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PROTAGONISTAS DA RESISTÊNCIA: A ATUAÇÃO DAS MULHERES NA VANGUARDA POPULAR REVOLUCIONÁRIA NOS ANOS DE

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Academic year: 2021

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PROTAGONISTAS DA RESISTÊNCIA: A ATUAÇÃO DAS MULHERES NA VANGUARDA POPULAR REVOLUCIONÁRIA NOS ANOS DE 1967-1974

Débora Campani Chagas (Unioeste)

Resumo: Este trabalho busca apresentar a investigação em andamento a

respeito da atuação de mulheres na Vanguarda Popular Revolucionária, grupo de resistência armada contra a Ditadura brasileira de Segurança Nacional (1964-1985). As mulheres escolhidas para a realização da pesquisa são Damaris Lucena, Dulce Maia, Iara Iavelberg, Maria do Carmo Brito, Renata Ferraz Guerra, Sônia Lafoz e Zenaide Machado, que tiveram uma atuação significativa do grupo. As fontes que sustentam essa investigação são documentos oriundos da repressão disponibilizados no Arquivo Nacional em Brasília, no Arquivo Público no Paraná, e em sites como o Brasil Nunca Mais Digital e Documentos Revelados. Entrevistas disponíveis no site da Comissão Nacional da Verdade e em livros biográficos também são utilizados nessa pesquisa. Os objetivos são compreender quais ações diretamente essas mulheres realizaram na organização, assim como analisar como foi atuar em um contexto de forte repressão militar. Busca-se também entender qual era o ideal de revolução que essas mulheres construíram dentro da organização e como essa perspectiva política direciona os caminhos traçados por estes sujeitos. A partir da análise crítica das fontes selecionadas e em diálogo com a bibliografia pretendemos compreender quais eram os conflitos e contradições sociais daquele período, e também contribuir com a produção de conhecimento sobre esse tema.

Palavras-chave: Mulheres; Resistência Armada; Vanguarda Popular Revolucionária.

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (Capes).

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Este texto apresenta a pesquisa que está em andamento no curso de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste. Trata-se, portanto, de um trabalho que não está finalizado, mas que por estar em desenvolvimento, permite que apresentemos as questões já traçadas e apontemos as discussões que ainda pretendemos realizar. Inicialmente, consideramos importante apresentar a temática da pesquisa. Como o título do texto indica, trata-se de uma investigação sobre mulheres que participaram da resistência armada, em especial no grupo intitulado Vanguarda Popular Revolucionária, durante os anos de 1967 até 1974, período em que vivíamos em um contexto de ditadura militar.

A Ditadura brasileira de Segurança Nacional como preferimos chamar, mais comumente conhecida como ditadura militar, se estruturou

a partir das diretrizes gerais da Doutrina de Segurança Nacional (DSN) e das orientações da estratégia da contrainsurgência através de uma política estatal que implementou uma metodologia repressiva pautada por sequestro, detenção ilegal, tortura e desaparecimento de opositores e dos seus cadáveres. (PADRÓS, 2014, P.14)

Sobre o conceito de Segurança Nacional, Bruno Bueno (2014, p.59) nos ressalta que

O conceito de Segurança Nacional, já presente na Constituição de 1946, vislumbrava a defesa do território nacional das ameaças externas, bem característico do “perigo” observado no período nacional-desenvolvimentista. Com o advento da Constituição de 1967, num contexto de ditadura civil-militar, foi incorporado o sentido da ameaça interna, do “inimigo interno”, que transformava todos os cidadãos em informantes do regime.

Ou seja, a Ditadura de Segurança Nacional dos anos de 1964 até 1985, se estruturou e se justificou na ideia de que existia uma ameaça interna que colocaria em risco a segurança do país e para impedir esse acontecimento, seria necessário aglutinar forças tanto da sociedade política quanto da sociedade civil.

A ideia de ‘’ameaça interna’’ ou de ‘’inimigo interno’’ foi materializada sobre todos aqueles que se organizaram e enfrentaram esse governo, e que foram taxados de ‘’comunistas’’, ‘’subversivos’’ e ‘’terroristas’’. Para combater essa ‘’ameaça’’, o Estado organizou seu aparato repressivo e lutou contra

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qualquer tentativa de enfrentamento, utilizando métodos violentos em torturas, desaparecimentos e assassinatos.

