Universidade
Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANÁLISE DO NÚMERO DE SALTOS VERTICAIS
REALIZADOS NO CAMPENOATO MUNDIAL JUVENIL
MASCULINO EM 2009
Rodrigo Gonçalves de Jesus
LONDRINA – PARANÁ
2011
2
DEDICATÓRIA
.
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais que me apoiaram e que estiveram sempre ao meu lado nos momentos em que precisei, sempre investindo em meus estudos para que eu pudesse ter o melhor futuro profissional.
Ao meu irmão e amigos de minha cidade que apesar da distância tenho certeza que estavam torcendo por mim sempre.
Aos meus amigos do vôlei da UEL no qual construir uma forte união e amizade no qual nunca vou esquecer.
Ao Prof.Dr. Marcos Rocha, que me oriento para que esse trabalho fosse realizado da melhor maneira possível.
A todas as pessoas que estiveram presentes em minha vida e que com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste trabalho.
4
EPÍGRAFE
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”.
i
JESUS, Rodrigo G. Análise do número de Saltos Verticais realizados no Mundial Juvenil Masculino em 2009. 2011. Número total de folhas. Projeto Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física Bacharelado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.
RESUMO
Uma das variáveis mais relevantes desenvolvidas voleibol é o salto vertical, devido sua aplicação na execução dos fundamentos do jogo, assim como, sua contribuição para o sucesso do mesmo. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo verificar o número de saltos verticais realizados no voleibol masculino. A amostra foi composta por dez jogos dos Campeonatos Mundiais Juvenis de 2009.Para analise dos vídeos foi utilizado o método observacional. Para uma melhor caracterização dos tipos de saltos realizados durante o jogo, os mesmos foram diferenciados em SCDA (saltos com deslocamento de ataque), SSDA (saltos sem deslocamento de ataque), SCDB (saltos com deslocamento de bloqueio), SSDB (saltos sem deslocamentos de bloqueio), LCS (levantamento com salto), SCS (saque com salto) e ATF( ataque de fundo ). Os resultados mostraram que o salto SCDB os valores médios encontrados são iguais a 68, 87 e 115 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 48%, 42% e 55% em relação aos valores totais por jogo, já para o tipo de salto SSDB os valores encontrados são bem inferiores quando comparado com o tipo de salto SCDB, onde os valores médios são 8, 21 e 7 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 6%, 10% e 4% nos valores totais por jogo. Quando comparado aos outros jogadores o jogador de meio apresentou valores superiores no tipo de salto SCDB, mostrando assim que os jogadores de meio necessitam de um treinamento diferenciado em relação aos outros jogadores. Pode-se concluir também que os levantadores apresentaram os maiores valores médios por jogo, para o salto do tipo LCS.
Palavras Chave: voleibol; salto vertical, masculino. .
ii
ABSTRACT
One of the most relevant variables developed by volleyball is the vertical jump, due to its application on the execution of the game’s basis, but also for its contribution to the successof the sport. Considering that, the present paper had as objective to verify the number of vertical jumps performed in men’s volleyball. The sample was made up with ten matches of the World Juvenil Championship of 2009. To analyse the videos, the observational method was used. For a better characterization of the types of jumps performed during the match, they were divided in SCDA (spike displacement jumps), SSDA (no spike displacement jumps), SCDB (block displacement jumps), SSDB (no block displacement jumps), LCS (jump set), SCS (jump serve) and ATF (backcourt spike). The results showed that, when related do SCDB, the average values were 68, 87 and 115 in matches played in 3, 4 or 5 sets, and that represents 48%, 42% and 55% of the total values per game. However, for the SSDB, then values were far below compared to SCDB. Its average values are 8, 21 and 7 in matches played in 3, 4 or 5 sets, representing 6%, 10% and 4% of the total values per game. When compared to other players, the middle hitter presented upper values in SCDB, proving that these specific players need differentiated training than the others. It is also possible to conclude that setters present their upper average values per game for the LCS.
SUMÁRIO RESUMO i ABSTRACT ii 1 INTRODUÇÃO... 01 1.1 Objetivos... 02 1.1.1 Objetivos Gerais... 02 1.1.2 Objetivos Específicos... 02 2 REVISÃO DE LITERATURA... 03 2.1 Características do voleibol ... 03 2.2 Ações do voleibol... 04
2.3 Salto vertical no voleibol... 05
3 METODOLOGIA... 07 3.1 Amostra... 07 3.2 Coleta de dados... 08 3.3 Análise estatística... 08 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 09 REFERÊNCIAS 10 ANEXO I 12
1. INTRODUÇÃO
O voleibol notoriamente tem se destacado como um dos esportes que mais evoluiu nos últimos anos. Isto se deu devido a uma gama de fatores que compreendem desde alterações nas regras até planificação desenvolvida no processo de treinamento. Atualmente o grau de exigência no esporte, devido a sua grande competitividade, requer uma otimização de procedimentos que venha possibilitar a obtenção de resultados positivos. (BOBERT, 1990).
As regras no voleibol assim como em outras modalidades esportivas, surgiram com o intuito de estabelecer uma organização, uma vez que este esporte vinha crescendo em grandes proporções.
