• Nenhum resultado encontrado

ITENS DE ORIGEM ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE EQUATORIAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ITENS DE ORIGEM ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE EQUATORIAL"

Copied!
34
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PROPPG

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO – PPGEC MESTRADO EM ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO

GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA

ITENS DE ORIGEM ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE

EQUATORIAL

Orientador: Prof. Dr. Guelson Batista da Silva

MOSSORÓ 2019

(2)

GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA

ITENS DE ORIGEM ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE

EQUATORIAL

Dissertação apresentada ao Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. Guelson Batista da Silva

Linha de Pesquisa: Ecologia e Conservação de Ecossistemas Aquáticos

MOSSORÓ 2019

(3)
(4)

GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA

ITENS DE ORIGEM ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE

EQUATORIAL

Dissertação apresentada ao Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. Guelson Batista da Silva

Linha de Pesquisa: Ecologia e Conservação de Ecossistemas Aquáticos

Mossoró, 8 de março de 2019.

BANCA EXAMINADORA

(Orientador e presidente da banca)

(Membro examinador interno)

(5)

ITENS DE ORIGEM ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS CAPTURADOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE

EQUATORIAL

Resumo: O presente estudo se propõe a avaliar a ocorrência de itens de origem antrópica, como materiais particulados orgânicos (engodo) e materiais sintéticos na dieta de cinco espécies de peixes pelágicos, capturados no oceano Atlântico Oeste Equatorial. Entre 2011 e 2017 um total de 807 estômagos de indivíduos das espécies Thunnus albacares, Thunnus obesus, Coryphaena hippurus, Katsuwonus pelamis e Elagatis bipinnulata foram coletados em torno de uma boia de coleta de dados atmosféricos e oceanográficos (00ºN e 035ºO). Os estômagos foram pesados, analisados e os itens alimentares identificados ao menor nível taxonômico possível. Para avaliar a relação das espécies com os respectivos itens alimentares, foi realizada uma Análise de Correspondência (CA), PERMANOVA e IIR. Também foi utilizado o índice de Morisita-Horn para verificar se havia sobreposição entre as dietas das espécies. Podemos constatar que a espécie E. bipinnulata foi a que apresentou maior percentual de itens de origem antrópica. Os principais itens de origem antrópica que ocorreram nos estômagos foram: cordas de nylon, fragmentos de plásticos, iscas e vísceras de organismos não pertencentes a dieta natural das espécies. O índice de Morisita-Horn mostrou que Thunnus obesus teve baixa sobreposição de sua dieta se comparado com as demais espécies. A presença total de engodo no conteúdo estomacal dos peixes foi equivalente a 4,68%, já a de material sintético foi de 1,26%. Os organismos mais afetados pela presença de materiais de origem antrópica foram as espécies que se alimentam preferencialmente na zona epipelágica oceânica, até 100m de profundidade, que são T. albacares, C. hippurus, E. bipinnulata e K. pelamis. Já a espécie T. obesus, que se alimenta de presas comuns na zona mesopelágica (zona entre 200m e 600m de profundidade), não apresentou nenhum desses materiais em seu conteúdo estomacal. Dessa forma, consideramos que materiais de origem antrópica estão se tornando cada vez mais frequentes na dieta dos organismos estudados no Oceano Atlântico. Logo, ressalta-se a importância de medidas mitigatórias e alternativas para a redução destes materiais, visando a saúde dos indivíduos, o equilíbrio da cadeia trófica e produtiva na qual essas espécies estão inseridas.

(6)

ANTHROPOGENIC ITEMS IN THE DIET OF PELAGIC FISHES CAUGHT ON AGGREGATED SCHOOLS IN THE EQUATORIAL WEST ATLANTIC

Abstract: The present study aims to evaluate the occurrence of anthropogenic items, such as organic particulate matter (chum) and synthetic materials in the diet of five species of pelagic fish caught in the equatorial West Atlantic Ocean. Between 2011 and 2017, 807 stomachs from Thunnus albacares, Thunnus obesus, Coryphaena hippurus, Katsuwonus pelamis and Elagatis bipinnulata were collected around a buoy of atmospheric and oceanographic data collection (00ºN and 035ºW). The stomachs were weighed, analyzed and food items identified at the lowest possible taxonomic level. To evaluate the relationship between the species and their food items, Correspondence Analysis (CA), PERMANOVA and IRI were performed. The Morisita-Horn index was also used to verify the presence of an overlap between the diets of the species. We found that E. bipinnulata’s stomachs presented the highest percentage of anthropogenic items. The main items of anthropogenic origin that occurred in the stomachs were nylon ropes, plastic fragments, baits and entrails from organisms not belonging to the natural diet of the species. The Morisita-Horn index showed that Thunnus obesus had the lowest overlap of its diet when compared to the other species. The total presence of chum in the stomach contents of the fish was equivalent to 4.68%, while the synthetic material was 1.26%. The species most affected by the presence of materials of anthropogenic origin were the ones that feed in the oceanic epipelagic zone, up to 100m deep, which are T. albacares, C. hippurus, E. bipinnulata and K. pelamis. The species of T. obesus, which feeds on common prey in the mesopelagic zone, between 200m and 600m deep, did not present any of these materials in their stomach contents. Thus, we consider that anthropogenic materials are becoming increasingly frequent in the diet of organisms studied in the Atlantic Ocean. Therefore, is emphasized the importance of mitigating and alternative measures for the reduction of these materials, aiming the health of the individuals, the balance of the trophic and productive chain in which these species are inserted.

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização da boia do Programa PIRATA em relação ao cais pesqueiro de Areia Branca-RN. Fonte: (SILVA et al., 2013)...13 Figura 2 - Recipiente plástico (a); fragmentos de cordas, mostram o conteúdo plástico e sintético encontrado nos estômagos de Coryphaena hippurus (b & c); conteúdo sintético e engodo observados em um estômago de C. hippurus (d); Estômago de T. albacares repleto de engodo (e & f)...16 Figura 3 - Distribuição do comprimento furcal (CF) para as cinco espécies de peixes pelágicos estudados de 2011 a 2017 (agrupados de 20 cm à 140 cm)...17 Figura 4 - Análise de correspondência (CA), itens que mais contribuíram para a alimentação das espécies de peixes. Quanto mais próximos os itens alimentares das espécies, mais presentes eles estavam na dieta. ...19

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Espécies de peixes pelágicos analisados e o percentual (%) de estômagos: com conteúdo, estômagos vazios, estômagos com material particulado (engodo) e estômagos com material sintético...16 Tabela 2 - Valores de significância com correção de Bonferroni obtido pela PERMANOVA (𝑝 < 0.05), avaliando as espécies que mais diferem entre si com relação aos 3 tipos de dieta (alimentação natural, engodo e material sintético). Valores em negrito e destacados (*) mostram diferenças entre as espécies, onde a espécie E. bipinnulata diferiu de todas as outras...18 Tabela 3 - Valores do Índice de Morisita-Horn (Cmh) para a dieta das cinco espécies de peixes pelágicos coletadas nos anos de 2011 a 2017. Valores de Cmh >0.6 = sobreposição alimentar biologicamente significativa, Cmh <0.6 = baixa sobreposição biológica da dieta e estão destacados em negrito...20 Tabela 4 - Índice de Importância Relativa (IIR) para as 5 espécies de peixes pelágicos coletadas, identificando os principais itens alimentares presentes em seus conteúdos estomacais. A coluna ‘habitat’ representa o ambiente em que os itens são encontrados na região pelágica, Epipelágica (epi), Epimesopelágica (epimeso) e Mesopelágica (meso). A família Haemulidae (demersal) foi utilizada como isca para captura, por isto sua presença na tabela (Itens adversos). Os principais valores representativos de IIR para cada item de cada espécie estão sublinhados e em negrito...21 Tabela 5 - Revisão de percentual de espécies com materiais de origem sintética em seu conteúdo estomacal. Percentuais em negrito destacam os dados obtidos pelo nosso estudo...25

(8)

SUMÁRIO

1. Introdução ... 10

2. Material e métodos ... 13

2.1. Área de estudo ... 13

2.2. Coleta e amostragem de dados ... 14

2.3. Análises e testes estatísticos ... 14

3. Resultados ... 15

3.1. Análise de dados ... 15

4. Discussão ... 24

Agradecimentos ... 28

(9)

“É uma situação curiosa que o mar, do qual a vida surgiu pela primeira vez, deva agora ser ameaçado por atividades de uma forma de vida.

Mas o mar, embora mudado de maneira sinistra, continuará a existir; a ameaça é, antes de tudo, à própria vida ”.

