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de DESTAQUES NACIONAL PERSPECTIVA Situação actual alimentar, Julho deverão graças aos expandirão em zonas localizadas afectadas por produção.

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FEWS NET MOZAM

mozambique@fews www.fews.net

MOÇAMB

Produção

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PERSPECTIVA

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eúdo deste relatório Desenvolvimento Int

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segurança ali

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Este mapa rep insegurança alime tomada de decisão necessariamente i Visite aqui para ma

Dezembro

ma até Deze

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te: FEWS NET sultados de antes para a Não reflecte entar crónica.

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•   • •   •   • •   P   A n • As  excep nomeadam Posto  Adm prolongada enfoque ab incluindo  acesso aos normais pó se no seu n • Com  a  co formais  tê produtos  a zonas defic • A  maior suficientem este  ano,  normais  d internos  d como a cid • Em  outras padrão  típ com as ten nos  seus  n tendência  dos  último preços  do acima  da  m pós‐cheias • Em grande onde as fa De  acordo avançadas Ministério  cereais  é  d MINAG/DN de legumin tubérculos • As estimat do balanço exportaçõe presente a se  espera  dados  do  coberto at Pressupostos  A Perspectiva d nacional:  pções  incluem mente  nas  ald

ministrativo  d as  no  início  d baixo). Noutro Maganja  da  C s alimentos atr ós‐colheita. Os nível mais baix olheita  princip êm  desempen alimentares  da citárias.  ria  dos  pr mente abastec devido  à  prod a  região  centr e  excedentes  dade de Maput s  partes  do  pa pico  e  os  preço ndências sazon níveis  mais  ba

sazonal. Os pr os  cinco  anos.  o  milho  atingi média  de  milh s na última épo e parte do país  amílias tiveram o  com  as  estim   pela  Direcç

da  Agricultur de  cerca  de  2. NSA estima um nosas, 110.325 s. 

tivas de produç o alimentar inc es  para  verific ano de consum pelo  balanço  balanço  alime ravés das impo de Segurança A m  zonas  loc deias  de  Bamb

de  Nhanale  q esta  época  (v os lugares afect

Costa  na  Prov ravés da sua p s níveis da inse xo. 

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Em alguns  me ram  mínimos  ho  da  presente oca.  as colheitas te m que re‐semea mativas  prelimi ção  Nacional  ra  (MINAG),  a 530.050  tonel ma produção na 5 toneladas de  ção devem ser  cluindo as nece

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 9.710.004 ton

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ncontra‐se  o entanto,  os  fluxos  o  os  fluxos  mercados 

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MOÇAMBIQUE Perspectiva sobre Segurança Alimentar Julho a Dezembro de 2014

 

 

Sistemas de Aviso Prévio contra Fome

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Agro‐climatologia   

• De  acordo  com  as  previsões  feitas  pelo  Centro  de  Previsão  Climática  (CPC)  ‐  Instituto  Internacional  de  Pesquisa  de  Clima e Sociedade (IRI), existe maior probabilidade para ocorrência do evento El Niño entre Agosto e Outubro de 2014  continuando até o início de 2015. Historicamente, o principal impacto do El Niño em Moçambique é sentido durante a  segunda  metade  da  primeira  época  (Janeiro  a  Março).  No  entanto,  há  50  por  cento  de  probabilidade  de  registo  de  precipitação abaixo da média de Outubro a Dezembro em anos de El Niño em partes do sul e centro de Moçambique, o  que significa que o início da época poderá ser atrasado bem como as sementeiras da primeira época. Por outro lado,  durante o período de Outubro a Dezembro o norte de Moçambique tende a registar chuvas acima do normal que pode  atingir  mais  de  125  por  cento  da  média  em  alguns  eventos  de  El  Niño.  No  entanto,  é  importante  notar  que  outros  factores climatéricos locais e regionais podem afectar o clima e alterar os impactos esperados. 

