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METODOLOGIA DO PROJETO MICROBACIAS

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Academic year: 2021

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METODOLOGIA DO PROJETO MICROBACIAS

O presente documento indica a Metodologia a ser aplicada no âmbito do “Projeto Microbacias” – Projeto Gerenciamento Integrado de Agrossistemas em Microbacias Hidrográficas do Norte-Noroeste Fluminense (Rio Rural/GEF).

O objetivo principal do Projeto é é coconnttrriibbuuiirr paparraa a a ddiimmiinnuuiiççããoo dadass a

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Na concepção do presente projeto o conceito de microbacia hidrográfica engloba a contextualização da comunidade constituída predominantemente de agricultores familiares que utilizam os recursos naturais para sua sobrevivência, combinando os dispositivos da Política Nacional de Recursos Hídricos com conceitos de sustentabilidade do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCs), sem prejuízo da observância das leis ambientais pertinentes. Registre-se que o objetivo do desenvolvimento do projeto inclui a orientação para a prática de manejo sustentável do solo e isto inclui a adequação da atividade laborativa rural com a legislação ambiental pertinente.

O programa prevê a atuação preventiva, no aconselhamento da população que habita a área objeto do Projeto em comento; com reuniões e atendimento nas próprias localidades, em unidades móveis; na formação de um banco de dados acerca do perfil jurídico do atendimento e na possibilidade

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de implantação de unidades didáticas para capacitação de agricultores familiares; no resgate de uma cidadania embotada e da preparação para que possam desempenhar os papéis sociais que lhes são destinados, vez que a omissão estatal no acesso à informação e à educação pode induzir que a comunidade incida em posturas contrárias a lei e aos seus próprios interesses, alimentando o ciclo de aumento da degradação ambiental e aumento da pobreza.

ETAPAS DO PROJETO:

1- Primeira Etapa - Aprofundamento da Legislação

Nessa primeira etapa, o Nucleo de Direitos Humanos realizará um aprofundamento do estudo da legislação específica. Para isso contará com estagiários especificamente contratados para o Projeto que desenvolverão pesquisa, levantamento de dados, organização de dados consistentes em legislação, doutrina e jurisprudência sobre a matéria ambiental envolvida.Será ainda efetuada pesquisa sobre a atuação do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, da FEEMA, SERLA, IBAMA e outros órgãos fiscalizadores do meio ambiente, a fim de identificar qual seu modus operandi e como abordam uma comunidade em atuação desconforme ao direito.

2 – Segunda Etapa- Capacitação de Defensores

Será elaborado em conjunto com A Secretaria de Microbacias Curso de capacitação e especialização para atuação no Projeto destinado aos Defensores Públicos da Região Norte-Noroeste. O curso contará com explanações acerca do Projeto e sua metodologia, bem como especialização em matéria ambiental, e será realizado em duas versões, uma na Sede Administrativa da Defensoria e outra na Região.

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3- Terceira Etapa - Estudo dos DRPs aplicados

Com o levantamento de dados e com a entrega dos diagnósticos DRP (Diagnostico Rural Participativo) por parte da equipe técnica, será possível o estudo e identificação das práticas violadoras das regras ambientais, e a transformação destas em questões jurídicas com perguntas e respostas que integrarão a cartilha.

4- Quarta Etapa - Elaboração da cartilha

A Cartilha será elaborada em linguagem simples, sob a forma de perguntas e respostas, visando o aumento do nível de sensibilização coletiva para as questões ambientais dessas populações rurais, inserindo-os como gestores responsáveis pela manutenção da biodiversidade, redução da erosão dos solos e aumento dos estoques de carbono nas paisagens rurais. Será dividida em 4 partes:

Dúvidas mais comuns;

Agressões a serem identificadas e corrigidas/práticas mais comuns (o que é crime? o que é infração administrativa?);

Endereços úteis com questionário sobre forma associativa; Glossário.

Elaboração da compilação da legislação ambiental (federal, estadual e municipal dos Municípios envolvidos – vide quadro com regiões). As leis serão citadas ao final de cada pergunta e resposta, e sua compilação entregue ao Representante da Comunidade, para consulta eventual dos interessados.

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5- Quinta Etapa - Visita à microbacia.

Esta etapa envolve atuação in loco dos Defensores Públicos.

Cada uma das vinte e quatro microbacias hidrográficas envolvidas no Projeto serão visitadas pela Defensoria Pública, na forma do cronograma

anexo. O cronograma anexo é um esboço, ainda passível de modificações,

caso seja detectada necessidade pela SEAPPA (órgão gestor do Projeto Rio-Rural GEF no âmbito do Estado do Rio de Janeiro).

