APLICAÇÕES DA CARTA SOLAR:
TRAÇADO DE SOMBRAS E PROJETOS DE
TRAÇADO DE SOMBRAS E PROJETOS DE
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO SOLAR
P f D i C C K K lt ki Profa. Doris C.C.K. Kowaltowski Profa. Lucila C. Labaki Colaboração: Cristiane Dacanal (PED) Cristiane Dacanal (PED)Disciplina AU 115 / 2010 Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
CARTA SOLAR Aplicações: Determinar a sombra de um Determinar a sombra de um volume sobre o outro; Determinar a sombra de um volume sobre o plano p horizontal (terreno); Determinar manchas de sol no interior dos ambientes; Diagnosticar os recuos apropriados para insolação e iluminação das edificações; Verificar possíveis influências Verificar possíveis influências da topografia no
sombreamento do terreno.
Nueva School Hillsborough, CA
SOMBRA SOMBRA Influência da altura e do azimute solar. Varia ao longo do dia e do ano. Dias mais críticos: solstícios, pois as sombras causadas pelas edificações são mais extensas edificações são mais extensas (baixa altura solar). Os raios solares incidem mais nos ambientes
Meios de representação
Meios de representação
Geometria descritiva Gráficos auxiliares sobrepostos às cartas solares
Geometria descritiva às cartas solares
fachada/ abertura
GEOMETRIA DESCRITIVA:
Ministro da Marinha Francesa ‐ Gaspar Monge
(1746 1818)
(1746‐1818)
•
Geometria descritiva é a parte da
Geometria descritiva é a parte da
Matemática
Matemática
que tem
que tem
por fim
representar sobre um plano as figuras do espaço
,
de modo a poder resolver, com o auxílio da Geometria
de modo a poder resolver, com o auxílio da Geometria
Plana, os problemas em que se consideram as três
dimensões.
1.
construção de vistas
2.
obtenção das verdadeiras grandezas
3
construção de protótipos do objeto representado
3.
construção de protótipos do objeto representado
Geometria Descritiva
PLANO DE PROJEÇÃO PLANO DE PROJEÇÃO
É o plano sobre o qual se projeta uma figura.
PLANO VERTICAL DE PROJEÇÃO
É o plano onde incidem os raios É o plano onde incidem os raios projetantes horizontais. Neste plano aparece a projeção vertical do objeto. PLANO HORIZONTAL DE PROJEÇÃO É o plano onde incidem os raios projetantes verticais. Neste plano aparece a projeção horizontal do objeto.
Os 4 ângulos são
numerados no
numerados no
sentido anti‐
horário, e
denominados
1
º(uso no Brasil), 2
º,
3
ºe 4
ºDIEDROS
3
º, e 4
ºDIEDROS
Intersecção dos
planos de
j ã
projeção:
LINHA DE TERRA
(LT)
(LT)
Representação
Representação
•
Retas
•
Planos
DETERMINAÇÃO DA VERDADEIRA
Ç
GRANDEZA DA ALTURA SOLAR (H) E DA
ALTURA SOLAR PROJETADA (HV)
(
)
Sol
• h - Altura solar obtida na Carta Solar
• a – Azimute solar obtido na Carta Solar
• hv – Sombra d projetada
Sombra de uma haste
Sombra de uma haste
Traçado de Sombras
Traçado de Sombras
Caso 1: Edificação Caso 2: Conjunto de Edifícios
Roteiro
PVRoteiro
1º) Desenho em Planta
(PH) e vista (PV) com
LT PV(PH) e vista (PV) com
orientação de acordo
com o Norte Verdadeiro
PH
com o Norte Verdadeiro
2º) Qual a altura solar e o
azimute solar ? Verificar
na Carta Solar
3º) Fazer um croqui em
Épura mostrando onde
está o Sol e a sombra de
h
uma haste
Roteiro
PVRoteiro
1º) Utilizar
hv
para
desenhar as sombras no
LT PVdesenhar as sombras no
PV
2º) Utilizar
azimute + 180º
PH2º) Utilizar
azimute + 180º
para projetar as
sombras no PH
3º) Cruzar estas linhas
para obtenção das
sombras em planta e
vista
Roteiro
PVRoteiro
1º) Utilizar
hv
para
desenhar as sombras no
LT PVdesenhar as sombras no
PV
2º) Utilizar
azimute + 180º
PH2º) Utilizar
azimute + 180º
para projetar as
sombras no PH
3º) Cruzar estas linhas
para obtenção das
sombras em planta e
vista
Modelos tridimensionais
Modelos tridimensionais
•
Auxiliam visualizar as
interferências de
interferências de
elementos e o
sombreamento
Alternativas de
projeto
Prismas de Iluminação:
podem ser usados para das podem ser usados para das formas às edificações e recuá‐ las de modo a garantir níveis de iluminação adequados nas ruas e edificações adjacentes. Ângulos de recuos para il i â i d d iluminância adequada: dependem da altura solar, portanto, variam conforme a latitude.
