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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: UMA PROPOSTA DE CONTRIBUIÇÃO DO MODELO DE KANO

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS NÚCLEOS DE INOVAÇÃO

TECNOLÓGICA: UMA PROPOSTA DE CONTRIBUIÇÃO DO

MODELO DE KANO

CUNHA, Beatriz Mendonça*; PEREIRA, Ruth Oliveira; NEVES, Clara Cruz; SILVA, Daniel Pereira; VASCONCELOS, Cleiton Rodrigues

Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Sergipe * email: beamendona@gmail.com

Resumo: Os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) permitem o desenvolvimento dos processos inovadores em empresas, auxiliando na propagação da tecnologia bem como no crescimento regional. Como os grandes responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico do país, os serviços prestados pelos NITs necessitam ser mensurados. Desse modo, este trabalho traz a proposta da aplicação do modelo de KANO nos serviços prestados pelos NITs. O modelo classifica os elementos de qualidade em cinco categorias: básicos, unidimensionais, atrativos, neutros e reversos. Essas classificações ajudam a descobrir quais requisitos precisam de maiores investimentos e quais não. Considerando que as empresas são os clientes diretos desses núcleos, é importante que um futuro estudo aplique um questionário no modelo de KANO aos funcionários das empresas parceiras dos NITs. Assim, será possível classificar os requisitos dos NITs em categorias do modelo, facilitando a visualização de quais requisitos necessitam de maiores ou menores investimentos. Desse modo, a experiência das empresas como clientes será aprimorada, assim como a eficiência dos serviços prestados pelos NITs.

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1. INTRODUÇÃO

A contribuição entre Universidade-Indústria confere maior capacidade de competição entre empresas e pode resultar na criação de novos empreendimentos e na geração de empregos para os pesquisadores e estudantes (CALDERA e DEBANDE, 2010).

Neste cenário, a presença dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) no ambiente acadêmico pode ser fundamental no desenvolvimento das relações com as empresas (MACHO-STADLER et al., 2007).

Os objetivos dos NITs são de proteger e vender a propriedade intelectual, promover a difusão da tecnologia e garantir investimentos adicionais para a pesquisa (SIEGEL et al., 2003a). Porém esses objetivos são alcançados através de etapas, com a primeira sendo a descoberta científica, com posterior patenteamento e, por último, a comercialização da mesma (SIEGEL et al., 2003a).

Dentro deste contexto, a transferência do conhecimento pode ser feita de diversas formas, como spin-off, contratos de licenciamento e projetos cooperativos (HSU et al., 2015; CALDERA e DEBANDE, 2010), com o NIT sendo considerado o componente mais importante (ANDERSON et al., 2007) já que opera como o intermediador entre os pesquisadores e as empresas, sendo capaz de reunir as invenções produzidas dentro da universidade (CALDERA e DEBANDE, 2010; MACHO-STADLER et al., 2007). Assim, os serviços prestados pelos NITs estão tornando-se mais significativos, e, consequentemente, os trabalhos que estudam o processo de transferência do conhecimento (ANDERSON et al., 2007).

Contudo, estudos mostram que existem fatores que contribuem negativamente para a total efetividade destes órgãos, como a barreira cultural entre a universidade e a empresa e a falta de recursos e investimentos (MACHO-STADLER et al., 2007; SIEGEL et al., 2003a). Conflitos também podem ser gerados, já que as partes envolvidas no processo de transferência de tecnologia possuem motivações e comportamentos divergentes (SIEGEL et al., 2003b).

A partir disso, torna-se crucial mensurar a qualidade com que esses núcleos transferem o conhecimento. Assim, este trabalho tem como objetivo propor o Modelo de KANO como estratégia de avaliação dos serviços prestados pelos NITs, tendo em vista a importância desses núcleos para o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.