A Federação Internacional de Voleibol propôs uma nova modificação, a qual, na Liga Nacional 1998/1999 iniciou-se sua aplicação (CBV, 2010). A principal característica desta alteração é na pontuação, a qual todos os "sets" são disputados, somando-se vinte e cinco pontos, com diferença mínima de dois pontos, utilizando-se do sistema de pontuação utilizando-sem vantagem. No quinto “utilizando-set” a pontuação é diferenciada, ela é finalizada com quinze pontos, também pelo sistema de “rallies” sem vantagem. Estas novas situações das regras permitem uma previsão aproximada de início e término de jogo.
Uma das mudanças que ocorreram foi em relação ao saque, quando se estabeleceu uma nova área de atuação do mesmo, ampliando-se a zona de saque de 3 m para 9 m, possibilitando um aumento de suas habilidades. Esta mudança causou uma exigência ainda maior quanto a técnica de saque( implementação do salto vertical no saque) e da recepção do saque.
O salto vertical representa cerca de 60% das ações de alta intensidade no jogo (BELIAEV,1984), o que salienta ainda mais sua importância neste esporte, além do que, condiciona a obtenção de importantes vantagens nas ações ofensivas (ataque) e defensivas (bloqueio), elementos determinantes para conquista do ponto no jogo (RODACKI,1997). Contudo há diferenças de demandas quando se refere às posições desenvolvidas no jogo pelos jogadores, como saltos de ataque e bloqueio para jogadores de ponta meio e saída de rede ou mesmo levantamento com salto utilizado pelos levantadores (ROCHA, 2000).
2
Muitas dessas alterações vieram a interferir diretamente na estrutura do jogo, apresentando um comportamento diferenciado tanto no masculino como no feminino, os quais devem provocar mudanças nos procedimentos aplicados na elaboração e no desenvolvimento dos meios de treinamento. As atuais exigências competitivas deste desporto requerem ser estudadas metodologicamente a fim de obter informações sobre a realidade competitiva do jogo, para que possam fornecer subsídios na elaboração de programas de treinamento satisfatórios, aliados a baixos riscos de lesão.
O correto conhecimento das qualidades físicas solicitadas dentro do voleibol é imprescindível na hora de se planificar os treinamentos em relação aos parâmetros de tipo, intensidade, numero de repetições, freqüência e o intervalo dos estímulos aplicados na modalidade (RODACKI,1997).
É de se investigar o salto vertical pelo fato de ele ser um fator de grande importância para realização de alguns fundamentos do jogo (ataque, bloqueio, levantamento, saque,etc..) e que o estudo de sua ocorrência poderá contribuir para o entendimento do jogo.
Diante disso será que ao sabermos a quantidade de saltos verticais
realizados pelos jogadores em suas respectivas funções técnico-tática, possibilitará uma maior estruturação e prescrição em seus treinamentos específicos em saltos? 1.1 Objetivo Geral
- Quantificar o número de saltos verticais realizados em jogos do Campeonato Mundial Juvenil masculino disputado no ano de 2009.
1.1.2 Objetivo Específico
- Verificar o número de saltos verticais realizados pelos jogadores, por partida e também por sets jogados no Campeonato Mundial.
-Identificar o número de saltos verticais por função técnico-tática exercidas por cada jogador.
-Verificar as possíveis diferenças no número de saltos verticais realizados entre as posições em jogos de 3, 4, 5 sets.
3
2.REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Característica do jogo
O voleibol é caracterizado como um esporte de natureza explosiva, as ações típicas do voleibol podem receber terminologias diversas, mas as suas particularidades sempre permanecerão. Isso se reflete numa consulta a diversos autores que enfocam a modalidade e suas habilidades específicas.
As relações entre equipe e adversário estão diretamente relacionadas com os procedimentos do jogo. No jogo de voleibol, distinguem-se como procedimentos técnico-táticos: o saque, a recepção do saque, o levantamento, o ataque e a defesa. Para aplicação desses procedimentos são necessárias indicações de caráter individual e coletivo, isto é, princípios da tática individual e sistemas de organização tática (BAYER, 1994; GARGANTA, 1998 e MOUTINHO, 1998).
Os procedimentos técnicos e táticos do jogo, também chamados de fundamentos técnicos, são específicos para cada fase e para uma organização racional que conduza à sua utilização eficaz, (MOUTINHO, 1998). Assim, excluindo-se situações particulares de jogo, têm-excluindo-se:
Um primeiro toque – que será de controle da bola, na recepção do saque adversário, cujos objetivos são contrariar a ação adversária e criar ações de ataque ou de contra-ataque;
Um segundo toque - que consistirá num segundo contato e cujos objetivos se fixam na construção de situações facilitadoras do ataque; Um terceiro toque – que visará à finalização das ações precedentes.
Vale salientar que não é necessária a efetivação destes momentos no jogo, pois existe a possibilidade de consolidar o ponto numa ação direta de primeiro toque ou numa ação de segundo toque.
4
2.2 Ações no voleibol
O voleibol, enquanto esporte coletivo, possui a característica do confronto entre duas equipes marcado pela interação de dois sistemas abertos e concorrentes, que possuem o mesmo objetivo e que, por isso mesmo, tentam perturbar-se mutuamente. Este confronto de duas equipes acontece num espaço de jogo pré-determinado, onde se alternam situações de ataque e defesa.
