de tudo que envolve o seu tratamento, inclusive os cuidados com a FAV. Ademais, o enfermeiro também exerce importante atuação no treinamento de sua equipe, focando na conservação deste acesso vascular.

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educação, tanto para a equipe, quanto para o paciente, propondo uma assistência individualizada, mediante as necessidades de compreensão de cada um.

Fontes consultadas

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Referências

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