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2. STAKEHOLDERS E OS NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

O NIT representa um papel fundamental, pois é o portador da inovação (RESENDE et al., 2013), porém, é importante lembrar que ele não é o único componente do processo. Segundo Siegel et al. (2003b), as partes envolvidas no processo de transferência de tecnologia são: 1. O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT);

2. Os pesquisadores ou cientistas, que além dos ganhos pessoais financeiros e investimentos nos equipamentos laboratoriais, também almejam visibilidade e reconhecimento dentro da comunidade científica (SIEGEL et al., 2003a; 2003b), sendo estes fundamentais no

desenvolvimento da tecnologia transferida visto a necessidade de toda descoberta científica precisar de pessoas especializadas que consigam extrair todo o seu potencial (MACHO-STADLER e PÉREZ-CASTRILLO, 2010);

3. As empresas privadas, que visam exclusivamente os ganhos financeiros (SIEGEL et al., 2003b). De acordo com Willoughby (2013), existe uma relação positiva entre os

investimentos realizados por uma empresa em propriedade intelectual e os resultados obtidos pela mesma. Com essa finalidade, as empresas assinam contratos de licenciamento com o objetivo de ter o controle sobre as descobertas científicas (SIEGEL et al., 2003b).

Sabendo que as empresas são os clientes diretos dos núcleos, este trabalho focará no ponto de vista dos clientes externos do NIT. Segundo Dahlander e Gann (2010), as empresas beneficiam-se quando as novas ideias são desenvolvidas, pois elas podem gerar novos produtos ou serviços rentáveis. Uma empresa, ao ser parceira do NIT, aumenta sua produtividade, contribui para o desenvolvimento humano e melhora a imagem da corporação.

Entretanto, algumas barreiras podem dificultar a parceria de empresas com universidades. De acordo com Dahlander e Gann (2010), vários tipos de custos emergem quando uma empresa colabora com parceiros externos. O risco de vazamento de informações, os conflitos de interesse e o fato de que o conhecimento gerado pelas universidades é muito geral, também servem como barreiras tanto para o NIT quanto para as empresas (GILSING et al., 2011).

Segundo Siegel et al. (2003b), para que os NITs obtenham um processo mais eficiente, precisam entender as reais necessidades da empresa, pois diversas vezes a tecnologia que será transferida é muito teórica, enfrentar as barreiras culturais entre universidade e empresa, possuir acordos de transferência de tecnologia mais flexíveis e promover o relacionamento entre pesquisadores, estudantes e grupos de pesquisa da empresa.

Outra barreira notada é a falta de investimento, por parte dos NITs, em sua área de marketing. Isso deve ser feito por meio de publicações de artigos pois, esses, são os veículos de

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promoção dos núcleos (SIEGEL et al., 2003a). Possuir um parque tecnológico por perto também é um fator essencial aos Núcleos de Inovação Tecnológica porque sua presença valoriza a pesquisa realizada pela universidade e facilita a interação com empresas parceiras (CALDERA e DEBANDE, 2010).

Também é importante que os NITs contratem administradores mais experientes, pois, assim, teriam maiores técnicas de negociação. Além disso, a falta de conhecimento sobre os processos de transferência de tecnologia pelos funcionários dos NITs prejudica as empresas interessadas (SIEGEL et al., 2003a). Desse modo, faz-se necessária a descoberta dos pontos fortes e fracos dos serviços prestados pelos NITs sob a ótica de empresas parceiras.

3. O MODELO KANO DE QUALIDADE

As empresas devem proporcionar satisfação contínua a seus clientes, e esse sentimento concretiza-se com o atendimento das necessidades explícitas e implícitas dos mesmos (TONTINI e SANT’ANA, 2007). Desse modo, o modelo KANO foi criado a partir do estudo entre a relação da qualidade objetiva, que é a conformidade com a regulamentação, e a qualidade subjetiva, representada pela satisfação dos usuários (KANO et al., 1984).