Nos esportes coletivos, o ataque caracteriza-se pela progressão da equipe que detém a posse de bola, rumo à meta adversária que pode ser o gol, a cesta ou a própria quadra. Por outro lado, o momento defensivo caracteriza-se por ações que tentam defender a própria meta, concomitantemente com a intenção de recuperação da posse de bola. Caso a equipe que esteja defendendo consiga recuperar a posse de bola, ela iniciará um contra-ataque.
No entanto, no voleibol há diferenças nos conceitos de ataque e defesa em relação às outras modalidades. A defesa não busca a ruptura do ataque do adversário, procurando uma atitude ofensiva que permita a organização eficaz do próprio ataque. A tradicional relação estabelecida nos esportes coletivos entre ataque (posse de bola) e defesa (ausência de sua posse) não faz sentido no voleibol, porque na situação de defesa, a equipe está de posse da bola. De acordo com esta singularidade, é mais apropriado no voleibol denominar, como recuperação
de bola, o que tradicionalmente se designa defesa, e denominar ataque por finalização (MESQUITA, 2005). O esclarecimento desse conceito no voleibol permite
entender melhor como acontecem as ações ofensivas e defensivas nesse jogo. A relação entre ataque e defesa tem sido afetada pelas freqüentes alterações das regras, principalmente aquelas ocorridas em 1998. Inicialmente, procurou-se equilibrar as ações ofensivas e defensivas, criando-se o jogador líbero, um jogador que atua exclusivamente na recepção e na defesa. Sua ação na recepção do ataque passou a contribuir para favorecer o ataque, potencializando-o ainda mais. Por outro lado, esse jogador tem fortalecido as estruturas de defesa em caráter técnico e tático.
Em relação ao tipo das ações indicam que a ação de rebater –típica do voleibol – é uma Habilidade Motora Manipulativa (manipular, lidar com um objeto,
5
que no caso é a bola) e Aberta, ou seja, que sofre influência de fatores ambientais. Complementando, Rocha (2000) informa que elas pedem uma seleção de respostas motoras adequadas à situação, e Gallahue E Ozmun (2002) cita a denominação de ações “não-naturais ou construídas”, o que acaba dando uma melhor noção das características básicas das ações do voleibol.
Rocha (2000), por sua vez, dividiu as ações em três grupos, de forma bastante adequada e sintética, sendo elas:
I. de caráter ofensivo: Saque e Ataque, que tem a intenção clara de enviar a bola ao adversário;
II. de caráter defensivo: Recepção e Defesa, que tem a intenção de receber a bola vinda do adversário. O Bloqueio também é considerado defensivo por ser uma ação que tenta impedir o sucesso das ações ofensivas do adversário;
III. de caráter transitório: Levantamento, que é posterior a uma ação defensiva, com a intenção de preparar uma ação ofensiva.
2.3 Salto vertical no voleibol
Evidenciado nos desempenhos funcionais das ações de saltos verticais para o ataque, bloqueio, levantamento e saque, bem como pelas ações de deslocamentos e mudanças de direção. (IGLESIAS,1994; MACLAREN,1997; SCATES ;LINN, 2003) as características do jogo revelam que os esforços são de curta duração e de média e grande intensidade, alternados com pausas de recuperação.
Os saltos são empregados principalmente nas ações de ataque e bloqueio, entretanto o levantamento e o saque são outros fundamentos que com o passar dos anos assumiu-se o salto vertical na sua execução, encontrando com isso maior eficiência quanto à velocidade de jogo. O saque era executado pela grande maioria dos jogadores sem utilização do salto.
Durante uma partida de voleibol, Kollath (1996) detectou que são realizados entre 170 e 190 saltos a cada set. Papageorgiou; Timmer (1990), após análise de 20 sets jogados por equipes adultas da primeira divisão alemã, verificou que foram realizados 3561 saltos, em que 49% foram ações de bloqueio, 38% de
6
ataque, 11% de passes e 1% de saque em suspensão. Este fato demonstra que além de um excelente rendimento nos saltos os atletas devem possuir um nível de resistência suficiente que possibilite a manutenção da qualidade dos saltos durante a competição( apud CHAGAS; CAMPOS; MENZEL,2001).
Pode-se reconhecer então, que o salto vertical no voleibol, é definitivamente de extrema importância. Seu rendimento tem sido alvo de grande interesse por parte de treinadores e pesquisadores. Tem-se buscado conhecer várias formas de se alcançar melhores resultados através de novos processos de treinamento. Contudo para que o treinamento da capacidade de salto vertical seja desenvolvido adequadamente, faz-se necessário determinar as cargas de trabalho para cada atleta em cada período do treinamento. Fundamentado no princípio da especificidade cabe considerar ainda o tipo de salto, intensidade, número de repetições, freqüência e o intervalo dos estímulos aplicados. Para se adquirir estas informações é necessário conhecer este esporte em sua realidade competitiva, procurando saber o que acontece verdadeiramente durante o jogo. Diante dessas informações possivelmente haverá condições de elaboração de programas mais adequados de treinamento para saltos verticais em voleibol.
