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Carlos Besnard --- Vida de Luís Grignion de Montfort

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Volume 16 | Number 16

Article 25

10-2009

Carlos Besnard --- Vida de Luís Grignion de

Montfort

Carlos Besnard

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Besnard, C. (2009-2010). Carlos Besnard --- Vida de Luís Grignion de Montfort. Missão Espiritana, 16-17 (16-17). Retrieved from

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(2)

CarlosBesnard

18,

Carlos

Besnard

1

-Vida

de

Luís

Grignion

de

Montfort

Cláudio

Poullartdes Places,

fundador

do

Seminário

do

Espírito

Santo, pertencia a

uma

família

muito

antiga

de Bretanha, da

diocese

de

Saint Brieuc.

Nasceu

em

Rennes

a

27

2

de

fevereiro

de

1679 na

paróquia de

São

Pedro,

em

São

Jorge, e nela foibatizado

no

mesmo

dia

do

nascimento.

A

sua

mãe

consagrou-o

à

Santíssima

Virgem,

e

em

honra

dela vestiu-o

de

branco

até à

idade

de

sete anos.

Estudou

humanidades

e filosofia

no

colégio

de Rennes.

Foi ali

que

estabeleceu

uma

relaçãoestreita

com

o

Sr.

de Montfort.

Os

dois

con-cordaram

formar

uma

associação

para

honrar de

maneira

especial a

Santíssima

Virgem.

Reuniam-se

em

dias

determinados,

num

quarto

emprestado

por

uma

pessoa

piedosa. [...] Esta associação

permane-ceu

ativa,

mesmo

depois

da

saída

do

Sr.

Grignion

[sic]

para

Paris,

devido ao

zelo e

ao

esforço

do jovem

des Places a

quem

aassociação

ficaraentregue. Foiele

quem

a

animou

e a

manteve

de

pé.

Entretanto, os

sonhos da

família

iam

no

sentido

de Cláudio

se

mostrar ao

mundo.

Eleconsentiu, talvez até

em

excesso.

A

sua

paixão

dominante

era a

de

sobressair

na

sociedade.

Temos

de reconhecer

que

ele tinha todosos requisitos para sefazernotar.

Seu

pairesolveu fazer

dele conselheiro

do

Parlamento da Bretanha

e a

mãe

estava tão

con-vencida de

que

esse ia ser

o

seu futuro

que

até lhe tinha

comprado

a

"ossonhos da famíliaiam

no

sentido deCláudio semostrar ao

mundo."

1

CarlosBesnardentrouno Seminário doEspíritoSantopoucodepoisda mortede Poullart desPlaces.Besnardfez

uma

recolhadememóriaserecordaçõesainda

muitofrescas;arelaçãoentrePoullarteGrignion deMontfortconfirmou-ona

fidelidadeà suavocação;fez-semonfortino,echegou aocuparatéo cargode Superior Geral;embora nãosejatestemunhaoculardePoullart, é

uma

testemunha muito próximapelasuahistóriapessoalepeladoseuinstituto.Consagrou-lhe

uma

partedolivro5da suaobra sobre LuísMariaGrignion de Montfort. 2

Besnarderraquanto aestadata;CláudioFranciscofoibaptizadoa27defevereiro,

masnasceu a26.

(3)

"A

amizade profundaque

nascera entreele eGrignion,

em

Rennes,longe deesmorecer

com

o tempo,

aumentava

cada vezmais."

toga

de magistrado

[...]

Mas

Deus

iluminou-o

com uma

luzviva

que

o

levou

a dar-se

conta de

que não

eraessa asua

vocação.

Pediu

autori-zação

a seu pai para frequentara

Sorbona

e ingressar

no

estado eclesi-ástico. Esta

opção

foi

como

um

raio

que

fulminasse este respeitável

cavalheiro,

uma

vez

que

o

filhoera

o único

que

poderiaperpetuar

o

seu

nome

e suceder-lhe

no

cargo. Fez

tudo o

que

estava

ao

seu alcance

para

o

desviar desseprojeto;

mas

Cláudio

permaneceu

inflexível e os pais

não

se

atreveram

a contrariar

uma

vocação

tão evidente.

