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Mensuração da Qualidade de Serviços Eletrônicos: Uma Avaliação Empírica

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ISSN 2179-5037

Revista UNIABEU Belford Roxo V.6 Número 13 maio- agosto 2013

MENSURAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS ELETRÔNICOS:

UMA AVALIAÇÃO EMPÍRICA

Cecília Quintanilha D'Angelo1 Márcio Moutinho Abdalla2 Gustavo da Silva Motta3 Murilo Alvarenga Oliveira4 Pauli Adriano de Almada Garcia5 Ilton Curty Leal Júnior6

RESUMO:O objetivo deste artigo é avaliar empiricamente o relacionamento causal na

mensuração da qualidade de serviços eletrônicos. Os construtos de qualidade serão tratados como antecedentes dos quatro tipos de lealdade propostos por Harris e Goode (2004). Para verificar o relacionamento causal, são feitos testes de hipóteses considerando-se uma modelagem por equações estruturais, ajustadas por mínimos quadrados parciais – para se evitar os efeitos de multicolinearidade. Como resultados, verificou-se que, das 16 hipóteses levantadas, apenas cinco não foram rejeitadas. Este resultado sugere que é importante se ter cuidado no uso dessas relações causais no contexto brasileiro.

Palavras-chave: mensuração da qualidade; serviços eletrônicos; mínimos quadrados

parciais.

Measurement of Electronic Service Quality: An Empirical Evaluation

ABSTRACT: This paper has the objective of assessing empirically the causal relationship in

quality measurement of electronic services. The quality constructus will be approached as antecedents of the four kinds of loyalty proposed by Harris and Goode (2004). To verify this causal relationship, some hypotheses tests are deployed considering a structural equation modeling adjusted by partial least squares – to tackle the effect of multicolinarity. As results, one verifies that, of the sixteen hypotheses, only five were not rejected. This result suggests that it is important take care in using these causal relationships in the Brazilian context.

Keywords: measurement of quality; electronics services; partial least squares.

1

Graduada em Administração - UFF – ICHS, RJ, Brasil. ci_dangelo@hotmail.com

2

Doutorando em Administração - FGV-EBAPE. RJ, Brasil. marciomabdalla@gmail.com

3

Doutor em Administração - UFBA . BA, Brasil.gustavosmotta@gmail.com

4

Doutor em Administração - USP.SP, Brasil. malvarengausp@gmail.com

5

Doutor em Engenharia Nuclear - UFRJ. RJ, Brasil. pauliadriano@gmail.com

6

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Revista UNIABEU Belford Roxo V.6 Número 13 maio- agosto 2013 1 INTRODUÇÃO

Segundo pesquisa realizada pela E-bit (2011), o primeiro semestre de 2011 evidenciou o crescimento do consumo via web no Brasil. Neste semestre foram faturados R$ 8,4 bilhões em bens de consumo, contra R$ 6,8 bilhões no mesmo período em 2010, tendo assim um acréscimo de 24% de um ano para outro. Portanto, compreender o consumidor eletrônico, bem como assegurar que o mesmo tenha ampla percepção de qualidade dos serviços eletrônicos recebidos, pode ser um diferencial para organizações com negócios baseados em e-commerce.

No entanto, investigações acadêmicas nesse campo ainda são escassas no contexto brasileiro (e.g. VIEIRA; TORRES, 2008; GUMMERUS et al., 2004). Essa escassez pode fragilizar a compreensão desse consumidor que não aparece fisicamente nas lojas, tem relações distantes com as empresas e é “dono” de um amplo canal de comunicações para demonstrar insatisfação aos seus pares – a internet, amplificada pela cultura da proliferação do uso de redes sociais.