Durante o salto vertical, os grupos musculares envolvidos na ação dos quadris, joelhos e tornozelos, agem rapidamente e de forma intensa na tentativa de produzir a maior velocidade possível do corpo ao deixar o solo. Segundo KRAEMER & NEWTON (1994) a velocidade de saída é um dos fatores determinantes na altura do salto vertical.
A performance do salto vertical (SV) está diretamente relacionada ao desenvolvimento da massa muscular, da velocidade de contração e da coordenação específica do movimento (BARBANTI, 1996).
Contudo não basta somente conhecer a realidade do salto vertical no voleibol, pois o jogo tem um tempo de duração, o qual o jogador executa um número elevado de saltos e estes valores são também de extrema importância para que um(a) jogador(a) treinado(a) possa executar todos os saltos durante o jogo com a mesma eficiência , tratando-se da capacidade de resistência de saltos.
7
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Amostra
Foi composta por 10 jogos masculino dos Campeonato Mundial de
voleibol juvenil. Os jogos foram filmados pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), a qual concedeu os vídeos para investigação científica, condicionado a devolução do material ao final do desenvolvimento do projeto.
3.2 Coleta de dados
Foi realizada análise de vídeo por especialistas na modalidade, através
do método observacional, na qual serão descritos os seguintes tipos de saltos: saque com saltos (SCS), saltos com deslocamento para o ataque (SCDA), saltos sem deslocamentos para o ataque (SSDA), saltos com deslocamentos para o bloqueio (SCDB), saltos sem deslocamentos para o bloqueio (SSDB), levantamento com salto (LCS) e ataque de fundo (ATF). Esta subdivisão foi estruturada para caracterizar os vários tipos de saltos realizados no jogo de voleibol. Foram analisados os saltos por set e por partida, e ainda por função técnico-tática específica em quadra (levantador, jogador de meio, ponta e oposto).
3.3 Fiabilidade entre os observadores
Para a análise intra-avaliador foi realizado uma primeira observação de
ações em um jogo e outra após cinco dias. Para se verificar a confiabilidade e os níveis de significância foram utilizados os coeficientes de correlação intra-classe (Alpha Cronbach) e Bland-altman, onde o valor obtido foi de 0,83.
3.4 O tratamento estatístico
Foi realizado mediante a utilização do pacote computadorizado SPSS
8
segundo momento se utilizou da ANOVA seguido do post hoc de tukey para verificar as diferenças existentes sobre o número de saltos verticais ocorridos entre os jogadores.
9
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados analisados estão expressos de forma descritiva por meio
de valores médios e seus respectivos desvios padrão das variáveis de salto do tipo SCDA (salto com deslocamento de ataque), SSDA (salto sem deslocamento de ataque), SCDB(salto com deslocamento de bloqueio), SSDB( salto sem deslocamento de bloqueio), SCS(saque com salto), LCS(levantamento com salto) e ATF( ataque de fundo), para as posições dos jogadores de Ponta, Meio, Saída ou Oposto e Levantador em jogos de 3, 4, 5 sets.
4.1 Número de saltos por jogadores
No jogo de voleibol os jogadores tendem a realizar diversos tipos de saltos, por exemplo, no momento do ataque, executam na hora da realização de um bloqueio, com o passar dos anos o saque com salto também foi ganhando grande destaque, onde os jogadores tornaram a utilizar-se do mesmo, e por fim o ataque de fundo foi um dos últimos fundamentos no qual os jogadores vem se aprimorando e as equipes utilizando, isso porque uma vez que a maioria joga com 3 atacantes na rede, esse ataque de fundo acaba aumentando o número de opções para que o levantador escolha a que for melhor em cada rally jogado.
Nesse estudo foram analisados dois tipos de saltos no qual no estudo de ROCHA(2000) não foram realizados, tanto o SCS e ATF , isso se deve pelo fato do voleibol ter evoluído com o passar dos anos, tornando o jogo mais rápido e potente, os jogadores vem se utilizando dos saques tipo viagem e tipo flutuante para dificultar a recepção da equipe adversária e os levantadores com a utilização do sistema tático 5x1 tornaram a utilizar mais um atacante além dos 3 que em determinado rodízio se encontram na zona de ataque, esse atacante de fundo acaba surpreendendo a equipe adversária, podendo ser realizado esse tipo de ataque tanto pela posição 1 quanto pela posição 6, lembrando que o mesmo deve saltar antes da linha dos 3 metros que delimita a zona de ataque com a rede e que separa da zona de defesa.
10
4.2 Jogadores de Ponta
Tabela 1.Valores médios e desvios-padrão do número de saltos dos jogadores pontas por set e jogo.
Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo
3 sets 3 sets 4 sets 4 sets 5 sets 5 sets
SCDA 11,93±4,15 31,83±6,24 11,56±3,36 42,5±6,24 11,47±3,56 58,25±13,02 SSDA 0,17±0,37 0,58±0,90 0,31±0,6 0,5±0,57 0,27±0,52 1,5±0,57 SCDB 7,13±2,87 30±5,29 9,19±3,71 42,5±5,32 8,47±4 54,5±3,41 SSDB 4,6±1,98 2,91±2,23 6,75±4,76 8,75±2,75 3,97±2,12 5,75±4,99 SCS 4,4±4,01 22,83±3,37 3,87±2,77 30,25±5,5 5±2,92 30±10,61 LCS 0 0 0 0 0 0 ATF 2,33±1,68 4,91±2,96 2,06±1,76 7±2,16 2,6±2,17 6±0,81
Na Tabela 1 é apresentado os valores médios e desvio padrão dos jogadores de ponta por jogo e também por sets em jogos de 3, 4 e 5 sets, pode-se notar que o salto do tipo SCDA e SCDB apresentam valores superiores dos demais tipos de salto, isso mostra que eles executam em grande parte do jogo saltos em deslocamento, isso porque hoje em dia os jogos estão cada vez mais rápidos, com jogadas mais rápidas quando comparado ao voleibol de antigamente, com isso os jogadores acabam tendo que se deslocar mais, pelo maior número de opções de ataque que o levantador acaba propiciando.
A tabela 1 mostra também que quanto mais sets jogados por jogo há
um aumento no número de saltos do tipo SCDA e SCDB , onde por exemplo, a média por jogo em 3 sets é 31,83 e a média por jogo em 4 sets é 42,5 para o tipo de salto SCDA, porém, os valores por média de set acabam não sendo alterados.
O tipo de salto LCS apresentou resultado igual a zero em todos os
jogos, isso porque é muito difícil em situação de jogo, algum outro jogador além do levantador e do líbero executarem o levantamento.
Os valores médios do salto do tipo SCDA por jogo são iguais a 32, 43 e
11
valores totais por jogo. Quando comparado ao salto do tipo SSDA por jogo os valores médios encontrados são aproximadamente igual á 1 o que representa 1% do valores totais tanto para os jogos de 3, 4 e 5 sets.
No tipo de salto SCDB os valores médios encontrados são iguais a 30,
43 e 55 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 32%, 32% e 35% em relação aos valores totais por jogo, já para o tipo de salto SSDB os valores encontrados são bem inferiores quando comparado com o tipo de salto SCDB, onde os valores médios são 3, 9 e 6 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 3%, 7% e 4% nos valores totais por jogo.
Os jogadores de ponta realizaram um maior número de saltos do tipo
SCDB em relação ao tipo de salto SSDB, resultados inversos foram apresentados no estudo realizado por ROCHA(2000), onde em seu estudo o tipo de salto SSDB apresentou uma porcentagem de aproximadamente 30% do número total de saltos por jogo e o tipo de salto SCDB apresentou uma porcentagem de aproximadamente 15% do número total de saltos por jogo, muito diferente do que foi apresentado neste estudo onde o tipo de salto SSDB realizado pelos pontas não apresentaram nem 2% do total de saltos realizados no jogo.
Para os jogadores de ponta o tipo de salto SCDB apresentou
resultados inferiores ao tipo de salto SSDB no estudo realizado por ROCHA(2000), resultado diferente encontrado no presente estudo
No estudo de Rocha, ele cita:
“Isso possivelmente acontece por que as levantadoras executam, na maioria das vezes, bloqueios partindo da posição de marcação da jogadora à frente no ataque adversário, o que possibilita acompanhar toda jogada, disposição tática denominada por Araújo(1994) como posição fundamental aberta ou, ainda, uma variação, denominada, posição flexível com o bloqueador 4 fechado. O mesmo comportamento ocorreu com as jogadoras de ponta, com número de saltos do tipo SCDB menores que SSDB, demonstrando a mesma utilização tática apontada por Araújo(1994), parecendo ser uma tendência para jogadoras que atuam nas extremidades da rede posição 2 e 4”.
Nesse estudo, pode-se provar que após uma década da realização do
estudo realizado pro Rocha, essa citação não se encaixa, como já foi dito o jogo de voleibol se tornou mais rápido e potente, e com uma maior variação de jogadas, com isso todos os jogadores devem estar sempre atentos , eles hoje em dia acabam se
12
concentrando mais próximo ao jogador meio de rede, realizando assim na maior parte das vezes o deslocamento para a realização do bloqueio.
Podendo assim dizer que os tipos de salto SCDA e SCDB representam
mais da metade dos tipos realizados durante uma partida.
O tipo de salto ATF não apresenta valores tão significativos quando
comparados ao tipo de salto SCDA, porém não podemos esquecê-lo , pois esse tipo de salto necessita de um treino diferenciado onde o jogador que o executa tem que salta pelo menos 3m antes, onde é área que delimita a zona de ataque até a rede .
4.3 Jogadores de Meio
Tabela 2. Valores médios e desvios-padrão do número de saltos dos jogadores meio por set e jogo.
A Tabela 2 os jogadores de Meio apresentam valores médios por jogo
nos tipos de salto SCDA e SCDB maiores quando comparados aos demais jogadores, isso pelo fato que é um jogador que se desloca para o ataque em todas as situações de jogo, fazendo as vezes uma “finta” no bloqueio adversário. E quando se trata do fundamento bloqueio os jogadores de meio acabam se deslocando mais, isso porque eles tem que chegar nas duas extremidades para acabar evitando o ataque da equipe adversária.
