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Oficina de Estudos da Arte Espírita Prática Vocal

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Academic year: 2021

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Prática

Vocal

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OFICINA DE ESTUDOS DA ARTE ESPÍRITA APOSTILA DE PRÁTICA VOCAL – Parte 1 1ª edição

ELABORADO POR EQUIPE OFICINA Copyleft Rio de Janeiro – Brasil 2010 Todos os direitos liberados.

É incentivada a reprodução da obra ou parte dela, desde que citada a fonte, para fins educacionais, mesmo sem prévia autorização do portador dos direitos autorais.

APOIO:

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Sumário

Mensagem aos trabalhadores da arte espírita ...4

Introdução ...5

Um pouco de história...6

Módulo I – a fisiologia vocal

...6

Aparelho Fonador ...6

Aparelhos digestivo e respiratório...6

Funcionamento do Aparelho Fonador ...8

Extensão Vocal ... 10

Cuidados com a voz... 10

Exercícios para saúde da voz ... 12

Pré – aquecimento vocal ... 13

Como identificar o seu tom natural ... 14

Aquecimento vocal ... 14

Módulo II – a musicalidade vocal

... 15

Afinação... 15

Tipos de Voz... 15

Leitura de partitura vocal e noções de solfejo ... 16

Dinâmica ... 16

Articulação musical ... 16

Módulo III – Conjunto vocal

... 18

Coral: condução de ensaios e organização... 18

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Mensagem aos trabalhadores da arte espírita

Caros colegas,

A música é conhecida e praticada desde a pré-história. Ainda não éramos homo sapiens e já utilizávamos percussão corporal e imitávamos os sons da natureza. Certamente não era a música como a conhecemos hoje, mas com certeza exercia seu poder incrível sobre todos. E desde que surgiram no mundo, por volta de 10.000 A.C., os instrumentos musicais também fascinam as pessoas.

A história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. E o movimento espírita não foge a esta regra, construindo e reconstruindo sua identidade musical a cada dia.

A Oficina surge então de uma necessidade de qualificar os trabalhadores da música no movimento espírita, e desde 2003 vem crescendo, solidificando suas bases teóricas e aperfeiçoando sua prática. De um ensaio de um grupo de “violeiros” do pólo XIII de COMEERJ (Confraternização das Mocidades Espíritas do estado do Rio de Janeiro) tornou-se um curso estruturado onde os interessados podem aprender teoria musical, percepção, prática do instrumento além de vivências em que são trabalhados elementos como a timidez e a comunicação entre outros.

Este trabalho se ampliou para além das fronteiras da COMEERJ e hoje conta com integrantes oriundos de diversas regiões, que não são necessariamente ligados a nenhum pólo.

Todos os encontros possuem o momento de estudo da Doutrina Espírita aplicado à atividade artística, passando por temas como vaidade, orgulho, fluidos, pensamento, postura do trabalhador, entre outros, mas sempre pautados na codificação Kardequiana.

A OFICINA já formou vários dos seus próprios professores de música e forma também multiplicadores que já começam a desenvolver trabalhos similares em outras regiões.

Ao longo destes anos, tivemos participações muito especiais de colegas que desenvolvem trabalhos significativos dentro do movimento espírita fazendo palestras sobre suas experiências na evangelização através da música. Marielza Tiscate, Fábio Alves, Allan Filho, Luiz Pedro são alguns dos que apóiam o trabalho da OFICINA.

Resumindo, a proposta da OFICINA é fortalecer a ação evangelizadora através da arte à luz da Doutrina Espírita.

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Introdução

Este material foi desenvolvido para auxiliar seu aprendizado. Ele foi elaborado de modo a fomentar sua pesquisa e estudo. Freqüentar as aulas e ler esta apostila NÃO garantem seu aprendizado. Somente aliando seu esforço e dedicação diários, você conseguirá seu desenvolvimento pleno no estudo da música.

No princípio do aprendizado existe muita dificuldade para se obter um som agradável. Ao fazer os exercícios com atenção, você está coordenando as mãos e melhorando os músculos dos dedos. Este começo é muito difícil sendo um grande desafio, que você pode vencer se for persistente e programar um horário certo para o treino.

- Treinar, mesmo que um pouco, todos os dias; - Fazer os exercícios com atenção;

- Executar os exercícios com atenção na postura correta;

- Procurar ouvir tudo o que está tocando e memorizar suas características;

Muitas pessoas imaginam que vão obter resultados imediatos e quando percebem que as coisas não funcionam desta forma acabam desistindo. Pense que todos aqueles que você admira passaram pelo mesmo processo que você, ou seja; tiveram que aprender do zero.