Tendo

chegado

aParis,

entrou

no

colégio

de

Clermont

[...]

A

leitura

da

vida

do

P.

Le

Nobletz,3

missionário, falecido

em

odor de

santidade

na

Bretanha,

ajudou-o

muito

adesprezar

o

mundo

ea

ven-cer

todo

e

qualquer

respeito

humano

4

.

A

partir

de

então,

dedicou

as suas

poupanças

5

e até parte

do

necessário, para ajudar

uns

estudantespobres a prosseguir os seus estu-dos;já antes

dava

todosos dias

metade

da

sua

comida

a

um

desses

estu-dantes pobres,

que

vivia perto

do

colégio. Isto era

o prenúncio

do

que

iriafazerdaí a

pouco

com

talzelo

que

os frutos

perduram

aindahoje.

A

amizade profunda

que

nascera entre ele e Grignion,

em

Rennes,

longe

de esmorecer

com

o tempo,

aumentava

cada

vezmais. [...] Desplaces

sentiu

que

Deus

queriaservir-sedelepara

povoar o

seu santuárioepara

formar

guias emestrespara

o

seu povo.

Descobriu

ainda

que

para

o

con-seguir,

o

melhor

que

tinha afazereracontinuara prover à subsistência

dos estudantespobres,

de maneira

aeles

poderem

prosseguir os seus

es-tudos.

Não

se limitou a estas ajudasmateriais.

Concebeu

o plano de

os

juntar

num

apartamento

onde

ele iria

de

tempos

a

tempos

fazer-lhes

palestras, e

de

olharporelestanto

quanto

lhopermitisse asua vida

no

colégio.

Deu

a

conhecer

esteprojeto

ao

seuconfessor,

que o

aprovou.

O

I

Michel LeNobletz(fl652) empreendeu areevangelizaçãoda Bretanhana

primeirametade doséculoXVII, juntando

um

constantezelopastoralàprática

duma

rigorosadisciplina.

O

livroLaviede

M.

LeNobletz,prêtreetmissionaire, escritopeloP.Verjus,Paris 1666,impressionoumuitoPoullart.

Joseph Michel,CSSp,insistesobreainfluênciada AssembleiadosAmigos (AA) naconsolidaçãodavidacristãdePoullart,jovemteólogo

em

Luís-o -Grande,e

sobrea suaorientaçãode fundador.Tendodescobertonos arquivoss.j.deToulouse

um

"billetdebien",reconheceláPoullart sobanonimato:

"Um

outro (confrade) sustenta

um

estudantepobreepaga-lheapensão,compraroupasusadaspara

vestiroutras pessoaspobres; fazaindaoito visitaspor diaaoSS.Sacramentoe

comungatrêsvezesporsemana;fazfrequentesvisitas aoshospitais; duasvezes por

semanadácatequeseavintesaboianos (limpa- chaminés) pobreseajuda-ostambém

materialmente; adverte caritativamenteosconfradesquenãocumpremos seus deveres;bebesóáguaecomemuitopoucoenuncaaquilodequegosta mais". (J.

Michel, L"lnfluence de

PAA

surClaudeFrançois Poullart desPlaces, Paris, 1992).

ThomasescrevenassuasMemórias:

"O

senhor seu seupai,quesabiaeconomizar, só lhedava

uma

pensãodeoitocentaslibras.Era

uma

pensãobastantemódicapfura

um

jovem da suaidade.

No

entanto,elearranjavamaneirade dar grandeparte delaaospobres. Ajudavapreferencialmenteospobres envergonhados, etinha

um

jeitomaravilhosodeospoupar aconstrangimentos". missãoespiritaria

(4)

CarlosBesnard

diretor

do

colégio foi

mais

longe:

prometeu

secundá-lo nesta

boa

obra

concedendo-lhe

uma

parte

da

comida

que

sobrava das

mesas

dos alunos

do

colégiopara ajudarà subsistência

de

seus estudantespobres.