Os valores médios do salto do tipo SCDA por jogo são iguais a 41, 69 e
69 nos jogos de 3, 4, 5 sets o que representa, 30%, 33% e 33% em relação aos
Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo
3 sets 3 sets 4 sets 4 sets 5 sets 5 sets
SCDA 12,6±5,7 40,75±8,79 16,88±5,89 69±5,03 13,77±3,67 68,75±22,09 SSDA 0,3±0,46 0,66±0,77 0,38±0,8 1±0,18 0,3±0,53 0,75±,095 SCDB 16,33±5,57 67,08±6,09 19,62±3,89 86,75±8,88 16,67±3,68 114,25±5,5 SSDB 8,17±3,7 7,16±3,21 9,81±4,92 21±1,63 7,17±2,87 6,25±2,87 SCS 4,03±3,55 21±2,98 4,94±2,2 31±6,68 3,23±2,8 19,25±15,54 LCS 0,03±0,18 0 0 0 0 0 ATF 0 0 0 0 0 0
13
valores totais por jogo. Quando comparado ao salto do tipo SSDA por jogo os valores médios encontrados são aproximadamente igual á 1 o que representa 1% do valores totais tanto para os jogos de 3, 4 e 5 sets.
No tipo de salto SCDB os valores médios encontrados são iguais a 68,
87 e 115 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 48%, 42% e 55% em relação aos valores totais por jogo, já para o tipo de salto SSDB os valores encontrados são bem inferiores quando comparado com o tipo de salto SCDB, onde os valores médios são 8, 21 e 7 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 6%, 10% e 4% nos valores totais por jogo.
Quando comparado aos outros jogadores o tipo de salto SCDB na
posição do jogador de meio apresenta-se muito superior, mostrando assim que os jogadores de meio necessitam de um treinamento diferenciado em relação aos outros jogadores.
4.4 Jogadores de Saída (Oposto)
Os jogadores da posição saída apresentam valores abaixo dos demais
atacantes pelo fato dele ser jogador único em sua posição, onde tanto os jogadores de Meio quanto de Ponta na maioria dos times jogam com dois jogadores em cada posição.
Segundo a tabela 3 os valores médios do salto do tipo SCDA por jogo
são iguais a 13, 8 e 24 nos jogos de 3, 4, 5 sets o que representa, 22%, 30% e 25% em relação aos valores totais por jogo. Quando comparado ao salto do tipo SSDA por jogo os valores médios encontrados são igual a zero o que mostra que esse jogador executa apenas saltos em deslocamento para realização do ataque. No tipo de salto SCDB os valores médios encontrados são iguais a 19, 24 e 34 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 34%, 31% e 37% em relação aos valores totais por jogo, já para o tipo de salto SSDB os valores encontrados são bem inferiores quando comparado com o tipo de salto SCDB, onde os valores médios são 4, 7 e 8 nos jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 7%, 9% e 9% nos valores totais por jogo.
14
Mais uma vez os resultados mostrando que os tipos de salto SCDA e
SCDB representam aproximadamente metade dos saltos realizados por este jogador durante uma partida.
Esse jogador por sua vez, também apresenta valores médios entre 2 e
3 saltos por jogo quando se trato do salto tipo ATF, mostrando que ele também é acionado pelo o levantador durante a partida a atacar pelo fundo. Apenas os jogadores de ponta e saída apresentaram valores acima de 0 para esse tipo de salto.
Os jogadores da posição saída apresentaram neste estudo um volume
menor de saltos realizados durante a partida, quando comparados aos outros atacantes, mas isso se deve pelo fato de ele ser um único jogador durante a partida, e tanto os pontas quantos os meios serem sempre dois jogadores, porém quando os resultados foram mostrados em porcentagem os mesmos apresentaram também que grande parte de seus saltos são realizados no tipo SCDA e SCDB.
Tabela 3. Valores médios e desvios-padrão do número de saltos dos jogadores opostos por set e jogo.
Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo
3 sets 3 sets 4 sets 4 sets 5 sets 5 sets
SCDA 5,17±2,23 13,08±3,08 7,25±3,67 18,75±2,62 5,47±2,64 23,5±1,91 SSDA 0,17±06,4 0 0,06±0,25 0 0 0 SCDB 4±1,98 18,16±8,31 3,25±2,38 23,75±2,87 4,2±2,49 34±1,41 SSDB 3,87±2,11 3,5±2,39 4±2,39 6,75±2,21 2,87±1,83 8±5,59 SCS 2,5±1,97 10,83±2,16 3,25±2,2 14,75±4,57 2,63±2,42 17±4,96 LCS 0 0 0 0 0,03±0,18 0 ATF 1,5±1,59 9,75±3,49 2,44±2,12 12,5±5,56 1,33±1,34 9,5±1
15
4.5 Jogadores de Levantamento
A maioria das equipes hoje em dia usam em seu esquema tático o
rodízio 5x1 , onde há apenas 1 levantador e 5 atacantes, com isso o levantador está restrito apenas a executar o levantamento, raramente ele executa algum ataque durante uma partida, acabando usando apenas em último caso como um recurso.
Com isso, como mostra a Tabela 4 , o tipo de salto LCS apresenta
valores médios de 52, 79 e 84 em jogos de 3, 4 e 5 sets o que representa 60%, 64% e 63% dos valores totais por jogo, prevalecendo assim um número bem superior quando comparado aos outros tipos de salto que ele executa e também quando comparado aos demais jogadores.