 

• De  Julho  a  Setembro,  as  condições  agro‐climatéricas  deverão  ser  normais  para  este  período  do  ano.  Durante  este  período, as condições serão tipicamente secas com temperaturas e evaporação baixas. Nestas condições, as famílias  com acesso à humidade residual, nas zonas baixas, continuarão a realizar actividades agrícolas para a segunda época e  isto  incluirá  essencialmente  hortícolas,  algum  milho  e  feijões.  A  partir  de  Setembro  a  maioria  das  famílias,  especialmente no sul e na região centro, estarão envolvidas na preparação da terra para a próxima campanha agrícola.  Com base na climatologia, as chuvas sazonais estão previstas a começar, inicialmente no sul, movendo‐se em direcção  ao norte entre Outubro e Dezembro.    Mercados e Comércio    • Dada a produção agrícola acima da média na campanha agrícola 2013/14 no país e existência de reservas substanciais  da  época  passada,  a  disponibilidade  de  cereais  deverá  ser  14  por  cento  acima  do  registado  no  ano  anterior.  Esta  disponibilidade  poderá  reduzir  o  nível  da  dependência  pelas  compras  nos  mercados  durante  o  período  de  Julho  a  Setembro uma vez que os agregados familiares estarão alimentando‐se essencialmente da sua própria produção. 

 

• Conforme a tendência histórica, em Julho a maioria dos preços dos alimentos poderão começar a subir na maioria dos  mercados devido à diminuição gradual de reservas de alimentos provenientes da produção própria. Com excepção do  arroz,  espera‐se  que  os  preços  dos  alimentos  seguirão  uma  tendência  sazonal  normal  durante  o  período  da  perspectiva,  mantendo‐se  acima  da  média  de  cinco  anos.  Uma  vez  que  o  arroz  é  essencialmente  importado,  o  seu  preço não sofre grandes flutuações e normalmente permanece estável ao longo de todo o ano.    • Entre Julho e Dezembro, o fluxo de produtos alimentares vai continuar de acordo com os padrões normais e não se  prevê qualquer interrupção durante o período da perspectiva.    Trabalho Agrícola  • Ao longo do período da perspectiva as oportunidades de trabalho agrícola deverão permanecer a níveis normais. De  Julho a Setembro o trabalho agrícola basicamente incluirá actividades relacionadas com a segunda época, incluindo o  cultivo,  sementeira,  rega  e  colheita.  De  Outubro  a  Dezembro,  as  oportunidades  de  trabalho  poderão  começar  a  aumentar com o início da primeira época agrícola e incluirão a preparação da terra e sementeiras. 

 

Assistência Humanitária   

• Os níveis de assistência humanitária poderão estar muito abaixo da média de cinco anos no país. Durante o período de  Julho  a  Dezembro,  as  necessidades  imediatas  das  pessoas  afectadas  pelo  conflito,  juntamente  com  as  famílias  identificadas  como  estando  em  risco  de  insegurança  alimentar  aguda  durante  o  actual  período  de  consumo  serão  satisfeitas através de apoio direccionado. 

 

• A  disponibilização  de  sementes  e  outros  insumos  agrícolas  terá  lugar  em  Agosto  e  Setembro.  A  distribuição  desses  insumos  é  importante  para  preparar  os  agregados  familiares  para  a  próxima  época  agrícola,  especialmente  as  afectadas pelas cheias em Janeiro. 

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Resultados de Segurança Alimentar Mais Prováveis   

Para a maioria das famílias rurais, durante o período da perspectiva, as condições de insegurança alimentar aguda serão no  geral  Mínimas  (IPC  Fase  1).  Durante  o  período  de  Julho  a  Setembro,  a  disponibilidade  de  alimentos  e  respectivo  acesso  deverão permanecer estáveis e adequados. As famílias continuarão a satisfazer as suas necessidades alimentares através  das  reservas  da  produção  da  primeira  época,  bem  como  colheitas  pós‐cheias  e  da  segunda  época.  As  famílias  em  zonas  localizadas afectadas pelas cheias e estiagens encontrar‐se‐ão em condições de insegurança alimentar Mínimas (IPC Fase 1)  uma  vez  que  continuarão  a  depender  das  suas  estratégias  típicas  de  sobrevivência,  incluindo  aumento  da  procura  de  trabalho informal e compras no mercado para garantir o acesso aos alimentos. 

