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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO T.C.C.

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Aluno: Rogério Alves Pereira Fevereiro de 2011

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – T.C.C.

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM IMPORTAÇÃO, ROTINAS E PROCEDIMENTOS.

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Aluno: Rogério Alves Pereira Fevereiro de 2011

2 Foto ilustrativa, de um navio atracando em um porto no Rio de Janeiro.

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Aluno: Rogério Alves Pereira Fevereiro de 2011

3 1.0 - Objetivo:

Abordagem dos diversos itens contidos no presente programa oferecendo aos leitores, conhecimentos sobre os complexos problemas ligados às relações comerciais entre as nações, seus mecanismos e instrumentos de ajuste do comércio internacional.

Visa colocar os leitores em contato com as informações básicas mínimas necessárias ao bom andamento dos processos de desembaraços e despachos aduaneiros, nas zonas de negócios internacionais portuárias e aeroportuárias.

2.0 - Práticas de importação

O curso trata sobre todos os procedimentos necessários para o exercício das tarefas de importação. São abordados neste curso assuntos como: IPI e ICMS, Incoterms, práticas de importação, Multas, MDIC, Licenciamento, Siscomex, REI, impostos, despesas aduaneiras, modalidades de pagamento, EADI entre outras.

O fluxograma acima apresentado tem por finalidade, mostrar o desenho de um fluxo de processos para pensamento gerencial, nas relações de interfaces operacionais da demanda dos serviços a serem prestados por um escritório de despachante aduaneiro, em zona alfandegada.

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Aluno: Rogério Alves Pereira Fevereiro de 2011

4 3.0 - Conteúdo:

- Passo a passo da importação

- Sistemática de Importação

- Licenciamento de Importação

- A Declaração de Importação

- Multas na importação

- Procedimentos de despacho aduaneiro

- Conferência Aduaneira

- Parametrização.

Navio atracado no porto, pronto para embarque ou desembarque de mercadorias, para segregação de cargas.

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Aluno: Rogério Alves Pereira Fevereiro de 2011

5 4.0 - Introdução

Cada vez mais e por diversos motivos, as organizações vêm optando por focar-se no objeto principal do seu próprio negócio (atividades-fim) e por terceirizar as atividades - meio do seu empreendimento. Essa tendência ocorre também no comércio exterior, pois algumas empresas vêm terceirizando suas operações de importação de mercadorias. Uma das formas de terceirização reconhecida legalmente e devidamente regulamentada pela Secretaria da Receita Federal (SRF) é a importação por encomenda. Nesse tipo de operação, uma empresa – a encomendante predeterminada –, interessada em uma certa mercadoria, contrata uma outra empresa – a importadora – para que esta, com seus próprios recursos, providencie a importação dessa mercadoria e a revenda posteriormente para a empresa encomendante.

A fim de disciplinar esse tipo de importação, a SRF, no uso da atribuição que lhe foi conferida pelo § 1º do artigo 11 da Lei nº 11.281, de 2006, e pelo artigo 16 da Lei 9.779, de 1999, editou a Instrução Normativa (IN) SRF nº 634, de 2006, que estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoas jurídicas importadoras em operações procedidas por encomenda de terceiros. Para que seja considerada regular, a importação realizada por uma empresa, por encomenda de uma outra, deve atender a determinados requisitos, condições e obrigações tributárias acessórias previstos na legislação.Da mesma forma, tanto a empresa importadora quanto a empresa encomendante dos produtos importados devem observar o tratamento tributário específico dispensado a esse tipo de operação, assim como tomar alguns cuidados especiais, a fim de não serem surpreendidas por uma autuação da fiscalização da SRF ou, até mesmo, terem suas mercadorias apreendidas.

4.1 - O que é a importação por encomenda

A importação por encomenda é aquela em que uma empresa adquire mercadorias no exterior com recursos próprios e promove o seu despacho aduaneiro de importação, a fim de revendê-las, posteriormente, a uma empresa encomendante previamente determinada, em razão de contrato entre a importadora e a encomendante, cujo objeto deve compreender, pelo menos, o prazo ou as operações pactuadas (art. 2º, § 1º, I, da IN SRF nº 634/06). Assim, como na importação por encomenda o importador adquire a mercadoria junto ao exportador no exterior, providencia sua nacionalização e a revende ao encomendante, tal operação tem, para o importador contratado, os mesmos efeitos fiscais de uma importação própria. Em última análise, em que pese a obrigação do importador de revender as mercadorias importadas ao encomendante predeterminado, é aquele e não este que pactua a compra internacional e deve dispor de capacidade econômica para o pagamento da importação, pela via cambial. Da mesma forma, o encomendante também deve ter capacidade econômica para adquirir, no mercado interno, as mercadorias revendidas pelo importador contratado. Ressalte-se ainda que, diferentemente da importação por conta e ordem, no caso da importação por encomenda, a operação cambial para pagamento da importação deve ser realizada

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6 exclusivamente em nome do importador, conforme determina o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI – Título 1, Capítulo 12, Seção 2) do Banco Central do Brasil (Bacen). Outro efeito importante desse tipo de operação é que, conforme determina o artigo 14 da Lei nº 11.281, de 2006, aplicam-se ao importador e ao encomendante as regras de preço de transferência de que tratam os artigos 18 a 24 da Lei nº 9.430, de 1996. Em outras palavras, se o exportador estrangeiro, nos termos dos artigos 23 e 24 dessa lei, estiverem domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida e/ou for vinculado com o importador ou o encomendante, as regras de “preço de transferência” para a apuração do imposto sobre a renda deverão ser observadas.

4.2 - Requisitos, condições e obrigações tributárias acessórias

Para que uma operação de importação por encomenda seja realizada de forma perfeitamente regular, é necessário, antes de tudo, que tanto a empresa encomendante quanto a empresa importadora sejam habilitadas para operar no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), nos termos da IN SRF nº 650, de 2006.Dessa forma, além de providenciar a sua própria habilitação, a pessoa jurídica que encomenda mercadorias importadas a uma outra empresa deve apresentar, à unidade da SRF com jurisdição para fiscalização aduaneira sobre o seu estabelecimento matriz, cópia do contrato firmado entre as duas empresas (encomendante e importadora), caracterizando a natureza de sua vinculação, a fim de que a contratada seja vinculada à encomendante no Siscomex, pelo prazo ou operações previstos no contrato.Outra condição para que a importação seja considerada por encomenda é que a operação seja realizada integralmente com recursos do importador contratado, pois, do contrário, seria considerada uma operação de importação por conta e ordem.A fim de promover o despacho aduaneiro das mercadorias importadas, conforme determina o artigo 3º da IN SRF nº 634/06, as seguintes condições também deverão ser atendidas:

Ao elaborar a declaração de importação (DI), o importador, pessoa jurídica contratada, deve indicar, em campo próprio na ficha “importador” da DI, o número de inscrição do encomendante no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); e

Enquanto não estiver disponível na ficha “importador” da DI um campo específico para o CNPJ do encomendante, este deve ser informado no campo destinado à identificação do adquirente por conta e ordem daquela mesma ficha, devendo também ser informado, na ficha “informações complementares” da DI, que se trata de uma importação por encomenda.

