1. O Mundo Grego Antigo e o nascimento da existência racional
2. O Mundo Grego e a descoberta da subjectividade
2.1. Descoberta da Subjectividade 2.2. O Relativismo
2.3. «Educação» do homem: Homero e a Paideia
3. A possibilidade maiêutica e dialógica: Sócrates
3.1. Platão
3.1.1. Doutrinas de Platão
3.1.2. Visão psicológica nascente das teorias de Platão: Espiritualismo 3.2. Aristóteles
3.2.1. Possibilidade ética
3.2.2. Visão psicológica nascente das teorias de Aristóteles: Realismo
4. O nascimento das categorias gnoseológicas
A Filosofia na Origem
da Psicologia
A psicologia como ciência é nova, mas enquanto
conhecimento do Homem é antiga, porque recebeu da filosofia os seus principais temas.
Como ciência a psicologia só surgiu por volta do
A busca de um conhecimento racional;
Os filósofos racionalistas atribuem à razão um
papel fundamental na construção do conhecimento.
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Grécia VI a.C., ob. V a.C.; Primeiros filósofos grego;
Os jónios, os efésios, os eleatas, os pitagóricos, os
atomistas;
Nat. Jónia 570 a.C., ob. 460 a.C.;
Filósofo grego, poeta nómada, sábio e pensador
religioso;
Fundador da escola Eléia; Ruptura com o politeísmo;
Entendia o ser como sendo uno, as coisas eram
imutáveis. A Filosofia na Origem da Psicologia
Jónia é uma colónia grega;
Os jónios foram pensadores da cidade da Jónia; Principais representantes: Tales de Mileto,
Anaximandro, Anaxímenes, Heraclito;
Fundadores da filosofia;
Estudam a substância única, o principio do mundo
Nat. Mileto 625/624 a.C., ob. 558/556 a.C.;
Filósofo, homem político, astrónomo, matemático,
físico;
Um dos primeiros sábios da Grécia antiga; Foi o fundador da escola jônica;
É o primeiro à introduzir o termo arché (origem).
“O princípio de todas as coisas é a água”
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Mileto c.610/609 a.C., ob. 546 a.C.; Filósofo, político e astrónomo.;
É o primeiro autor dos escritos filosóficos na
Grécia;
Aluno e amigo de Tales foi o primeiro a designar
substância única com o nome de princípio;
O princípio de tudo é o ápeiron (Infinito),terra,
Nat. Mileto 585 a.C., ob. c.528 a.C.;
Filósofo, discípulo e continuador da escola jónica; Fez do ar o ápeiron (infinito);
“O ar domina o mundo como a alma o corpo; e a própria alma é o ar, sopro pneuma”.
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Éfeso c. 540/535 a.C., ob. c. 475/470 a.C.; Filósofo pré-socrático;
Considerado o pai da dialéctica;
Levanta a questão do devir, a mudança que
acontece em todas as coisas;
O princípio de todas as coisas é o fogo.
“Não é possível descer duas vezes ao mesmo rio”
Nat. Eleia c. 530 a.C., ob. 428 a.C.; Filósofo pré-socrático grego;
Foi o fundador da ontologia;
“O caminho da verdade é a afirmação da
Nat. Apolónia c. 499 a.C., ob. 428 a.C.; O ar é o princípio universal dos cosmos.
“Os homens e os outros seres animados vivem do ar respirando-o, e nele está a sua alma e a sua
inteligência”. Obra: “Da natureza” A Filosofia na Origem da Psicologia
Fundou a primeira escola filosófica em Atenas; Fogo, água, ar e terra.
O noús eterno define-se em inteligência, espírito e
mente.
Obra:
Nat. Samos 585 a.C., ob. 528 a.C.;
Pensador jónico, político, educador, fundador de
uma ordem;
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Subjectividade
Qualidade do que é subjectivo;
fenómeno psíquico do sujeito auto consciente e
pensante. A Filosofia na Origem da Psicologia Subjectividade (continuação)
Destacaram a subjectividade humana;
antes deles duvidava-se que o homem tenha tido
consciência de um problema - realidade humana;
o ensinamento incidiu sobre o homem.
Subjectividade (continuação)
Inclui as doutrinas que negam o carácter objectivo
do conhecimento;
a verdade é interpretada em função das qualidades
e recursos do sujeito.