Qualquer um pode aprender, embora alguns tenham mais facilidade que outros. Entretanto, o que determina o sucesso é a FORÇA DE VONTADE de cada um.

Quanto tempo vai precisar? VOCÊ é quem estabelecerá conforme seu esforço aliado à sua atenção ao treinamento. Mas não se preocupe com o tempo, pois ele passará do mesmo jeito. Seja perseverante e saboreie cada passo do curso como um degrau alcançado. Leia as lições atenciosamente, mentalize-as e se preciso, releia-as até que tenha compreendido bem.

O programa teórico será aplicado através de vivências rítmicas e sonoras, despertando e desenvolvendo a musicalidade do indivíduo. Os estudos contarão com exemplos práticos e serão enriquecidos com apreciações musicais de estilos e gêneros variados.

Pratique cada exercício e siga as instruções minuciosamente. Cada passo é essencial para o passo seguinte, assim como numa construção; um tijolo sobre o outro.

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Um pouco de História

A música teve importante participação na vida dos homens desde as primeiras civilizações, e sem dúvida, a voz humana foi um dos primeiros a ser usado com intenção musical.

Durante toda história, (e talvez até hoje) a música vocal foi tratada como “superior” à instrumental, já que era considerado que a primeira tinha um meio a mais de expressão – a possibilidade de transmitir idéias verbais através da emissão vocal/musical de um texto.

No ambiente religioso não foi diferente, na maior parte dos anos a voz foi tratada como o mais divino e puro dos instrumentos, por emanar diretamente da criação divina, e não de forma indireta como os demais instrumentos criados pelos homens. Além disso, só a voz possuía a capacidade de transmitir diretamente a mensagem de Deus para os fiéis e freqüentadores dos ambientes religiosos.

Embora como espíritas vejamos que talvez haja certo exagero ou até mesmo considerações equivocadas nessa mentalidade. Há de se acreditar que a música vocal é bastante significativa para o nosso mundo musical de hoje, visto que grande parte das músicas que ouvimos na atualidade conta com a presença de uma ou mais vozes.

Nos ambientes espíritas não é muito diferente. Sendo a voz esse notável e importante veículo de emissão de palavras e idéias, buscamos trabalhá-la com a intenção de que tiremos melhor proveito musical de suas potencialidades, dispondo de mais ferramentas musicais para atuar.

Módulo I – A fisiologia vocal

APARELHO FONADOR

Dá-se o nome de aparelho fonador ao conjunto de órgãos responsáveis pela formação de fonemas.

No quadro abaixo se vêem os órgãos que compõem o nosso aparelho fonador.

O aparelho fonador é composto por partes dos órgãos dos aparelhos digestivo e respiratório e têm a função de produzir sons (voz cantada e falada).

pregas vocais

esôfago epiglote

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Nos quadros abaixo, apresentamos um resumo esquemático dos órgãos que compõem o aparelho fonador e suas funções.

APARELHO DIGESTIVO

ÓRGÃO FUNÇÃO BIOLÓGICA FUNÇÃO FONATÓRIA

Lábios Contém os alimentos na boca. Articulação de sons bilabiais (B,P,M) e labiodentais (F,V).

Dentes Tritura os alimentos. Escoamento do som.

Língua Joga o alimento para o esôfago. Participa de todos os sons produzidos. Palato duro (céu

da boca) Suporte da língua. Projeção da voz.

Faringe Direciona o ar para os Pulmões, e os

alimentos para o esôfago. Caixa de ressonância.

APARELHO RESPIRATÓRIO

ÓRGÃO FUNÇÃO BIOLÓGICA FUNÇÃO FONATÓRIA

Cavidades Nasais Filtrar, aquecer e umidificar o ar. Vibração e amortecimento do som - ressonância nasal.

Faringe Via de passagem do ar. Amplia os sons - caixa de ressonância. Laringe Via de passagem do ar. Vibrador - contém as Pregas Vocais.

Traquéia Via de passagem do ar - defesa da

via aérea. Suporte para vibração das Pregas Vocais.

Pulmões Trocas gasosas e respiração vital. Fole e reservatório de ar para vibrar as Pregas Vocais.

Musculatura respiratória

Desencadeia o processo

respiratório. Produção de pressão no ar que sai.

O APARELHO FONADOR É DIVIDIDO EM 5 PARTES

PARTES COMPONENTES FUNÇÃO

Produtores

Pulmões, músculos abdominais, diafragma, músculos intercostais, músculos extensores da coluna.

Produzir a coluna de ar que pressiona a Laringe, produzindo som nas Pregas Vocais.

