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Descrição de critérios utilizados atualmente para compor as listas de espécies ameaçadas e endêmicas

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REVISÃO:

Descrição de critérios utilizados atualmente para compor as listas de espécies ameaçadas e endêmicas

Bruno Senna Corrêa1, Júlio Neil Cassa Louzada2, Aloysio Souza de Moura3

1CEFET-MG - Campus IX Nepomuceno - Av. Monsenhor - Luiz de Gonzaga, 103 - Centro, Nepomuceno, MG, CEP:

37250-000. bruno.senna@gmail.com

2UFLA – Caixa Postal 37 CEP 37200-000, Lavras, MG Campus Universitário, DBio – Setor Ecologia.

jlouzada@dbi.ufla.br

3UNILAVRAS - graduando em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Lavras “UNILAVRAS”. Caixa

Postal 197, CEP 37.200.000, Lavras, MG. thraupidaelo@yahoo.com.br RESUMO

Atualmente observa-se uma crescente perda da diversidade biológica nos principais Bio-mas e ecossisteBio-mas do planeta. A real dimensão desta perda é um parâmetro pouco conhecido pela população em geral. Normalmente são discutidos pontos isolados, sem argumentação e sem base científica, para se justificar o desaparecimento de algum taxa na natureza. Dessa for-ma, buscando padronizar os critérios para avaliar a real distribuição das espécies nos principais ambientes terrestres do planeta, discute-se neste trabalho os critérios científicos e mensuráveis estabelecidos pela União Mundial para a Natureza (IUCN). Valoriza-se dessa forma o esforço da organização que, associado a outras organizações internacionais (CI, WWF, NGS) e nacionais (SAVE Brasil, Pró-carnívoros) podem proporcionar bons resultados para manutenção e conser-vação da diversidade biológica.

Termos para indexação: perda de diversidade, impacto antrópico, desaparecimento de

espécies

Description of criteria used currently to compose the lists of threatened and endemic species ABSTRACT

Currently it observes an increasing loss of biological diversity in the main Biomas and ecosystems of the planet. The real dimension of this loss is a parameter little known by the popula-tion in general. Normally isolated points are argued, without argument and scientific base, to justify the disappearance of some taxa in the nature. Of this form, searching to standardize the criteria to evaluate the real distribution of the species in main terrestrial environments of the planet, one ar-gues in this work the scientific and measurable criteria established by the International Union for

Conservation Nature (IUCN). The effort of the organization is valued of this form that, associated

to other international organizations (CI, WWF, NGS) and national (SAVE Brazil, Pro-carnivores) can provide good resulted for maintenance and conservation of the biological diversity.

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INTRODUÇÃO

A diversidade biológica de espécies nos biomas terrestres atenta para uma perda crescente de representantes. Entre as causas mais discutidas na comunidade científica para o Neotrópico, destacam-se a fragmentação gerada pela expansão agrícola, exploração de madeira, mineração, pecuária, entre outros.

A fragmentação gera alterações nos habitats naturais, modificando os nichos e o microclima dos ambientes (fatores abióticos e fatores bióticos), reduzindo assim a disponibi-lidade de recursos alimentares (quadisponibi-lidade e/ou quantidade), espaço e abrigo (Turner, 1996).

Paralelo a essa perda massiva de es-pécies animais e vegetais, observa-se a preo-cupação da comunidade científica no estabe-lecimento de critérios para avaliar a definição de regiões estratégicas (hotspots) e de con-siderável diversidade biológica nos Biomas. O estabelecimento de critérios e es-tratégias visando a categorização dos taxa com algum grau de alteração é o objetivo des-te trabalho, baseado nos princípios adotados pela União Mundial para a Natureza (IUCN).

