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MOÇAMBIQUE Perspectiva sobre Segurança Alimentar Julho a Dezembro de 2014
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Agro‐climatologia
• De acordo com as previsões feitas pelo Centro de Previsão Climática (CPC) ‐ Instituto Internacional de Pesquisa de Clima e Sociedade (IRI), existe maior probabilidade para ocorrência do evento El Niño entre Agosto e Outubro de 2014 continuando até o início de 2015. Historicamente, o principal impacto do El Niño em Moçambique é sentido durante a segunda metade da primeira época (Janeiro a Março). No entanto, há 50 por cento de probabilidade de registo de precipitação abaixo da média de Outubro a Dezembro em anos de El Niño em partes do sul e centro de Moçambique, o que significa que o início da época poderá ser atrasado bem como as sementeiras da primeira época. Por outro lado, durante o período de Outubro a Dezembro o norte de Moçambique tende a registar chuvas acima do normal que pode atingir mais de 125 por cento da média em alguns eventos de El Niño. No entanto, é importante notar que outros factores climatéricos locais e regionais podem afectar o clima e alterar os impactos esperados.
• De Julho a Setembro, as condições agro‐climatéricas deverão ser normais para este período do ano. Durante este período, as condições serão tipicamente secas com temperaturas e evaporação baixas. Nestas condições, as famílias com acesso à humidade residual, nas zonas baixas, continuarão a realizar actividades agrícolas para a segunda época e isto incluirá essencialmente hortícolas, algum milho e feijões. A partir de Setembro a maioria das famílias, especialmente no sul e na região centro, estarão envolvidas na preparação da terra para a próxima campanha agrícola. Com base na climatologia, as chuvas sazonais estão previstas a começar, inicialmente no sul, movendo‐se em direcção ao norte entre Outubro e Dezembro. Mercados e Comércio • Dada a produção agrícola acima da média na campanha agrícola 2013/14 no país e existência de reservas substanciais da época passada, a disponibilidade de cereais deverá ser 14 por cento acima do registado no ano anterior. Esta disponibilidade poderá reduzir o nível da dependência pelas compras nos mercados durante o período de Julho a Setembro uma vez que os agregados familiares estarão alimentando‐se essencialmente da sua própria produção.
• Conforme a tendência histórica, em Julho a maioria dos preços dos alimentos poderão começar a subir na maioria dos mercados devido à diminuição gradual de reservas de alimentos provenientes da produção própria. Com excepção do arroz, espera‐se que os preços dos alimentos seguirão uma tendência sazonal normal durante o período da perspectiva, mantendo‐se acima da média de cinco anos. Uma vez que o arroz é essencialmente importado, o seu preço não sofre grandes flutuações e normalmente permanece estável ao longo de todo o ano. • Entre Julho e Dezembro, o fluxo de produtos alimentares vai continuar de acordo com os padrões normais e não se prevê qualquer interrupção durante o período da perspectiva. Trabalho Agrícola • Ao longo do período da perspectiva as oportunidades de trabalho agrícola deverão permanecer a níveis normais. De Julho a Setembro o trabalho agrícola basicamente incluirá actividades relacionadas com a segunda época, incluindo o cultivo, sementeira, rega e colheita. De Outubro a Dezembro, as oportunidades de trabalho poderão começar a aumentar com o início da primeira época agrícola e incluirão a preparação da terra e sementeiras.
Assistência Humanitária
• Os níveis de assistência humanitária poderão estar muito abaixo da média de cinco anos no país. Durante o período de Julho a Dezembro, as necessidades imediatas das pessoas afectadas pelo conflito, juntamente com as famílias identificadas como estando em risco de insegurança alimentar aguda durante o actual período de consumo serão satisfeitas através de apoio direccionado.
• A disponibilização de sementes e outros insumos agrícolas terá lugar em Agosto e Setembro. A distribuição desses insumos é importante para preparar os agregados familiares para a próxima época agrícola, especialmente as afectadas pelas cheias em Janeiro.
Resultados de Segurança Alimentar Mais Prováveis
Para a maioria das famílias rurais, durante o período da perspectiva, as condições de insegurança alimentar aguda serão no geral Mínimas (IPC Fase 1). Durante o período de Julho a Setembro, a disponibilidade de alimentos e respectivo acesso deverão permanecer estáveis e adequados. As famílias continuarão a satisfazer as suas necessidades alimentares através das reservas da produção da primeira época, bem como colheitas pós‐cheias e da segunda época. As famílias em zonas localizadas afectadas pelas cheias e estiagens encontrar‐se‐ão em condições de insegurança alimentar Mínimas (IPC Fase 1) uma vez que continuarão a depender das suas estratégias típicas de sobrevivência, incluindo aumento da procura de trabalho informal e compras no mercado para garantir o acesso aos alimentos.
