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Texto argumentativo sobre a Eutanásia

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Academic year: 2021

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Texto argumentativo sobre a Eutanásia

Formadores. Rita Camões e Fernando Guita Trabalho elaborado por: Patrícia da Conceição

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Como todos nós sabemos o tema da eutanásia causa muita polémica na nossa sociedade, porque há muitas pessoas a favor, mas também muitas contra.

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A Eutanásia é a possibilidade de um ser humano poder decidir/escolher se quer morrer, com assistência médica, devido a uma doença incurável e por se encontrar num estado de grande sofrimento, em que a morte será um acto de misericórdia e liberdade.

Na nossa sociedade, falar sobre a morte e o auxílio à morte, ou seja, Eutanásia, mesmo que seja só em algumas circunstâncias, torna-se incómodo, desagradável e até chocante aos olhos de muitas pessoas.

Nos dias de hoje, face ao extraordinário avanço da medicina e das tecnologias de prolongamento artificial da vida humana, morre-se cada vez mais tarde e quase sempre nos hospitais, o que coloca um conjunto de problemas ético-jurídicos de difícil solução.

De certo que não é natural um doente tirar ou pedir que lhe tirem a própria vida, mas será mais natural viver ligado a uma máquina, ou em sofrimento e agonia apenas porque a sua vida foi prolongada pela enorme capacidade da ciência médica contemporânea? Será que se deve assistir um doente que, em função do seu sofrimento, não deseja continuar a viver? Em tal caso, que critérios deverão ser utilizados? Visto que não existem dois casos iguais, pode-se compreender a complicação das decisões que se adoptam ou podem adoptar-se junto do leito de cada doente.

O primeiro grande estudo feito em Portugal sobre a eutanásia e o suicídio assistido mostra que 40 por cento dos médicos oncológicos que assistem doentes terminais são favoráveis à legalização desta forma antecipada de morte em doentes incuráveis, embora apenas 20 por cento admitam recorrer a essa prática, caso a eutanásia venha a ser legalizada.

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Este estudo foi realizado pelo Serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o estudo foi desenvolvido em todos os hospitais e unidades de saúde que tratam doentes oncológicos de norte a sul do país e prolongou-se por quatro anos.

Os factores que fazem com que a Eutanásia seja ilegal em Portugal são vários, um deles é de aspecto religioso, porque “Só Deus tem o direito de tirar a vida”, outro é o Código Deontológico dos Médicos, que quando tiram o curso fazem o juramento de “Hipócrates”, ou seja, defendem sempre a vida. Outro dos motivos tem a ver com as nossas tradições, ou seja, “morrer é a última etapa da vida de um ser” e por último temos a Constituição da Republica, que diz que é ilegal.

Como curiosidade a Holanda foi o primeiro país a legalizar a Eutanásia a 1 de Abril de 2002 e a Bélgica foi o segundo país a legalizar a Eutanásia em Setembro de 2002.

No código deontológico do médico, no artigo 47º, os médicos devem respeitar a vida humana até ao fim, de forma a terem que lutar sempre pela vida do doente, como tal se praticarem a eutanásia é considerada uma falta grave no código deontológico.

O homem é o único ser sobre a Terra que tem consciência da sua

vida, o único a saber que a sua passagem neste mundo é transitória e que deve terminar um dia. À semelhança das organizações de saúde, a igreja católica mostra-se contra à prática da eutanásia, alegando argumentos como o reconhecimento sagrado da vida e o esmerar-se do indivíduo sobre a sociedade.

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Optar pela eutanásia é, pela parte do homem recusar a soberania de Deus e o seu propósito de amor. Além disto é a negação da natural aspiração da vida, uma renúncia ao amor por si próprio e aos deveres de justiça e à caridade para com o próximo. Escolher a morte para si é uma violação da lei divina, uma ofensa à dignidade da pessoa, um crime contra a vida, um atentado contra a humanidade.

Casos reais de Eutanásia

“Terri Schiavo (3/12/1963-31/3/2005).Era uma adolescente gorda, com mais de 90 quilos. No Liceu começou uma rigorosa dieta, que se prolongou após o casamento (1984). Terri emagreceu de tal forma que no dia 25 de Fevereiro de 1990 acabou por desfalecer na sua casa. A desordem alimentar era de tal ordem que havia provocado uma desregulação dos níveis de potássio no organismo, entrando num estado vegetativo permanente, tendo que ser alimentada através de um tubo. Durante 15 anos o seu marido lutou contra os seus pais nos tribunais norte-americanos para que lhe fosse retirado o tubo de alimentação, pondo fim à sua vida vegetativa, o que veio a ser autorizado.”

“Nancy Cruzan (20/7/1957- 26/12/1990) teve um acidente de automóvel no dia 11 de Janeiro de 1983, ficando pouco depois em coma vegetativo permanente. Durante 8 anos o seu caso passou pelos tribunais norte-americanos, onde se tentou averiguar sobre as suas eventuais convicções sobre a eutanásia, acabando os juízes por decidir pela sua morte e as máquinas que a mantinham com vida foram desligadas.

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No filme “Million Dollar Baby” a Maggie no último combate que fez foi artesoada pela pessoa que combatia com ela, que ao apanhá-la de costas deu-lhe um soco fatal que a deixou paraplégica para resto da sua vida. Depois do que aconteceu no combate, ela ficou em permanente sofrimento, porque só mexia a cabeça e começaram a aparecer-lhe ferimentos no corpo, que eram provocados pelo facto de estar sempre deitada na mesma posição.

A Maggie cansada de sofrer pediu ao seu treinador para lhe desligar as máquinas. O Frankie teve muita dificuldade em aceitar que a sua menina queria morrer, mas vendo que ela estava a sofrer todos os dias fez-lhe a vontade, desligando-lhe as máquinas e dando-lhe uma injecção, praticando assim a eutanásia, para a Maggie não sofrer mais.

Neste filme a eutanásia não é uma prova de amor, mas sim uma recusa, porque ele fê-lo contra a sua vontade, significa isto que ele só o fez por ser a última vontade de Maggie.

Eu concordo com a eutanásia dependendo dos casos. No caso do filme concordo, porque a Maggie não tinha as mínimas condições de vida, pois tinha de passar o resto da sua vida na cama ou na cadeira de rodas, mexendo só a cabeça. Acho que para ela foi um alívio a morte porque deixou de sofrer.

A eutanásia só deve ser praticada quando a pessoa em questão está em constante sofrimento e não tem cura possível, como por exemplo uma pessoa que está numa cama de hospital como se fosse um vegetal, que sabemos que está viva porque o coração bate.

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uma pessoa estiver numa cadeira de rodas, mas que minimamente consiga ter alguma independência e mobilidade acho que deve continuar a lutar pela vida e não querer morrer.

Posso concluir com os argumentos apresentados que há factores contra e a favor da Eutanásia, porque não devemos obrigar uma pessoa a viver quando está a sofrer de uma doença que mais tarde ou mais cedo irá provocar a morte porque não tem cura possível.

Este tema é muito complexo, pois causa um grande impacto no nosso país, porque há muitas pessoas que são a favor para evitar o sofrimento de quem mais gostam.

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