Ressalte-se ainda que, a fim de coibir eventuais tentativas de fraude, conforme estabelece o artigo 5º da IN SRF nº 634/06, sempre que o valor das importações for incompatível com o capital social ou o patrimônio líquido do importador ou do encomendante a importação poderá ser retida e somente liberada mediante a prestação de garantia, podendo ainda o importador e/ou encomendante serem submetidos ao procedimento especial de fiscalização previsto na IN SRF nº 228, de 2002.

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Aluno: Rogério Alves Pereira Fevereiro de 2011

7 4.3 - Cuidados especiais

A escolha entre importar mercadoria estrangeira por conta própria ou por meio de um intermediário contratado para esse fim é livre e perfeitamente legal. Entretanto, há cuidados simples que devem ser tomados pelas empresas encomendantes de produtos importados por terceiros para que não sejam surpreendidas pela fiscalização tributária e sejam autuadas ou, até mesmo, tenham suas mercadorias apreendidas. Além da observância dos requisitos, condições e obrigações tributárias acessórias anteriormente elencadas, é importante frisar que, na importação por encomenda, o fato do importador, na qualidade de contratado do encomendante, registrar a declaração de importação (DI) em seu nome e utilizar seus próprios recursos para levar a efeito a operação faz com que se produza, para o importador contratado, os mesmos efeitos fiscais de uma importação própria. Entretanto, embora seja o importador que promove o despacho de importação em seu nome, efetua o recolhimento dos tributos incidentes sobre a importação de mercadorias (II, IPI, COFINS - Importação, PIS/PASEP - Importação e Cide-Combustíveis) e, conseqüentemente, seja ele o contribuinte dos tributos federais incidentes sobre as importações, a empresa encomendante das mercadorias é também o responsável solidário pelo recolhimento desses tributos, seja porque ambos têm interesse comum na situação que constitui o fato gerador dos tributos, seja por previsão expressa de lei. (vide arts. 124 I e II da Lei nº 5.172, de 1966 - CTN; arts. 32, parágrafo único, “d”, e 95, VI, do Decreto-Lei nº 37, de 1966). Outro cuidado que as empresas devem ter se refere à legislação de “preços de transferência”. Por força da determinação expressa no artigo 14 da Lei nº 11.281/06, sempre que houver vinculação entre o exportador estrangeiro e a empresa importadora ou a encomendante – nos termos do artigo 23 da Lei nº 9.430, de 1996 – ou, ainda, havendo ou não essa vinculação, quando o exportador estrangeiro for domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida ou que oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas – nos termos do artigo 4º da Lei nº 10.451, de 2002, e da IN SRF nº 188, de 2002 – a empresa importadora e/ou a encomendante deve(m) observar as determinações dos artigos 18 a 24 da Lei nº 9.430/96, quando da apuração do imposto de renda sobre as suas operações. Adicionalmente, por força da presunção legal estabelecida no § 2º do artigo 11 da Lei nº 11.281/06, se a importadora e a encomendante não cumprirem com todos os requisitos e condições estabelecidos na legislação de importação por encomenda, para fins fiscais, a importação realizada será considerada por conta e ordem de terceiro e acarretará para a empresa encomendante:

Que ela seja responsável solidária pelo imposto de importação e eventuais penalidades relativas a esse imposto aplicáveis à operação;

Que ela seja equiparada a estabelecimento industrial e, conseqüentemente, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados (IPI) incidente nas operações que realizar com as mercadorias importadas; e

A aplicação das mesmas normas de incidência das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS sobre a sua receita bruta que são aplicáveis ao importador comum.

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8 A inobservância dos requisitos e condições previstos na legislação pode acarretar ainda desde o lançamento de ofício dos tributos e acréscimos legais eventualmente devidos até o perdimento das mercadorias importadas. Ressalte-se que a caracterização de indícios de irregularidades nesse tipo de operação autoriza a aplicação de procedimentos especiais de controle, previstos na IN SRF nº 52, de 2001, na IN SRF nº 206, de 2002, assim como na IN SRF nº 228/02, podendo as mercadorias permanecerem retidas por até 180 dias, para execução do correspondente procedimento de fiscalização, visando a apurar as eventuais irregularidades ocorridas. A ocultação do encomendante da importação, mediante fraude ou simulação, além de acarretar o perdimento da mercadoria, tem sérias implicações perante a legislação de valoração aduaneira, porque pode ocultar transações entre pessoas relacionadas, que têm tratamento normativo distinto, e do Imposto de Renda, relativamente aos preços de transferência. Por essa razão, o encomendante deve sempre se fazer identificar nas declarações de importação, cujas mercadorias tenham sido por ele encomendadas para importação no exterior. Dispõem ainda os artigos 59 e 60 da Lei nº 10.637/02 que se presume fraudulenta a interposição de terceiros em operação de comércio exterior quando não comprovada a origem, a disponibilidade e a transferência dos recursos empregados, sujeitando a mercadoria à pena de perdimento e o importador à declaração de inaptidão de sua inscrição.

4.4 - Tratamentos tributários específico

Atualmente, os tributos federais incidentes sobre uma importação devem ser recolhidos por ocasião do registro da DI, não importando se esta é por conta própria ou por encomenda de terceiros. Entretanto, nesta última situação, o tratamento tributário dispensado ao importador e ao encomendante nas etapas subseqüentes à nacionalização das mercadorias difere daquele aplicável aos casos de importação por conta própria: 4.4.1 - Quanto à importadora

Além de contabilizar tanto as entradas das mercadorias importadas como os recursos recebidos da encomendante pela revenda dos produtos, a empresa importadora deve apurar e recolher normalmente – como qualquer outro importador – todos os tributos incidentes sobre a revenda das mercadorias importadas, tais como: o IPI (por ser equiparada a estabelecimento industrial); a Contribuição para o PIS/PASEP - Faturamento; a COFINS - Faturamento; e a CIDE combustíveis. Ressalte-se que, na determinação dos tributos devidos pela revenda da mercadoria ao encomendante predeterminado, a importadora pode aproveitar os créditos desses tributos, advindos da operação de importação.

