Introdu¸c˜
ao
Nesta apresenta¸c˜ao ser´a exposto e discutido parte do debate sobre a valoriza¸c˜ao do real frente outras moedas, em especial o d´olar. Ao final ser´a apresentado um resumo das not´ıcias da semana.
Pr´
os
1. O cˆambio ´e um pre¸co e como tal deve flutuar livremente.
2. No patamar em que se encontra, eleva-se o acesso da popula¸c˜ao a servi¸cos e bens importados.
3. Eleva a competi¸c˜ao no mercado interno.
4. Barateia o investimento (caso o fator de produ¸c˜ao desejado venha a ser importado).
Contras
1. O cˆambio valorizado reduz a competitividade nos mercados internacionais.
2. Por sua vez, a perda de competitividade pode vir a causar a falˆencia de algumas firmas.
3. Algumas correntes afirmam que esta experiˆencia pode vir a causar o processo de desindustrializa¸c˜ao da economia.
Imposto sobre Opera¸c˜
oes Financeiras
1. Imposto de competˆencia da uni˜ao.
2. As al´ıquotas utilizadas podem ser fixas, vari´aveis, proporcionais, progressivas ou regressivas.
Imposto sobre Opera¸c˜
oes Financeiras
Fatos geradores:
1. Opera¸c˜oes relativas a t´ıtulos mobili´arios quando da emiss˜ao, transmiss˜ao, pagamento ou resgate destes t´ıtulos.
2. Opera¸c˜oes de cˆambio, na efetiva¸c˜ao do pagamento ou quando colocado `a disposi¸c˜ao do interessado.
3. Opera¸c˜oes de seguro, na efetiva¸c˜ao pela emiss˜ao de ap´olice ou recebimento do prˆemio.
4. Opera¸c˜oes de cr´edito, quando da efetiva¸c˜ao de entrega parcial ou total do valor que constitui o d´ebito, ou quando colocado `a
As trˆes op¸c˜oes dispon´ıveis ao governo para deter a aprecia¸c˜ao do real s˜ao:
1. Compra de d´olares utilizando recursos do Fundo Soberano.
2. Banco Central retomar as opera¸c˜oes de Swap Cambial reverso.
Raz˜
oes para o Aumento do IOF
1. Poder limitado do fundo soberano para comprar d´olares;
2. Atua¸cao restrita do Bacen no mercado de cambio
3. Aumento da taxa de juros que favorece a especula¸cao. Segundo a Fazenda, a Selic elevada ´e o maior atrativo do investidor. Bacen e o mercado entendem que se tivesse ajuda da pol´ıtica fiscal, os juros seriam mais baixos.
Considera¸c˜
oes Te´
oricas
Trilema da Pol´ıtica Monet´aria
1. Independencia da pol´ıtica monet´aria.
2. Taxa de cˆambio fixa.
Para que um pa´ıs tenha estabilidade da taxa de cˆambio com livre mobilidade de capitais ´e necess´ario que se adote um conselho monet´ario,um ´org˜ao independente do governo com o objetivo de emitir moeda convers´ıvel a uma taxa de cˆambio fixa com o d´olar. Experiˆencia semelhante foi vivenciada pela economia argentina com a ado¸c˜ao do Plano de Conversibilidade na d´ecada de 1990. No entanto, como se verificou no in´ıcio da d´ecada seguinte, o sistema teve que ser abandonado, em um cen´ario de forte recess˜ao econˆomica.
Independˆencia de pol´ıtica monet´aria com livre mobilidade de capitais, somente ´e poss´ıvel se o governo adotar taxas flutuantes de cˆambio. Pode-se caracterizar o caso brasileiro como tal ap´os a mudan¸ca cambial promovida em 1999. Com a flutua¸c˜ao do real em rela¸c˜ao do d´olar, os dois instrumentos tˆem coexistido na economia brasileira. Para a combina¸c˜ao ocorrer, entretanto, ´e imprescind´ıvel a flutua¸c˜ao da taxa de cˆambio, indesejada principalmente em per´ıodos de valoriza¸c˜ao acentuada ou de fuga de capitais.
