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LETRAMENTO, ESCRITA E LEITURA: QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS

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Academic year: 2021

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LETRAMENTO, ESCRITA E LEITURA: QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS

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LETRAMENTO, ESCRITA E LEITURA: QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Letramento, escrita e leitura : questões contemporâneas / Leda Verdiani Tfouni , (organizadora) . – Campinas, SP : Mercado de Letras, 2010. – (Coleção Letramento, Educação e Sociedade)

Bibliografia. Vários autores. ISBN 978-85-7591-160-0

1. Análise do discurso 2. Escrita 3. Leitura 4. Letramento 5. Linguagem 6. Pedagogia 7. Psicanálise I. Tfouni, Leda Verdiani. II. Série.

10-13146 CDD-407.2

Índices para catálogo sistemático:

1. Letramento, escrita e leitura : Teorias : Pesquisa linguística 407.2

Coleção Letramento, Educação e Sociedade

coordenação: Angela B. Kleiman (Unicamp) Izabel magalhães (UnB)

Capa e gerência editorial: Vande Rotta Gomide Revisão: Editora Mercado de Letras

DIREITOS RESERVADOS PARA A LÍNGUA PORTUGUESA: © MERCADO DE LETRAS® EDIÇÕES E LIVRARIA LTDA.

Rua João da Cruz e Souza, 53 Telefax: (19) 3241-7514 CEP 13070-116 Campinas SP Brasil www.mercado-de-letras.com.br livros@mercado-de-letras.com.br 1a edição JANEIRO/2011 IMPRESSÂO DIGITAL

Esta obra está protegida pela Lei 9610/98. É proibida sua reprodução parcial ou total sem a autorização prévia do Editor. O infrator estará sujeito às penalidades previstas na Lei.

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APRESENTAÇÃO

Este livro tem a pretensão de apresentar uma atualização possível (dentre outras) para o tema expresso no título: Letramento, escrita e leitura –

Questões contemporâneas. Sua originalidade firma-se em dois polos: o

primeiro está relacionado ao caráter heterogêneo das contribuições. Aqui se entrecruzam várias abordagens sobre os três eixos temáticos. Isso permitirá ao leitor uma aproximação plural e multifacetada, o que, em termos científi-cos, possibilita que se atinja tanto um diálogo, quanto uma diáspora, entre essas visões. O segundo diz respeito ao fato de empreendermos aqui uma tentativa de aproximação entre os conceitos de letramento, leitura e escrita, que, em geral, são tratados separadamente. Fizemos uma divisão em partes, agrupando as contribuições de acordo com alguma interface teórica ou temática. Na parte I - A relação letramento e interpretação nos modos de

tradução da subjetividade a abertura dá-se com o capítulo de Alessandra

Carreira, “Nada vale a pena - A escrita e o impossível”, que aborda a questão de que a escrita psicanalítica não pode ser totalmente lida, uma vez que existem vazios na cadeia significante. Segundo a autora, é esse caráter impossível do real da escrita que, paradoxalmente, nos leva a escrever, na tentativa inútil de podermos decifrar (ler). Mariani, em “Escrevendo perda e luto em Esaú e Jacó”, procura responder à questão sobre “... o que haveria de