Vieira e Torres (2008), num dos primeiros esforços em construir literatura relevante sobre o tema no país, propuseram uma avaliação empírica do instrumento e-S-QUAL (PARASURAMAN; ZEITHAML; MALHOTRA, 2005). Os autores ainda propuseram um modelo que visou estabelecer relações causais entre a qualidade percebida pelos clientes no varejo virtual, mensurada pela referida escala, e os construtos comprometimento, lealdade e confiança. Na intenção de contribuir com o avanço do estudo, propõe-se, nesse trabalho, um recorte que visa avaliar as relações de causalidade entre o modelo e-S-QUAL e os quatro tipos de lealdade propostos no estudo de Harris e Goode (2004) – lealdade cognitiva, afetiva, conativa e ação. O modelo foi avaliado por meio de equações estruturais ajustadas via mínimos quadrados parciais, cujo intuito é minimizar os efeitos de multicolinearidade (GUNST; MASON, 1979).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Comércio Eletrônico (e-commerce)

De acordo com Turban, Rainer e Potter (2005), aplicações de e-commerce começaram no início da década de 1970, com inovações como transferência eletrônica de fundos. Depois veio a troca eletrônica de dados (EDI - Eletronic Data

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automatizou o processamento de transação de rotina e estendeu o comércio eletrônico para todos os setores. Para os autores, comércio eletrônico é definido como o processo de compra, venda, transferência ou troca de produtos, serviços ou informações via redes de computador, incluindo a internet.

O comércio eletrônico se refere especificamente a transações e atividades comerciais realizadas, seja por completo ou em partes, por meio de dados digitalizados. Esta definição para e-commerce – terminologia em inglês, todavia amplamente difundida nacionalmente – inclui o processamento de informações inter e intra-organizações, englobando as transações realizadas entre as organizações e indivíduos (ALBERTIN, 1999).

2.2 Recortes da Pesquisa: Construtos Empregados no Estudo 2.2.1 A Qualidade no Contexto dos Serviços Eletrônicos

Alguns trabalhos iniciaram proposições de escalas e modelos de mensuração em serviços físicos, dentre os quais se destaca o modelo SERVQUAL, desenvolvido por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), com base no modelo de satisfação de Oliver (1980). Além do modelo SERVQUAL, também se destacam os modelos SERVPERF e RSQ, desenvolvidos por Cronin e Taylor (1992) e Dabholkar, Thorpe e Rentz (1996), respectivamente. O modelo SERVPERF assemelha-se com o modelo SERVQUAL, no entanto, enquanto o SERVQUAL preocupa-se em evidenciar os gaps entre expectativas e percepções (ou desempenho), o SERVPERF encarrega-se apenas de mensurar o desempenho dos serviços prestados.

Enquanto isso, o modelo RSQ (Retail Service Quality) foi concebido com a ideia de uma proposta mais robusta, que suprisse as lacunas deixadas pelas demais escalas, e que fosse suficiente para aplicação em qualquer segmento varejista, embora sua aplicação ainda seja incipiente no Brasil (LOPES; HERNANDEZ; NOHARA, 2008).

Uma das questões que chama a atenção é que nenhuma dessas escalas estava apta a mensurar a qualidade de serviços eletrônicos que, dada sua natureza, carece de instrumentos apropriados ao seu contexto. Sob essa ótica, o modelo e-S-QUAL se diferencia dos demais em virtude de sua especificidade em mensurar

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serviços eletrônicos ou, mais precisamente, mensurar a performance da qualidade dos web sites investigados.

Esse modelo, proposto por Parasuraman, Zeithaml e Malhotra (2005), partiu da ideia de que a qualidade do serviço eletrônico caracteriza-se pela efetiva e eficiente facilidade que o cliente encontra ao comprar e receber o produto que deseja. Com base na proposta dos autores, e em Vieira e Torres (2008), é possível estabelecer o Quadro 1 que visa sintetizar as quatro dimensões básicas do modelo. Quadro 1 - Dimensões de Qualidade do Modelo e-S-QUAL

Dimensões Propósito Indicadores

Qualidade de

Eficiência

Mensura a velocidade e

facilidade para o acesso ao

site

Entrega no prazo / Entrega em tempo justo / Entrega mediante solicitação / Confiável em suas ofertas / Mantêm em estoque os itens comercializados / Entregas rápidas / Prevê as entregas

Qualidade de

Disponibilidade do Sistema

Consiste no funcionamento correto e técnico do sistema em geral

Sempre disponível (no ar) / Fácil de encontrar o que preciso / Não “trava” após o pedido / Não sai do ar / carrega rapidamente

Qualidade de

Preenchimento

Obtenção de informação onde o site se compromete a entregar o pedido de forma correta e eficaz, junto à disponibilidade do produto

Fácil de usar / Facilita a navegação (intuitivo) / Funciona perfeitamente / É bem organizado / Tem informações organizadas / Facilita a finalização da transação / Auxilia o usuário na navegação.