 

Entre Outubro e Dezembro, o país entrará no período de pico de escassez, onde a maioria das famílias, especialmente as  mais  pobres,  terão  até  lá  esgotado  as  suas  reservas  alimentares  e  começarão  a  expandir  as  suas  estratégias  de  sobrevivência  para  satisfação  das  suas  necessidades  alimentares.  As  condições  de  insegurança  alimentar  aguda  Mínimas  (IPC Fase 1) deverão prevalecer durante este período. Algumas destas estratégias que as famílias pobres começarão a usar  durante  este  período  incluem  a  redução  das  despesas  em  itens  não  alimentares  para  que  consigam  comprar  os  seus  alimentos  básicos,  intensificação  do  fabrico  de  bebidas  e  venda  de  bebidas  tradicionais,  corte  e  venda  de  estacas  e  produtos naturais, tais como capim, lenha, carvão, e procura de trabalho informal. 

 

As oportunidades de trabalho agrícola poderão aumentar com a aproximação do início da época agrícola. O início normal  das chuvas em Outubro e Novembro poderá criar condições para o surgimento de uma variedade de alimentos silvestres e  sazonais  que gradualmente melhoram  o  acesso  aos  alimentos  pelas  famílias  pobres  até  que  alimentos  verdes  se  tornem  disponíveis em Janeiro ou Fevereiro de 2015. 

 

ÁREA DE ENFOQUE

 

 

Zonas  de  Formas  de  Vida  denominadas  Sul  Semi‐árida  com  Cereais  e 

Gado (MZ22) e Rios Limpopo e dos Elefantes com Policulturas (MZ24) 

 

Situação Actual 

 

Com  vista  a  verificar  as  condições  prevalecentes  de  segurança  alimentar  em zonas que foram afectadas pelas cheias pelo segundo ano consecutivo  e zonas afectadas por períodos de seca durante a primeira época agrícola  2013/14,  a  FEWS  NET  realizou  uma  rápida  avaliação  qualitativa  sobre  segurança  alimentar  de  7‐11  de  Julho  de  2014.  A  avaliação  abrangeu  partes  das  Províncias  de  Gaza  (Figura  1)  e  consistiu  em  entrevistas  com  informantes  chave  tais  como  autoridades  administrativas  distritais  e  da  agricultura, líderes comunitários, agricultores, ONGs baseadas nos distritos  e  representantes  dos  agregados  familiares,  bem  como  através  de  observações durante as visitas comunitárias. 

 

Perspectiva Geral   

O  início  da  primeira  época  teve  um  atraso  de  um  a  dois  meses  e  a  sementeira ocorreu em Novembro/Dezembro de 2013. Até Março de 2014  a  maioria  das  culturas  encontrava‐se  na  fase  de  maturação  e  a  colheita  ocorreu  em  Março/Abril  de  2014.  Ocorreram  cheias  moderadas  em  algumas  zonas  baixas  e  ribeirinhas  as  quais  afectaram  negativamente  as 

culturas semeadas, mas novas sementeiras foram realizados com sucesso graças à distribuição oportuna de sementes pelas  autoridades  agrícolas.  Foram  realizadas  acções  de  assistência  direccionada  para  alívio  imediato  e  o  processo  de  recuperação  foi  rápido  graças  a  rápida  disponibilidade  de  alimentos  provenientes  das  culturas  re‐semeadas  e  disponibilidade de reservas de alimentos da produção pós‐cheias. A maioria das famílias da região continua com reservas  do ano passado. 

Figura 1. Distritos (cor de laranja) cobertos

pela avaliação rápida da FEWS NET, 7-11 de Julho de 2014

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MOÇAMBIQUE Perspectiva sobre Segurança Alimentar Julho a Dezembro de 2014

 

 

Sistemas de Aviso Prévio contra Fome

5

 