O modelo apresenta a ideia de que existem três diferentes tipos de elementos (ou atributos) da qualidade e que cada um causa diferentes efeitos sobre os clientes. Assim, é importante identificar os elementos que satisfaçam ou insatisfaçam os clientes (TONTINI e ZANCHETT, 2010; HUISKONEN e PIRTTILÄ, 1998). As três categorias são:

1. Elementos obrigatórios (ou básicos): é o tipo de atributo que se estiver presente e mesmo possuindo bom desempenho, não trará satisfação aos clientes; entretanto, sua falta ou mal desempenho gerará grande insatisfação (TONTINI e SANT’ANA, 2007; HUISKONEN e PIRTTILÄ, 1998);

2. Elementos unidimensionais: nesse atributo, o nível de satisfação varia proporcionalmente ao do desempenho (TONTINI e SANT’ANA, 2007);

3. Elementos atrativos: atributo oferecido com a intenção de superar as expectativas do cliente, considerando que sua falta não gera satisfação; contudo, se alcançarem um bom desempenho, trarão uma satisfação maior ao cliente (TONTINI e SANT’ANA, 2007; HUISKONEN e PIRTTILÄ, 1998).

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4. Elementos neutros: elementos que não resultam nem em satisfação e nem em insatisfação (KANO et al., 1984).

5. Elementos reversos: elementos que geram satisfação quando não preenchidos e insatisfação quando preenchidos (KANO et al., 1984).

Identificar quais atributos são atrativos, obrigatórios ou unidimensionais determina quais merecem maiores investimentos. Isso porque os elementos atrativos e unidimensionais são os únicos que podem promover satisfação nos clientes. Os elementos atrativos representam a oportunidade de uma empresa destacar-se, considerando que os clientes não esperam esse tipo de serviço de nenhuma empresa (HUISKONEN e PIRTTILÄ, 1998).

Por outro lado, investir em elementos básicos significa desperdício de dinheiro, já que o mesmo não traz satisfação aos clientes. Contudo, um elemento básico com baixo investimento causa insatisfação, isso significa que o ideal é que a empresa alcance o nível mínimo aceitável para esse tipo de elemento (HUISKONEN e PIRTTILÄ, 1998).

Torna-se importante ressaltar que os atributos podem mudar de categoria e a tendência é de que os elementos atrativos tornem-se obrigatórios e posteriormente básicos. Isso acontece porque o nível de conhecimento acerca da qualidade de produtos e serviços dos clientes tende a evoluir e, junto com isso, suas exigências por inovações (TONTINI e ZANCHETT, 2010).

4. MODELO DE KANO APLICADO AOS NITS

Para que o modelo de KANO seja aplicado, é necessário definir as características (ou requisitos) referentes aos produtos ou serviços que serão avaliados. O modelo é aplicado com base em um questionário construído a partir dessas características. Todos os requisitos avaliados geram dois questionamentos e ambos possuem as mesmas cinco possibilidades de resposta, com a diferença entre as perguntas sendo no fato de que elas são opostas. A Tabela 1 exemplifica questionamentos realizados no modelo de KANO.

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Tabela 1 – Exemplo de questionário do modelo de KANO Desempenho superior:

Como você se sentiria se o NIT enfrentasse a barreira cultural entre universidade e indústria?

Desempenho inferior:

Como você se sentiria se o NIT não enfrentasse a barreira cultural entre universidade e indústria? ( ) Muito Satisfeito

( ) Gostaria que melhorasse um pouco mais ( ) Indiferente

( ) Posso aceitar que seja desta maneira ( ) Insatisfeito

( ) Muito Satisfeito

( ) Gostaria que melhorasse um pouco mais ( ) Indiferente

( ) Posso aceitar que seja desta maneira ( ) Insatisfeito

A partir da combinação das respostas das duas questões é possível classificar os serviços em uma das categorias do modelo de KANO, conforme tabela elaborada por Kano et al. (1984). Uma exemplificação é apresentada na Tabela 2, onde é possível perceber que os elementos neutros e reversos tendem aos elementos de classificação atrativos. De acordo com Kano et al. (1984) isso mostra que os clientes têm percepções diferentes em relação aos serviços que lhes foram prestados, ou seja, representa a diversidade do público. Entretanto, Tontini e Sant’ana (2007) acrescentam que esse fato também pode estar relacionado à importância dada aos serviços ou produtos pelos clientes. Isso porque os serviços ou produtos, quando introduzidos, são ideias novas e o público ainda precisa adaptar-se à novidade. Quando um serviço ou produto for inovador ou desconhecido do ponto de vista dos clientes, a importância dada será pouca.