Qualidade de

Privacidade

Representada de forma que o

site transpasse segurança e

sigilo nas informações

confidencias do cliente

Protege informações do meu cartão de crédito / Não divulga minhas informações pessoais / Protege informações sobre meu comportamento de compra

Nota. Fonte: Elaborado pelos autores com base Vieira e Torres (2008) e Parasuraman, Zeithaml e

Malhotra (2005).

2.2.2 Lealdade

A lealdade é um dos construtos que vêm recebendo atenção no campo do

marketing. Para Schiffman e Kanuk (2000), a lealdade consiste da compra e

preferência repetitiva por um produto ou serviço. Para que haja lealdade em relação a um serviço, é necessário que o desempenho do mesmo esteja tão superior que o esperado a ponto de encantar o cliente (ABDALLA et al., 2010). A lealdade a uma marca ou a um serviço relaciona-se à satisfação do consumidor e ao seu comportamento de reclamação (MOWEN; MINOR, 2008) e ocorre à medida que um consumidor mantém atitude positiva em relação à marca, estabelece compromisso com ela e pretende continuar comprando-a no futuro.

O modelo de lealdade empregado no presente estudo segue a proposta de Vieira e Torres (2008) ao estabelecer relações de causalidade entre os construtos de qualidade nos serviços eletrônicos, com os construtos de lealdade, baseados no

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modelo de quatro estágios de lealdade de Oliver (1997; 1999), que foi seguido por Harris e Goode (2004). Nesse modelo de quatro estágios, Oliver (1997; 1999) busca dividir a lealdade em um processo cujas três primeiras fases relacionam-se à atitude do consumidor (cognitiva, afetiva e conativa), e a ultima (ação) ao comportamento do indivíduo frente ao processo de recompra. O Quadro 2 sintetiza as quatro fases do processo de lealdade de Oliver (1997; 1999), que, segundo Blut et al. (2007), apenas recentemente fora submetido aos extensivos testes empíricos.

Quadro 2 - Fases da Lealdade segundo Oliver (1997;1999)

Fases Descrição

Lealdade Cognitiva

No primeiro momento, supõe-se que a informação disponível em relação ao atributo da marca indica que a marca é preferível diante de alternativas. A lealdade cognitiva pode ser chamada também de lealdade baseada exclusivamente na crença da marca.

Lealdade Afetiva

No desenvolvimento da lealdade, a segunda fase é o ato de gostar. Ou ainda, uma atitude em relação à marca, que é desenvolvida com base na satisfação acumulada do uso do bem e/ou serviço.

Lealdade Conativa

Nesta etapa, a lealdade conativa é como uma intenção comportamental, que pode ser influenciada por consequentes ações de afeto positivo em relação à marca. Lealdade de

Ação

A última fase da lealdade propõe o estudo sobre os mecanismos pelos quais as intenções são convertidas em ações, e é referida como o controle da ação. Assim, as intenções motivacionais das fases anteriores são transformadas em ação.

Nota. Fonte: Elaborada pelos autores, com base em Oliver (1997; 1999) e Harris e Goode, 2004.

3 Proposições e Design da Pesquisa

Conforme mencionado, o presente trabalho caracteriza-se pela aplicação empírica de um recorte do modelo proposto por Vieira e Torres (2008). Nessa proposta, buscou-se avaliar empiricamente as relações causais entre a escala de mensuração de qualidade/performance de serviços eletrônicos – e-S-QUAL (PARASURAMAN; ZEITHAML; MALHOTRA, 2005); e os tipos de lealdade (cognitiva, afetiva, conativa e ação) propostas por Harris e Goode (2004) com base em Oliver (1997; 1999).

A proposta de estudo apoia-se na premissa que a alta percepção de qualidade funcionaria como um construto antecedente da lealdade (BLOEMER; RUYTER; WETZELS, 1999; MCDOUGALL; LEVESQUE, 2000; CRISTOBAL; FLAVIÁN; GUINALÍU, 2007).

Como forma de materializar a análise, elegeu-se o site “Americanas.com” para a análise empírica. Com base na teorização desenvolvida e no recorte do trabalho de Vieira e Torres (2008), propõem-se 16 hipóteses (quadro 3), que

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relacionam as dimensões de qualidade do modelo e-S-QUAL como antecedentes às dimensões (ou fases) da lealdade, conforme Figura 1, baseada em Vieira e Torres (2008).