A Vanguarda Popular Revolucionária, ou VPR, se constitui nesse cenário como organização política de enfrentamento e combate ao governo militar. Sobre a sua fundação, Marcelo Ridenti (2010, p.31) aponta que

O caso mais significativo foi a fusão de uma parcela do MNR com a dissidência paulista da POLOP, para fundar, em 1968, a organização que viria a ser chamada Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Além da VPR, outras organizações foram constituídas a partir desse ano. O maior objetivo dessas organizações era a derrubada da ditadura já que essa era a forma de governo vigente, mas além disso, a construção de uma nova sociedade, sobretudo com um modelo econômico e político que não fosse o mesmo do capitalismo, estava na pauta da luta construída pelos sujeitos dos grupos armados, como nos mostra Ridenti (2010, p.56):

Colocava-se então, como tarefa central, derrubar a ditadura e expulsar os imperialistas, que, aliados a setores das classes dirigentes locais, entravariam o desenvolvimento das forças produtivas. Nessa medida, estariam dadas as condições objetivas para a revolução brasileira, faltando apenas as subjetivas.

Pensando na construção dessa organização e considerando seus ideais e objetivos revolucionários, podemos perceber que o grupo tratava de discussões políticas, econômicas e sociais, os sujeitos analisavam a sociedade em que estavam e refletiam maneiras e estratégias para transformá-la. Diante disso, nos interessou pesquisar a participação das mulheres dessa organização, sobretudo, porque sabemos que o espaço de discussão política teve que ser disputado e ocupado por nós desde sempre, já que historicamente nos foi condicionado o espaço privado, do lar. Desse modo, nos chamou atenção a seguinte questão: Como era ser uma mulher que integrava um grupo de resistência armada?

Para que fosse possível responder a essa pergunta, tivemos que delimitar sujeitos, espaços, temporalidades e fontes. A Vanguarda Popular Revolucionária foi escolhida como organização para a investigação por termos uma trajetória de pesquisa com esse grupo. Um dos passos iniciais do trabalho foi averiguar quais

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os nomes de mulheres que tiveram vinculados a essa organização e avaliar as possibilidades de trabalho com elas a partir das fontes disponíveis. Nem todas as mulheres que encontramos indícios de terem participado do grupo, são citadas em documentos que permitem a análise ou estão vivas para darem seus depoimentos. Por esse motivo, as escolhidas para a realização da pesquisa são: Damaris Lucena, Dulce Maia, Iara Iavelberg, Maria do Carmo Brito, Renata Ferraz Guerra de Andrade, Sônia Lafoz e Zenaide Machado. Todas elas estiveram em algum momento dentro da organização e chegaram através de lugares diferentes, como o ambiente universitário e o ambiente de trabalho nas fábricas.

Os espaços em que a organização agiu foram diversos. Se constituíram em São Paulo, mas atuaram com ações específicas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná, e em alguns casos também fora do Brasil, quando foram exilados/banidos para o Chile, Argélia, etc. Embora em 1971 grande parte das organizações estivessem se desfazendo, seja por razões de aumento da repressão do Estado, e/ou por sujeitos que decidiram se desligar, é possível identificar que alguns membros da VPR tentaram realizar atividades até o ano de 1974. Daí a nossa justificativa temporal.

Em relação as fontes, escolhemos trabalhar com documentos da repressão que acessamos através do site mantido por Aluízio Palmar, ex-combatente da ditadura, intitulado ‘’Documentos Revelados’’1, o site ‘’Brasil Nunca Mais Digital’’2 que conta com um gigantesco acervo documental, e também documentos disponíveis no Arquivo Nacional em Brasília. No que diz respeito as entrevistas, estão disponíveis no site da ‘’Comissão Nacional da Verdade’’3, e em livros, como é o caso de Maria do Carmo Brito, e de companheiros de luta de Iara Iavelberg, que concederam entrevistas para Judith Patarra.