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semelhante, de processo psíquico comum, frente ao furo no real provocado por uma perda, uma perda verdadeira, essa espécie de perda intolerável ao ser humano que provoca nele o luto...?”. Para encetar uma resposta, a autora analisa a obra-prima Esaú e Jacó, procurando mostrar ali “... a perda em sua espantosa radicalidade como movência, movimento em direção a um signifi-cante novo” e “fundamento de uma posição subjetiva até então não efetuada”. No terceiro capítulo dessa parte, Flavia Troccoli assume a posição de que a escrita é uma operação simbólica que pode tornar possível uma abordagem do real, e sustenta-se na obra de Clarice Lispector para apresentar seus argumentos. No capítulo “Michel Pêcheux e a escrita do sujeito dividido”, Frederico Feu, estudando em profundidade a obra de Pêcheux, propõe dois tipos de escritura: a escritura por encadeamento e a escritura por desligamen-to, sendo que Pêcheux cita a obra de Borges como paradigma do primeiro caso, enquanto aproxima a segunda do aforisma “não existe relação sexual”, proposto por Lacan, e também da escrita de Joyce. No capítulo seguinte, “Adolescência em transe”, Miguel Bairrão faz uma crítica bastante pertinente ao conceito de desenvolvimento em psicologia, e propõe que, para realizar uma “análise linguística científica e objetiva” do ponto de vista das manifes-tações culturais é preciso desnaturalizar a noção de desenvolvimento e colocar em seu lugar as de letra e texto em sentido metafórico. A seguir propõe que estudar o transe como instância enunciativa vai possibilitar que: ao invés de estudar-se a adolescência como uma fase do desenvolvimento, possamos buscar como adolescentes de periferia buscam romper as amarras que os prendem a uma cadeia significante que deformou suas identidades, o que poderá dar acesso à “.... marca de marginalidade a que os seus maiores se viram histórica e politicamente reduzidos”. Encerrando esta primeira parte, Nádea Gaspar escreve “Discurso, leitura e alteridade: relação entre palavras e imagens”, onde recorre à semiótica e a Bakhtin para abordar as cartas escritas por van Gogh a seu irmão Theo, nas quais aquele relata fatos de seu cotidiano, entremeados por avaliações sobre os mesmos. A autora enuncia seu propósito da seguinte maneira: “o que nos interessa nas cartas é encontrar alguns enunciados escritos e relacioná-los com os das imagens dos quadros pintados pelo artista, buscando, assim, associações entre as palavras e as imagens”.

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A parte II, Letramento, escrita e a legitimação discursiva da leitura, abre-se com o texto de Adair Bonini e Débora Figueiredo “Letramento e escrita acadêmica: uma experiência com o artigo de pesquisa”, que relata uma pesquisa realizada com alunos de mestrado em ciências da linguagem que envolve uma oficina e um período de tutoria visando à produção textual acadêmica, especificamente, o artigo de pesquisa. Analisam um dos textos produzidos, baseados no fundamento de que “... ao realizar práticas discursi-vas, o sujeito também participa do processo de construção e transformação de sistemas de conhecimento e crença e, além disso, se constitui enquanto identidade social”. Em seguida, de Filomena Elaine Assolini temos “Inter-pretação e letramento no ensino fundamental: dificuldades e perspectivas para a prática pedagógica escolar”, onde a autora, discutindo o discurso pedagó-gico escolar tradicional, no tocante às práticas de leitura e escrita, critica a regulação da interpretação pela escola, impedindo que os educandos possam constituir-se como livres intérpretes. Faz uma analogia entre a pedagogia medieval e os métodos da escola atual, e traz a proposta de Tfouni de alfabetização com letramento, que “... considera a dimensão político-ideoló-gica da leitura e da escrita, reivindicando ações educativas para além da decifração e interpretação literal”. No capítulo “Estudos da linguagem: a leitura sob diferentes olhares teóricos”, Freda Indursky mobiliza três aborda-gens teóricas sobre a leitura, a saber, a linguística textual, as teorias da enunciação e a análise do discurso, para, segundo ela, “... verificar como é possível refletir sobre leitura a partir de cada uma delas. Na verdade, penso que estes quadros teóricos permitem pensar a leitura diferentemente, já que suas concepções de língua, de contexto e de texto diferem bastante, quando comparadas entre si”. Após discussão aprofundada, a autora conclui que as três teorias podem ser produtivas do ponto de vista pedagógico, se forem usadas concomitantemente, visto que cada uma propõe uma entrada diferente para explorar o texto. A autora conclui que “Esta postura frente ao texto vai mostrar que não há uma leitura única para um texto. e que uma leitura assim produzida vai transformar o aluno-leitor em um sujeito crítico e vai conduzi-lo a assumir seu lugar de autoria”.