Finalmente, por força do artigo 70 da Lei nº 10.833, de 2003, a importadora deverá manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizar, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que está submetida, e apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos.

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9 4.4.2 - Quanto ao encomendante

Como qualquer outro comerciante no País, a empresa encomendante deve apurar e recolher os tributos que normalmente incidem sobre a comercialização de mercadorias importadas, tais como, a Contribuição para o PIS/PASEP - Faturamento, a COFINS - Faturamento, e a CIDE combustíveis, assim como cumprir com as demais obrigações acessórias previstas na legislação dos tributos. Com relação ao IPI, conforme estabelece o artigo 13 da Lei nº 11.281/06, a empresa encomendante é equiparada a estabelecimento industrial e, portanto, é contribuinte desse imposto. Conseqüentemente, o encomendante deverá, ainda, recolher o imposto incidente sobre a comercialização no mercado interno das mercadorias importadas e cumprir com as demais obrigações acessórias previstas na legislação desse tributo, podendo ainda aproveitar o crédito de IPI originário da operação de aquisição das mercadorias do importador.Ressalte-se que, em razão da sua responsabilidade solidária, a empresa encomendante, por força do artigo 70 da Lei nº 10.833/03, deverá manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizar, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que está submetida, e apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos. 4.5 - Legislações de referência • Lei nº 11.281/06 • Lei nº 10.637/02 • Lei nº 10.451/02 • Lei nº 9.430/96 • MP nº 2.158/01 • Decreto-Lei nº 37/66 • IN SRF nº 634/06 • IN SRF nº 650/06 • IN SRF nº 188/02.

FONTE: FAZENDA; Ministério da Fazenda Brasil- Secretaria da Receita Federal.

Comentários: O objetivo de apresentar este texto retirado do portal da Receita

Federal, no ícone Aduana e Comercio Exterior, vem nos informar que a nacionalização ou despacho aduaneiro, são atividades regulamentadas por legislações ordinárias, decretos e instruções normativas, oriundas do ministério da Fazenda, e seu ministro.

Assim temos a informar que o portal é para consulta continuada, e atualização para aqueles que se dispõe a atuar em atividades de importações e exportações,

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10 lembrando sempre que os parâmetros legais se aprimoram continuadamente e precisamos nos manter atualizados sempre.

Sempre que tivermos uma demanda e aconselhável e prudente que consultemos sempre a legislação, para verificarmos as atualizações, e evitarmos as perdas de tempo com o retrabalho de remissão de documentos formais, para continuidade dos processos de despacho aduaneiro ate o desembaraço final. Ainda, fica claro que conhecidas as leis, instruções normativas e decretos, temos todas as possibilidades de realizarmos as atividades de despachos aduaneiros, sem interferências e morosidades, porem devemos ter claro que os processos devem iniciar dentro dos princípios legais para que durante as atividades não tenhamos surpresas de não termos cumprido, prazos legais, normas e procedimentos estabelecidos pela CCI Câmara de Comercio Internacional, Ministério da Fazenda, Secretarias da Fazenda, Policia Federal, e rotinas das repartições publicas das esferas da Nação; Estados e Municípios. Fica claro que a bibliografia é extensa e necessita de boas consultas para efetivação das atividades diárias, o que devera acontecer com aqueles que iniciarem nas atividades de despachantes aduaneiros ou importadores exportadores de produtos. Mas procuramos listar aqui neste texto, as principais atividades e parâmetros a serem observados na condução dos processos de despacho aduaneiros.

5.0 - Práticas de Importação

Controles Aduaneiros sobre Veículos e Mercadorias.

Foto de um porto e suas operações de importação e exportações, em consonância com as legislações em vigor de um Pais.

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11 5.1 - Aduana e Legislação

O termo Aduana vem do árabe Adainan, que significa os direitos pagos na alfândega. Portanto, para entendê-lo, deve-se tratar primeiramente da palavra alfândega, que também vem do árabe Al-funduc, que significava originalmente hospedaria e, posteriormente, a Administração Pública que fiscalizava as mercadorias que entravam ou saiam de um país e cobrava as taxas de importação e exportação. Hoje, define-se Aduana como o recinto onde funciona essa repartição (a alfândega).

Os controles aduaneiros são aqueles processos que controlam a entrada de veículos e mercadorias em um determinado território aduaneiro, verificando sua conformidade com as normas aduaneiras do País. O controle aduaneiro estende-se a bens, veículos pessoas, plantas e animais.

Estes processos regulam a entrada dos veículos transportando cargas, o transito dessa mesma carga até o ponto em que deve ser desembaraçado e o desembaraço propriamente dito.

Para as empresas que trabalham na área de logística ou de transportes, é importante ter em mente que todo veiculo que entrar ou sair de um determinado País, deve possuir as suas cargas e relacionadas e acobertadas por Conhecimentos de Cargas, reunidos ou não em um Manifesto de Carga, que devem ser apresentados á aduana correspondente. A falta de documentação é punida internacionalmente.

Por tanto, o controle aduaneiro que é formalizado pela Câmara de Comercio Exterior de cada País, e homologado por legislações próprias do Ministério da Fazenda, e seu Ministro, divide - se então em duas partes ou dois tempos:

01 – Na primeira parte ou primeiro tempo, quando o veículo entra ou saí, pela comunicação ou pelo aviso que todo veículo deve prestar ao ultrapassar as fronteiras de um determinado País.

02 – Na segunda parte ou segundo tempo, quando o veículo estaciona em ponto próprio, determinado pelas autoridades aduaneiras, pelas informações sobre a carga que transporta, a que é destinada a ser descarregada naquele ponto, a carga que irá prosseguir viagem e a carga que não será desembarcada, destinada a consumo próprio da embarcação ou de seus tripulantes ou condutores.

O controle aduaneiro pressupõe, portanto, que todos os veículos e mercadorias procedentes ou com destino ao exterior devem permanecer sob controle aduaneiro ate que:

01 – Cruzem novamente as fronteiras, com destino ao País de onde veio ou a um terceiro País.

02 – Sejam despachadas para consumo, devidamente desembaraçadas, com o pagamento dos impostos e direitos devidos na importação, tornando-se assim uma mercadoria nacional, pela nacionalização da mesma.