1 Para acessar e conhecer mais sobre o trabalho de Aluízio: https://documentosrevelados.com.br/

Acesso em: 26 jan. 2021

2 Para conhecer: http://bnmdigital.mpf.mp.br/pt-br/ Acesso em: 26 jan. 2021 3 Para conhecer: http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/ Acesso em: 26 jan. 2021

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Além disso, é importante evidenciar as motivações que nos levaram a realizar essa pesquisa e que se justifica na importância de trabalhar com esse tema na atualidade. Nos últimos anos temos visto abertamente declarações saudosistas ao tempo da ditadura, realizadas por sujeitos que ocupam espaços dentro da instituição do Estado, e também por sujeitos da sociedade civil. Ainda mais atual, a situação de pandemia da covid-19 que vivenciamos exacerbou o aumento do desemprego, o crescimento das pessoas que passaram a viver em situação considerada de pobreza extrema, a crise sanitária com a quantidade de pessoas doentes e a falta de leitos em hospitais ou de itens básicos para garantir o mínimo de saúde, entre outros. Diante de tudo isso, a angústia e a grande questão é: O que podemos fazer? Como podemos enfrentar os ataques de um projeto político que viola os direitos humanos?

Pensar nas questões expostas acima, é pensar em formas de resistência, e para refletirmos sobre as estratégias de combate e resistência, podemos aprender com a experiência histórica de sujeitos que resistiram em outros tempos. Sempre considerando o contexto em que estavam inseridos e as questões específicas daquele momento. O que as mulheres que escolheram participar de grupos de luta armada intencionavam era, sobretudo, enfrentar a ditadura e construir uma nova sociedade que fosse justa e igual para todos. Diante do cenário em que viviam, com o aumento da repressão, acreditaram que a resistência pelo viés da luta armada seria a forma necessária para alcançarem seus objetivos. Portanto, a nós historiadores que analisamos essa trajetória em outro contexto, distanciados do objeto e do momento exato em que ele se construiu, cabe compreendermos o que levou esses sujeitos acreditarem que essa era a luta necessária, quais os conflitos sociais que estavam colocados nos anos de 1964 a 1985, o que podemos resgatar dessa experiência histórica, e o que teremos que fazer diferente considerando as necessidades de nosso tempo.

Objetivos

O objetivo geral da pesquisa é compreender a participação das mulheres na Vanguarda Popular Revolucionária. Em termos de objetivos específicos,

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intencionamos analisar a articulação do aparato repressivo do Estado para a defesa de seus interesses e como a Doutrina de Segurança Nacional contribuiu para a tipificação dos sujeitos em ‘’comunistas’’, ‘’terroristas’’ e ‘’subversivos’’, e para a legitimação do uso da violência contra esses sujeitos.

Buscamos também entender o contexto que impulsiona a criação dos grupos de resistência armada e de qual forma esses grupos se organizaram, quais as ações realizadas, como eram distribuídas as tarefas e como atuaram em período de clandestinidade. Também pretendemos investigar o quê de fato as mulheres fizeram dentro da Vanguarda Popular Revolucionária, como chegaram até a organização, quanto tempo permaneceram nela, e como construíram a relação com outros sujeitos, principalmente homens. É possível perceber um tratamento desigual nessas relações? Como era ser mulher e pertencer a uma organização composta majoritariamente por homens?

Por fim, investigaremos quais eram os ideais e os objetivos revolucionários das mulheres, isto é, qual era a revolução que ansiavam construir? A luta deveria ser travada no campo? Nos centros urbanos? Deveria ser guerrilha rural? Articulação com os trabalhadores das fábricas desde o início? Pretendemos compreender quais as disputas de construção de revolução presentes na Vanguarda Popular Revolucionária.

Resultados

Ao considerar a temática da pesquisa e os objetivos apresentados acima, cabe ressaltar os resultados obtidos até aqui. Como um dos objetivos é entender a Doutrina de Segurança Nacional e a legitimação do terror no combate aos opositores da ditadura, realizamos leituras de autores que trabalham com o tema e que nos ajudaram a entender o contexto daquele momento. Sobre a justificativa da Doutrina de Segurança Nacional nos países latino-americanos, Bruno Bueno (2014, p.49) aponta que

estes países seriam mais suscetíveis à aproximação do ideário socialista, por conta de suas características sociais: grande desigualdade social, pobreza, exploração exacerbada da força de trabalho, más condições de vida de um extrato social muito grande.