REFERENCIAL TEÓRICO

Para classificar as espécies foram propostas categorias de ameaças baseadas em critérios adotados pela União Mundial para a Natureza (IUCN). Os critérios IUCN buscam evidências relacionadas ao tamanho, isolamento ou declínio populacional das es-pécies e extensão de suas áreas de distribui-ção. A partir desses dados, definidos os níveis de ameaça, considerando o uso dos critérios em escala regional, ou seja, área geográfica subglobal tal como um continente, país, es-tado ou província, as espécies são agrupadas conforme as categorias: Extinta, Extinta na

natureza, Criticamente em perigo, Em pe-rigo, Vulnerável, Quase Ameaçadas e De-ficientes em Dados (figura 1). É importante

destacar que os critérios são bastante espe-cíficos para inclusão das espécies nestas ca-tegorias, sendo portanto necessário um con-junto de dados complexos, com datas, pontos georreferenciados, caracterização dos ecos-sistemas, caracterização de áreas adjacentes, tipos de impactos, grau dos impactos, seve-ridade e temporalidade dos impactos presen-tes. Para categorização das espécies nos di-ferentes níveis de ameaça são considerados os seguintes critérios conforme sumário das

categorias e critérios IUCN (2001) ou cri-térios completo e cricri-térios em escala regio-nal, IUCN (2003):

 Redução do tamanho da população;  Variação na extensão da área de

ocor-rência ou da área de ocupação;  Número de indivíduos maduros;  Análise quantitativa mostrando a

proba-bilidade de extinção na natureza em rela-ção ao tempo ou ao número de gerações.

Figura 1: Esquema de classificação das categorias (Fonte: IUCN, 2001)

Dessa maneira, obtêm-se parâmetros para buscar inferências futuras sobre o desti-no da espécie estudada.

Abaixo segue o conceito para cada categoria, seguido da explicação e exemplos para cada categoria.

Categorias:

a) Extinta - Um táxon será considerado

Ex-tinto quando não há dúvidas de que o último indivíduo morreu.

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No contexto da categoria Extinta, é importante levantar a eficiência limitada das estratégias para a classificação das espécies de fauna e flora ameaçadas. Ambientes na-turais nas áreas tropicais vem sofrendo pro-cesso gradual e intenso de fragmentação, seja para práticas agrícolas (soja, milho, café, cana de açúcar, feijão), seja para pecuária, seja para implementação de usinas hidrelétri-cas ou construção de cidades.

Dentro dos critérios usados para classi-ficação dos níveis de ameaça em escala regio-nal, a categoria Extinta, pode ser empregada para representantes que certamente não existem mais na natureza. Um exemplo, no Brasil, é a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) (figura 2), no qual dos últimos três indivíduos conhecidos na natureza foram capturados e vendidos em 1988 e arara-cinza-azulada (Anodhorhynchus

glau-cus) (figura 3), extinta na natureza (Sick, 2001).

Figura 2: Distribuição de Cyanopsitta spixii

(Fonte: Sigrist, 2005) Figura 3: Distribuição de Anodhorhynchus glau-cus (Fonte: Sigrist, 2005)

Esta última espécie, vivia nas baixadas com palmeiras (tucum, mucujá), margem de rio, escavava seus ninhos nos barrancos do rio Para-guai, nidificando também em ocos de árvore. No começo do século passado era comum ao longo do rio Paraná, perto dos Corrientes, Argentina; Região sul do Brasil ao longo do rio Paraná.

Recentemente a IUCN, mostra que 380 espécies se tornaram extintas na natureza, com um 371 espécies incluídas na lista de Extintas/ Em perigo. Estimativas científicas recentes indicam que o número de espécies que desa-parecem diariamente é baixo. Entretanto, deve ser lembrado que a lista só registra espécies que estão certamente extintas, sendo que deve haver um número bem superior de extinções sem que sejam relatadas. Há no mínimo 6.522 espécies listadas como Em perigo. Sem esfor-ços concentrados para registros confiáveis e acurados das espécies, muitas destas espécies irão ser adicionadas à lista de Extintas.

b) Extinta regionalmente - Um táxon será

considerado Extinto regionalmente quando o mesmo estiver extinto no país (Brasil), mas existente em outras partes do mundo.