Entre Outubro e Dezembro, o país entrará no período de pico de escassez, onde a maioria das famílias, especialmente as mais pobres, terão até lá esgotado as suas reservas alimentares e começarão a expandir as suas estratégias de sobrevivência para satisfação das suas necessidades alimentares. As condições de insegurança alimentar aguda Mínimas (IPC Fase 1) deverão prevalecer durante este período. Algumas destas estratégias que as famílias pobres começarão a usar durante este período incluem a redução das despesas em itens não alimentares para que consigam comprar os seus alimentos básicos, intensificação do fabrico de bebidas e venda de bebidas tradicionais, corte e venda de estacas e produtos naturais, tais como capim, lenha, carvão, e procura de trabalho informal.
As oportunidades de trabalho agrícola poderão aumentar com a aproximação do início da época agrícola. O início normal das chuvas em Outubro e Novembro poderá criar condições para o surgimento de uma variedade de alimentos silvestres e sazonais que gradualmente melhoram o acesso aos alimentos pelas famílias pobres até que alimentos verdes se tornem disponíveis em Janeiro ou Fevereiro de 2015.
ÁREA DE ENFOQUE
Zonas de Formas de Vida denominadas Sul Semi‐árida com Cereais e
Gado (MZ22) e Rios Limpopo e dos Elefantes com Policulturas (MZ24)
Situação Actual
Com vista a verificar as condições prevalecentes de segurança alimentar em zonas que foram afectadas pelas cheias pelo segundo ano consecutivo e zonas afectadas por períodos de seca durante a primeira época agrícola 2013/14, a FEWS NET realizou uma rápida avaliação qualitativa sobre segurança alimentar de 7‐11 de Julho de 2014. A avaliação abrangeu partes das Províncias de Gaza (Figura 1) e consistiu em entrevistas com informantes chave tais como autoridades administrativas distritais e da agricultura, líderes comunitários, agricultores, ONGs baseadas nos distritos e representantes dos agregados familiares, bem como através de observações durante as visitas comunitárias.
Perspectiva Geral
O início da primeira época teve um atraso de um a dois meses e a sementeira ocorreu em Novembro/Dezembro de 2013. Até Março de 2014 a maioria das culturas encontrava‐se na fase de maturação e a colheita ocorreu em Março/Abril de 2014. Ocorreram cheias moderadas em algumas zonas baixas e ribeirinhas as quais afectaram negativamente as
culturas semeadas, mas novas sementeiras foram realizados com sucesso graças à distribuição oportuna de sementes pelas autoridades agrícolas. Foram realizadas acções de assistência direccionada para alívio imediato e o processo de recuperação foi rápido graças a rápida disponibilidade de alimentos provenientes das culturas re‐semeadas e disponibilidade de reservas de alimentos da produção pós‐cheias. A maioria das famílias da região continua com reservas do ano passado.
Figura 1. Distritos (cor de laranja) cobertos
pela avaliação rápida da FEWS NET, 7-11 de Julho de 2014
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As zonas semi‐áridas que normalmente registam chuvas erráticas receberam fortes chuvas durante o ano passado o que criou condições favoráveis para níveis de produção acima da média especialmente a produção de milho. No geral, a produção deste ano alcançou ou excedeu as metas previstas graças a condições agro‐climatéricas favoráveis. Uma zona relativamente pequena, com menos de 7 por cento da população total do distrito de Chigubo, composta pelas aldeias Kenneth Kaunda, Bambacane e Cubo no Posto Administrativo de Nhanale no distrito de Chigubo registou chuvas erráticas que afectaram a produção agrícola. No entanto, graças a uma boa produção nas zonas circunvizinhas, o cenário de insegurança alimentar naquela zona é de alguma forma minimizada. Estas três aldeias merecem uma monitoria apertada durante o restante do período de consumo. No geral, a disponibilidade de alimentos e respectivo acesso são adequados nas zonas visitadas graças à produção acima da média do milho na campanha 2013/14, reservas de alimentos da produção pós‐cheias do ano passado e a colheita ainda esperada da segunda época. Os preços dos alimentos básicos estão actualmente abaixo da média de cinco anos e os preços do ano anterior. As actuais condições de insegurança alimentar aguda são Mínimas ou IPC Fase 1 uma vez que a maioria das famílias pobres consegue satisfazer as suas necessidades alimentares básicas sem ter que recorrer a estratégias de sobrevivência atípicas. Com a colheita adicional que se espera da produção da segunda época, os níveis mínimos de insegurança alimentar aguda deverão permanecer durante todo o período de consumo. Breve descrição da avaliação em cada distrito visitado Distrito de Guijá • As chuvas tiveram um atraso de cerca de um mês e a sementeira ocorreu em Novembro/Dezembro. Durante a segunda metade da primeira época agrícola as terras baixas foram inundadas por fortes chuvas em Fevereiro e Março que afectaram cerca de 498 hectares de culturas. No entanto, uma vez que a maior parte das culturas estava pronto para a colheita, muitas famílias conseguiram colher.