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Ou seja, segundo essa doutrina, o Brasil poderia ser um país com tendências aos ideários socialistas, por isso, qualquer ideia com essa aproximação precisava ser combatida. Enrique Padrós que trabalha com a categoria de ‘’Terrorismo de Estado’’ para entender as Ditaduras de Segurança Nacional, aponta que

seu primeiro antecedente significativo se manifestou durante a Revolução Francesa, especificamente no período do Terror dirigido pelos jacobinos desde o Comitê de Salvação Pública. É correto associar o TDE aos processos fictícios montados pelos tribunais revolucionários, onde, de fato, a simples suspeita e delação gerava perseguições contra os denominados ‘’inimigos do povo’’; neles, não cabiam recursos nem apelações contra as sentenças proferidas, pois sua função básica era a condenação e a execução imediata dos acusados. (PADRÓS, 2014, p.14)

Esse termo nos ajuda a pensar o processo de ditadura ocorrido no Brasil, uma vez que

combater a oposição política em todas as suas formas de manifestação e organização se transformou no grande motivo de atuação da estrutura repressiva das ditaduras de Segurança Nacional. Fundamentadas nas diretrizes da Doutrina de Segurança Nacional, a eliminação da figura do ‘‘inimigo interno’’ implicou em uma violência permanente, sistemática, clandestina e global. Assim foi semeado o temor, o desespero, a autocensura. (PADRÓS, 2014, p.16)

Essa violência nem sempre se restringiu ao sujeito que diretamente estava sendo acusado, mas alcançou também seus familiares e amigos que raramente tinham relação com as discussões travadas na organização, como é o caso relatado por Maria do Carmo Brito em entrevista concedida para Judith Patarra na produção de um livro sobre a história de Iara Iavelberg,

— Antes da partida, ameaçaram: ‘Agora vamos pegar sua mãe’. Chegaram a cercar o local onde se escondeu, no interior, o braço paralisado pelo trauma da morte de Juarez e meu desaparecimento. Sem parar procurara-me. Negavam-lhe respostas. (Patarra, 1992, p.393)

E também em entrevista concedida à produção de um livro biográfico sobre a sua história escrito por Martha Vianna (2003, p.57), “A prisão de mamãe, e tudo que senti naqueles momentos, foi com certeza uma das situações mais angustiantes que já vivi. ”

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Outro resultado que foi possível obter até o momento diz respeito às ações que as mulheres executaram dentro da organização. Segundo as leituras que realizamos, é possível dizer que as organizações eram divididas em setores, o que significa que nem todos os sujeitos cumpriam as mesmas funções ou possuíam as mesmas tarefas.

Os grupos guerrilheiros urbanos em geral organizavam-se, com algumas variantes, em setores de trabalho urbano de massas, de preparação da guerrilha rural, e de “logística”, responsável, este último, pelas principais ações armadas. Cada setor tinha seu representante na direção regional, que muitas vezes se confundia com a própria direção nacional. Os setores da organização, em teoria, não deveriam conhecer-se uns aos outros, por questão de segurança ante a ferocidade dos órgãos de repressão. (Ridenti, 2010, p.42)

Iara Iavelberg, por exemplo, teve uma participação bastante significativa e com atividades distintas:

Durante o segundo semestre de 1968 Iara cobriu pontos e levou mensagens, tarefa vital à dinâmica da Organização. Datilografou e distribuiu o jornal. Fez levantamento e transbordos – passagem dos malotes bancários de um carro a outro. Aprendeu a atirar. Espinosa e ela embrenhavam-se na fazenda junto à rodovia Castelo Branco onde é hoje Alphaville. (Patarra, 1992, p.244)

Iara foi encarregada dos contatos e circulação de documentos preparatórios ao encontro em Mongaguá, litoral Sul de São Paulo, quando VPR e COLINA dariam origem a um novo agrupamento, a Vanguarda Armada Revolucionária – VAR-Palmares. (Patarra, 1992, p.294)

Iara esteve presente na organização ao mesmo tempo em que as outras mulheres dessa pesquisa, uma delas Zenaide Machado.