Influência no desenho urbano e na
volumetria da arquitetura
Penetração do sol pelas aberturas
Penetração do sol pelas aberturas
Caso 3: Mancha de sol no piso
Caso 2: Mancha de sol no piso e paredes Caso 3: Mancha de sol no piso e paredes Roteiro de desenho: idêntico. l d l l • Hv – utilizado no Plano Vertical • Az+180º no plano horizontal Vistas secundárias, quando necessário
Alternativas para ter acesso ao sol
Alternativas para ter acesso ao sol
Penetração do sol 3rd & Benton/7th & Grandview Primary Centers Los Angeles, California ç pelas aberturas É útil para visualizar se os raios solares
incidem sobre as superfícies no interior de incidem sobre as superfícies no interior de um ambiente – paredes, piso, mesas, lousa, etc.
Dependendo da função do ambiente e de
diretrizes bioclimáticas, é necessário
obstruir os raios solares diretos.
Para tanto, pode‐se modificar as aberturas
ou incorporar dispositivos de proteção
ou incorporar dispositivos de proteção
solar, tais como, cortinas, toldos, brises fixos ou móveis.
Marquises, Sacadas, Toldos, Pergolados
Marquises, Sacadas, Toldos, Pergolados
Colégio Experimental Brasil‐Paraguai Affonso Eduardo Reidy , 1952 Fairfield Secondary School Bristol, 2006 Escola Municipal Olga Breve Alves Cidade Cândido MotaParque Burle Marx S. Paulo
Elementos vazados, painéis
Elementos vazados, painéis
Escola de ensino fundamental, Campinas‐SP André Vainer e Guilherme Paoliello
André Vainer e Guilherme Paoliello
Escola FDE ‐ Jardim Ataliba Leonel, São Paulo, Ângelo Bucci e Alvaro Puntoni, 2005.
Escola FDE ‐ Campinas F1, Campinas/SP,
Quebra‐sóis: fixos ou móveis
VERTICAIS HORIZONTAIS COMBINADOS
Casa do lago – UNICAMP, Campinas
Centro de Cultura Judaica
Brise‐soleil do Ministério da Educação e Saúde, Lúcio Costa e equipe, 1936‐42. Centro de Cultura Judaica
Projeto de Roberto Loeb São Paulo
Dispositivos de proteção solar
Dispositivos de proteção solar
• Importante recurso para o controle de ganhos de calor solar; • Redução dos sistemas de ar‐condicionadoRedução dos sistemas de ar condicionado
Tabith e Dubus Christian de Portzamparc
CONCURSO PARA O LICEU FRANCÊS FRANÇOIS MITTERRAND, EM BRASÍLIA
Atelier d’Architectes Segond‐Guyon e Una Arquitetos
Vigliecca & Associados, Berger‐Villaamil e Giordano Lorente
VERTICAL: VERTICAL: HORIZONTAL: HORIZONTAL: Indicado para orientação N t Indicado para orientações Leste e Oeste, da área a sombrear. Norte.
TIPOS DE
TIPOS DE
BRISES
Permitem ajustes ao longo do tempo acompanhando a MÓVEIS: MÓVEIS: do tempo, acompanhando a trajetória solar.O USO DE TRANSFERIDORES E CARTAS
PROJETANDO PÁRA‐SÓISCARTA SOLAR
CARTA SOLAR
TRANSFERIDOR AUXILIAR
TRANSFERIDOR AUXILIAR
•
Aplicação: projetos de pára‐sóis
a A P1 b A P3 P5 P6 Gg a A P2 A b P4 AÂngulo α Ângulo β Ângulo γ
TRANSFERIDOR AUXILIAR
TRANSFERIDOR AUXILIAR
•
Aplicação: sombreamento em espaços externos
• Ângulos α e βÂngulos α e β
α
TRANSFERIDOR AUXILIAR DE 360º
TRANSFERIDOR AUXILIAR DE 360
α
β
PROJETOS DE DISPOSITIVOS DE
Brises, marquises, painéis verticaisDimensionamento dos Dispositivos
Dimensionamento dos Dispositivos
•
Ângulos de sombra: α, β, γ
–
Ângulo α:
• Medido a partir do plano horizontal que passa pelo b d observador • Define a AlturaDimensionamento dos Dispositivos
Dimensionamento dos Dispositivos
–
–
Ângulo
Ângulo β
β::
•• Medido à esquerda ou direita da normal à fachada.Medido à esquerda ou direita da normal à fachada. •• Pode ser Pode ser ββdd se for à direita ou se for à direita ou ββee se for à esquerdase for à esquerda • Define placas verticais
Dimensionamento dos Dispositivos
Dimensionamento dos Dispositivos
–
Ângulo γ:
• Medido a partir do plano horizontal que passa pelo observador
• Também será γγ se for à direita ou γγ se for à esquerda • Também será γγdd se for à direita ou γγee se for à esquerda • Define a largura da placa horizontal
Dimensionamento dos Dispositivos
Dimensionamento dos Dispositivos
•
Transferidor Auxiliar:
–
Projeções sobre o plano do horizonte
ββββ
α
α
γγ
α
α
γγ
Dimensionamento dos Dispositivos
Dimensionamento dos Dispositivos
•
Uso do transferidor auxiliar:
–
Em conjunto com a carta solar:
• Orientar o transferidor de acordo com a orientação da f h d ( b ) fachada (ou abertura):Orientação = 0°ç Orientação = 45°ç Orientação = 160°ç
Céu oculto Céu oculto Céu oculto Céu oculto
Máscaras de Sombra ‐ Tipos de Brises
Máscaras de Sombra Tipos de Brises
Brises Horizontais
Brises Horizontais
Brises Verticais
Brises Verticais
Brises Combinados ou Grades
Brises Combinados ou Grades
Caso 1 – Qual a máscara de sombra obtida devido a
interferências de elementos construídos?