No contexto da categoria Extinta re-gionalmente, consideram-se espécies que es-tão sabidamente ou presumivelmente extintas num país, mas existentes em outras partes do mundo.Foi adicionada a extinção para estado (Brasil), sendo esta adaptação proposta por Gardenfors et al. (2001). Estudos sobre aves florestais especializadas, mostraram a relação entre extinção e fragmentação florestal tan-to na Amazônia (Ridgely, 1989; Sick, 2001), como em mata atlântica (Ribon, 1998). Deve--se relatar que para a avifauna, no bioma de Mata Atlântica, várias espécies de aves são consideradas estáveis ou com densidades no padrão normal, mas ainda assim estão se tor-nando extintas em áreas fragmentadas (Brooks e Balmford, 1996; Goerck, 1997).

c) Extinta na natureza - Um táxon será

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co-nhecido por sobreviver apenas em cativeiro, criação ou como uma população naturalizada fora de sua área original de ocorrência.

A categoria Extinta na natureza é aplicada a espécies existentes somente em cativeiro, criação ou como população natura-lizada fora de sua área original de ocorrência. Essa categoria foi proposta visando identifi-car espécies potenciais de fauna ou flora, sen-síveis a alterações ambientais e susceptíveis a projetos de conservação na natureza.

d) Ameaçada - é uma espécie cujas populações

estão decrescendo a ponto de colocá-la em risco de extinção. É importante frisar que não há con-senso claro sobre os critérios de inclusão de uma espécie na lista das ameaçadas. Há uma interpre-tação corrente de que a preservação de espécies ameaçadas é incompatível com a exploração econômica do ambiente em que vivem, que de-veria ser preservado. Esse parâmetro é aplicável para alguns casos, mas não para todos. Observa--se, atualmente, um crescente uso de práticas de manejo conservacionistas do uso do solo visan-do sustentabilidade visan-dos hábitats naturais.

Pode ser enquadrada em três níveis de ameaça:

- Criticamente em perigo - Táxon que corre um risco extremamente alto de extinção na natureza num futuro pró-ximo, como definido pelos critérios de A a E da IUCN (2001)

- Em perigo - Táxon que corre um ris-co muito alto de extinção na natureza num futuro próximo, como definido por qualquer dos critérios A a E da IUCN (2001)

- Vulnerável - Táxon que corre um ris-co alto de extinção na natureza a mé-dio prazo, como definido por um dos critérios de A a E.

A categoria Criticamente em perigo inclui espécies com altíssimos riscos de extin-ção na natureza. Um exemplo desta categoria, é o primata bugio (Alouatta guariba guariba), da família Atelidae (figura 4). Trata-se de espécie

restrita a regiões da Bahia e Minas Gerais, onde habitam exclusivamente as florestas do bioma Mata Atlântica. A principal ameaça à sua sobre-vivência tem sido a destruição deste hábitat. As áreas de floresta são “recortadas” pelas cidades, restando apenas pequenas ilhas isoladas pela ocupação humana. A transformação das áreas de mata em loteamentos tem provocado o desapa-recimento das espécies da flora e fauna silvestre, entre elas, o bugio. O isolamento das áreas de mata obriga os bugios a correrem riscos para se dispersarem. O bugio pode tentar atravessar uma área com ocupação humana para chegar a uma nova área de floresta. Se essa travessia for pelo alto das árvores e muito próxima a redes elétri-cas, podem ocorrer choques elétricos, mutilando ou levando esses animais à morte. Se for pelo solo podem acontecer incidentes como atropela-mento, ataque por cães e conflitos com humanos.