As zonas semi‐áridas que normalmente registam chuvas erráticas receberam fortes chuvas durante o ano passado o que  criou  condições  favoráveis  para  níveis  de  produção  acima  da  média  especialmente  a  produção  de  milho.  No  geral,  a  produção  deste  ano  alcançou  ou  excedeu  as  metas  previstas  graças  a  condições  agro‐climatéricas  favoráveis.  Uma  zona  relativamente  pequena,  com  menos  de  7  por  cento  da  população  total  do  distrito  de  Chigubo,  composta  pelas  aldeias  Kenneth Kaunda, Bambacane e Cubo no Posto Administrativo de Nhanale no distrito de Chigubo registou chuvas erráticas  que  afectaram  a  produção  agrícola.  No  entanto,  graças  a  uma  boa  produção  nas  zonas  circunvizinhas,  o  cenário  de  insegurança alimentar naquela zona é de alguma forma minimizada. Estas três aldeias merecem uma monitoria apertada  durante o restante do período de consumo.    No geral, a disponibilidade de alimentos e respectivo acesso são adequados nas zonas visitadas graças à produção acima da  média do milho na campanha 2013/14, reservas de alimentos da produção pós‐cheias do ano passado e a colheita ainda  esperada da segunda época. Os preços dos alimentos básicos estão actualmente abaixo da média de cinco anos e os preços  do ano anterior.    As actuais condições de insegurança alimentar aguda são Mínimas ou IPC Fase 1 uma vez que a maioria das famílias pobres  consegue satisfazer as suas necessidades alimentares básicas sem ter que recorrer a estratégias de sobrevivência atípicas.  Com a colheita adicional que se espera da produção da segunda época, os níveis mínimos de insegurança alimentar aguda  deverão permanecer durante todo o período de consumo.      Breve descrição da avaliação em cada distrito visitado    Distrito de Guijá  • As chuvas tiveram um atraso de cerca de um mês e a sementeira ocorreu em Novembro/Dezembro. Durante a segunda  metade  da  primeira  época  agrícola  as  terras  baixas  foram  inundadas  por  fortes  chuvas  em  Fevereiro  e  Março  que  afectaram cerca de 498 hectares de culturas. No entanto, uma vez que a maior parte das culturas estava pronto para a  colheita, muitas famílias conseguiram colher. 

 

• As famílias que foram afectadas pelas cheias e perderam as suas colheitas beneficiaram imediatamente da ajuda de  emergência que incluiu alimentos e sementes. Após as cheias foram realizadas novas sementeiras que proporcionaram  boas  colheitas  a  partir  de  Junho  havendo  lugares  que  ainda  estão  a  colher.  Geralmente  todas  as  zonas  afectadas  conseguiram  recuperar‐se  do  choque  e  actualmente  a  disponibilidade  de  alimentos  é  adequada  estando  acima  da  média. 

 

• Muitas famílias no distrito ainda têm reservas de alimentos do ano passado que ultrapassaram a área planificada em  12.000  hectares.  No  geral  a  produção  agrícola  deste  ano  é  melhor  do  que  a  produção  do  ano  passado.  A  disponibilidade de alimentos e respectivo acesso são adequados uma vez que a maioria das famílias pobres consegue  satisfazer as suas necessidades alimentares básicas sem recorrer a estratégias de sobrevivência atípicas. Os preços dos  alimentos  nos  mercados  locais  estão  abaixo  da  média  de  cinco  anos  e  abaixo  dos  preços  do  ano  passado.  As  perspectivas  da  segunda  época  estão  dentro  dos  níveis  normais  de  produção.  A  produção  da  segunda  época  geralmente ocorre em zonas baixas com humidade residual suficiente que permite a sobrevivência das culturas sem  chuvas bem como em locais com sistemas de irrigação. A insegurança alimentar aguda no distrito de Guijá é mínima ou  IPC Fase 1.    Distrito de Chibuto  • A primeira época da campanha agrícola  2013/14 em Chibuto foi um sucesso. As metas planificadas foram alcançadas e  superadas graças às chuvas adequadas que começaram em Dezembro de 2013 e recuperação das cheias moderadas  ocorridas em Fevereiro/Março de 2014. A existência de reservas alimentares da produção agrícola pós‐cheias do ano  passado é um factor importante que contribuiu para a estabilidade da segurança alimentar no distrito.    • As cheias do ano passado estenderam‐se para as zonas mais remotas e semi‐áridas (onde as chuvas são normalmente  escassas). Este fenómeno criou condições favoráveis para o registo de níveis de produção agrícola excepcionais e criou  lagos  artificiais  que  se  tornaram  em  importante  fonte  de  peixe  e  água  para  o  consumo  humano  e  animal, 

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especialmente  durante  a  actual  estação  seca.  A  mandioca  é  particularmente  abundante  no  distrito,  fornecendo  alimentação suplementar na zona. 