(10)

10

1. Introdução

A pesca de peixes pelágicos se refere a uma atividade rentável e bastante desenvolvida no litoral Nordeste, sendo mais direcionada ao segmento artesanal, onde as populações costeiras fazem uso de técnicas como linha-de-mão e redes de espera para a captura das espécies (HAZIN; BROADHURST; HAZIN, 2000). A pesca artesanal pode garantir a segurança alimentar e a renda de diversas comunidades costeiras ao redor do mundo (COLLETTE et al., 2011). Já outros segmentos da pesca, como a pesca industrial, demonstram uma ampla preocupação a respeito de sua alteração na estrutura e função dos ecossistemas marinhos (SIBERT et al., 2006), pois a retirada de grandes peixes predadores, como os atuns, pode provocar mudanças significativas na estrutura das teias e cascatas tróficas (CARPENTER; KITCHELL; HODGSON, 1985).

Entre as principais espécies de peixes pelágicos de interesse comercial, podemos ressaltar espécies migratórias, como os atuns (Thunnus albacares e Thunnus obesus), que possuem elevado valor nutricional e energético, e o bonito-listrado (Katsuwonus pelamis). Em muitos casos, algumas espécies de peixes são capturadas como fauna acompanhante por meio de cardumes associados, como o dourado (Coryphaena hippurus) e o peixe-rei (Elagatis bipinnulata) (HAZIN, 2010; MAHON, 1999; SILVA et al., 2016). A utilização de técnicas para a captura de atuns em cardumes associados foi desenvolvida no Senegal durante anos (HALLIER; DELGADO DE MOLINA, 2000) e foi recentemente trazida para o nordeste do Brasil para a frota pesqueira de Areia Branca (SILVA et al., 2018).

Entre os principais métodos utilizados para atrair essas espécies de peixes pelágicos de interesse comercial, destacam-se técnicas emergentes, como os DAPs (Dispositivos Atratores de Peixes) (CASTRO; SANTIAGO; SANTANA-ORTEGA, 2002), os quais vem sendo amplamente utilizados na captura de atuns tropicais, pois são dispositivos que atraem cardumes associados que possuem o habito de se agregar em objetos flutuantes na superfície (CASTRO; SANTIAGO; SANTANA-ORTEGA, 2002). Esses dispositivos tanto podem ser de origem natural (galhos, troncos flutuantes) quanto de origem antropogênica, muitas vezes são boias que coletam dados oceanográficos, sonares de varredura e transmissores por satélite (AMANDÈ et al., 2012).

Recentemente, esse método vem sendo utilizado com o uso da própria embarcação como DAP (DAGORN et al., 2013). A frota pesqueira de Areia Branca vem fazendo uso de dispositivos atratores para a pesca de atuns e afins em cardumes

(11)

11

associados a uma boia de coleta de dados oceanográficos, pertencente ao programa Pilot Moored Array in the Tropical Atlantic (PIRATA) (SILVA et al., 2016). Dessa forma, com o cardume reunido, é possível capturar maior número de peixes por meio da pesca com vara e linha, linha-de-mão e corrico (SILVA et al., 2016). Porém, o uso crescente desses dispositivos tem causado preocupação, devido ser uma metodologia recente e podendo aumentar a pressão pesqueira sobre os estoques naturais de atuns tropicais e a captura de juvenis (FONTENEAU; PALLARES; PIANET, 2000; LOPEZ et al., 2014).

A utilização do engodo é outro entre os métodos recorrentes que vem sendo utilizados pela frota pesqueira de Areia Branca-RN, devido ao seu baixo custo e eficácia na atração de peixes. O engodo se trata de um material particulado orgânico, que consiste em partes de organismos, ossos, sangue e vísceras que os pescadores lançam ao mar para atrair os cardumes, sendo comumente usados com tubarões (PESCHAK, 2014; RUDOW, 2012). São poucos os estudos que relatam sobre a ocorrência do engodo na dieta de peixes pelágicos e sua influência na qualidade final do pescado (BARUT; FAO, 1988; SAKAMOTO; KOJIMA, 1999). Acredita-se que a utilização do engodo para a captura de atuns possa aumentar as concentrações de mercúrio (Hg) e Selênio (Se) que são bioacumuladas pelas espécies, resultando em toxicidade sobre as espécies que são comercializadas e ingeridas por seres humanos (DANG; WANG, 2011; LACERDA et al., 2017; ORDIANO-FLORES; ROSÍLES-MARTÍNEZ; GALVÁN-MAGAÑA, 2012; YANG et al., 2008).

De acordo com Fonteneau (2013) a utilização dessas técnicas emergentes também podem acarretar diversos impactos, resultando em uma exploração não sustentável das principais espécies de atuns que são capturadas para fins comerciais, como T. albacares, T. obesus e K. pelamis. A utilização desses métodos recentes na pesca também pode provocar outro agravante. Estudos realizados no oceano Atlântico e Índico mostram que 10% dos DAPs franceses costumam encalhar na praia, podendo liberar itens de origem sintética nos oceanos e impactar ambientes marinhos (LOPEZ et al., 2014; MAUFROY et al., 2015, 2017). Os materiais de origem sintética constituem de 50% a 80% dos detritos marinhos, podendo equivaler a 5.25 trilhões de partículas e pesar cerca de 269.000 toneladas (ERIKSEN et al., 2014) e são documentados em diversos estudos (CARPENTER; KITCHELL; HODGSON, 1985; CHOY; DRAZEN, 2013; GREGORY; RYAN, 1997; JANTZ et al., 2013; LUSHER; MCHUGH; THOMPSON, 2013; RUMMEL et al., 2016; VENDEL et al., 2017; ZARFL; MATTHIES, 2010).

(12)

12

Estes materiais de origem sintética, em sua maioria macroplásticos e microplásticos, representam forte ameaça a biodiversidade marinha, em muitos casos sendo encontrados no conteúdo estomacal dos peixes, prejudicando a capacidade de alimentação, reprodução, locomoção, podendo os levar a morte (CHOY; DRAZEN, 2013; GREGORY, 2009). Grandes quantidades de resíduos plásticos destroem ecossistemas aquáticos ao redor do mundo, e a mistura desses materiais e poluentes ocasionam problemas como patologias hepáticas e elevadas taxas de toxicidade em peixes, podendo chegar a corrente sanguínea e afetar órgãos importantes como fígado e rins (ROCHMAN et al., 2013).

Além de provocar perda da biodiversidade marinha, os resíduos plásticos também representam elevados impactos econômicos para a pesca, reduzindo os estoques pesqueiros (RYAN et al., 2009). Os microplásticos, por exemplo, também agem como vetores de substâncias químicas, como Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), os quais são absorvidos pelo ambiente e afetam drasticamente a vida marinha, além do alimento que chega até as nossas mesas (ROCHMAN et al., 2013). Por isso a importância de estudos que possam quantificar estes impactos, avaliando a extensão de seus efeitos a curto e longo prazo (LUSHER; MCHUGH; THOMPSON, 2013). A ocorrência desses materiais de origem antrópica na dieta de atuns e demais espécies de peixes pode ser documentado em diversos estudos ao redor do mundo, como no mar mediterrâneo, no norte do Oceano Pacífico, norte do Atlântico, Mar Arábico e outras localidades (CARSON, 2013; CORRÊA et al., 2012; DAVISON; ASCH, 2011; MIRANDA; DE CARVALHO-SOUZA, 2016; RAMOS; BARLETTA; COSTA, 2012; ROMEO et al., 2015).

A poluição marinha proveniente de plásticos vem ganhado bastante atenção das comunidades científica e política (ANDRADY, 2011; GALGANI et al., 2013), devido a estes resíduos terem grande durabilidade, resistindo por séculos, e dependendo da densidade do polímero eles podem ser flutuantes positivos, aumentando ainda mais a possibilidade de ingestão pelos organismos (RUMMEL et al., 2016). Estudos sobre a dinâmica das populações, ecologia trófica e a dieta de peixes pelágicos são de grande importância para a gestão pesqueira, pois evidenciam as condições marinhas em que os organismos estão inseridos (GISLASON et al., 2000; HAVICE, 2013). Dessa forma, é possível melhorar métodos e projetos de conservação de espécies ameaçadas, auxiliando

(13)

13

no gerenciamento e controle dos recursos pesqueiros de forma sustentável e econômica, evitando que estes entrem em colapso (HAVICE, 2013; PELLA; TOMLINSON, 1969).

Tendo em vista a importância de dados sobre a dieta de peixes pelágicos oceânicos, ressalta-se a importância deste estudo realizado no oceano Atlântico Oeste Equatorial, que teve como hipótese que os itens de origem antrópica ocorrem em proporções diferentes na dieta das cinco espécies de peixes analisados. Tivemos como objetivos (1) quantificar a ocorrência de itens de origem antrópica na dieta de cinco espécies de peixes pelágicos de interesse comercial (Thunnus albacares, Thunnus obesus, Katsuwonus pelamis, Coryphaena hippurus e Elagatis bipinnulata), capturados em cardumes associados; (2) associar os itens que compõem a dieta natural das espécies com sua distribuição vertical, a fim de verificar similaridades ou diferenças no uso do habitat.