• As famílias que foram afectadas pelas cheias e perderam as suas colheitas beneficiaram imediatamente da ajuda de emergência que incluiu alimentos e sementes. Após as cheias foram realizadas novas sementeiras que proporcionaram boas colheitas a partir de Junho havendo lugares que ainda estão a colher. Geralmente todas as zonas afectadas conseguiram recuperar‐se do choque e actualmente a disponibilidade de alimentos é adequada estando acima da média.
• Muitas famílias no distrito ainda têm reservas de alimentos do ano passado que ultrapassaram a área planificada em 12.000 hectares. No geral a produção agrícola deste ano é melhor do que a produção do ano passado. A disponibilidade de alimentos e respectivo acesso são adequados uma vez que a maioria das famílias pobres consegue satisfazer as suas necessidades alimentares básicas sem recorrer a estratégias de sobrevivência atípicas. Os preços dos alimentos nos mercados locais estão abaixo da média de cinco anos e abaixo dos preços do ano passado. As perspectivas da segunda época estão dentro dos níveis normais de produção. A produção da segunda época geralmente ocorre em zonas baixas com humidade residual suficiente que permite a sobrevivência das culturas sem chuvas bem como em locais com sistemas de irrigação. A insegurança alimentar aguda no distrito de Guijá é mínima ou IPC Fase 1. Distrito de Chibuto • A primeira época da campanha agrícola 2013/14 em Chibuto foi um sucesso. As metas planificadas foram alcançadas e superadas graças às chuvas adequadas que começaram em Dezembro de 2013 e recuperação das cheias moderadas ocorridas em Fevereiro/Março de 2014. A existência de reservas alimentares da produção agrícola pós‐cheias do ano passado é um factor importante que contribuiu para a estabilidade da segurança alimentar no distrito. • As cheias do ano passado estenderam‐se para as zonas mais remotas e semi‐áridas (onde as chuvas são normalmente escassas). Este fenómeno criou condições favoráveis para o registo de níveis de produção agrícola excepcionais e criou lagos artificiais que se tornaram em importante fonte de peixe e água para o consumo humano e animal,
especialmente durante a actual estação seca. A mandioca é particularmente abundante no distrito, fornecendo alimentação suplementar na zona.
• Notou‐se uma redução relativa do efectivo animal a nível dos agregados familiares porque muitos venderam ou perderam os seus animais durante o período difícil nas cheias do ano passado. A disponibilidade dos alimentos e respectivo acesso são adequados e deverão continuar estáveis ao longo do período de consumo. A insegurança alimentar aguda no distrito de Chibuto é Mínima ou IPC Fase 1.
Distrito de Chigubo
• No geral, a situação de segurança alimentar no distrito é adequada sendo que a maioria das famílias pobres consegue satisfazer as suas necessidades alimentares básicas sem recorrer a estratégias de sobrevivência atípicas. As reservas alimentares provenientes da produção pós‐cheias do ano passado ainda estão disponíveis. A produção de 2013/14 foi acima da média graças às condições agroclimáticas favoráveis. No entanto, as chuvas foram irregulares nas aldeias Kenneth Kaunda, Bambacane e Cubo no Posto Administrativo de Nhanale.
• Os agregados familiares nestas três aldeias não colheram o suficiente para atingir os níveis típicos de produção embora continuem a empregar estratégias típicas de sobrevivência que incluem a procura do trabalho agricultura. Isto é possível graças à produção acima da média nas zonas circundantes, o que está a minimizar os efeitos da baixa produção nas três aldeias.