 

• Notou‐se  uma  redução  relativa  do  efectivo  animal  a  nível  dos  agregados  familiares  porque  muitos  venderam  ou  perderam  os  seus  animais  durante  o  período  difícil  nas  cheias  do  ano  passado.  A  disponibilidade  dos  alimentos  e  respectivo  acesso  são  adequados  e  deverão  continuar  estáveis  ao  longo  do  período  de  consumo.  A  insegurança  alimentar aguda no distrito de Chibuto é Mínima ou IPC Fase 1. 

 

Distrito de Chigubo 

• No geral, a situação de segurança alimentar no distrito é adequada sendo que a maioria das famílias pobres consegue  satisfazer  as  suas  necessidades  alimentares  básicas  sem  recorrer  a  estratégias  de  sobrevivência  atípicas.  As  reservas  alimentares provenientes da produção pós‐cheias do ano passado ainda estão disponíveis. A produção de 2013/14 foi  acima  da  média  graças  às  condições  agroclimáticas  favoráveis.  No  entanto,  as  chuvas  foram  irregulares  nas  aldeias  Kenneth Kaunda, Bambacane e Cubo no Posto Administrativo de Nhanale. 

 

• Os agregados familiares nestas três aldeias não colheram o suficiente para atingir os níveis típicos de produção embora  continuem  a  empregar  estratégias  típicas  de  sobrevivência  que  incluem  a  procura  do  trabalho  agricultura.  Isto  é  possível  graças  à  produção  acima  da  média  nas  zonas  circundantes,  o  que  está  a  minimizar  os  efeitos  da  baixa  produção nas três aldeias. 

• Na maioria das zonas circundantes, a colheita ainda está em curso e a maioria dos membros das famílias das áreas  afectadas  é  contratada  para as  actividades de  colheita  e geralmente  pagos  em  espécie  que  pode  incluir  um  saco de  milho. As autoridades da agricultura promovem algumas actividades geradoras de renda, tais como a colecta e venda  da amêndoa de canhú que está produzindo bons resultados. Até agora não há nenhuma indicação de pessoas forçadas  a empregar estratégias de sobrevivência que são normalmente utilizadas durante o pico da época de escassez.  

• De  acordo  com  as  autoridades  administrativas,  discussões  estão  em  curso  com  o  Instituto  Nacional  de  Assistência  Social  (INAS)  com  vista  a  estender  seus  programas  de  protecção  social  para  as  famílias  mais  vulneráveis  e  mais  afectadas  nas  três  aldeias  (especialmente  durante  o  período  de  escassez  de  Outubro  a  Fevereiro).  O  número  total  estimado de habitantes nas três aldeias é de cerca de sete por cento do total da população do distrito. A insegurança  alimentar aguda no distrito de Chigubo é Mínima ou IPC Fase 1. 

 

Distrito de Chókwe 

• No  geral,  a  principal  época  agrícola  para  2013/14  teve  um  bom  desempenho  e  a  colheita  principal  decorreu  com  sucesso  em  Fevereiro  e  Março.  Poucas  zonas  foram  negativamente  afectadas  pelas  cheias  moderadas  ao  longo  das  terras baixas afectando as culturas em campo. A cidade de Chókwe e o Posto Administrativo de Macarretane foram  afectados  pelas  cheias  deste  ano  que  foram  menos  severas  que  as  do  ano  passado.  As  famílias  afectadas  foram  assistidas  imediatamente  por  alimentos  tais  como  milho e  feijões  e  sementes  de  hortícolas  com  vista  a  recuperação  imediata. 

 

• A maioria das culturas re‐semeadas, particularmente hortícolas, estão actualmente em colheita, enquanto o milho e  feijão  encontram‐se  na  fase  de  maturação.  A  disponibilidade  de  alimentos,  particularmente  do  milho,  está  excepcionalmente muito acima da média e os excedentes actualmente abastecem a cidade de Maputo. Os preços do  milho atingiram níveis mínimos históricos dos últimos sete anos. Os actuais preços do milho são 47 por cento abaixo da  média de cinco anos e 60 por cento inferiores aos do ano passado. Tendo em conta que há mais milho a ser colhido, as  perspectivas sugerem continuidade de níveis baixos do preço de milho durante todo o período de consumo. Todas as  famílias  afectadas  se  recuperaram  com  sucesso  e  actualmente  a  insegurança  alimentar  prevalecente  é  de  natureza  crónica. A disponibilidade de alimentos e o acesso para a maioria das famílias pobres são adequados e as condições de  insegurança alimentar aguda são Mínimas ou IPC Fase 1. 