Tabela 2 – Tabela de avaliação de requisitos do modelo de KANO (adaptado de Kano et al., 1984)

Desempenho inferior D esem p en h o supe ri o r

Gosto Aceitável Indiferente Deve ser Não gosto

Gosto Q A A A U

Aceitável R N N N B

Indiferente R N N N B

Deve ser R N N N B

Não gosto R R R R Q

Legenda: Q = Questionáveis; A = Atrativos; U = Unidimensionais; R = Reversos; N = Neutros; B = Básico.

Depois de feita a combinação das respostas, a tabulação dos dados deve ser feita seguindo a tabela elaborada por Kano et al. (1984). Nela deve estar contido o total de pessoas entrevistadas, o total de respondentes em cada classificação do modelo de KANO e suas porcentagens. O exemplo está mostrado na Tabela 3.

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Tabela 3 – Tendência de classificação dos requisitos avaliados pelo modelo de KANO (adaptado de Kano et al., 1984)

Classificações do modelo Requisitos avaliados A U B N R Q Total Tendência de classificação Enfrentar barreira cultural 150 (50) 75 (25) 54 (18) 15 (5) 0 (0) 6 (2) 300 (100) Atrativo Legenda: Unidades de pessoas, % no ( )

Q = Questionáveis; A = Atrativos; U = Unidimensionais; R = Reversos; N = Neutros; B = Básico.

Quando a maior parte dos clientes entrevistados classifica um requisito em uma certa categoria, pode-se afirmar que essa é a classificação do elemento. Se a classificação não for óbvia, pode-se utilizar a regra B > U > A > N proposta por Matzler et al. (1996). Porém, se duas ou mais categorias acabarem empatadas, pode ser a indicação de que mais informações precisam ser coletadas.

Desse modo, a metodologia do Coeficiente de Satisfação ou Insatisfação do Cliente proposta por Berger et al. (1993), mostra a porcentagem de clientes satisfeitos ou insatisfeitos com a presença ou ausência de determinados requisitos e, assim, pode complementar a análise do questionário. A exemplificação pode ser vista nas Equação (1) e Equação (2).

𝐶𝐶𝐶𝐶 =𝐴𝐴% + 𝑈𝑈% + 𝐵𝐵% + 𝑁𝑁%𝐴𝐴% + 𝑈𝑈%

𝐶𝐶𝐶𝐶 = −𝐴𝐴% + 𝑈𝑈% + 𝐵𝐵% + 𝑁𝑁%𝑈𝑈% + 𝐵𝐵%

Legenda: CS = Coeficiente de clientes satisfeitos; CI = Coeficiente de clientes insatisfeitos; A% = Porcentagem de respostas categorizando o requisito como atrativo; U% = Porcentagem de respostas categorizando o requisito como unidimensional; B% = Porcentagem de respostas categorizando o requisito como básico; N% = Porcentagem de respostas categorizando o requisito como neutro.

Com a aplicação dessas equações, é possível perceber os coeficientes atribuídos pelos clientes aos requisitos observados. Um exemplo pode ser observado na Tabela 4. Esses dados podem servir para o preenchimento de um gráfico de dispersão, que possibilitará a visualização de quais requisitos precisam de maiores ou menores investimentos; uma exemplificação desse gráfico está representada na Figura 1.

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Tabela 4 – Exemplo de coeficientes de satisfação e insatisfação REQUISITOS CS CI Agilidade da transferência de tecnologia 0,6947 - 0,7651 Funcionários experientes e informados sobre os processos internos 0,4307 - 0,6438

Flexibilidade nos acordos de

transferência 0,7032 - 0,4325

Ao analisar a Figura 1, é possível perceber que os requisitos avaliados foram divididos em quadrantes relacionados aos atributos do modelo de KANO. Isso indica que os requisitos do quadrante básico, por exemplo, são aqueles em que os clientes ficam insatisfeitos com sua ausência e indiferentes a sua presença. O fato de que os funcionários dos NITs são experientes e demonstram ser informados sobre o processo de transferência de tecnologia, ou de que os pesquisadores possuem tempo disponível suficiente não traz satisfação aos clientes. Desse modo, é importante encontrar um equilíbrio em que os funcionários recebam treinamento, porém, pouco investimento seja direcionado a essa ação.