Quadro 3 – Hipóteses do Estudo

H1 A Qualidade de Eficiência caracteriza-se como antecedente da Lealdade Cognitiva.

H2 A Qualidade de Eficiência caracteriza-se como antecedente da Lealdade Afetiva.

H3 A Qualidade de Eficiência caracteriza-se como antecedente da Lealdade Conativa.

H4 A Qualidade de Eficiência caracteriza-se como antecedente da Lealdade de Ação.

H5 A Qualidade de Disponibilidade do Sistema caracteriza-se como antecedente da Lealdade

Cognitiva.

H6 A Qualidade de Disponibilidade do Sistema caracteriza-se como antecedente da Lealdade

Afetiva.

H7 A Qualidade de Disponibilidade do Sistema caracteriza-se como antecedente da Lealdade

Conativa.

H8 A Qualidade de Disponibilidade do Sistema caracteriza-se como antecedente da Lealdade de

Ação.

H9 A Qualidade de Preenchimento caracteriza-se como antecedente da Lealdade Cognitiva.

H10 A Qualidade de Preenchimento caracteriza-se como antecedente da Lealdade Afetiva.

H11 A Qualidade de Preenchimento caracteriza-se como antecedente da Lealdade Conativa.

H12 A Qualidade de Preenchimento caracteriza-se como antecedente da Lealdade de Ação.

H13 A Qualidade de Privacidade caracteriza-se como antecedente da Lealdade Cognitiva.

H14 A Qualidade de Privacidade caracteriza-se como antecedente da Lealdade Afetiva.

H15 A Qualidade de Privacidade caracteriza-se como antecedente da Lealdade Conativa.

H16 A Qualidade de Privacidade caracteriza-se como antecedente da Lealdade de Ação.

Nota. Fonte: Elaborada pelos autores, com base em Oliver (1997; 1999) e Harris e Goode, 2004. Figura 1. Modelo Teórico

Fonte: Elaborado pelos Autores com base em Vieira e Torres (2008).

4 Aspectos Metodológicos

Visando avaliar a qualidade dos serviços prestados pela loja virtual de comércio varejista Americanas.com, optou-se pelo emprego de pesquisa de abordagem quantitativa, de caráter causal. Para isso, realizou-se um levantamento (survey) por meio de um corte transversal único (Cross Sectional). A amostra foi

Qualidade de Eficiência Qualidade de Disponibilidade Qualidade de Preenchimento Qualidade de Privacidade Lealdade Cognitiva Lealdade Afetiva Lealdade Conativa Lealdade de Ação

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composta por estudantes universitários da região sul fluminense que já realizaram compras no ambiente de varejo eletrônico no site Americanas.com. A condição para responder ao questionário era que o respondente já tivesse realizado ao menos uma compra no site investigado.

A coleta das observações foi operacionalizada por meio de um questionário estruturado autoadministrado, composto por 38 questões. Dessas questões, 22 delas destinavam-se a mensurar as dimensões de qualidade propostas pela escala e-S-QUAL sendo que oito delas compuseram a dimensão de “Qualidade da Eficiência”; quatro visavam medir a “Qualidade de Disponibilidade do Sistema”; sete objetivavam mensurar o construto “Qualidade do Preenchimento”, e as três restantes mediram o construto “Qualidade da Privacidade”. As outras 16 questões tiveram por objetivo medir as dimensões de lealdade. Cada uma das quatro dimensões de lealdade estudadas teve quatro indicadores. Todas as questões empregaram escala do tipo likert de cinco pontos, indo de “concordo totalmente” (5) a “discordo totalmente” (1).

O instrumento foi submetido a um pré-teste que visou observar sua eficácia na coleta de dados. Nesse pré-teste, foram realizadas 78 observações, das quais 44% foram respondidas e aproveitadas. A baixa taxa de aproveitamento deu-se em virtude da pergunta filtro, que questionava se os respondentes já haviam realizado compras na empresa virtual pesquisada. Os respondentes que não tiveram experiência de compra no site da empresa não foram considerados. Como não houve nenhuma alteração no instrumento e a coleta subsequente deu-se no dia seguinte, aproveitaram-se as observações coletadas no pré-teste como parte da amostra total. As coletas foram realizadas entre os meses de maio e junho de 2012.