2. Material e métodos 2.1. Área de estudo

A pesquisa foi desenvolvida no oceano Atlântico Oeste Equatorial, onde as atividades pesqueiras se concentram em torno da uma boia de coleta de dados atmosféricos e oceanográficos, pertencente ao Programa Pilot Moored Array in the Tropical Atlantic (PIRATA). Esta boia é localizada na posição 00ºN e 035ºO, distante 323 milhas náuticas do cais pesqueiro do município de Areia Branca (Rio Grande do Norte, Brasil) (Figura 1), a qual também atua como Dispositivo Atrator de Peixes (DAP) concentrando grandes biomassa de peixes pelágicos (SILVA et al., 2016).

Figura 1 - Localização da boia do Programa PIRATA em relação ao cais pesqueiro de Areia Branca-RN. Fonte: (SILVA et al., 2013).

(14)

14

2.2. Coleta e amostragem de dados

As amostras foram coletadas durante o período de janeiro de 2011 a abril de 2017, através de embarques na pesca comercial realizada pela frota sediada em Areia Branca, RN. Os indivíduos foram coletados por meio das técnicas de vara e linha, linha-de-mão e corrico armados com iscas artificiais ou naturais. Parte dos organismos capturados foi medida e eviscerada abordo, e os estômagos armazenados em formol a 10%, já a outra parte dos espécimes foi acondicionada em gelo e trazidos inteiros para o laboratório para serem mensurados e analisados. As espécies estudadas foram: Thunnus albacares (albacora-laje) e Thunnus obesus (albacora-bandolim), Katsuwonus pelamis (bonito-listrado), Coryphaena hippurus (dourado) e Elagatis bipinnulata (peixe-rei).

Os indivíduos foram medidos quanto ao comprimento furcal (CF) por meio de um paquímetro de 1.5 m com precisão de 1 cm, e os dados foram organizados em histogramas de distribuição de frequência de comprimentos, categorizando o número de espécimes de acordo com seus respectivos comprimentos em centímetros (cm). A distribuição vertical dos peixes foi classificada em: epipelágicos, epimesopelágicos e mesopelágicos, utilizando como base a metodologia de (VASKE JÚNIOR et al., 2012). O conteúdo estomacal foi devidamente triado e os itens identificados ao menor nível taxonômico possível, sendo estes armazenados em álcool a 70% e etiquetados. Os materiais de origem antrópica, engodo, materiais sintéticos e outros, foram identificados e também armazenados.

2.3. Análises e testes estatísticos

Foi quantificado o percentual de indivíduos com: estômagos vazios, estômagos cheios, presença de itens de origem sintética e com a presença de engodo. Para avaliar a Normalidade e Homocedasticidade dos dados de participação em peso dos itens alimentares, utilizamos os testes de Shapiro-Wilk e Levene respectivamente, relacionando as espécies com os três tipos de dietas alimentares: alimentação de origem natural, material particulado orgânico (engodo) e material sintético. Utilizamos a Análise de Variância Multivariada Permutacional (PERMANOVA) para avaliar a diferença entre as espécies com relação a suas dietas, onde transformamos os dados em uma matriz binária de presença e ausência e as diferenças foram analisadas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson (X²), o valor de significância foi ajustado utilizando a correção de

(15)

15

Bonferroni. Foi realizado também a Análise de Correspondência (CA), verificando a relação das espécies de peixe com os respectivos itens alimentares da dieta, todas estas análises foram realizadas no software estatístico R (versão 3.4.3). O índice de similaridade de Morisita-Horn (Cmh) foi utilizado para calcular o nível de sobreposição entre as dietas das cinco espécies estudadas (HORN, 1966).

A importância de cada item alimentar na dieta foi mensurada pelo Índice de Importância Relativa (IIR) (PINKAS; OLIPHANT; IVERSON, 1970), ao qual este representa a importância dos itens para a dieta das 5 espécies de peixes analisados neste estudo , onde:

𝐼𝐼𝑅 = %𝐹𝑂𝑥 (%𝑁 + %𝑃)

%FO – Percentual de frequência de ocorrência de cada item alimentar; %N – Percentual do número de presas de cada item no conteúdo estomacal;

%P – Percentual em peso de cada item no conteúdo estomacal.

3. Resultados

3.1. Análise de dados

Um total de 807 estômagos foram analisados, dos quais 252 (31.22%) estavam vazios e 555 (68.77%) possuíam a presença de itens alimentares. Dos estômagos avaliados, 231 foram pertencentes a espécie Thunnus albacares, 203 pertencentes a Katsuwonus pelamis, 170 a Thunnus obesus, 129 a Coryphaena hippurus e 74 pertencentes a espécie Elagatis bipinnulata. Dos estômagos que continham itens, a espécie T. albacares apresentou 180 estômagos com itens alimentares, a espécie K. pelamis 133 estômagos com itens, T. obesus 78 estômagos, C. hippurus 109 estômagos e E. bipinnulata 55 estômagos com itens.

A espécie Thunnus albacares apresentou o maior número de estômagos contendo engodo em seu conteúdo, dos 180 estômagos com conteúdo estomacal analisados 12 continham esse item. A espécie E. bipinnulata apresentou 7 estômagos contendo engodo, a espécie C. hippurus apresentou 6 estômagos, K. pelamis apenas 1 e a espécie Thunnus obesus foi a única que não apresentou engodo em seu conteúdo estomacal (tabela 1).

(16)

16

As espécies E. bipinnulata e C. hippurus apresentaram materiais de origem sintética em seus conteúdos estomacais, para ambas foram encontrados 3 estômagos contendo plásticos (recipiente plástico) e nylon (cordas) (figura 2). Já a espécie K. pelamis apresentou apenas 1 estômago contendo material sintético, as espécies T. albacares e T. obesus não apresentaram materiais de origem sintética em seu conteúdo estomacal (Tabela 1). A presença total de engodo no conteúdo estomacal dos peixes foi equivalente 4,68%, já a de material sintético foi equivalente a 1,26%, mostrando que entre os itens de origem antrópica analisados, o engodo foi mais presente na dieta das espécies pelágicas (Tabela 1).

Tabela 1 - Espécies de peixes pelágicos analisados e o percentual (%) de estômagos: com conteúdo, estômagos vazios, estômagos com material particulado (engodo) e estômagos com material sintético. Espécies Estômagos com conteúdo (%) Estômagos vazios (%) Estômagos com engodo (%) Estômagos com material sintético (%) Thunnus albacares 77.92% 22.08% 6.66% 0% Thunnus obesus 45.88% 54.12% 0% 0% Katsuwonus pelamis 65.51% 34.49% 0.75% 0.75% Coryphaena hippurus 84.49% 15.51% 5.50% 2.75% Elagatis bipinnulata 74.32% 25.66% 12.72% 5.54%

Figura 2 - Recipiente plástico (a); fragmentos de cordas, mostram o conteúdo plástico e sintético encontrado nos estômagos de Coryphaena hippurus (b & c); conteúdo sintético e engodo observados em um estômago de C. hippurus (d); Estômago de T. albacares repleto de engodo (e & f).

(17)

17

Para a distribuição de comprimento furcal entre os organismos, as espécies T. albacares e T. obesus alcançaram os maiores tamanhos de CF, superiores a 130 cm, sendo os maiores indivíduos coletados. A espécie T. albacares apresentou um indivíduo com CF igual a 174 cm, foi o maior indivíduo coletado neste estudo. Podemos observar que o maior número de organismos que ingeriram materiais sintéticos e engodo estavam em sua fase adulta. Para o C. hippurus, que atinge sua maturação sexual por volta de 68.60 cm (SANTOS et al., 2014) todos os indivíduos que ingeriram estes itens apresentavam CF superior a este comprimento. Para E. bipinnulata, cuja maturação sexual ocorre por volta de 64.4 cm de comprimento (PINHEIRO et al., 2011), apenas 1 indivíduo juvenil consumiu itens de origem antrópica, sendo esta uma espécie que naturalmente apresentou baixos valores de comprimento furcal (média de 55.85cm para este estudo) (Figura 3).

Figura 3 - Distribuição do comprimento furcal (CF) para as cinco espécies de peixes pelágicos estudados de 2011 a 2017 (agrupados de 20 cm à 140 cm).

0 10 20 30 40 50 60 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 Núm ero de i nd iv ídu os

Comprimento furcal (CF) Thunnus obesus

0 20 40 60 80 100 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Núm ero de i nd iv ídu os

Comprimento furcal (CF) Katsuwonus pelamis

0 10 20 30 40 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 Núm ero de i nd iv ídu os

Comprimento furcal (CF) Coryphaena hippurus

0 10 20 30 40 30 40 50 60 70 80 Núm ero de i nd iv ídu os

Comprimento Furcal (CF) Elagatis bipinnulata

0 10 20 30 40 50 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 Núm ero de i nd iv ídu os

(18)

18

Observamos por meio do teste de Shapiro-Wilk que os dados apresentavam padrão de distribuição não-normal, para a alimentação natural 𝑝 = 1.66−42, para o engodo 𝑝 = 5.32−52, e para o material sintético 𝑝 = 6.42−53, (valores de 𝑝 menores que

0.05). Os dados se mostraram heterocedásticos de acordo com o teste de Levene (𝑝 = 1.34−61), o que sugere a utilização de testes não-paramétricos.