Vibrador Laringe Produzir o som através da vibração das Pregas Vocais.

Ressonadores Cavidade nasal, Faringe, boca Amplificar o som.

Articulador Lábios, língua, palato mole, palato duro, mandíbula.

Articular e dar sentido ao som, transformando sons em orais e nasais.

Sensor / Coordenador

Ouvido - capta, localiza e conduz o som; cérebro - analisa, registra e arquiva o som.

Captam, selecionam e interpretam o som.

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Os Pulmões, os Brônquios e a Traquéia são os órgãos que fornecem a corrente de ar, matéria-prima da fonação. Na Laringe encontramos a Glote, onde se localizam as Pregas Vocais. Nesse ponto é produzida a energia sonora utilizada na fala. As cavidades da Faringe, da boca e das fossas nasais funcionam como caixa de ressonância e a cavidade bucal pode variar de forma e de volume, graças aos movimentos dos órgãos ativos, sobretudo da língua, tendo papel importantíssimo na fonação.

FUNCIONAMENTO DO APARELHO FONADOR

O ar é expelido dos Pulmões por via dos Brônquios, penetra na Traquéia e chega à Laringe, onde, ao atravessar a Glote*, que fica na altura do pomo de Adão ou gogó, costuma encontrar o primeiro obstáculo à sua passagem. Este obstáculo é a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da Laringe, conhecidas com o nome de Pregas Vocais.

* A Glote é uma estrutura anatômica localizada na porção final na Laringe que tem a função de impedir a entrada de alimentos facilitando a saída e a entrada de ar para os Brônquios e Pulmões, ajuda também na função fonatória uma vez que as Pregas Vocais (que eram conhecidas como Cordas Vocais) localizam-se dentro dela. Na Glote, existe uma estrutura cartilaginosa, que recebe o nome de Epiglote e tem a função de fechar a entrada da Laringe quando da passagem de alimentos.

PRODUÇÃO DE SOM

A produção de sons depende, basicamente, de ar e da Laringe, onde estão as Pregas, ou Cordas Vocais. Durante a respiração, as Pregas Vocais permanecem abertas, enquanto que para a produção de som elas se fecham e o ar faz pressão, causando uma vibração que produz o som.

ARTICULAÇÃO E CLAREZA DO SOM

Cantar é um elemento da articulação vocal. As palavras da música devem ser muito claras e objetivas, para causar um processo de ação e reação imediata. Para que isto aconteça, devem-se levar em conta dois processos:

• Articulação vocal: processo pelo qual os órgãos da fala moldam o som vocal em sons reconhecíveis da fala.

• Interpretação: processo pelo qual se carrega o espírito ou significado da música através do modo como se executa.

O primeiro passo para uma boa interpretação é o domínio de uma boa articulação. Tanto no canto, quanto na fala, os movimentos articulares devem ser mais acentuados do que na conversação usual.

Os elementos na figura acima estão intimamente envolvidos no que se refere à articulação e clareza do som. Qualquer alteração no funcionamento deles irá interferir no som emitido.

cavidade nasal epiglote pulmão direito pulmão esquerdo faringe laringe traquéia brônquios diafragma diafragma pregas vocais

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ÓRGÃOS DIRETAMENTE ENVOLVIDOS NA PRODUÇÃO FINAL DO SOM

LÁBIOS

Há pessoas que possuem um problema de excessiva tensão labial, o que impede a boa mobilidade e flexibilidade. Por outro lado, existem pessoas que possuem um tônus labial baixo, ou seja, flácido.

A posição ideal para os lábios, é aquela que ajuda o rosto a Ter uma expressão agradável, feliz. Deve-se evitar puxá-los exageradamente para os cantos ou para frente quando se estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora.

LÍNGUA

A língua é o principal órgão da articulação, pois interfere na formação das vogais e consoantes. Em média, a língua trabalha numa velocidade de 370 movimentos por minuto.

Cerca de 90% dos problemas que envolvem a língua são de tensão. Isso causa o ressecamento da boca pela retração constante da língua. Este posicionamento não estimula muito a produção de saliva em termos fisiológicos, e também interfere consideravelmente na emissão do som, por razões explicadas mais adiante quando falarmos da Faringe.

Existem, também, aqueles que precisam tonificar a língua, sendo caracterizados pelo acúmulo excessivo de saliva.

A língua deve permanecer numa determinada posição, chamada de "posição de repouso", ao longo do "assoalho" da boca tocando os dentes inferiores.