• Na maioria das zonas circundantes, a colheita ainda está em curso e a maioria dos membros das famílias das áreas afectadas é contratada para as actividades de colheita e geralmente pagos em espécie que pode incluir um saco de milho. As autoridades da agricultura promovem algumas actividades geradoras de renda, tais como a colecta e venda da amêndoa de canhú que está produzindo bons resultados. Até agora não há nenhuma indicação de pessoas forçadas a empregar estratégias de sobrevivência que são normalmente utilizadas durante o pico da época de escassez.
• De acordo com as autoridades administrativas, discussões estão em curso com o Instituto Nacional de Assistência Social (INAS) com vista a estender seus programas de protecção social para as famílias mais vulneráveis e mais afectadas nas três aldeias (especialmente durante o período de escassez de Outubro a Fevereiro). O número total estimado de habitantes nas três aldeias é de cerca de sete por cento do total da população do distrito. A insegurança alimentar aguda no distrito de Chigubo é Mínima ou IPC Fase 1.
Distrito de Chókwe
• No geral, a principal época agrícola para 2013/14 teve um bom desempenho e a colheita principal decorreu com sucesso em Fevereiro e Março. Poucas zonas foram negativamente afectadas pelas cheias moderadas ao longo das terras baixas afectando as culturas em campo. A cidade de Chókwe e o Posto Administrativo de Macarretane foram afectados pelas cheias deste ano que foram menos severas que as do ano passado. As famílias afectadas foram assistidas imediatamente por alimentos tais como milho e feijões e sementes de hortícolas com vista a recuperação imediata.
• A maioria das culturas re‐semeadas, particularmente hortícolas, estão actualmente em colheita, enquanto o milho e feijão encontram‐se na fase de maturação. A disponibilidade de alimentos, particularmente do milho, está excepcionalmente muito acima da média e os excedentes actualmente abastecem a cidade de Maputo. Os preços do milho atingiram níveis mínimos históricos dos últimos sete anos. Os actuais preços do milho são 47 por cento abaixo da média de cinco anos e 60 por cento inferiores aos do ano passado. Tendo em conta que há mais milho a ser colhido, as perspectivas sugerem continuidade de níveis baixos do preço de milho durante todo o período de consumo. Todas as famílias afectadas se recuperaram com sucesso e actualmente a insegurança alimentar prevalecente é de natureza crónica. A disponibilidade de alimentos e o acesso para a maioria das famílias pobres são adequados e as condições de insegurança alimentar aguda são Mínimas ou IPC Fase 1.
Distrito de Massingir
• O início da época atrasou por um a dois meses e durante a segunda metade da época as zonas baixas foram afectadas por cheias moderadas que danificaram as culturas semeadas. A recuperação foi imediata e bem‐sucedida. Os níveis gerais de produção superaram as metas planificadas. De acordo com as autoridades da agricultura o principal problema
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agora é a comercialização e conservação pós‐colheita. O milho colhido encontra‐se armazenado em celeiros familiares que não são adequados para conservar por longos períodos de tempo.
• Além disso, devido a concorrência do milho proveniente de distritos vizinhos comercializado a preços muito mais baixos, os agregados familiares produtores de Massingir enfrentam dificuldades em negociar o milho a preços justos. As autoridades locais estimam que a produção da principal colheita por si só é suficiente para cobrir as necessidades alimentares do distrito durante o período de consumo. No entanto ainda se espera milho adicional da segunda época em curso. As culturas alimentares disponíveis no distrito incluem o milho, feijões, amendoim e frutas tais como a papaia. A disponibilidade de alimentos e respectivo acesso para a maioria das famílias pobres são adequados e as condições de insegurança alimentar aguda são Mínimas ou IPC Fase 1.
Pressupostos
Em consonância com os pressupostos de nível nacional descritos anteriormente, os seguintes pressupostos foram feitos sobre as zonas de formas de vida denominadas Sul Semi‐árida de Cereais e Gado (MZ22) e dos Rios Limpopo e Elefante de Policulturas (MZ24): • A produção da segunda época, que normalmente começa em Julho, pode contribuir em até 15 por cento do acesso aos alimentos e fontes de rendimento familiares durante o ano de consumo. Os níveis de humidade nesta zona geralmente contribuem para os níveis normais de produção de alimentos durante a segunda época.
• O início das chuvas em Outubro/Novembro ocorrerá normalmente, garantindo os níveis normais de actividades agrícolas entre as famílias mais pobres.
• Os excedentes do Baixo Limpopo (distritos de Massingir, Chibuto, Guijá, e Chókwe) continuarão a fluir para os mercados do sul particularmente na cidade de Maputo.