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12 Por tanto estas ações são disciplinadas pelo Ministério da Fazendo, e fiscalizados pela Receita Federal de cada País, conforme acordos firmados de comércio internacional, entre os países membro de comunidades, estabelecidas para este fim. No Brasil, temos os acordos firmados, pela CCI – Camara de Comercio Internacional, submetidos à legislação do Ministério da Fazenda e seu Ministro, e a fiscalização da Receita Federal, sob a jurisdição de Policia Federal, para os casos de descumprimento das leis, e fraudes cometidas por quaisquer condutores, viajantes, ou transportadores de produtos transportados ou não por veículos que cruzem as fronteiras em direção ao território Brasileiro.

Segue abaixo um texto retirado do portal da Receita Federal, sobre o despacho aduaneiro, com suas nuances e documentações necessárias, para legalização de mercadorias que atravessem as nossas fronteiras.

5.2 - Jurisdição

O termo jurisdição significa, literalmente, onde se aplica. Assim, quando se fala em jurisdição aduaneira, está-se, na realidade, explicando-se onde e como se aplicam as regras da aduana brasileira, de acordo com a legislação do país, mais precisamente o Decreto 4543/02, alterado até o decreto 5887/06.

De acordo com o mencionado decreto, o território aduaneiro compreende todo o território nacional e o território aduaneiro é dividido em quatro partes, quais sejam, “I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e c) a área terrestre que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.” Assim, entende-se por território aduaneiro, todo e qualquer território nacional, aquático, terrestre ou aéreo, que seja alfandegado e/ou que permita a entrada de mercadorias estrangeiras ou provenientes de território estrangeiro no território nacional.

É importante mencionar que a demarcação da extensão do território aduaneiro será definida pelo órgão administrativo que seja responsável pela área.

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13 6.0 - Importações, Rotinas e Procedimentos.

Apresentação de um navio mercante, contendo containeres para importação e exportação.

6.1 - Despacho Aduaneiro.

O despacho aduaneiro de mercadorias na importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.

Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deve ser submetida a despacho de importação, que é realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.

Em geral, o despacho de importação é processado por meio de Declaração de Importação (DI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 680/06, conforme descrito abaixo. Entretanto, em algumas situações, o importador pode optar pelo despacho aduaneiro simplificado, que pode se dar por meio do Siscomex ou por formulários, conforme o caso.

Assim, antes de iniciar a sua operação de importação, o interessado deve verificar se a sua habilitação para utilizar o Siscomex será necessária e se ela se encontra em vigor. O despacho aduaneiro de importação é dividido, basicamente, em duas categorias: o despacho para consumo; e o despacho para admissão em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.

O despacho para consumo ocorre quando as mercadorias ingressadas no país forem destinadas ao uso, pelo aparelho produtivo nacional, como insumos, matérias-primas,

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14 bens de produção e produtos intermediários, bem como quando forem destinadas ao consumo próprio e à revenda. O despacho para consumo visa, portanto, a nacionalização da mercadoria importada e a ele se aplica o regime comum de importação.

O despacho para admissão em regimes aduaneiros especiais ou aplicados em áreas especiais tem por objetivo o ingresso no País de mercadorias, produtos ou bens provenientes do exterior, que deverão permanecer no regime por prazo certo e conforme a finalidade destinada, sem sofrerem a incidência imediata de tributos, os quais permanecem suspensos até a extinção do regime. Entre outros, se aplica às mercadorias em trânsito aduaneiro (para outro ponto do território nacional ou com destino a um outro país) e em admissão temporária, caso em que as mercadorias devem retornar ao exterior, após cumprirem a sua finalidade.

Antes de iniciar uma operação de importação, o interessado deve sempre verificar se a mercadoria a ser importada está sujeita a controle administrativo, pois, em regra, este deve ser efetuado anteriormente ao embarque da mercadoria no exterior, sob pena de pagamento de multa.

6.2 - Importação por Conta e Ordem de Terceiro.

Entende-se por operação de importação por conta e ordem de terceiro aquela em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato previamente firmado, que pode compreender, ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial.

O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que opere por conta e ordem de terceiros é exercido conforme o estabelecido na Instrução Normativa SRF nº 225/02.

O registro da Declaração de Importação (DI) pelo contratado é condicionado à sua prévia habilitação no Siscomex, para atuar como importador por conta e ordem do adquirente, pelo prazo previsto no contrato.

Importação por Encomenda.

Entende-se por operação de importação por encomenda aquela em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias por ela adquiridas no exterior, para revenda a empresa encomendante predeterminada, em razão de contrato firmado entre elas.

Não é considerada importação por encomenda a operação realizada com recursos do encomendante, ainda que parcialmente.

O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que opere por encomenda é exercido conforme o estabelecido na Instrução Normativa SRF no 634/06. O registro da Declaração de Importação (DI) fica condicionado à prévia habilitação no Siscomex, tanto do encomendante, quanto do importador por encomenda, e à prévia vinculação entre eles realizada nesse sistema.

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15 6.3 - Declaração de Importação – DI

O despacho aduaneiro de importação é processado com base em declaração a ser apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a sua mercadoria.

A DI deve conter, entre outras informações, a identificação do importador e do adquirente ou encomendante, caso não sejam a mesma pessoa, assim como a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria.

A DI é formulada pelo importador ou seu representante legal no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e consiste na prestação das informações constantes do Anexo Único da IN SRF nº 680/06, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro. Essas informações estão separadas em dois grupos:

- Gerais - correspondentes à operação de importação;

- Específicas (adição) - contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial sobre cada tipo de mercadoria.

O tratamento aduaneiro a ser aplicado à mercadoria importada é determinante para a escolha do tipo de declaração a ser preenchida pelo importador.

6.4 - Tributos incidentes na importação

Os tributos incidentes sobre uma determinada importação e os seus montantes dependem do tipo de mercadoria, seu valor, origem, natureza da operação, qualidade do importador, entre outros.

O próprio Siscomex contém as alíquotas dos tributos aplicáveis e, com base nas informações fornecidas pelo importador, ele executa os cálculos necessários e debita os valores devidos diretamente na conta corrente informada, no momento do registro da DI.

6.5 - Início do Despacho Aduaneiro de Importação

O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o registro da DI no Siscomex, salvo nos casos de Despacho Antecipado. É no momento desse registro que ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos na importação.

Se o despacho de importação, em uma de suas modalidades, não for iniciado nos prazos estabelecidos na legislação, que variam entre 45 a 90 dias da chegada da mercadoria ao País, ela é considerada abandonada, o que acarretará a aplicação da pena de perdimento e a destinação da mercadoria para um dos fins previstos na legislação. O mesmo acontece com a mercadoria cujo despacho de importação tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por omissão do importador.