MAXILAR

A tensão é um grande fator limitante da boa atuação dos maxilares. Pode-se perceber a tensão existente ao se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca fechada ocorre isto. Por isso, aparecem dores após o ensaio ou apresentação, ou mesmo após a fala.

O maxilar interfere nos músculos da face, modificando o poder de contração. Portanto, deve-se relaxar esses músculos, facilitando a abertura e a flexibilidade da boca e liberando os músculos da garganta.

Nunca se deve usar posições forçadas, tais como empurrar o maxilar para frente, puxá-lo para trás ou trancá-lo numa posição. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura que for dada ao maxilar.

PALATO

O palato se divide em 2 partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula, conhecida como campainha).

O palato duro está envolvido com a projeção da voz, e o palato mole com a formação de sons orais e nasais.

O som, na verdade, é formado por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a importância do palato duro aliado a uma boa postura da cabeça.

Sabe-se que as narinas são responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só será emitido com a "permissão" do palato mole (a úvula).

Para emitir os sons nasais, a úvula desce. Caso suba, os sons emitidos serão orais.

O excesso ou a falta de nasalidade podem representar sérios problemas de voz, afastando-se da normalidade e modificando o som original que deveria ser produzido.

A origem dos problemas pode estar no hábito da colocação errada da voz, até problemas mais sérios, como tumores, sinusite, adenóide e excesso de muco.

FARINGE

A Faringe tem a função de ampliar o som, e embora não seja essencial para a articulação, está intimamente ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor desempenho dependerá do comportamento da língua.

A ampliação do som será tanto melhor quanto melhor for o espaço que o som puder ocupar dentro da boca.

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LARINGE

A laringe é um tubo alongado localizado no pescoço, onde está inserido um conjunto de cartilagens e músculos, que possuem, como já vimos, papel importantíssimo na fonação, pois dentro dela encontram-se as Pregas Vocais, como mostra a figura abaixo.

As Pregas Vocais são duas dobras, formadas por músculo e mucosa, posicionadas horizontalmente dentro da Laringe.

Durante a respiração silenciosa, as Pregas Vocais ficam separadas (figura A), permitindo a entrada e saída do fluxo de ar, que é elemento fundamental para a produção da voz.

Durante o choro, riso, grito, canto e fala, estamos produzindo som porque as Pregas Vocais se aproximam e vibram. Mas este som iniciado na Laringe é fraco e precisa ser modificado e amplificado pelas cavidades de ressonância que são, como já vimos, a própria Laringe, a Faringe, a Boca, o Nariz e seios paranasais (fossas nasais). Estes órgãos são, na verdade, cavidades de ressonância e funcionam como um alto falante nos permitindo formar os fonemas, ou seja, os diferentes sons da fala como as vogais e consoantes.

EXTENSÃO VOCAL

A frequência natural da voz humana é determinada pelo comprimento das Pregas Vocais. Desta forma, as mulheres, que têm as pregas vocais normalmente mais curtas, possuem voz mais aguda que os homens, com pregas vocais mais longas.

É por esse mesmo motivo que as vozes das crianças são mais agudas do que as dos adultos. A mudança de voz costuma ocorrer na puberdade que é provocada pela modificação das Pregas Vocais que de mais finas mudam para uma espessura mais grossa. Este fato é especialmente relevante nos indivíduos do sexo masculino.

CUIDADOS COM A VOZ

Os cuidados com a voz são normalmente conhecidos pelo termo Higiene Vocal, que são medidas práticas para preservar a saúde vocal e prevenir lesões que prejudicam o uso da voz.

Todas as pessoas podem usar os preceitos da Higiene Vocal, mas principalmente os profissionais da voz e quem possui pré-disposição para alterações orgânicas que causam a disfonia, devem fazê-lo.

Períodos curtos de rouquidão em adultas geralmente não são motivos de maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atinge a laringe onde estão localizadas as cordas vocais.

A) Glote na posição de repouso B) Glote durante a fonação 1) Glote

2) Pregas vocais 3) Epiglote

4) Comissura (junção) anterior 5) Cartilagens aritenóides 6) Comissura (junção) posterior

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Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das cordas vocais.

A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo.

O tratamento destes casos conjuga exercícios fonoaudiológicos, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade.

Em situações estressantes as pessoas podem perder complemente a voz.