interferências de elementos construídos?
‐ Quais os dias e horários com ou sem insolação?
•
Aplicações:
o
Edificação:
Tenho o dispositivo, quero saber se ele é
eficiente
o
Espaços externos:
Tenho um terreno, quero saber qual
i fl ê i d
b tá l
d
t
a influência dos obstáculos do entorno
•
Materiais:
Transferidor auxiliar em transparência
o
Transferidor auxiliar em transparência
o
Régua
o
Carta solar da latitude do projeto
o
Carta solar da latitude do projeto
o
Lápis de cor
Exemplo 1
Exemplo 1
• Determinar a máscara de sombra para o dispositivo de proteção solar indicado. Depois, sobrepor as máscaras resultantes sobre a carta solar da latitude 22º e considerar a fachada orientada para Norte. Quais os
latitude 22 e considerar a fachada orientada para Norte. Quais os horários protegidos pelo brise?
• Brise horizontal (infinito): Ângulo α = _____.
Determinação do ângulo α:
Determinação do ângulo α:
α = 62°
Sobreposição da máscara resultante
Sobreposição da máscara resultante
Horários protegidos pelo brise
Horários protegidos pelo brise
Exemplo 2
Determinar o gráfico de sombras para uma praça cercada de edificaçõesExemplo 2
edificações. a) Estabelecer um observador (ponto); b) β l d b á l ( d fí / á / l d )b) Determinar β e α em relação a este ponto, para cada obstáculo (edifício / árvores / taludes); c) Transpor os valores para o transferidor auxiliar (360º)
Fator de Visão do Céu
• As imagens retratam fisicamente um ponto no ambiente construído ‐ rua, praça, etc. • O parâmetro serve para relacionar a estrutura física de um ponto à radiação solar incidente. • Quanto maior a abertura (FVC), maior o potencial de aquecimento / resfriamento de uma área • Aplicação: Conforto Térmico, Comportamento TérmicoCaso 2 – Que tipo de dispositivo eu preciso?
Q
i
di
õ ?
‐ Quais as suas dimensões?
•
Aplicações:
o
Edificação: Sei os dias e horários que não quero
insolação no interior de um ambiente. Preciso
projetar um dispositivo eficiente.
•
Materiais: idem
Exemplo 3
Exemplo 3
Local: São Paulo (latitude 24
Local: São Paulo (latitude 24°°S)
S)
•• Orientação da fachada (Abertura): 55Orientação da fachada (Abertura): 55°°Orientação da fachada (Abertura): 55Orientação da fachada (Abertura): 55 .. •• Horários de ocupação: entre 8h e 17h. Horários de ocupação: entre 8h e 17h.1º) Orientar a fachada na posição correta na
Carta Solar
Carta Solar
55 55°°
2º) Hachurar na Carta Solar os horários que
devem ser sombreados
devem ser sombreados
• Todos os dias, a partir das 8h
4º) Escolher os ângulos α, β e γ
)
g
, β γ
α = 20° 1 3 α = 20° 50° βe = 50°; γe = 52°; γd = 50°; 2 máscara resultante 4Dimensionar o brise mais adequado
Dimensionar o brise mais adequado
–
Ângulo α = 20°:
• Placa horizontal (em corte) • Placa horizontal (em corte) α α = 20= 20°° α α = 20= 20°° janela α = 20° αα = 20= 20°° α α = 20= 20°° H da
–
Ângulo β
e= 50°:
• Placa vertical em planta.p β = 50° β = 50° β = 50° β = 50°Dimensionamento dos Dispositivos
Dimensionamento dos Dispositivos
–
–
Ângulo
Ângulo γγ = 50
= 50°° e 52
e 52°°::
•• Limite da placa horizontal, à esquerda e à direita.Limite da placa horizontal, à esquerda e à direita. γd = 50° γe = 52° 52° γd = 50° γd = 50° γd = 50° γe = 52° γe = 52° γe = 52° γd = 50 γe 52 γe = 52° γd = 50° 50° γe = 52 γe = 52° γe = 52° γd = 50° γ e = 52°
Perspectiva do dispositivo de proteção
l
l
solar resultante
1. Sala de aulas FDE
• Considerando o padrão de sala de aulas do projeto