Por meio da Análise de Variância Multivariada Permutacional (PERMANOVA) apenas de itens naturais, avaliamos a presença de presa por predador (presença e ausência), para esta matriz de dados eles foram homocedásticos e significativos (𝑝 = 0.001), mostrando que a alimentação natural diferiu entre as espécies estudadas. Apenas duas espécies se mostraram com dieta estatisticamente similares, elas foram K. pelamis e E. bipinnulata (𝑝𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 1). Para a análise de PERMANOVA, com correção de Bonferroni, para os três tipos de itens (alimentação natural, engodo e material sintético) foi observado que as espécies diferiram entre si com relação a sua dieta (𝑝 = 0.0001), das quais E. bipinnulata (peixe-rei) foi a que diferiu de todas as demais (Tabela 2).

Tabela 2 - Valores de significância com correção de Bonferroni obtido pela PERMANOVA (𝑝 < 0.05), avaliando as espécies que mais diferem entre si com relação aos 3 tipos de dieta (alimentação natural, engodo e material sintético). Valores em negrito e destacados (*) mostram diferenças entre as espécies, onde a espécie E. bipinnulata diferiu de todas as outras.

Espécies T. albacares K. pelamis T. obesus C. hippurus E.bipinnulata

T. albacares *2.76E-07 *2.94E-04 0.73 *6.88E-05

K. pelamis *2.76E-07 0.88 *4.57E-02 *4.85E-04

T. obesus *2.94E-04 0.88 *1.98E-04 *5.54E-04

C. hippurus 0.73 *4.57E-02 *1.98E-04 *8.32E-02

(19)

19

Para avaliar a relação das 5 espécies de peixes com os itens alimentares, utilizamos a análise de correspondência (CA), onde o valor de qui-quadrado de Pearson foi equivalente a 𝑋2 = 334.32 e o valor de 𝑝 = 2.2−16, mostrando diferença nas proporções de dieta em relação as espécies predadoras. A figura 4 representa a preferência alimentar das espécies em relação aos itens, quanto mais próximos as espécies dos componentes alimentares (em vermelho) mais presentes eles estavam em suas respectivas dietas. As dimensões e eixos da análise explicaram 78.3 % dos dados, sendo um resultado significativo para esta análise multivariada. Já para o fator de contribuição, quanto mais clara (cinza) for a cor das espécies, mais generalistas elas são, que é o caso de T. albacares, K. pelamis, E.bipinnulata e C. hippurus. Podemos observar que as espécies C. hippurus e E. bipinnulata se encontram bem próximas dos itens de origem sintética, assim como o engodo. A espécie T. obesus (em preto) foi a que mostrou maior fator de contribuição, podendo se caracterizar como um organismo mais especialista ou que se alimentou de uma quantidade de espécies ocasionais (Figura 4).

Os resultados do índice de Morisita-Horn mostraram que houve sobreposição biológica da dieta entre as espécies de peixes pelágicos estudados, exceto para T. obesus, que apresentou baixa sobreposição em comparação as demais espécies (0.3), ou seja, T. obesus se alimentou de itens diferentes em relação as outras espécies (Tabela 3).

Figura 4 - Análise de correspondência (CA), itens que mais contribuíram para a alimentação das espécies de peixes. Quanto mais próximos os itens alimentares das espécies, mais presentes eles estavam na dieta.

(20)

20

Tabela 3 - Valores do Índice de Morisita-Horn (Cmh) para a dieta das cinco espécies de peixes pelágicos coletadas nos anos de 2011 a 2017. Valores de Cmh >0.6 = sobreposição alimentar biologicamente significativa, Cmh <0.6 = baixa sobreposição biológica da dieta e estão destacados em negrito.

Avaliando o Índice de Importância Relativa (IIR) para as 5 espécies, podemos observar que para T. albacares, C. hippurus e K. pelamis a família Exocoetidae foi a mais consumida de acordo com os respectivos valores (IIR = 5139.23; IIR = 3656.02; IIR = 2680.34). Para E. bipinnulata o grupo mais consumido foi o Crustacea (IIR= 1673.10), um item alimentar também pertencente a região epipelágica. Mostrando que para estas espécies itens presentes na região epipelágica oceânica são os mais consumidos e mais presentes em sua alimentação, mostrando adaptação para o uso dos recursos na parte superior da coluna d’agua. Já para T. obesus o item mais disponível foi a classe cefalópoda (IIR= 1617.91), um grupo que costuma estar entre a zona epipelágica e mesopelágica, ambas as regiões em que o T. obesus habita para forragear (Tabela 4).

T. albacares T. obesus K. pelamis C.hippurus E. bipinnulata

T. albacares 1

T. obesus 0.3 1

K. pelamis 0.9 0.3 1

C. hippurus 0.9 0.3 0.9 1

(21)

21

Tabela 4 - Índice de Importância Relativa (IIR) para as 5 espécies de peixes pelágicos coletadas, identificando os principais itens alimentares presentes em seus conteúdos estomacais. A coluna ‘habitat’ representa o ambiente em que os itens são encontrados na região pelágica, Epipelágica (epi), Epimesopelágica (epimeso) e Mesopelágica (meso). A família Haemulidae (demersal) foi utilizada como isca para captura, por isto sua presença na tabela (Itens adversos). Os principais valores representativos de IIR para cada item de cada espécie estão sublinhados e em negrito.

Itens alimentares Thunnus albacares Thunnus obesus Coryphaena hippurus Elagatis bipinnulata Katsuwonus pelamis

Famílias/Grupos/espécies Habitat %N %F %W IIR %N %F %W IIR %N %F %W IIR %N %F %W IIR %N %F %W IIR

Algas -- 0.08 0.56 0.00 0.05 0.15 1.28 0.03 0.22 1.71 6.42 0.73 15.67 0.10 1.82 0.16 0.48 0.19 0.75 0.02 0.16

MOLLUSCA

Cavoliniidae

Diacavolinia longirostris (Lesueur, 1821) Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.73 2.26 0.06 4.03 Cephalopoda

Cephalopoda n.i. Epimeso 20.62 26.67 2.97 628.99 16.02 46.15 19.04 1617.91 3.80 11.93 2.62 76.55 0.19 3.64 0.14 1.21 5.76 6.02 1.47 43.48

Enoploteuthis leptura Epimeso 0.00 0.00 0.00 0.00 1.05 1.28 0.53 2.02 0.19 0.92 0.24 0.40 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Ornithoteuthis antillarum (Adam, 1957) Epimeso 1.59 1.11 0.07 1.84 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.10 1.82 0.36 0.83 4.22 0.75 0.96 3.90

Polyplacophora

Polyplacophora n.i. Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 0.92 0.00 0.17 0.00 0.00 0.01 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

CRUSTACEA

Crustacea n.i. Epi 18.03 7.22 0.09 130.87 5.54 17.95 0.20 103.07 10.46 4.59 0.08 48.33 82.67 20.00 0.99 1673.10 0.77 3.01 0.07 2.53

Decapoda sp. Epi 0.58 2.78 0.01 1.65 2.99 19.23 0.95 75.89 0.19 0.92 0.00 0.18 0.19 3.64 0.12 1.14 0.00 0.00 0.00 0.00

Brachyura sp. Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.29 5.45 0.29 3.20 0.38 1.50 0.01 0.60

Euphausiacea sp. (Dana, 1852) Epi 0.08 0.56 0.01 0.05 0.15 1.28 0.01 0.21 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 14.78 9.02 0.15 134.69

Megalopa sp. (Leach, 1814) Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 10.71 9.09 0.08 98.09 10.56 4.51 0.09 48.03

ACTINOPTERYGII

(22)

22

Alepisaurus sp. Meso 0.08 0.56 0.37 0.25 1.20 1.28 0.00 1.54 0.19 0.92 0.04 0.21 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Balistidae

Balistidae n.i. Epi 1.17 3.89 0.14 5.10 0.60 3.85 0.19 3.02 7.60 13.76 2.44 138.17 0.29 5.45 0.52 4.44 0.00 0.00 0.00 0.00

Odonus sp. (Gistel, 1848) Epi 1.67 1.11 0.13 2.00 2.54 2.56 5.34 20.23 0.76 1.83 0.42 2.17 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Canthidermis maculata (Bloch, 1786) Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 3.64 21.47 78.78 0.00 0.00 0.00 0.00

Belonidae

Belonidae n.i. Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 0.92 1.19 1.26 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Bramidae

Bramidae n.i. Epimeso 7.10 12.22 6.77 169.44 3.74 25.64 14.06 456.59 7.79 11.01 1.16 98.55 0.29 3.64 0.27 2.03 3.65 5.26 0.24 20.48

Carangidae

Naucrates ductor (Linnaeus, 1758) Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.14 4.59 7.18 38.16 0.19 3.64 0.37 2.04 0.19 0.75 0.20 0.29

Chauliodontidae Meso

Chauliadontidae n.i. Meso 0.00 0.00 0.00 0.00 2.10 2.56 2.58 11.98 0.19 0.92 0.00 0.17 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Coryphaenidae

