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Mercados

EUA

Moldes – Breve Resumo sobre a Evolução de Portugal

Abril 2010

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Índice

Nota Introdutória ... 3

1. Considerações gerais sobre importações dos EUA no sector dos moldes ... 4

1.1. Evolução das exportações portuguesas para o mercado norte-americano... 4

2. Mercado: continuidade, mutações e novas tendências ... 6

3. Empresa, Preço e Produto: condições para o sucesso ... 7

4. Análise SWOT ... 7

5. Considerações finais ... 8

Anexos: Anexo I – Revistas da Especialidade... 9

Anexo II – Principais Associações ... 9

Anexo III – Principais Feiras Sectoriais ... 10

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Nota Introdutória

Este documento visa analisar a situação das exportações portuguesas no sector dos moldes para o mercado dos EUA, em 2009. Recorrendo a dados comparativos entre 2007 e 2009 pretende-se elucidar as oportunidades e fraquezas de Portugal neste sector.

Analisar-se-á em detalhe a posição pautal 8480. Serão também registadas as principais evoluções em termos de penetração de mercado, entre 2008 e 2009.

Pretende-se provir dados capazes de esclarecer sobre a situação do mercado norte-americano, assim como as condições necessárias para as empresas portuguesas o explorarem. É também objectivo descrever as principais tendências que se afiguram no sector dos moldes.

Ressalva-se que esta é uma análise sintética do potencial deste mercado pelo que não dispensa uma pesquisa e análise paralela.

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1. Considerações gerais sobre importações dos EUA no sector dos Moldes

Relativamente à posição pautal 8480 (Caixas de fundição; placas de fundo para moldes; modelos para moldes; moldes para metais (exceto lingoterias), carbonetos metálicos, vidro matérias minerais, borracha ou plástico) os EUA importaram, em 2009, um total de 1.116,682 milhões de USD1.

Comparativamente a 2008, assistiu-se nesta posição pautal, a um crescimento de 6,98% nas importações provenientes de Portugal, correspondendo a 13,334 milhões de USD.

É de notar que o sector dos moldes, como qualquer outro sector da economia americana, está a sofrer com o abrandamento da actividade económica que tem caracterizado o mercado dos EUA nos últimos anos, com o consumo, a produção e as importações a diminuirem. Em 2007, o valor global das importações foi 1.554,136 milhões de USD, em 2008 foi 1.494,383 milhões e, em 2009 foi apenas de 1.116,682 milhões de USD.

Os principais fornecedores dos EUA, em 2009, foram o Canadá, Japão, China, Alemanha e Coreia do Sul.

1.1 Evolução das exportações portuguesas para o mercado norte-americano

Como acima referido, Portugal registou, em 2009, um ligeiro aumento no volume de exportações para o mercado dos EUA. É de notar que, ainda assim, a sua posição no mercado desceu um lugar, passando da 13ª em 2008, para a 14ª posição em 2009, no ranking dos principais fornecedores.

Os principais concorrentes do sector dos moldes portugueses, em 2009 (Quadro 1), são o Canadá (40,31% de quota de mercado), Japão (13,54%), China (13,06%), Alemanha (7,63%) e Coreia do Sul (4,87%). De entre estes, o único que se expandiu dentro do mercado norte-americano, relativamente a 2008, foi a Coreia do Sul com ganhos de 90,34%. As quebras dos restantes players foram significativas sendo que, por exemplo, o Canadá viu as suas exportações descerem 26,55% e a Alemanha cerca de 42,5%.

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Quadro 1

PP. 8480a

País Valor Quota Valor Quota Valor Quota

Taxas Crescimento 08/09 Exportações Totais Canadá 643,957 41,44% 612,768 41,01% 450,076 40,31% -26,55% Japão 232,095 14,93% 230,746 15,44% 151,237 13,54% -34,46% China 154,085 9,91% 173,487 11,61% 145,864 13,06% -15,92% Alemanha 161,468 10,39% 148,190 9,92% 85,208 7,63% -42,5% Coreia do Sul 47,796 3,08% 28,540 1,91% 54,322 4,87% 90,34%

Fonte: World Trade Atlas

Nota: Quota: posicionamento dos principais fornecedores no mercado/importações, em valor (milhões de USD).

(a) Caixas de fundição; placas de fundo para moldes; modelos para moldes; moldes para metais (excepto lingoterias), carbonetos metálicos, vidro, matérias minerais, borracha ou plástico

Considerando o Quadro 2 pode observar-se que as exportações portuguesas, em 2009, foram apenas de 13,334 milhões de USD, face ao valor de 1.116,682 milhões de USD importados, em 2009, pelos EUA. Em 2008, o valor das exportações portuguesas de moldes, para este mercado, atingiu o número mais baixo das últimas décadas. Esta situação parece estar a reverter-se mas, ainda assim, o nosso país está longe de valores de exportação anteriormente verificados, como por exemplo em 2007, onde, se registaram rendimentos de 21,546 milhões de USD.