Figura 4: Distribuição de Alouatta guariba guariba Grau de Ameaça: Criticamente em perigo

Critério: B2ab(i,ii,iii), C2a(i), D Data: 2003 Estados: BA, MG, Biomas: Mata Atlântica Habitats: Floresta de terra fi rme, fl oresta montana

Mata Atlântica - endemica ao Brasil. Rylands et al. (1988) observaram grupos com dimorfi smo sexual em uma área ao sul do rio Jequitinhonha em Minas Gerais, embora para o leste, próximo ao limite com a Bahia e também na margem sul daquele rio, os mesmos autores tenham encontrado grupos sem a presença de dimorfi smo sexual. Do mesmo modo, Mendes (pers. obs.) observou grupos de A. fusca no norte do Espírito Santo com as características da subespécie clamitans. A forma A. f. fusca, se válida, provávelmente, se restringe a uma área de ocorrência muito menor do que se supunha previamente: sul da Bahia e norte de Minas Gerais, na região do rio Jequitinhonha (Coimbra-Filho, 1972; Santos et al., 1987; Rylands et al., 1988; Oliver & Santos, 1991).

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A categoria Em perigo, inclui espé-cies com altos riscos de extinção na natureza. São exemplos dessa classificação: mico-leão--de-cara-dourada (Leontopithecus

chrysome-las) (figura 5) e sagui da serra (Callithrix fla-viceps). A primeira espécie L. chrysomelas,

apresenta hábitos noturnos, arbóreo, vive em grupos de 2 a 5 indivíduos. Se alimenta de frutos, insetos e néctar. Podem ser encontra-dos no interior de florestas, mas mostram-se mais comuns em áreas densas com trepa-deiras, como bordas de rios e áreas abertas. São considerados sedentários, uma vez que se deslocam pouco. São uns dos primatas mais comuns em áreas próximas a povoados. Ocupam amplas áreas de florestas maduras, perturbadas e secundárias, desde a floresta tropical chuvosa até as matas secas do Chaco (Emmons, 1990).

Figura 5: Distribuição de Leontopithecus chrysomelas

Fonte: Emmons, 1990

A categoria Vulnerável apresenta causas de redução reversíveis, bem conheci-das e já ausentes; taxa de redução de 50% em dez anos ou em três gerações e assim como para as categorias Criticamente em Perigo e Em Perigo.

Esses parâmetros devem ser obser-vados dentro de metodologias específicas (incluindo análise qualitativas e quantitati-vas) em projetos de conservação em locais específicos com profissionais especializados em cada grupo. Dessa forma é possível obter

registros precisos para gerar relatórios acura-dos com informações reais da atual situação da espécie, das relações fauna-flora, da influ-ência dos impactos ambientais diretos, indi-retos, da temporalidade desses impactos, da frequência desses impactos e da situação lo-cal e regional. Essa categoria inclui espécies que correm altos riscos de extinção devido à alta sensibilidade a alterações ambientais como processos de fragmentação e destrui-ção de habitats. É o caso de espécies extre-mamente raras como cuíca-de-colete

(Calu-romysiops irrupta) (figura 6), cuja densidade

populacional no ambiente é estimada em va-lores menores que 30 indivíduos. Trata-se de marsupial noturno, arbóreo, solitário que, na estação seca se alimente de néctar, mas tam-bém inclui frutos na dieta. (Emmons, 1990). Esta espécie encontra-se restrita ao estado de Rondônia e sujeita a entrar na lista de Extinta regionalmente caso não seja implementado um programa de conservação).

Figura 6: Distribuição de Caluromysiops irrupta

Fonte: Emmons, 1990

Dentre as espécies de fauna vulnerá-veis, observa-se mamíferos da Ordem Carní-vora e Famílias Canidae como Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) (figura 7), Cahorro vinagre (Speothos venaticus) (figura 8), Fe-lidae como onça-pintada (Panthera onca), Onça parda (Puma concolor) e Jaguatirica (Leopardus pardalis), Gato maracajá peque-no (Leopardus tigrinus) e Gato maracajá pe-ludo (Leopardus tigrinus).