 

Distrito de Massingir 

• O início da época atrasou por um a dois meses e durante a segunda metade da época as zonas baixas foram afectadas  por  cheias  moderadas  que  danificaram  as  culturas  semeadas.  A  recuperação  foi  imediata  e  bem‐sucedida.  Os  níveis  gerais de produção superaram as metas planificadas. De acordo com as autoridades da agricultura o principal problema 

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MOÇAMBIQUE Perspectiva sobre Segurança Alimentar Julho a Dezembro de 2014

 

 

Sistemas de Aviso Prévio contra Fome

7

agora é a comercialização e conservação pós‐colheita. O milho colhido encontra‐se armazenado em celeiros familiares  que não são adequados para conservar por longos períodos de tempo. 

• Além  disso,  devido  a  concorrência  do  milho  proveniente  de  distritos  vizinhos  comercializado  a  preços  muito  mais  baixos, os agregados familiares produtores de Massingir enfrentam dificuldades em negociar o milho a preços justos.  As autoridades locais estimam que a produção da principal colheita por si só é suficiente para cobrir as necessidades  alimentares do distrito durante o período de consumo. No entanto ainda se espera milho adicional da segunda época  em  curso.  As  culturas  alimentares  disponíveis  no  distrito  incluem  o  milho,  feijões,  amendoim  e  frutas  tais  como  a  papaia.  A  disponibilidade  de  alimentos  e  respectivo  acesso  para  a  maioria  das  famílias  pobres  são  adequados  e  as  condições de insegurança alimentar aguda são Mínimas ou IPC Fase 1. 

Pressupostos   

Em  consonância  com  os  pressupostos  de  nível  nacional  descritos  anteriormente,  os  seguintes  pressupostos  foram  feitos  sobre as zonas de formas de vida denominadas Sul Semi‐árida de Cereais e Gado (MZ22) e dos Rios Limpopo e Elefante de  Policulturas (MZ24):    • A produção da segunda época, que normalmente começa em Julho, pode contribuir em até 15 por cento do acesso aos  alimentos e fontes de rendimento familiares durante o ano de consumo. Os níveis de humidade nesta zona geralmente  contribuem para os níveis normais de produção de alimentos durante a segunda época.   

• O  início  das  chuvas  em  Outubro/Novembro  ocorrerá  normalmente,  garantindo  os  níveis  normais  de  actividades  agrícolas entre as famílias mais pobres. 

• Os  excedentes  do  Baixo  Limpopo  (distritos  de  Massingir,  Chibuto,  Guijá,  e  Chókwe)  continuarão  a  fluir  para  os  mercados do sul particularmente na cidade de Maputo. 

• Os preços do milho começarão a subir em Julho/Agosto, quando as reservas de alimentos começarem a diminuir. Este  ano, graças a oferta acima do normal de alimentos, os preços permanecerão abaixo ou próximo da média de cinco anos  e inferiores aos do ano passado, embora a tendência sazonal, duma forma geral será o mesmo que o típico em que se  espera  uma  tendência  ascendente  durante  todo  o  período  do  cenário.  A  segunda  época  em  Agosto  e  Setembro  minimizará o aumento dos preços graças à disponibilidade de alimentos adicionais. 

• O contexto geral combinado a análise técnica sugere que os preços do milho este ano deverão permanecer a níveis  inferiores  ou  iguais  aos  preços  projectados  e  médios.  Os  preços  relativamente  baixos  favorecerão  o  acesso  aos  alimentos para as famílias pobres, que se espera venham a recorrer aos mercados para a compra de alimentos logo  que suas reservas de alimentos comecem a diminuir. 