A visita estará condicionada ao recebimento e análise prévia dos diagnósticos (DGs) de cada localidade, a serem enviadas pela SEAPPA, a fim de que possa ser feita avaliação prévia pelos Defensores Públicos do NUDEDH e traçada a linha de abordagem específica para cada microbacia hidrográfica.

A visita inicial da Defensoria Pública será em 02 (dois) dias, na forma Tarde-Manhã-Tarde, decidida previamente e na forma do cronograma anexo.

O objetivo da visita inicial consiste na identificação da percepção jurídico-ambiental da comunidade envolvida para, com o auxílio da cartilha elaborada especialmente para esse fim, capacitar técnico-juridicamente cada comunidade quanto à legislação ambiental, quanto os órgãos fiscalizadores do meio-ambiente e quanto à importância e vantagens do desenvolvimento sustentável, que deverá, ao final da atuação, restar consubstanciada em Estatuto Comunitário de Conduta.

A atuação da Defensoria Pública será – então – dividida em três momentos:

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1. Trabalhar o diagnóstico do marco zero quanto à percepção jurídico-ambiental das comunidades envolvidas.

2. Capacitação técnico-jurídico ambiental.

3. Esclarecimentos sobre o Estatuto Comunitário de Conduta e sua elaboração.

A natureza jurídica do Estatuto Comunitário de Conduta (ECC) é de regimento interno da Associação de Moradores/Agricultores Rurais da área envolvida.

No Estatuto da Associação deverá haver remissão ao Estatuto Comunitário de Conduta (regimento interno), que consubstanciará direitos e deveres dos associados, todos relacionados ao princípio constitucional da prevenção e em conformidade com desenvolvimento sustentável. Em verdadeira mudança de paradigma, passar-se-á do princípio do poluidor-pagador, para o do preservador-recebedor, que será premiado pelas práticas em conformidade com o desenvolvimento sustentável.

O NUDEDH elaborará um modelo de Estatuto, que servirá de base para o trabalho, mas deverá ser modificado conforme as especificações de cada microbacia hidrográfica, para cada comunidade envolvida.

Em cada visita inicial contar-se-á com a participação de, no mínimo, um Defensor Público do NUDEDH, vinculado à gestão do Projeto Microbacias e de todos os Defensores Públicos lotados e/ou designados para atuarem na Comarca especificamente envolvida, na seguinte forma:

Órgãos de atuação da DPGE/RJ Microbacia Hidrográfica envolvida

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Comarca de Laje do Muriaé Ribeirão Jararaca

Comarca de Natividade Ribeirão da Conceição Ribeirão Varre-sai Comarca de Porciúncula Ribeirão do Ouro

Comarca de Santo Antônio de Pádua Córrego do Ouriveis A Barra do Pomba

Comarca de Italva/Cardoso Moreira Córrego Marimbondo Valão do Pires

Comarca de Miracema Médio Ribeirão do Bonito

Comarca de Cambuci Valão Grande II Valão Santa Maria Bom Jesus do Itabapoana Córrego Lambari Comarca de Itaocara Córrego Papagaio Campos dos Goytacazes Ururaí

Comarca de São Francisco do Itabapoana

Brejo Cobiça

Comarca de São Fidélis Valão dos Milagres

São João da Barra Canal Degredo

Comarca de Macaé Rio D`Antas

Comarca de Quissamã/Carapebus Lagoa de Carapebus Brejo da Piedade Comarca de Conceição de Macabu Córrego São Domingos Comarca de Santa Maria Madalena Médio Imbé

Comarca de Trajano de Morais Caixa D´Água

Para a execução do projeto, a Defensoria Pública identificará se há ou não Associação dos moradores/agricultores rurais na microbacia hidrográfica. Se houver, será identificado se está ou não conforme as regras do Novo Código Civil. Se estiver, a comunidade será orientada juridicamente na construção do Estatuto de Conduta.

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Se não houver Estatuto, a Defensoria Pública deverá ser procurada para orientar a elaboração, aprovação por Assembléia e do Estatuto Comunitário.

Todas as questões que ficarem pendentes e as que surgirem após as visitas serão de atribuição do Defensor Público da região, que acompanhará todos os trabalhos e contará sempre com a assessoria do NUDEDH.

Se houver a necessidade de mais encontros in loco, irá o Defensor Público da área, capacitado em razão do curso e na forma da resolução que cria o grupo de trabalho.

Referências

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