Aula 12
Publicidade e Disclosure
Claudio R. Lucinda
Informacao Informa¸c˜ao e Publicidade Uma abordagem Microeconˆomica da Publicidade Publicidade e Bem-Estar
Agenda
1 Informacao
3 Uma abordagem Microeconˆomica da Publicidade
Informacao Informa¸c˜ao e Publicidade Uma abordagem Microeconˆomica da Publicidade Publicidade e Bem-Estar
Agenda
1 Informacao
2 Informa¸c˜ao e Publicidade
Informacao Informa¸c˜ao e Publicidade Uma abordagem Microeconˆomica da Publicidade Publicidade e Bem-Estar
Agenda
1 Informacao
2 Informa¸c˜ao e Publicidade
Agenda
1 Informacao
2 Informa¸c˜ao e Publicidade
3 Uma abordagem Microeconˆomica da Publicidade
Informacao
Publicidade Informativa Publicidade persuasiva Maximiza¸c˜ao do lucro Bem-estar Publicidade de pre¸co O problema dos lim˜oes ExcessosAn´uncios como uma barreira `a entrada
Maiores Anunciantes nos EUA
Informa¸c˜
ao e Publicidade
Lembrando a defini¸c˜ao de Nelson (1970) sobre os bens:
Bens de Busca: bens cuja qualidade pode ser avaliada antes da compra.
Bens de Experiˆencia: bens cuja qualidade pode ser avaliada somente depois da compra.
Bens Credenciais: bens cuja qualidade n˜ao pode ser avaliada nem depois da compra.
Estas caracter´ısticas do produto tem implica¸c˜oes sobre como as marcas e a publicidade funcionam
Informa¸c˜
ao e Publicidade
Bens de Busca geralmente s˜ao produtos e servi¸co e a competi¸c˜ao costuma se basear em pre¸cos.
Se vocˆe ´e o l´ıder de pre¸cos, provavelmente vocˆe vai querer construir uma marca em torno dos seus pre¸cos (“Pre¸cos mais baixos todo dia”, ou algo do estilo).
Se vocˆe n˜ao ´e o l´ıder de pre¸cos, vocˆe provavelmente vai querer construir uma marca em torno de outros atributos, mesmo secund´arios:
Canal de venda: (“Em todos os lugares”).
A fonte: (“Um fabricante que vocˆe pode confiar”). Longevidade: (“Desde 1928”)
Ou Geografia: (“P˜ao de Queijo DE MINAS GERAIS”)
O empacotamento ´e importante, porque tem que chamar a
Informa¸c˜
ao e Publicidade
Os bens de experiˆencia precisam ser experimentados para saber se atendem `as suas necessidades.
Vocˆe s´o vai conseguir fazer isso depois de consumir. Bens de experiˆencia costumam ter menos competi¸c˜ao por pre¸cos e a demanda ´e menos el´astica.
A constru¸c˜ao da marca de um bem de experiˆencia costuma depender de reputa¸c˜ao e “boca-a-boca”. As pessoas que j´a
consumiram o bem podem fornecer informa¸c˜oes a quem
considera comprar.
A longevidade de um produto tamb´em serve para que os
consumidores assumam que uma marca estabelecida deve oferecer mais valor do que uma iniciante.
Informa¸c˜
ao e Publicidade
No caso de bens credenciais, vocˆe n˜ao consegue avaliar o valor do servi¸co mesmo depois de consumir o servi¸co.
Qual ´e o valor do seu diploma? Qu˜ao bem sucedida foi a sua opera¸c˜ao no joelho? Valeu o custo? Seria mais bem sucedida se fosse realizada por outro m´edico?
N˜ao h´a base para compara¸c˜ao com bens credenciais. Em certa medida, s˜ao produtos baseados na f´e. Vocˆe tem que confiar no seu ofertante.
Na hora de construir a marca de um bem credencial, os
consumidores anteriores n˜ao s˜ao t˜ao relevantes quanto no caso de bens de experiˆencia (porque eles n˜ao sabem tamb´em qual ´e o melhor).