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Abdera 480 a.C. – ob. Sicília 410 a.C.; Obras: “As Antilogias”; “A Verdade”. Relativismo (Protágoras)
“
O homem é a medida de todas as coisas, das quesão e das que não são “
Protágoras A Filosofia na Origem da Psicologia Relativismo Protágoras (Continuação)
“ os objectos existem para mim como a mim me
aparecem e existem para ti como a ti te aparecem”
Protágoras
Relativismo Protágoras (Continuação)
O conhecimento é impossível na apreensão das
coisas em si mesmas mas sim ao nível de um mundo fenoménico;
Introduz a preocupação principal do homem em
sociedade e numa comunidade criadora de cultura;
Tendências naturais são um problema de
educação;
A sensação é um modo de conhecimento mas não
é uma ciência. A Filosofia na Origem da Psicologia Relativismo Protágoras (Continuação)
Aquilo a que chamamos cor nasce do encontro de um sujeito e de um objecto, que não temos presente, uma coisa seria a cor percebida e a outra seria a visão dessa cor.
Relativismo Protágoras (Continuação)
O objecto não tem uma propriedade permanente; Conhecimento: contacto entre o exterior e
organismo. A Filosofia na Origem da Psicologia Relativismo Protágoras (Continuação)
Transmite a particularidade:
física;
espiritual.
“A natureza do homem na sua dupla estrutura
corpórea e espiritual, cria condições especiais para a manutenção e transmissão da sua forma
particular e exige organizações físicas e espirituais ao conjunto das quais damos o nome de Educação”
Cultura e educação estão presentes na literatura: Ilíada; Odisseia. A Filosofia na Origem da Psicologia Educação (continuação)
Terá vivido entre os séculos VIII e X; Poeta grego;
Autor da Ilíada e Odisseia.
Educação (continuação)
Domina o espírito heróico; Gosto pela guerra.
Celebração das lutas; Façanhas dos heróis.
A Filosofia na Origem da Psicologia Educação (continuação)
“A aparição de Ulisses, no náufrago implorando
protecção; no comportamento de Télemaco com o seu hóspede Mentes; no palácio de Nestor e
Menelau; na casa de Alcinoo, no hospitaleiro
acolhimento dispensado ao famoso estrangeiro e na inenarrável e cortês despedida de Ulisses ao
apartar-se de Alcinoo e sua esposa, assim como no encontro do velho porqueiro Eumeu com seu
antigo amo, transformando em mendigo, e no seu comportamento para com Télemaco, o jovem filho do seu senhor.”
Jaeger Educação (continuação)
A Filosofia na Origem da Psicologia Educação (continuação)
Porque é que se contam histórias às crianças?
Função Pedagógica
É a formação completa do homem; Objectivo:
“construir o homem como homem e como cidadão”
Jaeger
Educação (continuação)
“a essência de toda a verdadeira educação ou
Paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia
de se tornar no cidadão perfeito, que ensina a
mandar e obedecer, tendo a justiça como
fundamento”
Platão
A Filosofia na Origem da Psicologia Educação (continuação) Interior; Ética;
Deriva da consciência moral do homem.
Centrada no estado.
Educação (continuação)
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Atenas 469 a.C. – ob.. 399 a. C.; Primeiro grande filósofo humanista; Sócrates não escreveu nada;
Consiste em organizar ideias complexas a partir de
perguntas simples;
Psicologia educacional teria muito a ganhar com
arte maiêutica.
A Filosofia na Origem
da Psicologia
“São precisamente as naturezas mais bem dotadas
que precisam de desenvolver o seu discernimento e o seu juízo crítico, para poderem dar os frutos
correspondentes ao seu talento”.
Xenofonte
Arte Maiêutica (continuação)
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Atenas 428 a.C. ob. Atenas 347 a.C.; Idealismo;
Defende o mundo político irreal;
Escreveu cerca de trinta e cinco diálogos e treze
cartas;
A pesquisa baseava-se no conhecimento incessante
As ideias são os objectos específicos do
conhecimento racional;
As ideias são critérios ou princípios de juízo
acerca das coisas naturais;
Ideias são causas das coisas naturais.
A Filosofia na Origem da Psicologia Platão (continuação)
Ser = conhecimento verdadeiro (episteme)
Devir (mudança) = opinião (doxa)
Não ser = ignorância
Platão (continuação)
A Filosofia na Origem da Psicologia Platão (continuação)
Se o escravo saí-se teria de se habituar
gradualmente à luz do sol;
A educação deve deixar o mundo sensível
(sombras) e passar para o mundo do conhecimento racional (bem/sol);
Defende um regresso à caverna para colocar à
disposição dos outros o seu conhecimento (verdadeira filosofia);
Defende que o escravo deve reabituar-se à
escuridão da caverna, vendo melhor que os companheiros.
Platão Mito da Caverna (continuação)
A Filosofia na Origem da Psicologia Platão (continuação)
A vida psíquica é independente da vida do corpo; As perturbações psíquicas estão relacionadas com
excessos;
Nenhum homem é mau por querer, mas por causa
do meio que o envolve.