Como forma de se evitar viés e avaliar se as questões foram adequadamente respondidas, foram inseridas quatro questões (8, 15, 26 e 30) com escala invertida (reverse wording). Além das questões mencionadas, quatro outras questões, com opções categóricas, visaram desvelar as variáveis: gênero, idade, renda familiar e estado civil.

Com o objetivo de testar as hipóteses propostas, foi coletada uma amostra de 355 observações, dentre as quais, 139 foram descartadas. O motivo de descarte das observações fora o mesmo do pré-teste – inexperiência do respondente com o site investigado, demonstrado pela pergunta filtro. Os questionários foram aplicados

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diretamente aos alunos de instituições de ensino superior da cidade de Volta Redonda, com autorização prévia dos responsáveis pelas respectivas instituições (coordenadores e gestores). Dessa forma, assumiu-se a limitação da amostra por conveniência e por conglomerados. A escolha dos respondentes não se submeteu aos critérios planejados de estratificação da amostra, se limitando àqueles sujeitos que se dispuseram a responder. Apesar das limitações apontadas, a utilização de um grupo de estudantes universitários como amostra é conveniente do ponto de vista da homogeneidade, ou seja, jovens com valores associados a uma utilização efetiva de compras on-line. Além disso, trata-se de uma categoria com escolaridade e senso crítico acentuados (LEE; UGALDO, 1997; NILSSON-WITELL; FUNDIN, 2005).

Para tratamento e modelagem dos dados, empregou-se a modelagem de equações estruturais (SEM – Structural Equation Modelling), por meio da técnica dos mínimos quadrados parciais (PLS – Partial Least Squares). A técnica PLS se caracteriza por se diferenciar da abordagem de softwares como AMOS e LISREL, pois não se baseiam na estrutura de covariância (CHIN, 1998). É baseada em componentes e em regressões, além de não trabalhar simultaneamente todos os parâmetros (BIDO et al., 2009).

Existem, ao menos, quatro justificativas que nortearam os autores ao uso da técnica de PLS via bootstrap, em contraposição às técnicas baseadas na estrutura de covariâncias: (i) o fato de não haver premissas em relação à distribuição dos dados, ou seja, não exige normalidade da distribuição (LOHMÖLLER, 1988); (ii) em virtude da não exigência de normalidade multivariada dos dados, exige-se tamanhos de amostras muito menores; (iii) a técnica maximiza o poder de predição (R2), em virtude de minimizar os resíduos (PERERA et al., 2007); (iv) o emprego do software WarpPLS 2.0 como suporte permitiu modelar uma distribuição não linear – situação comum em ciências sociais, todavia frequentemente menosprezada pela literatura (KOCK, 2011).

A modelagem dos dados por intermédio da técnica PLS não gera índices de ajustes globais do modelo como GFI, TLI, CFI e qui-quadrado, já que o mesmo não otimiza sua função global (TENENHAUS et al., 2005). Todavia, outros indicadores de ajuste podem ser empregados, conforme será demonstrado no tópico referente às análises.

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Revista UNIABEU Belford Roxo V.6 Número 13 maio- agosto 2013 5 Análise dos Resultados

5.1 Análise Descritiva

A amostra selecionada foi composta por 97 (45%) respondentes do sexo masculino e 119 (55%) do sexo feminino. O intervalo etário predominante foi de respondentes com idades entre 17 e 30 anos, representando 88,9% do total da amostra (192 observações). Do total da amostra, 78% (168 observações) foram coletadas em instituição de ensino superior pública e o restante (22% ou 48 observações) em instituição privada. Como a maioria predominante da amostra era composta por jovens, era de se esperar a predominância de respondentes solteiros (74%), contra 17% de casados e o restante distribuído em outras categorias como divorciados, viúvos e outros. Por fim, a renda familiar apresentou uma distribuição próxima de uma normal bimodal, tendo 16% da amostra com renda até R$1.000,00; 20% com renda entre R$1.000,00 e R$2.000,00; 28% com renda entre R$2.000,00 e R$3.000,00; 13% com renda entre R$3.000,00 3 R$4.000,00 e, por fim, 23% com renda acima de R$4.000,00.