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Figura 7: Distribuição de Chrysocyon brachyurus Estados: BA, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SC, SP, TO Biomas: Campos Sulinos, Cerrado, Pantanal

Habitats: Todas as fisionomias de Cerrado, campos sulinos, chaco e ou-tros ambientes abertos.

Habita campos e Cerrados do centro da América do Sul, da foz do Rio Par-naíba no nordeste do Brasil, sul pelo Chaco do Paraguai até o Rio Grande do Sul e oeste até o extremo leste do Peru. Beccaceci (1992) achou evidên-cia de lobos na Argentina no paralelo 30°, e um avistamento na provínevidên-cia de Santiago del Estero foi publicado recentemente. Eles provavelmente ocorrem no norte do Uruguai. A presença neste país foi confirmada por um espécime capturado em 1990 (Mone & Olazarri 1990), mas não houve qualquer relatório de vistas desde aquela data (S.O. González com. pess.).

Figura 8: Distribuição de Speothos venaticus Estados: BA, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SC, SP, TO Estados: AC, AM, AP, BA, DF, GO, MA, MS, MT, PA, PR, RO, RR, SC, SP, TO

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal

Habitats: Floresta tropical, subtropical, premontana, ombrófila, decidu-al, semidecidudecidu-al, Cerrado, Pantandecidu-al, sempre na proximidade de cursos d’água, região Amazônica tendo como limite leste o Rio Parnaíba, Brasil Central até norte de Santa Catarina

As espécies L. wiedii e L. tigrinnus, apesar de presentes em vários estados no Brasil, mostram-se cada vez mais raros devi-do aos processos de fragmentação florestal, expansão agrícola, caça predatória, redução da disponibilidade de recursos alimentares e acidentes em rodovias. Não apresentam gran-des populações (acima de 30 indivíduos) e capacidade reprodutiva associada à qualida-de do hábitat.

e) Quase ameaçada - Táxon que não atinge

mas está próximo de atingir os critérios de ameaça, ou provavelmente estará ameaçado em um futuro próximo. Em relação a esta categoria podemos citar aves representan-tes da família Cotingidae, como anambé de asa branca Xipholena atropurpurea (figura 9). Trata-se de espécie endêmica do Brasil oriental, encontrada nas matas de tabuleiro, na hiléia baiana e na Mata Atlântica, entre 0 m e 900 m de altitude, muito embora seja co-mum em florestas úmidas de baixada

litorâ-nea. Alimenta-se de frutos e poucos insetos. Observa-se comportamento de formação das fêmeas do anambé em bandos mistos com outros frugívoros. A espécie sofre ameaça da perda do hábitat, embora possa se tornar co-mum em matas secundárias devido à frutifi-cação sazonal de certas plantas.

Figura 9: Xipholema atropurpurea

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f) Não ameaçada - Táxon que foi avaliado

quanto ao seu risco de extinção, mas não se enquadrou em nenhuma das categorias de ameaça da IUCN (2001)

Um exemplo típico desta categoria é a espécie surucuá-variado (Trogon surrucura) Trogonidae (figura 10). Trata-se de espécie encontrada em áreas montanhosas de até 2000 m de altitude no Sudeste e Sul do Brasil. Vive no estrato médio e nas copas em matas primá-rias e secundáprimá-rias altas, em matas de araucária, em cerradões, podendo sobreviver em áreas perturbadas. Dieta onívora, que inclui frutos, lagartas, moscas, aranhas e outros artrópodes.

Figura 10: Trogon surrucura

Fonte: Sigrist, 2005

g) Dados insuficientes - Sem dados

sufi-cientes para enquadramento em alguma das categorias acima. Essa categoria engloba es-pécies pouco descritas ou sem registro preci-so de localização, número de indivíduos ou ainda classificação precisa. Um exemplo im-portante é a espécie tiê-bicudo (Conothraupis

mesoleuca) Thraupidae, extremamente raro,

coletado apenas no século XIX em matas se-cas da Chapada dos Parecis, MT (figura 11). A espécie, considerada extinta, habitava o cerradão, tendo preferência por áreas mais alagadas. Sem ser vista há 66 anos, foi redes-coberta no Cerrado, no estado de Goiás, por Dante Buzetti, no Parque Nacional das Emas em 2006. Durante esse registro, foi registrada a vocalização da espécie, fato inédito até o momento (Folha de São Paulo 03/05/06).