6.6 - Documentos de Instrução da DI

Regra geral, os documentos que servem de base para as informações contidas na DI são: Via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

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16 Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;

Romaneio de carga (parking list), quando aplicável; e outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.

Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à fiscalização da SRF sempre que solicitados e, por essa razão, o importador deve mantê-los pelo prazo previsto na legislação, que pode variar conforme o caso, mas nunca é inferior a 05 anos.

6.7 - Parametrizações (canais verde, amarelo, vermelho, cinza e azul)

Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o procedimento de despacho aduaneiro, a DI é submetida a análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência. Tal procedimento de seleção recebe o nome de parametrização.

Os canais de conferência são cinco: verde, amarelo, vermelho, cinza e azul. A importação selecionada para o canal verde é desembaraçada automaticamente sem qualquer verificação. O canal amarelo significa conferência dos documentos de instrução da DI e das informações constantes na declaração. No caso de seleção para o canal vermelho, há, além da conferência documental, a conferência física da mercadoria.

Finalmente, quando a DI é selecionada para o canal cinza, é realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria.

6.8 - Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul

A Instrução Normativa SRF n.º 476/2004, dispõe sobre o Regime de Despacho Aduaneiro. Expresso aplicado aos despachos de importação, de exportação e de trânsito aduaneiro.

A Linha Azul destina-se a pessoas jurídicas industriais que operem com regularidade no Comércio Exterior e consiste em tratamento de despacho aduaneiro expresso nas operações de importação, exportação e trânsito aduaneiro, mediante habilitação prévia e voluntária desinteressadas a um conjunto de requisitos e procedimentos que demonstrem a qualidade de seus controles internos, garantindo o cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras e permitindo o seu monitoramento permanente pela fiscalização aduaneira.

Somente serão credenciados locais alfandegados aqueles que possuam equipamento de Raios-X (scanner) instalado, com resolução e capacidade adequado ao tipo de carga ali movimentada ou armazenada, exceção quando se tratar de local alfandegado que opere exclusivamente com carga a granel, e cumpra outras exigências técnicas estabelecidas pela Coordenação Geral do Sistema Aduaneiro – COANA.

O credenciamento será realizado mediante requerimento do administrador do local alfandegado, apresentado ao titular da unidade local da SRF, devidamente instruído com as especificações técnicas do scanner, bem assim com elementos que comprovem o atendimento a outras exigências técnicas eventualmente estabelecidas.

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17 O credenciamento de local alfandegado, sempre concedido a título precário, será realizado por meio de Ato Declaratório do Coordenador-Geral do Sistema Aduaneiro e terá validade para os despachos aduaneiros de importação, de exportação ou trânsito aduaneiro realizados no local por pessoa jurídica habilitada à Linha Azul.

Só poderá ser habilitada à Linha Azul a pessoa jurídica que preencha as condições exigidas no art. 3° da INSRF 476/2004, quais sejam:

I - cumpra os requisitos de regularidade fiscal para o fornecimento de certidão negativa ou de certidão positiva, com efeitos de negativa, de débitos relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF);

II - não possua pendência de qualquer natureza junto à Receita Federal, especialmente quanto à aplicação de regime aduaneiro especial ou aplicado em área especial, do qual tenha sido, ou seja, beneficiária;

III - não tenha sido submetida ao regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei n.º 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos últimos três anos;

IV - cuja atividade econômica principal seja a indústria, extrativa ou de transformação, excetuadas as atividades de apoio à extração de minerais;

V - mantenha controle contábil informatizado;

VI - possua sistema corporativo informatizado, integrado à contabilidade, para controle dos estoques de mercadorias, distinguindo as de procedência estrangeira e as destinadas a exportação, especialmente quanto à entrada, permanência e saída, e identificando as operações realizadas por estabelecimento;

VII - esteja inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) há mais de 24 (vinte e quatro) meses;

VIII - possua patrimônio líquido igual ou superior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais), apurado no último dia do mês anterior ao do protocolo do pedido de habilitação;

IX - tenha realizado, no exercício fiscal anterior ou nos doze meses anteriores à apresentação do pedido de habilitação, no mínimo cem operações de Comércio Exterior (conjunto de importações e exportações efetivas), cujo somatório dos valores da corrente de Comércio Exterior seja em montante igual ou superior a US$ 10,000,000.00 (dez milhões de dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

X - apresente relatório de auditoria avalizando que seus controles internos garantem o cumprimento regular de suas obrigações cadastrais, documentais, tributárias e aduaneiras.

O valor a que se refere o inciso VIII será de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), para a empresa que realize exclusivamente as operações de renovação ou recondicionamento, manutenção ou reparo de aeronaves e de equipamentos e instrumentos de uso aeronáutico.

A Linha Azul não se aplica a pessoa jurídica que atue nos ramos industriais de fumo e produtos de tabacaria, armas e munições, bebidas, jóias e pedras preciosas, extração de minerais e produtos de madeira, que possua sócio residente ou com domicílio fiscal em país ou dependência com tributação favorecida ou que oponha sigilo relativo à composição societária das pessoas jurídicas, nos termos estabelecidos nas normas desta Secretaria, ou que não coopere no âmbito da prevenção e repressão à lavagem de dinheiro, nos termos das normas expedidas pelo Conselho de Controle de Atividades

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18 Financeiras (Coaf) ou que efetue operações de Comércio Exterior por conta e ordem de terceiro.

O requerimento de habilitação à Linha Azul deve ser apresentado ao titular da unidade da SRF que jurisdicione o domicílio fiscal da pessoa jurídica interessada, instruído com os documentos que comprovem o atendimento dos requisitos estabelecidos. Poderá ser apresentado requerimento único para vários estabelecimentos da mesma pessoa jurídica, o qual ser apresentado pelo estabelecimento sede, e deverá identificar os demais estabelecimentos para os quais é solicitada a habilitação, desde que os requisitos previstos sejam atendidos por cada um dos estabelecimentos.

A habilitação à Linha Azul será concedida a título precário, por prazo indeterminado, realizada por meio de Ato Declaratório do Coordenador Geral do Sistema Aduaneiro e terá validade para os despachos aduaneiros de importação, exportação ou trânsito aduaneiro realizados pela beneficiária em qualquer local alfandegado credenciado. A habilitação à Linha Azul será cancelada quando houver descumprimento de qualquer dos requisitos estabelecidos, ou na ocorrência de infração à Legislação Aduaneira que caracterize, de forma inequívoca, a intenção de iludir o controle fiscal ou administrativo das importações ou exportações.

A declaração de importação de mercadoria registrada por pessoa jurídica habilitada à Linha Azul terá preferência para o canal verde da seleção parametrizada do Siscomex, com o conseqüente desembaraço aduaneiro automático.