Coryphaena hippurus Epi 0.25 1.67 1.14 2.32 0.00 0.00 0.00 0.00 2.09 7.34 9.41 84.38 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Dactylopteridae

Dactylopterus sp. (Lacepède, 1801) Epi 1.67 3.89 0.11 6.92 0.60 1.28 0.07 0.85 45.63 16.51 2.65 797.26 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Echeneidae

Echeneidae n.i. Epi 0.17 0.56 0.15 0.18 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 0.92 0.06 0.23 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Exocoetidae

Exocoetidae n.i. Epi 31.22 46.67 78.91 5139.23 13.92 3.85 13.55 105.64 10.27 49.54 63.53 3656.02 1.75 10.91 50.57 570.84 17.27 30.08 71.85 2680.34 Gempylidae

Gempylus sp. Meso 0.00 0.00 0.00 0.00 0.15 1.28 0.10 0.32 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Ruvettus pretiosus (Cocco, 1833) Meso 0.08 0.56 0.07 0.09 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 0.92 0.05 0.22 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Hemiramphidae

(23)

23

Myctophidae

Myctophidae n.i. Meso 12.52 18.89 2.74 288.18 3.59 12.82 13.48 218.94 3.04 5.50 0.77 20.98 1.95 10.91 12.03 152.48 39.16 39.10 20.69 2339.69

Nomeidae

Cubiceps sp. (Lowe, 1843) Epi 0.75 1.11 0.20 1.06 48.65 10.26 29.87 805.39 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 3.64 0.23 1.55 0.00 0.00 0.00 0.00

Scombridae

Scombridae n.i. Epi 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 3.64 0.04 0.86 0.77 2.26 3.60 9.85

Acanthocybium solandri (Cuvier, 1832) Epi 0.42 1.11 0.23 0.72 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 0.75 0.54 0.55

Katsuwonus pelamis (Linnaeus, 1758) Epi 0.25 1.67 2.15 3.99 0.00 0.00 0.00 0.00 0.19 0.92 1.42 1.48 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Tetradontidae

Lagocephalus sp. (Swainson, 1839) Epi 0.58 0.56 0.33 0.51 0.00 0.00 0.00 0.00 1.14 4.59 0.71 8.51 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 ITENS ADVERSOS

Haemulidae

Haemulidae n.i. Demer 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.57 2.75 0.68 3.44 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Engodo Epi 1.09 7.22 3.42 32.50 0.00 0.00 0.00 0.00 1.52 7.34 4.31 42.82 0.49 9.09 10.81 102.68 0.19 0.75 0.02 0.16

(24)

24

4. Discussão

O percentual total de engodo no conteúdo estomacal dos peixes foi superior ao de material sintético, sendo 4.68% para engodo e 1.26% para itens sintéticos. Entre as espécies estudadas, Thunnus albacares, Elagatis bipinnulata e Coryphaena hippurus mostraram-se predadores mais facilmente atraídos pelo engodo. Assim como observado por Sakamoto e Kojima (1999), a espécie T. albacares mostrou-se mais propensa a ingerir engodo do que as demais. A nossa hipótese foi confirmada, onde os itens de origem antrópica ocorreram em proporções diferentes na dieta das cinco espécies de peixes pelágicos. Visto que as espécies com hábitos mais generalistas se mostraram mais propensas a ingerir itens de origem antrópica.

As espécies Coryphaena hippurus, Elagatis bipinnulata e Katsuwonus pelamis foram as principais afetadas com a presença de itens plásticos e sintéticos em seus estômagos, entre essas espécies capturadas, um indivíduo de C. hippurus se mostrou bastante desnutrido e debilitado. A ingestão desses materiais causam bloqueio do trato digestivo, reduzindo a ingestão de alimentos pelos peixes, além de provocar inanição (MENEZES et al., 2019). Isso pode correlacionar-se com o fato dessas espécies possuírem uma dieta mais generalista, como o caso do Coryphaena hippurus e Elagatis bipinnulata, se alimentando de presas associadas a objetos flutuantes (GIBBS; COLLETTE, 1959; GOMES et al., 1998; OXENFORD; HUNTE, 1999). No nosso estudo, e em vários outros, também evidenciamos o habito canibalista que o C. hippurus possui, reforçando mais ainda o comportamento não seletivo e generalista desta espécie (GIBBS; COLLETTE, 1959; MANOOCH; MASON; NELSON, 1984; OXENFORD; HUNTE, 1999; RUDERSHAUSEN et al., 2010; SAKAMOTO; KOJIMA, 1999).

Na tabela de número 5 foi apresentada uma revisão de trabalhos publicados com percentuais de conteúdos plásticos ingeridos pelas espécies estudadas, mostrando que o percentual varia bastante entre as localidades onde os estudos foram desenvolvidos. Podemos observar que no Oceano Atlântico Norte e no Mar Arábico ocidental foram quantificados percentuais superiores a 13% (RUDERSHAUSEN et al., 2010; VARGHESE et al., 2013). Não foram encontrados estudos que evidenciem o percentual de conteúdo sintético ingerido pelas espécies Katsuwonus pelamis e Elagatis bipinnulata, podendo este estudo ser um dos primeiros a avaliar a presença de itens de origem antrópica para E. bipinnulata, que foi a mais afetada durante a pesquisa.

(25)

25

Tabela 5 - Revisão de percentual de materiais de origem sintética presente no conteúdo estomacal das espécies estudadas. Percentuais em negrito destacam os dados obtidos pelo presente estudo.

Espécies Tamanho

do material

Percentual de sintéticos

Localização Referência

Thunnus albacares macro 0% Atlântico Oeste Equatorial Presente estudo Thunnus obesus macro 0% Atlântico Oeste Equatorial Presente estudo Katsuwonus pelamis macro 0.75% Atlântico Oeste Equatorial Presente estudo

Coryphaena hippurus macro 2.75% Atlântico Oeste Equatorial Presente estudo

Elagatis bipinnulata macro 5.54% Atlântico Oeste Equatorial Presente estudo Thunnus albacares micro 12.9% Mar mediterrâneo (Romeo et al., 2015) Thunnus albacares macro 14.3% Oceano Atlântico Norte (Rudershausen et al., 2010) Thunnus obesus macro 3% Pacífico subtropical (Choy; Drazen, 2013)

Katsuwonus pelamis -- -- -- --

Coryphaena hippurus macro 1% Pacífico subtropical (Choy; Drazen, 2013)

Coryphaena hippurus macro 13.26% Mar arábico ocidental (Varghese et al., 2013)

Coryphaena hippurus macro 1.7% Oceano Atlântico Norte (Rudershausen et al., 2010)

Elagatis bipinnulata -- -- -- --

Foi observado por meio dos dados apresentados que a ingestão de materiais de origem antrópica pode estar associada a 2 fatores principais: (1) espécies que possuem um comportamento voraz e não seletivo, unido a uma dieta generalista (TORRES-ROJAS et al., 2014; VARGHESE et al., 2013) e (2) distribuição vertical que essas espécies ocupam na zona pelágica (SAKAMOTO; KOJIMA, 1999; TORRES-ROJAS et al., 2014; VARGHESE et al., 2013; VASKE JÚNIOR et al., 2012).

Grande parte dos detritos plásticos coletados nas superfície dos oceanos em sua maioria são fragmentos de polietileno e polipropileno, que são materiais menos densos que a água do mar e correspondem a 62% do volume de plástico produzido (ANDRADY, 2011; HIDALGO-RUZ et al., 2012; REISSER et al., 2013, 2015). De acordo com Reisser (2015) as propriedades físicas de detritos plásticos flutuantes mostram que, as concentrações de materiais plásticos diminuem exponencialmente com a profundidade da água, se concentrando mais na superfície. Dessa forma, organismos que costumam se agregar em objetos flutuantes na superfície oceânica e que possuam uma dieta generalista,

(26)

26

podem estar mais propensos a se alimentar de itens de origem sintética, seja acidentalmente ou ativamente (Maufroy et al., 2017; Reisser et al., 2015).

As espécies T. albacares, C. hippurus, E. bipinnulata e K. pelamis foram mais suscetíveis a ingestão de itens de origem antrópica, coincidentemente, são organismos que habitam a zona epipelágica oceânica para forragear, zonas estas com profundidades menores que 100m (VASKE JÚNIOR et al., 2012). Já a espécie Thunnus obesus que visita a zona mesopelágica para forragear, que são regiões entre 200m e 600m de profundidade (VASKE JÚNIOR et al., 2012), não apresentou engodo ou materiais sintéticos em seu conteúdo estomacal. Como mencionado, as maiores quantidades de itens plásticos no Atlântico concentram-se mais nas regiões superficiais (epipelágicas) (REISSER et al., 2015). Dessa forma, explicando nossos resultados para os organismos coletados, que são espécies generalistas, que se agregam em objetos flutuantes, estando mais propensas a se alimentar desses fragmentos de menor densidade (MAUFROY et al., 2017; REISSER et al., 2015).