O QUE DEVEMOS EVITAR:

• Pigarrear e tossir: causam atrito nas Pregas Vocais podendo causar ou manter lesões nas mesmas;

• Falar em ambientes barulhentos: quando conversamos em lugares barulhentos como danceterias, bares e etc, forçamos a nossa voz para sermos ouvidos e isto é prejudicial à voz; • Alergias respiratórias: asma, bronquite, sinusite e rinite devem ser tratadas por médico

especialista, pois causam edemas e são prejudiciais à voz;

• Dormir com o estomago cheio: ao dormir com o estomago cheio, o ácido estomacal pode subir o trato digestivo e atingir as pregas vocais prejudicando a voz. Quem possui refluxo gastroesofágico deve evitar ingerir refrigerantes, café, frituras, sucos cítricos, chocolate, bebidas gasosas e alimentos muito condimentados;

• Bebidas geladas: o choque térmico pode aumentar a quantidade de muco e provocar edema das pregas vocais.

OBS:. O álcool, o fumo e as drogas ilícitas, além de serem inadequados à nossa evolução espiritual conduzindo-nos a um suicídio, também fazem mal a todo aparelho fonador.

O QUE DEVEMOS FAZER:

• Beber muita água: a água hidrata todo o nosso organismo e deixa a mucosa que recobre o trato vocal e as Pregas Vocais com uma viscosidade adequada, favorecendo o ciclo vibratório destas, que sob tais condições vibrará sem esforço e sem atrito;

• Maçã: é adstringente e auxilia a limpeza do trato vocal;

• Dormir bem: aproximadamente 8 horas de sono são suficientes para descansar todo o nosso corpo. As Pregas Vocais também se beneficiam e se recuperam do cansaço vocal. Vale ressaltar que devemos evitar a fadiga vocal;

• Usar roupas confortáveis: devemos evitar roupas apertadas no abdômen, para não impedir o livre movimento da musculatura costo-diafragmática, e no pescoço, para não apertar a laringe consequentemente tencionando as Pregas Vocais.

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EXERCÍCIOS PARA A SAÚDE DA VOZ

RELAXAMENTO

Antes de iniciarmos qualquer trabalho vocal, é aconselhável fazermos um relaxamento para aliviarmos as tensões de toda a região onde se encontra instalado o nosso aparelho fonador. Desta forma, obteremos um melhor desempenho vocal e evitaremos danos indesejáveis, que poderão se passageiros, ou permanentes.

Assim, podemos iniciar o relaxamento fazendo alongamentos de toda a musculatura do tórax para cima, mas, também, devemos alongar a coluna, para conseguirmos, inclusive a conscientização de nossa postura correta.

Exercícios simples:

1- Com os olhos fixados, comece a massagear a cabeça com as pontas dos dedos (lavar a cabeça), ao mesmo tempo vá eliminando todo e qualquer pensamento.

2- Alternando a palma da mão e a ponta dos dedos massageie todo o rosto (amassar o rosto).

3- Movimente a cabeça para um lado e para outro (direita e esquerda) como se quisesse encostar a cabeça nos ombros (não mexa os ombros), alterne o movimento passando a movimentar a cabeça para frente e para trás, por último faça movimentos de rotação com a cabeça.

4- Com os braços soltos ao longo do corpo, faça movimentos de rotação dos ombros, para frente e para trás.

5- Alongar o corpo em todas as direções.

6- Em pé procure alcançar o teto com as mãos. Tente sentir a musculatura se alongando, especialmente a dos braços e as laterais do tronco.

7- Na posição ereta (sem forçar) e com as pernas levemente afastadas, lateralmente, curve-se para frente, como se fosse tocar o chão e deixe pendurados os braços, soltando também a musculatura do rosto. Não force, deixe simplesmente o corpo livre. Fique assim por poucos segundos e retorne à posição inicial lentamente, como se estivesse encostado a uma parede, sentindo o encaixe da coluna até a última vértebra e, por último, da cabeça, fazendo este movimento bem lento.

8- Com as pernas e os pés soltos, dê chutinhos no ar.

9- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto.

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PRÉ-AQUECENDO A VOZ

OQUE ÉPRÉ-AQUECIMENTO VOCAL?

É, como o nome já diz, um aquecimento prévio da voz ou simplesmente a preparação da voz para o seu uso por um tempo prolongado e intenso.

Podemos aquecer nossa voz através de sons que irão "massagear" nossas pregas vocais (que são músculos) que como todo músculo precisam ser preparadas e aquecidas antes de serem utilizadas na sua plenitude.

Lembre-se que este pré-aquecimento pode (e deve) ser feito não só pelos cantores, mas também por todos os profissionais da voz, ou seja, todas as pessoas que trabalham falando.

Exercícios propostos:

1. Inspire (armazenando o ar na região abdominal) até que a barriga esteja repleta de ar.

2. Agora solte o ar aos pouco utilizando o som:

Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...