Quadro 2

PP. 8480

2007 2008 2009 Taxa Crescimento 08/09

Valor Quota Valor Quota Valor Quota Portugal Importações Totais 21,546 1,39% 12,464 0,83% 13,334 1,19% 6,98% -25,27%

Fonte: World Trade Atlas

Nota: Quota: posicionamento de Portugal no mercado/importações, em valor (milhões de USD).

Alguns problemas na economia norte americana têm afectado a competitividade dos produtos portugueses neste mercado e neste sector em particular. A desvalorização do dólar face ao euro (o que encarece o produto), a deslocalização industrial para países com mão-de-obra mais barata e a concorrência que as novas potências industrializadas começam a exercer (ex. China), são apenas alguns exemplos. No entanto, existem dados que mostram que a economia está a recuperar, o que pode justificar a subida de 6,98% das exportações portuguesas para os EUA, neste último ano.

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Por outro lado, as exportações de produtos americanos neste sector não têm peso significativo (em 2009 o valor total foi de 940,279 milhões de USD). No que se refere à posição pautal 8480, Portugal ocupa apenas o 49° lugar no ranking das exportações dos EUA, representando em 2009, cerca de 0,05% da quota de mercado, o que corresponde a 0,499 milhões de USD.

O saldo da balança comercial no sector dos moldes é significativamente positivo para Portugal.

2. Mercado: continuidade, mutações e novas tendências

O sector dos moldes está, nos EUA, mais fortemente representado nos estados do Texas, California, Illinois,

Ohio e Michigan. Estes são os estados no centro do desenvolvimento, produção e distribuição neste sector.

Portugal tem tradição no que concerne a este ramo da indústria, contribuindo para isso o seu know how que gera reconhecida qualidade. No entanto, existem novas condicionantes que são importantes ter em conta aquando da abordagem a este mercado. Sem nunca menosprezar o factor preço e tempo (indispensáveis em qualquer sector de negócios dentro dos EUA), deve-se apostar em produtos que liderem o mercado em termos tecnológicos. Produtos com baixo índice tecnológico começam já a ser produzidos em grande escala por potências emergentes; pelo que o caminho deverá ser em direcção a produtos cada vez mais rápidos e complexos para, desta forma, manter a competitividade e assegurar o lugar de Portugal entre os principais fornecedores dos EUA.

O acompanhamento de revistas e analistas do sector leva à conclusão de que existe um crescente interesse por parte dos investidores por utensílios ‘verdes’. O consumidor norte-americano procura cada vez mais produtos que tenham o menor impacto ambiental possível e interessa-se por garantir que a proveniência do produto final seja, também ela, de origem ‘verde’.

Produtos que possam ser reciclados, que sejam energeticamente eficientes e que tenham um baixo impacto ambiental geram maior interesse, logo maior capacidade de atracção.

A presença em feiras da especialidade continua a ser de vital importância. Estas são óptimos fóruns para exposição de novos produtos, avaliação da concorrência e das novas tendências. Servem, ainda, para criar e/ou reforçar relações e parcerias empresariais. A presença em feiras deve ser explorada em todas as suas vertentes porque, tal como refere Rob Neilley, ‘there is no prize for just showing up; sucess comes with

blood, sweat and innovation’2.

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Como referido no ponto anterior, o preço é um factor chave no mercado norte-americano. Este deve ser competitivo em relação aos mesmos produtos do mesmo segmento. Na equação para determinar o preço devem ser incluídos não só os custos da mercadoria, como também, as taxas e custos alfandegários (eventuais inspecções pelos serviços alfandegários), inspecção dos produtos por empresas independentes, a armazenagem/embalagem do produto, seguros, custos financeiros com taxas bancárias, comissões aos despachantes, transporte e comissões ou emolumentos, caso haja uma terceira parte.

As empresas que ambicionem entrar neste mercado devem apostar na qualidade, assim como na capacidade de reposição rápida de stocks. Flexibilidade para acompanhar as alterações do mercado é também fundamental.

Estas exigências levam a que qualquer empresa que ingresse no mercado norte-americano seja capaz de realizar entregas rápidas, de procurar novos produtos (inovação) e estabelecer contactos constantemente, assim como de cumprir os prazos de entrega mantendo a qualidade do artigo.

O cumprimento destas exigências resulta na criação de uma boa reputação o que poderá facilitar futuros negócios e melhorar os já existentes. O serviço pós-venda deve ser equacionado já que este mercado é muito direccionado para o serviço ao cliente.