De acordo com um estudo realizado por Brill (1994), verificou-se que existe diferença na distribuição vertical entre as espécies Thunnus albacares e Thunnus obesus, sendo que T. obesus se mostra menos sensível aos gradientes verticais de profundidade devido questões fisiológicas. Dessa forma, T. obesus também se alimenta em regiões mais profundas, ficando livre de itens de origem antrópica que ficam flutuando na zona epipelágica, tendo preferência por presas que estejam em movimento. De acordo com Bach et al. (2003), gradientes verticais intensos com grandes variações de temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido e distribuição de presas podem modificar a distribuição vertical de espécies pelágicas, mas não se sabe ao certo se isso pode facilitar a atração de predadores por determinados tipos de presas.

Conforme nossas análises do índice de importância relativa (IIR), os itens alimentares preferencias das espécies pelágicas estudadas T. albacares, K. pelamis, C. hippurus, E. bipinnulata consistiram principalmente por famílias que habitam na região epipelágica: Exocoetidae, Balistidae, crustáceos (euphausiacea) (CORRÊA et al., 2012; ROSE; HASSLER, 1974; TORRES-ROJAS et al., 2014; VARELA et al., 2017). Já para Thunnus obesus os itens alimentares estavam mais presentes na zona epimesopelágica, como Cefalópodes, Bramidae, Nomeidae e Myctophidae, itens semelhantes se comparados a outros estudos desenvolvidos no oceano Atlântico (BACH et al., 2003; BRILL, 1994; EVANS et al., 2008; VASKE JÚNIOR et al., 2012).

(27)

27

De acordo com Schmidt et al., (2017) em um estudo realizado sobre a exportação de detritos plásticos para o mar, das 10 principais bacias que fornecem as maiores cargas de materiais plásticos para o oceano 8 estão localizadas na Ásia, devido ser um continente altamente populoso. Dessa forma, as maiores quantidades de itens sintéticos se concentram no oceano pacífico, onde políticas de conscientização e medidas mitigatórias teriam maiores resultados se fossem realizadas com maiores esforços em bacias asiáticas. Considera-se que materiais sintéticos estão se tornando frequentes na dieta dos organismos estudados. Logo, ressaltamos a importância de medidas mitigatórias para a redução destes materiais, como projetos direcionados a educação ambiental, e a substituição em larga escala de materiais plásticos por alternativas biodegradáveis, visando a saúde dos indivíduos e seres humanos, o equilíbrio da cadeia trófica na qual essas espécies estão inseridas.

O fato da ocorrência de conteúdos de origem antrópica ter sido relativamente baixa no nosso estudo, mostra que o Oceano Atlântico equatorial não se encontra em um quadro tão agravante de poluição por resíduos sintéticos se comparado a outras localidades. Ainda assim, se trata de um agravante, onde recomenda-se um monitoramento continuo, tendo em vista que a presença desses materiais pode provocar sérios danos às espécies marinhas, como bloqueios intestinais, abrasões, prejudicando o funcionamento de órgãos e provocando deficiência na assimilação de alimentos (GALL; THOMPSON, 2015). Os danos fisiológicos estão relacionados à toxicidade de monômeros e aditivos plásticos, que podem provocar carcinogênese e desregulação endócrina (WRIGHT; THOMPSON; GALLOWAY, 2013), atingindo de forma direta espécies marinhas e de interesse comercial (ANDRADES et al., 2016; LUSHER; MCHUGH; THOMPSON, 2013).

A ingestão do engodo também pode ser outro agravante, pois as espécies que se alimentam desse tipo de material orgânico podem amplificar o processo de biomagnificação do mercúrio (Hg) (ORDIANO-FLORES; ROSÍLES-MARTÍNEZ; GALVÁN-MAGAÑA, 2012). Elevadas concentrações de mercúrio já foram registradas em partes comestíveis de peixes pelágicos de importância comercial

(ESCOBAR-SÁNCHEZ; GALVÁN-MAGAÑA; ROSÍLES-MARTÍNEZ, 2011;

GARCÍA-HERNÁNDEZ et al., 2007; SOTO-JIMÉNEZ; AMEZCUA; GONZÁLEZ-LEDESMA, 2010). As espécies Thunnus albacares e Thunnus obesus estão entre as espécies-alvo de atenção pelas autoridades de segurança alimentar ao redor do mundo, devido a sua

(28)

28

capacidade de bioacumulação do mercúrio (LACERDA et al., 2017). O mercúrio tem seu processo de biomagnificação ao longo da cadeia produtiva de Thunnus albacares, onde suas concentrações e do elemento selênio (Se) podem ser bioacumuladas nos tecidos das presas e de seus predadores, e consequentemente, também no alimento que chega a nossas mesas (ORDIANO-FLORES; ROSÍLES-MARTÍNEZ; GALVÁN-MAGAÑA, 2012).

As elevadas concentrações de Hg têm relação com maiores níveis em que esses organismos ocupam nas teias tróficas e ao alimento ingerido por eles, onde predadores de topo tem maiores concentrações do que suas presas (YANG et al., 2008), onde era comum encontrarmos no conteúdo estomacal de T. albacares engodo feito com vísceras da própria espécie. Por mais que o selênio esteja bem presente em frutos do mar, e seja essencial para a vida, esse elemento, em níveis elevados, pode se tornar tóxico para humanos e animais que os consomem em concentrações acima do que é considerado ótimo (DANG; WANG, 2011). Nos últimos anos, poucos estudos como o de Lacerda e colaboradores (2017) reportaram concentrações de mercúrio em atuns no Atlântico Sul.

Por meio de estudos de ecologia comportamental e alimentar, é possível otimizar os modelos de gestão pesqueira, controlando o declínio dos estoques naturais de peixes no Atlântico (VARGHESE; SOMVANSHI; DALVI, 2014). Podemos observar que mesmo a uma distância de 323 milhas náuticas (600km) da costa as pressões antrópicas no Oceano Atlântico Oeste Equatorial ainda conseguem afetar negativamente os organismos estudados. Dessa forma, vale ressaltar a importância deste estudo como um alerta para a necessidade de implementação de medidas mitigatórias ou alternativas para a redução de materiais sintéticos que são produzidos diariamente ao redor do mundo, os quais podem afetar gradativamente a saúde dos organismos marinhos (GREGORY, 2009; ROCHMAN et al., 2013; RYAN et al., 2009).

Recomenda-se a realização de mais estudos direcionados a ingestão de engodo por peixes pelágicos, onde possam ser realizados mais testes avaliando os verdadeiros impactos que este método emergente de pesca pode causar na dieta de peixes, e alertar sobre este tipo de pescaria recorrente e seus efeitos sobre toda uma cadeia produtiva.

Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer ao orientador Dr. Guelson Silva por todas as contribuições e conhecimento transmitido. A todos os integrantes do Laboratório de Tecnologia e Oceanografia Pesqueira da UFERSA, Manuel Alves, João Luiz Elias,

(29)

29

Cyntia Moraes, Paulo Nunes, Maycon da Silva, Micaele Morais, Paulo Nascimento, e aos pescadores por toda a ajuda na pesca e triagem do material. Ao professor Dr. Fúlvio Freire, ao Dr. Carlos Eduardo e ao Msc. Júlio Carvalho obrigada pelo auxílio nas análises estatísticas.

5. Referências

AMANDÈ, M. J. et al. Precision in bycatch estimates: the case of tuna purse-seine fisheries in the Indian Ocean. ICES Journal of Marine Science, v. 69, n. 8, p. 1501– 1510, 1 set. 2012.

ANDRADES, R. et al. Origin of marine debris is related to disposable packs of ultra-processed food. Marine Pollution Bulletin, v. 109, n. 1, p. 192–195, 15 ago. 2016. ANDRADY, A. L. Microplastics in the marine environment. Marine Pollution Bulletin, v. 62, n. 8, p. 1596–1605, 1 ago. 2011.

BACH, P. et al. Acoustic telemetry versus monitored longline fishing for studying the vertical distribution of pelagic fish: bigeye tuna (Thunnus obesus) in French Polynesia. Fisheries Research, v. 60, n. 2, p. 281–292, 1 fev. 2003.

BARUT, N. C.; FAO, C. (SRI L. I.-P. T. D. AND M. P. ENG. Food and feeding habits of yellowfin tuna Thunnus albacares (Bonnaterre, 1788), caught by handline around Payao in the Moro Gulf. 1988.

BRILL, R. W. A review of temperature and oxygen tolerance studies of tunas pertinent to fisheries oceanography, movement models and stock assessments. Fisheries Oceanography, v. 3, n. 3, p. 204–216, 1 set. 1994.

CARPENTER, S. R.; KITCHELL, J. F.; HODGSON, J. R. Cascading Trophic Interactions and Lake ProductivityFish predation and herbivory can regulate lake ecosystems. BioScience, v. 35, n. 10, p. 634–639, 1 nov. 1985.