Observe que neste exercício a língua deve vibrar bastante!!!! Caso a sua língua não vibre e você esteja forçando para emitir este som, PARE, pois estará fazendo da forma errada. Mas se você conseguiu emitir o som com a vibração constante da língua, repita este exercício todos os dias pelo menos durante 10 minutos.

Se for cantar em uma apresentação ou videokê ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pré-aqueça sua voz durante 20 minutos (no mínimo) antes de começar a cantar.

Pode-se também utilizar outras consoantes que possibilitarão o mesmo efeito como, por exemplo, o som:

Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...

Como se você fosse imitar o som do telefone (' TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres (RRRR...) até acabar o ar.

Depois de já haver treinado bastante e já estar emitindo os sons PRRRR... e TRRRR... sem falhas ou interrupções, vamos repetir o exercício anterior com uma diferença:

No final de cada som iremos acrescentar as vogais A,E,I,O,U.

Exemplo1: PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!! Exemplo2: TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!

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COMO IDENTIFICAR OSEU TOM NATURAL

É simples, o seu tom natural é aquele que você emite sem "forçar a garganta", é um som natural que sai sem esforço nenhum, como se você estivesse falando.

Se você não conseguiu fazer estes exercícios até acabar o ar armazenado (sem utilizar o ar de reserva, certo???), ou seja, você começou bem mas no meio do exercício o som falhou, PARE! Respire fundo por 03 (três) vezes, relaxe um pouco e só então recomece.

É muito comum, no início, não conseguirmos emitir estes sons até o final, pois trata-se de sons que nós não estamos habituados a produzir, mas com o treino diário, fica cada vez mais fácil, acreditem!!!

Exercícios propostos:

Os exercícios dinâmicos combinam o movimento com o controle da respiração.

RISO

Sorria para o mundo! Em círculos, movimente, vigorosamente, as suas mãos, braços, pernas e pés. Permita-se alguns segundos de relaxamento entre cada rotação. Mas continue sorrindo. Você pode fazer este exercício em pé, sentado ou deitado.

EQUILÍBRIO

O equilíbrio é importante. Tente estipular um horário para o exercício de "comportamento modal" – o andar, o virar-se. Respire suave e conscientemente, em harmonia com os movimentos de seu corpo. Isto encoraja a coordenação suave e graciosa dos músculos.

AQUECIMENTO VOCAL

DURAÇÃO - 15 minutos

• Alongamento - cabeça, pescoço e ombros;

• Respiração - emissão do "s" e "z" prolongado (respiração diafragmática); • "Hum" mastigado - fazendo escala

• Vibração de língua - escala ascendente; • Vibração de lábios;

• "P" prolongado - pa pa pa;

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Módulo II – A musicalidade vocal

Afinação

Pode-se dizer que a afinação é a precisão na emissão das alturas das notas que cantamos. Praticamente tudo aquilo que cantamos se encaixa num sistema de alturas, numa escala, podemos dizer.

Para aperfeiçoar a própria afinação é necessário abrir os ouvidos, a dificuldade para afinar é muito mais uma questão que necessita do empenho da audição do que propriamente da emissão vocal, como talvez fosse de se esperar. A emissão vocal fica então apenas responsável pelo controle para “obedecer às determinações do cérebro a partir do ouvido”.

Ouvir o outro e se ouvir com precisão não é tarefa fácil, é preciso ir além da audição comum do cotidiano para tentar prestar atenção em detalhes, ter bem claro em mente as alturas certas e começar a reparar quando elas não são alcançadas com precisão, daí é só atuar em cima disso.

É uma grande verdade que aperfeiçoar o ouvido leva tempo, às vezes anos, e é preciso respeitar esse tempo, porém é importante que foquemos na busca do “melhor ouvir” para detectar e resolver os nossos problemas de afinação.

Tipos de voz

Além do timbre, que é uma característica vocal que faz com que a voz de cada um tenha uma “cor” diferente da de todas as outras pessoas, variam também, de voz para voz, dentro de limites mais classificáveis, a extensão e a região de maior brilho.

A extensão diz respeito à distância entre a nota mais grave e a mais aguda que conseguimos emitir, onde começa nossa voz e qual é o seu limite nos agudos.

A região de maior brilho da voz (onde as notas são emitidas com maior projeção e plenitude) está sempre da metade para a porção mais alta de nossa extensão vocal. Dessa forma, unindo os dois conceitos, pode-se concluir que se o sujeito A tem a extensão mais grave que o sujeito B, a sua região de brilho também será mais grave. Sabendo disso, estamos já prontos para entrar na classificação vocal propriamente dita.