Em relação ao tipo de salto LCS, os levantadores foram os que
apresentaram um maior número de saltos nesta função, isso porque é uma função específica da posição executar o levantamento. Os dados encontrados no estudo mostram que esse tipo de salto representa aproximadamente 60% do número total de saltos realizados durante uma partida.
Tabela 4. Valores médios e desvios-padrão do número de saltos dos jogadores levantadores por set e jogo.
Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo
3 sets 3 sets 4 sets 4 sets 5 sets 5 sets
SCDA 0,10±0,3 2,08±1,67 0,19±0,4 1,75±0,95 0,03±0,18 3±1,15 SSDA 0,3±0,53 0,33±0,65 0,31±0,6 1,5±0,57 0,33±0,6 0 SCDB 2,37±2,81 12,33±4,99 3,19±2,56 17,5±3,10 3,22,35 19,75±7,22 SSDB 3,33±2,12 5,25±4,13 3,19±2,5 8±1,41 2,77±2,14 8,5±4,79 SCS 3,43±3,04 14±6,29 4,25±2,35 15,75±3,30 3,63±1,67 27,25±4,57 LCS 11,5±6,67 51,75±14,47 13,75±6,34 78,25±5,56 11,7±5,37 84±8,9 ATF 0 0 0 0 0 0
16
4.6 Comparação dos tipos de saltos entre as posições
Tabela 5. Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 3 sets
Jogos de 3 sets Ponta Meio Oposto Levantador F P
SCDA 10,61a 13,5b 4,36c 0,69d 148,34 0,00 SSDA 0,19a 0,22a 0a 0,11a 2,14 0,09 SCDB 10a 22,3b 6,05c 4,11d 246,7 0,00 SSDB 0,09a 2,38b 1,16ac 1,75abc 6,35 0,00 SCS 7,61a 7a 3,61b 4,66b 32,83 0,00 LCS 0a 0a 0a 17,25b 264,64 0,00 ATF 1,63a 0b 3,25c 0b 74,02 0,00
Letras iguais não diferem entre si; p≤0,05
Num segundo momento foram analisadas as diferenças entre os tipos
de saltos em jogos de 3, 4 e 5 sets, com o intuito de comparar o volume dos esforços realizados pelos jogadores de ponta, de meio, de e de levantamento.
Conforme a Tabela 5, os saltos do tipo SCDA apresentaram diferenças
significantes nas quatro posições, apresentando para o jogador de meio maiores valores, porém não representa que este jogador é o mais acionado na situação de ataque, nos jogos de 3 sets, devido ao fato que muitas vezes este executa apenas o movimento de ataque para “fintar” o adversário.
No tipo de salto SCDB apresentaram diferenças significantes nas
quatro posições, apresentando para o jogador de meio os maiores valores encontrados e em seguida para os jogadores de ponta.
Já o tipo de salto ATF apresentaram diferenças significantes entre o
Ponta com relação ao Meio, Saída e Levantador, apresentaram também entre o Saída com relação ao Ponta, Meio e Levantador, porém entre os jogadores de Meio e Levantador não houveram diferenças significantes.
Conforme a Tabela 6, os saltos do tipo SCDA apresentaram diferenças
17
maiores valores.No tipo de salto SCDB apresentaram diferenças significantes em três posições, apresentando para o jogador de meio os maiores valores encontrados e em seguida para os jogadores de ponta. Entre os jogadores de saída e levantador não obtiveram diferença significativa.
Já o tipo de salto ATF apresentaram diferenças significantes entre o
Ponta com relação ao Meio, Saída e Levantador, apresentaram também entre o Saída com relação ao Ponta, Meio e Levantador, porém entre os jogadores de Meio e Levantador não houveram diferenças significantes.
Tabela 6. Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 4 sets.
Jogos de 4 sets Ponta Meio Oposto Levantador F P
SCDA 10,62a 17,25b 4,68c 0,43d 117,12 0,00 SSDA 0,12ª 0,25a 0a 0,37a 2,38 0,07 SCDB 10,62a 21,68b 5,93c 4,37c 100,52 0,00 SSDB 2,28a 5,25b 1,68a 2a 20,81 0,00 SCS 7,56a 7,75a 3,68b 3,93b 17,48 0,00 LCS 0a 0a 0a 19,56b 353,33 0,00 ATF 1,75a 0b 3,12c 0b 24,83 0,00
Letras iguais não diferem entre si; p≤0,05
Conforme a Tabela 7, os saltos do tipo SCDA apresentaram diferenças significantes em apenas três posições, sendo que para os jogadores de meio não obtiveram diferença em relação aos jogadores de ponta
No tipo de salto SCDB apresentaram diferenças significantes em três
posições, apresentando para o jogador de meio os maiores valores encontrados e em seguida para os jogadores de ponta, entre os jogadores saída e levantodores não apresentou uma diferença significativa.
Já o tipo de salto ATF apresentaram diferenças significantes entre o
Ponta com relação ao Meio, Saída e Levantador, apresentaram também entre o Saída com relação ao Ponta, Meio e Levantador, porém entre os jogadores de Meio e Levantador não houveram diferenças significantes, porém os únicos jogadores que executaram esse tipo de função durante os jogos analisados foram os jogadores de ponta e jogadores de saída.