5.2 Análise das Premissas

Em análises multivariadas, especificamente aquelas que empregam modelagem de equações estruturais, Hair et al. (2005) recomendam que sejam examinados primeiro os dados, para identificar os valores omissos (missing values) e atípicos (outliers), além de avaliar as premissas de normalidade, linearidade, homoscedasticidade e multicolinearidade. Os valores omissos foram excluídos, conforme mencionado no tópico anterior, além disso, não foram observados casos atípicos (outliers) na amostra, uma vez que se trabalhou com escala do tipo likert.

Uma das vantagens em se analisar SEM por meio de PLS e, mais especificamente pelo algoritmo do software WarpPLS 2.0, é a possibilidade da avaliação de dados com distribuição não normal e não linear – situação normal em ciências sociais, todavia menosprezada pela literatura. Essa quebra de premissa seria um problema, caso as análises tivessem sido feitas levando-se em conta a estrutura de covariância (softwares como o Amos), pois, apesar de índices aceitáveis de ajuste do modelo, o mesmo poderia não ser confiável. Os resíduos não

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apresentaram padrões de dispersão, indicando serem homoscedásticos. Como forma de avaliar a multicolinearidade dos construtos, empregou-se o critério denominado VIF (Variance Inflation Factor) ou fator de inflação da variância. Em critérios mais rigorosos, Kline (1998) e Hair et al.(2005) recomendam valores menores que 5, e em critérios mais relaxados, menores que 10. O valor encontrado para as variáveis latentes analisadas foi de 1,897, indicando a inexistência de multicolinearidade, ou seja, as variáveis independentes não possuíam relações significativas.

5.3 Modelagem dos dados via PLS

Os dados foram modelados, partindo-se da análise de significância por meio do bootstrapping, com 500 reamostragens. Nessa técnica, o software se encarrega de gerar subamostras, coletando casos da base. Segundo Kubota e Nogueira (2007), o uso do bootstrapping, em contraposição ao tradicional “teste t”, possibilita verificar a significância das estimativas dos parâmetros, sem a necessidade de partir da normalidade multivariada.

A primeira análise do modelo demonstrou ajuste ruim, evidenciado por cargas fatoriais não rotacionadas (combined loadings and cross-loadings) e rotacionadas (pattern loadings and cross-loadings), além de valores considerados ruins nos coeficientes das variáveis latentes, como, por exemplo, as medidas de confiabilidade composta e Alfa de Cronbach. Alguns coeficientes de regressão do modelo também apresentaram valor abaixo do esperado.

Assim, um primeiro ajuste no modelo fora demandado. Nesse ajuste, removeu-se, com base nas cargas não rotacionadas (combined loadings and

cross-loadings) e rotacionadas (pattern loadings and cross-cross-loadings), as variáveis com

ajuste ruim. Dentre as variáveis excluídas, uma delas compunha a dimensão de “Qualidade de Eficiência”; uma era referente à “Qualidade de Disponibilidade”; duas eram referentes à “Qualidade do Preenchimento”; uma relativa à “Qualidade da Privacidade”, e duas referentes à lealdade (uma cognitiva e uma conativa).

Um segundo cálculo das equações do modelo foi realizado, desta vez com 31 indicadores, ao invés dos 38 originais. Nesta etapa apenas uma variável demonstrou ajuste ruim (referente à lealdade conativa) e fora removido. Além disso, verificou-se

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que o construto referente à “Lealdade Afetiva” não se ajustou ao modelo, apresentando sempre baixas cargas rotacionadas e não rotacionadas, além de índices inadmissíveis de confiabilidade, e assim, fora removido. Após esses ajustes, os resultados do modelo melhoraram sobremaneira. A Tabela 1 reproduz os coeficientes dos caminhos (Path Coefficients), ou os betas (β) encontrados. Esses resultados já podem ser considerados como elementos de validação das hipóteses.

Tabela 1 - Coeficientes dos Caminhos (β)

Nota. Fonte: Dados da pesquisa.

Apesar da análise com o software WarpPLS 2.0 não permitir os tradicionais índices de ajustes globais do modelo como GFI, TLI, CFI e qui-quadrado, o mesmo permite mensurar três importantes índices de ajustes: (i) AVIF, que é uma média entre os VIFs (variance inflation factor); (ii) ARS, que é uma média entre os coeficientes de regressão R2; e (iii) APC, que é uma média entre as cargas dos caminhos (KOCK, 2011). Segundo o autor, recomenda-se, em um bom ajuste, que a significância (p) dos últimos índices seja menor que 0,05 e que o indicador AVIF seja menor que 5. Os valores encontrados não violam essas prerrogativas, indicando um modelo bem ajustado, conforme apontado na Tabela 2.