Entre as mulheres temos as Sopranos (que são as vozes femininas mais agudas) e as Contraltos (que são aquelas mais graves); entre as duas encontra-se a voz de Mezzo-Soprano (Meio-Soprano).

Nos homens, que cantam quase uma oitava abaixo das mulheres, mudam apenas os nomes, temos os Tenores, (vozes masculinas agudas) os Baixos (aquelas mais graves) e o Barítono (intermediário entre os dois).

Vale lembrar que esporadicamente ocorrem casos de mulheres que tem a extensão tão grave que se sentem mais à vontade cantando no tenor, assim como homens (os chamados Contra-Tenores) que por terem a voz bem aguda, cantam muito bem junto às Contraltos.

Entre as vozes infantis temos uma variação menos ampla dos tipos vocais. Usamos geralmente apenas duas categorias: Sopraninos e Contraltinos, os primeiros são as vozes infantis (femininas e masculinas) mais agudas e os últimos a voz mais grave.

Na fase da puberdade ocorrem mudanças nas pregas vocais e na estrutura corporal externa e interna dos jovens. As meninas sofrem mudanças menores do que os meninos, neles as pregas vocais quase que dobram de tamanho nessa fase chamada de “mudança de voz”. Esse é o motivo que faz com que a extensão vocal dos homens esteja compreendida por volta de uma oitava abaixo daquela das mulheres.

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Leitura de partitura vocal e noções de solfejo

Na disciplina de teoria musical entramos em contato com a possibilidade da notação musical, que embora seja imperfeita e imprecisa, tem contribuído muito para o estudo e o resgate de idéias musicais de outros tempos e lugares quando não é possível um contato de forma direta com seu criador, assim como a escrita das palavras tem esse papel de registrar e viabilizar os dizeres da fala distante pelo tempo e pelo espaço.

O solfejo é a capacidade de entoar uma linha melódica (rítmico-melódica) cantando os nomes das notas ou usando algum outro código que diga as suas posições relativas nas escalas musicais. (como números, posição com “dó móvel”, etc.). Feito mentalmente é uma ótima forma de compreender uma linha melódica e feito vocalmente, além disso, é também uma forma eficaz de treinar a voz acostumando-a a se afinar em escalas, saltos e seqüências melódicas também pensando no ritmo das linhas.

Podem antecipar um solfejo escrito, os processos de leitura rítmica (em que se bate ou se fala o ritmo da linha utilizando uma sílaba qualquer – “tá”, por exemplo) e de leitura métrica (simplesmente falando – sem entoar – as notas da linha no ritmo certo).

Embora seja a disciplina de Teoria Musical a responsável pelo solfejo dentro da Oficina, buscamos propor alguns exercícios:

Cantar uma escala nas suas 5 primeiras notas, por exemplo: dó, ré, mi, fá, sol; e voltar a seqüência. A seguir, tentar lembrar a altura de cada uma delas em ordens diferentes. Tentar também cantar os intervalos possíveis entre essas notas, tanto ascendentes quanto descendentes. A seguir, escrever uma linha rítmico-melódica e tentar solfejá-la.

Dinâmica

Dinâmica se relaciona com a intensidade do som que emitimos, no caso da voz o quão forte ou suave é o som que cantamos. Isso, obviamente, faz com que a dinâmica, mais que uma questão técnica, passe também a ser levada em conta na interpretação.

Claro que existe a “dinâmica natural” da nossa voz, determinadas regiões da nossa extensão vocal (como visto no título “tipos de voz”) favorecem uma emissão mais forte ou mais suave.

Fora essa “dinâmica natural” e às vezes até mesmo agindo contra as tendências, devemos fazer escolhas de dinâmica para melhor interpretar aquilo que cantamos; algo do tipo: nessa parte podemos cantar mais suave, ao final dela ir crescendo para então cantarmos aquela outra parte mais forte (por exemplo).

É claro que questões como a letra da música, o caráter da mensagem por ela expressa em cada trecho, assim como a própria região vocal que ela emprega serão fatores extremamente significativos na escolha da dinâmica que faremos.

Podemos pensar no seguinte exercício:

Escolha uma nota em uma altura confortável na sua região média, inspire fundo 3 vezes e tente em cada uma emiti-la com uma dinâmica diferente: forte na primeira, entre o forte e o suave na segunda, e suave na terceira, preste atenção em como sua voz se comporta em cada dinâmica nessa região. A seguir, pegue uma nota bem grave e uma nota bem aguda da sua região e repita esse processo, veja na prática como funciona a sua “dinâmica natural”.