18
Outra diferença encontrada quando comparado ao estudo de Rocha, foram que com relação aos tipos de saltos SCDA e SSDA realizados pelos levantadores, os mesmos não pontuaram. Resultados diferentes encontrados no presente estudo onde em média os levantadores executaram dois ataques por set no tipo de salto SCDA e um ataque por set no tipo de salto SSDA.
Tabela 7. Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 5 sets.
Jogos de 5 sets Ponta Meio Oposto Levantador F P
SCDA 11,65a 13,7a 4,7b 0,6c 59,57 0,00 SSDA 0,3b 0,15ab 0ac 0ac 4,64 0,00 SCDB 10,9a 22,8b 6,8c 3,95c 113,58 0,00 SSDB 1,15a 1,25a 1,6a 1,7a 0,5 0,68 SCS 6a 3,85a 3,4b 5,45a 4,09 0,00 LCS 0a 0a 0a 16,8b 172,65 0,00 ATF 1,2a 0b 1,9c 0b 32,71 0,00
Letras iguais não diferem entre si; p≤0,05
19
6. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos nos jogos analisados no Campeonato Mundial
Juvenil Masculino de 2009, podem nos mostrar os diversos tipos de saltos que os jogadores (ponta, meio, levantador e saída) acabam realizando durante uma partida, bem como a diversificação de volume de saltos.
Todos os jogadores foram analisados em todos os tipos de saltos,
porém alguns mostraram resultados iguais a 0 em determinado tipo de salto.
Os jogadores de ponta obtiveram valores médios semelhantes nos
tipos de salto SCDA e SCDB e valores iguais a 0 no tipo de salto LCS, podendo concluir que este jogador executa mais da metade do número total de saltos em deslocamento tanto para o ataque quanto para o bloqueio.
Os levantadores podem ao decorrer da partida executar todos os tipos
de salto, porém com os resultados apresentados, ele executa aproximadamente 60% de seus saltos no momento do levantamento onde esse tipo de salto foi classificado como LCS.
Os jogadores de meio são os jogadores que mais executam saltos
durante uma partida segundo dados analisados, e mais da metade de seus saltos são do tipo SCDA e SCDB , e esse último apresentando um maior número de saltos comparado com as outra posições.
De acordo com o estudo, os diferentes tipos de saltos, que os
jogadores de cada posição executa, e ainda os esforços empregados nos saltos executados em cada posição, trazem informações cada vez mais específicas sobre o jogo, proporcionando condições de elaboração de treinos que contemplem exigências mais próximas à realidade do jogo.
Dessa forma o presente estudo pode apresentar informações
pertinentes que podem colaborar para a elaboração de novos treinos para esses atletas que disputam este tipo de campeonato.
20
7. REFERÊNCIAS
BARBANTI, V.J. Treinamento físico, bases científicas. 3.ed. São Paulo, CLR Baliero, 1996.
BAYER , C. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Ed. Dinalivro. 1994. Colecção Desporto.
BELIAEV, A. Methods of developing work capacity in volleyball.Sov Sports Rev 1984; 19(1):7-10.
BOBERT, M. F. Drop jumping as a training method for jumping ability. Sports medicine, v.9, n.1, p. 7-22,1990.
CHAGAS, M. H.; CAMPOS, C. E.; MENZEL, H-J. Treinamento específico da força para jogadores de voleibol. In: Temas atuais VI em educação física e esportes. Belo Horizonte: Saúde. 2001.
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J.C.Understanding Motor Development. Boston, MA: McGraw-Hill, 2002
GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In: GRAÇA, A.; OLIVEIRA, J. (Eds.) O ensino dos jogos desportivos. Porto: CEJD/ FCDEF-UP, 1998. p. 11-25.
IGLESIAS, F. (1994) Analisisdelesfuerzoenel voleibol. Stadium Argentina. 168(28): 17-23.
KRAEMMER, J.W.; NEWTON, R.U. Training for improved vertical
jump.SportsScience Exchange, v.7, n.6, 1994
MACLAREN D. (1997) Court games: volleyball and basketball. In: Reilly T, Secher N, Sell P, Willians C, editors. Physiologyofsports. London: E&FN Spon.
MESQUITA, I. A contextualização do treino no voleibol: a contribuição do construtivismo. In: ARAÚJO, D. O contexto e a decisão: a acção tática no desporto. Lisboa, (1ª ed.). 2005. p.355-378.
MOUTINHO, C.A.; FARIA, R. Investigação em voleibol: estudos ibéricos. Porto: FCDEF/ Universidade do Porto, 2003. p.142-149.
ROCHA, MA. Quantificação do número das ações de saltos do ataque, bloqueio e levantamento no voleibol feminino. [Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-graduação em Educação Física e Esportes] São Paulo (SP) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo; 2000
21
RODACKI, ALFR; et al. O número de saltos verticais realizados durante partidas de voleibol como indicador da prescrição do treinamento. Rev Treinamento Desportivo 1997;2(1):31-9.
SCATES,A.L; LINN,M.(2003). Complete conditioning for
22
ANEXOS
ANEXO I – PLANILHA DOS TIPOS DE SALTOS