Encarregaram Zenaide Machado de Oliveira, a Rachel, de providenciar passaportes. Lamarca pediu a Iara que fosse conhece-la. Desejava suas impressões, cauteloso como nunca, tantas quedas e rapidez na repressão. Sondasse-lhe a posição na luta interna. Zenaide alimentava-o de textos sobre desenvolvimento e relações econômicas da América Latina, do economista argentino Raúl Prebisch. Manifestara interesse em conhece-los, na correspondência interna. (Patarra, 1992, p.438)

De modo geral, as ações eram construídas de acordo com a necessidade do momento, mas sempre com a perspectiva de revolução que as mulheres possuíam. Esses são alguns resultados que conseguimos chegar até o presente de acordo com a leitura da bibliografia sobre o tema. A pesquisa pretende

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avançar na leitura e análise das fontes para que seja possível dialogar com os trabalhos já existentes.

Considerações Finais

Como já foi ressaltado, essa é uma pesquisa que está em andamento, portanto o que foi possível apresentar até o momento são as leituras realizadas a respeito das bibliografias que passam por essa temática. Já é possível perceber em quais questões necessitaremos avançar, como por exemplo, investigar a condição de classe dessas mulheres, uma vez que isso parece influenciar na forma que constroem a luta e na posição de revolução que assumem. Também pretendemos realizar a leitura e discussão da categoria de gênero para ajudar na compreensão da relação que elas estabeleceram com os outros sujeitos sociais que pertenceram à organização.

Pretendemos continuar aprofundando os estudos e averiguar nas fontes os indícios da prática do Terrorismo de Estado, uma vez que através das leituras realizadas até o momento, é possível vislumbrar que essas práticas ultrapassaram a vida do indivíduo que estava sendo criminalizado, e alcançaram seus familiares, amigos e conhecidos, como também já foi ressaltado.

E, por último, ansiamos compreender quais eram as discussões e disputas acerca de como a revolução deveria acontecer que estavam sendo pautadas nas organizações. Essas discussões causaram muitos conflitos e até mesmo rachas de um grupo para fundar outro. Sujeitos que defendiam a perspectiva de guerrilha rural e que se colocavam como a vanguarda, e aqueles que acreditavam ser imprescindível o trabalho com as massas desde sempre. Os próximos passos da pesquisa que incluirão a realização de mais leituras bibliográficas sobre a temática, e também a leitura e análise das fontes, pretendem avançar nessas questões.

Referências Homepages:

CNV. Comissão Nacional da Verdade. Disponível em: http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/. Acesso em: 26 jan. 2021.

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DIGITAL, Bnm. Brasil Nunca Mais Digital. Disponível em: http://bnmdigital.mpf.mp.br/pt-br/. Acesso em: 26 jan. 2021.

PALMAR, Aluízio. Documentos Revelados. Disponível em: https://documentosrevelados.com.br/. Acesso em: 26 jan. 2021.

Referências bibliográficas:

BUENO, Bruno Bruziguessi. Os Fundamentos da Doutrina de Segurança

Nacional e seu Legado na Constituição do Estado Brasileiro Contemporâneo. Revista Sulamericana de Ciência Política, Universidade

Federal de Juiz de Fora, v. 2, n. 1, p.47- 64, 2014.

PADRÓS, Enrique Serra. Terrorismo de Estado: reflexões a partir das experiências das ditaduras de segurança nacional. In: GALLO, Carlos Artur; RUBERT, Silvania (org.). ENTRE A MEMÓRIA E O ESQUECIMENTO: estudos sobre os 50 anos do golpe civil-militar no brasil. Porto Alegre: Editora Deriva, 2014. p. 13-36.

PATARRA, Judith Lieblich. Iara: reportagem biográfica. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2010.

VIANNA, Martha. Uma tempestade como a sua memória: A história de Lia, Maria do Carmo Brito. Rio de Janeiro: Record, 2003.

Referências

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