Ao

mesmo

tempo,

o

Sr.

de Montfort

concebia

também

um

outro

projetodigno

do

seugrandecoração. Consistia

em

procurarclérigos

ani-mados

de

um

mesmo

espíritoe associá-losasiparafonriar

com

eles

uma

Companhia

de

homens

apostólicos. [...]

Logo

pôsosolhos

em

Desplaces

pedindo-lhe

que o

ajudasse

na

realizaçãodesse projeto.Foivê-lo,

apresen-tou-lhe

o

seuplano e

convidou-o

a juntar-se aeleparaa

fundação

dessa

boa

obra. Desplacesrespondeu-lhe

com

toda afranqueza: "

Não me

sinto

nada

atraído pelas missões; estou,porém,conscientedo

enorme

bem

quenelas se

podefazere,porisso,tudofareiparacolaborar comigo,fielmente e

com

afinco.

Sabeque, jádesde

unstempos, estouarepartirtudo aquilodequedisponho

com

unsestudantespobresparaosajudaraprosseguir os seus estudos.ConJieço

alguns

com

grandes qualidadese que,porfaltaderecursos, as

não

podem

fazer

render, esão obrigadosaenterrar talentosquepoderiamsermuitoúteisàIgreja sefossemcultivados.

Quero

dedicar

-me

aesta tarefajuntando-ostodos

numa

só casa. Parece-me queéistooque

Deus

me

pedee fuiconfirmadonesta

minha

ideiaporpessoas esclarecidas,

uma

das quais até

me

deu a entender que

me

ajudaria

no

sustento destes estudantes.Se

Deus

me

conceder

a

graçadeser

bem

sucedido, poderácontar

com

missionários.

Eu

preparo-os evocê emprega-os.

Assim

ficaremosos doissatisfeitos

1 . [...]

Des

Places

começou

por alugar

um

quarto

na

rua dos Cordiers, perto

do

colégio, e ali acolheu os estudantes pobres a

quem

já prestava

assistênciae cujasboasdisposições

bem

conhecia.

Os

progressos

em

toda

a linha destes primeiros discípulos era

muito

notório

o que

atraiu outros

excelentes candidatos. Pensou, porisso,

em

alugar

uma

casa para

terem

maisespaço.

Em

pouco tempo

formou-se

uma

comunidade

de

clérigos6,

paraos quais redigiu regras cheias

de

sabedoria,

examinadas

e aprovadas porpessoas

de

grandeexperiência.Ele

mesmo

era

o

primeiro a

cumprir

o

que

recomendava

aos outros.

Não

se

contentava

com

fazer-lhes

fre-quentespreleções,tinha

o cuidado de

lhesproporcionarretiros,

convidan-do

paraos orientarpessoas

de

entreasmaisqualificadasnesteministério.

Aproveitava

mesmo

todasasoportunidades paralhes facultaralguns

exer-cícios

de

piedade.

Convidava

a

acompanharem-no

àsua

comunidade

al-guns

dosseus amigos

que o

iam

vere

que

tinham o

dom

da

palavra. [...]

Mas

quando

Des

Places7

se

entregava totalmente

aos

cuidados

exigidospelasua

comunidade

nascente, e se

esgotava

com

austerida-"DesPlaces

começou

por alugar

um

quartonarua dosCordiers, pertodocolégio, e aliacolheu osestudantes pobresa

quem

jáprestava assistência ecujasboas disposições

bem

conhecia."

"O

Sr. CláudioFrancisco Poullart desPlaces,

em

milsetecentose três,naFesta dePentecostes,sendoainda aspiranteaoestadoeclesiástico,começou a fundação daditaComunidadeeSeminárioconsagradoaoEspíritoSantosob a invocaçãoda

SantíssimaVirgemconcebidasempecado" (extrato

dum

registoCSSp,copiadoin "GalliaChristiana", 1744).