• Os preços do milho começarão a subir em Julho/Agosto, quando as reservas de alimentos começarem a diminuir. Este ano, graças a oferta acima do normal de alimentos, os preços permanecerão abaixo ou próximo da média de cinco anos e inferiores aos do ano passado, embora a tendência sazonal, duma forma geral será o mesmo que o típico em que se espera uma tendência ascendente durante todo o período do cenário. A segunda época em Agosto e Setembro minimizará o aumento dos preços graças à disponibilidade de alimentos adicionais.
• O contexto geral combinado a análise técnica sugere que os preços do milho este ano deverão permanecer a níveis inferiores ou iguais aos preços projectados e médios. Os preços relativamente baixos favorecerão o acesso aos alimentos para as famílias pobres, que se espera venham a recorrer aos mercados para a compra de alimentos logo que suas reservas de alimentos comecem a diminuir.
Resultados mais prováveis de segurança alimentar
De Julho a Setembro, a maioria das famílias rurais nos distritos visitados conseguirá satisfazer as suas necessidades alimentares básicas através do consumo de alimentos da primeira época agrícola 2013/14, alimentos disponíveis para compra nos mercados locais e da recente colheita da segunda época em algumas zonas. A disponibilidade de excedentes de alimentos e alimentos adicionais da segunda época permitirá que as famílias possam vender parte da colheita para gerar dinheiro extra para a época de escassez que se avizinha. Durante este período, as famílias complementarão as suas reservas de alimentos com os alimentos disponíveis no mercado a preços favoráveis. Tipicamente, a disponibilidade de água para o consumo tanto humano como animal durante este período reduz. Espera‐se que as famílias pobres e muito pobres, respondam intensificando as suas estratégias de sobrevivência, mais especificamente a venda de capim, caniço, lenha, carvão e pequenos animais.
De Outubro a Dezembro, irá iniciar a época de escassez e por esta altura algumas famílias pobres terão esgotado as suas reservas de alimentos e continuarão a expandir as suas estratégias de sobrevivência. O início esperado de chuvas em Outubro/Novembro criará condições favoráveis para o surgimento de uma variedade de alimentos silvestres sazonais e aumentará as oportunidades de trabalho na agricultura. As estratégias gerais de sobrevivência serão mantidas e as famílias
não terão de vender os seus bens produtivos ou recorrer a estratégias de sobrevivência irreversíveis. As famílias irão garantir que a renda gerada pela expansão das suas estratégias de sobrevivência seja suficiente para cobrir as despesas com a alimentação e outras despesas discricionárias.
Embora algumas famílias muito pobres (<20 por cento), especificamente em zonas localizadas do distrito de Chigubo possam estar em situação de “stress” de insegurança alimentar (IPC Fase 2) durante o pico do período de escassez (Outubro a Dezembro), a maioria das famílias pobres e muito pobres nestas duas zonas de formas de vida encontrar‐se‐á em condições Mínimas (IPC Fase 1) durante todo o período do cenário (Julho a Dezembro).
EVENTOS QUE PODEM ALTERAR A PROJECÇÃO
Tabela 1. Possíveis eventos durante os próximos seis meses que podem alterar o cenário mais provávelSOBRE O DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS
Para projectar as condições de segurança alimentar ao longo de um período de seis meses, a FEWS NET desenvolve um conjunto de pressupostos sobre eventos prováveis, os seus efeitos e as respostas prováveis dos diversos actores. A FEWS NET analisa estes pressupostos no contexto das actuais condições de formas de vida locais para o desenvolvimento de cenários que estimam as condições de segurança alimentar. Normalmente, a FEWS NET reporta o cenário mais provável. Clique aqui para mais informação.Zona Evento Impacto das condições de segurança alimentar
País Começo tardio das chuvas O início tardio das chuvas vai atrasar o início da época principal e a disponibilidade de alimentos silvestres sazonais s que normalmente minimizam a gravidade dos prováveis níveis de insegurança alimentar durante a época de escassez (Outubro a Dezembro) Disponibilidade inadequada de insumos para a sementeira da primeira época agrícola Poderá limitar a produção agrícola com o início das chuvas sazonais Comerciantes não respondem antecipadamente e não haverá reservas adicionais de alimentos a fluir para as zonas deficitárias Mercados locais seriam sub‐abastecidos, causando uma subida de preços para níveis acima dos actualmente observados e esperados. Gorongosa e Província de Sofala Escalada do conflito político/militar
A intensificação e expansão do conflito político forçará mais pessoas a deixar as suas aldeias e portanto, aumentar o número de pessoas com insegurança alimentar aguda aumento o nível de insegurança