Figura 11: Conothraupis mesoleuca

Fonte: Sigrist, 2005

A espécie maria preta do nordeste (Knipolegus franciscanus)Tyrannidae (fi-gura 12), é endêmica. Ocorre no Nordeste e no Brasil Central, nas caatingas e áreas com lajedos e enclaves rochosos adjacen-tes dos rios do Vale do São Francisco, em Minas Gerais. Em trabalho de levantamento de avifauna na região de Jequitaí, em 2004, foi observado um indivíduo em enclave de caatinga, ao norte do município de Jequitaí, sendo devidamente registrado e georrefe-renciado o local de observação.

Figura 12: Knipolegus franciscanus

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A espécie cara-dourada

(Phyllo-cartes roquetei) Tyrannidae (figura 13),

é considerada endêmica, sendo descrita apenas em 1928, em florestas tropicais se-cas, matas de galeria e áreas com lajedos e enclaves rochosos adjacentes aos rios do Vale do São Francisco, em Minas Gerais. A espécie encontra-se ameaçada pela per-da do hábitat.

Figura 13: Phyllocartes roquetei

Fonte: Sigrist, 2005

A espécie cara pintada

(Phyllocar-tes ceciliae) Tyrannidae (figura 14), é

en-dêmica e foi recentemente descrita habi-tando as florestas residuais montanas de Alagoas em altitudes entre 400 m e 500 m. Atualmente encontra-se ameaçada pela perda do hábitat.

Figura 14: Phyllocartes ceciliae

Fonte: Sigrist, 2005

Há ainda alguns outros critérios para caracterizar de maneira mais eficiente o atual estado de distribuição do taxa de interesse:

Em relação ao critério População em

declínio, deve-se amostrar a espécie em

es-tudo, de forma a levantar dados objetivos e corretos da atual situação da população ou das populações. É fundamental a informação de levantamentos anteriores, para se basear os estudos da ecologia populacional, sendo importante registrar os agentes causais e os impactos ambientais nas áreas de ocorrência, os tipos de impactos ambientais, a incidên-cia do impacto, a situação, a temporalidade, a severidade, a abrangência e a freqüência. Dessa maneira, é perfeitamente possível rea-lizar uma análise acurada da classificação da população dentro de uma categoria segundo as normas da IUCN.

Para o critério Distribuição

restri-ta e declínio ou flutuação, espécies com

distribuição menor que 20000 km2, devem

ser enquadradas na categoria Vulnerável; espécies com distribuição menor que 5000 km2, devem ser enquadradas na categoria

Em perigo; espécies com distribuição me-nor que 100 km2, devem ser enquadradas

na categoria Criticamente em perigo. Esse critério está diretamente relacionado com espécies que apresentam distribuição pecu-liar, como a rara saíra-apunhalada (Nemosia

rourei) Thraupidae (figura 15), espécie de

dossel, típica de floresta serrana, em altitu-des que variam de 900 m a 1100 m de alti-tude e restrita aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Outra espécie também rara, cara-pintada (Phylloscartes ceciliae) (figu-ra 16), Ty(figu-rannidae, recentemente descrita em florestas residuais montanas do estado de Alagoas, em altitudes entre 400 m e 500 m, restrita a ambientes de copas e bordas de floresta serrana e considerada endêmica (Si-grist, 2005). Esta última encontra-se amea-çada pela perda de hábitat.