As declarações para despacho aduaneiro de exportação, apresentadas por pessoa jurídica habilitada à Linha Azul, serão, preferencialmente, selecionadas para o canal verde da seleção parametrizada do Siscomex.

6.9 - Desembaraço Aduaneiro.

O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira. É com o desembaraço aduaneiro que é autorizada a efetiva entrega da mercadoria ao importador e é ele o último ato do procedimento de despacho aduaneiro. 6.9.1 - Dos Recintos Alfandegados

Recintos alfandegados são as divisões existentes no território e áreas de alfândega, nas quais se realiza a fiscalização, armazenagem e despacho dos produtos e mercadorias que sejam provenientes do exterior ou a ele destinadas, bagagens de indivíduos procedentes do exterior ou a ele destinados e correspondências internacionais.

Existe ainda a possibilidade de as mercadorias permanecerem alocadas nos recintos alfandegados por até setenta e cinco dias, salvo aquelas mercadorias que forem admitidas pelo regime especial, visto que dependerão do prazo concedido.

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19 6.9.2 - Dos Portos Secos

Os portos secos são os recintos nos quais executam-se as operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e bagagens. Não há possibilidade de instalação de portos secos em zonas primárias de portos e aeroportos.

As operações em portos secos serão sempre sujeitas a permissão ou concessão estatal, salvo quando o imóvel no qual o porto seco estiver instalado for de propriedade da União, quando então ocorrerá o regime de concessão.

6.9.3 - Do Alfandegamento

Observe-se, portanto, que a aduana e, consequentemente o alfandegamento, consistem no controle, pelas autoridades nacionais, das mercadorias que entram e saem do país, a fim de proteger a população contra eventuais perigos estrangeiros e de proteger o governo contra sonegação fiscal.

Entretanto, por mais que seja o alfandegamento um serviço de utilidade pública, somente poderá ser realizado após regularização das condições ficais e aduaneiras indispensáveis à segurança fiscal, quando houver recursos humanos e materiais e se o interessado na alfandegagem assumir a condição de fiel depositário das mercadorias eventualmente sob sua guarda.

É importante lembrar que o alfandegamento é realizado por entidades particulares que obtêm tal direito através de processos licitatórios de concessão e permissão perante as entidades governamentais competentes.

Serão, portanto, hipóteses de cancelamento do alfandegamento, a qualquer tempo, as seguintes:

I - o local for desabilitado ao tráfego internacional;

II - a empresa interessada deixar de atender ao disposto no § 5º;

III - a empresa interessada deixar de atender aos termos, limites e condições estabelecidos em ato normativo.

6.9.4 - Da Administração Aduaneira

A administração aduaneira consiste na fiscalização e controle sobre mercadorias que entram e deixam o país, caracterizando-se, como já dito, uma atividade essencial à defesa fiscal e de segurança da população.

Requerido e deferido o ato de alfandegamento pela entidade competente, poderá iniciar-se a administração aduaneira de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, que determinará os horários e as condições de realização dos serviços aduaneiros.

A administração aduaneira, por se tratar de atividade essencial ao interesse público, como já dito anteriormente, possuirá preferência em relação à outras administrações de órgão existentes nos locais alfandegados.

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20 Tal preferência refere-se a:

I - a obrigação, por parte dos demais órgãos, de prestar auxílio imediato, sempre que requisitado pela administração aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessários à ação fiscal;

II - a competência da administração aduaneira, sem prejuízo das atribuições de outros órgãos, para disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias nos locais referidos no caput, no que interessar à Fazenda Nacional.

Por fim, será direito da administração aduaneira, o acesso a quaisquer dependências do porto ou embarcações, mesmo que não atracadas e aos locais onde se encontram mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Para possibilitar-se esse acesso, a administração poderá requisitar quaisquer papéis, livros e documentos e utilizar-se de força policial.

7.0–Importação.

Toda pessoa jurídica que promova a importação de mercadorias de procedência estrangeira, mesmo que em caráter eventual, está obrigada a emissão da Nota Fiscal de entrada contendo todos os custos pertinentes à importação.

Esta foto apresenta uma zona portuária onde temos um portainer, pronto para atendimento as importações e exportações por este porto.

Segundo as regras do Decreto 4543/02, o despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.

Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.

A declaração de importação é o documento base do despacho de importação e deverá conter a identificação do importador e a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria.

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21 A declaração de importação será instruída com a via original do conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente, a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador, o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível e outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de ato normativo.

O despacho aduaneiro de importação ainda será regulado pela INRSF 680/2006 e outras.

Dentre as demais Instruções Normativas que regem a importação, destaca-se a INSRF 611/2006, que estabelece que as importações poderão ser processadas com base em declaração simplificada.

7.1 - Declaração Simplificada de Importação – DSI

A Declaração Simplificada de Importação – DSI, será formulada pelo importador ou seu representante em microcomputador conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, mediante o preenchimento do formulário respectivo e poderá ser no despacho aduaneiro dos seguintes bens:

1. Importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e freqüência que não caracterize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

2. Importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$3.000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

3. Recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ou instituição de assistência social.

4. Submetidos ao regime de admissão temporária.

5. Reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do regime de exportação temporária; e

6. Que retornem ao País em virtude de não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação, defeito técnico, para reparo ou substituição, alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador ou guerra ou calamidade pública.

7. Contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; 8. Contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta, a serem submetidos ao regime de admissão temporária (nas hipóteses do item 4), Reimportados (nas hipóteses do item 5), a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos ou destinados a revenda.

9. Integrantes de bagagem desacompanhada.

10. Importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefícios do Decreto-lei n.º 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$

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22 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

11. Industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-lei n.º 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

12. Importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, com os benefícios do decreto-lei no 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial;

13. Importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou freqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

Serão utilizados os modelos de formulários Declaração Simplificada de Importação – DSI e Folha Suplementar, instruída com os documentos próprios para cada caso, quando se tratar do despacho aduaneiro de:

1. amostras sem valor comercial.

2. Livros, documentos, folhetos, periódicos, catálogos, manuais e publicações semelhantes, inclusive gravados em meio magnético, importados sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, desde que não estejam sujeitos ao pagamento de impostos. 3. Outros bens importados por pessoa física sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, de valor não superior a US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, quando não estiverem sujeitos ao pagamentos de impostos.

4. Bens importados ou industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-lei n.º 288, de 1967, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física.

5. Veículos de viajantes residentes no exterior, que ingressem no território nacional por via terrestre e por seus próprios meios, a serem submetidos ao regime especial de admissão temporária.