Neste caso, a constru¸c˜ao da marca de bens credenciais costuma incorporar agˆencias de classifica¸c˜ao (ou agˆencias do governo). Se uma institui¸c˜ao de avalia¸c˜ao d´a uma nota de 95 para o Dr. X e 94 para o Dr. Y, ´e um jeito de se diferenciar.
Mesmo que a diferen¸ca seja muito pequena ou que a escala n˜ao signifique o que o consumidor acha.
A maior parte dos consumidores n˜ao avalia o ranking, e sim o
Exemplos de Campanha Publicit´
aria
Bens de Busca: Exemplo 01 Exemplo 02 Exemplo03
Bens de Experiˆencia:: Exemplo 01 Exemplo 02 Exemplo 03
Publicidade Informativa versus Publicidade Persuasiva
Publicidade Informativa: Busca apenas informar sobre as caracter´ısticas e pre¸co do produto.
Publicidade Persuasiva: Busca moldar as suas preferˆencias. Nelson (1974): A Raz˜ao publicidade/vendas ´e 3 vezes maior
nos setores que vendem bens de experiˆencia do que nos
Publicidade e demanda – Condi¸c˜
ao Dorfman-Steiner
Observa¸c˜ao emp´ırica: mais publicidade associada com a demanda menos el´astica.
Qual ´e a dire¸c˜ao da causalidade: publicidade causou demanda menos el´astica ou demanda menos el´astica causou
publicidade?
Dorfman e Steiner (1954) consideram o segundo caso. Suponha que a demanda seja:
q(p, A), ∂q
∂A> 0, ∂q ∂p < 0
Maximiza¸c˜ao dos lucros: max p,A pq(p, A) − cq − A As CPO: q +∂q ∂p(p − c) = 0 ∂q ∂A(p − c) = 1
Reorganizando a CPO de pre¸co, temos o nosso ´Indice de Lerner:
p − c
p =
1 |εp|
CPO de Publicidade
Reorganizando as CPO da Publicidade:
p∂q ∂A = p (p − c) ∂q ∂A A q = p (p − c) A pq εA |εp| = A pq
Ou seja, a raz˜ao publicidade-vendas ´e igual `a raz˜ao entre as elasticidades publicidade e pre¸co.
Publicidade e Bem-Estar
Se publicidade persuasiva muda as preferˆencias dos
consumidores, quais preferˆencias devemos usar para avaliar os efeitos da publicidade sobre o consumidor?
Se a publicidade faz um roqueiro curtir sertanejo universit´ario e ir a um Rodeio, sua utilidade aumentou ou diminuiu?
Dixit e Norman (1978) afirmam: use as duas preferˆencias. Se
elas derem o mesmo resultado, ent˜ao n˜ao h´a ambiguidade. Mas como a publicidade pode ser boa mesmo usando as preferˆencias antes da publicidade?
Publicidade tem a ver com algum grau de poder de mercado. A publicidade pode deslocar a demanda para fora, como vimos. Ao deslocar a demanda para fora, pode aumentar o excedente do consumidor
Publicidade e Bem-Estar
Dixit e Norman consideram monop´olio, oligop´olio e competi¸c˜ao monopol´ıstica; nos trˆes a produ¸c˜ao ´e ineficientemente baixa.
Os dois mostram tamb´em que a maximiza¸c˜ao de lucro leva a um n´ıvel excessivo de publicidade mesmo avaliando com as preferˆencias ap´os a mudan¸ca.
Ao maximizar os lucros, o consumidor est´a pagando o custo
da publicidade. Redu¸c˜ao na margem na publicidade
Interpreta¸c˜
ao
Assuma que o n´ıvel de produ¸c˜ao que maximiza os lucros aumenta tanto a produ¸c˜ao quanto os pre¸cos.
Considere o impacto no bem-estar e nos lucros decorrente da publicidade (deslocamento da curva de demanda pra fora):
Aumento de bem-estar com o aumento na produ¸c˜ao – ´Area A Aumento nos lucros por conta da publicidade – ´Areas A, B e C
Ou seja, o benef´ıcio privado da publicidade ´e superior ao valor social.
Concluindo, Dixit e Norman afirmam que algum n´ıvel de publicidade ´e ben´efico. Mas nas estruturas tradicionais de mercado, ´e prov´avel que exista publicidade excessiva.