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Figura 15: Nemosia rourei

Fonte: Sigrist, 2005 Figura 16: Phylloscartes ceciliaeFonte: Sigrist, 2005

Para o critério Tamanho

populacio-nal reduzido e em declínio, sugere-se que as

espécies de uma dada população encontram--se sob efeito de atributos ecológicos e físicos desfavoráveis, não se mostrando adaptadas para adquirir crescimento desejado para evitar a extinção. Esse critério pode ser exemplifi-cado para a espécie polícia-inglesa-do-norte (Leistes militaris), Icteridae (Globalmente ameaçada) (figura 17), presente na amazô-nia, em áreas abertas ou paludícolas, campos, pastagens e ilhas fluviais, fazendas e áreas de campinarana. Observa-se flutuação das popu-lações em certos locais, provavelmente devido a destruição de hábitat (Sigrist, 2005).

Figura 17: Leistes militaris

Fonte: Sigrist, 2005

Para o critério Tamanho

populacio-nal reduzido e restrito, sugere-se que as

es-pécies de uma dada população encontram-se sob efeito de atributos ecológicos e físicos intensos e limitantes, se mostrando restritas áreas de ocorrência. Processos subseqüentes de destruição de hábitats por ação antrópica, provavelmente irão eliminar tal população do ambiente. Dessa forma, pode-se obser-var a tendência de mudança de categoria da espécie. Um exemplo importante para esse critério é a maria-preta-de-asa-branca

(Kni-polegus franciscanus) Tyrannidae. Esse

cri-tério pode ser exemplificado pela espécie tiriba-grande (Pirrhura cruentata), Psittaci-dae (figura 18), espécie endêmica ameaçada, que habita copas de florestas altas, é encon-trada da Mata Atlântica Montana às florestas úmidas das baixadas litorâneas, em matas de tabuleiros e na hiléia baiana ao norte do Rio de Janeiro até o sul da Bahia, entre 0 a 400 m de altitude. Raramente alcança os 920 m no interior de Minas Gerais. Outro exemplo específico é o furnarídeo joão-lenheiro

(As-thenes luizae) (figura 19), espécie endêmica

dos campos rupestres de Minas Gerais (Serra do Cipó) entre 900 m e 1500 m de altitude. A espécie forrageia na vegetação arbustiva ou em lajedos rochosos típicos do biótopo.

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Figura 18: Pirrhura cruentata

Fonte: Sigrist, 2005 Figura 19: Asthenes luizaeFonte: Sigrist, 2005

A espécie balança rabo canela

(Glau-cis dohrnii), Trochilidae (figura 20), é

endê-mica ameaçada, que habita matas de tabulei-ros e da hiléia baiana entre o Espírito Santo e o sul da Bahia. Freqüenta mata primária e bordas de matas secundárias adjacentes. Esta rara espécie sobrevive em uns poucos rema-nescentes florestais pouco protegidos pelo estado. (Sigrist, 2005).

Figura 20: Glaucis dohrnii

Fonte: Sigrist, 2005

Para o critério Análise

quantitati-va mostrando a probabilidade de extin-ção na natureza, calculo do nº de indi-víduos, deve-se proceder o uso de Método

de Amostragem por Pontos (Blondel et al., 1970; Vielliard & Silva, 1990). Desta

for-ma, sempre que possível, serem registradas as vocalizações com gravador Sony TCM--5000EV e microfone direcional Sennheiser ME66. As observações devem ser feitas em campanhas de campo de 10-15 dias, conta-bilizando o total de horas de esforço amos-tral. Devem ser utilizados binóculos 8x40 mm. O processo de observação deve-se ini-ciar às 5:00 da manhã terminando por vol-ta das 8:00 horas e no período de 16:00 às 20:00, para levantamento de aves de hábitos crepusculares e noturnos. A documentação das espécies pode ser feita em planilha de campo com informações relativas ao horá-rio, espécie, sexo, comportamento, ambien-te, etc. Pode-se utilizar de fotografias com máquinas digitais, com zoom óptico míni-mo de 20 x. Deve-se ainda proceder o uso de redes de neblina, conforme metodolo-gia proposta por Foster & Cannell (1990), Vuilleumier (1998, 2000). Os exemplares capturados devem ser pesados, sexados, de-vem ser realizadas medições de asas, bicos e tarsos e posteriormente anilhados. Deve--se aplicar estratégias de armação de redes de neblina para cada situação específica. Em caso de floresta primária, deve-se caminhar inicialmente pela área, em horário de des-locamento de espécies, tanto pelas bordas dos fragmentos, como pelo seu interior. As