4. Análise SWOT

Pontos Fortes

• Proximidade geográfica;

• Identidade cultural com o mercado europeu;

• Ausência de quotas;

• Flexibilidade de produção;

Experiência, qualidade e know-how;

• Equipamento tecnológico moderno.

Pontos Fracos

• Ausência de imagem de país;

• Deficiente distribuição a nível internacional;

• Deficiência a nível de gestão e marketing;

• Gestão a curto prazo;

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Oportunidades

• Existência de nichos de mercado potenciais e por explorar;

• Apetência por produtos com tradição e história;

• Oferta mais barata devido à deslocação da produção para o exterior;

• Boa relação comprador/fornecedor

Ameaças

• Elevada concorrência colocada por países com mão-de-obra barata;

• Aumento da qualidade em países com salários inferiores;

• Acordos comerciais que beneficiam terceiros países.

5. Considerações finais

O mercado dos EUA tem um grande potencial para as exportações portuguesas. Todavia alguns elementos devem ser tidos em consideração para a entrada neste mercado.

É fulcral uma boa planificação, análise e estruturação do investimento. O potencial deste mercado não se vislumbra apenas para Portugal, daí que a concorrência seja forte. Deve ter-se em linha de conta a questão financeira norte-americana e a reacção das populações face à actual crise económica. Os números do desemprego crescem e a tendência da população é de retrair o consumo e procurar preços mais competitivos.

Neste sector é indispensável apostar na inovação, apenas o conhecimento pode gerar competitividade e atrair empresas/parceiros de valor acrescentado. Com a crise que se instalou na economica norte americana e, em particular, com a crise na indústria automóvel (sector tradicional em Portugal) é fundamental que se procurem novas áreas, produtos e sectores de investimento e especialização, como por exemplo, explorar a indústria médica (equipamento médico). A globalização impõe dinamismo, mudança e flexibilidade para melhor compreender e responder às novas exigências do mercado.

Actualmente, no sector dos moldes, há, claramente, palavras que se repetem e que Portugal deve interiorizar e corresponder: inovação e produtos ‘verdes’.

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Anexo I - Revistas da Especialidade

Modern Plastic - http://mpw.plasticstoday.com/

PNI - http://www.plasticsnews.net/

Plastics Technology - http://www.ptonline.com/

Plastics Trends - http://www.plasticstrends.net/

Plastics News - http://www.plasticsnews.com/

Design New - http://www.designnews.com

Anexo II - Principais Associações

American Mold Builders Association - http://www.amba.org/

International Association of Plastic Distribution - http://www.iapd.org/

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Anexo III – Principais Feiras Sectoriais

SAE World Congress

SAE Automotive Headquarters 755 W. Big Beaver, Suite 1600, Troy MI 48084 USA

Tel.: 248-273-2455 | Fax: 248-273-2494

Email: automotive_hq@sae.org | www.sae.org/congress/

NPE

The Society of the Plastics Industry, Inc. (SPI) 1667 K Street, NW, Suite 1000,

Washington, DC 20006 USA

Tel.: 202-974-5235 | Fax: 202-296-7243

Email: npe@plasticsindustry.org | http://www.npe.org/

Plastec West Canon Communication LLC 11444 W. Olympic Blvd., Los Angeles, CA 90064-1549 Tel.: 310-445-4200 | Fax: 310-996-9499 www.canontradeshows.com; www.canontradeshows.com/expo/plastw10/ Plastec South Canon Communication LLC 11444 W. Olympic Blvd., Los Angeles, CA 90064-1549 Tel.: 310-445-4200 | Fax: 310-996-9499 www.canontradeshows.com; www.canontradeshows.com/expo/plasts10/ Plastec East Canon Communication LLC 11444 W. Olympic Blvd., Los Angeles, CA 90064-1549 Tel.: 310-445-4200 | Fax: 310-996-9499 www.canontradeshows.com; www.canontradeshows.com/expo/plaste10/

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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.ptCapital Social – 110 milhões de Euros •

Plastec Midwest Canon Communication LLC 11444 W. Olympic Blvd., Los Angeles, CA 90064-1549 Tel.: 310-445-4200 | Fax: 310-996-9499 www.canontradeshows.com; www.canontradeshows.com/expo/plastm10/

Anexo IV – Contactos Úteis

American National Standards Institute http://www.ansi.org/

AICEP Nova Iorque

590 Fifth Avenue, 4th Floor, New York NY 10036-4702

Tel.: 646-723-0299 | Fax: 212-575-4737

Email: aicep.newyork@portugalglobal.pt | www.portugalglobal.pt

AICEP São Francisco 185 Berry Street, Suite 5511, San Francisco, CA 94107-1739

Tel.: 415-391-7080 | Fax: 415-615-0098

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