Graças àpartilhadas suasresponsabilidades,Poullartpôdeconcluir osestudos teológicos;foiordenadosubdiácono a 18dedezembrode 1706,diáconoa 19de

marçode 1707epadrea 17dedezembroseguinte.

(5)

CarlosBesnard - Vidade LuísGrigniondeMontfort

des, foi

atacado por

uma

pleurisiaaliada a

uma

febre persistente e a

cólicas violentas

que

durante quatro

diaslhe

provocaram

dores

hor-ríveis. Estasdores

não conseguiram

arrancar-lhe

nenhum

queixume,

nem

sequer

uma

só palavra

de

impaciência.

Davam-se

conta

da

atro-cidade dos

seus sofrimentos

apenas

pelos atos

de

resignação

que

re-citava.

O

desfalecimento

da sua natureza

parecia

emprestar-lhe

no-vas forças

para

constantemente

repetir as palavras

do

santo

rei

Da-vid:

"Como

são

amáveis

as vossas

moradas,

Senhor do

universo!

A

minha

alma

suspiraeanseiapelos átrios

do

Senhor! (SI. 83, 2-3).

Logo que

se

soube

em

Paris

da

gravidade

da sua doença,

mui-taspessoas distintas

por

sua

piedade

e posiçãosocial,

vieram

visitá-lo [...].

De manhã

cedo

recebeu

a

unção

dos enfermos

em

perfeita

consciência

e

plena

liberdade

de

espírito, e

expirou

docemente

às 5

horas

da

tarde

do

dia 2

de

outubro

do ano

de

1709,

com

a

idade

de

30

anos

e 7meses.

"Assimfoi

Assim

foiavida

do

santo

e célebre P.

Des

Places,

fundador

do

avidadosanto

Seminário

do

Espírito

Santo

em

Paris..

e célebre

Todos sabem

qual

o

destino

dos jovens

clérigos

educados

no

P. DesPlaces,

Seminário

do

Espírito Santo.

Formados

para

o

exercício

de

todas as

fundadordo

funções

próprias

do

ministério

sagrado

e

para

a prática

de

todas as

Semináriodo virtudes sacerdotais, e

estimulados

ainda

pelo

exemplo

de

diretores

EspíritoSanto sábios, são

dotados

em

alto

grau

de capacidade de desprendimento,

em

Paris..."

de

zelo, e

de

obediência.

Dedicam-se

ao

serviço e às necessidades

da

Igreja

com

a

única

intenção

de

a servir e

de

lhe ser úteis.

Vemo-los

dóceis aos seus superiores e prontos,

ao

mínimo

sinal

de

comando

(sempre de acordo

com

os bispos), a

responderem

qual

corpo de

re-servistas, dispostos a

irem para qualquer

lado

em

que

seja preciso trabalharpelasalvação das almas,

dedicando-se de

preferênciaà

obra

das missões, tanto estrangeiras

como

nacionais,

oferecendo-se para

viver

nos

lugares

mais pobres

e

abandonados, para

onde

é

mais

difícil

achar

quem

queira ir.

Quer

se trate

de

ser

mandado

para

um

lugar

remoto

de

província

ou

sepultado

num

canto qualquer

dum

hospital,

de

dar aulas

num

colégio

ou

num

seminário,

ou

de

serdiretor

duma

comunidade

pobre, deslocar-se atéaos confins

do

reino

ou

levar nele

uma

vidasacrificada,

quer

se trate até

de

cruzaros

mares

e iraté aos

confins

do

mundo

para conquistar

uma

alma

para

Jesus Cristo, a

di-visa deles é: u

ecceego, mitte

me"

8

(Is.6, 8).

l

8

"Eis-meaqui,enviai-me". missãoespiritaria

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