Platão (continuação)
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Nat. Estagira c. 384 a.C., ob.. Cálcis de Eubea c.
322 a. C.;
Filósofo grego; Pai do Realismo;
A Ética a Eudemo; A Ética a Nicómaco; Retórica; Política; Sobre a Alma. A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles (continuação)
Ética; Política; Retórica; Poesia; Psicologia. Aristóteles (continuação)
Como devemos viver?
Todas as acções têm um determinado fim que
deve coincidir com o Bem.
A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles (continuação)
Fim Supremo ≠ Fins Superiores
Felicidade Riqueza
Os Fins superiores podem não alcançar o Fim
Supremo.
Aristóteles Ética (continuação)
Hábitos que dependem da educação; Hábitos bons. A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles Ética (continuação) Hábitos maus.
Aristóteles Ética (continuação)
Aristóteles critica os seus antecessores,
nomeadamente Platão, por estes considerarem que a alma é sobrenatural.
”É em virtude das relações mútuas entre a alma e corpo que uma age e outro sofre, que um é movido e outra move.” Aristóteles A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
A alma coordena o corpo.
Podemos associar o que Aristóteles designava por
alma ao que hoje consideramos mente.
Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
Capacidade de julgar as informações transmitidas pelos sentidos. Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
A sede de todo o pensamento: é a alma sensível e inteligível A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
Maria João Castelbranco da Silveira A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
“A sensação dos sensíveis próprios é sempre
verdadeira, ou, pelo menos, é o menos possível sujeita a erro. A percepção […] vem em segundo lugar, e aqui já o erro se pode insinuar: de facto, que o sensível seja branco, é um ponto, em que não é possível ninguém enganar-se mas que o branco seja tal coisa determinada ou tal outra, é ponto em que o erro já é possível. “
Aristóteles
Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
A Filosofia na Origem da Psicologia Aristóteles Visão Psicológica (continuação)
Aristóteles é um realista porque considera que as
coisas são na realidade como são recebidas pelos sentidos e interpretadas pelo intelecto.
Realismo: os sentidos não contrariam o intelecto e
Gnoseo = Conhecimento Logos = Ordem
Gnoseo +Logos= Modo de conhecer
A Filosofia na Origem
da Psicologia
Considera a natureza como princípio absoluto do
ser ou do agir. Caracteriza-se pela interpretação redutora à realidade natural de qualquer outra dimensão. Teorias Gnoseológicas na Antiga Grécia (continuação)
Inclui todas as doutrinas que, de algum modo,
negam o carácter objectivo do conhecimento e portanto o valor absoluto e universal da verdade.
A verdade é necessariamente interpretada em
função das qualidades e recursos do sujeito que conhece e julga.
O relativismo elabora uma contradição interna, na
medida em que reivindicar validade universal e absoluta para sua afirmação de que toda a verdade é relativa. A Filosofia na Origem da Psicologia Teorias Gnoseológicas na Antiga Grécia (continuação)
No espiritualismo psicológico o homem terá de ser
composto de dois princípios de acção, o corpo e a alma, com matéria e espírito, mantendo entre si estreita e mutua casualidade.
Teorias Gnoseológicas
na Antiga Grécia (continuação)
O realismo é psicologicamente a disposição ou
tendência em se conformar com a realidade ou em considerar as coisas como elas são.
A Filosofia na Origem da Psicologia Teorias Gnoseológicas na Antiga Grécia (continuação)
Neste trabalho verifica-se que o autores presentes,
relacionados com a corrente naturalista, afastam-se do politeísmo, interessam-se pela ciência e compreendem o mundo como uma realidade.
No mundo grego sempre se deu importância a
educação. Formando o conhecimento através da
pedagogia educacional que é regida segundo modelos.
Para Sócrates e Platão o diálogo era o instrumento de
aprendizagem e educação.
Aristóteles estabelece o caminho para a psicologia
unindo o corpo a alma.
Abbagnano, N. (1991). Historia da Filosofia, volume I e II.
Lisboa: Editorial Presença.
Jaeger, W. Paideia A formação do Homem Grego. Editorial
Aster.
Mora, J. F. (1991). Dicionário da Filosofia. Lisboa: Publicações
Dom Quixote.
Mueller, F. (2001). Historia da Psicologia. Edições Europa
America .
Noella Baraguin, J. L. Dicionário de Filosofos. Edição Lexis.
Richard, M. (1998). As Correntes da Psicologia. Edições Instituto
Piaget.
Schwanitz, D. (2008). Cultura Tudo o que é preciso saber.
Cristiana Sofia Gonçalves Caçoête n.º 20081271
Marcleides Pinheiro da Mota Mendes n.º20081617