Caminho Estrutural β P Hipótese Condição

EFIC L_COG 0.173 0.046 H1 Não Rejeitada

EFIC L_CON 0.073 0.369 H3 Rejeitada

EFIC L_ACT 0.126 0.097 H4 Rejeitada

SIST L_COG 0.025 0.216 H5 Rejeitada

SIST L_CON -0.041 0.277 H7 Rejeitada

SIST L_ACT 0.034 0.307 H8 Rejeitada

PREEN L_COG 0.121 0.061 H9 Rejeitada

PREEN L_CON -0.289 0.060 H11 Rejeitada

PREEN L_ACT 0.256 0.002 H12 Não Rejeitada

PRIV L_COG 0.294 <0.001 H13 Não Rejeitada

PRIV L_CON -0.301 <0.001 H15 Não Rejeitada

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Revista UNIABEU Belford Roxo V.6 Número 13 maio- agosto 2013 Tabela 2 - Indicadores de ajuste do modelo

Valor p

APC 0,173 <0,001

ARS 0,263 <0,001

AVIF 2,128 N/A

N/A = Não Aplicável

Nota. Fonte: Dados da pesquisa.

Outros importantes coeficientes do modelo são o CRC (composite reliability

coefficients), o CAC (cronbach alpha coefficients) e o AVE (average variances extracted). O coeficiente que trata da variância média extraída (AVE) é útil na

avaliação da validade discriminante. Fornell e Larcker (1981) sugerem que se compare a raiz quadrada deste coeficiente com as correlações entre os construtos. Para haver validade discriminante, é necessário que as correlações entre construtos sejam menores que a raiz quadrada da variância média extraída (AVE). A tabela 3 apresenta as correlações entre construtos e a variância média extraída (na diagonal e em negrito), indicando existir validade discriminante no instrumento.

Já o CRC, que representa o coeficiente de confiabilidade composta, e o CAC, que representa o coeficiente de confiabilidade psicométrica Alpha de Cronbach, se encarregam de averiguar a existência de confiabilidade das medidas. Tomando-se por base um critério mais conservador de medida de confiabilidade, Fornell e Larcker (1981) e Kock (2011) recomendam que ambos os coeficientes se situem acima de 0,70. Há que se chamar a atenção que, embora o CAC seja usado com maior frequência, o CRC se traduz em um coeficiente mais robusto, já que avalia a confiabilidade composta. A Tabela 3 traz os resultados obtidos no modelo, respectivamente na segunda e terceira colunas.

Tabela 3 -Coeficientes de Confiabilidade e Validade

CRC CAC AVE EFIC SIST PREEN PRIVAC L_COG L_CON L_ACT

EFIC 0,883 0,846 0,520 (0.721) SIST 0,848 0,730 0,650 0.639 (0.807) PREEN 0,910 0,876 0,670 0.682 0.485 (0.818) PRIVAC 0,858 0,669 0,752 0.196 0.386 0.065 (0.867) L_COG 0,884 0,802 0,717 0.316 0.300 0.253 0.337 (0.847) L_CON 0,861 0,678 0,756 -0.208 -0.130 -0.138 -0.204 0.138 (0.870) L_ACT 0,949 0,928 0,823 0.307 0.295 0.342 0.229 0.717 0.111 (0.907)

Diagonal em negrito = Raiz quadrada da variância média extraída (AVE)

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Como forma de melhor elucidar o leitor, propõe-se uma figura que representa o modelo somente com relações não rejeitadas. A Figura 2 sintetiza a proposição. Figura 2: Proposição do Modelo Somente com Relações Não Rejeitadas

Nota. Fonte: Autores

6 Conclusões

O objetivo desse trabalho foi replicar o estudo de Vieira e Torres (2008), ao realizar uma aplicação empírica do modelo proposto pelos autores com usuários do

site “Americanas.com”. Buscou-se relacionar, como construtos antecedentes à

lealdade, as dimensões de qualidade percebida em ambiente virtual, por meio da escala e-S-QUAL. Acredita-se que a maior contribuição do trabalho seja a aplicação empírica rigorosa de um modelo proposto, respeitando-se as premissas e tratando o modelo com um ferramental adequado.