Articulação musical

Articulação em música faz referência ao tipo de relação que conecta (ou não) uma nota à sua seguinte, ao “como elas se ligam ou não”, basicamente se uma se emenda com a outra ou se na forma de cantar ou tocar elas são bem separadas.

O uso da articulação pode significativamente influenciar no caráter da música, por exemplo: uma música mais lenta e reflexiva tende a ter as notas mais ligadas uma à outra, o que chamamos de “legato”, de forma a causar a sensação de mais estabilidade; já uma obra mais agitada tende a ter as notas mais separadas umas das outras (mais “puladinha” ou “soltinha”), articulação que chamamos de “staccato”.

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O “legato” e o “staccato” são, de certa forma, os extremos das possibilidades de articulação, há também gradações entre eles como o “non legato”, por exemplo. Vale lembrar que nos instrumentos de sopro e na voz, mais do que em outros casos, a articulação vai estar também entrosada com o aspecto da respiração.

Pense no seguinte exercício:

Escolha dois vocalises, um mais curto e outro longo, a seguir escolha uma altura para executá-los que lhe seja confortável. Faça o mais curto ligando bem as notas (como a maioria dos vocalises costuma ser), depois faça-o bem “staccato”, e por último busque um meio-termo, esse meio-termo é o chamado não-legato. A seguir, repita o processo com o outro vocalize percebendo seu corpo, o movimento do diafragma no “staccato” (especialmente) e sua emissão vocal.

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Módulo III – Conjunto vocal

Elaboração e construção de arranjo vocal

Obviamente esse é um estudo bastante avançado para nosso curso, mas isso não impede que possamos aprender algumas dicas e conceitos que devem ser levados em conta para uma adequada construção de um arranjo vocal, seja ele elaborado de forma escrita (em partitura) ou construído através de forma oral (na prática).

Vamos supor duas diferentes situações básicas com duas vozes: numa delas temos uma voz com a linha principal e a outra está com uma figuração diferente, apenas de acompanhamento; na segunda situação temos duas vozes cantando o mesmo texto, mas uma delas com a melodia principal e a outra caminhando ritmicamente junto a ela.

Em ambas as situações deve ser observada a região em que aquela voz solista tem maior brilho, é muito difícil fazer com que se sobressaia uma voz solista diante de uma 2ª voz que está na sua região brilhante, enquanto ela está numa região desfavorável; lembrando sempre que a região de brilho de uma voz é o seu médio-agudo.

No primeiro caso citado no penúltimo parágrafo, deve-se cuidar do ritmo da voz acompanhante, este jamais deve dificultar o entendimento do solo da principal, recomendam-se notas longas deixando a maior movimentação apenas para contracantos (pequenas respostas melódicas que ocorrem quando a voz principal repousa em notas longas ou pausas).

No segundo caso (onde as vozes cantam o mesmo texto), deve ser sempre observado o intervalo entre as vozes, de preferência com a solista no topo na grande maioria dos momentos, conservando com a outra intervalos preferencialmente de 3ª ou 6ª podendo passar também pelos outros de forma passageira.

Vale lembrar que é interessante que num mesmo arranjo alternem-se os 2 casos, isso gera maior atração para o ouvinte e é sinal de uma boa elaboração musical do arranjo.

Coral: condução de ensaios e organização

Sem dúvida, uma das vertentes musicais na qual a musica espírita tem maior número de participantes e engajamento é o coral. Corais que cantam músicas a 2 ou 4 vozes se tornaram bastante comuns nas Casas Espíritas, e esse tem se mostrado como um caminho de participação bastante comum para os novos trabalhadores da Música Espírita.

Para que um coral funcione de forma eficaz, além de pessoas que queiram se dedicar ao canto, é necessário também que haja alguma liderança do trabalho, que não precisa ser necessariamente de um regente, mas, pelo menos, de alguém com mais experiência no assunto.

É preciso escolher o repertório com adequação, começar com músicas a menos vozes, 2 ou até mesmo em uníssono (por que não?). Cantar a várias vozes não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas, às vezes, se leva um bom tempo até que um conjunto inexperiente se acostume a isso.

Ao contrário do que muitos pensam, cantar em coral não é só cantar a sua voz em meio às outras, é cantar sempre ligado no que está acontecendo nas outras vozes; mais que um exercício de vocal, o canto coral é um exercício auditivo por excelência.

É necessário também que os coralistas tenham um método para aprender as músicas, seja por vozes gravadas, seja o ensino in loco (o que exige mais tempo de ensaio) ou a partitura (recurso que funciona melhor onde as pessoas têm algum conhecimento teórico-musical). Obviamente, a superposição desses recursos é sempre bem-vinda.

Referências

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