A combina¸c˜ao de estabilidade da taxa de cˆambio com
independˆencia de pol´ıtica monet´aria exige a imposi¸c˜ao de controles de capitais. Este ´e justamente o objetivo da medida atual. Para evitar instabilidade na taxa de cˆambio ao mesmo tempo em que se utiliza a pol´ıtica monet´aria para controle da infla¸c˜ao, o governo brasileiro se viu obrigado a implementar controles de capitais. A medida, no entanto, n˜ao deve alcan¸car os resultados desejados.
Estado de S˜
ao Paulo - 05/10/2010
“Um dia ap´os as elei¸c˜oes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a eleva¸c˜ao de 2 para 4 por cento da al´ıquota do Imposto sobre Opera¸c˜oes Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa. A medida vale a partir de hoje e foi anunciada apenas quatro dias depois que o d´olar rompeu a marca de 1,70 reais, esp´ecie de piso informal da taxa de cˆambio. O ministro fez o an´uncio depois que o mercado fechou.”
Estado de S˜
ao Paulo - 05/10/2010
“Ao atacar as opera¸c˜oes de arbitragem com o IOF mais alto, Mantega tenta estancar a trajet´oria de perda de competitividade das exporta¸c˜oes brasileiras por causa do cˆambio valorizado. ´E que, com o real mais forte, os produtos brasileiros ficam mais caros no mercado internacional.”
Efic´
acia da medida
A decis˜ao tomada pelo Ministro Guido Mantega tem sido muito questionada por analistas. Dentre alguns pontos se destacam:
1. Medida semelhante j´a foi tomada ano passado e esta se mostrou eficaz apenas no curto prazo.
2. O pa´ıs apresenta elevada taxa de juros. Comparando com o que ´e pago nos outros pa´ıses, o investimento aqui continua rent´avel.
Valor Econˆ
omico - 05/10/2010
“O mercado j´a esperava a medida e avalia que ela de fato tira a atratividade dos capitais especulativos, que buscam ganhos de curto prazo, mas n˜ao seria esse o destino da maior parte dos investimentos estrangeiros hoje, que buscam aplica¸c˜oes em pap´eis de mais longo prazo, como os t´ıtulos p´ublicos com vencimento em 2017, em 2025.”
Valor Econˆ
omico - 05/10/2010
“Ao comunicar a cobran¸ca maior do IOF, Guido Mantega salientou que a taxa Selic de 10,75 por cento, uma das maiores em termos mundiais, ´e o fator que torna o mercado brasileiro o alvo preferido dos capitais especulativos. “Hoje o Brasil possui um atrativo na aplica¸c˜ao financeira de renda fixa porque temos taxa de juros elevada. A Selic est´a em 10,75 por cento enquanto resto do mundo trabalha com taxas mais baixas.” Segundo ele, a eleva¸c˜ao do tributo neutraliza a diferen¸ca de juros.”