A parte III, Múltiplos endereçamentos da escrita no cotidiano das

práticas letradas, tem sua abertura com o capítulo de Aracy Ernst-Pereira

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intitulado “A escrita de si: diferença racial e construção de subjetividades”, no qual a autora propõe-se a “... analisar discursos fundadores sobre essas populações marginalizadas (negros, índios etc.), que instituem um imaginário social que se situa em uma zona de sentidos onde não é possível dizer, por exemplo, que “negro é trabalhador”. Mais séria se torna a questão quando os dados apresentados por Ernst-Pereira mostram que tais discursos discrimina-tórios-fundadores de identidades são mobilizados em autodesignações. A autora apresenta, então, a interessante questão: O que ocorre quando o objeto (imaginário) do dizer do sujeito é o próprio sujeito? em outras palavras, como se dá o processo de autodesignação? E continua: “Para responder a essa questão, partimos inicialmente da hipótese, cuja premissa diz respeito ao fato de todo discurso, sendo derivado das condições de produção, construir um efeito-sujeito, de que essa construção está necessariamente ligada ao outro, enquanto objeto de demanda, em sua dupla dimensão: lugar simbólico e semelhante, polo da relação imaginária”. No capítulo seguinte, da autoria de Inês Signorini, intitulado “Estilo e agentividade na escrita”, é trazida à tona a questão de uma abordagem contemporânea de estilo, que a autora remete a três orientações: “... a que tem como foco o estudo das relações entre sujeito e linguagem, a que tem como foco o estudo das relações entre sujeitos na/pela linguagem, e a que tem como foco as relações entre linguagem e processos não subjetivos de individuação...”, sendo que cada uma delas supõe noções diversas de sujeito e de linguagem.. Após esgotar cada uma dessas três concepções, apresentando exemplos, Signorini propõe relacionar a noção de estilo à de agentividade, e define este conceito, seguindo Emirbayer e Mische, como um processo ao mesmo tempo relacional e temporal, que é “... in-for-mado por padrões e repertórios do passado (...), mas também orientado para o futuro (...) e para o presente (...)”. A autora realça a seguir a relação entre agentividade e letramento. Na sequência, Leda Verdiani Tfouni apresenta “Letramento – mosaico multifacetado”, no qual coloca em questão a separa-ção entre discursos orais e escritos que alguns autores que escrevem sobre o tema subscrevem. Segundo Tfouni, o conceito de autoria presta-se a mostrar que tal separação não existe, pois tanto há discursos orais com autoria, como discursos escritos sem autoria. A proposta que Tfouni faz é considerar as noções de deriva e dispersão para estabelecer se um texto (oral ou escrito) tem autoria: “... o não-controle da dispersão ao lado de um não-saber como lidar

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linguística e discursivamente com a deriva seriam os elementos que caracte-rizam o discurso com baixo grau de letramento e que teriam como marca a ausência de autoria, fato que coloca o sujeito do discurso como totalmente perdido no grande outro. já no caso de discursos com grau mais alto de letramento, haveria autoria, na medida em que a dispersão e a deriva estariam controladas pelo sujeito através de um processo de retroação sobre a cadeia metonímica”. No capítulo “Letramento e segmentações não-convencionais de palavras”, Luciani Tenani coloca que diversas possíveis segmentações em uma cadeia estejam ligadas ao princípio de autoria. O capítulo tem por objetivo estudar certos tipos de segmentações que não estão de acordo com as convenções da escrita padrão, como, por exemplo, “meavama”, “ajudime”. Sua conclusão é que “os erros de segmentação não-convencional que ainda ocorrem nas produções escritas de alunos que já concluíram o primeiro ciclo do ensino fundamental são motivados por uma dificuldade na forma de grafar categorias gramaticais que, em termos fonético-fonológicos, são expressas por monossílabos não-acentuados”. No capítulo final, Regina Freire escreve sobre “A escrita da fala: transcrição enquanto método”, onde coloca em questão o estatuto da transcrição na clínica fonoaudiológica, pressupondo nesse ato uma opacidade. Seus objetivos são : “... apresentar os usos da transcrição na clínica fonoaudiológica como técnica inerente ao processo diagnóstico, ou seja, na identificação e análise de sintomas na linguagem, e defender sua adoção na terapêutica como parte inalienável do método clínico fonoaudiológico”. Defende que a transcrição seja um método, que permite ao analista fonoaudiólogo acesso à cena clínica posteriormente à sua ocorrência, o que permite a escuta, e, consequentemente, a interpretação diferida daquela cena. Freire conclui afirmando que “É essa visão que nos dá suporte para concluir pela irredutibilidade da escrita da fala por meio da transcrição de acontecimentos clínicos para que o fonoaudiólogo identifique o sujeito alie-nado às pistas/marcas/sintomas do funcionamento da linguagem e, como corolário, arme a sua terapêutica”.

Leda Verdiani Tfouni

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Referências

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