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redes devem ser armadas de acordo com a observação prévia do especialista, levando em consideração os possíveis tipos de ocor-rência na região. As redes (3,0m x 12,0m de 26 mm) poderão ser armadas ao nível do solo, até 3 m de altura, visando capturar representantes das Famílias Formicariidae, Tyrannidae e Thraupidae que forrageiam na serrapilheira. Redes armadas no limite do estrato baixo para o estrato médio (4 m a 8 m de altura) podem capturar representantes das famílias Thraupidae, Dendrocolaptidae, Trogonidae, Momotidae e Cuculidae. Redes armadas no estrato alto (acima de 10 m de altura) podem capturar representantes das famílias Tyrannidae, Thraupidae, Thamno-philidae, Trogonidae. As espécies devem ser classificadas de acordo com o grau de ende-mismo e/ou estado de conservação segundo Cracraft (1985), Silva (1995a e b), Ridgely e Tudor (1989, 1994), Machado et al. (1998), Statterfield et al. (1998) e BirdLife Interna-tional (2000, 2004).

Para o estado do Pará, está sendo pro-posta uma lista de espécies candidatas a ame-aça. É com base nestas informações que será formulada a lista oficial de espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção.

Foram consideradas candidatas a inte-grarem a lista de espécies ameaçadas do Pará aquelas espécies e subespécies com ocorrên-cia comprovada no estado e que obedeocorrên-ciam a pelo menos um dos seguintes critérios:

1) consideradas ameaçadas ou quase ameaçadas pela IUCN (http://www. redlist.org);

2) constantes na lista mais recente das espécies brasileiras ameaçadas de ex-tinção (http://www.mma.gov.br/port/ sbf/fauna/index.cfm);

3) espécies e subespécies com ampla distri-buição, mas que sofrem pressão de caça ou exploração predatória comercial; 4) espécies e subespécies endêmicas dos

centros de endemismo Belém e Pará,

localizados predominantemente em território Paraense, e que sofrem forte impacto antrópico por se encontrarem na região conhecida como “arco de desmatamento”;

5) espécies raras, potencialmente amea-çadas ou com distribuição restrita na região Amazônica.

CONCLUSÃO

A própria IUCN sugere que as atu-ais categorias para inclusão das espécies devem ser substituídas por sistemas de avaliação mais rigorosos, uma vez que não é possível reavaliar todas as espécies com edições antigas, de 10 anos ou 5 anos pas-sados. As futuras edições serão realizadas e disponibilizadas (caso da lista da IUCN 2010) e comparadas com as listas anterio-res para mensurar a situação atual de cada grupo e permitir discutir os parâmetros globais, regionais e as vezes locais para cada grupo que envolvem a distribuição, freqüência e densidade, para sugerir medi-das conservacionistas para manutenção da biodiversidade. Essas medidas devem ser executadas rapidamente, tendo em vista às atuais condições dos processos de degrada-ção ambiental observados no planeta atual-mente, principalmente em áreas tropicais.

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

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Imagem

Figura 1: Esquema de classificação das categorias  (Fonte: IUCN, 2001)
Figura 2: Distribuição de Cyanopsitta spixii
Figura 4: Distribuição de Alouatta guariba guariba
Figura 5: Distribuição de Leontopithecus chrysomelas  Fonte: Emmons, 1990
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Referências

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