CARSON, H. S. The incidence of plastic ingestion by fishes: From the prey’s perspective. Marine Pollution Bulletin, v. 74, n. 1, p. 170–174, 15 set. 2013.

CASTRO, J. J.; SANTIAGO, J. A.; SANTANA-ORTEGA, A. T. A general theory on fish aggregation to floating objects: An alternative to the meeting point hypothesis. Reviews in Fish Biology and Fisheries, v. 11, n. 3, p. 255–277, 1 set. 2002.

CHOY, A.; DRAZEN, J. Plastic for dinner? Observations of frequent debris ingestion by pelagic predatory fishes from the central North Pacific. Marine Ecology Progress Series, v. 485, p. 155–163, 27 jun. 2013.

COLLETTE, B. B. et al. High Value and Long Life—Double Jeopardy for Tunas and Billfishes. Science, v. 333, n. 6040, p. 291–292, 15 jul. 2011.

(30)

30

CORRÊA, F. et al. Feeding ecology and prey preferences of a piscivorous fish in the Lagoa do Peixe National Park, a Biosphere Reserve in Southern Brazil. Environmental Biology of Fishes, v. 93, n. 1, p. 1–12, 1 jan. 2012.

DAGORN, L. et al. Is it good or bad to fish with FADs? What are the real impacts of the use of drifting FADs on pelagic marine ecosystems? Fish and Fisheries, v. 14, n. 3, p. 391–415, 1 set. 2013.

DANG, F.; WANG, W.-X. Antagonistic Interaction of Mercury and Selenium in a Marine Fish Is Dependent on Their Chemical Species. Environmental Science & Technology, v. 45, n. 7, p. 3116–3122, 1 abr. 2011.

DAVISON, P.; ASCH, R. G. Plastic ingestion by mesopelagic fishes in the North Pacific Subtropical Gyre. Marine Ecology Progress Series, v. 432, p. 173–180, 27 jun. 2011. ERIKSEN, M. et al. Plastic Pollution in the World’s Oceans: More than 5 Trillion Plastic Pieces Weighing over 250,000 Tons Afloat at Sea. PLOS ONE, v. 9, n. 12, p. e111913, 10 dez. 2014.

ESCOBAR-SÁNCHEZ, O.; GALVÁN-MAGAÑA, F.; ROSÍLES-MARTÍNEZ, R. Biomagnification of Mercury and Selenium in Blue Shark Prionace glauca from the Pacific Ocean off Mexico. Biological Trace Element Research, v. 144, n. 1, p. 550– 559, 1 dez. 2011.

EVANS, K. et al. Behaviour and habitat preferences of bigeye tuna (Thunnus obesus) and their influence on longline fishery catches in the western Coral Sea. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, v. 65, n. 11, p. 2427–2443, 24 out. 2008.

FONTENEAU, A.; CHASSOT, E.; BODIN, N. Global spatio-temporal patterns in tropical tuna purse seine fisheries on drifting fish aggregating devices (DFADs): Taking a historical perspective to inform current challenges. Aquatic Living Resources, v. 26, n. 1, p. 37–48, jan. 2013.

FONTENEAU, A.; PALLARES, P.; PIANET, R. A worldwide review of purse seine fisheries on FADs.. In: PÊCHE THONIÈRE ET DISPOSITIFS DE CONCENTRATION DE POISSONS, CARIBBEAN-MARTINIQUE, 15-19 OCT 1999. 1 jan. 2000Disponível em: <https://archimer.ifremer.fr/doc/00042/15278/>. Acesso em: 2 fev. 2019

GALGANI, F. et al. Marine litter within the European Marine Strategy Framework Directive. ICES Journal of Marine Science, v. 70, n. 6, p. 1055–1064, 1 set. 2013. GALL, S. C.; THOMPSON, R. C. The impact of debris on marine life. Marine Pollution Bulletin, v. 92, n. 1, p. 170–179, 15 mar. 2015.

GARCÍA-HERNÁNDEZ, J. et al. Total mercury content found in edible tissues of top predator fish from the Gulf of California, Mexico. Toxicological & Environmental Chemistry, v. 89, n. 3, p. 507–522, 1 jul. 2007.

GIBBS, J.; COLLETTE, B. B. On the Identification, Distribution, and Biology of the Dolphins, Coryphaena Hippurus and C. Equiselis. Text. Disponível em:

(31)

31

<https://www.ingentaconnect.com/content/umrsmas/bullmar/1959/00000009/00000002/ art00001>. Acesso em: 3 fev. 2019.

GISLASON, H. et al. Symposium overview: incorporating ecosystem objectives within fisheries management. ICES Journal of Marine Science, v. 57, n. 3, p. 468–475, 1 jun. 2000.

GOMES, C. et al. The role of drifting objects in pelagic fisheries in the Southeastern Caribbean. Fisheries Research, v. 34, n. 1, p. 47–58, 1 fev. 1998.

GREGORY, M. R. Environmental implications of plastic debris in marine settings— entanglement, ingestion, smothering, hangers-on, hitch-hiking and alien invasions. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 364, n. 1526, p. 2013–2025, 27 jul. 2009.

GREGORY, M. R.; RYAN, P. G. Pelagic Plastics and Other Seaborne Persistent Synthetic Debris: A Review of Southern Hemisphere Perspectives. In: Marine Debris. Springer Series on Environmental Management. [s.l.] Springer, New York, NY, 1997. p. 49–66.

HALLIER, J.-P.; DELGADO DE MOLINA, A. Baitboat as a tuna aggregating device. . In: PÊCHE THONIÈRE ET DISPOSITIFS DE CONCENTRATION DE POISSONS, CARIBBEAN-MARTINIQUE, 15-19 OCT 1999. 1 jan. 2000Disponível em: <https://archimer.ifremer.fr/doc/00042/15304/>. Acesso em: 27 fev. 2019

HAVICE, E. Rights-based management in the Western and Central Pacific Ocean tuna fishery: Economic and environmental change under the Vessel Day Scheme. Marine Policy, v. 42, n. Supplement C, p. 259–267, 1 nov. 2013.

HAZIN, F.; BROADHURST, M.; HAZIN, H. Preliminary Analysis of the Feasibility of Transferring New Longline Technology to Small Artisanal Vessels off Northeastern Brazil. Marine Fisheries Review, v. 62, p. 26–34, 2000.

HAZIN, F. H. V. O futuro da pesca da aquicultura marinha no Brasil: a pesca oceânica. Ciência e Cultura, v. 62, n. 3, p. 36–37, 70 2010.

HIDALGO-RUZ, V. et al. Microplastics in the Marine Environment: A Review of the Methods Used for Identification and Quantification. Environmental Science & Technology, v. 46, n. 6, p. 3060–3075, 20 mar. 2012.

HORN, H. S. Measurement of “Overlap” in Comparative Ecological Studies. The American Naturalist, v. 100, n. 914, p. 419–424, 1 set. 1966.

JANTZ, L. A. et al. Ingestion of plastic marine debris by longnose lancetfish (Alepisaurus ferox) in the North Pacific Ocean. Marine Pollution Bulletin, v. 69, n. 1, p. 97–104, 15 abr. 2013.

LACERDA, L. D. et al. Mercury Concentrations in Tuna (Thunnus albacares and Thunnus obesus) from the Brazilian Equatorial Atlantic Ocean. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, v. 98, n. 2, p. 149–155, 1 fev. 2017.

(32)

32

LOPEZ, J. et al. Evolution and current state of the technology of echo-sounder buoys used by Spanish tropical tuna purse seiners in the Atlantic, Indian and Pacific Oceans. Fisheries Research, v. 155, p. 127–137, 1 jul. 2014.

LUSHER, A. L.; MCHUGH, M.; THOMPSON, R. C. Occurrence of microplastics in the gastrointestinal tract of pelagic and demersal fish from the English Channel. Marine Pollution Bulletin, v. 67, n. 1, p. 94–99, 15 fev. 2013.

MAHON, R. Dolphinfish fisheries in the Caribbean region. Scientia Marina, v. 63, n. 3–4, p. 411–420, 30 dez. 1999.

MANOOCH C. S.; MASON D. L.; NELSON R. S. 米国東南部沿岸海域のシイラの 胃内容物と消化管寄生虫. 日本水産学会誌, v. 50, n. 9, p. 1511–1525, 25 set. 1984.

MAUFROY, A. et al. Large-Scale Examination of Spatio-Temporal Patterns of Drifting Fish Aggregating Devices (dFADs) from Tropical Tuna Fisheries of the Indian and Atlantic Oceans. PLOS ONE, v. 10, n. 5, p. e0128023, 26 maio 2015.

MAUFROY, A. et al. Massive increase in the use of drifting Fish Aggregating Devices (dFADs) by tropical tuna purse seine fisheries in the Atlantic and Indian oceans. ICES Journal of Marine Science, v. 74, n. 1, p. 215–225, 1 jan. 2017.

MENEZES, R. et al. Ingestion of macroplastic debris by the common dolphinfish (Coryphaena hippurus) in the Western Equatorial Atlantic. Marine Pollution Bulletin, v. 141, p. 161–163, 1 abr. 2019.