6. Bens importados por missão diplomática, repartição consular de carreira e de caráter permanente, representação de organismo internacional de que o Brasil faça parte ou delegação acreditada junto ao Governo Brasileiro, bem assim por seus respectivos integrantes, funcionários, peritos ou técnicos.

7. Órgãos e tecidos humanos para transplante.

8. Animais de vida doméstica, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial. 9. Quando não for possível o acesso ao SISCOMEX, em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas.

10. doações referidas no inciso III, alínea "a", do art. 3o, e bens importados sob o regime de admissão temporária, para prestação de ajuda humanitária em decorrência de decretação de estado de emergência ou de calamidade pública;

11. bens de caráter cultural, nas hipóteses previstas na Instrução Normativa SRF no 40, de 13 de abril de 1999;

12. Bens importados por órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

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23 Federal e dos Municípios, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.

Na hipótese do item 5, será firmado Termo de Responsabilidade para garantia dos tributos suspensos e o prazo de vigência do regime será fixado de conformidade com aquele estabelecido pela autoridade migratória para a permanência do viajante no país e a saída do veículo do país será informada, pela unidade da SRF que realize o controle, àquela que concedeu o regime, para fins de baixa do Termo de Responsabilidade firmado.

A impossibilidade de acesso ao SISCOMEX a que se refere o item 9 acima, será reconhecida pelo titular da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, no âmbito de sua jurisdição.

No caso de bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, submetidos ao Regime de Tributação Simplificada – RTS, o despacho aduaneiro será processado mediante o pagamento dos impostos de importação incidente, lançado pela autoridade aduaneira por meio da Nota de Tributação Simplificada – NTS, instituída pela IN SRF 101/91, sem qualquer outra formalidade aduaneira.

7.2 - Regimes de Tributação Simplificada – RTS

Portaria MF n.º 156, de 24 de junho de 1999, publicada no DOU de 25/06/1999, pág. 102 e Instrução Normativa SRF n.º 096, de 04 de agosto de 1999, publicada no DOU de 09/08/1999, pág. 9.

O RTS aplica-se na importação de bens pelos correios, companhias aéreas ou empresas de courrier, inclusive compras realizadas pela Internet e no despacho aduaneiro de presentes recebidos do exterior, mas não se aplica à importação de bebidas alcoólicas, a fumo e a produtos de tabacaria (bens do capítulo 24 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL – NCM).

O valor Máximo dos bens a serem importados neste regime é de US$ 3,000.00 (três mil dólares americanos), tributado em 60% (sessenta por cento) sobre o valor dos bens constante da fatura comercial, acrescido dos custos de transporte e do seguro relativo ao transporte, se não tiverem sido incluídos no preço da mercadoria. No caso de utilização de empresas de transporte aéreo internacional expresso (courrier), será acrescentada a tributação de 18% do ICMS.

Quando a remessa contiver presentes, o preço será o declarado, desde que compatível com os preços praticados no mercado em relação a bens similares. Softwares pagam 60% (sessenta por cento) sobre o meio físico, somente se o valor do meio físico vier discriminado separadamente na Nota Fiscal. Caso o valor do meio físico não seja discriminado na Nota Fiscal o pagamento do imposto recairá sobre o valor total da remessa.

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24 7.3 - Isenções

A - Remessas no valor total de até US$ 50.00 (cinqüenta dólares americanos) não pagam impostos, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas (presentes).

B - Medicamentos, destinados à pessoa física, sendo que no momento da liberação do medicamento, o Ministério da Saúde exige a apresentação da receita médica.

C - Livros, jornais e periódicos impressos em papel não pagam impostos (art. 150 VI, "d", da Constituição Federal).

No caso de medicamentos destinados a pessoa física será aplicada a alíquota de zero por cento. Os bens que integrem remessa postal internacional de valor não superior a US$50.00 (cinqüenta dólares dos Estados Unidos da América) serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

Os bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aéreos internacionais submetidos a despacho aduaneiro com a aplicação do RTS são isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados.

7.4 - Pagamentos do Imposto

Na hipótese de utilização dos Correios, para bens de até US$ 500.00 o imposto será pago no momento da retirada do bem, no próprio correio, sem qualquer formalidade aduaneira.

Quando o valor da remessa postal for superior a US$ 500.00, o destinatário deverá apresentar Declaração Simplificada de Importação (DSI). No caso de utilização de empresas de transporte internacional expresso, porta a porta (courrier), o pagamento do imposto é realizado pela empresa de courrier à SRF. Assim, ao receber a remessa, o valor do imposto será uma das parcelas a ser paga à empresa.

Nas remessas postais o interessado poderá optar pela tributação normal. Para isso deve informar-se no momento da retirada do bem nos correios. Na hipótese de utilização de companhia aérea de transporte regular o destinatário deverá apresentar a DSI podendo optar pela tributação normal.

A base de cálculo para a cobrança do Imposto de Importação será o valor aduaneiro dos bens integrantes da remessa ou encomenda internacional. O valor aduaneiro será o valor FOB dos bens integrantes da remessa ou encomenda, acrescido do custo de transporte, bem como do seguro relativo a esse transporte:

A - até o local de destino, no país, quando se tratar de remessa postal internacional. B - até o aeroporto alfandegado de descarga onde devam ser cumpridas as formalidades aduaneiras de entrada dos bens no País, na hipótese de encomenda transportada por companhia aérea.

C - até o domicílio do destinatário, no caso de encomenda transportada por empresa de transporte internacional expresso, porta a porta. O valor eventualmente pago pelo destinatário da encomenda à empresa de transporte internacional expresso por serviço diverso da entrega não será acrescido ao preço de aquisição ou declarado do bem, desde que se apresente destacado na respectiva documentação.

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25 O preço de aquisição dos bens será comprovado mediante a apresentação da correspondente fatura comercial. Na hipótese de remessa ou encomenda contendo bens que não tenham sido objeto de aquisição no exterior, pelo destinatário, o preço será aquele declarado, desde que compatível com os preços normalmente praticados na aquisição de bens idênticos ou similares, originários ou procedentes do país de envio da remessa ou encomenda.

O custo do transporte, bem como do seguro a ele associado, não será acrescido ao preço dos bens integrantes da remessa ou encomenda quando já estiver incluído no preço de aquisição desses bens ou quando for suportado pelo remetente.