Verifica-se que tanto o construto referente à “Qualidade de Disponibilidade do Sistema” quanto aquele relativo à “Lealdade Afetiva” não apresentaram ajuste no modelo sendo, portanto, removidos do mesmo. Isso significa que, com a amostra empregada, esses indicadores não se mostraram aderentes ao modelo.

Quanto aos resultados encontrados, verificou-se que das 16 hipóteses propostas, apenas cinco não foram rejeitadas. Assumiu-se a necessidade de simplificação do modelo em virtude da necessidade de melhorar seu ajuste, todavia o número de variáveis descartadas seguiu um rigoroso critério de avaliação. Ainda sim, o número de variáveis eliminadas do modelo fora pequeno e de forma parcimoniosa. Em virtude disso, acredita-se não ter sido esta a causa central de tantas hipóteses rejeitadas. Em virtude do número de rejeições de hipóteses, chegou-se, na concepção dos parâmetros do modelo, a coeficientes de predição (R2) consideravelmente baixos, da ordem de 0,20 em cada um dos três construtos

EFIC PREEN PRIV L_COG L_CON L_ACT R2=0.20 R2=0.19 R2=0.20 β=0.173 (P=0,05) β=0.294 (P=<0.001) β=-0.301 (P=<0.001) β=0.159 (P=0.005) β=0.256 (P=<0.002)

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de lealdade designados no modelo final. Quanto aos coeficientes de regressão parciais padronizados (β), também se verifica que os mesmos apresentam valores relativamente baixos, embora consideráveis. Apesar disso, analisando o modelo como um todo, poucas conclusões podem ser tomadas em termos práticos. Dentre elas, que a “qualidade na privacidade” é um poderoso antecedente para os três construtos de lealdade considerados (cognitiva, conativa e ação). Também se pode inferir que a “qualidade da eficiência” prediz apenas a “lealdade cognitiva”, e que a “qualidade do preenchimento” do site prediz apenas a “lealdade de ação”.

Desenvolver uma conclusão em um trabalho com resultados tão distantes do modelo originalmente proposto torna-se tarefa complexa, já que o trabalho encerra esta etapa com muito mais indagações que propriamente respostas. Dificilmente se podem tirar conclusões substanciosas apenas dessas hipóteses não rejeitadas, contudo o trabalho abre uma possibilidade de agenda que visa investigar melhor a aplicação tanto do modelo proposto por Vieira e Torres (2008), quanto ao próprio ajuste do modelo e-S-QUAL ao contexto de usuários. É possível que esses clientes nacionais sejam sensíveis a outras questões, que não àquelas propostas pelos autores do modelo e-S-QUAL originalmente. Para isso, seria necessária a replicação desses recortes em outros sites e consequente comparação de resultados. Além disso, a aplicação de estudos similares com outras amostras também seria importante. Apesar da limitação da amostra por acessibilidade, o perfil pesquisado enquadra-se como um bom perfil para esse tipo de estudos. Além disso, o tamanho da amostra coletada também se mostrou adequado, já que para análises de modelagem de equações estruturais via PLS, o número de 200 observações é tido como ótimo (KOCK, 2011). Caberia ainda indagar se teoricamente é factível adotar os construtos de qualidade como antecedentes diretos da lealdade, apesar da sustentação teórica apontada no trabalho (BLOEMER; RUYTER; WETZELS; 1999; MCDOUGALL; LEVESQUE, 2000; CRISTOBAL; FLAVIÁN; GUINALÍU, 2007). Ao invés disso, poder-se-ia empregar construtos mediadores e/ou moderadores como, por exemplo, a satisfação.

Acredita-se que, embora esses trabalhos sejam predominantemente quantitativos, seria importante olhar também para questões interpretativas e, talvez, buscar apoio em pesquisas qualitativas, empregando triangulações, com vistas a

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responder as questões aqui abertas, pois, com os resultados encontrados, torna-se complexo confiar nessas modelagens sem amplos testes e replicações.

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Recebido em 18 de março de 2013. Aceito em 24 de junho de 2013.

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Figura 1. Modelo Teórico
Tabela 1 - Coeficientes dos Caminhos (β)

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