MIRANDA, D. DE A.; DE CARVALHO-SOUZA, G. F. Are we eating plastic-ingesting fish? Marine Pollution Bulletin, v. 103, n. 1, p. 109–114, 15 fev. 2016.

ORDIANO-FLORES, A.; ROSÍLES-MARTÍNEZ, R.; GALVÁN-MAGAÑA, F. Biomagnification of mercury and its antagonistic interaction with selenium in yellowfin tuna Thunnus albacares in the trophic web of Baja California Sur, Mexico. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 86, p. 182–187, 1 dez. 2012.

OXENFORD, H. A.; HUNTE, W. Feeding habits of the dolphinfish ( Coryphaena hippurus ) in the eastern Caribbean. Scientia Marina, v. 63, n. 3–4, p. 303–315, 30 dez. 1999.

PELLA, J. J.; TOMLINSON, P. K. A Generalized Stock Prodution Model. Inter-American Tropical Tuna Commission, p. 83, 1969.

PESCHAK, T. P. Sharks and People: Exploring Our Relationship with the Most Feared Fish in the Sea. [s.l.] University of Chicago Press, 2014.

PINHEIRO, P. B. et al. The reproductive biology of the rainbow runner, Elagatis bipinnulata (Quoy &amp; Gaimard, 1825) caught in the São Pedro and São Paulo Archipelago. Brazilian Journal of Biology, v. 71, n. 1, p. 99–106, fev. 2011.

PINKAS, L.; OLIPHANT, M. S.; IVERSON, I. L. K. Fish Bulletin 152. Food Habits of Albacore, Bluefin Tuna, and Bonito In California Waters. 1 jun. 1970.

(33)

33

RAMOS, J. A. A.; BARLETTA, M.; COSTA, M. F. Ingestion of nylon threads by Gerreidae while using a tropical estuary as foraging grounds. Aquatic Biology, v. 17, n. 1, p. 29–34, 17 out. 2012.

REISSER, J. et al. Marine Plastic Pollution in Waters around Australia: Characteristics, Concentrations, and Pathways. PLOS ONE, v. 8, n. 11, p. e80466, 27 nov. 2013. REISSER, J. W. et al. The vertical distribution of buoyant plastics at sea: an observationalstudy in the North Atlantic Gyre. 2015.

ROCHMAN, C. M. et al. Ingested plastic transfers hazardous chemicals to fish and induces hepatic stress. Scientific Reports, v. 3, 21 nov. 2013.

ROMEO, T. et al. First evidence of presence of plastic debris in stomach of large pelagic fish in the Mediterranean Sea. Marine Pollution Bulletin, v. 95, n. 1, p. 358–361, 15 jun. 2015.

ROSE, C. D.; HASSLER, W. W. Food Habits and Sex Ratios of Dolphin Coryphaena hippurus Captured in the Western Atlantic Ocean off Hatteras, North Carolina. Transactions of the American Fisheries Society, v. 103, n. 1, p. 94–100, 1 jan. 1974. RUDERSHAUSEN, P. J. et al. Feeding Ecology of Blue Marlins, Dolphinfish, Yellowfin Tuna, and Wahoos from the North Atlantic Ocean and Comparisons with other Oceans. Transactions of the American Fisheries Society, v. 139, n. 5, p. 1335–1359, 1 set. 2010. RUDOW, L. Rudow’s Guide to the Mid-Atlantic: Coastal Bays and Ocean. [s.l.] Geared Up Publications, 2012.

RUMMEL, C. D. et al. Plastic ingestion by pelagic and demersal fish from the North Sea and Baltic Sea. Marine Pollution Bulletin, v. 102, n. 1, p. 134–141, 15 jan. 2016. RYAN, P. G. et al. Monitoring the abundance of plastic debris in the marine environment. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 364, n. 1526, p. 1999–2012, 27 jul. 2009.

SAKAMOTO, R.; KOJIMA, S. Review of dolphinfish biological and fishing data in Japanese waters. Scientia Marina, v. 63, n. 3–4, p. 375–385, 30 dez. 1999.

SANTOS, A. C. L. D. et al. Reproductive biology of dolphinfish, Coryphaena hippurus (Actinopterygii: Coryphaenidae), in Saint Peter and Saint Paul Archipelago, Brazil. Scientia Marina, v. 78, n. 3, p. 363–369, 30 set. 2014.

SCHMIDT, C.; KRAUTH, T.; WAGNER, S. Export of Plastic Debris by Rivers into the Sea. Environmental Science & Technology, v. 51, n. 21, p. 12246–12253, 7 nov. 2017. SIBERT, J. et al. Biomass, Size, and Trophic Status of Top Predators in the Pacific Ocean. Science, v. 314, n. 5806, p. 1773–1776, 15 dez. 2006.

SILVA, G. B. DA et al. Fishing operations to catch tuna on aggregated schools at the vicinity of a data buoy in the Western Equatorial Atlantic. Brazilian Journal of Oceanography, v. 66, n. 4, p. 335–338, dez. 2018.

(34)

34

SILVA, G. B. et al. Composição das capturas na pesca de atuns e afins em cardumes associados no atlântico oeste equatorial. Boletim do Instituto de Pesca, v. 42, n. 4, p. 866–877, 30 dez. 2016.

SOTO-JIMÉNEZ, M. F.; AMEZCUA, F.; GONZÁLEZ-LEDESMA, R. Nonessential Metals in Striped Marlin and Indo-Pacific Sailfish in the Southeast Gulf of California, Mexico: Concentration and Assessment of Human Health Risk. Archives of Environmental Contamination and Toxicology, v. 58, n. 3, p. 810–818, 1 abr. 2010. TORRES-ROJAS, Y. E. et al. Feeding Habits Variability and Trophic Position of Dolphinfish in Waters South of the Baja California Peninsula, Mexico. Transactions of the American Fisheries Society, v. 143, n. 2, p. 528–542, 4 mar. 2014.

VARELA, J. L. et al. Feeding habits of juvenile yellowfin tuna (Thunnus albacares) in Ecuadorian waters assessed from stomach content and stable isotope analysis. Fisheries Research, v. 194, p. 89–98, 1 out. 2017.

VARGHESE, S. P. et al. Diet and consumption rates of common dolphinfish, Coryphaena hippurus, in the eastern Arabian Sea. Journal of Applied Ichthyology, v. 29, n. 5, p. 1022–1029, out. 2013.

VARGHESE, S. P.; SOMVANSHI, V. S.; DALVI, R. S. Diet composition, feeding niche partitioning and trophic organisation of large pelagic predatory fishes in the eastern Arabian Sea. Hydrobiologia, v. 736, n. 1, p. 99–114, 1 set. 2014.

VASKE JÚNIOR, T. et al. Forage fauna in the diet of bigeye tuna (Thunnus obesus) in the western tropical Atlantic Ocean. Brazilian Journal of Oceanography, v. 60, n. 1, p. 89–97, mar. 2012.

VENDEL, A. L. et al. Widespread microplastic ingestion by fish assemblages in tropical estuaries subjected to anthropogenic pressures. Marine Pollution Bulletin, v. 117, n. 1, p. 448–455, 15 abr. 2017.

WRIGHT, S. L.; THOMPSON, R. C.; GALLOWAY, T. S. The physical impacts of microplastics on marine organisms: A review. Environmental Pollution, v. 178, p. 483– 492, 1 jul. 2013.

YANG, D.-Y. et al. Selenium and mercury in organisms: Interactions and mechanisms. Environmental Reviews, v. 16, n. NA, p. 71–92, 7 maio 2008.

ZARFL, C.; MATTHIES, M. Are marine plastic particles transport vectors for organic pollutants to the Arctic? Marine Pollution Bulletin, v. 60, n. 10, p. 1810–1814, 1 out. 2010.

Referências

Documentos relacionados

Nosso ponto de partida metodológico é observar e descrever a interação do individuo desde sua infância mais imatura com seu contexto social, cultural, econômico, político com

Triagem da infecção pelo HCV por meio de testes rápidos em indivíduos maiores de 18 meses.. Fonte: Manual Técnico para o Diagnóstico das

De maneira geral, o apoio, a valorização e os investimentos são os fatores que mais contribuem para o crescimento e desenvolvimento do paradesporto nacional,

Capitalismo Sindical” e consiste basicamente em dizer que processos políticos podem ter o seu princípio alterado em detrimento de uma outra classe social. No caso das Primaveras

Tabela 3 - Duração do ciclo após a germinação, produtividade, eficiência no uso da água em cenários climáticos futuros RCP4.5 para o milho semeado em 10 de outubro.. Já para

Segundo Brown (2004), apoiado principalmente no trabalho de Warren e Nisbet (1999), é possível conceber que os indivíduos, quer sejam professores ou estudantes, geralmente

Este capítulo tem uma abordagem mais prática, serão descritos alguns pontos necessários à instalação dos componentes vistos em teoria, ou seja, neste ponto

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem