cio do outono). Do total do extrato, ¾ são provenientes do inverno e ¼ do verão, pois o extrato de inverno tem maiores concentrações de lectinas, o que confere maior efeito citotóxico antitumoral ao preparado.
A proporção de frutos no extrato é constante. Em seu processo de produção, o extrato do verão goteja verticalmente no extrato do inverno que gira horizontalmente, num fluxo laminar helicoidal – o que também foi orientado por Rudolf Steiner.
Existem três tipos de Helixor, de acordo com a ár-vore hospedeira de onde o Viscum foi colhido: Helixor A (Abietis ou abeto), Helixor M (Mali ou macieira) e Helixor P (Pini ou pinheiro). Suas apresentações va-riam de 0,01 mg a 100 mg por ampola (1 mL), com caixas de posologia única ou combinada em doses progressivas.
Como é uma premissa para um medicamento ver-dadeiramente antroposófico, existe uma atitude men-tal apropriada das pessoas envolvidas no processo de produção do Helixor, o que diz respeito à meditação e leitura de versos antroposóficos selecionados. Os pas-sos de sua produção são realizados em dias especiais, de acordo com suas condições de luz e calor – con-forme calendário proposto por Steiner e desenvolvido por Maria Thun.
A posologia é adaptada individualmente de acordo com a necessidade e a reação do paciente. O efeito adequado do Viscum album, proposto por Steiner, se-ria o de “envolver o tumor com um manto de calor”. Uma atenção especial também deve ser dada à capa-cidade do paciente em desenvolver febre, o que tam-bém tem a ver com sua organização calórica.
Introdução
Viscum album é um medicamento antroposófico usado
para o câncer, estados pré-cancerosos, doenças crôni-cas multissistêmicrôni-cas (doença de Crohn, doenças articu-lares), e hepatite C (Gardin & Schleier, 2009). Sua via de administração é geralmente subcutânea. Helixor é uma das apresentações injetáveis de Viscum album, re-gistrado na Alemanha, Áustria, Suíça, Luxemburgo, Su-écia, Lituânia, Letônia, Finlândia, China, Coreia, Rússia, Chile e Peru. Recentemente, o Helixor começou a ser usado no Brasil, o que estimulou essa revisão.
Na Alemanha 58,4% dos pacientes com câncer usam terapias complementares, e destes, 61,6% usam
Viscum album – de acordo com estudo
multicêntri-co transversal feito em diversos hospitais (Weis et al., 1998). Nesse país, Helixor é o terceiro medicamento citostático mais prescrito ambulatorialmente (Schwa-be & Paffrath, 2007).
Particularidades do Helixor
Helixor é o extrato aquoso fresco padronizado não fer-mentado de Viscum album (ex herba recens), formado pela mistura de extratos do verão e do inverno, pro-duzido a partir das recomendações de Rudolf Steiner (GA 314, 1924).
São quatro épocas de colheita do Viscum: época do Natal (durante o inverno no Hemisfério Norte), durante sua florada (também no inverno), no meio do verão (épo-ca de São João) e na épo(épo-ca de Mi(épo-cael (final do verão,
iní-Estudos clínicos com Helixor (Viscum album L.)
para o tratamento do câncer
Dietrich Schlodder, médico antroposófico
Nilo E. Gardin, médico antroposófico e homeopata Endereço para correspondência: nilogardin@superig.com.br
Resumo: Os autores sumarizam estudos clínicos realizados com Helixor (Viscum album)
em pacientes com câncer, ressaltando seu efeito positivo na sobrevida, qualidade de vida e redução dos efeitos adversos da quimioterapia e radioterapia antineoplásica. Preferen-cialmente estudos prospectivos e randomizados foram citados. As particularidades desse medicamento antroposófico são resumidamente apresentadas.
Estudos clínicos
Diversos estudos clínicos foram feitos com Helixor. Aqui resumimos os principais, divididos por seus ob-jetivos primários.
Estudos de eficácia em combinação
com quimioterapia
A eficácia do Helixor em combinação com quimiote-rapia foi examinada em quatro estudos clínicos.
Em estudo prospectivo e randomizado (Douwes et
al., 1986), os pacientes com câncer colorretal
metas-tático tratados com 5-fluorouracil (5-FU) e ácido fo-línico que receberam adicionalmente Helixor, houve aumento na sobrevida quando comparados àqueles que receberam somente quimioterapia. A diferença, porém, não foi estatisticamente significante.
Em estudo prospectivo e randomizado (Douwes et
al., 1988), os pacientes com câncer colorretal tratados
com 5-FU e ácido folínico que receberam adicional-mente Helixor (N=20) tiveram aumento significante na sobrevida quando comparados àqueles que receberam somente quimioterapia (N=20) (Fig. 1).
A eficácia do tratamento adjuvante com Helixor em linfoma e leucemia crônica foi analisado em es-tudo retrospectivo com 700 pacientes (Stumpf et al., 2000): o tratamento adicional com Viscum album re-sultou em aumento de sobrevida mediana (11,4 anos
versus 8,6 anos para os pacientes sem Viscum) porém
sem significância estatística. Além disso, os pacientes relataram melhora na qualidade de vida. A objeção te-órica sobre impactos não favoráveis do uso do Viscum em neoplasias malignas do sistema linfático e hemato-poiético é refutada por esse estudo.
Redução dos efeitos adversos
à quimioterapia
Não apenas a eficácia, mas também a tolerância à quimioterapia pode ser melhorada com a terapia con-comitante com Viscum album.
Gutsch e Kühne (1986) conduziram em estudo pi-loto prospectivo randomizado com 44 pacientes com câncer de ovário inoperável, carcinoma de células es-camosas do pulmão ou câncer de cabeça e pescoço, que foram tratados com quimioterapia agressiva (ifos-damida, cisplatina) combinada com radioterapia. O tra-tamento adjuvante com Helixor resultou em melhora significante da qualidade de vida medida pelo índice de Karnofsky (P<0,001), assim como menos náuseas (P=0,005), vômitos (P=0,08) e dor relacionada ao cân-cer (P=0,04). A recuperação da leucopoiese foi mais rá-pida no grupo Helixor (P=0,003), o que contribuiu para que esses pacientes recebessem a dose total planejada de quimioterapia e obtivessem melhores taxas de re-missão (78,2%) que o grupo controle (61,9%).
Um estudo multicêntrico, randomizado e pros-pectivo de Piao et al. (2004) avaliou a influência do tratamento complementar com Helixor na qualidade de vida em pacientes com câncer de mama (N=68), ovário (N=71) e pulmão não pequenas células (N=94). Houve melhora significantemente no grupo Helixor em comparação com o grupo controle (P<0,05) usan-do os índices de Karnofsky, FLIC (functional living
in-dex-cancer) e o Índice da Medicina Tradicional
Chine-sa. Adicionalmente houve menos eventos adversos no grupo Helixor que no grupo controle, ou seja, houve melhor tolerância à quimioterapia.
Em estudo piloto prospectivo, randomizado e du-plo cego (Auerbach et al., 2005), mulheres (N=23) com câncer de mama estádio I ou II operadas foram trata-das com seis ciclos de quimioterapia adjuvante (CMF: ciclofosfamida, metotrexate e 5-FU). As pacientes que receberam adicionalmente Helixor tiveram atividade significativamente mais alta de células natural killer em
Figura 1. Sobrevida (Kaplan-Meier) dos pacientes com
câncer colorretal com e sem Helixor.
Helixorgruppe: grupo Helixor; Kontrollgruppe: grupo
controle; Monate: meses; Ueberlebensrate in Prozent: taxa de sobrevida em porcentagem.
Pacientes com leucemia mieloide crônica (N=30) tiveram prolongamento da mediana de sobrevida pelo acréscimo de Helixor ao Bussulfano (55,7 meses con-tra 30 meses do grupo controle histórico com fatores prognósticos comparáveis, tratado apenas com Bussul-fano) (Gutsch, 1982).
Figura 2. Sobrevida (Kaplan-Meier) dos pacientes após
mastectomia. Significância estatística: *Grupo CMF(O)
versus controle: P=0,025. **Grupo Helixor versus
con-trole: P=0,048.
5-Jahres Rate: taxa aos 5 anos. Kontrolle: grupo
contro-le. Monate: meses. Überlebensrate: taxa de sobrevida. relação àquelas que receberam placebo (P=0,0005), o que pode indicar redução nos efeitos imunossupres-sores da quimioterapia. Ao mesmo tempo, este estudo mostrou que o desenho duplo cego nem sempre é ade-quado à avaliação da eficácia do Viscum album, pois tanto pacientes quanto investigadores notam a típica reação inflamatória que ocorre no local da aplicação da injeção subcutânea desse medicamento.
Tröger et al. (2008) conduziram estudo prospectivo randomizado fase III que incluiu 89 pacientes com câncer de mama no pós-operatório. O grupo que recebeu
Vis-cum album (Helixor ou outra apresentação) juntamente
com a quimioterapia (CAF: ciclofosfamida, doxorrubicina e 5-FU) teve significativamente menos dor, náuseas, vô-mitos, insônia e diarreia em relação ao grupo controle.
Estudos sobre o uso de Helixor como
terapia adjuvante após o tratamento
oncológico convencional
Estudo multicêntrico, prospectivo e controlado (Gutsch
et al., 1988) envolveu 643 pacientes após mastectomia
radical para câncer de mama. As pacientes foram divi-didas em três grupos: as que receberam tratamento com Helixor (N=192), com quimioterapia (CMF +/- Oncovin) (N=177), e o grupo controle sem esses medicamentos (N=274). Cada ciclo de Helixor era de 30 mg três vezes por semana por 5 semanas, via subcutânea. No 1º ano de tratamento, eram feitos dez ciclos. Gradativamente se reduzia o número de ciclos até que no 5º ano eram feitos quatro a cinco ciclos e no 6º ano zero a quatro ciclos. Os resultados se visualizam na Figura 2.
Em um estudo farmacoepidemiológico de coorte com 741 pacientes com câncer de mama após o térmi-no do tratamento adjuvante (quimio ou radioterapia), o uso de Helixor reduziu significantemente a frequên-cia de queixas relacionadas ao tratamento convencio-nal – especialmente dor, fadiga, mucosite –, quando comparado ao grupo controle (P<0,001) (Beuth et al., 2008) (Fig. 3).
Figura 3. Porcentagem de reações adversas e queixas
no pós-tratamento convencional ao câncer de mama.
Para pleurodese
Em dois estudos, a eficácia de instilação intrapleural de altas doses de Helixor para derrame pleural maligno foi testada, com intuito de se promover a pleurodese.
Em estudo prospectivo com 20 pacientes consecu-tivos hospitalizados com derrame pleural maligno (por câncer de mama ou broncogênico), Helixor foi testa-do como agente para pleurodese (Stumpf & Schietzel, 1994). Onze de 18 pacientes avaliáveis apresentaram pleurodese e em dois pacientes houve resposta par-cial. O tratamento foi bem tolerado (1,2% de efeitos adversos, classificados como grau I da Organização Mundial de Saúde). A diminuição do volume do der-rame pleural e das células malignas no líquido foi sig-nificantemente dependente da frequência e da dose de instilação do Helixor (P<0,001). A dose inicial de Helixor usada para instilação pleural foi de 100 mg (diluídos em soro fisiológico para um volume de 10 mL), com acréscimo de mais 100 mg a cada nova ins-tilação, chegando ao máximo de 1000 mg. Em média foram feitas 7,1 instilações por paciente.
Kim et al. (1999) conduziram estudo prospectivo e randomizado com trinta pacientes com derrame pleural maligno. A instilação de Helixor resultou em maior taxa de resposta completa de pleurodese em comparação com a terapia padrão com doxiciclina (81% versus 40%), maior taxa de resposta global (91%
versus 66,6%, P<0,05) e em menos efeitos adversos
Redução do tumor com uso intratumoral
A experiência com o uso de Helixor intratumoral (ou intralesional) tem crescido ultimamente. Helixor M, em doses escalonadas de 100 a 2500 mg, foi usado em tumor de fígado (N=27, sendo 21 pacientes com metástases de câncer colorretal e 6 com carcinoma hepatocelular), por injeção intratumoral guiada por ul-trassonografia, uma a três vezes por semana (Matthes, 1997). Cinco pacientes com carcinoma hepatocelular (82%) responderam favoravelmente à terapia: dois pa-cientes com redução maior que 75%, dois acima de 50% e um paciente acima de 25% do diâmetro inicial dos tumores. Essa resposta foi combinada com signifi-cativa redução nos níveis séricos de alfa-fetoproteína. Dos pacientes com metástases de câncer colorretal, onze (52%) tiveram resposta favorável: um apresentou redução no tamanho dos tumores de mais de 75%, quatro pacientes acima de 50% e seis acima de 25% do diâmetro inicial dos tumores. Em média foram sete injeções com doses crescentes.
Em estudo piloto, Matthes e colaboradores (2005) utilizaram injeção intratumoral de Helixor guia-da por ultrassonografia endoscópica para 12 pacientes com carcinoma de pâncreas inoperável nos dias 1, 3, 5, 8, 10 e 12, e depois uma vez a cada três semanas, em doses progressivas. Um paciente entrou em remis-são completa, seis
em remissão parcial (redução do tumor > 50%), quatro permaneceram com doença estável e um apresentou progressão da doença. A sobrevida global aos 12 me-ses foi de 58%. Não houve toxicidade maior. Em sete pacientes houve febre >38,5o C duas a oito horas após a aplicação do Helixor intraltumoral. A qualidade de vida (SF 36) aumentou em 83%.
Revisões sistemáticas
Em revisões sistemáticas que avaliaram estudos clíni-cos sobre a terapia com Viscum album (Kienle & Kie-ne, 2003; Kienle et al., 2006; Kienle & KieKie-ne, 2007), foram considerados válidos oito estudos com Helixor que mostraram aumento na sobrevida (Boie & Gutsch, 1980; Boie et al., 1981; Douwes et al., 1986; Douwes
et al., 1988; Gutsch, 1982; Gutsch & Kühne, 1986;
Auerbach et al., 2005; Gutsch et al., 1988) e cinco estudos que mostraram melhora na qualidade de vida (Boie & Gutsch, 1980; Boie et al., 1981; Piao et al., 2004; Auerbach et al., 2005; Lange et al., 1985).
A base de dados Cochrane efetuou revisão sobre
Viscum album como tratamento complementar para o
câncer (Horneber et al., 2008). Houve benefício em
14 de 16 estudos randomizados investigando o impac-to desse medicamenimpac-to na qualidade de vida, e em seis de 13 estudos investigando sobrevida. Em geral, os estudos mostraram boa tolerabilidade do tratamento com Viscum e poucos efeitos adversos. Nesta análise, quatro estudos incluídos com Helixor foram conside-rados de alto perfil (Douwes et al., 1986; Piao et al., 2004; Auerbach et al., 2005; Lange et al., 1985
Outros estudos
Diversos outros estudos clínicos retrospectivos não foram citados neste artigo, devido ao seu peso me-nor em termos de nível de evidência – ainda que sejam válidos.
Declaração de conflito de interesses
Dietrich Schlodder é colaborador da Helixor há 30 anos.
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