Os requisitos dos quadrantes atrativo e unidimensional são os únicos que podem trazer satisfação aos clientes, logo, necessitando de investimento. No atributo atrativo, o cliente é indiferente à ausência do requisito, contudo, sua presença satisfaz. Desse modo, se o NIT enfrentar a barreira cultural ou flexibilizar os acordos de transferência de tecnologia, trará satisfação aos clientes, fazendo com que os serviços prestados sejam melhor reconhecidos.

No atributo unidimensional, a satisfação do cliente varia em relação ao desempenho do requisito avaliado. Assim, quanto maior for a agilidade dos processos ou o investimento dos NITs ao processo de transferência de tecnologia, maior será a satisfação dos clientes. Em relação ao requisito sobre a presença de parque tecnológico é importante ressaltar que a presença desse satisfaz os clientes, entretanto sua performance impacta no coeficiente de satisfação. Portanto é perceptível o impacto que poderá ser gerado sobre os serviços prestados pelos NITs se adotado o modelo de KANO como uma estratégia para sua mensuração.

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Figura 1 – Dispersão hipotética dos coeficientes de satisfação e insatisfação dos clientes

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da aplicação do modelo de KANO, será possível mensurar a qualidade percebida pelos clientes externos dos Núcleos de Inovação Tecnológica. Isso permitirá aos gestores dos núcleos uma visualização da melhor maneira de alocar os investimentos e melhorarem a gestão em favor do aumento de produtividade e eficiência nos serviços prestados. Desse modo a

0 0,5 1 -1 -0,5 0 C o ef ici en te d e S a ti sf a çã o Coeficiente de Insatisfação Agilidade

Experiência e informação dos funcionários Flexibilidade dos acordos

Enfrentar barreira cultural Presença de parque tecnológico

Pesquisador com maior tempo disponível Entender as necessidades das empresas Promover o relacionamento

Maiores investimentos ao processo de transferência de tecnologia

Atrativo Unidimensional

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adoção do modelo permitirá o conhecimento de quais serviços necessitam de uma maior ou menor prioridade, diante da limitação de recursos que os Núcleos podem enfrentar. Contudo, somente com um estudo posterior à aplicação do modelo de KANO, será possível avaliar as possíveis implicações que os atributos evidenciados podem contribuir e, desse modo, elaborar estratégias para que os serviços prestados pelos NITs satisfaçam seus clientes, tornando-os, assim, mais eficientes.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao apoio do CNPq, CAPES e FAPITEC/SE, bem como dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UFS), ao Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI/UFS), e à Extensão (PIBIX/UFS) da Universidade Federal de Sergipe.

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PERFORMANCE EVALUATION OF TECHNOLOGY TRANSFER

OFFICERS: A PROPOSAL FOR CONTRIBUTION OF THE

KANO MODEL

CUNHA, Beatriz Mendonça*; PEREIRA, Ruth Oliveira; NEVES, Clara Cruz; SILVA, Daniel Pereira; VASCONCELOS, Cleiton Rodrigues

Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Sergipe * email: beamendona@gmail.com

Abstract: The technology transfer offices (TTOs) enable the development of innovative processes inside companies. That enable technology propagation and regional growth. As largely responsible for technology development in the country, the services provided by TTOs need to be measured. Thereby, this work introduce the proposal of applying KANO model into the services provided by TTOs. The KANO quality model classify the quality elements into five categories: must-be quality, one-dimensional quality, attractive quality, indifferent quality and reverse quality. These classifications assist to discover which elements need greater investment and which do not. Considering that firms are the direct customers of the TTOs, it is important that a future work apply a kano model questionnaire to the employers of the TTO partners companies. Thus, will be possible to classify the TTOs elements into categories of the model, facilitating the visualization of which elements need more or less investments. Therefore, the companies experience as clients will be enhanced, as the efficiency of the services provided by the TTOs.

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