Na ausência de documentação comprobatória do preço de aquisição dos bens ou quando a documentação apresentada contiver indícios de falsidade ou adulteração, este será determinado pela autoridade aduaneira com base no preço de bens idênticos ou similares, originários ou procedentes do país de envio da remessa ou encomenda ou no valor constante de catálogo ou lista de preços emitida por estabelecimento comercial ou industrial, no exterior, ou por seu representante no país.

7.5 - Aplicações do Regime de Tributação Simplificada

O regime de tributação simplificada – RTS, instituído pelo decreto-lei n.º 1.804, de 3 de setembro de 1980, poderá ser utilizado no despacho aduaneiro de importação de bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aérea internacional no valor de até US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, destinada a pessoa física ou jurídica, mediante o pagamento do Imposto de Importação calculado com a aplicação da alíquota de 60% (sessenta por cento), independentemente da classificação tarifária dos bens que compõem a remessa ou encomenda. No caso de medicamentos destinados a pessoa física será aplicada a alíquota de zero por cento.

Os bens que integrem remessa postal internacional no valor de até US$ 50.00 (cinqüenta dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas. Os bens submetidos a despacho aduaneiro com base no RTS estão isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados.

A tributação simplificada tem por base o valor aduaneiro da totalidade dos bens que integrem a remessa postal ou a encomenda aérea internacional. O valor aduaneiro será o preço de aquisição dos bens, acrescido do valor do seguro a ser pago pelo destinatário, relativo ao transporte e entrega da remessa postal ou da encomenda internacional, mais a importância a ser paga pelo destinatário da remessa postal ou encomenda aérea internacional, conforme o caso:

A - à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT pelo transporte da remessa postal internacional até o local de destino no país.

B - Á companhia aérea responsável pelo transporte da encomenda até o aeroporto alfandegado de descarga, onde são cumpridas as formalidades aduaneiras de entrada dos bens no País ou à empresa prestadora de serviço de transporte expresso internacional e de entrega no local de destino no país, quando se tratar de encomenda expressa.

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26 Na ausência de documentação comprobatória do preço de aquisição dos bens ou quando a documentação apresentada contiver indícios de falsidade ou adulteração, este será determinado pela autoridade aduaneira com base em preço de bens idênticos ou similares, originários ou procedentes do país de envio da remessa/encomenda ou valor constante de catálogo ou lista de preços emitida por estabelecimento comercial ou industrial, no exterior, ou por seu representante no país.

Na hipótese de encomenda transportada por empresa de transporte internacional expresso, porta a porta, o RTS não se aplica a bens destinados a revenda ou importados com cobertura cambial, no entanto, essa restrição não alcança as encomendas transportadas por empresa que apresente a correspondente declaração de importação em meio eletrônico e efetue o pagamento do Imposto de Importação devido pelos respectivos destinatários observado, para esse efeito, o estabelecido pela Secretaria da Receita Federal.

Os bens integrantes de remessa postal internacional no valor aduaneiro de até US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) serão entregues ao destinatário pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT mediante o pagamento do Imposto de Importação lançado pela fiscalização aduaneira na Nota de Tributação Simplificada – NTS instituída pela IN SRF 101/91, dispensadas quaisquer outras formalidades aduaneiras.

O despacho aduaneiro mediante a aplicação do RTS será realizado com base na Declaração Simplificada de Importação – DSI, instituída pela IN SRF 11/99, apresentada pelo destinatário de remessa postal cujo valor ultrapasse US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou encomenda transportada por companhia aérea ou ainda na Declaração de Remessa Expressa – DRE, instituída pela IN SRF 57/96, apresentada pela empresa prestadora do serviço de transporte expresso internacional, porta a porta, no caso de encomenda por ela transportada.

As remessas ou encomendas contendo bens destinados a revenda somente poderão ser submetidas a despacho aduaneiro com a aplicação do RTS mediante DSI apresentada em meio informatizado, nos termos do art. 9º da IN SRF 13/99. As encomendas que contenham bens destinados a revenda, transportadas por empresa de transporte internacional expresso, somente poderão ser submetidas a despacho aduaneiro com base em DRE apresentada em meio informatizado, de conformidade com o estabelecido em norma específica.

7.6 – RECOF

Dá-se o nome de RECOF ao regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado, que permite a empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas a operação de industrialização, sejam destinadas a exportação. O RECOF é regulado pelo Decreto 4543/02 e INSRF nº 757/2007.

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27 As operações de industrialização limitam - se a:

I - montagem de produtos, constantes do Anexo I da INSRF 757/2007, por seus códigos numéricos da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), compostos por oito dígitos, dos seguintes setores industriais:

a) aeronáutico (modalidade "RECOF Aeronáutico"); b) automotivo (modalidade "RECOF Automotivo");

c) de informática ou de telecomunicações (modalidade "RECOF Informática");

d) de semicondutores e de componentes de alta tecnologia para eletrônica, informática ou telecomunicações (modalidade "RECOF Semicondutores");

II - transformação, beneficiamento e montagem de partes e peças utilizadas na montagem dos produtos referidos no inciso I; III - acondicionamento e recondicionamento de partes e peças a serem comercializadas no mesmo estado em que foram importadas.

A mercadoria, no estado em que foi importada, poderá ter ainda uma das seguintes destinações:

I - exportação; II - reexportação; III - destruição.

7.7 - Da Autorização para Operar no Regime

A autorização para operar no regime é de competência da Secretaria da Receita Federal, e poderá ser cancelada ou suspensa a qualquer tempo, nos casos de descumprimento das condições estabelecidas, ou de infringência de disposições legais ou regulamentares, sem prejuízo da aplicação de penalidades específicas.

Poderá habilitar-se a operar o regime a empresa industrial, fabricante de produtos constantes do Anexo I da INSRF 757/2007 ou fabricante de partes e peças para os produtos constantes do Anexo I da INSRF 757/2007; e a empresa que realize exclusivamente as operações de renovação ou recondicionamento, manutenção ou reparo de aeronaves e de equipamentos e instrumentos de uso aeronáutico.

Para habilitar-se ao regime, a empresa interessada deverá atender aos seguintes requisitos:

I - cumprir os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, para o fornecimento de certidão conjunta, negativa ou positiva com efeitos de negativa, com informações da situação quanto aos tributos administrados pela RFB e quanto à Dívida Ativa da União (DAU), administrada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN);

II - possuir patrimônio líquido igual ou superior a R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais);

III - dispor de sistema informatizado de controle de entrada, estoque e saída de mercadorias, de registro e apuração de créditos tributários devidos, extintos ou com pagamento suspenso, integrado aos sistemas corporativos da empresa no país, que permita livre e permanente acesso da RFB;

IV - possuir autorização para o exercício da atividade, expedida pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso;

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