Resultados mais prováveis de segurança alimentar   

De  Julho  a  Setembro,  a  maioria  das  famílias  rurais  nos  distritos  visitados  conseguirá  satisfazer  as  suas  necessidades  alimentares  básicas  através  do  consumo  de  alimentos  da  primeira  época  agrícola  2013/14,  alimentos  disponíveis  para  compra nos mercados locais e da recente colheita da segunda época em algumas zonas. A disponibilidade de excedentes de  alimentos e alimentos adicionais da segunda época permitirá que as famílias possam vender parte da colheita para gerar  dinheiro extra para a época de escassez que se avizinha. Durante este período, as famílias complementarão as suas reservas  de alimentos com os alimentos disponíveis no mercado a preços favoráveis. Tipicamente, a disponibilidade de água para o  consumo  tanto  humano  como  animal  durante  este  período  reduz.  Espera‐se  que  as  famílias  pobres  e  muito  pobres,  respondam  intensificando  as  suas  estratégias  de  sobrevivência,  mais  especificamente  a  venda  de  capim,  caniço,  lenha,  carvão e pequenos animais. 

 

De Outubro a Dezembro, irá iniciar a época de escassez e por esta altura algumas famílias pobres terão esgotado as suas  reservas  de  alimentos  e  continuarão  a  expandir  as  suas  estratégias  de  sobrevivência.  O  início  esperado  de  chuvas  em  Outubro/Novembro  criará  condições  favoráveis  para  o  surgimento  de  uma  variedade  de  alimentos  silvestres  sazonais  e  aumentará as oportunidades de trabalho na agricultura. As estratégias gerais de sobrevivência serão mantidas e as famílias 

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não  terão  de  vender  os  seus  bens  produtivos  ou  recorrer  a  estratégias  de  sobrevivência  irreversíveis.  As  famílias  irão  garantir  que  a  renda  gerada  pela  expansão  das  suas  estratégias  de  sobrevivência  seja  suficiente  para  cobrir  as  despesas  com a alimentação e outras despesas discricionárias. 

 

Embora  algumas  famílias  muito  pobres  (<20  por  cento),  especificamente  em  zonas  localizadas  do  distrito  de  Chigubo  possam estar em situação de “stress” de insegurança alimentar (IPC Fase 2) durante o pico do período de escassez (Outubro  a  Dezembro),  a  maioria  das  famílias  pobres  e  muito  pobres  nestas  duas  zonas  de  formas  de  vida  encontrar‐se‐á  em  condições Mínimas (IPC Fase 1) durante todo o período do cenário (Julho a Dezembro).   

EVENTOS QUE PODEM ALTERAR A PROJECÇÃO 

  Tabela 1. Possíveis eventos durante os próximos seis meses que podem alterar o cenário mais provável     

SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS 

Para projectar as condições de segurança alimentar ao longo de um período de seis meses, a FEWS NET desenvolve um conjunto de  pressupostos sobre eventos prováveis, os seus efeitos e as respostas prováveis dos diversos actores. A FEWS NET analisa estes  pressupostos no contexto das actuais condições de formas de vida locais para o desenvolvimento de cenários que estimam as condições  de segurança alimentar. Normalmente, a FEWS NET reporta o cenário mais provável. Clique aqui para mais informação. 

Zona  Evento  Impacto das condições de segurança alimentar

País  Começo tardio das chuvas   O início tardio das chuvas vai atrasar o início da época principal e a  disponibilidade de alimentos silvestres sazonais s que normalmente  minimizam a gravidade dos prováveis níveis de insegurança alimentar  durante a época de escassez (Outubro a Dezembro)  Disponibilidade  inadequada  de insumos para a sementeira  da primeira época agrícola  Poderá limitar a produção agrícola com o início das chuvas sazonais Comerciantes não respondem  antecipadamente e não  haverá reservas adicionais de  alimentos a fluir para as zonas  deficitárias  Mercados locais seriam sub‐abastecidos, causando uma subida de  preços para níveis acima dos actualmente observados e esperados.    Gorongosa e  Província de  Sofala  Escalada do conflito  político/militar 

A intensificação e expansão do conflito político forçará mais pessoas a  deixar as suas aldeias e portanto, aumentar o número de pessoas com  insegurança alimentar aguda aumento o nível de insegurança 

Referências

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