Correio Braziliense - 06/10/2010
“A medida do governo para conter a entrada maci¸ca de d´olares no pa´ıs e recuperar a cota¸c˜ao da moeda norte-americana fracassou. Pelo menos no primeiro dia de vigˆencia. Ontem, o efeito foi at´e inverso. Em vez de subir, a divisa acentuou a queda, encerrando os neg´ocios em 1,675 reais , numa forte retra¸c˜ao de 1 por cento. As duas interven¸c˜oes do Banco Central (BC) no mercado foram in´uteis para provocar uma alta. Ao longo do dia, a desvaloriza¸c˜ao chegou a 1,52 por cento, o que alarmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, principal defensor da eleva¸c˜ao, de 2 para 4 por cento, da al´ıquota do Imposto sobre Opera¸c˜oes Financeiras (IOF)
Resultados
No curtiss´ımo prazo a medida se mostrou ineficaz. Isto pode ser percebido pelo movimento da cota¸c˜ao do d´olar:
1. Fechamento 4/10: 1,6900
2. Fechamento 5/10: 1,6730
3. Fechamento 6/10: 1,6800
Estado de S˜
ao Paulo - 07/10/2010
“O Conselho Monet´ario Nacional (CMN), segundo apurou o Estado, deve nos pr´oximos dias impor uma regra de “cˆambio simultˆaneo” para ser usada nos casos em que os estrangeiros entrem com recursos no Brasil aplicando em a¸c˜oes, cujo IOF permaneceu em 2 por cento, e depois migrem para a renda fixa, que tem al´ıquota mais alta. A medida se insere no esfor¸co para tornar mais forte o impacto no mercado de cˆambio da nova taxa¸c˜ao sobre o capital estrangeiro.”
Estado de S˜
ao Paulo - 07/10/2010
“Uma fonte do governo explicou que a opera¸c˜ao funcionaria, na pr´atica, como se o investidor que comprou a¸c˜oes tivesse que fechar um contrato de cˆambio diferente ao transferir seu dinheiro para a renda fixa, registrando uma sa´ıda e entrada de recursos no Pa´ıs. Com isso, fica mais dif´ıcil para o estrangeiro usar o mercado acion´ario com objetivo de n˜ao pagar 4 por cento de IOF. A norma que ser´a editada pelo CMN ser´a semelhante `a publicada em mar¸co de 2008, quando o governo Lula pela primeira vez taxou a renda
Principais Problemas
1. O aumento da al´ıquota pode nao afugentar o investidor, mas a inseguran¸ca que ela traz em rela¸cao a novas medidas do governo pode trazer esse efeito, gerando um fator de inseguran¸ca para o mercado.
2. Gastos do governo continuam elevados contribuindo assim para o aquecimento da economia.
Solu¸c˜
oes
A maneira mais efetiva de conter a aprecia¸c˜ao do real frente ao d´olar, segundo Arm´ınio Fraga, ´e ampliar o esfor¸co fiscal.
Estado de S˜
ao Paulo - 07/10/2010
“Produ¸c˜ao m´edia di´aria da estatal deve encerrar o ano entre 2 e 3 por cento abaixo dos 2,1 milh˜oes de barris previstos em seu plano A Petrobr´as deve encerrar 2010 sem cumprir sua meta de produ¸c˜ao pelo sexto ano consecutivo. Segundo admitiu ontem o gerente de Explora¸c˜ao e Produ¸c˜ao da estatal, Jos´e Antˆonio de Figueiredo, a produ¸c˜ao m´edia di´aria deve encerrar o ano entre 2 e 3 por cento abaixo dos 2,1 milh˜oes de barris, volume previsto no seu plano de investimentos 2010-2014.”
Estado de S˜
ao Paulo - 07/10/2010
“As a¸c˜oes da Petrobr´as despencaram ontem na Bolsa de Valores de S˜ao Paulo (Bovespa), perdendo todo o ganho obtido ap´os a capitaliza¸c˜ao. A queda reflete a divulga¸c˜ao simultˆanea de seis relat´orios com avalia¸c˜oes negativas a respeito do desempenho dos pap´eis, cinco deles emitidos por institui¸c˜oes que participaram da venda de a¸c˜oes. No fechamento, as a¸c˜oes valiam ontem menos do que o valor pago pelos investidores na capitaliza¸c˜ao.”
Not´ıcias
I Puxado pelo com´ercio e pela recupera¸c˜ao da ind´ustria PIB deve crescer mais que 7,5 por cento.
I Ap´os a elei¸c˜ao, devem abrir 8,3 mil postos de trabalho no servi¸co p´ublico.
I A compra dos 36 ca¸cas continuam...
I Governo criar´a o ´Indice Nacional de Pre¸cos de Im´oveis.